Expoente 10 Vol2
Expoente 10 Vol2
Expoente 10 Vol2
MATEMÁTICA A MANUAL DO
PROFESSOR
Daniela Raposo
Luzia Gomes
MANUAL CERTIFICADO
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DA UNIVERSIDADE DO PORTO
DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES
VOL. 2
ÍNDICE
TEMA IV
5.5. Estudo de algumas funções que envolvem radicais (quadráticos e cúbicos) ..... 115
5.6. Funções polinomiais .................................................................................... 124
5.7. Estudo de funções definidas por ramos envolvendo as funções estudadas ..... 132
TEMA V
Estatística
1. Introdução ....................................................................................................... 154
2. Somatório ....................................................................................................... 155
3. Conceitos fundamentais .............................................................................. 157
4. Medidas de localização ................................................................................ 163
4.1. Moda ............................................................................................................. 163
4.2. Média ........................................................................................................... 163
4.3. Mediana........................................................................................................ 166
4.4. Outras medidas de localização ...................................................................... 167
4.5. Propriedades da média ................................................................................. 171
5. Medidas de dispersão ................................................................................... 175
6. Utilização da calculadora gráfica no cálculo de algumas medidas
de localização e de dispersão ..................................................................... 184
Num stand de automóveis está em exposição um carro com a indicação do preço de venda.
Como é de lei, o vendedor aplica 23% de IVA a esse preço. Mas, no âmbito de uma campanha,
o stand está a oferecer o IVA. Assim sendo, o vendedor aplica logo de seguida um desconto
de 23%, afirmando que o preço volta ao mesmo valor. Será que é mesmo assim?
De seguida, aplica mais um desconto de 200 € e outro de 10%. O vendedor diz que é indife-
rente a ordem pela qual estes dois descontos poderão ser aplicados. Terá ele razão?
Por fim, diz que ainda vai aplicar um desconto de 3% e um desconto adicional suplementar
de 5%. O vendedor volta a afirmar que é igualmente indiferente a ordem pela qual se aplicam
estes dois descontos. Será mesmo indiferente?
Usa a intuição para responder a cada uma das perguntas anteriores.
No final deste tema serás capaz de formalizar todas estas operações com funções, composições
e inversas de funções, e resolver este problema de uma forma mais rigorosa. Rogério Martins
TEMA IV
Funções reais de variável real
1. Revisões
UNIDADE 1
Revisões
Resolução
1.1. Conceito de função
Todos os exercícios de “Revisões”.
Considera o seguinte problema: Um grupo de amigos quer oferecer a um outro amigo,
Contextualização histórica no seu aniversário, um bilhete para um festival de verão. O custo do bilhete é de 60 euros
O estudo das funções é
e todos os amigos que participarem no presente pagarão o mesmo. O número máximo
considerado um dos temas de amigos participantes é 6.
mais importantes na
matemática, pois, para
além de constituir um dos Que relação existe entre o preço a pagar por cada um dos amigos e o número de par-
fundamentos da teoria do ticipantes na compra do presente?
cálculo infinitesimal, é de
enorme importância na Comecemos por designar o número de participantes no presente por n e o preço que
criação e no estudo de cada um deles pagará por c.
modelos matemáticos que
procuram fazer Se participar apenas um amigo (n = 1), terá que pagar 60 euros (c = 60).
aproximações da
realidade, permitindo Se participarem dois amigos (n = 2), cada um terá que pagar 30 euros (c = 30).
traduzir e estudar diversos
fenómenos da vida real. Se participarem três amigos (n = 3), cada um terá que pagar 20 euros (c = 20).
Embora haja aspetos
simples da noção de …
função que remontem a
Organizando os dados numa tabela, temos:
épocas anteriores, é
apenas no século XVII que
este conceito sofre uma n 1 2 3 4 5 6
evolução decisiva no
sentido da sua clarificação. c 60 30 20 15 12 10
Foram vários os
matemáticos que deram o
seu contributo para essa
Esta tabela traduz uma correspondência entre o conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}, dos valores
clarificação, entre eles
Kepler, Galileu, Descartes, da variável número de participantes (n), e o conjunto {10, 12, 15, 20, 30, 60}, dos valores
Newton, Leibniz e da variável preço a pagar por cada um dos amigos (c).
Bernoulli.
O termo “função” foi Como a cada valor de n corresponde um e um só valor de c, dizemos que esta corres-
usado pela primeira vez
pondência é uma função (aplicação ou correspondência unívoca) de {1, 2, 3, 4, 5, 6} em
por Leibniz, em 1673.
No século XVIII, Euler {10, 12, 15, 20, 30, 60}.
organizou e ampliou o
estudo do cálculo Repara que o preço a pagar, c, depende do número de participantes, n, e, por isso, de-
infinitesimal e o estudo das signamos a variável n por variável independente e a variável c por variável dependente.
funções, no qual usou com
frequência a notação f(x). Ao conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6} chamamos domínio da função. Aos elementos do domínio
No século XIX, Dirichlet chamamos objetos.
estabeleceu a definição de
função que conhecemos Ao objeto 1 corresponde o valor 60 e, por isso, 60 diz-se a imagem de 1.
atualmente: “a cada x
corresponde um único y Ao objeto 2 corresponde o valor 30 e, como tal, 30 diz-se a imagem de 2.
finito”.
Ao conjunto das imagens chamamos contradomínio.
6
UNIDADE 1 Revisões
De um modo geral:
Definição
Dados dois conjuntos A e B (domínio e conjunto de chegada, respetivamente), uma Entrada Saída
função de A em B é uma correspondência que a cada elemento de A faz corresponder x Máquina f(x)
f
um e um só elemento de B.
Exemplos
1. A B 2. A B 3. A B
1 Considera as
f g
1•
h
•2
correspondências
1• •2 1• •2
seguintes.
•4 •4
2• A B
2• •4 2•
•6 •6 f
1• •10
3• •6 3• •8 3• •8
•20
2•
•30
de chegada, 2 e 4. 2• •20
3• •30
• A correspondência h é uma função de A em B, pois a cada elemento do conjunto de
4• •40
partida corresponde um e um só elemento do conjunto de chegada.
7
TEMA IV Funções reais de variável real
Exemplo
A B
Verifica-se que: •4
2• Conjunto de
• Dh = {1, 2, 3} chegada de h
•6
• D’h = {2, 4, 6} 3• •8
Igualdade de funções
y 2 4 6 3 6
Solução Observa que a tabela não fornece toda a informação sobre a função, uma vez que não
2. As funções f e g são iguais. permite saber o conjunto de chegada.
8
UNIDADE 1 Revisões
Para determinares a imagem do objeto 3, a partir da expressão analítica, basta substi- f) f(a – 1)
Gráfico
Gráfico de uma função
O gráfico de uma função f: A " B é o conjunto dos pares ordenados (x, y), com x ∈A
e y = f(x); x designa-se por variável independente e y por variável dependente.
Assim, para este caso concreto, o gráfico de f é o conjunto de pares ordenados
Gf = {(1, 2), (2, 4), (3, 6)}.
No caso de funções f numéricas de variável numérica real, o seu gráfico é constituído
por pares ordenados de números que se podem representar num referencial cartesiano.
Assim, cada par ordenado pode ser representado por um ponto, obtendo-se a repre-
sentação do gráfico da função, a que chamamos gráfico cartesiano.
Se não houver perigo de confusão, ao conjunto de pontos assim marcado chamamos
simplesmente gráfico de f.
Gráfico cartesiano de f
y
APRENDE FAZENDO
8 Pág. 72
Exercício 15
7
5
Testes interativos
4 – Revisões I.
– Revisões II.
3
1
Soluções
O 1 2 3 x 3.
a) 4
Repara que quando uma função é definida pelo seu gráfico cartesiano, o domínio é b) 1
o conjunto das abcissas dos pontos do gráfico e determina-se observando o eixo Ox; c) 7
já o contradomínio é o conjunto das ordenadas desses pontos, e determina-se obser- 4
d)
3
vando o eixo Oy. e) 12a2 + 1
No exemplo acima, Df = {1, 2, 3} e D’f = {2, 4, 6}. f) 3a2 – 6a + 4
9
TEMA IV Funções reais de variável real
UNIDADE 2
Generalidades acerca de funções
Definição
APRENDE FAZENDO
Vejamos os seguintes exemplos.
Pág. 72
Exercício 16 Exemplos
Joana
(√∫2, 1), (Φ, 0), (Φ, 1)} Pedro
b) B ¥ A = {(0, p), (0, √∫2 ), (0, Φ), A Isaura B
(1, p), (1, √∫2 ), (1, Φ)} Nuno
c) A ¥ A = {(p, p), (p, √∫2 ), (p, Φ), Margarida
(√∫2, p), (√∫2, √∫2 ), (√∫2, Φ), Temos, então, que:
(Φ, p), (Φ, √∫2), (Φ, Φ)}
d) B ¥ B = {(0, 0), (0, 1), (1, 0), A ¥ B = {(Joana, Pedro), (Joana, Nuno), (Isaura, Pedro), (Isaura, Nuno),
(1, 1)} (Margarida, Pedro), (Margarida, Nuno)}
10
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
B
A § ] 5 De dois conjuntos A e B,
sabemos que:
(, §) (, ])
• A tem 3 elementos;
(, §) (, ]) • B tem 2 elementos;
• A ∩ B = {20};
☺ (☺, §) (☺, ]) • A ∪ B = {10, 20, 30, 40};
• (40, 30) ∈A ¥ B.
Ou seja, A ¥ B = {(, §), (, ]), (, §), (, ]), (☺, §), (☺, ])}. Determina A e B.
Propriedade
Soluções
Um conjunto G ⊂ A ¥ B é o gráfico de uma função de A em B quando e apenas
5. A = {10, 20, 40} e B = {20, 30}
quando para todo o a ∈A existir um e somente um elemento b ∈B tal que (a, b) ∈G.
6.
a) A ¥ B = {(a, 1), (a, 2), (a, 3),
(e, 1), (e, 2), (e, 3), (i, 1), (i, 2),
Podemos traduzir esta propriedade da seguinte forma: (i, 3), (o, 1), (o, 2), (o, 3), (u, 1),
(u, 2), (u, 3)}
Um subconjunto G ⊂ A ¥ B é o gráfico de uma função f: A " B se e somente se cada b) C é o gráfico de uma função
elemento de A é o primeiro elemento de um único par ordenado de G. de A em B, enquanto D não.
11
TEMA IV Funções reais de variável real
Exemplo A B
7 Representa num
referencial cartesiano o f
Consideremos a função f: A " B definida pelo diagrama. 1• •2
conjunto A × B, sendo:
a) A = {1, 2, 3, 4} e O gráfico de f é Gf = {(1, 2), (2, 4), (3, 6)}, em que cada •4
2•
B = {5, 6} objeto é o primeiro elemento de um único par ordenado •6
b) A = {5, 6} e do gráfico de f. 3• •8
B = {1, 2, 3, 4}
c) A = R e B = {1}
8 Considera os conjuntos A propriedade referida dá-nos uma regra muito útil para verificar se determinado subcon-
A = {–1, 1, 2} e junto do plano é ou não o gráfico de uma função:
B = {4, 5, 6}. y
• se qualquer reta paralela ao eixo Oy que interseta o 6
a) Define em extensão o
produto cartesiano de A conjunto G o interseta num único ponto, verifica-se 4
por B. que G é o gráfico de uma função: a função que a cada
b) Averigua se cada um 2
abcissa correspondente a uma tal reta faz corresponder
dos subconjuntos C e D
de A × B, definidos, a ordenada do ponto de interseção com G. x
1 2 3
respetivamente por Na figura está representado
C = {(–1, 4), (1, 5), • para que G seja o gráfico de uma função, qualquer reta o gráfico de uma função.
(2, 4)} e D = {(–1, 4), paralela ao eixo Oy que intersete o conjunto de pontos, y
(1, 5), (2, 6), (–1, 6)} é só o pode fazer no máximo em um ponto. Se existir 6
ou não o gráfico de
pelo menos uma reta paralela ao eixo Oy que intersete 4
uma função de A em B.
o conjunto em mais do que um ponto, tal significa que
c) Representa C e D num 2
referencial cartesiano. existe um elemento do conjunto A a que corresponde-
d) Indica um subconjunto ria mais do que um elemento do conjunto B, pelo que x
1 2 3
de A × B que seja G não é o gráfico de uma função.
gráfico de uma função Interseta em mais do que um ponto
de A em B. Na figura não está representado
o gráfico de uma função.
Na representação de G2 exis- 1 1
tem dois pontos com a mesma
–1 1 2 x –1 1 2 x 0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
d) {(–1, 6), (1, 6), (2, 6)} (por abcissa, (4, 1) e (4, 3), logo G2
exemplo) não é o gráfico de uma função.
12
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
Consideremos os conjuntos A = {1, 2, 3}, B = {2, 4, 6, 8} e C = {1, 2} e as seguintes funções: 9 Considera os conjuntos
f: A " B definida por f(x) = 2x A = {1, 3, 5, 7} e
B = {a, b, c, d, e, f, g, h} e
g: C " B definida por g(x) = 2x
seja G = {(1, h), (3, c),
Repara que C ⊂ A e f(1) = g(1) = 2 (5, a), (7, f)} o gráfico de
uma função f de A em B.
f(2) = g(2) = 4
a) Indica o domínio, o
ou seja, as imagens por f e g de cada elemento de C são iguais. contradomínio e o
conjunto de chegada
Diz-se que a função g é a restrição da função f a C. de f.
Em geral: b) Define por uma tabela a
restrição de f ao
conjunto {1, 7}.
Definição
c) Indica o domínio, o
contradomínio e o
Sejam A e B conjuntos, f: A " B uma função e C um conjunto qualquer. Chama-se
conjunto de chegada da
restrição de f a C à função f|C: C ∩ A " B tal que: restrição de f definida
∀ x ∈C ∩ A, f|C (x) = f(x) na alínea anterior.
Exemplos
13
TEMA IV Funções reais de variável real
f g
1• •2 1• •2
•4 •4
2• 2•
APRENDE FAZENDO •6 •6
Pág. 78
Exercício 36 3• •8 3• •8
Soluções Na função f, quaisquer dois objetos distintos são aplicados em imagens distintas. Diz-se
10. que a função f é injetiva.
a) f(C) = {1, 9}
b) f(D) = {3, 9}
No entanto, na função g verifica-se que dois objetos distintos, 2 e 3, têm a mesma ima-
c) f(A) = {1, 2, 3, 9, 16, 36} = D’f gem, isto é, f(2) = f(3) = 4. Repara que no diagrama que define g, duas setas partem de ele-
11. Apenas a função h é injetiva. mentos distintos e terminam num mesmo elemento. Diz-se que a função g é não injetiva.
14
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
Definição FRVR10_1.5
A condição ∀x1, x2 ∈A, x1 ≠ x2 ⇒ f(x1) ≠ f(x2) traduz-se dizendo que uma função injetiva Recorda
f aplica objetos distintos em imagens distintas. Implicação
A condição ∀x1, x2 ∈A, f(x1) = f(x2) ⇒ x1 = x2, equivalente à anterior, significa que numa contrarrecíproca
(p ⇒ q) ⇔ (~q ⇒ ~p)
função injetiva f cada elemento y do contradomínio não pode ser imagem de mais do
que um objeto.
Para provar que uma função f é não injetiva basta encontrar um contraexemplo, neste Recorda
caso, dois objetos distintos com a mesma imagem.
Negação da implicação
~(p ⇒ q) ⇔ p ∧ ~q
Consideremos os gráficos das funções f e g representados nos seguintes referenciais car-
tesianos:
g
y y
f
12 Considera os conjuntos
A = {–2, –1, 0, 1, √2
∫ , 2, 3, 4}
e B = N0 e seja f a função
de A em B definida por
f(x) = 2x2.
x x
a) Justifica que f é não
injetiva.
f é injetiva g é não injetiva
b) Define uma restrição de
f a um conjunto de tal
Se existir pelo menos uma reta paralela ao eixo Ox, que intersete o gráfico da função
forma que a restrição
em mais do que um ponto, isso significa que existe mais do que um objeto com a mesma seja uma função
imagem, logo a função é não injetiva. Caso contrário, a função é injetiva. injetiva.
Exemplo
15
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_1.6
Exercícios resolvidos
1. Mostra que a função f: R " R tal que f(x) = x2 + 3 não é uma função injetiva.
13 Considera o conjunto
A = {1, 2, 3, 4, 5}.
Sugestão de resolução
a) Averigua se a função
f: A " A, cujo gráfico é
Esta função não é injetiva, pois, por exemplo, os números reais –2 e 2, que
Gf = {(1, 5), (2, 4), (3, 3),
(4, 5), (5, 1)}, é uma fazem parte do domínio, têm a mesma imagem:
função injetiva. f(–2) = (–2)2 + 3 = 7 f(2) = 22 + 3 = 7
b) Averigua se a função
g: A " A, cujo gráfico
é Gg = {(1, 1), (2, 2), 2. Mostra que a função f: R " R tal que f(x) = 2x + 1 é uma função injetiva.
(3, 5), (4, 4), (5, 3)}, é
uma função injetiva.
Sugestão de resolução
c) Representa num
referencial cartesiano
Esta função é injetiva, pois, quaisquer que sejam os números reais x1 e x2 per-
Gf e Gg.
tencentes ao domínio tem-se que f(x1) = f(x2) ⇒ x1 = x2, pois:
f(x1) = f(x2) ⇒ 2x1 + 1 = 2x2 + 1 ⇒ 2x1 = 2x2 ⇒ x1 = x2
Funções sobrejetivas
Consideremos as funções f: A " B e g: A " B definidas pelos diagramas abaixo.
14 Considera o conjunto A B A B
A = {1, 2, 3, 4, 5} e as
f g
funções f: A " A e 1• •2 1• •2
g: A " A, cujos gráficos
2• 2•
são os indicados no •4 •4
exercício anterior. 3• 3•
Na função f verifica-se que o conjunto de chegada de f é igual a D’f isto é, que B = D’f.
CADERNO DE EXERCÍCIOS Diz-se que a função f é sobrejetiva, uma vez que todo o elemento de B é imagem de
E TESTES
Pág. 22 pelo menos um elemento de A.
Exercício 2 Na função g verifica-se que o conjunto de chegada de g é diferente de D’g, isto é, que
B é diferente de D’g: (6 ∈B e 6 ∉D’g)
Soluções
Diz-se que a função g é não sobrejetiva, por existir pelo menos um elemento de B que
13. não é imagem de nenhum elemento de A.
a) f é não injetiva.
b) g é injetiva. Definição
c)
y y
5 5 Sejam A e B conjuntos e f: A " B uma função. A função f diz-se sobrejetiva se e só
4 4
3 3 se para todo o y pertencente a B existir um elemento x pertencente a A tal que y = f(x).
2 2
1 1 Simbolicamente, f é sobrejetiva se ∀ y ∈B, ∃ x ∈A: y = f(x).
O 1 2 3 4 5 x O 1 2 3 4 5 x Nesse caso, a função f também se diz uma sobrejeção de A em B ou uma função de
14. f não é sobrejetiva e g é A sobre B.
sobrejetiva.
16
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
Repara que afirmar que para todo o y pertencente a B existe um elemento x pertencente
FRVR10_1.6
a A tal que y = f(x) é equivalente a dizer que o conjunto de chegada de f coincide com D’f.
Logo:
Para provar que uma função f é não sobrejetiva basta encontrar um elemento do con-
junto de chegada de f que não seja imagem de nenhum objeto.
Sugestão de resolução
Esta função não é sobrejetiva, pois, para qualquer número real x, tem-se que
x2 ≥ 0, pelo que x2 + 3 ≥ 3. Portanto, nesta função não há imagens inferiores a
3, ou seja, o contradomínio (conjunto das imagens) não coincide com o con-
junto de chegada, que é R.
Podias também ter observado que, por exemplo, não existe nenhum número
real x tal que f(x) = 0 e 0 é um valor pertencente ao conjunto de chegada, e se-
gundo a definição de função sobrejetiva, para todo o y pertencente a B tem de
existir um elemento x pertencente a A tal que y = f(x). Logo, f não é sobrejetiva.
2. Mostra que a função f: R " R tal que f(x) = 2x + 1 é uma função sobrejetiva.
Sugestão de resolução
Esta função é sobrejetiva, pois para todo o número real y existe um número
real x tal que y = 2x + 1.
y–1 hy – 1h
y = 2x + 1 ⇔ x = , portanto, para qualquer y ∈R, y = f i i
2 j 2 j
17
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_1.7
Funções bijetivas
a) A B
4• •8
1• •a
2•
•b
3•
4• •c
A função é:
b) A B
• injetiva, pois objetos distintos têm imagens distintas;
1• •a
• sobrejetiva, pois todo o elemento de B é imagem de um elemento de A.
2• •b
3• •c
Quando uma função é simultaneamente injetiva e sobrejetiva, diz-se bijetiva.
c) A B
1• •a
Definição
2• •b
3• •c
Sejam A e B conjuntos e f: A " B uma função.
4• •d
A função f diz-se bijetiva se for simultaneamente injetiva e sobrejetiva.
d) A B
Nesse caso, a função f também se diz uma bijeção de A em B.
1• •a
•b
2•
•c
3• •d Repara que dizer que uma função é bijetiva é o mesmo que dizer que se verificam as
duas afirmações seguintes:
18
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
Exemplo
Consideremos os conjuntos A, formados pelos cinco sólidos platónicos, e B = {4, 6, 8, 12, 20}.
Seja f a função f: A " B que a cada sólido faz corresponder o respetivo número de faces.
A B
f
Tetraedro• •4
Cubo• •6
Octaedro• •8
Dodecaedro• •12
Icosaedro• •20
f(x) = x + 4
Mostra que a função f é uma função bijetiva.
Sugestão de resolução
19
TEMA IV Funções reais de variável real
A B B C
f g
1• •2 2• •10
•20
2• •4 4•
•30
f
–1• •4
0• •5 Podemos criar uma nova função, g o f, que consiste em aplicar f sobre cada elemento x
2• •6 de A e, de seguida, aplicar g sobre cada elemento f(x) de B:
3• •7
A B C
f g
C D 1• •2• •10
g •20
2• •3
2• •4•
•30
4• •9
3• •6• •40
5• •12
gof
Calcula, se existir:
g o f(1) = g(f(1)) = g(2) = 10
a) g(f(2))
g o f(2) = g(f(2)) = g(4) = 20
b) f(g(2))
g o f(3) = g(f(3)) = g(6) = 40
c) g(f(0))
d) f(g(0))
e) f(g(5))
A função g o f chama-se g composta com f ou g após f e tem-se que g o f(x) = g(f(x)).
20
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
Definição FRVR10_1.8
3 f 3 g
2 2
Nota
1 1
Duas funções f e g dizem-se
permutáveis quando f o g =
O 1 2 3 4 x O 1 2 3 4 x
= g o f.
–1 –1
Considera as funções f: R " R e g: R " R definidas por f(x) = –3x + 1 e g(x) = x2.
Soluções
a) Calcula:
20.
i) g o f(2) (
ii) f o g –√ )
√∫2 + g o f(0) a) i. 1 ii. 25
b) g o f(x) = 4x2 + 12x + 9
b) Determina uma expressão analítica para a função g o f, indicando o respetivo do-
Dg f = R; conjunto de
o
21
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_1.9
Exercício resolvido
(continuação)
Sugestão de resolução
22 Considera as funções
f: R " R e g: R " R a) i) g o f(2) = g(f(2)) = g(–3 ¥ 2 + 1) = g(–5) = (–5)2 = 25
definidas por f(x) = 4x – 1
e g(x) = –3x + 2. ( ) ( ( )) + g(f(0))
ii) f o g –√∫2 + g o f(0) = f g –√∫2
Determina uma expressão = f((–√∫2 )2) + g(–3 ¥ 0 + 1)
analítica para as funções:
a) f o g = f(2) + g(1) = –3 ¥ 2 + 1 + 12 = – 4
b) g o f
c) f o f b) g o f(x) = g(f(x)) = g(–3x + 1) = (–3x + 1)2 = 9x2 – 6x + 1
d) g g
o
Dg o f = {x ∈Df : f(x) ∈Dg} = {x ∈R ∧ –3x + 1 ∈R} = R
Função identidade
f
1• •1
23 Considera a função
f: R " R definida por
2• •2
f(x) = –x + 6.
Mostra que f o f = IdR.
3• •3
Repara que cada elemento de A é aplicado nele próprio, daí designarmos esta função
por função identidade em A.
Definição
Soluções
A função identidade é uma função bijetiva:
22. • IdA é injetiva, pois sendo x1 e x2 dois objetos distintos, as suas imagens também são
a) f o g(x) = –12x + 7 distintas.
b) g o f(x) = –12x + 5
c) f o f(x) = 16x – 5 • IdA é sobrejetiva, pois IdA (A) = A, ou seja, o contradomínio de IdA é igual ao conjunto
d) g o g(x) = 9x – 4 de chegada de IdA.
22
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
2• •b
Vamos estudar com mais pormenor o conceito de função inversa.
3• •c
Exemplo
Define a função f –1
Consideremos a função bijetiva f: A " B definida pelo diagrama abaixo. através de uma tabela.
A B
f
1• •2
f(1) = 2
2• •4 f(2) = 8
f(3) = 4
3• •6
f(4) = 6
4• •8
f –1
2• •1
f –1(2) = 1
4• •2 f –1(8) = 2
f –1(4) = 3
6• •3
f –1(6) = 4
8• •4
Definição
Solução
Sejam A e B conjuntos e f: A " B uma função bijetiva. Designa-se por função inversa 24. f –1: B " A
x y
de f a função f –1: B " A tal que ∀ y ∈B, f –1(y) = xy, sendo que xy é o único elemento
a 1
pertencente a A tal que f(xy) = y. b 2
c 3
23
TEMA IV Funções reais de variável real
25 Considera os conjuntos
Esquematicamente:
A B
A = {–1, 2, 3, 4} e
B = {– 4, p, 0, 1, 3, 5, 6} e
seja G = {(–1, p), (2, –4), f
x• •y
(3, 3), (4, 0)} o gráfico de
uma função f de A em B. f –1
a) Qual é o gráfico de f –1?
b) Representa, no mesmo f(x) = y ⇔ f –1(y) = x
referencial cartesiano, o
gráfico de f e de f –1, Consequência
utilizando cores
diferentes para cada um Sendo f uma função bijetiva, (a, b) pertence ao gráfico de f se e só se (b, a) pertence ao
deles. gráfico de f –1. Repara que sendo f uma função bijetiva:
(a, b) pertence ao gráfico de f ⇔ f(a) = b ⇔ f –1(b) = a
⇔ (b, a) pertence ao gráfico de f –1
Tarefa resolvida
Sugestão de resolução
a) y f
5
APRENDE FAZENDO
f –1
Pág. 74
Exercício 23 O
–5 5 x
Soluções –5
25.
a) {(p, –1), (– 4, 2), (3, 3), (0, 4)} b) A’ é a imagem do ponto A pela reflexão axial de eixo de equação y = x se y = x
b)
for a mediatriz do segmento de reta [AA’]. Verifiquemos que tal acontece:
y
4 (x + 3)2 + (y – 2)2 = (x – 2)2 + (y + 3)2
π
3 ⇔ x2 + 6x + 9 + y2 – 4y + 4 = x2 – 4x + 4 + y2 + 6y + 9
2
⇔ 6x – 4y = – 4x + 6y
1
π
⇔ –6y – 4y = – 4x – 6x
–1 O 4 x
–4
–1
1 2 3
⇔ –10y = –10x
⇔y=x
–4
24
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
FRVR10_2.8
Propriedade
Dado um plano munido de um referencial cartesiano e uma função bijetiva f: A " B
(onde A ⊂ R e B ⊂ R), verifica-se que os gráficos cartesianos das funções f e f –1 são
simétricos em relação à reta de equação y = x, isto é, são a imagem um do outro
pela reflexão axial de eixo de equação y = x.
Seja f uma função f: A " B bijetiva e f –1: B " A a sua função inversa.
Seja A(a, f(a)) um ponto qualquer do gráfico de f, então (f(a), a) é um ponto do gráfico
de f –1. Seja P(x, x) um ponto qualquer da reta y = x:
y
d(P, A) = √∫(∫x∫ –∫ ∫ ∫a∫)2∫ ∫ +
∫ ∫ ∫(∫x∫ ∫–∫ f∫ ∫(∫a∫)∫)2 f
A(a, f(a))
f –1
A’(f(a), a)
25
TEMA IV Funções reais de variável real
Exercícios resolvidos
O
x
Qual das figuras seguintes representa graficamente a função f –1, função inversa
de f?
(A) y (B) y
f –1 f –1
O O
x x
(C) y (D) y f –1
O x O
f –1
Sugestão de resolução
f(x) = 2x – 3
Indica o domínio, o contradomínio e uma expressão para f –1.
26
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
FRVR10_1.11
Sugestão de resolução
Comecemos por determinar D’f –1 e Df –1. Já sabemos que Df = D’f –1 e D’f = Df –1.
Assim, D’f –1 = R e Df –1 = R. Para determinar uma expressão analítica que defina
a função f –1, podemos resolver, em ordem a x, a equação y = 2x – 3, que define
a função f, uma vez que y = f(x) ⇔ x = f –1(y):
Tem-se, então, que:
y = 2x – 3 ⇔ 2x = y + 3
y+3
⇔x=
2
APRENDE FAZENDO
Propriedades da função inversa
Pág. 76
Exercício 30
A propriedade seguinte garante-nos que a função inversa de uma função bijetiva é sem-
pre bijetiva. CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 23
Exercício 4
Propriedade
Dada uma função f: A " B bijetiva, a função inversa f –1 é bijetiva.
Animação
Resolução do exercício 26 b).
27
TEMA IV Funções reais de variável real
Propriedade
Dada uma função f: A " B bijetiva:
(f –1)–1 = f
Demonstração
Seja f uma função bijetiva.
Seja x ∈A.
Por definição de (f –1)–1, tem-se (f –1)–1(x) = y, sendo y o único elemento de B tal que
f –1(y) = x; e por definição de f –1, f –1(y) = x significa que x é o único elemento de A tal que
f (x) = y .
A B B A A B
f f –1 (f –1)–1
1• •2 2• •1 1• •2
2• •4 4• •2 2• •4
3• •6 6• •3 3• •6
Solução
4• •8 8• •4 4• •8
27.
–x + 5
b) f –1(x) =
3 (f –1)–1 = f
28
UNIDADE 2 Generalidades acerca de funções
FRVR10_1.12
Propriedade FRVR10_1.13
Dada uma função f: A " B, f é bijetiva se e somente se existir uma função g: B " A,
tal que:
∀(x, y) ∈A ¥ B, y = f(x) ⇔ x = g(y)
Demonstração
(⇒) De facto, se f é uma função bijetiva, sabemos que podemos definir a função
f –1:B " A e verifica-se pela própria definição de função inversa que ∀(x, y) ∈A ¥ B,
y = f(x) ⇔ x = f –1(y).
(⇐) Reciprocamente, suponhamos que f: A " B e g: B " A são funções tais que:
∀(x, y) ∈A ¥ B, y = f(x) ⇔ x = g(y)
U U
Imagem por f Objeto por f
Então:
• todo o elemento y que é imagem pela função f é objeto pela função g, ou seja,
Imf ⊂ Dg = B, e todo o elemento y que é objeto pela função g verifica x = g(y)
⇔ y = f(x), logo y ∈Imf e daqui se conclui que B ⊂ Imf. Logo, B = Imf;
• se existissem dois elementos distintos x1 e x2 ∈A tais que f(x1) = f(x2), então, chamando
y a f(x1) (= f(x2)), ter-se-ia g(y) = x1 e g(y) = x2 e x1 ≠ x2, o que contradiz o facto de g ser
função. Logo, f é injetiva e, portanto, f é bijetiva.
Propriedade
Uma função f: A " B é bijetiva se e somente se existir uma função g: B " A tal
que g o f = IdA e f o g = IdB. Nesse caso, g = f –1.
Demonstração
• Suponhamos que existe g: B " A tal que g o f = IdA e f o g = IdB. Então:
f é injetiva: f(x1) = f(x2) ⇒ g(f(x1)) = g(f(x2))
⇒ g o f(x1) = g o f(x2)
APRENDE FAZENDO
⇒ IdA(x1) = IdA(x2) Págs. 75 e 79
⇒ x1 = x2 Exercícios 26 e 40
29
TEMA IV Funções reais de variável real
UNIDADE 3
Generalidades acerca de funções
reais de variável real
FRVR10_2.1
FRVR10_2.2
3.1. Funções reais de variável real e funções definidas
por expressões analíticas
Definição
Resolução
Todos os exercícios de “Generalidades
acerca de funções reais de variável real”. Uma função cujo domínio e o conjunto de chegada estão contidos em R designa-se
por função real de variável real.
Exercício resolvido
Determina o domínio de cada uma das seguintes funções reais de variável real de-
finidas por:
1 3√∫x
a) f(x) = b) f(x) = √∫∫x∫ +
∫ ∫ ∫3 c) f(x) =
x–2 x –4
2
Sugestão de resolução
30
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
28 Determina o domínio de
cada uma das seguintes
Df = {x ∈R: x – 2 ≠ 0} = R\{2} funções reais de variável
Podemos apresentar a caracterização da função f da seguinte forma: real definidas por:
Domínio de f Conjunto de chegada de f 1
a) f(x) = 2 +
† † x
f: R\{2} " R b) g(x) =
3x + 1
4
1
x |" " Expressão analítica de f 2
x–2 c) h(x) =
9 – x2
x2 – 5x + 6
b) O domínio de f é o conjunto dos números reais que se podem atribuir a x de d) i(x) =
x2 + 1
modo que a expressão √∫x∫ +
∫ ∫3
∫ tenha significado. Como a radiciação de índice
e) j(x) = √∫x∫ ∫–∫ ∫2
par é possível se e só se o radicando é não negativo, temos de garantir que
√∫x∫ +
∫ ∫ ∫3
x + 3 ≥ 0. f) k(x) =
x–5
Cálculo auxiliar: x + 3 ≥ 0 ⇔ x ≥ –3 g) l(x) = 3√∫x + 2x
Df = {x ∈R: x + 3 ≥ 0} = {x ∈R: x ≥ –3} = [–3, +∞[
Logo:
f: [–3, +∞[ " R
x |" √∫x∫ +
∫ ∫ ∫3
Esquematizando / Resumindo
31
TEMA IV Funções reais de variável real
O gráfico de uma função real de variável real é muitas vezes uma linha, mas nem todas
as linhas são gráficos de funções.
29 Das representações Observa que, num referencial cartesiano, se uma reta paralela ao eixo Oy intersetar
gráficas seguintes, indica uma linha em mais do que um ponto, essa linha não pode representar o gráfico de uma
as que representam
função, pois tal significaria que um objeto teria mais do que uma imagem, o que contraria
funções e, nesses casos,
indica o domínio e o a definição de função.
contradomínio.
y y
(I) (II)
y y
7 2 3
–
2 O 2
–3 1 x O 1 x
–2
–4
(III) (IV)
y 4 y O x O x
5 1
–2 O x –3 O –1 3 x
–2 Representação gráfica de uma função. Não representa graficamente uma função.
–4
Nota
3.3. Zeros de uma função
A bola aberta na representa-
ção gráfica significa que
Definição
aquele ponto não pertence
ao gráfico da função.
Chama-se zero de uma função f a todo o objeto cuja imagem é zero, ou seja:
a é zero de f ⇔ f(a) = 0
Notas
1. Um zero de uma função é um valor que pertence ao domínio da função.
APRENDE FAZENDO
2. Graficamente, um zero é a abcissa de um ponto onde o gráfico interseta o eixo Ox.
Pág. 68
Exercício 2
Exemplo y f
Solução
29. As representações gráficas (I)
Seja f a função definida por f(x) = 2x + 4.
e (IV) são funções. –2 é zero de f
Para determinar o(s) zero(s) de f, vamos resolver a equação f(x) = 0:
Gráfico (I): D = ÈÍ –
7 3È
, Íe
Î 2 2 Î f(x) = 0 ⇔ 2x + 4 = 0 ⇔ 2x = – 4 ⇔ x = –2 –2 O x
D’ = [– 4, 2]
Gráfico (IV): D = ]–3, 3] e
D’ = ]– 4, –1[ ∪ [1, 4]
32
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Estudar o sinal de uma função é, então, determinar o(s) intervalo(s) do domínio da função
onde a função é positiva e onde é negativa.
É útil sintetizar estas informações numa tabela, a que chamamos quadro de sinal.
Exemplo
Nota
Considera a seguinte representação gráfica da função f:
Graficamente, a função f é
y
positiva em abcissas de
4
pontos situados acima do
2
eixo Ox e negativa em ab-
cissas de pontos situados
abaixo do eixo Ox.
–4 –3 –1 1 2 5 x
f
–3
x –4 –3 –1 2 5
f(x) N.D. + 0 – 0 + 0 – –3
31 Prova que a função real de
N.D. significa não definida (– 4 ∉Df). variável real definida por
f(x) = x4 + 5 é uma função
f é positiva em ]– 4, –3[ ∪ ]–1, 2[ e é negativa em ]–3, –1[ ∪ ]2, 5]. par.
APRENDE FAZENDO
Diz-se que uma função real de variável real f é par se para todo o x ∈Df se tem: Solução
–x ∈Df e f(–x) = f(x) 30. Gráfico (I): Zeros: –3 e 1
Positiva em ]–3, 1[ e negativa
em ÈÍ – , –3 ÈÍ ∪ ÈÍ 1, ÈÍ .
7 3
Assim, para que uma função f seja par, o seu domínio tem de obedecer a uma “condição” Î 2 Î Î 2Î
de simetria, isto é, se um elemento pertence ao domínio, então o seu simétrico também Gráfico (IV): Não tem zeros.
Positiva em [0, 3] e negativa em
pertence, e objetos simétricos, x e –x, têm a mesma imagem, f(–x) = f(x). ]–3, 0[.
33
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_2.4 Exemplo
FRVR10_2.6
Considera a função f definida em R por f(x) = x2.
f(–1) = (–1)2 = 1 e f(1) = 1, portanto, f(–1) = f(1).
f(–2) = (–2)2 = 4 e f(2) = 22 = 4, portanto, f(–2) = f(2).
N∈r
N’ ∈ r Propriedade
Dado um plano munido de um referencial cartesiano e dada uma função f, f é par se
e somente se o eixo das ordenadas for eixo da simetria do respetivo gráfico.
Função ímpar
Para que uma função f seja ímpar, o seu domínio também tem de obedecer à “condição”
de simetria referida acima, isto é, se um elemento pertence ao domínio, então o seu simé-
trico também pertence, e objetos simétricos, x e –x, têm imagens simétricas, f(–x) = –f(x).
34
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Exemplo FRVR10_2.5
FRVR10_2.7
Considera a função f, definida em R, por f(x) = x3.
f(–1) = (–1)3 = –1 e f(1) = 1, portanto, f(–1) = –f(1). Recorda
f(–2) = (–2)3 = –8 e f(2) = 23 = 8, portanto, f(–2) = –f(2).
Dados dois pontos O e M,
o ponto M’ é a imagem do
Provemos que quaisquer objetos simétricos têm imagens simétricas: ponto M pela reflexão
central de centro O (ou o
Seja x um elemento qualquer pertencente a R: simétrico do ponto M em
f(–x) = (–x)3 = –x3 = –f(x), logo, a função f é ímpar. relação a O) quando O é o
ponto médio do segmento
de reta [MM’]. A imagem
Consideremos a seguinte representação gráfica de f: de O pela reflexão central
y f de centro O (ou o simétrico
do ponto O em relação a
O) é o próprio O.
f (a) (a, f (a)) M
O
1
–a –1
M’
O 1 a x
33 Na figura está
representada graficamente
(–a, f (–a)) f (–a) parte do gráfico de uma
função real de variável
real f:
Sabemos que se f é ímpar, então ∀a ∈Df, f(–a) = –f(a), ou seja, ∀a ∈Df os pontos de
y
coordenadas (a, f(a)) e (–a, –f(a)) são pontos do gráfico de f, e estes pontos são simétricos f
3
2
em relação à origem do referencial, pois O é o ponto médio do segmento de reta cujos
extremos são estes dois pontos. Assim, o gráfico de f é simétrico relativamente à origem O
–5 –2 –1 O x
do referencial.
Completa a representação
Reciprocamente, se o gráfico de f é simétrico relativamente à origem O do referencial,
gráfica de f, de modo que:
ou seja, se pontos de abcissa simétricos, a e –a, definem um segmento cujo ponto médio
a) f seja uma função par;
é a origem do referencial, então f(–a) = –f(a), ∀a ∈Df, ou seja, f é ímpar.
b) f seja uma função
ímpar.
Propriedade
Dado um plano munido de um referencial cartesiano e dada uma função f, f é ímpar Soluções
se e somente se o respetivo gráfico for simétrico relativamente à origem O do refe- 33.
rencial, isto é, se e somente se a imagem do gráfico pela reflexão central de centro a) y
3
O coincidir com o próprio gráfico. f
2
x
Notas –5 –2 –1 O1 2 5
–2
2. As únicas funções pares e ímpares são as funções nulas. –3
35
TEMA IV Funções reais de variável real
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
d) i(x) =
1 c) Dh = R e, portanto, verifica-se que ∀x ∈Dh, –x ∈Dh. Tem-se também que:
x+2
h(–x) = 2(–x) + 1 = –2x + 1; –h(x) = –(2x + 1) = –2x – 1
Ou seja, não é verdade que h(x) = h(–x), ∀ x ∈Dh. Por exemplo, h(3) ≠ h(–3),
pois h(3) = 7 e h(–3) = –5, isto é, a função h não é par.
Também não é verdade que h(–x)= –h(x), ∀x ∈Dh. Por exemplo, h(–3) ≠ –h(3),
pois h(–3) = –5 e –h(3) = –7, isto é, a função h não é ímpar.
Esquematizando / Resumindo
36
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Exemplos
Pressiona a tecla EXE que te fará regressar ao ecrã onde digitaste a expressão analítica da
função (ecrã 2) e carrega em Draw (F6) para obteres a representação gráfica pretendida
na janela escolhida:
37
TEMA IV Funções reais de variável real
Texas TI-nspire
Pressiona a tecla ON e escolhe a opção adicionar Gráficos.
38
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
2. Determinar valores aproximados dos zeros de uma função Texas TI-84 Plus
Representa graficamente a função:
Considera a função f definida por:
f(x) = x3 + x2 – 4x – 4
Determina os seus zeros, com recurso à calculadora.
Carrega para a direita no cursor, uma vez e depois outra, de forma a encontrar os outros
zeros:
Soluções
35.
a) –0,82 e 1,38
b) 2 Os zeros de f são: –2, –1 e 2
c) Não tem zeros.
d) 3,68
40
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
3. Determinar valores aproximados da interseção dos gráficos de duas funções Texas TI-84 Plus
No editor de funções y =
Considera a função f definida por: escreve as expressões
analíticas das duas funções:
f(x) = x3 + x2 – 4x – 4
Carrega para a direita no cursor, uma vez e depois outra, de forma a encontrar os restantes
pontos de interseção:
36 Considera a função f
Texas TI-nspire
definida por De acordo com as instruções anteriores, representa grafiacamente f. Pressiona a tecla TAB
f(x) = (x + 1)4 – 3. e escreve a expressão analítica da nova função na janela f2(x) =:
a) Determina, com recurso
à calculadora, as
coordenadas do(s)
ponto(s) do gráfico de f
cuja ordenada é 5.
b) Determina, com recurso
à calculadora, as
coordenadas do(s)
ponto(s) do gráfico de f
cuja ordenada é igual
ao quadrado da abcissa.
Em ambas as alíneas,
apresenta as coordenadas Pressiona a tecla ENTER e, de seguida, pressiona a tecla MENU e escolhe as opções
do(s) ponto(s) com 6:Analisar gráfico e 4: Interseção e clica na tecla ENTER:
aproximação às décimas.
42
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Tarefa resolvida
Sugestão de resolução
a) f(x) = x2
g(x) = x2 + 2
c) Seja P(x, x2) um ponto qualquer do gráfico de f. O ponto P’, imagem de P pela
translação de vetor ≤v (0, 2), é P’ = P + ≤v. Determinemos, então, as suas coorde-
nadas: P’ = P + ≤v = (x, x2) + (0, 2) = (x, x2 + 2)
O ponto P’(x, x2 + 2) pertence ao gráfico de g, pois g(x) = x2 + 2. Como isto
acontece para qualquer x, a imagem de qualquer ponto do gráfico de f pela
translação de vetor ≤v (0, 2) é um ponto do gráfico de g.
d) Seja P’(x, x2 + 2) um ponto qualquer do gráfico de g e P(x, x2) o ponto do gráfico APRENDE FAZENDO
Pág. 69
de f de abcissa igual à de P. Exercício 5
P≥P’ = P’ – P = (x, x2 + 2) – (x, x2) = (0, 2) = ≤v
Assim, P’ = P + v≤ . Como isto acontece para qualquer x, todo o ponto do gráfico Soluções
de g é a imagem de um ponto do gráfico de f pela translação de vetor ≤v (0, 2). 37.
a) 6
b) 14
43
TEMA IV Funções reais de variável real
–4 –2 O 1 2 x
• Se c > 0, o gráfico de f desloca-se c unidades “para cima”.
–3
• Se c < 0, o gráfico de f desloca-se – c unidades “para baixo”.
a) Indica o domínio, o
contradomínio e o
Exercício resolvido
número de zeros de f.
b) Representa graficamente
Considera a função f representada graficamente abaixo.
as funções g e h tais que
g(x) = f(x) – 4 e y
h(x) = f(x) + 3. Explica
como podes obter os
gráficos de g e de h a 2
f
partir do gráfico de f. 1
2
c) Indica o domínio, o
–7 –1 O 6 x
contradomínio e o –1
número de zeros das
funções g e h.
Soluções a) Representa graficamente as funções g e h tais que g(x) = f(x) + 3 e h(x) = f(x) – 2.
38.
b) Explica como podes obter a partir do gráfico de f os gráficos de g e de h.
a) Df = ]–4, 2]; D’f = ]–3, 5];
um zero. c) Indica o domínio, o contradomínio e o número de zeros das funções f, g e h.
b) y
–4 –2 1 1
O 2 x Sugestão de resolução
g a) 5
y
g
–7 4
≤v (0, 3)
y
f
8
1 ≤u (0, –2)
6 2
–7 –1 O 6 x
–1 h
h
–3
–4 –2 O 1 2 x
b) O gráfico da função g obtém-se do gráfico da função f por meio de uma
O gráfico da função g obtém-se translação de vetor ≤v (0, 3) e o gráfico da função h obtém-se do gráfico da
do gráfico da função f por meio
função f por meio de uma translação de vetor ≤u (0, –2).
de uma translação de vetor
≤v (0, –4) e o gráfico da função h c) Df = [–7, 6]; D’f = [–1, 2]; 3 zeros
obtém-se do gráfico da função f Dg = [–7, 6]; D’g = [2, 5] não tem zeros
por meio de uma translação de
vetor v≤ (0, 3). c) Dg = ]–4, 2]; D’g =
Dh = [–7, 6]; D’h = [–3, 0]; 2 zeros
= ]–7, 1]; um zero; Dh = ]–4, 2];
D’h = ]0, 8]; nenhum zero.
44
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
b) Indica Df e Dg.
x f(x) g(x)
0
1
2
3
4
5
( )
d) Seja P’ x, √∫x∫ ∫–∫ ∫2 um ponto qualquer do gráfico de g e seja P o ponto do gráfico
de f com a mesma ordenada de P’. Justifica que P’ é a imagem do ponto P pela
translação de vetor ≤v (2, 0).
Sugestão de resolução
a) f(x) = √∫x
g(x) = √∫x∫ ∫–∫ 2
∫
b) Df = {x ∈R: x ≥ 0} = R+0
Dg = {x ∈R: x – 2 ≥ 0} = {x ∈R: x ≥ 2} = [2, +∞[
(continua)
45
TEMA IV Funções reais de variável real
Sugestão de resolução
c)
x f(x) g(x)
0 0 N.D.
1 1 N.D.
2 √∫2 0
3 √∫3 1
4 √∫4 = 2 √∫2
5 √∫5 √∫3
N.D.: não definida
( 0 , 0) ∈Gf e ( 2 , 0) ∈Gg
( 1 , 1) ∈Gf e ( 3 , 1) ∈Gg
( 2 , √∫2 ) ∈Gf e ( 4 , √∫2 ) ∈Gg
( 3 , √∫3 ) ∈Gf e ( 5 , √∫3 ) ∈Gg
( 4 , 2) ∈Gf e ( 6 , 2) ∈Gg
( 5 , √∫5 ) ∈Gf e ( 7 , √∫5 ) ∈Gg
( ) (
d) Seja P’ x, √∫x∫ ∫–∫ ∫2 um ponto qualquer do gráfico de g; então P x – 2, √∫x∫ ∫–∫ ∫2 é o )
ponto do gráfico de f com a mesma ordenada de P’.
P≥P’ = P’ – P = (x, √∫x∫ –∫ ∫ ∫2 ) – (x – 2, √∫x∫ ∫–∫ 2
∫ )
∫ ) = (2, 0) = ≤v
= (x – x + 2, √∫x∫ –∫ ∫ ∫2 – √∫x∫ ∫–∫ 2
Assim, P’ = P + ≤v, ou seja, todo o ponto do gráfico de g é a imagem de um
ponto do gráfico de f pela translação de vetor ≤v (2, 0).
Dados um plano munido de um referencial cartesiano, uma função real de variável real
f e um número real c, o gráfico cartesiano da função g definida por g(x) = f(x – c) é a
≤ (c, 0) e Dg = {x + c: x ∈Df}.
imagem do gráfico cartesiano de f pela translação de vetor u
46
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
a) Representa graficamente
as funções g e h tais que
a) Representa graficamente as funções g e h tais que g(x) = f(x + 3) e h(x) = f(x – 2). g(x) = f(x – 4) e
h(x) = f(x + 2). Explica
b) Explica como podes obter os gráficos de g e de h a partir do gráfico de f. como podes obter os
gráficos de g e de h a
partir do gráfico de f.
c) Indica o domínio, o contradomínio e o número de zeros das funções de f, g e h.
b) Indica o domínio, o
contradomínio e o
número de zeros das
Sugestão de resolução funções g e h.
y
O 2 6 x
–3
(2, 0) 2 (2, 0)
f h
(2, 0) y
1
3 5
–7 –5 –1 O 1 2 4 6 8 x h
–1 3
(2, 0)
–6
–4 O x
–3
b) O gráfico da função g obtém-se do gráfico da função f por meio de uma
translação de vetor ≤v (–3, 0) e o gráfico da função h obtém-se do gráfico da O gráfico da função g obtém-se
do gráfico da função f por meio
função f por meio de uma translação de vetor ≤v (2, 0).
de uma translação de vetor
≤v (4, 0) e o gráfico da função h
c) Df = [–7, 6]; D’f = [–1, 2]; 3 zeros obtém-se do gráfico da função f
Dg = [–10, 3]; D’g = [–1, 2]; 3 zeros por meio de uma translação de
vetor ≤v (–2, 0).
Dh = [–5, 8]; D’h = [–1, 2]; 3 zeros
b) Dg = ]0, 6]; D’g = ]–3, 5]; um
zero; Dh = ]–6, 0]; D’h = ]–3, 5];
um zero.
47
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_2.11
Relação entre o gráfico de uma função f e o gráfico da função
x |" af (x), a ∈R\{0}
Definição
40 Considera uma função f da
qual se sabe que para um
determinado valor de Dados um plano munido de um referencial cartesiano e um número 0 < a < 1 (respe-
a ∈Df se tem f(a) = 10. tivamente a > 1), chama-se contração vertical (respetivamente dilatação vertical) de
Seja g(x) = kf(x). coeficiente a à transformação ϕ do plano que ao ponto P(x, y) associa o ponto ϕ(P)
Calcula g(a) quando: de coordenadas (x, ay).
a) k = 3
1
b) k =
5
Tarefa resolvida
Seja Gf = {(–2 ,4), (–1, 2), (0, 2), (1, 3), (4, 2)} o gráfico de uma dada função f.
a) Representa Gf num referencial ortogonal.
Sugestão de resolução
a) y
4
3
2
–2 –1 O1 4 x
48
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
FRVR10_2.12
49
TEMA IV Funções reais de variável real
a) Representa graficamente
as funções g e h tais que 1
a) Representa graficamente as funções g e h tais que g(x) = 3f(x) e h(x) = f(x).
1
g(x) = 2f(x) e h(x) = f(x). 3
2
b) Explica como podes obter os gráficos de g e de h a partir do gráfico de f.
Explica como podes
obter os gráficos de g e
c) Indica o domínio, o contradomínio e o número de zeros das funções f, g e h.
de h a partir do gráfico
de f.
b) Indica o domínio, o Sugestão de resolução
contradomínio e o
número de zeros das a)
funções g e h. y
6
g y
Soluções
41.
3
a) y 2 f
10 f
1 1
2 2 h
6 –7 –1 O 1 3 6 x –7 –1 O 1 3 6 x
g –1 –1
–3
50
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
Tarefa resolvida
Seja Gf = {(–3 ,4), (0, 2), (1, 3), (3, 1), (6, 2)} o gráfico de uma dada função f.
a) Representa Gf num referencial ortogonal.
Sugestão de resolução
a) y
4
3
2
1
–3 O1 3 4 6 x
h1 h
b) y P(x, y) 1 P’ ij 3 x, yij
ϕ
(–3, 4) 1 (–1, 4)
4 ϕ
3 (0, 2) 1 (0, 2)
2 ϕ
h1 h
1 (1, 3) 1 ij 3 , 3ij
ϕ
–3 O1 2 3 4 6 x
(3, 1) 1 (1, 1)
ϕ
(6, 2) 1 (2, 2)
ϕ
(continua)
51
TEMA IV Funções reais de variável real
Sugestão de resolução
a 1 a
c) Seja g a função de domínio b–1, 0, , 1, 2b definida por g(x) = f(3x). Então:
c 3 c
g(–1) = f(3 ¥ (–1)) = f(–3) = 4 g(0) = f(3 ¥ 0) = f(0) = 2
h1h h 1h
g i i = f i 3 ¥ i = f(1) = 3 g(1) = f(3 ¥ 1)= f(3) = 1
j3j j 3j
g(2) = f(3 ¥ 2)= f(6) = 2
Os pontos do gráfico de g são precisamente os que representamos na alínea
anterior, isto é, são as imagens dos pontos do gráfico de f por uma contração
1
horizontal de coeficiente .
3
Concluímos assim que o gráfico de g é a imagem do gráfico de f por uma con-
1
tração horizontal de coeficiente .
3
P(x, y) 1 P’(3x, y)
d) y
ψ
4 (–3, 4) 1 (–9, 4)
ψ
3
(0, 2) 1 (0, 2)
2
ψ
1
(1, 3) 1 (3, 3)
O1 ψ
–9 –3 3 4 6 9 18 x
(3, 1) 1 (9, 1)
ψ
e) Dh = {–9, 0, 3, 9,18} (6, 2) 1 (18, 2)
h1 h ψ
Seja h(x) = f i xi .Repara que:
j3 j
h1 h h1 h
h(–9) = f i ¥ (–9)i = f(–3) = 4 h(0) = f i ¥ 0i = f(0) = 2
j3 j j3 j
h1 h h1 h
h(3) = f i ¥ 3i = f(1) = 3 h(9) = f i ¥ 9i = f(3) = 1
j3 j j3 j
h1 h
h(18) = f i ¥ 18i = f(6) = 2
j3 j
Da resolução desta tarefa, concluímos que o gráfico da função g tal que g(x) = f(3x) se
obtém a partir do gráfico da função f através de uma contração horizontal de coeficiente
1 h1 h
e que o gráfico da função h, tal que h(x) = f i xi se obtém a partir do gráfico da função
3 j3 j
f através de uma dilatação horizontal de coeficiente 3.
Em geral, prova-se que:
52
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
a) Representa graficamente
hxh
as funções g e h tais que
a) Representa graficamente as funções g e h tais que g(x) = f(3x) e h(x) = f i i . h1 h
j3j g(x) = f (2x) e h(x) = f i xi .
j2 j
Explica como podes
b) Explica como podes obter os gráfico de g e h a partir do gráfico de f.
obter os gráficos de g e
de h a partir do gráfico
c) Indica o domínio, o contradomínio e o número de zeros das funções f, g e h. de f.
b) Indica o domínio, o
contradomínio e o
Sugestão de resolução número de zeros das
funções g e h.
a) y
Soluções
2
g 42.
f
1 a)
y
–7 –1 O 1 x
–7 –1
2 3 6 5
3
3
g
O
y
–2 –1 11 x
2
–3
2 h
1
f y
2 5
–21 –7 –3 –1O 1 3 6 9 18 x
–1 h 3
2
–8 1 x
–4 O 2 4
b) O gráfico da função g obtém-se a partir do gráfico da função f por meio de
–3
1
uma contração horizontal de coeficiente e o gráfico da função h obtém-se
3 O gráfico da função g obtém-se
a partir do gráfico da função f por meio de uma dilatação horizontal de coe- a partir do gráfico da função f
por meio de uma contração
ficiente 3. 1
horizontal de coeficiente eo
2
c) Df = [–7, 6]; D’f = [–1, 2]; 3 zeros gráfico da função h obtém-se a
partir do gráfico da função f por
È 7 È
Dg = Í– , 2Í ; D’g = [–1, 2]; 3 zeros meio de uma dilatação
Î 3 Î horizontal de coeficiente 2.
Dh = [–21, 18]; D’h =[–1, 2]; 3 zeros b) Dg = ]–2, 1]; D’g = ]–3, 5];
um zero; Dh = ]–8, 4];
D’h = ]–3, 5]; um zero.
53
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_2.15
Relação entre o gráfico de uma função f e o gráfico da função x |" –f (x)
Seja h a função definida por h(x) = –f(x). Seja P(x, f(x)) um ponto qualquer do gráfico de f.
Então, P’(x, –f(x)) é o ponto do gráfico de h com a mesma abcissa de P e é também a ima-
y
gem de P pela reflexão de eixo Ox (e reciprocamente).
f (x) Como (x, f(x)) e (x, –f(x)) são simétricos em relação ao eixo das abcissas, concluímos
que a representação gráfica de –f é simétrica da representação gráfica de f em relação ao
O x eixo das abcissas.
–f(x)
y
f
f(x)
f(–x)
Dado um plano munido de um referencial ortogonal e dada uma função real de va-
riável real f, o gráfico cartesiano da função g definida por g(x) = –f(x) é a imagem do
gráfico cartesiano de f pela reflexão de eixo Ox e Dg = Df.
–x O x x h( – x) = f(–( –x )) = f(x)
Seja P(x, f(x)) um ponto qualquer do gráfico de f. Então, P’(–x, f(x)) pertence ao gráfico
de h e P’ é a imagem de P pela reflexão de eixo Oy.
Assim, concluímos que a representação gráfica de f(–x) é simétrica da representação
gráfica de f em relação ao eixo das ordenadas.
y
h f
–x O x x
54
UNIDADE 3 Generalidades acerca de funções reais de variável real
FRVR10_2.16
Dado um plano munido de um referencial ortogonal e dada uma função real de va-
riável real f, o gráfico cartesiano da função g definida por g(x) = f(–x) é a imagem do
gráfico cartesiano de f pela reflexão de eixo Oy e Dg = {–x: x ∈Df}. 43 Considera novamente a
função f representada
graficamente por:
y
Por outras palavras, podemos dizer que as representações gráficas de x |" f (x) e de 5 f
x |" f(–x) são simétricas em relação ao eixo Oy. 4
3
2
1
Exercício resolvido –4 –2 O 1 2 x
a) Representa graficamente
y
as funções g e h tais que
g(x) = –f(x) e h(x) = f(–x).
2 Explica como podes
f
1 obter os gráficos de g e
2 de h a partir do gráfico
–7 –1 O 1 3 6 x
–1 de f.
b) Indica o domínio, o
contradomínio e o
número de zeros das
a) Representa graficamente as funções g e h tais que g(x) = –f(x) e h(x) = f(–x). funções g e h.
Sugestão de resolução –2 1 2
–4 O x
a) y y g
–3
–5
2 2 f
f h
1 1 y
5
2
–7 –1O 1 3 6 x –7 –6 –5 –2 –1 O 1 2 3 6 7x 4
–1 3
–1
h
–2 g
4
–2 –1 O 2 x
55
TEMA IV Funções reais de variável real
Esquematizando / Resumindo
y
f
y g
Translação associada ao vetor (0, k).
g(x) = f(x) + k f
O gráfico desloca-se k unidades para
O x
cima.
y f Translação associada ao vetor (0, –k).
g(x) = f(x) – k O g x
O gráfico desloca-se k unidades para
baixo.
y Translação associada ao vetor (–k, 0).
g
f
g(x) = f(x + k) O x O gráfico desloca-se k unidades para a
esquerda.
y f Translação associada ao vetor (k, 0).
g
g(x) = f(x – k) O O gráfico desloca-se k unidades para a
x
direita.
y
g(x) = k ¥ f(x) g
Dilatação vertical de coeficiente k.
k>1 O x
f
y
g(x) = k ¥ f(x)
x Contração vertical de coeficiente k.
APRENDE FAZENDO g
0<k<1 O
Págs. 69 e 77 f
Exercícios 8 e 34
y
g(x) = f(kx)
Contração horizontal de coeficiente 1 .
f
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES k>1 O x k
g
Pág. 24
Exercício 9
y
g(x) = f(kx)
Dilatação horizontal de coeficiente 1 .
f g x
0<k<1 O k
Testes interativos
– Generalidades acerca de
funções reais de variável real I.
– Generalidades acerca de Adaptado de Matemática A, vol. 2, GAVE
funções reais de variável real II.
56
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
UNIDADE 4
Monotonia, extremos e concavidades
0 4
4 14 24 Tempo
(horas) 2 f
–3 –6 –4 –2 O 2 4 6x
–2
–4
Percebemos que há determinados períodos do dia, como, por exemplo, das 4 h às 14 h, –6
em que a função aumenta, isto é, à medida que o tempo aumenta a temperatura também Indica um intervalo onde a
aumenta, e há outros períodos do dia, como, por exemplo, das 0 h às 4 h e das 14 h às função seja:
24 h, em que a função diminui, ou seja, à medida que o tempo aumenta a temperatura a) estritamente
decrescente;
diminui.
b) decrescente em sentido
É de grande importância o estudo do crescimento e/ou decrescimento da variável de- lato;
pendente em função do crescimento da variável independente. c) estritamente crescente;
d) crescente em sentido
No caso geral: lato;
e) constante.
Dada uma função real de variável real f e A ⊂ Df, diz-se que: Observação
• f é (estritamente) crescente em A se para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A, Qualquer função crescente
se x1 < x2, então f(x1) < f(x2). (decrescente) em A é
crescente (decrescente) em
• f é crescente, em sentido lato, em A se para quaisquer dois elementos x1 e x2 de sentido lato.
A, se x1 < x2, então f(x1) ≤ f(x2).
• f é (estritamente) decrescente em A se para quaisquer dois elementos x1 e x2 de Soluções
A, se x1 < x2, então f(x1) > f(x2). 44. Por exemplo:
• f é decrescente, em sentido lato, em A se para quaisquer dois elementos x1 e x2 de a) [–6, – 4]
b) [–6, –1]
A, se x1 < x2, então f(x1) ≥ f(x2).
c) [0, 3]
• f é constante em A se para quaisquer dois elementos x1 e x2 de A, f(x1) = f(x2). d) [0, 6]
e) [–2, 0]
57
TEMA IV Funções reais de variável real
y
y
f(b)
f(a)
O a b x
I O I x
∀a, b ∈I, a < b ⇒ f(a) < f(b) ∀a, b ∈I, a < b ⇒ f(a) ≤ f(b)
Soluções
45. Por exemplo:
a) Função estritamente decrescente em I Função decrescente, em sentido lato, em I
y
y
y
–2 O 1 x
f(b)
f(a)
b) y
O a b x
I O I x
O 3 x
∀a, b ∈I, a < b ⇒ f(a) > f(b) ∀a, b ∈I, a < b ⇒ f(a) ≥ f(b)
58
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
Estudar a monotonia ou estudar o sentido de variação de uma função é determinar os 46 Estuda a monotonia de
intervalos em que a função é estritamente crescente, estritamente decrescente ou cons- cada uma das funções
tante. representadas
graficamente e apresenta
É útil sintetizar esta informação numa tabela, a que chamamos quadro de variação da um quadro de variação de
função. cada uma delas.
a) y
f
5
Exemplo 4
3
2
Considera a representação gráfica da função f apresentada abaixo.
1
y –4 –2 O 1 2 x
4
f
3 –3
2
1 b) y
O
6
–4 –3 –1 1 2 5 x
4 g
–3 2
–6 –4 –2 O 2 4 x
O quadro de variação da função f é: –2
–4
x –4 –2 1 5 –6
Variação de f N.D. ¢ –2 £ 4 ¢ –3
Erro típico
O x Soluções
46.
a)
x –4 –2 1 2
Um erro frequente no estudo da monotonia é o de afirmar-se que:
Variação N.
de f D. £ 3 " 3 £ 5
f é estritamente decrescente
f é estritamente crescente em
Erro! ]–4, –2] e em [1, 2]; f é
constante em [–2, 1].
Repara que –1 ∈Df e 1 ∈Df e –1 < 1 e f(–1) < f(1), o que nos leva a concluir b)
que f não é estritamente decrescente. x –∞ –2 0 2 +∞
Variação
Porém, é verdade que f é estritamente decrescente em R+ e em R–, pois: de g £ 4 ¢ 0 £ 4 ¢
59
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_4.1
FRVR10_4.2
4.2. Extremos
Majorante, minorante e função limitada
Definição
47 Considera a função g
representada graficamente
por:
Dada uma função real de variável real f de domínio Df, diz-se que:
y • um número real M é um majorante de f quando ∀ x ∈Df, f(x) ≤ M; diz-se que f é
6 majorada quando existir um majorante de f;
4 g
• um número real m é um minorante de f quando ∀ x ∈Df, f(x) ≥ m ; diz-se que f é
2
minorada quando existir um minorante de f.
–6 –4 –2 O 2 4 6 x
–2
–4
–6 Exemplos
O x
–5 O 4 x
–2
∀x ∈Dh, h(x) ≤ 4 e ∀x ∈Dh, h(x) ≥ –2, o que também pode ser escrito da seguinte forma:
∀ x ∈Dh, –2 ≤ h(x) ≤ 4
4 é um majorante e –2 é um minorante de h, ou seja, h é simultaneamente majorada e
minorada. Diz-se que a função h é limitada.
Soluções
47.
Definição
a) Por exemplo, 5.
b) ]–∞, – 6]
c) Sim, pois é minorada e Uma função simultaneamente majorada e minorada diz-se limitada.
majorada.
60
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
7
6
0
4 14 24 29 37 48 Tempo
(horas)
–2
–3
Definição
Dada uma função real de variável real f e um valor f(a) do contradomínio de f, diz-se que:
Nota
• f(a) é um máximo absoluto de f se ∀x ∈Df, f(a) ≥ f(x).
Para cada número real posi-
• f(a) é um mínimo absoluto de f se ∀x ∈Df, f(a) ≤ f(x).
tivo r, chama-se vizinhança
r de a ao intervalo aberto
]a – r, a + r[, com a número
Definição real.
Representa-se por Vr(a).
Dada uma função real de variável real f, diz-se que:
Exemplos
• f atinge um máximo relativo em a ∈Df quando existe uma vizinhança r de a tal V0,1(2) = ]1,9; 2,1[
que ∀ x ∈Vr (a) ∩ Df, f(a) ≥ f(x); f(a) chama-se máximo relativo (ou local) de f e a
1,9 2 2,1
chama-se maximizante de f.
• f atinge um mínimo relativo em a ∈Df quando existe uma vizinhança r de a tal V0,2(–3) = ]–3 – 0,2; –3 + 0,2[
= ]–3,2; –2,8[
que ∀ x ∈Vr (a) ∩ Df, f(a) ≤ f(x); f(a) chama-se mínimo relativo (ou local) de f e a
chama-se minimizante de f. –3,2 –3 –2,8
61
TEMA IV Funções reais de variável real
O a–r a a+r x
O a–r a a+r x
62
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
f O a x O a x
f(a) f(a) f f(a) f f(a)
f
y h y i
O a x O a x O a x O a x
O a x O a x
–4 –1O 1 4 5 x
APRENDE FAZENDO
–2
Pág. 69
Estuda a monotonia da função e a existência de extremos. Exercício 6
4 é um maximizante.
3 é um máximo relativo e –1 é um maximizante; 1 e 3 são mínimos relativos Soluções
e 1 e 5 são minimizantes. 49.
a) Funções f e h.
b) Função f.
63
TEMA IV Funções reais de variável real
64
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
APRENDE FAZENDO
Pág. 79
Exercício 38
65
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_4.6
FRVR10_4.7
4.4. Sentido da concavidade do gráfico de uma função
real de variável real
Uma característica do gráfico de uma função é o sentido das suas concavidades.
Definição
Dada uma função real de variável real f e um intervalo I ⊂ Df, diz-se que o gráfico
de f tem:
• a concavidade (estritamente) voltada para cima em I se dados quaisquer três pon-
tos P, Q e R do gráfico, de abcissas em I tais que xP < xQ < xR, o declive da reta PQ
é inferior ao da reta QR;
Concavidade voltada para cima
R
P
Q
Q
P
R
Prova-se que:
• uma função tem a concavidade (estritamente) voltada para cima num dado intervalo
I do seu domínio se e só se dados quaisquer dois pontos P e Q do gráfico, de abcissas
em I, a parte do gráfico de f entre os dois pontos ficar abaixo do segmento de reta
[PQ];
• uma função tem a concavidade (estritamente) voltada para baixo num dado intervalo
I do seu domínio se e só se dados quaisquer dois pontos P e Q do gráfico, de abcissas
em I, a parte do gráfico de f entre os dois pontos ficar acima do segmento de reta
[PQ].
66
UNIDADE 4 Monotonia, extremos e concavidades
2[(xQ)2 – (xP)2]
=
xQ – xP
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Propriedade Pág. 25
Exercício 11
Dado um número real não nulo a, o gráfico da função f definida pela expressão
f(x) = ax2 tem:
Testes interativos
• a concavidade voltada para cima se a > 0; – Monotonia, extremos e
concavidades I.
• a concavidade voltada para baixo se a < 0. – Monotonia, extremos e
concavidades II.
67
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de seleção
2 Quais das seguintes representações gráficas representam funções reais de variável real?
(I) (II) (III) (IV)
y y y y
O x O x O x O x
3 Considera a função que relaciona a área A de um quadrado com o seu perímetro p. Uma expressão
dessa função é:
√∫ 4
p p2 2 p
(A) A(p) = (B) A(p) = (C) A(p) = p (D) A(p) =
2 16 4
Solução: Opção (B)
68
Itens de seleção
f g
a a
O x O x O a x O a x
7 Uma função f, de domínio R, tem um zero no intervalo [–2, 3]. Qual das seguintes expressões define
uma função que tem, necessariamente, um zero no intervalo [–5, 0].
(A) f(x – 3) (B) f(x) + 3 (C) f(x) – 3 (D) f(x + 3)
O x
8 g
69
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de seleção
–9 –6 –3 O 3 x
(A) g –1(2) = 0 (B) g –1(–2) = 0 (C) g o f(1) > 0 (D) g o f(1) < 0
70
Itens de seleção
12 Seja f uma função de domínio R, estritamente decrescente no seu domínio. Considerando esta função,
qual das seguintes afirmações pode ser falsa?
(A) A função não pode ter mais do que um zero.
13 Considera uma função g. Sabe-se que esta função é par e que o ponto de coordenadas P(a, b), onde
a e b são números reais não nulos, pertence ao gráfico de g. Qual dos pontos não pode pertencer ao
gráfico de g?
(A) (–a, b) (B) (–b, –a)
1 2
–3 –3
O 3 x O 3 x
–1 –2
(C) y (D) y
–2 O 2 x –3 O 3 x
71
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
b) A dois objetos diferentes de uma função correspondem sempre duas imagens diferentes.
c) Uma função fica definida pelo seu domínio, conjunto de chegada e o processo pelo qual se associa
a cada objeto do domínio a respetiva imagem.
d) O contradomínio de uma função também se designa por conjunto de chegada.
Soluções: a) A ¥ B = {(–1, 2), (–1, 5), (0, 2), (0, 5), (2, 2), (2, 5)} b) B ¥ A = {(2, –1), (2, 0), (2, 2), (5, –1), (5, 0), (5, 2)}
c) A ¥ A = {(–1, –1), (–1, 0), (–1, 2), (0, –1), (0, 0), (0, 2), (2, –1), (2, 0), (2, 2)} d) B ¥ B = {(2, 2), (2, 5), (5, 2), (5, 5)}
Solução: Subconjuntos C e D.
18 Considera as funções f: N " R e g: A " R, onde A = {1, 2, 3, 4, 5}, definidas, respetivamente, por
f(x) = 2x + 3 e x 1 2 3 4 5
y 5 7 9 11 13
c) Define analiticamente a função h definida em R pela mesma expressão analítica da função f (diz-se
que h é um prolongamento da função f ao conjunto R).
72
Itens de construção
f: A " B A B g: A " B A B
f g
0• •10 0• •1
2• •11 2• •3
•5
4• •12 4• •7
6• •13 6• •9
h: {1, 2, 3, 4, 5} " N, onde h(x) = 2x. i: R " R+0, onde i(x) = x2.
j: R " R, onde j(x) = x + 2. k: [1, 6] " [2, 10], cuja representação gráfica é:
y
10
1 68 x
l: [1, 6] " [0, 10] cuja representação gráfica é: m: [1, 8] " R cuja representação gráfica é:
y y
10 10
2 2
1 68 x 1 8 x
Das funções acima, indica as que são injetivas, as que são sobrejetivas e as que são bijetivas.
f) Se qualquer reta paralela ao eixo das abcissas interseta o gráfico de uma função no máximo em
um ponto, então a função é injetiva.
g) Se o contradomínio de uma função é igual ao conjunto imagem, então a função é sobrejetiva.
Soluções: a) Proposição verdadeira. b) Proposição verdadeira. c) Proposição falsa. d) Proposição falsa. e) Proposição
verdadeira. f) Proposição verdadeira. g) Proposição verdadeira.
73
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
22 Considera as funções reais de variável real definidas por f(x) = 3x – 2 e g(x) = 4x + 1. Determina uma
expressão analítica para as seguintes funções.
a) g o f(x) b) f o g (x) c) f o f(x) d) g o g (x)
24 Indica o domínio, o contradomínio, os zeros e estuda o sinal de cada uma das funções f, g e h repre-
sentadas graficamente abaixo.
a) b) c)
y y y
6 6 6
f g
h
4 4 4
2 2 2
–6 –4 –2 O 2 4 6 x –6 –4 –2 O 2 4 6 x –6 –4 –2 O 2 4 6 x
–2 –2 –2
–4 –4 –4
–6 –6 –6
Soluções: a) Df = [–5, 6[; D’f = ]–6, 6]; zeros: –5 e –2; positiva em ]–5, –2[ e em [0, 6[; negativa em ]–2, 0[ b) Dg = ]–∞, 6];
D’g = [–6, +∞[; zeros: –5 e 4; positiva em ]–∞, –5[ e em ]4, 6]; negativa em ]–5, 4[ c) Dh = R; D’h = ]–∞, 4]; zeros: –6; –5 e
3; positiva em ]–6, –5[ e em ]3, +∞[; negativa em ]–∞, –6[ e em ]–5, 3[.
74
Itens de construção
25 Observa as representações gráficas seguintes e indica, justificando, as que representam funções pares
e as que representam funções ímpares.
y y y
g h
O x O x O x
y i y y k
j
O x O x O x
26 Seja G = {(−2, 4); (–1, 0); (0, 12); (3, 8)} o gráfico de uma função f de A = {−2, –1, 0, 3} em B = {0, 4, 8, 12}.
a) Indica, justificando, se a função f é injetiva e sobrejetiva.
f(x) = x + 1 e g(x) = 2x + 3
x–2
Determina o domínio e uma expressão analítica das seguintes funções.
a) g o f(x)
b) f o g(x)
5x – 4 a 1a 2x + 4
Soluções: a) Dg f = R\{2}; g o f(x) = b) Df o g = R\ b– b ; f o g(x) =
o
x–2 c 2c 2x + 1
75
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
28 Determina o domínio de cada uma das seguintes funções reais de variável real definidas por:
a) f(x) = x – 3 b) g(x) =
x–6
3
c) h(x) =
1 d) i(x) =
1
x–3 3 – x2
e) j(x) = √∫x∫ –
∫ ∫ ∫3 f) k(x) =
x
√∫3∫ ∫–∫ x∫
g) l(x) = 3√∫x h) m(x) =
3x
3√∫x
Solução: g(x) = 3x + 7
30 Determina o domínio, o contradomínio e uma expressão analítica para a função inversa de cada uma
das seguintes funções reais de variável real.
a) f(x) = 2x + 1
b) g(x) = 1 – 4x
c) h(x) = x3 + 1
d) i(x) =
1
x+1
e) j(x) =
2x
3x – 1
f) k(x) =
3x – 2
x+5
x–1 1–x
Soluções: a) Df –1 = R; D’f –1 = R; f –1(x) = b) Dg–1 = R; D’g–1 = R; g–1(x) = c) Dh–1 = R; D’h–1 = R; h–1(x) = 3√∫x∫ –∫ ∫ 1
∫
2 4
1 – x a 2 a a 1 a x
d) Di –1 = R\{0}; D’i –1 = R\{–1}; i–1(x) = e) Dj –1 = R\ b b ; D’j –1 = R\ b b ; j–1(x) = f) Dk –1 = R\{3}; D’k –1 = R\{–5};
x c3c c3c 3x – 2
5x + 2
k–1(x) =
3–x
76
Itens de construção
–7 –6 –4 –2
O
1 2 4 x
e) f(x) = –4
f –3
f) g(x) = 0 –4
g) f(x) = –3
Soluções: a) x ∈]–2, 2[ b) x ∈[–5, 0] c) x ∈]–3, 1[ d) x ∈[–7, –3] ∪ [1, 4] e) x = –5 f) x = –5 ∨ x = 0 g) x ∈[2,5; 4] ∪ {–6, –3}
c) h(x) = x4 + x2 – 1 d) i(x) = 5x – 4
e) j(x) =
1 f) k(x) =
1
x2 x–2
Soluções: a) Função par. b) Função ímpar. c) Função par. d) Não é par nem ímpar. e) Função par. f) Não é par nem ímpar.
g) Função ímpar. h) Não é par nem ímpar.
4 f
6 x
O
–6 –4 –2 2 4
–2
–3
c) –f(x) d) f(–x)
e) –f(–x) f) 2f(x)
g) f(2x) h) –3f(x – 1) + 2
Soluções: a) D = [– 4, 6]; D’ = [0, 7]; um zero. b) D = [–7, 3]; D’ = [–3, 4]; 3 zeros. c) D = [– 4, 6]; D’ = [– 4, 3]; 3 zeros.
d) D = [–6, 4]; D’ = [–3, 4]; 3 zeros. e) D = [–6, 4]; D’ = [– 4, 3]; 3 zeros. f) D = [– 4, 6]; D’ = [–6, 8]; 3 zeros. g) D = [–2, 3];
D’ = [–3, 4]; 3 zeros. h) D = [–3, 7]; D’ = [–10, 11]; 3 zeros.
77
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
6 x 6 x x
O O O
–6 –4 –2 2 4 –6 –4 –2 2 4 –4 –2 1 2 4 6
–2 –2 –2
–4 –4 –4
–6 –6 –6
b) Constrói um quadro de variação e estuda a monotonia de cada uma das funções apresentadas.
e em [5, 7]; h é constante em [1, 3]. c) Por exemplo: i) ]4, 6[ ii) ]0, 2[ iii) ]–2, 2[ iv) ]–6, –2[
36 Seja G = {(−3, 0); (–2, 6); (–1, 0) (0, 5); (1, 0); (2, 6); (3, 9)} o gráfico de uma função f de A = {–3, −2,
–1, 0, 1, 2, 3} em B = {0, 5, 6, 9}.
Sendo C = {–1, 2, 3} e D = {1, 3}, mostra que:
a) f(C ∪ D) = f(C) ∪ f(D)
78
Itens de construção
37 Considera as funções f e g de A em B.
A B A B
f g
1• •2 1• •1
•3 •2
2• 2•
•4 •3
3• •1 3• •4
Solução: f(x) = 3x – 2
79
TEMA IV Funções reais de variável real
UNIDADE 5
Estudo elementar de algumas funções
80
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
O b x b O x
– –
a a b
Caso 3: f(x) = b
• Domínio: R
• Contradomínio: {b}
• Zeros
Se b ≠ 0, não tem zeros.
Se b = 0, todos os números reais são zeros.
• Monotonia
f é constante em R.
Observa-se que f é crescente em sentido lato em R e é decrescente em sentido lato
em R.
• Sinal
Se b > 0, a função é positiva em todo o seu domínio.
Se b < 0, a função é negativa em todo o seu domínio.
• Representação gráfica
Soluções
y y y
b
52.
a) f(x) = –x + 2 (por exemplo)
O x O x O x
b) f(x) = 12x + 4
b
81
TEMA IV Funções reais de variável real
APRENDE FAZENDO 7
Com esta informação e sabendo que o zero é , facilmente concluímos
Págs. 140, 141, 143, 144 2
e 145 È 7È È7 È
que f é positiva em Í –∞, Í e negativa em Í , +∞ Í.
Exercícios 1, 2, 6, 17, 19 Î 2Î Î2 Î
e 23
–4
de equações .
y = 6x + 1
49
b)
15
82
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Definição
Chama-se função quadrática a uma função real de variável real definida por um po-
linómio do 2.º grau:
f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, c ∈R e a ≠ 0
As funções quadráticas são representadas graficamente por curvas designadas por pará-
bolas. São as propriedades geométricas destas curvas que explicam a sua ampla aplicação
em diversas situações do quotidiano, como, por exemplo, na construção de antenas de sa-
télite, arcos de pontes e de alguns edifícios, cabos de pontes suspensas, faróis de automóveis,
lanternas, etc.
Tarefa resolvida
2. Tendo por base os gráficos obtidos na alínea anterior, completa a tabela seguinte.
f(x) = x2
g(x) = 2x2
h(x) = –x2
i(x) = –3x2
83
TEMA IV Funções reais de variável real
Tarefa resolvida
(continuação)
Sugestão de resolução
1.
2.
84
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
O x
• Domínio: R
• Contradomínio: R+0 = [0, +∞[
• Zeros: O único zero é 0.
f(x) = 0 ⇔ ax2 = 0
⇔ x2 = 0
⇔x=0
• Monotonia
Sejam x1 e x2 dois elementos quaisquer pertencentes a ]–∞, 0] tais que x1 < x2:
x1 < x2 ⇒ (x1)2 > (x2)2 Recorda
85
TEMA IV Funções reais de variável real
• Representação gráfica
Parábola com vértice de coordenadas (0, 0).
Eixo de simetria: x = 0 porque f é par.
Sentido da concavidade: concavidade voltada para baixo.
y
a3 < a2 < a1 < 0
ou
O
x
• Domínio: R
• Monotonia
Recorda
Sejam x1 e x2 dois elementos quaisquer pertencentes a ]–∞, 0] tais que x1 < x2:
Dados dois números reais a
e b: x1 < x2 ⇒ (x1)2 > (x2)2
⇒ a(x1)2 < a(x2)2 (pois a < 0)
• se a < b ≤ 0, então
a2 > b2 ≥ 0; ⇒ f(x1) < f(x2)
• se 0 ≤ a < b, então Logo, f é estritamente crescente em ]–∞, 0].
0 ≤ a2 < b2.
Sejam x1 e x2 dois elementos quaisquer pertencentes a [0, +∞[ tais que x1 < x2:
x1 < x2 ⇒ (x1)2 < (x2)2
⇒ a(x1)2 > a(x2)2 (pois a < 0)
⇒ f(x1) > f(x2)
Logo, f é estritamente decrescente em ]–∞, 0].
• Extremos
Máximo absoluto 0 em 0.
86
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
87
TEMA IV Funções reais de variável real
concavidade do
gráfico; através da translação de vetor (h, 0).
iii. o domínio;
iv. o contradomínio;
v. os zeros; Vejamos agora algumas propriedades das funções quadráticas deste tipo.
vi. os intervalos de
monotonia. • Representação gráfica
b) Faz um esboço dos Parábola com vértice de coordenadas (h, 0).
respetivos gráficos.
Eixo de simetria: x = h
y h y
1 1
–
3 3 • Domínio: R
O x O –3 x
1
–
9 i
• Contradomínio
56.
a) Função f: i. V(1, 0); x = 1.
Se a > 0, D’f = R+0.
ii. Concavidade voltada para Se a < 0, D’f = R–0.
cima em R. iii. D = R.
iv. D’ = R+0. v. Um zero: 1.
• Zeros
vi. Estritamente decrescente
em ]–∞, 1] e estritamente O único zero é h.
crescente em [1, +∞[.
Função g: i. V(–2, 0); x = –2. • Monotonia
ii. Concavidade voltada para
Se a > 0, f é estritamente decrescente em ]–∞, h] e estritamente crescente em [h, +∞[.
baixo em R. iii. D = R.
iv. D’ = R0–. v. Um zero: –2. Se a < 0, f é estritamente crescente em ]–∞, h] e estritamente decrescente em [h, +∞[.
vi. Estritamente crescente em
]–∞, –2] e estritamente • Extremos
decrescente em [–2, +∞[.
Se a > 0, a função f tem um mínimo absoluto 0 em h.
Função h: i. V(5, 0); x = 5.
ii. Concavidade voltada para Se a < 0, a função f tem um máximo absoluto 0 em h.
baixo em R. iii. D = R.
iv. D’ = R0–. v. Um zero: 5. • Sentido da concavidade do gráfico
vi. Estritamente crescente em
Se a > 0, o gráfico tem a concavidade voltada para cima, em R.
]–∞, 5] e estritamente
decrescente em [5, +∞[. Se a < 0, o gráfico tem a concavidade voltada para baixo, em R.
(Continua)
88
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
O gráfico da função x " a(x – h)2 + k obtém-se a partir do gráfico da função x " ax2
| |
Nota
através da translação de vetor (h, 0), seguida da translação de vetor (0, k).(*)
(*) Também poderíamos dizer
Vejamos agora algumas propriedades das funções quadráticas deste tipo. que o gráfico da função
x " a(x – h)2 + k se obtém
|
a>0
h>0 y h>0 y y h<0 y h<0
k>0 k<0 k<0 k>0
k k
h h
O h x O x O x h O x
k k
a<0
y h>0 y h>0 y h<0 y h<0
k>0 k<0 k<0 k>0
k
k
h h
O h x O x O x h O x
k k
• Domínio: R
• Contradomínio
Se a > 0, D’f = [h, +∞[.
Se a < 0, D’f =]–∞, h].
• Zeros
Se a, k têm o mesmo sinal, a função não tem zeros.
Se a, k têm sinais diferentes, a função tem dois zeros: h + √∫– ka e h– √∫– ka
• Monotonia
Soluções (Continuação)
Se a > 0, f é estritamente decrescente em ]–∞, h] e estritamente crescente em [h, +∞[.
56.
Se a < 0, f é estritamente crescente em ]–∞, h] e estritamente decrescente em [h, +∞[.
b) y y
f
• Extremos –2
O 1 x O x
Se a > 0, a função f tem um mínimo absoluto k em h. g
Se a < 0, a função f tem um máximo absoluto k em h. y
89
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_5.1
Exercícios resolvidos
1. Para cada uma das seguintes funções quadráticas, esboça o seu gráfico, identifica
57 Considera as funções f, g e os intervalos máximos de monotonia, o extremo absoluto, os eventuais zeros e o
h definidas por sentido da concavidade dos respetivos gráficos.
f(x) = 3(x – 1)2 + 2
2 a) f(x) = –3x2 b) g(x) = –2x2 – 6
g(x) = –3(x – 2)2 + e
3
1
h(x) = (x + 5)2 – 2 c) h(x) = 2(x + 3)2 d) i(x) = (x – 4)2 – 1
2
a) Indica para cada uma
destas funções: Sugestão de resolução
i. o vértice e o eixo de
simetria da parábola a) y • f é estritamente crescente em ]–∞, 0] e
que a representa;
é estritamente decrescente em [0, +∞[.
ii. o sentido da
concavidade do • 0 é máximo absoluto.
gráfico; O x
• 0 é o único zero da função.
iii. o domínio;
iv. o contradomínio; • O gráfico tem a concavidade voltada
v. os zeros; f para baixo.
vi. os intervalos
máximos de
b) y • g é estritamente crescente em ]–∞, 0] e
monotonia.
O x é estritamente decrescente em [0, +∞[.
b) Faz um esboço do
respetivo gráfico. –6 • –6 é máximo absoluto.
• g não admite zeros.
• O gráfico tem a concavidade voltada
Soluções
g para baixo.
57.
a) Função f: i. V(1, 2); x = 1.
ii. Concavidade voltada para
c) y • h é estritamente decrescente em ]–∞, –3]
cima em R. iii. D = R. h e é estritamente crescente em [–3, +∞[.
iv. D’ = [2, +∞[. v. Não tem • 0 é mínimo absoluto.
zeros. vi. Estritamente
decrescente em ]–∞, 1] e • –3 é o único zero de h.
estritamente crescente em –3 O x
• O gráfico tem a concavidade voltada
[1, +∞[.
h 2h para cima.
Função g: i. V i2, i ; x = 2.
j 3j
ii. Concavidade voltada para
d) y i • i é estritamente decrescente em ]–∞, 4]
baixo em R. iii. D = R.
e é estritamente crescente em [4, +∞[.
iv. D’ = ÈÍ –∞, ÈÍ . v. 2 zeros:
2
Î 3Î
• –1 é mínimo absoluto.
2– √∫
2 e2+ . √∫
2
3 3 4 • Zeros de i:
vi. Estritamente crescente em O x
]–∞, 2] e estritamente
–1 (x – 4)2 – 1 = 0 ⇔ (x – 4)2 = 1
decrescente em [2, +∞[. ⇔ x – 4 = 1 ∨ x – 4 = –1
Função h: i. V(–5, –2); x = –5. ⇔x=5∨x=3
ii. Concavidade voltada para
cima em R. iii. D = R.
3 e 5 são os zeros de i.
iv. D’ = [–2, +∞[. v. Dois • O gráfico tem a concavidade voltada
zeros: –3 e –7. para cima.
vi. Estritamente decrescente
em ]–∞, –5] e estritamente
crescente em [–5, +∞[.
(continua)
90
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Consideremos a função quadrática definida por f(x) = 2x2 – 12x + 22. 57.
b) y y
Vamos transformar a expressão analítica de f na forma a(x – h)2 + k, a ≠ 0. f 2
3
2
O 2 x
2x2 – 12x + 22 g
O 1 x
= 2(x2 – 6x) + 22 " Colocamos o coeficiente do termo em x2 em evidência nos termos em x2 e em x.
y
h h 6 h 2h h6h2 h
= 2 ix2 – 6x + i i i + 22 – 2 i i " Adicionamos dentro de parênteses o quadrado da metade do coe-
j j2j j j2j ficiente do termo em x e, como está a ser multiplicado por 2, com- –5
= 2(x – 6x + 9) + 22 – 2 ¥ 9
2 pensamos e subtraímos exatamente o mesmo valor adicionado. O x
–2
= 2(x – 3)2 + 22 – 18 " Construímos o caso notável.
58.
= 2(x – 3)2 + 4 a) f(x) = –
1
(x – 1)2 + 5
2
Logo, f(x) = 2(x – 3)2 + 4. b) f(x) = (x + 2)2 + 4
91
TEMA IV Funções reais de variável real
3.º processo
Uma vez que a parábola é simétrica em relação a um eixo vertical que passa pelo seu vér-
tice, a abcissa do vértice é o ponto médio de quaisquer dois objetos com a mesma imagem.
y Abcissa do
vértice
a b
O x
f(a) = f(b)
Eixo de
f
simetria
Soluções –2 O x
Abcissa do
vértice
59.
a) (–1, 6) 0 + (–2)
O valor médio de 0 e –2 será a abcissa do vértice: = –1
b) (5, 0) 2
c) (3, –1) A ordenada do vértice é a imagem da abcissa pela função f:
h5 1h
d) i , – i
j2 2j f(–1) = (–1)2 + 2 ¥ (–1) + 4 = 1 – 2 + 4 = 3
h 1 h
e) i– , –2i
j 2 j O vértice da parábola tem coordenadas (–1, 3).
92
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Para cada valor real de c a expressão f(x)= –x2 – 2x + c define uma função f.
a) Determina para que valores reais de c a equação f(x) = 0 é impossível.
61 Para cada valor real de k a
b) Considera agora c = 2. Identifica os intervalos máximos de monotonia, o extremo expressão
absoluto, os pontos de interseção do gráfico com os eixos coordenados e o con- f(x) = –2x2 + 3x + k define
tradomínio de f. uma função f. Determina
para que valores reais de k
a função f não tem zeros.
Sugestão de resolução
93
TEMA IV Funções reais de variável real
y
3
–1 O x
• Monotonia
f é estritamente crescente em ]–∞, –1] e é estritamente decrescente em
[–1, +∞[.
• Extremo absoluto
3 é máximo absoluto.
• Pontos de interseção com os eixos coordenados
⇔ x = 2 ± √∫1∫2
–2
⇔ x = 2 ± 2√∫3
–2
⇔ x = –1 ± √∫3
O gráfico de f interseta o eixo Ox nos pontos (–1 – √∫3, 0) e (–1 + √∫3, 0).
Interseção com o eixo Oy:
f(0) = –0 – 0 + 2 = 2
O gráfico de f interseta o eixo Oy no ponto (0, 2).
APRENDE FAZENDO
• Contradomínio
Págs. 140, 142 e 145
Exercícios 3, 4, 5, 10, 12 Como f(x) = –(x + 1)2 + 3, o vértice da parábola tem coordenadas (–1, 3)
e 24 e a concavidade da parábola é voltada para baixo.
Logo, D’f = ]–∞, 3].
Solução
62. (3, –3)
94
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Sinal de uma função quadrática – inequações do 2 o. grau 63 Estuda o sinal das funções
definidas por:
Já vimos que estudar o sinal de uma função consiste em determinar o conjunto dos objetos a) f(x) = –x2 + 5x – 6
cujas imagens são números positivos, f(x) > 0, e o conjunto dos objetos cujas imagens b) g(x) = 2(x – 4)2 – 6
são números negativos, f(x) < 0.
Repara que, conhecendo o sentido da concavidade da parábola e os zeros da função,
temos informação suficiente para estudar o sinal da função quadrática.
Seja f(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0:
+ + + +
a>0 +
x1 – x2 x1
Exemplo
95
TEMA IV Funções reais de variável real
96
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Conclui-se que o projétil atingiu o solo ao fim de, aproximadamente, 8,0 torna o lucro nulo;
b) os valores de x que
segundos.
tornam o lucro negativo;
c) uma expressão que
defina o lucro em
função do número de
Esquematizando / Resumindo
peças vendidas;
d) o lucro obtido quando
Na resolução de uma inequação de 2.º grau deves seguir os seguintes passos: se vendem 200 peças;
e) o número de peças que
1.º passo: Transforma a inequação numa do tipo ax2 + bx + c < 0, ax2 + bx + c > 0, devem ser vendidas
ax2 + bx + c ≤ 0 ou ax2 + bx + c ≥ 0. para que o lucro seja de
350 euros.
2.º passo: Determina os zeros de x " ax2 + bx + c.
|
Soluções
3.º passo: Faz um esboço da parábola (gráfico de x " ax2 + bx + c). | 67. Opção (iii).
68.
4.º passo: De acordo com o gráfico obtido no passo anterior, apresenta a condição a) 100 e 500 peças.
que corresponde aos valores de x que são solução da inequação. b) x ∈[0, 100[ ∪ ]500, 600]
1
c) L(x) = – (x – 300)2 + 800
5.º passo: Apresenta o conjunto-solução. 50
d) 600 €
e) 150 e 450 peças.
97
TEMA IV Funções reais de variável real
Exemplos
2
69 Considera a função f
definida por:
–3 O 4 x
x2 – 5 se x < 0
–1
f(x) =
2x + 1 se x ≥ 0
h1h
( )
a) Calcula f –√∫2 + f i i .
j2j
b) Determina os zeros de f.
c) Representa
graficamente a função f. Nos intervalos ]–3, 0[, [0, 4[ e [4, +∞[, cuja reunião é o domínio da função f, esta função
pode ser definida, respetivamente, pelas seguintes expressões algébricas:
y = 2; y = x e y = –1
APRENDE FAZENDO
Págs. 146 e 147
Exercícios 28, 29 e 30
2. Consideremos agora a função g definida por:
Soluções x+4 se x ≤ 1
g(x) =
69. x2 + 1 se x > 1
a) –1
b) –√∫5
c) y Se pretendermos calcular g(–2), substituímos x por –2 no ramo correspondente a x ≤ 1,
pois –2 ≤ 1 e, assim, g(–2) = –2 + 4 = 2.
1
Se pretendermos calcular g(p), substituímos x por p no ramo correspondente a x > 1,
–√∫5 O x pois p > 1 e, assim, g(p) = p2 + 1.
Se pretendermos calcular g(1), substituímos x por 1 no ramo correspondente a x ≤ 1,
–5
pois 1 ≤ 1 e, assim, g(1) = 1 + 4 = 5.
98
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
3. Num certo parque de diversões, o preço a pagar por cada criança é o seguinte:
FRVR10_5.2
• permanência no espaço por tempo não superior a 1 hora: 3 euros;
• por cada minuto acima de 1 hora: 10 cêntimos. 70 O tarifário de uma certa
operadora de telemóveis
O modelo matemático que traduz o preço, em euros, a pagar por uma criança que per- em relação ao valor a
maneça durante x minutos no recinto, é uma função definida por ramos: cobrar pelas chamadas
efetuadas é o seguinte:
se 0 < x ≤ 60
3 • chamadas não
p(x) =
3 + 0,1(x – 60) se x > 60 superiores a 1 minuto:
15 cêntimos;
• por cada segundo acima
Observa que, por exemplo, no caso de uma criança permanecer no parque 15, 30 ou
de 1 minuto: 2 cêntimos.
60 minutos serão cobrados 3 euros, p(15) = p(30) = p(60) = 3.
Indica, justificando, qual
Já a uma criança que permaneça no parque 75 minutos serão cobrados 4,5 euros, pois das seguintes funções
traduz o preço a pagar, em
p(75) = 3 + 0,1(75 – 60) = 3 + 0,1 ¥ 15 = 4,5.
euros, por um utilizador
deste tarifário, numa
Definição chamada cuja duração é
de x minutos.
se 0 < x ≤ 1
Diz-se que a função f está definida por ramos pelas expressões fj (x), respetivamente 0,02x se x > 60
x2 + 1 se x ≤ 0
71 Considera a função g
Considera a função f definida em R por f(x) = .
x2 – 4 se x > 0 definida graficamente por:
Indica o conjunto dos zeros de f . y
g
(A) {–2, 2} (B) {–2, –1, 2} (C) {2} (D) {–1, 2} 9
1
Sugestão de resolução
–2 O 2 5 x
1
(x + 2)2 + 1 se x < 2
71. g(x) = 2
–(x – 2)2 + 9 se x ≥ 2
99
TEMA IV Funções reais de variável real
Recorda
5.4. Função módulo
Por exemplo:
|3| = 3 Definição
|–3| = 3
|–2| = 2 Já sabes que o valor absoluto ou módulo de um número a é a medida da distância à
|0| = 0
i 1i 1
origem do ponto que o representa na reta numérica, e representa-se por |a|.
i– i=
i 2i 2 Recorda ainda que o valor absoluto (ou módulo) de:
distância 2
• qualquer número positivo ou nulo é o próprio número, isto é, se x ≥ 0, |x| = x;
–3 –2 0 3 x • qualquer número negativo é igual ao seu simétrico, isto é, se x < 0, |x| = –x.
distância 3 distância 3
Definição
A função de R em R que a cada número real faz corresponder o seu valor absoluto
designa-se por função módulo ou função valor absoluto.
x se x ≥ 0
Representação gráfica
y
10
8
Observa que a representação gráfica da função
6
módulo é a união das bissetrizes do primeiro e
4 segundo quadrantes.
2
–7 –5 –3 –1 1 3 5 7 x
Do estudo que temos vindo a fazer sobre as funções reais de variável real, verificamos
que as principais características da função módulo são:
• Domínio: R
• Contradomínio: R+0
100
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
–3 –3
Com base no que temos vindo a estudar, podemos resumir as principais características
da família de funções y = |x| + c, com c ∈R no quadro seguinte.
c>0 c<0
y y
Soluções
Representação 72.
gráfica a) y y
c
f
g
O x c O –c x 1
O x O 1 x
c –
2
b) Df = R; D’f = [1, +∞[; não
Domínio R R tem zeros; estritamente
decrescente em ]–∞, 0] e
Contradomínio [c, +∞[ [c, +∞[ estritamente crescente em
[0, +∞[.
Dg = R; D’g = ÈÍ – , +∞ ÈÍ ;
1
Zeros Não tem. c e –c Î 2 Î
dois zeros; estritamente
Positiva em ]–∞, c[ ∪ ]–c, +∞[ e ne- decrescente em ]–∞, 0] e
Sinal Positiva em R.
gativa em ]c, –c[. estritamente crescente em
[0, +∞[.
Estritamente decrescente em ]–∞, 0] Estritamente decrescente em ]–∞, 0]
x+1 se x ≥ 0
Monotonia
e estritamente crescente em [0, +∞[. e estritamente crescente em [0, +∞[. c) f(x) =
–x + 1 se x < 0
Extremos Mínimo absoluto c em 0. Mínimo absoluto c em 0.
x– 1 se x ≥ 0
2
g(x) =
Paridade Função par. Função par. –x – 1 se x < 0
2
101
TEMA IV Funções reais de variável real
73 Considera as funções f e g
Funções do tipo y = |x – b|, b ∈R\{0}
definidas por: Já estudámos a relação entre o gráfico de uma função f e o gráfico da função x |" f(x – b).
f(x) = |x + 1|
i 1i Podemos então concluir que o gráfico da função x |" |x – b| obtém-se a partir do grá-
g(x) = ix – i
i 2i fico da função x |" |x| através de uma translação de vetor ≤u (b, 0).
a) Representa
graficamente as duas
funções. Assim:
b) Para cada uma das
funções, indica: • se b > 0, o gráfico da função módulo desloca-se b unidades para a “direita”;
• o domínio; • se b < 0, o gráfico da função módulo desloca-se – b unidades para a “esquerda”.
• o contradomínio;
• o número de zeros; Por exemplo:
• os intervalos máximos
de monotonia. Se b = 2, y = |x – 2|. Se c = –3, y = |x + 3|.
c) Sem usar o símbolo de y y
módulo, define as 10 10
funções analiticamente. 8 8
6 6
4 4
2 2
1 3 5 7 1 3 5 7
–7 –5 –3 –1 –1 2 x –9 –7 –5 –3 –1 –1 x
–3 –3
Com base no que temos vindo a estudar, podemos resumir as principais características
da família de funções y = |x – b|, com b ∈R no quadro seguinte.
b>0 ou b<0
y y
Soluções
73.
Representação
a) y y
f
gráfica
g
–1 O x O 1 x O b x b O x
2
b) Df = R; D’f = R+0; um zero;
estritamente decrescente em
]–∞, –1] e estritamente Domínio R
crescente em [–1, +∞[.
Dg = R; D’g = R+0; um zero; Contradomínio R+0
estritamente decrescente em
È
Í –∞,
1È
Í e estritamente
Zeros b
Î 2Î
crescente em ÈÍ , +∞ ÈÍ .
1
Î2 Î Sinal Positiva em R\{b}.
x+1 se x ≥ –1
x– 1 se x ≥ 1
2 2
g(x) =
–x + 1 se x < 1 Paridade Não é par, nem ímpar.
2 2
102
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
y
funções, indica:
10 • o domínio;
y = 3|x| • o contradomínio;
8
• o número de zeros;
• os intervalos máximos
de monotonia.
6 y = |x|
c) Sem usar o símbolo de
módulo, define as
4
funções analiticamente.
1
3 y= |x|
2
2
–7 –5 –3 –1 1 3 5 7 x
–1
–3 Soluções
74.
a) y
f
Relembra que se a < 0, além da contração ou dilatação vertical do gráfico da função h
y = |x|, de coeficiente –a, verifica-se também uma simetria do gráfico de x |" – a|x| em 1
2
3
relação ao eixo Ox. O 1 x
g
Por exemplo, representemos no mesmo referencial as funções y = |x|, y = –|x|, y = –3|x|
b) Df = R; D’f = R+0;
um zero;
1
e y = – |x|: estritamente decrescente em
2 ]–∞, 0] e estritamente
crescente em [0, +∞[.
y y = |x| Dg = R; D’g = R–0; um zero;
3 estritamente crescente em
]–∞, 0] e estritamente
1 decrescente em [0, +∞[.
Dh = R; D’h = R+0 ; um zero;
–7 –5 –3 –1 1 3 5 7 x estritamente decrescente em
–1
]–∞, 0] e estritamente
1 crescente em [0, +∞[.
y=– |x|
–3 2
se x ≥ 0
2x
c) f(x) =
–5 –2x se x < 0
y = –|x|
–2x se x ≥ 0
g(x) =
–7
2x se x < 0
y = –3|x| 1 x se x ≥ 0
–9 3
h(x) =
– 1 x se x < 0
3
103
TEMA IV Funções reais de variável real
Com base no que temos vindo a estudar, podemos resumir as principais características
da família de funções y = a|x|, com a ∈R\{0} no quadro seguinte.
a>0 a<0
y y
Representação
O
gráfica x
O x
Domínio R R
Zeros 0 0
Observação
O estudo das funções y = |ax|, com a ∈R\{0} está incluído no caso anterior, em que es-
tudamos as funções do tipo y = a|x|, com a ∈R\{0}, pois y = |ax| = |a| ¥ |x|.
Por exemplo:
y y = |3x| = 3|x|
10
y = |x|
6
4
1 1
y= – x = |x|
2 2
2
–7 –5 –3 –1 1 3 5 7 x
Observa que a contração horizontal de coeficiente a (|ax|) tem o mesmo efeito no gráfico
que a dilatação vertical de coeficiente a (a|x|). Tal acontece para gráficos que sejam retas
a passar na origem.
104
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
c c
b b O
O x x x x
b cO b O c
Domínio R
1 x+ 7 se x ≥ –2
5 5
f(x) = |x|. Esboça o gráfico de g. c) f(x) =
– 1 x + 3 se x < –2
5 5
b) Indica o contradomínio, os intervalos máximos de monotonia, o extremo e o
se x ≥ 3
105
TEMA IV Funções reais de variável real
–4
c) y
3
2 6 b) D’g = [–4, +∞[, g é estritamente decrescente em ]–∞, –3] e estritamente cres-
O x
–3 cente em [–3, +∞[, o mínimo absoluto é –4, atingido em –3, e tem dois zeros.
d) y
5
O 2. Sem utilizar o símbolo de módulo, define analiticamente as seguintes funções e
–4 x
esboça os respetivos gráficos.
a) f(x) = |x – 1| b) g(x) = |2x| + 1 c) h(x) = –3|x + 2| – 4
Sugestão de resolução
Sabemos que:
x se x ≥ 0
y
|x|=
–x se x < 0 f
x–1 se x – 1 ≥ 0
1
a) |x – 1| =
–(x – 1) se x – 1< 0 O 1 2 x
x–1 se x ≥ 1
Isto é, f(x) =
–x + 1 se x < 1
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
se 2x ≥ 0
2x
Pág. 27 b) |2x| =
Exercício 15 –2x se 2x < 0 y g
3
se x ≥ 0
Soluções 2x + 1
Logo, |2x| + 1 = .
76. –2x + 1 se x < 0 1
a) a = 3, b = 2 e c = 0
3 –1 O 1 x
se x ≥ 0
2x + 1
b) a = 1, b = 0 e c = 2 Assim, g(x) = .
c) a = 2 , b = 6 e c = –3
–2x + 1 se x < 0
3
d) a = – 5 , b = –4 e c = 5
4
106
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
c) |x + 2| = definida por
–(x + 2) se x + 2 < 0 y = a|x – b| + c:
–3 (x + 2) –3x – 6 gráfico contém o ponto
–3 |x + 2| = =
–3 (–x – 2) se x < –2 3x + 6 se x < –2 de coordenadas (–1, 3);
y b) de contradomínio
se x ≥ –2
–3x – 10 –4
Assim, h(x) = . com um zero em – 3.
3x + 2 se x < –2
–10
h
3. Determina uma expressão analítica que defina a função f, que se sabe ser do tipo
f(x) = a|x – b| + c, a ≠ 0 e cuja representação gráfica é a seguinte:
y
f
1
O 3 x
–5
Sugestão de resolução
107
TEMA IV Funções reais de variável real
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 x
|x| = 2 ⇔ x = 2 ∨ x = – 2
78 Resolve, em R, as
seguintes equações.
a) |x| = 6 Por outro lado, e tendo em conta o que y
acabamos de estudar em relação à função y = |x|
b) 2|x| = 6
c) 2 + |x| = 6 módulo, podemos pensar na equação
2 y=2
|x| = 2 como a interseção do gráfico da fun-
ção y = |x| com o gráfico da função y = 2:
–2 O 2 x
Verifica-se então que as abcissas dos pon-
tos de interseção destes dois gráficos são
x = 2 e x = – 2.
Se pretendermos agora saber quais os valores reais que satisfazem |x| < 3, procuramos
os pontos que distam da origem da reta numérica menos de 3 unidades, ou seja, os valores
reais entre –3 e 3 e, portanto, o conjunto-solução da inequação |x| < 3 é ]–3, 3[.
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 x
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Numa perspetiva gráfica, podemos pen- y
Pág. 27 y = |x|
Exercício 16 sar na inequação |x| < 3 como os valores
3 y=3
das abcissas dos pontos do gráfico da fun-
Soluções ção y = |x| que se encontram abaixo do grá-
78. fico da função y = 3:
–3 O 3 x
a) {– 6, 6}
Verifica-se então que são todos os valores
b) {– 3, 3}
c) {– 4, 4} de x pertencentes a]– 3, 3[.
108
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
os pontos que distam da origem da reta numérica mais de 4 unidades, ou seja, os valores a) |x| < 6
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
Mais uma vez podemos abordar a inequação |x| > 4 numa perspetiva gráfica, sendo que
procuramos determinar os valores das abcissas dos pontos do gráfico da função y = |x|
que se encontram acima do gráfico da função y = 4:
y
y = |x|
4
y=4
–4 O 4 x
Verifica-se então que são todos os valores de x pertencentes a ]–∞, – 4[ ∪ ]4, +∞[.
Esquematizando / Resumindo
Soluções
Outras equações e inequações que envolvam módulos podem ser resolvidas, utilizando 79.
a) ]–6, 6[
os conhecimentos dados anteriormente, relativamente às equações e inequações apre-
b) ]–∞, –6] ∪ [6, +∞[
sentadas e também o que estudámos em relação às características e transformações do c) ]–∞, –9[ ∪ ]9, +∞[
gráfico da função módulo. d) [–2, 2]
109
TEMA IV Funções reais de variável real
Exemplos
80 Resolve, em R, as
seguintes condições.
1. Resolver, em R, |x – 3| = 7.
a) |x – 1| = 3
b) |x + 2| + 3 = 0 Analiticamente
c) 5 + |x| > –1 Os pontos que satisfazem a condição |x – 3| = 7 são os valores reais de x que distam 7
d) 8 + |x| > 8 unidades do ponto de abcissa 3.
e) |2x – 1| – 5 < 0
–7 +7
f) |1 – 4x| ≥ 3
g) 3+ |x – 2| ≤ 3 x
–4 0 3 10
1
h) – |2x| < 1
3
Assim:
|x – 3| = 7 ⇔ x – 3 = 7 ∨ x – 3 = –7
⇔ x = 10 ∨ x = – 4
C.S. = {– 4, 10}
Graficamente
Como já vimos, trata-se de encontrar os pontos de interseção do gráfico da função
y = |x – 3| com o gráfico da função y = 7.
y y = |x – 3|
7
y=7
x–3 se x ≥ 3
|x – 3|=
–x + 3 se x < 3
–4 O 3 10 x
2. Resolver, em R, |x – 3| ≤ 7. y y = |x – 3|
Soluções
3. Resolver, em R, |x – 3| ≥ 7. y y = |x – 3|
80.
a) {– 2, 4} Tendo por base o exemplo anterior e o que 7
y=7
b) ∅ temos vindo a estudar, tem-se que:
c) R
d) R\{0} |x – 3| ≥ 7 ⇔ x – 3 ≥ 7 ∨ x –3 ≤ –7
e) ]– 2, 3[ ⇔ x ≥ 10 ∨ x ≤ – 4
f) ÈÍ –∞, – ÈÍ ∪ [1, +∞[
1
Î 2Î C.S. = ]–∞, –4] ∪ [10, +∞[ –4 O 3 10 x
g) {2}
|x – 3|≥ 7 |x – 3|≥ 7
h) R
110
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
b) |4x + 1| ≥ 2
c) |2x – 1| ≤ 3
d) |x| + 4 < 1
e) |2x| + 5 > 3
f) |x – 3| > |x – 5|
Sugestão de resolução
a) |2x – 1| = 3 ⇔ 2x – 1 = 3 ∨ 2x – 1 = –3
⇔ 2x = 4 ∨ 2x = –2
⇔ x = 2 ∨ x = –1
C.S. = {–1, 2}
b) |4x + 1| ≥ 2 ⇔ 4x + 1 ≥ 2 ∨ 4x + 1 ≤ –2
⇔ 4x ≥ 1 ∨ 4x ≤ –3 x
0
–3 1
1 3
⇔x≥ ∨ x≤– 4 4
4 4
È 3È È1 È
C.S. = Í –∞, – Í ∪ Í , +∞ Í
Î 4Î Î4 Î
c) |2x – 1|≤ 3 ⇔ 2x – 1 ≤ 3 ∧ 2x – 1 ≥ –3
⇔ 2x ≤ 4 ∧ 2x ≥ –2
x
⇔ x ≤ 2 ∧ x ≥ –1 –1 0 2
C.S. = [–1, 2]
111
TEMA IV Funções reais de variável real
Exercício resolvido
(continuação)
Sugestão de resolução
f) |x – 3| > |x – 5|
1.º processo
Interpretando as soluções de |x – 3| > |x – 5| como os pontos cuja distância
a 3 é maior do que a distância a 5, facilmente concluímos que estes se en-
contram à direita do ponto médio entre 3 e 5:
0 3 4 5 x
Ponto médio
2.º processo
Neste caso, vamos definir y = |x – 3| e y = |x – 5|, sem utilizar o símbolo de
módulo:
x–3 se x ≥ 3 x–5 se x ≥ 5
|x – 3| = |x – 5| =
–x + 3 se x < 3 –x + 5 se x < 5
112
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
82 Considera a função f
definida por:
g) |x2 – 5x| ≤ 6 ⇔ x2 – 5x ≤ 6 ∧ x2 – 5x ≥ –6
a) f(x) = x – 3
⇔ x2 – 5x – 6 ≤ 0 ∧ x2 – 5x + 6 ≥ 0
b) f(x) = (x + 1)2 – 4
Estamos na presença de duas inequações de 2.º grau. c) y
Assim:
x2 – 5x – 6 ≤ 0 ∧ x2 – 5x + 6 ≥ 0 ⇔ –1 ≤ x ≤ 6 ∧ (x ≤ 2 ∨ x ≥ 3)
APRENDE FAZENDO
–1 2 3 6 x
Págs. 144 e 148
Exercícios 21 e 32
C.S. = [–1, 2] ∪ [3, 6]
Soluções
82.
a) y
Tem-se: O 3 x
–3
x se x ≥ 0
|x| =
–x se x < 0 [0, +∞[
b) y
Portanto:
4
se f(x) ≥ 0
f(x)
|f(x)| =
– f(x) se f(x) < 0 –3 –1 O 1 x
–4
Ou seja, se f(x) ≥ 0, o ponto de abcissa x do gráfico de |f| é (x, f(x)) e se f(x) < 0, o ponto
[0, +∞[
de abcissa x do gráfico de |f| é (x, –f (x)).
c) y
Então: 4
3
• os pontos do gráfico de f com ordenada positiva ou nula também são pontos do grá- 2
fico de |f|; –7 O 3 5 x
–4
• aos pontos do gráfico de f com ordenada negativa correspondem pontos do gráfico
de |f| que se obtém daqueles por reflexão no eixo Ox. [0, 4]
113
TEMA IV Funções reais de variável real
Exemplos
83 Para cada valor real de
a ≠ 0 e de k, a expressão
1. y y
f(x) = a(x – 3)2 + k define
uma função quadrática. f y = |f (x)|
a) Considera a = –1 e
6 6
k = –2 e determina o
contradomínio de f.
3
b) (*) Para que valores
reais de a e de k o
2 2
contradomínio da O x O x
–2 4 –2 4
função g definida por
g(x) = |f(x)| é diferente –3 –3
de [0, +∞[?
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 10.º ano 2. Para representar graficamente a função g(x) = |x2 – 4|, podemos pensar na representação
y y
f(x) = x2 – 4 |f(x)| = g(x)
O x O x
–2 2 –2 2
–4 –4
x2 – 4 se x2 – 4 ≥ 0
g(x) = |x2 – 4| =
–(x2 – 4) se x2 – 4 < 0
Cálculos auxiliares
• x2 – 4 ≥ 0 ⇔ x ≥ 2 ∨ x ≤ – 2
x2 – 4 = 0 ⇔ x2 = 4
⇔ x = 2 ∨ x = –2
+ +
–2 – 2 x
114
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
(quadráticos e cúbicos)
Função y = √∫x
Já sabes que a função f: R " R definida por f(x) = x2 não é uma função bijetiva e, como f: R " R
tal, não admite inversa. No entanto, se considerarmos a função g: R+0 " R+0 definida por x 1 x2
g(x) = x2 podemos verificar que se trata de uma função bijetiva, isto é, simultaneamente
y
injetiva e sobrejetiva:
4
• g é injetiva: ∀ x1, x2 ∈R+0: g(x1) = g(x2) ⇒ x1 = x2
1
Recorda, aquando do estudo dos radicais, que ∀ x, y ∈R+0, x2 = y2 ⇔ x = y.
O 1 2 x
• g é sobrejetiva: para todo o y ∈R+0 existe um x ∈R+0 tal que y = g(x).
Recorda que:
y = x2 ⇔ x = √y∫ ∨ x = –√∫y.
∈R+0 ∈R–0 g: R+0 " R+0
x 1 x2
Portanto, f (√∫y ) = y.
y
Estamos assim em condições de garantir que a função g admite inversa.
4
Determinemos a expressão de g –1:
1
Relembra que para determinar uma expressão analítica que defina a função g –1 podemos
O 1 2 x
resolver, em ordem a x, a equação g(x) = y, isto é, x2 = y, e como x ≥ 0, de x2 = y vem que x = √∫y.
Temos, assim, g –1: R+0 " R+0 definida por g –1(x) = √∫x.
Representação gráfica
Também já estudámos que os gráficos de uma função e da respetiva inversa são simé-
tricos em relação à reta de equação y = x:
g : R+0 " R+0 y g(x) = x2 y=x
x 1 x2
g –1: R+0 " R+0
x 1 √∫x
Algumas características da função y = √∫x: 1
• Domínio: R+0
O 1 x
• Contradomínio: R+0
115
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_5.6
Funções definidas por y = a√∫x∫ –∫ ∫ ∫b + c (a, b, c ∈R, a ≠ 0)
2. g(x) = √∫x + 3 y g
–3 O x • Domínio: R+0
Df = [–3, +∞[ • Contradomínio: [3, +∞[ 3
b) y • Zeros: Não tem zeros.
g
• Sinal: Positiva em todo o seu domínio. O x
116
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Nota
FRVR10_5.5
Outras funções envolvendo a raiz quadrada podem ser obtidas por composição com outras
funções já estudadas. Por exemplo, consideremos a função h definida por h(x) = √∫x2∫ ∫ –∫ ∫ 9
∫ e
cujo domínio é Dh = {x ∈R: x – 9 ≥ 0} = {x ∈R: x ≤ –3 ∨ x ≥ 3} = ]–∞, – 3] ∪ [3, +∞[.
2 86 Determina o domínio de
cada uma das seguintes
A função h pode ser vista como a composição da função f com a função g, onde f(x) = √∫x
funções.
e g(x) = x2 – 9, sendo que h = f o g. Recorrendo à calculadora podemos obter a sua repre- a) f(x) = √∫–∫x
sentação gráfica. b) g(x) = √∫x2∫ ∫ ∫+∫ x∫
Função y = 3√∫x 2
–1 O x
Verifiquemos que a função f: R " R definida por f(x) = x3 é uma função bijetiva:
• f é injetiva: ∀ x1, x2 ∈R: f(x1) = f(x2) ⇒ x1 = x2
Recorda que:
∀ x, y ∈R: x3 = y3 ⇔ x = y
• f é sobrejetiva: todo o elemento y de R é imagem de pelo menos um elemento x de R.
Recorda que:
y = x3 ⇔ x = 3√∫y
Portanto, f (3√∫y ) = x. 87 a) Exprime o raio r de uma
esfera em função do seu
Sendo f uma função simultaneamente injetiva e sobrejetiva, concluímos que f é uma
volume V.
função bijetiva e, portanto, admite inversa. Determinemos a expressão de f –1:
b) Considera um cilindro
Para isso vamos resolver em ordem a x a equação f(x) = y, isto é, x3 = y. de volume V cuja altura
é igual ao dobro do raio
x3 = y ⇔ x = 3√∫y
da base. Designando
Temos assim que f –1: R " R é definida por f –1(x) = 3√∫x. por r o raio da base,
exprime r em função de
Representação gráfica V.
x 1 x3 x 1 3√∫x
y = 3√∫x
Algumas características da função y = 3√∫x: Soluções
1
• Domínio: R 86.
O 1 x a) R–0
• Contradomínio: R b) ]–∞, –1] ∪ [0, +∞[
• Zeros: Tem um único zero, 0. c) R
d) ]–∞, –1] ∪ {2}
• Sinal: Negativa em R– e positiva em R+. 87.
√∫ 4p
• Monotonia: Estritamente crescente no seu domínio. 3V
a) r = 3
• Extremos: Não tem extremos.
√∫ 2p
3V
b) r =
• Paridade: É uma função ímpar (3√∫–∫x = – 3√∫x, ∀ x ∈R).
117
TEMA IV Funções reais de variável real
FRVR10_5.6
Funções definidas por y = a 3√∫x∫ ∫–∫ ∫b + c (a, b, c ∈R, a ≠ 0)
O x
–10 –2
89 Determina o domínio da
função h definida por
1
Das transformações efetuadas e do conhecimento das propriedades principais da função
h(x) = , onde a
3√∫i∫(∫x) y = 3√∫x, podemos concluir que f apresenta as seguintes características:
função i se encontra
• Domínio: R
representada graficamente
por: • Contradomínio: R
y
• Zeros: Tem um único zero, –10.
i
118
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Observa agora outro exemplo onde se pretende resolver uma equação que envolve não
um radical cúbico, mas um radical quadrático: √∫x∫ ∫+∫ 6
∫ =x
Começamos por verificar que o radical já se encontra isolado num dos membros.
Prosseguimos elevando ambos os membros ao quadrado, notando que não se obtém
uma equação equivalente, pois não é verdade que A = B ⇔ A2 = B2:
(√∫x∫ +∫ ∫ ∫6)2 = x2 ⇔ x + 6 = x2
⇔ x2 – x – 6 = 0
2¥1
⇔ x = 1 ± √∫2∫5
2
⇔ x = 3 ∨ x = –2
• Se x = 3:
√∫3∫ ∫+∫ 6
∫ = 3, que é uma proposição verdadeira.
Logo, 3 é solução da equação.
• Se x = –2:
√∫–∫ 2∫ +
∫ ∫6
∫ = –2, que é uma proposição falsa.
Logo, –2 não é solução da equação.
Recorda
Assim, numa equação que envolva radicais quadrados deves utilizar:
Se A = B, então A2 = B2,
f(x) = g(x) ⇒ (f(x))2 = (g(x))2 e não f(x) = g(x) ⇔ (f(x))2 = (g(x))2 mas se A2 = B2 não tem
que acontecer A = B, ou
e verificar se as soluções obtidas são de facto soluções da equação inicialmente apre- seja, não se verifica
A = B ⇔ A2 = B2.
sentada.
119
TEMA IV Funções reais de variável real
Nota
Na resolução da equação Sugestão de resolução
ao lado, que envolve um ra-
dical cúbico, não foi neces- a) 3√∫x∫ + (
∫ ∫ ∫1 = 2 ⇒ 3√∫x∫ + )
∫ ∫ ∫1 3 = 23
sário verificar se a solução ⇔x+1=8
encontrada satisfaz a equa-
⇔x=7
ção inicial, uma vez que as
equações apresentadas são C.S. = {7}
todas equivalentes.
b) √∫x∫ ∫–∫ 2 ( )
∫ = 4 ⇒ √∫x∫ –∫ ∫ ∫2 2 = 42
⇒ x – 2 = 16
APRENDE FAZENDO
Pág. 148 ⇒ x = 18
Exercício 34
Verificação
Soluções
Se x = 18: √∫1∫8∫ ∫–∫ ∫2 = 4 ⇔ √∫1∫6 = 4, que é uma proposição verdadeira, logo
90. 18 horas.
18 é solução da equação.
91. a) {1}
b) {2} C.S. = {18}
c) ∅
d) {1}
120
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
92 Considera as funções f e g
definidas, respetivamente,
Sugestão de resolução por f(x) = 3 – √∫x∫ ∫+∫ 2
∫ , em
[–2, +∞[ e g(x) = x2 – 4x,
(
c) √∫x∫ ∫–∫ ∫2 = x – 4 ⇒ √∫x∫ ∫–∫ 2 )
∫ 2 = (x – 4)2 em R.
⇒ x – 2 = x2 – 8x + 16 a) Esboça o gráfico das
⇒ x2 – 9x + 18 = 0 funções f e g.
⇒ x = 9 ± √∫8∫1∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫1
∫ ∫8 b) Determina os zeros de
2 f.
⇒x= 9 ± √∫ 9 c) Utilizando a
2 calculadora gráfica,
⇒x=3 ∨ x=6 determina valores
aproximados às
Verificação décimas das soluções
da equação f(x) = g(x),
• Se x = 3: √∫3∫ –∫ ∫ 2
∫ = 3 – 4 ⇔ 1 = –1, que é uma proposição falsa, logo 3 não justificando por que
é solução da equação. razão existem
exatamente duas
• Se x = 6: √∫6∫ ∫–∫ ∫2 = 6 – 4 ⇔ 2 = 2, que é uma proposição verdadeira, logo
soluções.
2 é solução da equação.
Caderno de Apoio às Metas
C.S. = {6} Curriculares, 10.º ano
d) √∫2∫x∫ + (
∫ ∫ ∫1 = x ⇒ √∫2∫x∫ ∫+∫ 1 )
∫ 2 = x2
⇒ 2x + 1 = x2
⇒ x2 – 2x – 1 = 0
⇒ x = 2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫)
2
⇒ x = 2 ± √∫8
2
⇒x= 2 + 2√∫2 ∨ x = 2 – 2√∫2
2 2
⇒ x = 1 + √∫2 ∨ x = 1 – √∫2
Verificação
• Se x = 1 + √∫2: √∫2∫(1
∫ ∫ +∫ ∫ √∫ ∫∫2 ∫)∫ +∫ ∫ 1 = 1 + √∫2 ⇔ √∫2∫ +∫ ∫ 2∫ ∫√2∫∫ ∫ +∫ ∫ 1 = 1 + √∫2
⇔ √∫3∫ +
∫ ∫ 2∫ ∫√∫∫2 = 1 + √∫2
Como são ambos valores positivos √∫3∫ +
∫ ∫ 2∫ √∫ 2∫∫ = 1 + √∫2 se 3 + 2√∫2 = (1 + √∫2)2.
3 + 2√∫2 = (1 + √∫2 )2 ⇔ 3 + 2√∫2 = 1 + 2√∫2 + 2
⇔ 3 + 2√∫2 = 3 + 2√∫2, que é uma proposição verdadeira,
logo 1 + √∫2 é solução da equação.
• Se x = 1 – √∫2: √∫2∫(1
∫ ∫ –∫ ∫ √∫ ∫∫2 ∫)∫ +∫ ∫ 1 = 1 – √∫2 ⇔ √∫2∫ –∫ ∫ 2∫ √∫ 2∫∫ ∫ +∫ ∫ 1 = 1 – √∫2 Soluções
⇔ √∫3∫ –∫ ∫ 2
∫ √∫ 2∫∫ = 1 – √∫2, que é uma pro- 92.
a) y
g
posição falsa, pois observa-se que √∫3∫ –∫ ∫ ∫2∫√∫∫2 > 0 enquanto 1 – √∫2 < 0, logo 3
1 – √∫2 não é solução da equação. x
–2 O 4
f
C.S. = {1 + √∫2}
b) x = 7
(continua)
(continua) c) x ≈ – 0,4 e x ≈ 4,1
121
TEMA IV Funções reais de variável real
Exercício resolvido
(continuação)
Sugestão de resolução
e) √∫x + √∫x∫ –
∫ ∫ ∫3 = 3 ⇔ √∫x∫ –∫ ∫ ∫3 = 3 – √∫x
⇒ (√∫x∫ –∫ ∫ ∫3 )2 = (3 – √∫x )2
⇒ x – 3 = 9 – 6√∫x + x
⇒ 6√∫x = 12
⇒ √∫x = 2
⇒ (√∫x )2 = 22
⇒x=4
Verificação
Se x = 4:
√∫4 + √∫4∫ ∫–∫ ∫3 = 3 ⇔ 2 + 1 = 3, que é uma proposição verdadeira, logo 4 é so-
lução da equação.
C.S. = {4}
Verificação
Se x = 1:
√∫1∫ ∫+∫ 3
∫ = 2 ⇔ √∫4 = 2, que é uma proposição verdadeira, logo 1 é solução da
equação.
Determinamos o valor de x para o qual √∫x∫ ∫+∫ 3
∫ = 2 e verificamos que x = 1.
Cálculo auxiliar
D = {x ∈R: x + 3 ≥ 0}
= {x ∈R: x ≥ –3} = [–3, +∞[
122
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
–3 O 1 x
g) √∫x∫ –
∫ ∫ ∫1 ≤ 3
Analogamente à resolução do exercício anterior, comecemos por resolver
primeiro a equação √∫x∫ ∫–∫1 = 3.
√∫x∫ –∫ ∫ 1 = 3 ⇒ (√∫x∫ ∫–∫ 1
∫ )2 = 32
⇒x–1=9
⇒ x = 10
Verificação
Se x = 10:
√∫1∫0∫ ∫–∫ 1 = 3 ⇔ √∫9 = 3, que é uma proposição verdadeira, logo 10 é solução
da equação.
Como a função y = √∫x∫ –∫ ∫ 1 é uma função estritamente crescente no seu domí-
nio, podemos concluir que √∫x∫ –∫ ∫ 1 ≤ 3, para os valores de x pertencentes ao
domínio tais que x < 10, e que √∫x∫ –∫ ∫ 1 > 3, para os valores de x tais que x > 10,
ou seja, x ∈[1, 10].
Cálculo auxiliar
D = {x ∈R: x – 1 ≥ 0}
= {x ∈R: x ≥ 1} = [1, +∞[
y
APRENDE FAZENDO
y = √∫x∫ ∫–∫ ∫1
3 Págs. 143, 148, 149 e 150
y=3
Exercícios 14, 15, 18, 35,
36, 39 e 42
O 1 10 x
123
TEMA IV Funções reais de variável real
Chama-se função polinomial a uma função que pode ser definida analiticamente por
um polinómio com uma só variável.
Chama-se polinómio de f(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a1x1 + a0, com n ∈N0 e an, an – 1, an – 2, … ,
grau n com apenas uma a1, a0 ∈R.
variável x a toda a
expressão do tipo anxn +
+ an – 1xn – 1 + an – 2 xn – 2 + Exemplos
+ … + a1 x1 + a0,
com n ∈N0; an, an – 1, an – 2, 1. Funções afins
… , a1, a0 ∈R e an ≠ 0.
São exemplos de funções polinomiais as funções afins, uma vez que uma função afim
é uma função do tipo f(x) = ax + b, com a, b ∈R, e ax + b é um polinómio de grau 0 ou
de grau 1, consoante a = 0 ou a ≠ 0.
Por exemplo:
• f(x) = 2x + 3
• g(x) = –x
94 Das seguintes funções • h(x) = –4
reais de variável real,
indica as que são funções y y y
f
g
polinomiais.
1 3
a) f(x) = x+1 1
2
1 O x x x
b) g(x) = +1 –3 –1 O O
2x 2
1 –4 h
c) h(x) = x 2 + 3x – 2
d) i(x) = x2 + 3x – 2
e) j(x) = √∫2x7 + 3x4 – x 2. Funções quadráticas
São também exemplos de funções polinomiais as funções quadráticas, pois uma função
quadrática é uma função do tipo f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, c ∈R e a ≠ 0, e ax2 + bx + c,
com a ≠ 0 é um polinómio de grau 2.
Por exemplo:
• f(x) = x2 – 5x + 6
• g(x) = –3x2
• h(x) = x2 + 1
y y y
h
O 1
O 2 3 x x O x
Solução
94. Funções f, i e j. g
124
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
3. Funções cúbicas
95 Numa certa fábrica de
Chama-se função cúbica a toda a função polinomial de grau 3, ou seja, a toda a função gelados realizou-se um
estudo acerca da
do tipo f(x) = ax3 + bx2 + cx + d, com a ≠ 0.
produtividade dos
Por exemplo: funcionários do turno da
manhã que inicia às
• f(x) = x3 8 horas e termina às
13 horas.
• g(x) = x3 – 8
Conclui-se que, no geral, o
• h(x) = –x3 + 1 número de litros de gelado
que um trabalhador que
• i(x) = x3 – 2x2 – x + 2
entra ao trabalho às 8
• j(x) = x3 – 13x2 + 23x – 11 horas da manhã produz é
dado pela função P
definida por
y y y
P(x) = –x3 + 6x2 + 15x,
f g h
onde x é o número de
horas decorridas desde as
1 8 horas.
1
O Segundo este modelo:
O 1 x 2 x O 1 x
a) quantos litros de gelado
terá produzido um
–8 trabalhador até às
10 horas?
b) quantos litros de gelado
terá produzido um
trabalhador entre as
9 horas e as 10 horas?
Observa que conhecendo a representação gráfica da função f definida por f(x) = x3, po-
demos facilmente esboçar o gráfico das funções g e h, utilizando mais uma vez os co-
nhecimentos acerca das transformações geométricas do gráfico de uma função.
Assim, o gráfico de g obtém-se do gráfico de f por uma translação de vetor ≤u (0, – 8) e o
gráfico de h obtém-se do gráfico de f por uma simetria em relação a Ox, seguida de
uma translação de vetor ≤u (0, 1).
Já as expressões analíticas das funções i e j não são da forma af (x + b) + c e, portanto,
não é tão simples obter o seu gráfico a partir do conhecimento das transformações
geométricas.
Podemos recorrer à calculadora e, numa janela adequada, obter a representação gráfica
de cada uma delas:
APRENDE FAZENDO
Pág. 148
Exercício 33
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 24
Exercício 8
Soluções
95.
Função i Função j a) 46 ᐉ
b) 26 ᐉ
125
TEMA IV Funções reais de variável real
Erro típico
Quando se utiliza a calculadora gráfica para esboçar o gráfico de uma função é preciso
ter em atenção que o retângulo de visualização da calculadora só nos permite ver parte
do gráfico da função. Assim, é necessário ter cuidado com a escolha da janela em que
se está a trabalhar e a interpretação daquilo que se vê.
Ao longo do Ensino Secundário estudarás conceitos e processos que te permitirão co-
nhecer, de forma mais completa, a representação gráfica de uma função e te ajudarão
a interpretar melhor os resultados fornecidos pela calculadora, no que diz respeito ao
gráfico de uma função.
126
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Exercício resolvido
Sugestão de resolução
a) f(x) = 0 ⇔ 2x2 – x – 1 = 0 ⇔ x =
–(–1) ± √∫(∫–∫1∫)2∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫2∫ ¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫)
2¥2
⇔ x = 1 ± √∫9 ⇔ x =
1+3 1–3 1
∨x= ⇔x=1∨x=–
4 4 4 2
1
Os zeros de f são – e 1.
2
Relembra que os únicos “candidatos” a raízes inteiras do polinómio que de- Dado um polinómio de
fine a função g são –1 e 1. Começa por reparar que –1 é zero de g, pois coeficientes inteiros, o
respetivo termo de grau
g(–1) = 0. Assim, vamos efetuar a divisão inteira de 9x3 + 9x2 – x – 1 por
zero é múltiplo inteiro de
x + 1, recorrendo à regra de Ruffini: qualquer raiz do polinómio.
9x3 + 9x2 – x – 1 = (x + 1)(9x2 – 1) 9 9 –1 –1
–1 –9 0 1
Assim:
9 0 –1 0
g(x) = 0 ⇔ (x + 1)(9x2 – 1)
Soluções
⇔ x + 1 = 0 ∨ 9x2 – 1 = 0
96.
1 1 1 a) f(–2) = 0
⇔ x = –1 ∨ x2 = ⇔ x = –1 ∨ x = ∨ x = – 1 1
9 3 3 b) – e
2 2
h 1hh 1h
c) f(x) = 4(x + 2) ix – i ix + i
(continua) j 2jj 2j
127
TEMA IV Funções reais de variável real
d) i(x) = x4 – 15x2 – 16
i(x) = 0 ⇔ x4 – 15x2 – 16 = 0
Relembra que estamos na presença de uma equação biquadrada, já que é
uma equação da forma ax4 + bx2 + c = 0, a ≠ 0, que pode ser transformada
numa equação de 2.º grau na incógnita y = x2.
Considerando y = x2 vem:
y2 – 15y – 16 = 0 ⇔ y = 15 ± √∫(∫–∫1∫5∫)∫ ∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫1∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫1∫6)
2
2¥1
⇔ y = 15 ± √∫2∫8∫9
Soluções 2
15 + 17 15 – 17
97. Por exemplo: ⇔y= ∨y=
2 2
a) f(x) = (x – 1)3 = x3 – 3x2 + 3x – 1
b) f(x) = x3 – 1 ⇔ y = 16 ∨ y = –1
c) f(x) = x(x – 1)2 = x3 – 2x2 + x
98. Substituindo y por x2, tem-se que:
1
a) x2 = 16 ∨ x2 = –1
5
4 Equação impossível em R
b) e –1
3
⇔ x = 4 ∨ x = –4
c) 2 √∫3
3
128
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
2
Exercícios resolvidos O 1 3 x
–1
a) f(x) = 2x2 – 7x – 15
Indica os valores de x para
1 1
b) g(x) = 3x3 + 3x2 – x– os quais:
3 3
a) f(x) ≥ 0
b) g(x) < 0
c) f(x) ≤ g(x)
Sugestão de resolução d) f(x + 4) < 0
2¥2
⇔ x = 7 ± √∫1∫6∫9
4
⇔x=
7 + 13
∨x=
7 – 13 + +
4 4 3 – 5 x
–
2
3
⇔x=5∨x=–
2
È 3 È
• f(x) < 0 ⇔ x ∈Í – , 5Í
Î 2 Î
È 3È È È
• f(x) > 0 ⇔ x ∈Í –∞, – Í ∪ Í 5, +∞ Í
Î 2Î Î Î
Isto é:
È 3 È
• f é negativa em Í – , 5 Í;
Î 2 Î
Soluções
È 3È
• f é positiva em Í –∞, – Í ∪ ]5, +∞[. 99.
Î 2Î a) ]–∞, 0] ∪ [3, +∞[
b) ]–∞, 0[ ∪ ]1, 3[
c) [0, 2] ∪ [3, +∞[
(continua)
d) ]–4, –1[
129
TEMA IV Funções reais de variável real
x –∞ –1 1 1 +∞
–
3 3
3(x + 1) – 0 + + + + +
1
x+ – – – 0 + + +
3
1
x– – – – – – 0 +
3
h hh 1h
3(x + 1) ix + 1 i ix – i – 0 + 0 – 0 +
j 3j j 3j
g(x) < 0 g(x) > 0 g(x) < 0 g(x) > 0
Conclui-se assim que:
1 1È È
• g é negativa em ]–∞, – 1[ e em Í – , Í;
3 3Î Î
È 1È È1 È
• g é positiva em Í – 1, – Í e em Í , +∞ Í.
Î 3Î Î3 Î
h hh 1h
Nota: Em alternativa a considerar g(x) = 3(x + 1) ix + 1 i ix – i , podíamos ter
j 3j j 3j
h 2 1 hi
optado por g(x) = 3(x + 1) ix – e construir o seguinte quadro de sinais:
j 9j
Cálculos auxiliares
1 1
x –∞ –1 – +∞ • y = 3(x + 1)
3 3
+
APRENDE FAZENDO 3(x + 1) – 0 + + + + + – –1 x
Pág. 149 1
1 • y = x2 –
Exercícios 37 e 38 x2 – + + + 0 – 0 + 9
9
+ +
h 1h
CADERNO DE EXERCÍCIOS 3(x + 1) ix2 – i – 0 + 0 – 0 + 1 – 1 x
E TESTES j 9j –
130
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
Sugestão de resolução
Logo, –2 é zero de f.
f(1) = 14 + 3 ¥ 13 + 5 ¥ 12 + 1 – 10
= 1 + 3 + 5 + 1 – 10 = 0
Logo, 1 é zero de f.
Cálculo auxiliar
Provemos que são únicos: 1 3 5 1 –10
⇔ x = –2 ∨ x = 1 ∨ x = –2 ± √∫2∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫1
∫ ∫¥
∫ ∫5
∫
2¥1
⇔ x = –2 ∨ x = 1 ∨ x = –2 ± √∫–∫1∫6
2¥1
Equação impossível em R
Sinal de f + 0 – 0 +
+ +
f(x) < 0
x
C.S. = ]–2, 1[
131
TEMA IV Funções reais de variável real
f(x) = dráticas e outras funções polinomiais. Vimos também a função módulo, raiz quadrada e
3x2 + 2 se x ≥ 0 raiz cúbica, bem como o conceito de função definida por ramos.
6 se x < –5 Assim, neste momento, deves então ser capaz de estudar e esboçar o gráfico de funções
g(x) = x + 1 se –5 ≤ x ≤ 3
definidas por ramos, envolvendo funções polinomiais até ao 3.º grau, módulos e radicais
√∫x se x > 3
quadráticos e cúbicos.
3√∫x se x < 1
h(x) =
|x – 2| – 1 se x > 1 Exercícios resolvidos
j j
f(x) =
g(12), g(–5), h(– 8) e h(1). x2 – 3 se x ≥ 0
b) Esboça o gráfico das h 3h
funções. a) Calcula f – 3√∫2 + f ij5 2 ij .
( )
b) Averigua se a função f tem zeros.
Recorda
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
m
n√∫am
an = ∫
(a é um número
real positivo e m é um
n Sugestão de resolução
número racional não
negativo).
a) Calcula-se a imagem de – 3√∫2, usando a expressão correspondente ao ramo
em que x < 0:
Soluções
f (– 3√∫2 ) = –2(– 3√∫2 )3 – 2 = –2 ¥ (–2) – 2 = 2
101.
h 1h
3
a) f(0) = 2; f ij2 2 ij = 8; g(12) = 2√∫3;
g(–5) = – 4; h(– 8) = – 2; h(1) não
Calcula-se a imagem de 5 2 , usando a expressão correspondente ao ramo
definido. em que x ≥ 0:
b) y h 3h
f
f ij5 2 ij = f (√∫5∫3) = (√∫5∫3)2 – 3 = 53 – 3 = 122
2 h 3h
Logo, f (– 3√∫2 ) + f ij5 2 ij = 2 + 122 = 124.
–2 O
132
UNIDADE 5 Estudo elementar de algumas funções
f(x) = 0 se –3 < x < 3 g(x) = definida por g(x) = |9 – x2|.
√∫x∫ –∫ ∫ 2 se x ≥ 2 a) Apresenta a função g
x se x > 3
definida por ramos.
|x + 1| se x ≤ 0 b) Esboça o gráfico da
h(x) =
(x – 1)2 se x > 0 função g.
a) y y y h
8
f g
CADERNO DE EXERCÍCIOS
3 E TESTES
1
Pág. 26
–3 O 3 x O 2 x –1 O 1 x Exercícios 12 e 13
Soluções
102.
b) Função f
a) y
• D’f = {0} ∪ ]3, +∞[
f
• Zeros: os valores de x pertencentes ao intervalo ]– 3, 3[.
• f é estritamente decrescente em ]–∞, –3[ e estritamente crescente em ]3, +∞[.
O 2 3 x
Função g
• D’g = R x2 – 5x + 6 se x ≤ 2 ∨ x ≥ 3
• Zeros: 0 e 2 b) f(x) =
–x + 5x – 6 se 2 < x < 3
2
a) g(x) =
Função h x –9
2
se x < –3 ∨ x > 3
• D’h = R+0
b) y
• Zeros: – 1 e 1 9 g
• h é estritamente decrescente em ]–∞, –1] e em [0, 1] e é estritamente cres-
cente em [– 1, 0] e em [1, +∞[.
–3 O 3 x
133
TEMA IV Funções reais de variável real
UNIDADE 6
Operações algébricas com funções
Dadas duas funções f: Df " R e g: Dg " R, a soma de f com g é uma função que
se representa por f + g e é tal que f + g: Df ∩ Dg " R, onde (f + g)(x) = f(x) + g(x).
Soluções
Exemplo
104.
a) (f + g)(0) = 3; (f – g)(1) = –1 Sendo f e g as funções definidas por f(x) = 3x + 1 e g(x) = √∫x, tem-se que a função produto
b)
de f por g é a função f ¥ g tal que:
i. D = R; (f + g)(x) = x2 – x + 3
ii. D = R; (f – g)(x) = x2 + x – 3
• Df ¥ g = Df ∩ Dg = R ∩ R+0 = R+0
iii. D = R; (f ¥ g)(x) = –x3 + 3x2 • (f ¥ g)(x) = f(x) ¥ g(x) = (3x – 1)√∫x
134
UNIDADE 6 Operações algébricas com funções
A divisão de funções é uma operação entre funções cujo resultado se chama função
quociente e é assim definida:
Definição
f f(x)
• (x) =
g g(x)
3x – 1
=
√∫x
g
2. A função quociente de g por f é a função tal que:
f
• D g = Dg ∩ {x ∈Df : f(x) ≠ 0}
f
= R+0 ∩ {x ∈R: 3x – 1 ≠ 0}
a1a
= R+0 ∩ R\b b
c3c
a1a
= R+0\b b
c3c
Cálculo auxiliar
3x – 1 ≠ 0 ⇔ x ≠ 1
3 APRENDE FAZENDO
Pág. 143
g g(x) Exercício 16
• (x) =
f f(x)
Solução
= √∫x
3x – 1 105. R+0\{4}
135
TEMA IV Funções reais de variável real
Definição
Nota
Podes utilizar para represen- Dada uma função f: Df " R e um número real α, o produto de f pelo escalar α é
tar as potências de expoente uma função que se representa por αf e é tal que αf: Df " R, onde (αf)(x) = αf(x).
racional as notações envol-
vendo raízes.
Exemplo
Sendo f a função definida por f(x) = 3x – 1, tem-se que a função produto de f pelo escalar
2 é a função 2f tal que:
• D2f = Df = R
• (2f)(x) = 2f(x) = 2(3x – 1) = 6x – 2
Nota Definição
Atenção ao significado de
f –1, que poderá designar a Dada uma função f: Df " R e um número racional r, a potência de expoente r de f
função inversa de f ou a é uma função que se representa por f r e é tal que f r: Df r " R, onde Df r é o conjunto
1 dos números reais x para os quais está definido f(x)r e f r(x) = f(x)r.
função x "
|
.
f(x)
Exemplos
136
UNIDADE 6 Operações algébricas com funções
O 2 4 x O 2 4 6 x
y
=3
c) Df × g = [0, 4] ∩ [0, 6]
= [0, 4]
(f ¥ g)(0) = f(0) ¥ g(0)
=2¥3
=6
137
TEMA IV Funções reais de variável real
(f + g)(x) se x ≤ –1
a) Df = {x ∈R: 9 – 2x ≥ 0}
1
f 3 (x) se –1 < x < 4
h(x) = È 9È
hfh
= Í –∞, Í
i i (x) se x ≥ 4 Î 2Î
jgj
Cálculo auxiliar
9
a) Calcula h(–1) + h(1) + 9 – 2x ≥ 0 ⇔ –2x ≥ –9 ⇔ x ≤ 2
+ h(4).
b) Define analiticamente a Dg = {x ∈R: 3x + 1 ≥ 0}
função h de forma a
È 1 È
que não apareçam = Í – , +∞ Í
explicitamente f nem g.
Î 3 Î
È 9È È 1 È
= Í –∞, Í ∩ Í– , +∞ Í
Î 2Î Î 3 Î
È 1 9È
= Í– , Í
Î 3 2Î
Zeros de h
h(x) = 0 ⇔ f(x) – g(x) = 0
⇔ √∫9∫ –∫ ∫ ∫2∫x – (√∫3∫x∫ ∫+∫ 1
∫ + 2) = 0
⇔ √∫9∫ –∫ ∫ ∫2∫x = √∫3∫x∫ +
∫ ∫ ∫1 + 2
⇒ (√∫9∫ –∫ ∫ ∫2∫x )2 = (√∫3∫x∫ ∫+∫ 1
∫ + 2)2
⇒ 9 – 2x = (√∫3∫x∫ +
∫ ∫ ∫1)2 + 4√∫3∫x∫ +
∫ ∫ ∫1 + 4
⇒ 9 – 2x = 3x + 1 + 4√∫3∫x∫ +
∫ ∫ ∫1 + 4
⇒ 9 – 2x – 3x – 1 – 4 = 4√∫3∫x∫ ∫+∫ 1
∫
Soluções ⇒ 4 – 5x = 4√∫3∫x∫ ∫+∫ 1
∫
107. ⇒ (4 – 5x)2 = (4√∫3∫x∫ +
∫ ∫ ∫1)2
8
a) 3√∫2 +
17 ⇒ 16 – 40x + 25x2 = 16(3x + 1)
x2 + 2x + 1 se x ≤ –1
b)
⇒ 25x2 – 40x + 16 – 48x – 16 = 0
3
√∫2x se –1 < x < 4
h(x) =
2x
se x ≥ 4 ⇒ 25x2 – 88x = 0
x2 + 1
⇒ x(25x – 88) = 0
c) y
h ⇒ x = 0 ∨ 25x – 88 = 0
88
2 ⇒x=0∨x=
25
–1 O 4 x
√∫–∫2
3
138
UNIDADE 6 Operações algébricas com funções
√∫x se x ≥ 2
g(x) = .
x+1 se x < 2
• Se x = 0:
a) Sem utilizar o símbolo
√∫9∫ –∫ ∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫0 – (√∫3∫ ∫¥∫ ∫0∫ ∫+∫ 1
∫ + 2) = 0 de módulo, define a
função f + g.
⇔ √∫9 – (1 + 2) = 0
b) Determina os zeros da
⇔ 3 – 3 = 0, que é uma proposição verdadeira, logo 0 é solução da função f + g.
equação.
88
• Se x = :
25
h h
√∫9 – 2∫ ¥ 88
25
– √∫3 ¥ ∫
88
25
i
+1+2
j
i
j
=0
h h
⇔ √∫ 49
25
– √∫
289
25
i
j
+2 i
j
=0
7 17
⇔ – –2=0
5 5
⇔ –2 – 2 = 0
88
⇔ –4 = 0, que é uma proposição falsa, logo não é solução da equação.
25
h tem apenas um zero: x = 0
= √∫9∫ ∫–∫ 2
∫ ∫¥ ∫ × (√∫3∫ ∫¥∫ ∫4∫ ∫+∫ 1
∫ ∫4 ∫ + 2)
= √∫1∫3 + 2
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
hfh f(1)
i i (1) = Pág. 23
jgj g(1) Exercício 5
Págs. 55 a 57
= √∫9∫ –∫ ∫ ∫2∫ ∫¥∫ ∫1 Teste n.º 5
√∫3∫ ¥
∫ ∫1
∫ ∫+
∫ ∫ ∫1 + 2
= √∫7
Testes interativos
– Operações algébricas com
4 funções I.
– Operações algébricas com
funções II.
Logo:
= √∫1∫3 + 2 + √∫7
hfh
(fg)(4) + i i (1) Soluções
jgj 4
108.
√∫x + x – 2 se x ≥ 2
a) (f + g)(x) =
3 se x < 2
b) Não tem zeros.
139
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de seleção
1 De uma função afim f, sabe-se que o seu zero é 1 e que f(–3) = 8. Uma expressão analítica de f é:
(A) f(x) = 2x – 2 (B) f(x) = –4x + 4 (C) f(x) = 2(1 – x) (D) f(x) = (2x + 4)(x – 1)
2 Seja g uma função definida por g(x) = ax + b, com a < 0. Qual das afirmações seguintes é necessaria-
mente verdadeira?
(A) g não tem zeros. (B) g tem um único zero.
3 Seja g uma função definida em R por g(x) = x2 – 2x – 3. Qual das afirmações seguintes é falsa?
(A) O gráfico de g interseta o eixo Ox em dois pontos.
(C) A reta de equação x = 1 é o eixo de simetria da parábola que representa graficamente a função g.
4 Seja f uma função quadrática. Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?
(A) f é par. (B) O gráfico de f interseta o eixo Ox.
5 Na figura está representada uma função quadrática f definida por f(x) = a(x – h)2 + k, a, h, k ∈R e a ≠ 0.
O x
140
Itens de seleção
6 Seja f uma função definida em R por f(x) = ax + b, onde a e b são números reais tais que a < 0 e b > 0.
a
Qual dos gráficos seguintes pode representar a função f?
(A) y f (B) f
y (C) y (D) y
f
O x O x O x O x
7 Considera a família de funções reais de variável real definida por h(x) = –x2 + 4x + k, k ∈R. Qual é o
conjunto de valores de k para os quais a função h não tem zeros reais?
(A) ]– 4, +∞[ (B) ]–∞, –4[ (C) {– 4} (D) R\{– 4}
8 Seja f uma função definida em R por f(x) = 2x2 + ax – b. Para que f tenha um extremo absoluto no
ponto de coordenadas (2, −2), os valores reais de a e de b são, respetivamente, iguais a:
(A) –8 e –6 (B) – 6 e – 2 (C) – 6 e 2 (D) – 8 e 6
9 Seja f a função polinomial representada graficamente na figura e g a função real de variável real de-
finida por g(x) = (1 – x2) ¥ f(x).
3 f
–3 –2 –1 O 1 2 3 4 x
–1
–2
–3
141
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de seleção
10 Um projétil, depois de lançado, atingiu uma altura máxima de 72 metros, vindo a cair a uma distância,
na horizontal, de 12 metros da base de lançamento. A sua trajetória tem a forma de uma parábola
com eixo de simetria vertical. Qual das expressões pode definir a trajetória do projétil, onde x é a dis-
tância percorrida em metros na horizontal desde que o projétil foi lançado e f(x) é a altura, também
em metros, a que o projétil se encontra do solo?
(A) f(x) = 0,5(x – 6)2 + 72 (B) f(x) = –2(x – 6)2 + 12
(C) f(x) = – 0,5(x – 6)2 + 72 (D) f(x) = 72 – 2(x – 6)2
11 De uma função quadrática f sabe-se que tem um mínimo absoluto e que f(–3) = f(5) = –2. Qual dos
conjuntos seguintes pode ser solução da condição f(x) < –1?
(A) ]7, +∞[ (B) ]–5, 7[ (C) ]– 3, 1[ (D) ]–∞, – 5[
12 Considera as funções f e g definidas em R por f(x) = (x – 1)2 – 4 e g(x) = ax – 4. Para que valores reais
de a os gráficos destas funções têm um único ponto comum?
(A) – 4 e 0 (B) – 4 (C) 0 (D) Nenhum
13 Na figura estão representadas graficamente as funções f e g. Seja h a função produto das funções f e g.
y
f
3
2
1
–3 –2 –1 O 1 2 3 x
–1
–2 g
–3 –2 –1 O 1 2 3 x –3 –2 –1 O 1 2 3 x
–1 –1
–2 –2
–3 –3
–4 –4
(C) y (D) y
4 4 h
h
3 3
2 2
1 1
x –3 –2 –1 O x
–3–2 –1 O 1 2 3 1 2 3
142
Itens de seleção
14 Considera a função real de variável real definida pela expressão f(x) = 4 – x + √∫x∫ –∫ ∫ 2
∫ . Qual das afirmações
seguintes é verdadeira?
(A) 3 e 6 são zeros de f. (B) 3 é o único zero de f.
16 Sejam f e g duas funções reais de variável real definidas por f(x) = √∫6∫ ∫–∫ 2
∫ ∫x e g(x) = 2 – √∫2∫x.
18 Considera as funções f e g definidas em R+0 por f(x) = 3√∫x e g(x) = √∫x. O conjunto-solução da condição
f(x) ≤ g(x) é:
(A) [1, +∞[ (B) {0} ∪ [1, +∞[
143
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
19 Considera a família de funções reais de variável real definidas por f(x) = (a – 1)x + 2a, a ∈R.
Determina os valores de a para os quais:
a) f seja estritamente decrescente;
Soluções: a) ]–∞, 1[ b) a = –1 c) a = 1
c) Esboça o gráfico de f.
O 1 2 3 4 x
–1
–2
b) Indica o contradomínio de f.
22 Representa sob a forma de intervalos ou uniões de intervalos os conjuntos-solução das seguintes con-
dições em R.
a) 2x2 + 5x + 6 ≥ 0 b) (x – 3)2 ≤ x – 1
144
Itens de construção
23 Uma piscina cilíndrica, com 3 metros de raio e 3 metros de altura, completamente cheia, começou a
ser esvaziada para limpeza. Para esse efeito, ligou-se uma bomba que retira a água à razão de 100
litros por minuto. Seja v a função que representa o volume de água na piscina, em m3, t horas depois
de começar o esvaziamento, até estar completamente vazia.
a) Quanto tempo demora a esvaziar totalmente a piscina? Indica o resultado em horas arredondado
às unidades.
b) Quantos litros de água tem a piscina 2 horas depois de começar o esvaziamento? Apresenta o re-
sultado arredondado às unidades.
c) Determina o domínio e o contradomínio da função v.
Soluções: a) 14 h b) 72 823 ᐉ c) ÈÍ 0,
27 È
p Í , [0, 27p] d) v(t) = 27p – 6t
Î 6 Î
Soluções: a) f(x) = 2(x – 1)2 – 1 b) Estritamente decrescente em ]–∞, 1] e estritamente crescente em [1, +∞[; mínimo absoluto
igual a –1 em 1. c) k > 1 d) Afirmação falsa. e) ]–∞, 0] ∪ [2, +∞[
Animação
Resolução do exercício.
25 Para cada valor real de k ≠ 1, a expressão f(x) = (1 – k)x2 + 2x + 1 define uma função quadrática. Sejam
A e B dois pontos do gráfico de f de abcissas 0 e x respetivamente e com ordenadas iguais.
c) Considera k = 3.
Soluções: b) k > 0 c) i) ]–∞, –1] ∪ [2, +∞[ ii) {1 – √∫3, 1 + √∫3} iii) [–2, +∞[
145
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
26 Para iluminar uma operação de salvamento lança-se um foguete cuja altura h, em metros, em relação ao
nível da água do mar é dada em função do tempo t, em segundos, pela expressão h(t) = –t2 + 5t + 10.
a) Qual é a altura do foguete ao fim de 3 segundos?
c) A luz do foguete só é útil desde que a sua altura não seja inferior a 4 metros. Quanto tempo dura
a luz útil de cada foguete?
Soluções: a) 16 m b) 16,25 m c) 6 s
27 Na figura está representado o trapézio retângulo [ABCD] e o triângulo equilátero [ADE]. Sabe-se que
a base [AB] mede 6 cm.
D C
A E B
Solução: b) 4
se x ≤ –1
4
28 Seja f a função definida em R por f(x) = 2–x se –1 < x < 1 .
x2 + 1 se x ≥ 1
( )
b) Calcula f – 3√∫3 – f(0) + f √∫2 . ( )
c) Indica o contradomínio de f.
e) Para que valores reais de k a equação f(x) = k tem exatamente duas soluções?
146
Itens de construção
29 A Maria inscreveu-se num ginásio para frequentar aulas de Zumba. Cada aula custa 5 euros, a não
ser que o número de aulas assistidas por mês seja superior a seis. Nesse caso, o ginásio faz um des-
conto cobrando apenas 3 euros pelas restantes aulas frequentadas ainda no mesmo mês.
a) Num determinado mês a Maria foi a 10 aulas. Quanto pagou no fim desse mês?
c) Determina uma expressão que permita calcular a quantia paga, ao fim de um mês, em euros, para
frequentar essa modalidade em função do número x de aulas assistidas nesse mês.
se x ≤ 6
5x
Soluções: a) 42 € b) 16 c) f(x) =
3x + 12 se x > 6
30 Na figura está representada parte do gráfico da função f de domínio R. Sabe-se que, em R+, f é definida
por uma função quadrática.
y
3
2
1
–5 –4 –3 –2 –1 O 1 2 3 4 5 x
a) Define f analiticamente.
3
x+6 se x ≤ –2
2
Soluções: a) f(x) = 3 se –2 < x < 0 b) ]–∞, –4[ ∪ ]4, +∞[ c) y
x2 5
– + 2x se x ≥ 1 4
2
3
11 2
d) ]–∞, 1]; 1 e – e) Não.
3 1
–5 –4 –2 O 1 2 3 4 5 x
–2
–4
a) 1 –
|x + 1| > – 2 b) |4x + 1| = x c)
3 >0
2 |x2 – 9|
d) |1 – 2x| = |3x – 2| e) –2|x – 1| > 2x f) |x2 + 4x + 4| > 0
1 – √∫5 È È 1 + √∫5
, 1b e) ∅ f) R\{–2} g) ÈÍ –1, ÈÍ h) {–1, 2} i) ÈÍ –∞, , +∞ ÈÍ
a3 a 1
Soluções: a) ]–7, 5[ b) ∅ c) R\{–3, 3} d) b Í∪Í
c5 c Î 5Î Î 2 Î Î 2 Î
147
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
Soluções: a)Translação de vetor ≤v (2, 0), seguida de uma reflexão em relação ao eixo Ox, seguida de uma translação de
x+3
se x < 2
vetor ≤v (0, 5). b) {– 3, 7} e {1, 3} c) [–2, 6] d) f(x) = e) [0, 4] y
–x + 7 se x ≥ 2 5 h
4
3
Animação
2
Resolução do exercício. g
1
–4 –2 O 1 2 3 4 5 6 7 x
–2
33 Averigua se as funções definidas no maior domínio possível pelas seguintes expressões são pares ou
ímpares.
a) |2x| – 1 b) 2x3 – 3x c) x|5x| d) 5 3√∫x e) 5x2 – 3x4 f) 1 + √∫1∫6∫ ∫–∫ x
∫ 2∫
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Soluções: a) Função par. b) Função Ímpar. c) Função ímpar. d) Função ímpar. e) Função par. f) Função par.
√∫
T = 2p c
980
a) Qual é o período de um pêndulo com 15 centímetros de comprimento? Indica o resultado arre-
dondado às décimas.
b) Exprime c em função de T.
( )
c) Calcula c 3√∫3 , arredondado às décimas, e interpreta o resultado no contexto do problema.
h T h2
Soluções: a) 0,8 s b) c = 245 i i c) 51,6 cm. Comprimento de um pêndulo de período igual a 3√∫3 s.
j p j
148
Itens de construção
c) Determina analiticamente, caso existam, as coordenadas dos pontos de interseção dos gráficos das
duas funções.
d) Calcula (g o f)(–2).
e) Caracteriza a função f o g.
Soluções: a) [–√∫6, √∫6 ] b) Estritamente crescente em ]–√∫6, 0] e estritamente decrescente em [0, √∫6[. c) (–√∫3, 2 + √∫3 ) d) –√∫2
e) Df o g = [2 – √∫6, 2 + √∫6], (f o g)(x) = √∫6∫ –∫ ∫ ∫(∫2∫ –∫ ∫ ∫x∫)2 + 2, conjunto de chegada R.
b) (2x – 1) (x2 – x – 6) ≥ 0
d) x3 – x2 ≤ 2x
Soluções: a) ÈÍ
1 2È
, Í ∪ {–1} b) ÈÍ –2, ÈÍ ∪ [3, +∞[ c) ÈÍ – , 1ÈÍ ∪ ]2, +∞[ d) ]–∞, –1] ∪ [0, 2]
1 3
Î2 3Î Î 2Î Î 2 Î
x
39 O raio R de uma superfície esférica de área x é definido pela expressão R(x) = 1
Utilizando esta expressão:
2 √∫ p .
a) determina o raio de uma superfície esférica de área igual a 4p √∫3;
x x
b) mostra que o volume da esfera de raio R(x) pode ser definido pela expressão V(x) =
6 √∫ p ;
c) determina para que valor de x o volume da esfera é igual a metade da área da respetiva superfície
esférica.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Soluções: a) 4√∫3 c) 9p
149
TEMA IV Funções reais de variável real
Aprende Fazendo
Itens de construção
3x – 1
f(x) = e g(x) = |4 – x|
x2 – 4 se x ≥ 2
4x – 5 se x < 2
È 3 È È –1 + √∫3∫7 È
Soluções: a) (f – g)(x) = x +x–8
2
se 2 ≤ x ≤ 4 b) Í –∞, 2 Í ∪ Í 2, Í
Î
Î Î Î 2
x2 – x se x > 4
41 Determina para que valores reais de m a reta de equação y = mx + 4 interseta a parábola de equação
y = (x – 2)2 + 1 num único ponto e, para cada valor de m, determina as coordenadas do ponto de in-
terseção da reta com a parábola.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
42 Na figura está representada, num referencial ortonormado, parte do gráfico da função f definida por
f(x) = √∫x∫ ∫–∫ ∫1 e que interseta o eixo Ox no ponto B. O ponto A pertence ao gráfico da função e C é um
ponto do eixo Ox tal que A–C = A–B e de abcissa superior à abcissa de A.
y
B x C x
Representando a abcissa do ponto A por x, exprime em função de x a área do triângulo [ABC] e de-
termina para que valor de x a área do triângulo é igual a 27.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
150
Desafios
Desafios
Revê mais uma vez as contas do vendedor de carros apresentadas no início do capítulo (página 4).
1 Define uma função f que a cada valor faça corresponder esse mesmo valor mais 23% de IVA.
Define uma outra função g que a cada valor faça corresponder esse mesmo valor com um des-
conto de 23%.
a) Mostra que (g o f)(x) = 0,77 ¥ 1,23x = 0,9471x.
b) No caso em que o vendedor aplica 23% de IVA sobre um certo valor e logo de seguida um
desconto de 23% sobre o resultado obtido, irá obter o valor inicial? Se não, quem é que ficou
a ganhar? O vendedor ou o comprador?
c) As funções f e g são inversas uma da outra?
e) Qual é o desconto que o vendedor teria de aplicar, depois de aplicar o IVA, para que o valor
voltasse ao original?
2 Considera uma função h que a cada valor faça corresponder esse mesmo valor menos 200. De-
fine agora uma nova função p que a cada valor faça corresponder esse mesmo valor com um
desconto de 10%.
a) Mostra que (h o p)(x) e (p o h)(x) são funções diferentes.
b) É indiferente a ordem pela qual se aplica o desconto dos 200 € e o desconto de 10%?
c) No caso de o vendedor aplicar primeiro o desconto dos 200 €, quem é que fica a ganhar?
3 Considera uma função s que a cada valor corresponde esse valor menos 3% e uma função t se-
melhante mas que corresponda a um desconto de 5%.
a) Calcula (t o p)(x) e (p o t)(x).
d) Supondo que o valor obtido pelo vendedor depois dos descontos é de 23 394,5 €, qual era
o preço marcado inicialmente no carro?
Soluções: Consultar na página 206.
151
Desafios
Um rio pode ser medido de duas formas. Por um lado, ao longo do seu percurso (C); por outro
lado, podemos medir a distância em linha reta desde a nascente até à foz (r). Esta distância é
obviamente mais curta do que a distância anterior.
C
A sinuosidade de um rio é o quociente entre estas duas distâncias, S = , e é sempre maior do
r
que 1. Se o rio for em linha reta, as duas distâncias coincidem e a sinuosidade vale 1. Contudo,
o mais normal é um rio fazer muitas curvas e ter uma sinuosidade superior a 1.
De acordo com uma investigação na Universidade de Cambridge, algumas simulações teóricas
da formação das curvas dos rios mostram que, embora seja normal aparecerem vários valores
para a sinuosidade, em média os rios têm sinuosidade S = p = 3,14...
Isto é realmente surpreendente! Será que a realidade confirma a teoria? Será que os rios têm,
de facto, em média, uma sinuosidade que coincide com o famoso número p?
Faz uma pequena pesquisa para determinar a sinuosidade do rio mais perto de ti. Qual é a di-
ferença desse valor e a suposta média, o p?
Observa que não é surpreendente que este valor não seja igual a p. O que estes investigadores
sugerem é que a média de todos os rios vale p! Já cada rio tem a sua sinuosidade particular.
No final deste tema verás como podemos usar a Estatística para estudar este problema.
Rogério Martins
TEMA V
Estatística
1. Introdução
2. Somatório
3. Conceitos fundamentais
4. Medidas de localização
5. Medidas de dispersão
UNIDADE 1
Introdução
154
UNIDADE 2 Somatório
UNIDADE 2
Somatório
1 Considera a sequência de
Sejam p ∈N e (x1, x2, …, xp) uma sequência de números reais. Ap soma x1 + x2 + … + xp
números reais (1, 3, 5, 7, 9).
designa-se por somatório de 1 a p dos xi e representa-se por ∑ xi. Nos casos em que
i =1 a) Encontra o termo geral
não haja ambiguidade podemos também designar esta soma por soma dos p termos da sequência.
da sequência. O símbolo ∑ designa-se por sinal de somatório. b) Representa a soma dos
5 termos da sequência
na forma de somatório.
O símbolo de somatório pode também ser utilizado para representar outras somas.
Notemos que: c) ∑ 3i
i =2
3.
9 + 27 + 6 + 12 = 3(3 + 9 + 2 + 4)
a) 63
ou seja: b) –18
4 4
∑ 3xi = 3 ∑ xi. c) 20
i =1 i =1
155
TEMA V Estatística
EST10_1.3
EST10_1.4 Propriedade
Sejam p ∈N,pn ∈N, com n p
< p e (x1, x2, …, xp) uma sequência de números reais.
n
Tem-se que ∑ xi = ∑ xi + ∑ xi.
i =1 i =1 i=n+1
50
4 Sabendo que ∑ xi = 200
i =1 Exemplo
e que os 3 primeiros
termos da sequência são
Consideremos a sequência de cinco números reais (1, 4, 9, 16, 25). Seja xn o termo de
2, 4 e 7, respetivamente,
determina: ordem n da sequência.
50 5
a) ∑ xi A soma dos cinco termos da sequência pode ser representada por ∑ xi .
i =4 i =1
50 5
b) ∑ √∫5xi Da definição de somatório resulta que ∑ xi = 1 + 4 + 9 + 16 + 25.
i =1 i =1
50
x Aplicando a propriedade associativa da adição podemos escrever a soma como (1 + 4 +
c) ∑ i 3 5
i =3 2
+ 9) + (16 + 25) e esta, por sua vez, pode ser representada por ∑ xi + ∑ xi .
i =1 i =4
APRENDE FAZENDO
Págs. 191, 192 e 196
Exercícios 17, 21 e 38
Esta igualdade resulta da utilização das propriedades associativa e comutativa da adição
CADERNO DE EXERCÍCIOS aplicadas à soma das p parcelas x1 + y1, x2 + y2, …, xp + yp.
E TESTES
Págs. 28 e 29
Exercícios 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 e 10
Exemplo
4.
Da definição de somatório resulta que ∑ (xi + yi) = (x1 + y1) + (x2 + y2) + … + (x9 + y9) e,
i =1
a) 187 aplicando as propriedades associativa e comutativa da adição, podemos escrever a soma
b) 200√∫5 como (x1 + x2 + … + x9) + (y1 + y2 + … + y9) que, por sua vez, pode ser escrita como
9 9
c) 97
∑ xi + ∑ yi.
5. i =1 i =1
a) Proposição verdadeira. Verificamos assim que:
b) Proposição falsa. 9 9 9
∑ (xi + yi) = ∑ xi + ∑ yi
c) Proposição verdadeira. i =1 i =1 i =1
156
UNIDADE 3 Conceitos fundamentais
UNIDADE 3
Conceitos fundamentais
Definição
Definição
6 Num estudo sobre o grau
Designa-se por amostra o subconjunto de uma população formado pelos elementos de satisfação relativo aos
relativos aos quais são recolhidos os dados. atuais prestadores de
serviço televisivo dos
Chamamos dimensão da amostra ao número de elementos dessa amostra. associados da DECO
foram inquiridos 397
associados. Identifica a
Definição população, a amostra e a
variável estatística deste
Uma variável estatística é uma característica que pode admitir diferentes valores (um estudo.
número ou uma modalidade), um por cada unidade estatística.
Nota
Ao longo deste capítulo utilizaremos muitas vezes a expressão “variável” para nos re-
ferirmos a “variável estatística”.
Exemplo
Para verificar se uma máquina produz parafusos com as características desejadas, o con-
trolador de qualidade tem que fazer recolhas sistemáticas de parafusos produzidos por
essa máquina e registar os valores observados, por exemplo, o seu comprimento.
Neste caso:
• a população é constituída por todos os parafusos produzidos pela máquina;
•a amostra é formada pelo conjunto de parafusos recolhidos para observação; Solução
• a variável estatística considerada é o comprimento do parafuso. 6. População: conjunto de todos
os associados da DECO;
Definição Amostra: conjunto dos 397
associados inquiridos;
Variável estatística: grau de
Quando uma variável estatística está associada a uma característica que pode ser me- satisfação com os atuais
dida ou contada diz-se quantitativa ou numérica. Nos outros casos diz-se qualitativa. prestadores de serviço
televisivo.
157
TEMA V Estatística
Definição
Uma variável qualitativa diz-se nominal quando as modalidades que pode assumir
não podem ser hierarquizadas ou ordenadas. Nos outros casos diz-se ordinal.
Exemplos
24 000
Número de bombeiros
18 000
12 000
6 000
823 653
0
2013
Período de referência dos dados
Continente Região autónoma dos Açores Região autónoma da Madeira
Definição
Uma variável quantitativa diz-se discreta quando pode tomar apenas um número
finito ou uma infinidade numerável de valores e contínua quando pode tomar qual-
quer valor num intervalo real.
158
UNIDADE 3 Conceitos fundamentais
Exemplo
EST10_2.2
Número de alunos
4 solar.
6
b) Número de dias de
3 férias.
4 c) Número de gelados
2 comprados numa
semana.
2
1 d) Temperatura registada
às 16 h.
0 0
0 1 2 3 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 e) Número de pessoas na
praia às 18 h.
Números de irmãos Altura
159
TEMA V Estatística
Definição
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x com
~
m valores distintos, 1 ≤ m ≤ n.
O cardinal do conjunto {i ∈{1, …, n}: x = ~
x } designa-se por frequência absoluta de ~
i j x j
e representa-se por nj.
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x com
~
m valores distintos, 1 ≤ m ≤ n.
m
Tem-se que ∑ nj = n.
j =1
Exemplo
~
xi ni
0 3
1 1
2 5
3 4
4 3
5 2
6 2
Podemos facilmente verificar que a soma das frequências absolutas de todos os valores
distintos da amostra é igual à dimensão da amostra, 3 + 1 + 5 + 4 + 3 + 2 + 2 = 20 = n.
160
UNIDADE 3 Conceitos fundamentais
Definição Nota
A frequência relativa de um
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x com m valor pode ser também apre-
~
valores distintos, 1 ≤ m ≤ n. sentada na forma de percen-
tagem.
O quociente entre a frequência absoluta de ~ x j e a dimensão da amostra, nj , designa-se
n
por frequência relativa de ~ x j e representa-se por fj, ou seja, fj = nj .
n
Exemplo
6%
45%
35% Soluções
11.
a) ~
xi ni fi
14% 1
0 5
4
Unidos para vencer Por uma escola melhor
3
1 3
20
Sem espinhas Aprender + 1
2 4
5
A lista vencedora foi então a lista “Aprender +”, com uma frequência relativa de número 3
3 3
de votos de 0,45 ou 45%. 20
1
4 2
Tal como viste em anos anteriores, existem diversas formas para representar os valores de 10
3
uma amostra, como, por exemplo, gráficos ou tabelas. A escolha de uma representação 5 3
20
adequada deve ter em consideração não só o tipo de dados que pretendemos representar b) 15
como também a informação que pretendemos transmitir. c) 0,6
161
TEMA V Estatística
Exemplo
ni 13 5 7 3 4 1
Solução
Se construíssemos uma tabela com os dados não agrupados em classes, esta teria 33 va-
12. lores, todos eles com frequência absoluta 1. Ao agruparmos os valores em classes conse-
Animais de estimação
6
guimos construir uma tabela mais simples: podemos facilmente reconhecer que em 13
5 dos 33 anos foram realizados menos do que 100 doutoramentos na área das ciências exa-
4
tas, em Portugal. Sublinhe-se que, ao agrupar os dados em classes, parte da informação
3
2 perde-se na representação dos dados.
1
Com esta tabela não somos capazes de distinguir os valores que pertencem a cada classe:
0
sabemos que num determinado ano foram realizados entre 500 e 599 doutoramentos, mas
o
to
ilo
ga
ro
Cã
Ga
ssa
aru
Gr
Pá
rt
não somos capazes de precisar se foram 500, 501 ou outro qualquer valor dessa classe.
Ta
162
UNIDADE 4 Medidas de localização
UNIDADE 4
Medidas de localização
As medidas de localização são das formas mais utilizadas para caracterizar a informação
EST10_2.3
contida numa amostra. Estas medidas permitem identificar algumas localizações num
conjunto de dados numéricos. As medidas de tendência central, por exemplo, dão indi-
cação do centro da distribuição dos dados. Resolução
Todos os exercícios de “Medidas de
localização”.
Exemplo
14 A tabela seguinte foi
x e~
Consideremos as amostras ~ y definidas respetivamente por: construída a partir das
x = (1, 2, 3, 1, 4, 2, 6, 4, 1, 2) e ~
y = (1, 2, 3, 3, 2, 1, 1, 3, 2) velocidades de 280
~ automóveis registadas por
x existem dois valores com maior frequência absoluta que os restantes e, por
Na amostra ~ um radar numa
conseguinte, dois valores para a moda: o valor 1 e o valor 2. Na amostra ~ y todos os valores autoestrada numa
determinada hora.
têm a mesma frequência absoluta, pelo que a moda não existe.
Velocidade Número de
(km/h) automóveis
[50, 70[ 33
[90, 110[ 85
Definição [110, 130[ 95
[130, 150[ 27
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quan-
~
titativa x. O quociente entre a soma de todos os elementos da amostra e a sua di- Indica, se existir, a classe
mensão designa-se por média e representa-se por –x: modal.
n
∑ xi Soluções
–x = i =1
n 13. a) 1 b) Não existe. c) 1 e 3
14. Classe [110, 130[.
163
TEMA V Estatística
EST10_2.4
Propriedade
Nota Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quan-
~
titativa x com m valores distintos, 1 ≤ m ≤ n, e frequências absolutas n1, n2, …, nj,
A média de uma amostra só
está definida se a variável respetivamente. A média da amostra pode ser obtida pela igualdade:
m
estatística a que diz respeito ∑~ ~
xi n j
for quantitativa. Além disso, –x = j =1
o veu valor pode não ser um n
valor da amostra. Esta igualdade designa-se por fórmula da média para dados agrupados.
2 10 ni 4 8 3 7 2 4 2
3 5
4 1
Com os dados agrupados podemos utilizar a fórmula da média para dados agrupados
Calcula a média do para calcular a média de noites que cada turista da amostra ficou em Portugal:
número de golos marcados
pela equipa por jogo.
–x = 0 ¥ 4 + 1 ¥ 8 + … + 6 ¥ 2 = 75 = 2,5
30 30
Apresenta o resultado
aproximado às décimas.
APRENDE FAZENDO
Erro típico
Págs. 188 e 195
Exercícios 1, 3 e 36
Um erro comum consiste em calcular a média de uma amostra sem considerar as
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES frequências absolutas de cada valor.
Pág. 30 No exemplo anterior:
Exercício 15
–x = 0 + 1 + … + 6 Erro!
7
Animação
Resolução do exercício 16.
Este valor não corresponde ao valor do número médio de noites, uma vez que
Solução temos que utilizar todos os 30 elementos da amostra.
16. 1,8
164
UNIDADE 4 Medidas de localização
Sempre que for possível devemos utilizar os dados da amostra para calcular o valor da
EST10_4.1
média. Não obstante, nos casos em que dispomos apenas da informação dos dados agru-
pados em classes, podemos calcular uma aproximação para o valor da média. Devemos
para isso utilizar o ponto médio de cada classe j como valor de ~
x j na fórmula da média
para dados agrupados.
Definição
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
titativa.
Designa-se por amostra x ordenada a sequência (x(1), x(2), …, x(n)) tal que x(1) ≤ x(2) ≤
~
≤ … ≤ x(n), constituída pelos mesmos valores da amostra x , cada um deles figurando Soluções
~
na sequência um número de vezes igual à respetiva frequência absoluta enquanto 17.
valor da amostra x . a) Notas obtidas no
~ ni
teste de Matemática
[11, 14[ 3
165
TEMA V Estatística
4.3. Mediana
Nota Definição
Tal como a média, a me-
diana pode não ser um valor Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
da amostra. titativa.
O valor central da sequência ordenada dos dados, no caso de n ser ímpar, ou a média
dos dois valores centrais da sequência ordenada dos dados, no caso de n ser par, de-
signa-se por mediana e representa-se por Me.
x hn + 1h se n ímpar
i i
j 2 j
Me = x
hnh + x hn h
i i i + 1 ij
j2j j2
se n par
2
18 Determina o valor da
mediana de cada uma das
seguintes amostras.
a) (13, 14, 16, 14, 10, 19, Exemplo
11, 17, 20)
b) (13, 14, 16, 14, 10, 19, Num estudo sobre hábitos de alimentação, a Joana perguntou aos 16 colegas da sua turma
11, 17, 200) quantas peças de fruta comiam diariamente e obteve a seguinte amostra:
c) (13, 14, 16, 15, 10, 19,
11, 17, 20) x = (2, 0, 1, 0, 2, 4, 1, 0, 3, 2 ,1 ,1 ,4 ,5 ,1 ,3)
~
d) (13, 14, 16, 14, 10, 19,
11, 17, 20, 16)
Para determinar o valor da mediana, a Joana ordenou a amostra como se apresenta em se-
guida:
(0, 0, 0, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 5)
Como a dimensão da amostra é 16, que é um número par, o valor da mediana é dado por:
x h 16 h + x h 16 h
i i i i
j 2 j j 2 +1j
Me =
2
x(8) + x(9)
=
2
1+2
= = 1,5
2
A Joana come três peças de fruta diariamente. Depois de incluir a sua resposta no estudo,
APRENDE FAZENDO a amostra ordenada passa a ser (0, 0, 0, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 5) e tem dimensão
Pág. 188 17, que é um número ímpar. Neste caso, o valor da mediana é dado por:
Exercício 2
Me = x h n + 1h = x h 17 + 1 h = x(9) = 2
Soluções i i i i
j 2 j j 2 j
18.
a) 14
Tal como no caso da média, também a mediana deve ser determinada recorrendo, sempre
b) 14
c) 15 que possível, aos valores da amostra. A situação de dispormos apenas da informação dos
d) 15 dados agrupados em classes será explorada mais à frente, quando abordarmos os percentis.
166
UNIDADE 4 Medidas de localização
Além das medidas de localização de tendência central, como a moda, a média e a me-
diana, existem outras medidas de localização de tendência não central.
Definição Recorda
A parte inteira de um
Sejam x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan- número real x é o maior
~
titativa e k ∈]0, 100] um número natural. número natural inferior ou
igual a x e representa-se
Designa-se por percentil de ordem k e representa-se por Pk:
por [x].
• o valor máximo da amostra se k = 100;
kn kn
• a média dos elementos de ordem e + 1 na amostra ordenada se k ≠ 100
100 100
kn
e for um número inteiro;
100
È kn È
• o elemento de ordem Í Í + 1 na amostra ordenada, nos restantes casos.
Î 100 Î
No que concerne ao valor de Pk, para uma amostra A de uma variável estatística quan- Nota
titativa, podemos afirmar que a percentagem de valores da amostra inferiores ou iguais a À semelhança do que acon-
Pk é pelo menos k% das unidades estatísticas. tece com a média e a me-
diana, o percentil Pk não é
Podemos ainda afirmar que o percentil Pk é o valor acima do qual estão, quando muito, necessariamente um dos va-
(100 – k)% das unidades estatísticas. lores da amostra.
Exemplo
80 ¥ 20
• Para determinarmos o percentil P80 notemos que 80 ≠ 100 e que = 16, que é
100
um número inteiro. Então:
x(16) + x(17) 6 + 7
P80 = = = 6,5
2 100
Assim, pelo menos 80% dos valores da amostra são inferiores ou iguais a 6,5.
• De igual modo, para determinarmos o percentil P63 notemos que 63 ≠ 100 e que
63 ¥ 20
= 12,6, que não é um número inteiro.
100
Logo, fazemos [12,6] + 1 = 12 + 1 = 13 e assim temos:
P63 = x(13) = 4, podemos concluir que pelo menos 63% dos valores da amostra são in-
feriores ou iguais a 4.
167
TEMA V Estatística
Alguns percentis são utilizados com maior frequência. Já falaste em anos anteriores nas
EST10_4.3
medidas de localização designadas por quartis. Estas medidas podem ser definidas como
casos particulares de percentis.
Definição
19 Considera a amostra do Sejam x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x
~
peso (em kg) dos 10 bebés quantitativa e k ∈]0, 100] um número natural. Os percentis P25, P50 e P75 podem ser
que nasceram numa designados por primeiro, segundo e terceiro quartis, respetivamente.
maternidade durante um
fim de semana (3,15; 2,98;
3,45; 3,78; 4,10; 3,70; Facilmente se verifica que a mediana de uma amostra ~ x coincide com o percentil 50.
3,09; 3,68; 3,44; 4,01).
Podemos assim designar a mediana por percentil de ordem 50 ou ainda por segundo quartil.
a) Determina os percentis
Já no que aos primeiro e terceiro quartis diz respeito, a definição que aqui apresentamos
de ordem 25, 50, 75 e
100 para esta amostra. não coincide com a que foi introduzida do 8.º ano, e que é utilizada por muitas máquinas
b) Determina e interpreta de calcular.
o valor do percentil de Por exemplo, se x = (1, 2, 3, 4, 5), usando o modelo TI-nspire CX, tem-se:
~
ordem 90 para esta x + x(2) x + x(5)
amostra. Q1 = (1) = 1,5 Q3 = (4) = 4,5
2 2
enquanto:
P25 = x([1,25] + 1) = x(2) = 2 e P75 = x([3,75] + 1) = x(4) = 4.
Exemplo
APRENDE FAZENDO 9
Págs. 192 e 193
Peso
8
Exercícios 20, 23 e 25 7
6
Soluções 5
19. 4
a) P25 = 3,15 3
P50 = 3,565 2
P75 = 3,78 1
P100 = 4,01 0
b) P90 = 4,055 0 6 12 18 24
Idade (meses)
Podemos afirmar que pelo
menos 90% dos valores da Por exemplo, um bebé de 12 meses que pese 12 kg tem um peso correspondente ao per-
amostra são inferiores ou iguais centil de ordem 90. Desta forma, sabe-se que existem pelo menos 90% de bebés cujo
a 4,055. peso é inferior ou igual ao dele.
168
UNIDADE 4 Medidas de localização
169
TEMA V Estatística
Repara que, para k ≠ 100, ao definirmos L como o maior número natural tal que
L–1
∑ ni ≤ kn estamos a garantir que a percentagem de valores da amostra pertencentes à
i =1 100
união dos intervalos [a1, a2[, … , [aL – 1, aL[ é inferior ou igual a k%.
Simultaneamente garantimos que a percentagem de valores da amostra pertencentes à
união dos intervalos [a1, a2[, … , [aL, aL + 1[ é superior a k%.
Desta forma, sabemos que Pk ∈[aL, aL + 1[.
L–1
khn
A condição h ∑ ni + (y – aL)nL = permite identificar o valor y ∈[aL, aL + 1[ que cor-
i =1 100
responde ao percentil de ordem k.
Nota Exemplo
P60
0 10 20 30 40 50
Para determinarmos o percentil P60 é necessário sabermos a que classe ele pertence.
60 ¥ 30 60 ¥ 30
Como 12 ≤ e 12 + 7 > , sabemos que ele pertence à segunda classe,
100 100
[20, 30[.
60 ¥ 10 ¥ 30
10 ¥ 12 + 7(y – 20) =
100
APRENDE FAZENDO
Págs. 190 e 191 200
Exercícios 15 e 16 Concluímos então que P60 = .
7
170
UNIDADE 4 Medidas de localização
Das três medidas de localização de tendência central que referimos: moda, média e
Notação
mediana, a média é a mais frequentemente utilizada. De seguida, iremos estudar algumas
A amostra y , construída de
das suas propriedades. ~
acordo com a propriedade ao
lado, a partir da amostra x , pode
~
ser representada por ax + h ou
Propriedade ainda por ax + h. ~
~
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quan-
~
titativa x e sejam h, a ∈R.
A média da amostra y = (ax1 + h, ax2 + h, …, axn + h) pode ser obtida a partir da
~
média da amostra x através da igualdade –y = ax– + h.
~
Demonstração
x é dada por:
A média da amostra ~ n
∑ xi
–x = i =1
n
A média da amostra y é dada por:
~ n
∑ yi 21 Ao registar o tempo (em
–y = i =1
n minutos) de determinada
tarefa, um investigador
Uma vez que yi = axi + h, para todo o i ∈{1, …, n}, podemos escrever: obteve a seguinte amostra
n (67, 69, 76, 94, 56, 58,
∑ (axi + h) 69, 78, 69, 95, 48, 44, 85,
–y = i =1
n 69, 67, 72).
a) Calcula a média da
Pelas propriedades comutativa e associativa da adição, sabemos que: amostra.
n n n
∑ (axi + h) = ∑ axi + ∑ h b) Considera agora a
i =1 i =1 i =1
amostra com os
e pela propriedade distributiva da multiplicação relativa à adição, sabemos que: mesmos tempos em
n n
horas. Sem efetuar
∑ axi = a ∑ xi novos cálculos, indica a
i =1 i =1
média dessa amostra.
A média da amostra y pode então ser definida pela igualdade:
~
n n
∑ xi + ∑ h
–y = i = 1 i =1
n
n
n a ∑ xi
Como ∑ h = nh, vem y– = i = 1 + h, ou seja, y– = ax– + h, como queríamos demonstrar.
i =1 n
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quan-
~
titativa x.
A média da amostra situa-se sempre entre o mínimo e o máximo da amostra e só é Soluções
igual ao mínimo quando também for igual ao máximo, ou seja, quando a amostra 21.
for constante. a) 69,75 min
b) 1,1625 h
171
TEMA V Estatística
EST10_2.7
Exercício resolvido
Considera a amostra x = (x1, x2, …, xn) e seja x(1) = mín {x1, x2, …, xn}. Mostra que:
~
n
a) ∑ xi ≥ nx(1)
i =1
b) –
x ≥ x(1)
c) se algum valor da amostra for superior a x(1) então –
x > x(1).
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
22 Considera a amostra
Sugestão de resolução
x = (x1, x2, …, xn) e seja
~
x(n) = máx {x1, x2, …, xn}.
a) Como x(1) = mín {x1, x2, …, xn}, temos que:
Mostra que: n n
n
a) ∑ xi ≤ nx(n) ∑ xi ≥ ∑ x(1)
i =1
i =1 i =1
b) –
x ≤ x(n) n
Além disso, uma vez que o valor x(1) não depende de i, temos ∑ x(1) = nx(1).
c) se algum valor da n i =1
amostra for inferior a Concluímos assim que ∑ xi ≥ nx(1).
i =1
x(n), então –x < x(n).
n
Caderno de Apoio às Metas ∑ xi
Curriculares, 10.º ano b) A média da amostra x é dada por –
x= i =1
e, utilizando o resultado da alínea
~ n
anterior, temos que:
n
∑ xi
nx(1)
i =1
≥
n n
c) Uma vez que x(1) = mín {x1, x2, …, xn}, todos os valores xi da amostra podem
ser escritos na forma xi = x(1) + ki, com ki ≥ 0.
Desta forma, a média da amostra é dada por:
n
∑ (x(1) + ki )
–x = i =1
n
n
Como ∑ x(1) = nx(1), obtemos desta forma a igualdade:
i =1
n
∑ ki
–x = x + i =1
(1)
n
Uma vez que, por hipótese, existe algum valor, xi, da amostra superior a x(1),
n
∑ ki
então existe um valor, ki > 0. Podemos então concluir que i =1 > 0 e con-
n
sequentemente que –x > x(1).
172
UNIDADE 4 Medidas de localização
EST10_2.6
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quanti-
~
tativa x. A média da amostra nunca se mantém quando, para um dado i ∈{1, 2, …, n},
se altera o valor xi.
Repara que bastou alterar um elemento da amostra para que a média se alterasse.
Pelo facto da média se alterar sempre que alteramos um dos valores da amostra, dizemos
que a média é uma medida estatística com pouca resistência.
Esta característica da média é mais evidente quando a diferença entre os valores alterados
é grande. No exemplo acima apresentado, bastou alterar um valor numa amostra de di-
mensão 25 para que a média se alterasse em mais de uma unidade.
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quanti-
~
tativa x. Se, num segmento de reta se colocar para cada valor ~x j da amostra um ponto
material de massa igual à respetiva frequência absoluta nj no ponto de abcissa ~
x j, então
a média de x corresponde à abcissa do centro de gravidade desse segmento de reta.
~
Exemplos
1. Nas situações seguintes vamos considerar que a barra não tem massa e que todas as
bolas têm a mesma massa.
Na figura 1 temos duas bolas situadas nos pontos 2 e 4. Assim, para que a barra fique
APRENDE FAZENDO
equilibrada deveremos colocar o suporte no ponto 3. Se calcularmos a média da amos-
Págs. 188, 193, 194 e 196
tra (2, 4) obtemos precisamente o valor 3, ponto correspondente ao centro de gravidade Exercícios 4, 27, 30 e 39
do sistema composto pelas bolas e pela barra.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Pág. 30
Exercício 14
1 2 3 4 5
Solução
173
TEMA V Estatística
Contextualização histórica Na figura 2 temos duas bolas situadas nos pontos 0 e 4. Assim, para que a barra fique
equilibrada deveremos colocar o suporte no ponto 2. Se calcularmos a média da amos-
tra (0, 4) obtemos precisamente o valor 2, ponto correspondente ao centro de gravidade
do sistema composto pelas bolas e pela barra.
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Figura 3
x=0 200
Testes interativos
– Medidas de localização I.
– Medidas de localização II.
174
UNIDADE 5 Medidas de dispersão
UNIDADE 5
Medidas de dispersão
APRENDE FAZENDO
e por definição de média:
n Pág. 188
∑ xi = n–x Exercício 5
i =1
n Solução
concluímos então que ∑ di = n–x – n–x = 0, como queríamos demonstrar.
i =1
25. 3,2
175
TEMA V Estatística
EST10_3.2
EST10_3.3 Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
titativa.
A soma dos quadrados dos desvios em relação à média, (x – –x )2, representa-se por i
SSx e verifica a seguinte igualdade:
n n
SSx = ∑ (xi – –x )2 = ∑ xi2 – n–x 2
i =1 i =1
Demonstração
Consideremos x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística
~
x quantitativa.
Se usarmos a fórmula do quadrado do binómio e aplicarmos as propriedades comutativa
e associativa da adição, podemos escrever:
n n n n
∑ (xi – –x )2 = ∑ xi2 – ∑ 2xi –x + ∑ –x 2
i =1 i =1 i =1 i =1
Por outro lado, pela definição de média, podemos facilmente chegar à igualdade:
n
∑ xi = n–x
i =1
26 Considera uma amostra x
~ n n
de dimensão 5.
Concluímos então que ∑ (xi – –x )2 = ∑ xi2 – n–x 2, como queríamos demonstrar.
a) Sabendo que (d1, d2, d3, i =1 i =1
Demonstração
Dada x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável quantitativa x,
~
sabemos que:
n
∑ di = 0
i =1
Nota
Soluções
Não é possível determinar o valor de dn apenas a partir de n – 2 desvios. Desta forma,
26.
n – 1 é o número de determinações independentes necessárias e suficientes para se
a) 1
b) –
x = 10 e x1 = x4 = 11, x2 = 7, conhecerem todos os desvios e, por conseguinte, o valor da soma SSx. Por este motivo,
x3 = 10 dizemos que SSx tem n – 1 graus de liberdade.
176
UNIDADE 5 Medidas de dispersão
Considera uma amostra x = (x1, x2, x3, x4, x5), da qual se conhecem os desvios d1 = 3,
~
d2 = –3, d4 = 5 e d5 = –3.
a) Determina o valor de d3.
Sugestão de resolução
5
a) Utilizando a propriedade dos desvios, ∑ di = 0, vem que:
i =1
d3 = –3 + 3 – 5 + 3 = –2
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
titativa. Tem-se que SSx = 0 se e só se x1 = x2 = … = xn.
Demonstração
Consideremos x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística
~
x quantitativa. Comecemos por mostrar que se x1 = x2 = … = xn então SSx = 0.
Uma vez que se trata de uma amostra constante, sabemos que x1 = x2 = …= xn = –x.
Assim, di = 0, para todo o i ∈{1, 2, …, n} e, desta forma, SSx = 0.
Mostremos agora que se SSx = 0, então x1 = x2 = … = xn. Supondo que SSx = 0, como
todos os seus termos, di2, são não negativos, temos que di2 = 0, para todo o i ∈{1, 2, …, n}.
Podemos então concluir que x1 = x2 = …= xn = –x, ou seja, x1 = x2 = … = xn.
Provamos assim, pelo princípio da dupla implicação, que SSx = 0 se e só se x1 = x2 = …
… = xn.
177
TEMA V Estatística
EST10_3.5
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
titativa e seja h um número real.
A soma SSy correspondente à amostra y = x + h pode ser obtida a partir da soma SSx
~ ~
através da igualdade SSy = SSx.
27 Considera duas amostras x
~
e y , de dimensão n, tais
~
que y = x + h para um Exemplo
~ ~
dado número real h.
Mostra que SSy = SSx. Um técnico laboratorial desenvolveu uma experiência na qual registou a temperatura,
em graus, de um determinado componente em diversas fases de um processo, obtendo a
seguinte amostra de valores: x =(20, 21, 24, 25, 23, 19, 21, 20, 25, 22)
~
–
A média da amostra é x = 22, pelo que a sequência de desvios é (–2, –1, 2, 3, 1, –3, –1,
–2, 3, 0). Após ter calculado SSx = 42, reparou que o termómetro não estava calibrado,
indicando três graus acima do valor real. Decidiu então refazer os cálculos. Assim, con-
28 Considera as amostras
x = (7, 8, 3, 5, 2, 5) e siderou a amostra y = (17, 18, 21, 22, 20, 16, 18, 17, 22, 19) dos valores corrigidos das
~ ~
y = (22, 25, 10, 16, 7, 16).
~ temperaturas. A média da amostra é agora –y = 19, pelo que a sequência de desvios é
a) Encontra uma relação (–2, –1, 2, 3, 1, –3, –1, –2, 3, 0). Ao verificar que obtinha a mesma sequência de desvios,
da forma y = ax + h facilmente concluiu que SSy = SSx = 42.
~ ~
entre as amostras y e x .
~ ~
b) Sabendo que SSx = 26, Nota
calcula o valor de SSy.
Repara que ao somarmos ou subtrairmos o mesmo número real a todos os elementos da
amostra a média da nova amostra também se pode obter a partir da média da amostra
inicial, somando ou subtraindo o mesmo número. Assim, o valor dos desvios mantém-se
inalterado.
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~
titativa e seja α um número real.
A soma SSy correspondente à amostra y = ax pode ser obtida a partir da soma SSx
~ ~
através da igualdade SSy = α2 SSx.
Demonstração
Consideremos x = (x1, x2, …, xn) a amostra de uma variável estatística x quantitativa e
~
o número real α. A amostra y = ax é constituída pelos elementos yi = axi, para todo o
~ ~
i ∈{1, 2, …, n}. Assim, –y = α–x. A soma dos quadrados dos desvios pode ser obtida pela
n
fórmula SSy = ∑ yi 2 – n–y 2. Podemos então escrever:
i =1
n n
∑ yi 2 – n–y 2 = ∑ (axi )2 – n(a–x)2
i =1 i =1
Soluções
Pela propriedade distributiva da multiplicação relativa à adição, temos que:
n h
h n
28. ∑ (axi )2 – n(a–x)2 = a2 i ∑ xi 2 – n–x 2i
i =1 j i =1 j
a) yi = 3xi + 1
b) 234 Podemos assim concluir que SSy = α2SSx.
178
UNIDADE 5 Medidas de dispersão
EST10_3.6
EST10_3.7
Propriedade
EST10_3.11
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística quan-
~
titativa com m valores distintos, 1 ≤ m ≤ n.
m
A soma SSx pode ser obtida através da igualdade SSx = ∑ (~xj – –x)2nj, onde nj representa
j =1
a frequência absoluta de ~x .j
Demonstração
n
– 2. Se utilizarmos a propriedade comutativa podemos
Pela definição temos SSx = ∑ (xi – x)
i =1
ordenar a soma por ordem crescente dos m valores ~xj:
(~x1 – –x)2 + … + (~x1 – –x)2 + … + (~xm – –x)2 + … + (~xm – –x)2
n1 nm
Agora, considerando a propriedade associativa, podemos escrever a soma como
( x1 – –x)2n1 + … + (~xm – –x)2nm. Esta pode ser representada, no formalismo dos somatórios,
~
m
por ∑ (~x – –x)2n , tal como pretendíamos mostrar.
j j
j =1
Definição
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n, com n > 1, de uma variável es-
~
tatística x quantitativa.
O quociente entre a soma SSx e n – 1 designa-se por variância da amostra e repre-
senta-se por sx2:
s 2 = SSx
x
n–1
Definição
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n, com n > 1, de uma variável es-
~
tatística x quantitativa.
A raiz quadrada positiva da variância da amostra designa-se por desvio-padrão da
amostra e representa-se por sx:
sx = √∫ nSS– 1
x
Tanto a variância como o desvio-padrão são medidas de dispersão que podem ser uti-
lizadas para comparar a dispersão dos valores dos elementos de duas ou mais amostras
em torno da média, sempre que a característica quantitativa em análise seja a mesma nas
diversas amostras e que a respetiva medida esteja calculada na mesma unidade.
Deves notar que tanto a média como o desvio-padrão têm a mesma unidade de medida
que a variável considerada, mas o mesmo não acontece com a variância.
179
TEMA V Estatística
EST10_3.8 Exemplo
EST10_3.9
Num estudo sobre os pesos (em kg) dos alunos de duas turmas A e B do primeiro ano do
1.º Ciclo obtivemos as amostras (19, 23, 22, 26, 20) e (21, 22, 23, 20, 24, 21, 26, 23, 20,
25, 21, 24, 23, 19, 17, 23), respetivamente.
No quadro seguinte apresentamos as medidas estatísticas obtidas para cada turma (sx2 e sx
29 Considera as amostras
x = (12, 14, 16, 10, 16, arredondadas às décimas).
~
15, 13, 10, 9, 15) e
y = (10, 15, 10, 19, 13), –x
~ Turma SSx sx2 sx
relativas à mesma variável
estatística quantitativa.
a) Calcula –x e –y. A 22 30 7,5 2,7
b) Calcula sx e sy e
compara as amostras B 22 82 5,5 2,3
quanto à dispersão dos
seus valores em torno
da média.
Se compararmos os desvios em relação à média nas duas amostras, verificamos que não
existem grandes diferenças entre as duas turmas. É então de esperar que a medida de dis-
persão utilizada para nos indicar a variabilidade dos valores da amostra relativamente à
média tenha valores próximos nas duas turmas. De facto, se compararmos os valores do
desvio-padrão, verificamos que eles são muito próximos, sendo o da turma B ligeiramente
inferior. No entanto, se considerarmos os valores de SSx isso já não se verifica. Este facto
pode ser explicado pela diferença entre as dimensões das amostras. Basta que exista alguma
variabilidade para o valor de SSx aumentar com o aumento da dimensão da amostra.
Além disso, tanto SSx como sx2 têm como unidade de medida o kg2, enquanto –x e sx têm
como unidade de medida o kg, tornando mais fácil a sua interpretação.
As seguintes propriedades do desvio-padrão surgem como uma consequência natural das
propriedades da soma dos quadrados dos desvios, SSx, que já foram vistas anteriormente,
pelo que as suas demonstrações não serão apresentadas.
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n, com n > 1, de uma variável es-
~
tatística x quantitativa. Tem-se que sx = 0 se e só se x1 = x2 = … = xn.
Soluções
29.
Propriedade
a) –x = 13 e –y = 13,4 Sejam x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n, com n > 1, de uma variável
~
b) sx ≈ 2,62 (2 c.d.) e sy ≈ 3,78 estatística x quantitativa e seja h um número real.
y
(2 c.d.). Os valores da amostra ~
O desvio-padrão sy, correspondente à amostra y = x + h, pode ser obtido a partir do
encontram-se mais dispersos, ~ ~
em relação à média da amostra, desvio-padrão sx através da igualdade sy = sx.
do que os valores da amostra ~x.
180
UNIDADE 5 Medidas de dispersão
EST10_3.10
Propriedade
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n, com n > 1, de uma variável
~
estatística x quantitativa e seja α um número real. O desvio-padrão sy correspondente
à amostra y = αx , pode ser obtido a partir do desvio-padrão sx através da igualdade
~ ~
sy = |α|sx.
Exercício resolvido
Na preparação para a volta a Portugal um elemento de uma equipa participante 30 Prova cada uma das
tinha que registar os tempos que os ciclistas da sua equipa demoravam a percorrer propriedades enunciadas
parte da etapa da Senhora da Graça. do desvio-padrão, sx,
utilizando as propriedades
da soma dos quadrados
Com os valores registados foi possível concluir que o tempo médio que cada ciclista dos desvios, SSx.
da sua equipa demorou a fazer essa parte da etapa foi de 2,3 horas com um desvio-
-padrão de 0,6 horas. Apresenta o valor da média e do desvio-padrão dos tempos
feitos pelos ciclistas em minutos.
APRENDE FAZENDO
Págs. 189, 190, 191, 192,
194, 195 e 196
Exercícios 7, 8, 9, 10, 11,
12, 13, 14, 19, 24, 28, 29,
Propriedade 31, 33, 34, 37 e 40
Seja x = (x1, x2, …, xn) uma amostra de dimensão n de uma variável estatística x quan-
~ CADERNO DE EXERCÍCIOS
titativa e seja k > 0 um número real. A proporção dos elementos da amostra com E TESTES
Soluções
Através desta propriedade, utilizando a média, que nos indica uma localização, e o
31.
desvio-padrão, que nos indica a dispersão em relação à média, podemos ter uma indica- a) 25%
ção da localização e da dispersão de todos os valores da amostra. b) 45
181
TEMA V Estatística
Exemplos
1. Num estudo sobre o tempo, em dias, necessário para a eliminação completa de um de-
terminado vírus do organismo humano, foi recolhida a amostra x = (21, 10, 15, 17, 16,
~
19, 14, 17, 9, 25, 27, 31, 19, 21, 15, 16, 21, 16, 11, 20).
A média desta amostra é 18 e o desvio-padrão, arredondado às décimas de dia, é 5,5.
Desta forma, a sequência dos desvios é (3, –8, –3, –1, –2, 1, –4, –1, –9, 7, 9, 13, 1, 3,
–3, –2, 3, –2, –7, 2).
Na tabela seguinte apresentamos alguns valores de k, que nos permitem comparar a
proporção de valores da amostra com desvios superiores a ksx, δk, com o valor de 12 .
k
1
k ksx δk
k2
6
1 5,5 1
20
1 1
2 11
20 4
0 1
3 16,5
20 9
Como podes reparar, o valor de 12 é sempre superior ao de δk, constituindo por isso
k
uma estimativa por excesso desse valor.
–x + 2s
x
–x + s
x
Comprimento
–x
–x – s
x
–x – 2s
x
Estas cartas são utilizadas para registar as observações que vão sendo feitas, com o ob-
jetivo de detetar eventuais anomalias.
Como foi possível ver no exemplo anterior, a frequência relativa de um valor cujo desvio
em relação à média é superior a 3 desvios-padrão é inferior a 1 . Uma vez que se trata
9
de uma ocorrência de baixa frequência esse valor é considerado uma anomalia.
182
UNIDADE 5 Medidas de dispersão
Para ser possível utilizar os valores das estatísticas de uma amostra, tais como a média
ou o desvio-padrão, para inferir sobre os valores dos parâmetros de uma população, é
muito importante que a amostra seja representativa da população a que pertence.
Existem diversas técnicas de recolha de uma amostra que nos podem auxiliar na ob-
tenção de uma “boa” amostra. A escolha de uma amostra adequada é sem dúvida um
dos passos mais importantes num estudo estatístico que pretenda a generalização dos re-
sultados. Muitas vezes o conceito “aleatório” confunde-se, em linguagem corrente com
“ao acaso”. No planeamento de um estudo estatístico não podemos deixar “ao acaso” a
escolha de uma amostra, sob o perigo de que esta não seja representativa. Escolher uma
amostra sem qualquer planificação pode comprometer a fiabilidade do estudo.
Atividade
Distribui um número de 1 a N a cada aluno da tua turma (N é o número total de alunos)
e regista numa lista a altura de cada um deles.
b) Aumenta a dimensão das amostras recolhidas para 12 e, tal como no item anterior,
repete o procedimento 10 vezes calculando em cada passo a média das alturas dos
alunos selecionados. Compara o novo diagrama de pontos com o anterior no que diz
respeito à proximidade que as médias das amostras têm com a média da população.
Testes interativos
– Medidas de dispersão I.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano – Medidas de dispersão II.
183
TEMA V Estatística
UNIDADE 6
Utilização da calculadora gráfica no cálculo de
algumas medidas de localização e de dispersão
A utilização da calculadora num estudo estatístico, por exemplo para auxiliar no cálculo
de medidas de localização e/ou de dispersão, pode ser de facto bastante útil, nomeadamente
nos casos em que a dimensão da amostra torna os cálculos demorados e pouco simples.
Vejamos um exercício, em que não seria complicado determinar a moda, a média, a me-
diana, os quartis e o desvio-padrão, utilizando o que acabaste de aprender ao longo do tema,
mas que serve apenas de exemplo para saberes utilizar a tua calculadora no modo estatístico.
Exercício resolvido
O número de vezes que uma determinada máquina de uma empresa de tecelagem ava-
ria numa semana de trabalho foi registado por um longo período de tempo. A partir des-
ses dados, foi elaborada a seguinte tabela que representa o número de avarias semanais.
Número de
0 1 2 3 4 5 6 7
avarias semanais
ni 3 20 28 24 14 6 3 2
Sugestão de resolução
Preenche List1 e List2 com todos os valores da variável número de avarias se-
manais e a respetiva frequência absoluta:
184
UNIDADE 6 Utilização da calculadora gráfica no cálculo de algumas medidas de localização e de dispersão
De seguida, na opção SET (F6) verifica se 1Var XList e 1Var Freq se encontram
preenchidos com as indicações List1 e List2, respetivamente. Se não estiver
(situação 1), preenche (situação 2):
Situação 1 Situação 2
Assim:
• o primeiro quartil Q1 = 2;
• o segundo quartil Med = Q2 = 2 = P50 = Me;
• o terceiro quartil Q3 = 3,5;
• a moda Mod = Mo = 2.
(continua)
185
TEMA V Estatística
Sugestão de resolução
Texas TI-nspire
No ecrã inicial cria uma página com a aplicação Listas e Folha de Cálculo:
Preenche as listas…
186
UNIDADE 6 Utilização da calculadora gráfica no cálculo de algumas medidas de localização e de dispersão
Preenche Lista X1: a[]; Lista de frequências: b[] e 1.ª coluna de resultados: c[]
Temos assim:
• a média –x = 2,66;
• o desvio-padrão sx = 1,49;
• o primeiro quartil Q1 = 2;
• o segundo quartil Med = Q2 = 2 = P50 = Me;
• o terceiro quartil Q3 = 3,5;
• a moda Mod = Mo = 2. CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Págs. 60 a 62
Teste n.º 6
Págs. 65 a 67
Teste Global n.º 1
Págs. 70 a 72
Teste Global n.º 2
187
TEMA V Estatística
Aprende Fazendo
Itens de seleção
4 A média dos ordenados dos 35 funcionários de uma empresa é 1040 euros. O dono da empresa de-
cidiu atualizar os ordenados, aumentando todos em 2,5%. A média dos ordenados (em euros) após a
atualização é:
(A) 1042,5 euros. (B) 2600 euros. (C) 1300 euros. (D) 1066 euros.
188
Itens de seleção
7 De uma amostra de pessoas, de dimensão 14, substituiu-se uma pessoa de 35 anos por outra de 20 anos.
Considera as seguintes afirmações.
(I) A média das idades diminuiu.
(II) O desvio-padrão das idades diminuiu.
(III) A média das idades passou a ser inferior a 35.
Das afirmações anteriores quais são necessariamente verdadeiras?
(A) Todas. (B) Apenas a (I). (C) Apenas a (I) e a (II). (D) Apenas a (III).
9 De uma amostra de uma variável estatística x, de dimensão 24, sabe-se que x(1) =10 e x(24) =15.
Considera as seguintes afirmações.
(I) –x < 15 (II) sx ≠ 0 (III) Me ≠ 10
Das afirmações anteriores quais são necessariamente verdadeiras?
(A) Todas. (B) Apenas a (I). (C) Apenas a (I) e a (II). (D) Apenas a (III).
10 De uma amostra de uma variável estatística x, de dimensão 20, sabe-se que x(1) = –1,4 e x(20) = 1,5.
Quais das seguintes situações pode ocorrer?
(A) –
x = 1 e sx = –0,2 (B) –
x = 0 e sx = 0,2 (C) –
x = –1 e sx = 0 (D) –
x = 1,5 e sx = 1
11 De uma amostra de uma variável estatística x, de dimensão 4, sabe-se que d1 = –1,4, d2 = 1,5 e
d3 = 0,5. O desvio-padrão da amostra, arredondado às décimas, é:
(A) 1,3 (B) 1,2 (C) 4,8 (D) 0
12 De uma amostra de uma variável estatística quantitativa x, de dimensão 40, sabe-se que –x = 10 e sx = 2.
Qual das seguintes afirmações é necessariamente verdadeira?
(A) Existem pelo menos 20 dados entre 8 e 12.
189
TEMA V Estatística
Aprende Fazendo
Itens de construção
13 Um grupo de 5 amigos registou a sua idade e obteve a seguinte amostra ~x = (21, 23, 26, 19, 19). Seja
~y a amostra das suas idades passados 13 anos. Calcula:
– –
a) x e y
b) SSx e SSy
Soluções: a) –x = 21,6 anos e –y = 34,6 anos. b) SSx = 35,2 anos2 e SSy = 35,2 anos2.
14 Contou-se o número de folhas em cada uma de 150 Número de folhas Número de plantas
plantas do tabaco (Havano). Os resultados estão re-
17 3
gistados na tabela a seguir apresentada.
18 22
Calcula a média, a soma dos quadrados dos desvios 19 44
em relação à média, a variância e o desvio-padrão do
20 42
número de folhas destas plantas. Caso seja necessário,
21 22
apresenta os resultados arredondados às centésimas.
22 10
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
23 6
Solução: –x = 19,78, SSx = 283,74, sx2 ≈ 1,90, sx ≈ 1,38 24 1
Animação
Resolução do exercício.
15 Num hospital foi registado o número de doentes que deram entrada por hora nas urgências com sin-
tomas de gripe, obtendo-se a amostra:
(7, 12, 24, 36, 14, 5, 41, 17, 19, 24, 31, 12, 6, 19, 42, 46, 51, 17, 4, 19, 12, 25, 32, 16)
a) Calcula a média e a mediana da amostra.
c) Tomando 0 para extremo inferior da primeira classe, agrupa os dados em classes de amplitude 10
e calcula:
(i) a média e a mediana da amostra;
(ii) o percentil de ordem 75.
d) Indica, justificando, se os valores mais corretos para a média e a mediana são os que obtiveste na
alínea a) ou na alínea c) i).
100
Soluções: a) x– = 22,125, Me = 19 b) P75 = 31,5 c) (i) x– = 22,5, Me = 18 (ii) P75 = d) Os valores mais corretos são os que
3
se obtiveram na alínea a), pois foram calculados usando os dados da amostra.
190
Itens de construção
16 Num estudo sobre espetáculos de teatro amador registou-se o número de espetadores em 30 salas do
país escolhidas aleatoriamente. Os resultados encontram-se representados no histograma seguinte.
10
Número de salas
6
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Número de espetadores
18 O Pedro levou a cabo um estudo estatístico sobre o número de tios de Número de tios
cada um dos seus 25 colegas de turma e representou os resultados no
4%
gráfico circular ao lado. 16% 20%
0
1
4% 2
a) Determina a frequência absoluta de cada um dos valores da amostra.
3
28% 28% 4
b) Calcula a média do número de tios de cada colega do Pedro. 5
Soluções: a) b) –
x = 1,8 c) 6
xi 0 1 2 3 4 5
ni 5 7 7 1 4 1
191
TEMA V Estatística
Aprende Fazendo
Itens de construção
20 O Raúl vai representar a sua escola na prova dos 100 metros. Ele registou sete dos tempos (em segundos)
que fez no último treino (10,9; 11,1; 9,9; 10,3; 10,6; 11,3; 10,8).
a) Calcula a média dos tempos registados.
Soluções: a) –x = 10,7 s b) P25 = 10,3 s. Podemos então concluir que pelo menos 25% dos valores da amostra são inferiores
ou iguais a 10,3 s.
n n
21 Justifica, utilizando as propriedades dos somatórios, que a proposição ∑ i5 = ∑ i5 é verdadeira.
i =0 i =1
22 Num segmento de reta estão colocados três pontos materiais de massas 20, 38 e 22 unidades nos
pontos de abcissas 10, 12 e 14, respetivamente. Determina o valor da abcissa do centro de gravidade
desse segmento.
Solução: 12,05
23 Num estudo sobre tumores foram registados os diâmetros (em mm) de sinais da pele sujeitos a cirurgia
de remoção. Os resultados encontram-se apresentados no seguinte diagrama de caule-e-folhas.
0 5 6 6 7 7 8 9
1 1 1 2 3 3 4 5 5 8 9
2 0 0 1 2 4 8 9 9
3 0 1 1 5 6 7 7 8 8 9
4 0 0 1 1 2 0 | 5 representa o valor 0,5
a) Calcula a média dos diâmetros, considerando os dados não agrupados.
b) Tomando o valor mínimo para extremo inferior da primeira classe, agrupa os dados em classes de
amplitude 0,5 e calcula a média dos diâmetros, considerando os dados agrupados em classes.
c) Qual é a percentagem de valores da amostra inferiores ao percentil de ordem 75, obtido a partir
dos dados.
b) Supondo que este conjunto de jogadores é escolhido para os próximos 5 jogos da seleção e que
em cada jogo participam 14 jogadores (incluindo 3 substituições), calcula a nova média de inter-
nacionalizações destes jogadores.
Nota: Apresenta todos os valores arredondados às décimas.
192
Itens de construção
25 Os seguintes dados referem-se à duração, em minutos, do percurso casa-escola realizado num dado
dia por uma amostra aleatória de 32 alunos de uma escola secundária.
12 7 44 16 22 12 11 5 9 32 20 62 18 29 35 13
23 21 8 41 36 15 49 17 45 7 19 37 65 6 18 44
b) Determina, entre os 30% dos percursos com maior duração, aquele que tem menor duração.
26 Segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P., as temperaturas mínimas (em ºC)
registadas nos diversos distritos de Portugal continental no mês de agosto de 2014 foram:
d) Compara os valores obtidos na alínea a) com os valores referentes ao mês de julho de 2013 apre-
sentados na seguinte tabela (segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P).
Percentil 10 15 50 75 85
Temperatura mínima
10,3 10,8 11,7 12,7 13,8
(em ºC)
Soluções: a) P10 = 8,1 ºC, P15 = 8,5 ºC, P50 = 10,95 ºC, P75 = 12,6 ºC e P85 = 13,4 ºC b) P56, P57, P58, P59, P60 e P61 c) 15 d) Todos
os percentis referentes às temperaturas mínimas do mês de agosto de 2014 são mais baixos do que os percentis de igual ordem
referentes às temperaturas mínimas do mês de julho de 2013, o que significa que as temperaturas foram, em geral, mais baixas
em agosto de 2014 do que em julho de 2013.
27 O número de livros vendidos diariamente por uma pequena livraria na última semana foi registado
na seguinte amostra (7, 9, 6, 5, 10, 5, 7).
a) Calcula o número médio de livros vendidos diariamente por essa livraria na última semana.
b) Supondo que o lucro obtido com a venda de cada livro é de 5 euros, calcula o lucro médio diário
obtido com a venda de livros, na última semana.
c) Supondo que na semana seguinte se venderam mais dois livros por dia e que o lucro obtido com
cada livro foi de 5 euros, qual passará a ser o lucro médio diário obtido com a venda de livros, na
próxima semana?
Soluções: a) –x = 7 b) 35 € c) 45 €
193
TEMA V Estatística
Aprende Fazendo
Itens de construção
c) Calcula sx.
a) Calcula –
y e sy, a partir dos resultados obtidos na alínea anterior.
a) Escreve SSx em função de SSy.
SSy
Soluções: a) y = 4 x – 3 b) –x ≈ 2,71 e sx ≈ 2,56 c) –y ≈ 7,84 e sy ≈ 10,24 d) SSx =
~ ~ 16
Solução: h > 39
Animação
Resolução do exercício.
32 Num estudo sobre a capacidade pulmonar total (cpt) de um indivíduo adulto foi recolhida uma amos-
x = (6; 5; 7; 5,1; 5,2;
tra referente ao volume total de ar (em litros) que cabe no sistema respiratório, ~
6,4; 6,7; 6,8; 5,9; 5,8; 6,7; 7,1).
a) Calcula a cpt média dos indivíduos da amostra, arredondada às centésimas.
b) Considerando que a média da cpt de um indivíduo adulto é de 6,7 litros, determina a que percentis
da amostra corresponde esse valor.
194
Itens de construção
33 O João encomendou um conjunto de 23 livros numa livraria inglesa. A média e o desvio-padrão do preço
dos livros é 20 e 15 libras, respetivamente. Considerando que cada libra vale 1,35 euros, determina:
a) o preço médio, em euros, dos livros que o João vai comprar;
34 De acordo com os dados históricos, a amostra das temperaturas mínimas diárias em Lisboa, durante
os meses de janeiro dos anos 2000 a 2010, tem uma média igual a 10° e um desvio-padrão igual a 3°.
Indica um limite superior para a percentagem de dias em que a temperatura mínima foi inferior a 0°.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Solução: 9%
35 Num segmento de reta estão colocados quatro pontos materiais de massas 2, 5, 6 e k unidades nos
pontos de abcissa 1, 2, 3 e 4, respetivamente. Determina o valor de k de modo que a abcissa do centro
de gravidade desse segmento seja 3,5.
Solução: k = 31
Animação
Resolução do exercício.
36 O António terminou o seu curso com uma média de 13,0 valores (numa escala de 0 a 20). Para poder
ingressar num determinado mestrado ele tem necessariamente que ter uma média igual ou superior
a 13,5 valores. Sabendo que o curso dele é constituído por 36 disciplinas, e que ele teve 12 valores
à disciplina de Direito, determina:
a) se é possível obter a média pretendida apenas melhorando a nota de Direito;
b) quantos valores terá ele que conseguir melhorar, no total, para obter a média pretendida.
Soluções: a) Não. b) 18
37 Numa angariação de fundos para o passeio de final de ano, o Joaquim e o Afonso visitaram turmas
diferentes para vender rifas. O número de rifas que conseguiram vender em cada turma foi o seguinte:
Joaquim: amostra ~x = (2, 5, 7, 5, 3, 0, 9, 12, 17, 6)
Afonso: amostra ~y = (0, 6, 9, 3, 6, 4, 7, 3, 7)
a) Calcula –
x e –y e, com base nestes valores e na dimensão das duas amostras, calcula a média da
amostra conjunta ~z.
b) Calcula SSx, SSy e SSz, e indica os respetivos graus de liberdade.
111
Soluções: a) –x = 6,6; –y = 5; –z = b) SSx = 226,4 (9 graus de liberdade); SSy = 60 (8 graus de liberdade); SSz = 298,53
19
(2 c.d.) (18 graus de liberdade). d) O Joaquim.
195
TEMA V Estatística
Aprende Fazendo
Itens de construção
200
38 Considera as amostras ~x e ~y de dimensão 200, de uma variável estatística quantitativa, tais que ∑ xi = 30
i =1
e yi = 3(xi – 5), para todo i ∈{1, …, 200}.
200
a) Calcula ∑ yi.
i =1
4 200
b) Sabendo que ∑ xi = 10, calcula ∑ (xi + yi).
i =1 i =5
39 Considera uma amostra ~x ordenada, (x(1), x(2), …, x(n)), e admite que se substitui o máximo da amostra
por um valor y = x(n) + h, com h > 0. Determina os valores de h que fazem com que a média da nova
amostra fique superior a x(n – 1). Consideras que neste caso a média traduz bem a localização central
da nova amostra? Justifica.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
Solução: h > n(x(n – 1) – –x). Não traduz bem uma localização central da amostra, pois é superior a n – 1 elementos da amostra.
40 De uma certa população recolheu-se a amostra A, de dimensão n > 1 de unidades estatísticas e re-
gistou-se os valores da variável x de interesse. Sem perda de generalidade, admite que se numera as
unidades estatísticas de modo a que sejam atribuídos os números de 1 a r àquelas cujos valores da
variável x estão fora do intervalo [–x – 2s, x + 2s], onde s é o desvio-padrão da amostra.
a) Justifica que, para i = 1, 2, …, r, se tem |xi – –
x| > 2s, pelo que, também, (xi – –x)2 > 4s2.
r
b) Conclui da alínea anterior que ∑ (xi – –
x)2 > 4rs2.
i =1
n
c) Justifica que também se tem ∑ (xi – –
x)2 > 4rs2, onde n é a dimensão da amostra.
i =1
d) Tendo em conta a fórmula de cálculo da variância, conclui que a desigualdade anterior é equiva-
lente a (n – 1) sx2 > 4rs2, pelo que também se tem ns2 > 4rs2, ou seja, r < 0,25n desde que s não
seja nulo.
e) Considera agora o intervalo na forma geral [–
x – ks, –x + ks] e deduz que, nesse caso, a última desi-
gualdade passa a ter a forma r < 12 n.
k
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 10.º ano
196
Desafios
Desafios
* É normal diferentes autores atribuírem diferentes comprimentos a um dado rio, dependendo de vários critérios de medição
não consensuais. Ainda assim estes são os valores geralmente aceites para estes rios.
a) Calcula a média das sinuosidades da amostra de rios apresentada anteriormente. Será que
este cálculo prova que a média das sinuosidades de todos os rios do mundo não pode ser p?
b) Calcula o desvio-padrão das sinuosidades dos rios desta amostra.
2 O portal http://pimeariver.com tem como objetivo ajudar a esclarecer se de facto a média das
sinuosidades de todos os rios é p. Para isso, desafiam os visitantes a introduzirem os dados dos
rios que conheçam; também podes adicionar algum rio que ainda não esteja na lista. Neste mo-
mento, a amostra tem mais de 250 rios.
a) O portal calcula automaticamente a média e o desvio-padrão desta amostra. Quais são os
valores neste momento?
b) Intuitivamente, qual te parece ser a melhor estimativa da média e do desvio-padrão das si-
nuosidades da totalidade dos rios do mundo? A apresentada neste portal ou a calculada no
exercício anterior?
Curiosidade
A sinuosidade dos rios em zonas montanhosas é normalmente mais baixa do que a dos rios em
zonas mais planas. Quando um curso de água corre por uma região com maior desnível, tem ten-
dência a “ir mais a direito”; quando o rio corre numa região mais plana, tem tendência a criar mais
curvas. Como Portugal é um país na globalidade bastante montanhoso, temos tendência para ter
rios com sinuosidades baixas.
197
SOLUÇÕES
198
30. Gráfico (I): Zeros: –3 e 1 41. a) y y 5
È 7 È È 3È 10
Positiva em ]–3, 1[ e negativa em Í – , –3 Í ∪ Í 1, Í .
Î 2 Î Î 2Î 5
Gráfico (IV): Não tem zeros. 2
h
Positiva em [0, 3] e negativa em ]–3, 0[. 6 –4
g
33. a) y –2 O 2 x
3 –3
f 2
2
–4
x
–2 O 2 x
–5 –2 –1 O1 2 5
b) y –6
3
f O gráfico da função g obtém-se a partir do gráfico da
2
função f por meio de uma dilatação vertical de coefi-
O1 2 5
ciente 2 e o gráfico da função h obtém-se a partir do
–5 –2 –1 x gráfico da função f por meio de uma contração vertical
–2 1
–3
de coeficiente .
2
34. a) f é par. b) g não é par nem ímpar. b) Dg = ]– 4, 2]; D’g = ]– 6, 10]; um zero.
c) h é ímpar. d) i não é par nem ímpar. È 3 5È
Dh = ]– 4, 2]; D’h = Í – , Í ; um zero.
35. a) – 0,82 e 1,38 b) 2 Î 2 2Î
c) Não tem zeros. d) 3,68 42. a) y y
36. a) (– 2,7; 5) e (0,7; 5) b) (– 2,8; 7,9) e (0,3; 0,1) 5 5
37. a) 6 b) 14
3 h 3
38. a) Df = ]– 4, 2]; D’f = ]–3, 5]; um zero. g 2
b) y y 1
O –8
8
1 –2 –1 11 x –4 O 2 4 x
–4 –2 1 6 2
O 2 x
–3 –3
h
199
SOLUÇÕES
c) A ¥ A = {(–1, –1), (–1, 0), (–1, 2), (0, –1), (0, 0), (0, 2),
Unidade 4 – Monotonia, extremos e concavidades
(2, –1), (2, 0), (2, 2)}
(pág. 57)
d) B ¥ B = {(2, 2), (2, 5), (5, 2), (5, 5)}
44. Por exemplo: 17. Subconjuntos C e D.
a) [–6, –4] b) [–6, –1] c) [0, 3] d) [0, 6] e) [–2, 0] 18. a) f e g não são iguais.
45. a) Por exemplo: b) f|A = g, x 1 2 3 4 5
y
y 5 7 9 11 13
c) h: R " R, com h(x) = 2x + 3.
19. Injetivas: f, g, h, j, k, l
–2 O 1 x Sobrejetivas: f, i, j, k
Bijetivas: f, j, k
20. a) Proposição verdadeira. b) Proposição verdadeira.
b) Por exemplo: c) Proposição falsa. d) Proposição falsa.
y e) Proposição verdadeira. f) Proposição verdadeira.
g) Proposição verdadeira.
21. a) 0 b) √∫5 c) 9 + √∫2
22. a) 12x – 7 b) 12x + 1 c) 9x – 8 d) 16x + 5
O 3 x 23. b) f –1: B " A
x y
–6 –3
46. a) x –4 –2 1 2 –4 –2
Variação 0 0
de f N.D. £ 3 " 3 £ 5
2 1
f é estritamente crescente em ]–4, – 2] e em [1, 2]; f é
4 2
constante em [– 2, 1].
b) x 24. a) Df = [–5, 6[; D’f = ]–6, 6]; zeros: –5 e –2; positiva em
–∞ –2 0 2 +∞
]–5, –2[ e em [0, 6[; negativa em ]–2, 0[
Variação b) Dg = ]–∞, 6]; D’g = [– 6, +∞[; zeros: –5 e 4; positiva
de g £ 4 ¢ 0 £ 4 ¢
em ]–∞, –5[ e em ]4, 6]; negativa em ]–5, 4[
g é estritamente crescente em ]–∞, –2] e em [0, 2]; g é c) Dh = R; D’h = ]–∞, 4]; zeros: –6; –5 e 3; positiva em
estritamente decrescente em [–2, 0] e em [2 + ∞[. ]–6, –5[ e em ]3, +∞[; negativa em ]–∞, –6[ e em ]–5, 3[.
47. a) Por exemplo, 5. b) ]–∞, –6] 25. f e g são funções pares; h e i são funções ímpares.
c) Sim, pois é minorada e majorada. 26. a) f é injetiva e sobrejetiva.
48. –5 é mínimo absoluto de f e é atingido em – 6; b) i) x y ii) x y
0,5 é mínimo relativo de f e é atingido em – 1;
–2 4 0 –1
–2 é mínimo relativo de f e é atingido em – 3,5;
4 é máximo absoluto de f e é atingido em – 3; 0 12 4 –2
2 é máximo relativo de f e é atingido em 1; 3 8 8 3
–1 é máximo relativo de f e é atingido em 4.
49. a) Funções f e h. b) Função f. 12 0
50. a ≈ 13,22 iii) iv)
x y x y
Aprende fazendo (pág. 68) –2 21 –2 –2
1. Opção (A) 2. Opção (C) 3. Opção (B) 4. Opção (C) –1 20 –1 –1
5. a) Opção (D) b) Opção (C)
0 31 0 0
6. Opção (A) 7. Opção (D) 8. Opção (B) 9. Opção (A)
10. a) Opção (D) b) Opção (B) 3 30 3 3
11. a) Opção (C) b) Opção (D) 5x – 4
27. a) Dg o f = R\{2}; g o f(x) =
12. Opção (D) 13. Opção (C) 14. Opção (B) x–2
15. a) Proposição falsa. b) Proposição falsa. a 1a 2x + 4
b) Df o g = R\ b– b ; f o g(x) =
c) Proposição verdadeira. d) Proposição falsa. c 2c 2x + 1
16. a) A ¥ B = {(–1, 2), (–1, 5), (0, 2), (0, 5), (2, 2), (2, 5)} 28. a) R b) R c) R\{3} d) R\{–√∫3, √∫3}
b) B ¥ A = {(2, –1), (2, 0), (2, 2), (5, –1), (5, 0), (5, 2)} e) [3, +∞[ f) ]–∞, 3[ g) R h) R\{0}
200
29. g(x) = 3x + 7
x–1 Unidade 5 – Estudo elementar de algumas funções
30. a) Df –1 = R; D’f –1 = R; f –1(x) =
2 (pág. 80)
1–x
b) Dg –1 = R; D’g –1 = R; g (x) =
–1 51. a) Zero: 2; negativa em ]–∞, 2[ e positiva em ]2, +∞[; es-
4
tritamente crescente.
c) Dh–1 = R; D’h–1 = R; h–1(x) = 3√∫x∫ ∫–∫ 1
∫ 1 È 1È
1–x b) Zero: – ; positiva em Í –∞, – Í e negativa em
d) Di –1 = R\{0}; D’i –1 = R\{–1}; i –1(x) = 2 Î 2Î
x
È 1 È
a2a a1a x Í– , +∞ Í ; estritamente decrescente.
e) Dj –1 = R\ b b; D’j –1 = R\ b b; j –1(x) = Î 2 Î
c3c c3c 3x – 2 c) Zero: 0; negativa em ]–∞, 0[ e positiva em ]0, +∞[; es-
5x + 2 tritamente crescente.
f) Dk –1 = R\{3}; D’k –1 = R\{–5}; k–1(x) =
3–x
31. a ≈ –1,35 e b ≈ 1,76 d) Zeros: não tem; negativa em R; constante.
32. a) x ∈]–2, 2[ b) x ∈[–5, 0] 52. a) f(x) = –x + 2 (por exemplo) b) f(x) = 12x + 4
c) x ∈]– 3, 1[ d) x ∈[–7, –3] ∪ [1, 4] 53. a) x = 4 b) x =
1
c) x =
9
e) x = – 5 f) x = –5 ∨ x = 0 5 7
g) x ∈[2,5; 4] ∪ {–6, –3} È 2È
d) x ∈]–∞, 4[ e) x ∈ Í –∞, – Í
33. a) Função par. b) Função ímpar. Î 5Î
c) Função par. d) Não é par nem ímpar. 49
54. a) y b)
e) Função par. f) Não é par nem ímpar. 15
g f
g) Função ímpar. h) Não é par nem ímpar.
34. a) D = [–4, 6]; D’ = [0, 7]; um zero. 1
b) D = [–7, 3]; D’ = [– 3, 4]; 3 zeros. –
3
c) D = [–4, 6]; D’ = [– 4, 3]; 3 zeros. O 2 x
–1
d) D = [–6, 4]; D’ = [– 3, 4]; 3 zeros.
–4
e) D = [–6, 4]; D’ = [– 4, 3]; 3 zeros.
f) D = [–4, 6]; D’ = [– 6, 8]; 3 zeros.
g) D = [–2, 3]; D’ = [–3, 4]; 3 zeros.
h) D = [–3, 7]; D’ = [–10, 11]; 3 zeros. 55. a) Função f: i. V(0, 1); x = 0. ii. Concavidade voltada para
35. a) Função f: máximo absoluto: 5 em 4; mínimo absoluto: cima em R. iii. D = R. iv. D’ = [1, +∞[. v. Não tem
– 4 em 0; máximos relativos: 3 em –4 e 5 em 4; míni- zeros. vi. Estritamente decrescente em ]–∞, 0] e estri-
mos relativos: 0 em – 6; 6 e – 4 em 0. tamente crescente em [0, +∞[.
Função g: máximo absoluto: 5 em 0. Função g: i. V(0, 4); x = 0. ii. Concavidade voltada para
Função h: máximo absoluto: 6 em 0; mínimo absoluto: baixo em R. iii. D = R. iv. D’ =]–∞, 4]. v. Dois zeros:
–4 em 7 e x ∈[1, 3]; máximos relativos: 6 em 0 e 0 em √∫2 e –√∫2. vi. Estritamente crescente em ]–∞, 0] e estri-
5; mínimos relativos: – 4 em 7 e x ∈[1, 3] e 3 em – 5. tamente decrescente em [0, +∞[.
b) x 1h h
–6 –4 0 4 6 Função h: i. V i0, – i ; x = 0. ii. Concavidade voltada
9j j
Variação
£ ¢ –4 £ ¢ È 1 È
de f 0 3 5 0 para cima em R. iii. D = R. iv. D’ = Í – , +∞Í . v. Dois
Î 9 Î
f é crescente em [– 6, – 4] e em [0, 4]; f é decrescente 1 1
zeros: – e . vi. Estritamente decrescente em ]–∞, 0]
em [– 4, 0] e em [4, 6]. 3 3
e estritamente crescente em [0, +∞[.
x –∞ 0 +∞
Função i: i. V(0, –3); x = 0. ii. Concavidade voltada
Variação
de g
£ 5 ¢ para baixo em R. iii. D = R; iv. D’ =]–∞, –3]. v. Não
tem zeros. vi. Estritamente crescente em ]–∞, 0] e es-
g é crescente em ]–∞, 0]; g é decrescente em [0, +∞[.
tritamente decrescente em [0, +∞[.
x –5 0 2 3 5 7 b) y y
f 4
Variação
de h +3 £ 6 ¢ –4 " –4 £ 0 ¢ –4
1
h é crescente em ]– 5, 0] e em [3, 5]; h é decrescente O x –√∫2 O √∫2 x
g
em [0, 1] e em [5, 7]; h é constante em [1, 3].
c) Por exemplo: y h y
i. ]4, 6[ ii. ]0, 2[ iii. ]–2, 2[ iv. ]– 6, –2[ –
1 1
3 3
37. a) {2, 3} b) {1, 2} O x O –3 x
38. Área ≈ 0,49 u.a. –
1
9 i
39. f(x) = 3x – 2
201
SOLUÇÕES
56. a) Função f: i. V(1, 0); x = 1. ii. Concavidade voltada para 65. a) C.S. = [3, 5] b) C.S. = ]–∞, 0[ ∪ ]3, +∞[
cima em R. iii. D = R. iv. D’ = R+0. v. Um zero: 1. c) C.S. = ]–2, 7[ d) C.S. = ]–∞, –√∫5] ∪ [√∫5, +∞[
vi. Estritamente decrescente em ]–∞, 1] e estritamente
e) C.S. = R f) C.S. = ∅
crescente em [1, +∞[. a1a
g) C.S. = {1} h) C.S. = R\ b b
Função g: i. V(–2, 0); x = –2. ii. Concavidade voltada c2c
i) C.S. = Í –1 – √∫8∫5 , –1 + √∫8∫5 Í
para baixo em R. iii. D = R. iv. D’ = R–0. v. Um zero: È È
–2. vi. Estritamente crescente em ]–∞, –2] e estrita- Î 6 6 Î
mente decrescente em [–2, +∞[. 66. a) 16 m b) 8 c) 3 s; 25 m d) 6 s
Função h: i. V(5, 0); x = 5. ii. Concavidade voltada para 67. Opção (iii).
baixo em R. iii. D = R. iv. D’ = R–0. v. Um zero: 5. 68. a) 100 e 500 peças. b) x ∈[0, 100[ ∪ ]500, 600]
vi. Estritamente crescente em ]–∞, 5] e estritamente de- 1
c) L(x) = – (x – 300)2 + 800 d) 600 €
crescente em [5, +∞[. 50
b) y y y e) 150 e 450 peças.
f
69. a) –1 b) – √∫5
–2 5
O 1 x O x O x c) y
g
h
–5
x + 1 se x ≥ 0 x – 1 se x ≥ 0
O x 2
–2 c) f(x) = g(x) =
–x + 1 se x < 0 –x – 1 se x < 0
2
1
58. a) f(x) = – (x – 1)2 + 5 b) f(x) = (x + 2)2 + 4 73. a) y y
2
f
59. a) (–1, 6) b) (5, 0) c) (3, –1) g
h5 1h h 1 h –1 O x O 1 x
d) i ,– i e) i– , –2i
j2 2j j 2 j 2
x + 1 se x ≥ –1 x– 1 se x ≥ 1
202
74. a) y 82. a) y
f
h
2 3
1
3
O 1 x
O 3 x
g –3
c) f(x) = g(x) = –4
–2x se x < 0 2x se x < 0 [0, +∞[
c)
1 x se x ≥ 0 y
3 4
h(x) =
– 1 x se x < 0 3
3 2
75. a) y y –7 O 3 5 x
f
7 –4
5
1 3 [0, 4]
–2 O x O x 83. a) ]–∞, –2]
–4
b) Nos casos de a e k terem o mesmo sinal, isto é,
–10
g a > 0 ∧ k > 0 ou a < 0 ∧ k < 0.
84. a) y
b) Df = R; D’f = [1, +∞[; não tem zeros; estritamente f
decrescente em ]–∞, –2] e estritamente crescente em
[–2, +∞[.
Dg = R; D’g = ]–∞, – 4]; não tem zeros; estritamente
crescente em ]–∞, 3] e estritamente decrescente em –3 O x
[3, +∞[.
Df = [– 3, +∞[
1 x+ 7 se x ≥ –2
5 5 b) y
c) f(x) =
– 1 x + 3 se x < –2 g
5 5
se x ≥ 3
–2x + 2
g(x) = 2
2x – 10 se x < 3
O x
3
76. a) a = 3, b = ec=0 b) a = 1, b = 0 e c = 2
2 Dg = R+0
2 5
c) a = , b = 6 e c = –3 d) a = – , b = –4 e c = 5 c) y
3 4
77. a) f(x) = –|x – 1| + 5 b) f(x) = 2|x + 1| – 4
78. a) {– 6, 6} b) {–3, 3} c) {–4, 4} h
È 1È Dh = [4, +∞[
f) Í –∞, – Í ∪ [1, +∞[ g) {2} h) R
Î 2Î È1 È
È3 È 85. f o g(x) = 5√∫2∫x∫ ∫–∫ 1
∫ –1 Df o g = Í , +∞ Í
81. a) {4} b) Í , +∞ Í Î2 Î
Î2 Î
È 3 È
c) {–1, 4} d) ]–2, – √∫2[ ∪ ]√∫2, 2[ g o f(x) = √∫1∫0∫x∫ ∫–∫ 3
∫ Dg o f = Í , +∞ Í
Î 10 Î
203
SOLUÇÕES
√∫ √∫
3V V
87. a) r = 3 b) r = 3
4p 2p
88. a) Df = R; Dg = R O 2 3 x
b) y y g
x2 – 5x + 6 se x ≤ 2 ∨ x ≥ 3
4
b) f(x) =
O x
–5 O 3 x
2
–x + 5x – 6 se 2 < x < 3
f
9 – x2 se –3 ≤ x ≤ 3
89. R\{–1, 2} 103. a) g(x) =
90. 18 horas. x –9
2
se x < –3 ∨ x > 3
91. a) {1} b) {2} c) ∅ d) {1} b) y
92. a) y 9 g
g
3
x
–2 O 4 –3 O 3 x
f
b) x = 7 c) x ≈ –0,4 e x ≈ 4,1
È 3 1È
93. a) [5, +∞[ b) Í – , Í Unidade 6 – Operações algébricas com funções
Î 2 2Î
94. Funções f, i e j.
(pág. 134)
95. a) 46 ᐉ b) 26 ᐉ
1 1 104. a) (f + g)(0) = 3; (f – g)(1) = –1
96. a) f(–2) = 0 b) – e
2 2 b) i. D = R; (f + g)(x) = x2 – x + 3
h 1h h 1h ii. D = R; (f – g)(x) = x2 + x – 3
c) f(x) = 4(x + 2) ix – i ix + i
j 2j j 2j iii. D = R; (f ¥ g)(x) = –x3 + 3x2
97. Por exemplo: 105. R+0\{4}
a) f(x) = (x – 1)3 = x3 – 3x2 + 3x – 1 b) f(x) = x3 – 1 106. a) Df = ]–∞, 4] e Dg = [– 6, 6].
c) f(x) = x(x – 1)2 = x3 – 2x2 + x b) 3; 0; – 6; não definido; – 8; 1
1 4 c) [–6, 4]; [–6, 4]; [–6, 4]\{2}; [–6, 4]; ]–∞, 4]; [0, 4]; [–6, 2]
98. a) b) e –1 c) 23√∫3
5 3 8
107. a) 3√∫2 +
17
d) 0; 4 e – 4 e) 2; √∫2 e – √∫2
x2 + 2x + 1 se x ≤ –1
2 2
99. a) ]–∞, 0] ∪ [3, +∞[ b) ]–∞, 0[ ∪ ]1, 3[ 3
√∫2x se –1 < x < 4
c) [0, 2] ∪ [3, +∞[ d) ]– 4, –1[ b) h(x) =
È1 È 2x
se x ≥ 4
100. a) ]–∞, 1[ ∪ ]2, 3[ b) ]–∞, –2] ∪ Í , 1 Í
Î2 Î x2 + 1
c) ]0, 3[ d) ]–∞, –√∫2] ∪ [0, √∫2] c) y
h 1h
h
101. a) f(0) = 2; f ij2 2 ij
= 8; g(12) = 2√∫3; g(–5) = –4; h(–8) = –2;
h(1) não definido.
2
b) y f y
6 g –1 O 4 x
4 √∫–∫2
3
2
√∫3
1
√x∫ + x – 2 se x ≥ 2
–2 O –5 O 3 5 108. a) (f + g)(x) =
–4
3 se x < 2
b) Não tem zeros.
y h
204
11
16. a) Opção (C) b) Opção (D) d) ]–∞, 1]; 1 e –
3
17. Opção (B) 18. Opção (B)
e) Não.
19. a) ]–∞, 1[ b) a = – 1 c) a = 1
5 31. a) ]–7, 5[ b) ∅ c) R\{–3,3}
20. a) 2 e 3 b) x =
2 a3 a
d) b , 1b e) ∅ f) R\{–2}
c) y c5 c
2
È 1È
g) Í –1, Í h) {–1, 2}
1 Î 5Î
i) Í –∞, 1 – √∫5 Í ∪ Í 1 + √∫5 , +∞ Í
O x È È È È
1 2 3 4
–1 Î 2 Î Î 2 Î
–2 32. a) Translação de vetor ≤v (2, 0), seguida de uma reflexão
em relação ao eixo Ox, seguida de uma translação de
d) Não. e) ]–∞, 0] ∪ [5, +∞[ f) [0, +∞[
vetor ≤v (0, 5).
21. a) (0, 6) b) [4, +∞[ c) ]0, 2[
b) {–3, 7} e {1, 3}
d) ]1, +∞[ (por exemplo)
c) [–2, 6]
22. a) R b) [2, 5] c) ]–∞, –1[ ∪ ]3, +∞[
x+3 se x < 2
d) ]–2, –1[ ∪ ]1, 2[ d) f(x) =
23. a) 14 h b) 72 823 ᐉ –x + 7 se x ≥ 2
È 27 È e) [0, 4]
c) Í 0, pÍ , [0, 27p] d) v(t) = 27p – 6t
Î 6 Î y
2 5 h
24. a) f(x) = 2(x – 1) – 1
4
b) Estritamente decrescente em ]–∞, 1] e estritamente
3
crescente em [1, +∞[; mínimo absoluto igual a –1 em 1.
2
c) k > 1 d) Afirmação falsa. e) ]–∞, 0] ∪ [2, +∞[ g
1
25. b) k > 0
c) i) ]–∞, –1] ∪ [2, +∞[ ii) {1 – √∫3, 1 + √∫3} iii) [–2, +∞[ –4 –2 O 1 2 3 4 5 6 7 x
26. a) 16 m b) 16,25 m c) 6 s –2
27. b) 4
28. a) y b) 5 33. a) Função par. b) Função Ímpar. c) Função ímpar.
5 d) Função ímpar. e) Função par. f) Função par.
4 34. a) {–3} b) {0, 10} c) {7} d) {16}
3 hTh2
2 35. a) 0,8 s b) c = 245 i i
jpj
1
O c) 51,6 cm. Comprimento de um pêndulo de período
–4 –3 –2 –1 1 2 3 4 x igual a 3√∫3 s.
–1
–2 36. a) [–√∫6, √∫6]
c) ]1, +∞[ e) [2, 3[ b) Estritamente crescente em ]–√∫6, 0] e estritamente de-
29. a) 42 € b) 16 crescente em [0, √∫6[.
se x ≤ 6
5x c) (–√∫3, 2 + √∫3)
c) f(x) =
3x + 12 se x > 6 d) –√∫2
3 e) Df o g = [2 – √∫6, 2 + √∫6], (f o g)(x) = √∫6∫ ∫–∫ ∫(∫2∫ ∫–∫ ∫x∫)2 + 2,
x+6 se x ≤ –2
2 conjunto de chegada R.
30. a) f(x) = 3 se –2 < x < 0 È1 2È È 1È
37. a) Í , Í ∪ {–1} b) Í –2, Í ∪ [3, +∞[
x2 Î2 3Î Î 2Î
– + 2x se x ≥ 1
2 È 3 È
c) Í – , 1 Í ∪ ]2, +∞[ d) ]–∞, –1] ∪ [0, 2]
b) ]–∞, – 4[ ∪ ]4, +∞[ Î 2 Î
c) 38. b) ]–∞, –5] ∪ [–1, 1] ∪ [3, +∞[
y
5 39. a) 4√∫3
4 c) 9p 4x – 5 se x < 2
3 40. a) (f – g)(x) = x2 + x – 8 se 2 ≤ x ≤ 4
2
1 x2 – x se x > 4
b) Í –∞, Í ∪ Í 2, –1 + √∫3∫7 Í
–5 –4 –2 O 1 2 3 4 5 x È 3È È È
–2 Î 2Î Î 2 Î
41. Para m = –6: A(–1, 10); para m = –2: B(1, 2)
–4 42. g(x) = (x – 1)√∫x∫ –∫ ∫ 1; x = 10
205
SOLUÇÕES
ga
o
to
ilo
ro
Cã
Ga
ssa
ru
Gr
c) Fica o vendedor a ganhar.
rta
Pá
Ta
3. a) São ambas iguais a 0,9215x.
b) É indiferente a ordem pela qual aplicamos os dois des-
contos. Unidade 4 – Medidas de localização (pág. 163)
1 h x h
4. b) w–1(x) = i + 200i
0,9471 j 0,82935 j 13. a) 1 b) Não existe. c) 1 e 3
c) Esta função faz corresponder o valor antes dos descon- 14. Classe [110, 130[.
tos a cada valor depois dos descontos. 16. 1,8
d) w–1(23394,5) = 29 995 € 17. a) Notas obtidas no
ni
teste de Matemática
[11, 14[ 3
TEMA V [14, 17[ 3
Estatística [17, 20[ 9
b) 16,4
Unidade 2 – Somatório (pág. 155) c) 16,7
5
1. a) un = 2n – 1 b) ∑ (2n – 1) 18. a) 14 b) 14 c) 15 d) 15
i =1 19. a) P25 = 3,15
2017 10 8
2. a) ∑ ai b) ∑ ai xi c) ∑ 3i P50 = 3,565
i =1 i =1 i =2
P75 = 3,78
3. a) 63 b) –18 c) 20 P100 = 4,01
4. a) 187 b) 200√∫5 c) 97 b) P90 = 4,055
5. a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. Podemos afirmar que pelo menos 90% dos valores da
c) Proposição verdadeira. amostra são inferiores ou iguais a 4,055.
20. a) Números de peixes
Unidade 3 – Conceitos fundamentais (pág. 157) ni
capturados
6. População: conjunto de todos os associados da DECO; [0, 3[ 3
Amostra: conjunto dos 397 associados inquiridos; [3, 6[ 3
Variável estatística: grau de satisfação com os atuais pres- [6, 9[ 8
tadores de serviço televisivo.
[9, 12[ 2
7. As variáveis quantitativas discretas são b), c) e e).
As variáveis quantitativas contínuas são a) e d). b) 4 c) 6 d) 8,25
~ 21. a) 69,75 min b) 1,1625 h
8. x = {0, 1, 2, 3, 4, 5}
9. Por exemplo ~ x = (10, 10, 10, 10, 11, 12) ou ~x = (12, 10, 23. 14,25
10, 11, 10, 12). 24. 3,48
11. a) ~ b) 15 c) 0,6
x in i f i
1
Unidade 5 – Medidas de dispersão (pág. 175)
0 5
4 25. 3,2
3 26. a) 1
1 3
20 b) –x = 10 e x1 = x4 = 11, x2 = 7, x3 = 10
1 28. a) yi = 3xi + 1
2 4
5
b) 234
3
3 3 29. a) –x = 13 e –y = 13,4
20
b) sx ≈ 2,62 (2 c.d.) e sy ≈ 3,78 (2 c.d.). Os valores da
1
4 2
10 amostra ~y encontram-se mais dispersos, em relação à
3 média da amostra, do que os valores da amostra ~ x.
5 3 31. a) 25% b) 45
20
206
Aprende fazendo (pág. 188) 25. a) P25 = 12, P50 = 19,5 e P75 = 36,5
1. Opção (C) 2. Opção (D) 3. Opção (C) 4. Opção (D) b) 36
5. Opção (A) 6. Opção (D) 7. Opção (B) 8. Opção (B) 26. a) P10 = 8,1 ºC, P15 = 8,5 ºC, P50 = 10,95 ºC, P75 = 12,6 ºC
e P85 = 13,4 ºC
9. Opção (C) 10. Opção (B) 11. Opção (A) 12. Opção (C)
b) P56, P57, P58, P59, P60 e P61
13. a) –x = 21,6 anos e –y = 34,6 anos.
c) 15
b) SSx = 35,2 anos2 e SSy = 35,2 anos2.
d) Todos os percentis referentes às temperaturas mínimas
14. –x = 19,78, SSx = 283,74, sx2 ≈ 1,90, sx ≈ 1,38
do mês de agosto de 2014 são mais baixos do que os
15. a) –x = 22,125, Me = 19 b) P75 = 31,5
percentis de igual ordem referentes às temperaturas
c) (i) –x = 22,5, Me = 18
mínimas do mês de julho de 2013, o que significa que
100
(ii) P75 = as temperaturas foram, em geral, mais baixas em
3
agosto de 2014 do que em julho de 2013.
d) Os valores mais corretos são os que se obtiveram na
27. a) –x = 7 b) 35 € c) 45 €
alínea a), pois foram calculados usando os dados da
28. a) –x = 5 b) {4, 9} c) sx = √∫5
amostra.
29. a) ~y = 4~x – 3 b) –x ≈ 2,71 e sx ≈ 2,56
16. a) –x ≈ 25,7 b) P25 = 11, P90 = 55 e P95 = 62,5
SS
5 c) –y ≈ 7,84 e sy ≈ 10,24 d) SSx = y
17. a) xn = 3n + 4 b) ∑ (3i + 4) 16
i =1 30. h > 39
18. a) 31. a) sx ≈ 3,7
xi 0 1 2 3 4 5
b) –x = –0,5
ni 5 7 7 1 4 1 32. a) –x = 6,14 ᐉ
– b) Pk, com k ∈{59, 60, …, 74}
b) x = 1,8
33. a) –x = 27 € b) 621 € c) sx2 = 410,0625 €2
c) 6
34. 9%
19. a) –y = 137 e sy = 17,5
35. k = 31
b) SSx = 8881,25 e sy2 = 306,25
36. a) Não.
20. a) –x = 10,7 s
b) 18
b) P25 = 10,3 s. Podemos então concluir que pelo menos 111
37. a) –x = 6,6; –y = 5; –z =
25% dos valores da amostra são inferiores ou iguais a 19
10,3 s. b) SSx = 226,4 (9 graus de liberdade); SSy = 60 (8 graus de
22. 12,05 liberdade); SSz = 298,53 (2 c.d.) (18 graus de liberdade).
23. a) –x = 2,345 mm d) O Joaquim.
b) –x = 2,4125 mm 38. a) –2910
c) 75% b) –2860
24. a) –x ≈ 34,2, sx ≈ 35,3 39. h > n(x(n – 1) – –x). Não traduz bem uma localização central
b) –x ≈ 37,1 da amostra, pois é superior a n – 1 elementos da amostra.
207