Aula 1 e 2

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ALIANÇAS

A palavra “Aliança” é uma palavra que tem perdido o significado e a importância na


sociedade atual.

Nos tempos bíblicos, essa mesma palavra envolvia promessa, compromisso, fidelidade
e lealdade constante até a morte.

Uma Aliança era sagrada e não era ligeiramente iniciada pelas partes envolvidas.

Além disso, uma pessoa era boa conforme suas palavras de Aliança.

Em uma sociedade em que acordos nacionais, contratos de negócios e contratos de


casamentos estão debaixo de pressão e ataque, na qual pessoas estão quebrando
contratos, traz grande alegria e conforto saber que Deus é um Deus que faz Aliança e
que a mantém e a guarda.

A Bíblia revela vários tipos de alianças, feitas por vários motivos: para proteção, por
lealdade e até mesmo para delimitar a forma de servidão que seria estabelecida.
Igualmente, eram feitas alianças entre homens, entre famílias e até mesmo entre
nações.

Devemos observar que ALIANÇA é distinta de ACORDO, e por mais que queiramos dar
significados iguais a ambos os atos, fazer uma aliança é sim, diferente de fazer um
acordo.

Vejamos as definições de acordo com o dicionário da língua portuguesa:

ALIANÇA:

nome feminino

1.ato ou efeito de aliar; união

2.laço entre pessoas ou entidades que se prometem mútuo auxílio; pacto; acordo

3.anel de casamento ou de noivado

4.casamento
ACORDO:

Nome masculino

1.ato ou efeito de acordar

2.consonância; conformidade

3.concordância; assentimento

4.convenção; pacto

5.DIREITO encontro ou convergência das manifestações das vontades daspartes num c
ontrato

6.DIREITO forma de pôr termo a um litígio judicial mediante a aceitaçãorecíproca de u
ma solução para o mesmo

Em resumo, chegamos a conclusão de que ALIANÇA é mais que concordar, é viver u


propósito, você se torna parte de algo/alguém, o ato de se aliançar, o torna tão
responsável pela causa quanto a outra parte, é um ato inquebrável e sem prazo
determinado para fim.

Ao passo que entendemos, que o ACORDO, o torna solidário em determinada


situação, acordar-se com alguém com a finalidade de mútuo auxilio entre as partes
não prova nem coloca a prova a fidelidade para com a outra parte, simplesmente,
aponta que ambas as partes tem interesses em comum, não um propósito em comum.

Até mesmo em nosso meio, o termo ALIANÇA tem sido banalizado, as pessoas
esquecem de que as palavras/termos tem sempre um significado mais puro/profundo,
dizer que te aliança, é o mesmo que dizer que “SOMOS UM”, quando aceitamos a
Cristo como nosso SENHOR e SALVADOR, fizemos uma confissão de fé que nos levou a
um nvo nível de vida, saímos do reino de trevas, e fomos transportados para o reino
do filho de seu amor (Colossenses 1:13) Ele fez fiel promessa de que estaria conosco
até a consumação dos séculos (Mateus 28:20) As palavras de Deus a respeito do
Homem, não volta atrás, se Ele fez a promessa, Ele empenhou sua palavra, e as
palavras de Deus, não passam, Ele tem uma aliança inquebrável com o que diz
(Mateus 24:35).

Nessa matéria, estudaremos sobre as alianças feitas por Deus com os homens e como
elas impactam nossas vidas.
Visto que a nossa Bíblia é dividida em Antiga e Nova Aliança e o conhecimento de que
Jesus veio para estabelecer uma Nova e Eterna Aliança, entendemos ser vital o
conhecimento das alianças para compreendermos o plano de Deus para a humanidade
ao longo das eras. (Lucas 22:20 e Hebreus 8:6)

Para que possamos entender de fato o favor de Cristo para cada um de nós, por meio
da Cruz, precisamos entender o valor e o propósito de cada aliança feita por Deus com
os homens, e principalmente, nos tornamos conscientes do valor da nova aliança em
Cristo Jesus, que foi firmada com preço de sangue, em nosso favor.

Vejamos as definições de ALIANÇA de acordo com as escrituras:

NA ANTIGA ALIANÇA (antigo testamento):

Berith (Hebraico): cortar; acordo, aliança, compromisso

Referência Strong. Entre outras formas de linguagem antropomórfica¹ nas Escrituras,


encontramos o termo “pacto”.

*¹O antropomorfismo é uma forma de pensamento que atribui características ou aspectos humanos a animais,
deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a mitologia grega, por
exemplo, é antropomórfica.

A palavra é usada para designar a maneira de Deus tratar com o homem e de entrar
em alianças com ele; ou então somente entre seres humanos.

O termo hebraico envolvido é berith, que significa “corte”.

Como o sentido de pacto deriva-se desse verbo, não é bem claro.

Talvez se deva ao costume de compartilhar alimentos, em uma refeição, por ocasião


do estabelecimento de um pacto, nos dias antigos.

O fato é que, muitas vezes, ao se “cortar uma aliança” um animal era imolado, seu
sangue derramado e seu corpo dividido em duas partes. — R. N. Champlin

NA NOVA ALIANÇA (novo testamento)


Diatheke (grego): disposição; arranjo de qualquer natureza que se espera que seja
válido, última disposição que alguém faz de suas posses terrenas depois de sua morte,
testamento ou vontade; pacto, acordo, testamento — Referência Strong.

O QUE É DE FATO UMA ALIANÇA

A palavra aliança na Bíblia, refere-se a algo estabelecido mutuamente entre Deus e o


homem, e é na Bíblia que veremos que os homens adotaram a pratica de firmar
alianças entre si, pelos mais variados motivos.

(Gênesis 21:27, 31-32 e Lucas 22:5)

De fato em muitas culturas ainda se vê essa prática. Normalmente acompanhada por


vários rituais que evidenciam o que se está contratando. Algumas dessas práticas são
encontradas também nas Escrituras, mas não temos como estabelecer uma doutrina
da necessidade de todas elas. São elas:

Trocando capas – Significando um oferecimento da própria vida (1 Samuel 18:3-4).

• Trocando os cintos das armas – Significando um oferecimento da força (Idem).

• Cortando a aliança – Um animal era sacrificado e dividido em duas partes. Então os


contratantes da aliança andavam em forma de oito em volta das partes (Gênesis
15:17).

Tendo Deus como testemunha, assumem a responsabilidade de serem feitos como


aquele animal caso falhem em cumprir a promessa da aliança.

• Trocando os Nomes (Gênesis 17:15).

• Fazendo uma cicatriz permanente como testemunho da aliança (Gênesis 17:10).

• Dando os termos da aliança; oferecendo os próprios bens, trocam promessas por


juramentos (Gênesis 22:16 e Salmos 105:9).

A aliança pode ser discernida também como um juramento, algo com peso para a
eternidade, inquebrável, imutável, perpétuo...

Alianças, não tem preço, tem valor, a exemplo, quando Deus chama a Abraão e faz a
ele uma promessa, Ele prova sua fidelidade colocando a sua imutabilidade, e fidelidade
a prova, jurando por si mesmo, a fim de estabelecer a aliança com Abraão, de que Ele
seria Pai de nações, e algo que sempre devemos nos lembrar, é que Deus é zeloso pelo
cumprimento de suas alianças (Jeremias 1:12)

“Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por
quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei.
E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. Pois os homens
juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim
de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros
da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que,
mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento
tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança
proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu,
onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6:13-20).

Comendo a ceia da celebração com pão e vinho, que representam o corpo e o sangue,
que naquela cultura fala da vida que mantém a carne (Gênesis 14:18).

“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos


discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e,
tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o
meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da
videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. E,
tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras” (Mateus 26:26-30).

• Erigindo um memorial (pode ser uma árvore ou um altar de pedras):

“... e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei
isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou
também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas
as vezes que o beberdes, em memória de mim” (1 Coríntios 11:24,25).

“Vem, pois; e façamos aliança, eu e tu, que sirva de testemunho entre mim e ti. Então,
Jacó tomou uma pedra e a erigiu por coluna. E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. E
tomaram pedras e fizeram um montão, ao lado do qual comeram. Chamou-lhe Labão
Jegar-Saaduta; Jacó, porém, lhe chamou Galeede. E disse Labão: Seja hoje este montão
por testemunha entre mim e ti; por isso, se lhe chamou Galeede” (Gênesis 31:44-48).
Em todo caso na Bíblia, quando uma Aliança era instituída entre Deus e o Homem,
Deus é visto como o iniciador.

O homem não veio para Deus com uma proposta de buscar a aprovação Dele, ao
contrário, Deus veio para o homem declarando Sua vontade e buscando a sua
aderência.

Uma Aliança é um “contrato” entre Deus e o homem, redigido por Deus e oferecido ao
homem.

O homem pode ou aceitá-la ou rejeitá-la, mas não pode mudá-la, contudo, o uso de
“Aliança” na Bíblia nem sempre contém a ideia de obrigações associadas, mas pode
significar uma obrigação comprometida por uma pessoa só (Romanos 15:8).

“E digo isto; uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio
quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha desfazer
a promessa. Porque, se a herança provém da lei, já não decorre de promessa; mas foi
pela promessa que Deus a concedeu” (Gálatas 3:17-18).

Contrato

Contrato (do latim – contractus) é o “acordo” de vontades entre duas ou mais pessoas,
sobre objeto lícito e possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir
direitos.

Deus Propõe, Faz e Guarda as Alianças (Salmos 89:28, 34) Sendo um pacto
interpessoal, as Alianças entre Deus e o homem têm sua origem em Deus.

E só Ele tem o entendimento, a autoridade e habilidade para torná-las efetivas.

E o que sempre o motivava a iniciar as Alianças com o Homem era Seu coração e Sua
natureza.

As Alianças são as maiores manifestações do amor, da graça e misericórdia de Deus.

Deus estabeleceu sua Aliança com Noé (Gênesis 6:18).

Ele fez uma Aliança com Abraão (Gênesis 15:18; 17.2).

Deus fez uma Aliança com Davi (2 Samuel 23:5).


Ele prometeu fazer uma Nova Aliança com a Casa de Israel e com a Casa de Judá
(Jeremias 31:31-34). Sempre por iniciativa própria.

Deus revela Sua fidelidade guardando a Aliança que Ele faz.

Quando Ele faz uma Aliança, Ele mesmo não a esquece nem se torna negligente, pois
sempre cumpre os compromissos que faz ( 2 Crônicas 6:14; Deuteronômio 7:9;
Números 23:19 e 2 Timóteo 2:13). “Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á
sempre da sua aliança.

Manifesta ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações. As
obras de suas mãos são verdade e justiça; fiéis, todos os seus preceitos.

Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fidelidade e retidão. Enviou ao
seu povo a redenção; estabeleceu para sempre a sua aliança; santo e tremendo é o
seu nome” (Salmos 111:5-9).

PROPÓSITOS PARA QUE SE FIRME UMA ALIANÇA

As ALIANÇAS jamais são firmadas sem um propósito, se não há um motivo plausível,


não há sentido obter uma aliança, vejamos então, alguns propósitos reais e plausíveis
para que uma aliança seja firmada.

• Proteção – Onde o mais fraco busca proteção do mais forte:

“Porque Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para que a ninguém
fosse permitido sair de junto de Asa, rei de Judá, nem chegar a ele. Então, Asa tomou
toda a prata e ouro restantes nos tesouros da Casa do Senhor e os tesouros da casa do
rei e os entregou nas mãos de seus servos; e o rei Asa os enviou a Ben-Hadade, filho de
Tabrimom, filho de Heziom, rei da Síria, e que habitava em Damasco, dizendo: Haja
aliança entre mim e ti, como houve entre meu pai e teu pai. Eis que te mando um
presente, prata e ouro; vai e anula a tua aliança com Baasa, rei de Israel, para que se
retire de mim. Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa e enviou os capitães dos seus
exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, a Dã, a Abel-Bete-Maaca e todo o
distrito de Quinerete, com toda a terra de Naftali. Ouvindo isso, Baasa deixou de
edificar a Ramá e ficou em Tirza” (1 Reis 15:17-21).
• Igualdade – Para se assegurar que haverá respeito mútuo:

“Então, respondeu Labão a Jacó: As filhas são minhas filhas, os filhos são meus filhos,
os rebanhos são meus rebanhos, e tudo o que vês é meu; que posso fazer hoje a estas
minhas filhas ou aos filhos que elas deram à luz? Vem, pois; e façamos aliança, eu e tu,
que sirva de testemunho entre mim e ti. Então, Jacó tomou uma pedra e a erigiu por
coluna. E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. E tomaram pedras e fizeram um montão,
ao lado do qual comeram. Chamou-lhe Labão Jegar-Saaduta; Jacó, porém, lhe chamou
Galeede. E disse Labão: Seja hoje este montão por testemunha entre mim e ti; por
isso, se lhe chamou Galeede e Mispa, pois disse: Vigie o Senhor entre mim e ti e nos
julgue quando estivermos separados um do outro. Se maltratares as minhas filhas e
tomares outras mulheres além delas, não estando ninguém conosco, atenta que Deus
é testemunha entre mim e ti. Disse mais Labão a Jacó: Eis aqui este montão e esta
coluna que levantei entre mim e ti. Seja o montão testemunha, e seja a coluna
testemunha de que para mal não passarei o montão para lá, e tu não passarás o
montão e a coluna para cá. O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles,
julgue entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de Isaque, seu pai” (Gênesis 3:43-53).

Amor e Devoção – Para estabelecer a devoção e o amor, assegurando a amizade ou o


casamento (1 Samuel 18:3).

O propósito geral para se fazer (cortar) uma aliança é prover um firme senso de
compromisso para com um relacionamento interpessoal. A força das alianças humanas
é percebida na aliança de Josué com os Gibeonitas (Josué 9:1-27) e na aliança de
Zedequias com Nabucodonosor (Ezequiel 17:11-21). “Palavra que do Senhor veio a
Jeremias, depois que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo de Jerusalém, para
lhes apregoar a liberdade: e cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua
serva, hebreu ou hebréia, de maneira que ninguém retivesse como escravos hebreus,
seus irmãos. Todos os príncipes e todo o povo que haviam entrado na aliança
obedeceram, despedindo forro cada um o seu servo e cada um a sua serva, de maneira
que já não os retiveram como escravos; obedeceram e os despediram. Mas depois se
arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que haviam despedido forros, e
os sujeitaram por servos e por servas. Veio, pois, a palavra do Senhor a Jeremias, da
parte do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz aliança com vossos
pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da casa da servidão, dizendo: Ao fim de
sete anos, libertareis cada um a seu irmão hebreu, que te for vendido a ti e te houver
servido seis anos, e despedi-lo-ás forro; mas vossos pais não me obedeceram, nem
inclinaram os seus ouvidos a mim. Não há muito, havíeis voltado a fazer o que é reto
perante mim, apregoando liberdade cada um ao seu próximo; e tínheis feito perante
mim aliança, na casa que se chama pelo meu nome; mudastes, porém, e profanastes o
meu nome, fazendo voltar cada um o seu servo e cada um, a sua serva, os quais,
deixados à vontade, já tínheis despedido forros, e os sujeitastes, para que fossem
vossos servos e servas. Portanto, assim diz o Senhor: Vós não me obedecestes, para
apregoardes a liberdade, cada um a seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que
eu vos apregoo a liberdade, diz o Senhor, para a espada, para a peste e para a fome;
farei que sejais um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra. Farei aos
homens que transgrediram a minha aliança e não cumpriram as palavras da aliança
que fizeram perante mim como eles fizeram com o bezerro que dividiram em duas
partes, passando eles pelo meio das duas porções” (Jeremias 34:8-18).

“Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Dize agora à casa rebelde: Não sabeis
o que significam estas coisas? Dize: Eis que veio o rei da Babilônia a Jerusalém, e
tomou o seu rei e os seus príncipes, e os levou consigo para a Babilônia; tomou um da
estirpe real e fez aliança com ele; também tomou dele juramento, levou os poderosos
da terra, para que o reino ficasse humilhado e não se levantasse, mas, guardando a sua
aliança, pudesse subsistir. Mas ele se rebelou contra o rei da Babilônia, enviando os
seus mensageiros ao Egito, para que se lhe mandassem cavalos e muita gente.
Prosperará, escapará aquele que faz tais coisas? Violará a aliança e escapará? Tão
certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, no lugar em que habita o rei que o fez reinar,
cujo juramento desprezou e cuja aliança violou, sim, junto dele, no meio da Babilônia
será morto. Faraó, nem com grande exército, nem com numerosa companhia, o
ajudará na guerra, levantando tranqueiras e edificando baluartes, para destruir muitas
vidas. Pois desprezou o juramento, violando a aliança feita com aperto de mão, e
praticou todas estas coisas; por isso, não escapará. Portanto, assim diz o Senhor Deus:
Tão certo como eu vivo, o meu juramento que desprezou e a minha aliança que violou,
isto farei recair sobre a sua cabeça. Estenderei sobre ele a minha rede, e ficará preso
no meu laço; levá-lo-ei à Babilônia e ali entrarei em juízo com ele por causa da rebeldia
que praticou contra mim. Todos os seus fugitivos, com todas as suas tropas, cairão à
espada, e os que restarem serão espalhados a todos os ventos; e sabereis que eu, o
Senhor, o disse” (Ezequiel 17:11-21).

Aqueles que entram em aliança obrigam a si mesmos a se relacionarem como


provedores, e isso com um forte senso de segurança. Isso é nitidamente ilustrado na
Aliança de Casamento que foi instituída por Deus para ser um modelo de suas
Alianças. Deus odeia o divórcio porque anula uma aliança, destrói o propósito dela e
não reflete precisamente o caráter irrevogável das alianças pelo qual o homem está
redimido: “E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti
e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira
e a mulher da tua aliança. Não fez o Senhor um, mesmo que havendo nele um pouco
de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que prometera.
Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua
mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele
que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de
vós mesmos e não sejais infiéis” (Malaquias 2:14-16).

O propósito específico das Alianças Divinas é que elas sejam o veículo da expressão da
vontade e do propósito gracioso de Deus para o homem. Elas constituem também o
modo eficaz pela qual Sua vontade e propósito são cumpridos.

BASES PARA UMA ALIANÇA SER ESTABELECIDA

Pelo Chamar – Deus é quem chama.

“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e
vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”
(Gênesis 12:1-3).

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia
receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da
promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros
com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da
qual Deus é o arquiteto e edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder
para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe
havia feito a promessa” (Hebreus 11:8-11).

“Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto assim? Estêvão


respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai,
quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e lhe disse: Sai da tua terra
e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. Então, saiu da terra dos
caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai, Deus o trouxe para esta
terra em que vós agora habitais. Nela, não lhe deu herança, nem sequer o espaço de
um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não
tendo ele filho. E falou Deus que a sua descendência seria peregrina em terra
estrangeira, onde seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos; eu, disse
Deus, julgarei a nação da qual forem escravos; e, depois disto, sairão daí e me servirão
neste lugar. Então, lhe deu a aliança da circuncisão; assim, nasceu Isaque, e Abraão o
circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e deste, os doze patriarcas” (Atos
7:1-8).

“Tu és o Senhor, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe
puseste por nome Abraão. Achaste o seu coração fiel perante ti e com ele fizeste
aliança, para dares à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos
amorreus, dos ferezeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e cumpriste as tuas promessas,
porquanto és justo” (Neemias 9:7-8).

• Pelo entrar – O homem faz a escolha de aceitar.

Ou seja, Deus mesmo entrou em uma Aliança, Ele pode requerer ao homem que entre
naquela Aliança. O homem não pode fazer o que só Deus pode fazer, mas Deus não
fará o que o homem deve fazer. O homem tem a responsabilidade de se comprometer
completamente com a Aliança que Deus o chama a entrar, isto ele faz pela fé e
obediência. Israel falhou em entrar na Aliança da terra por causa da incredulidade e
desobediência (Deuteronômio 20:12; Hebreus 11:8; Jeremias 34:10 e Ezequiel 16:8).

“Quando saíres à peleja contra os teus inimigos e vires cavalos, e carros, e povo maior
em número do que tu, não os temerás; pois o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra
do Egito, está contigo. Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e
falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos
inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos
aterrorizeis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por
vós contra os vossos inimigos, para vos salvar. Os oficiais falarão ao povo, dizendo:
Qual o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, torne-se para
casa, para que não morra na peleja, e outrem a consagre. Qual o homem que plantou
uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na
peleja, e outrem a desfrute. Qual o homem que está desposado com alguma mulher e
ainda não a recebeu? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outro
homem a receba. E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo:

Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para casa, para que o
coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração. Quando os oficiais tiverem
falado ao povo, designarão os capitães dos exércitos para a dianteira do povo. Quando
te aproximares de alguma cidade para pelejar contra ela, oferecer-lhe-ás a paz. Se a
sua resposta é de paz, e te abrir as portas, todo o povo que nela se achar será sujeito a
trabalhos forçados e te servirá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas te fizer guerra,
então, a sitiarás. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares
o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, andes nos seus
caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos,
então, viverás e te multiplicarás, e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra à qual
passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e
fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro
que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais,
passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas
contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida,
para que vivas, tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à
sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida e a tua longevidade; para
que habites na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais, Abraão,
Isaque e Jacó” (Deuteronômio 20:1-12; 30:15-20).

“Porque assim diz o Senhor: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem
aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos
meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno
darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao
Senhor, para o servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos
seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha
aliança” (Isaías 56:4-6).

Pelo guardar – As duas partes se comprometem em cumprir os termos (mais adiante


veremos isso nos juramentos e termos da aliança). Deus é um Deus que guarda a
aliança, e assim requer que o homem “guarde a aliança”. Guardar a aliança é lembrá-la
e continuamente cumprir os seus termos. Isso é o que Deus faz e também deve o
homem fazer (Jeremias 31:32; Hebreus 8:9 e Salmos 111:5).

“Guardai, pois, as palavras desta aliança e cumpri-as, para que prospereis em tudo
quanto fizerdes... Aquele que disse a seu pai e a sua mãe: Nunca os vi; e não conheceu
a seus irmãos e não estimou a seus filhos, pois guardou a tua palavra e observou a tua
aliança” (Deuteronômio 29:9, 33:9).

“Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e


a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a sua aliança e para
com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem” (Salmos 103:17-18).

“... então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres
viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda
carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus
e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra” (Gênesis 9:15-16).

Ou seja, uma aliança é uma convenção expressa (acordo); consiste em palavras que
são verbalizadas e escritas por ambas as pessoas. Comprometidos com as palavras de
cada um da aliança estão os termos e as promessas. Também com a possibilidade de
um juramento e um Livro.

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