Conceitos Basicos Da Farmacia Clinica e Prescricao Farmaceutica

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EBOOK

CONCEITOS BÁSICOS DA
FARMÁCIA CLÍNICA E
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
SUMÁRIO

1 Farmácia Clínica 3

2 Prescrição Farmacêutica 13

Referências 16

2
1. FARMÁCIA CLÍNICA

A Farmácia Clínica, apesar de ser uma força recente no Brasil,


tem seu início nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra
Mundial, quando a presença do farmacêutico foi essencial para
sanar dúvidas técnicas a respeito do uso de medicamentos. Na
Europa, mais especificamente em Portugal, a partir dos anos 50
e 60, a Farmácia Clínica passa a se aproximar do conceito mais
atual, no qual o farmacêutico é o profissional com conhecimento
técnico-científico a respeito dos medicamentos e plenamente
capaz de monitorar e acompanhar a terapia medicamentosa do
paciente.

No Brasil essa mudança tem ocorrido de forma gradual, e nos


últimos vinte anos o papel da Farmácia Clínica tem ganhado
importância. Juntamente com os processos e de certificação e
qualificação, bem como a mudança do perfil profissional e da
estrutura acadêmica do ensino superior, a Farmácia Clínica tem
se tornado mais conhecida e o profissional farmacêutico assume
novo papel frente a terapia medicamentosa e acompanhamento
clínico do paciente.

Segundo Santos (2013) a Farmácia Clínica tem como principais


atividades interagir com a equipe de saúde, avaliar e monitorar
a resposta terapêutica dos pacientes, fazer intervenções e
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recomendações sobre medicamentos. Nela o farmacêutico farmacêutico dentro da prática clínica, destacando quais
presta assistência ao paciente por meio da prática parâmetros acompanhar e como avaliar um paciente sob
do uso racional de medicamentos, com adequação o ponto de vista farmacêutico.
da terapia medicamentosa e prevenção de doenças.
Engloba também a filosofia de atenção farmacêutica, que Sabendo que o farmacêutico é o profissional que lida
combina a orientação com conhecimento especializado com o medicamento e que detém o conhecimento
para a obtenção de resultados positivos ao paciente, técnico-científico sobre ele, podemos iniciar a prática
além da responsabilidade de contribuir para a geração clínica focando na prescrição medicamentosa. Um vez
de novos conhecimentos e pesquisas na área de saúde. que ele terá acesso tanto à prescrição médica, quanto ao
O farmacêutico clínico trabalha promovendo a saúde histórico clínico do paciente (prontuário médico, registros
utilizando diretrizes terapêuticas baseadas em evidências, de saúde e exames laboratoriais), poderá avaliar a terapia
intervindo e contribuindo na prescrição médica, não só selecionada para o paciente dentro do contexto da saúde,
sob aspectos técnicos, como também econômicos, para a fazendo as alterações necessárias para que esta terapia
obtenção de melhores resultados clínicos para o paciente. seja segura, eficiente e que tenha adesão pelo paciente.

Do farmacêutico clínico requerem-se conhecimento Contudo, o volume de pacientes para análise pode ser
especializado da terapêutica, boa compreensão dos superior a quantidade que o profissional consegue
processos de doença, bom conhecimento sobre os avaliar por período de tempo (a Sociedade Brasileira
medicamentos, além de habilidades de comunicação, de Farmácia Hospitalar – SBRAFH - preconiza um
conhecimento da terminologia médica, habilidades de farmacêutico para cada 30 leitos de unidade hospitalar
planejamento terapêutico e capacidade de avaliar e de alta complexidade). Dessa forma o profissional
interpretar exames físicos e laboratoriais. precisa selecionar o perfil de pacientes com prioridade
de acompanhamento, utilizando um Escore de Risco.
Mas como traduzir isso em prática clínica? Nesse aspecto Este recurso permite otimizar o acompanhamento
vamos levantar alguns pontos fundamentais de ação do farmacêutico, direcionando suas atividades àqueles
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pacientes que possuem maiores riscos de problemas relacionados à terapia.

O escore de risco é uma tabela de valores associados a fatores que podem oferecer maior risco ao quadro clínico do
paciente, ou que sejam fatores que tornem a terapia de maior risco. Para isso é preciso que o profissional conheça
o perfil de pacientes da sua unidade de saúde, para que possa classificar e pontuar com maior acurácia os pacientes
que possuem maior necessidade de atenção no acompanhamento. Por exemplo: numa unidade de saúde de alta
complexidade, diariamente será feito o levantamento de pacientes para acompanhamento pelo farmacêutico, sendo
que para cada fator de risco será atribuída uma determinada pontuação, que será somada para determinar a prioridade
de acompanhamento no dia.

Essa divisão gera os escores:

Demandam maior acompanhamento, pois os pacientes apresentam maior risco, necessitando


acompanhamento clínico diário, com análise completa da prescrição médica e prontuário do paciente,
acompanhando a evolução do quadro clínico e intervindo mais ativamente quando necessário.

Pacientes com perfil intermediário, que possuem média complexidade e não demandam acompanhamento
diário, porém precisam ser revisitados em intervalos de tempo.

Pacientes com pouca probabilidade de problemas relacionados à terapia, podendo focar a avaliação apenas
na validação da prescrição médica.

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A tabela a seguir é um exemplo de como pontuar itens para um escore de acompanhamento, bem como dos critérios
para definição de acompanhamento:

Condição do Paciente Pontuação Aplicação dos critérios de definição


para acompanhamento
Paciente faz uso de:

0 a 5 medicamentos 0 >7 pacientes de RISCO ALTO

6 a 10 medicamentos 1 4a7 pacientes de RISCO MODERADO

> 10 medicamentos 2 <4 pacientes de RISCO BAIXO

Antimicrobianos de uso reservado:

1 1

2a3 2

>3 3

Medicamentos potencialmente perigosos

1a2 1

3a4 2

>4 3

Apresenta problemas renais ou hepáticos

Não 0

Sim 1
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Uma vez identificado o paciente, a pontuação relacionada um medicamento – muitas vezes mais onerosa - possa
a cada item deve ser somada de acordo com o que o utilizar o mesmo medicamento sob a forma farmacêutica
mesmo apresenta e se encaixa dentro dos critérios de oral, reduzindo custos e aumentando o conforto do
acompanhamento propostos, sendo o valor total somado paciente.
para definir o critério de acompanhamento.
2. INDICAÇÃO E TEMPO DE TERAPIA: avaliar sob o
Este foi apenas um exemplo de como podemos definir ponto de vista clínico se os medicamentos prescritos
quais pacientes serão acompanhados durante o período estão de acordo com o quadro do paciente, baseando-se
de trabalho, sendo que esses fatores e pontuações em literatura bem como em exames laboratoriais e relato
associados são variados, definidos conforme o próprio clínico do quadro do paciente para correlacionar o uso
profissional farmacêutico de acordo com o perfil e do medicamento com a real necessidade do mesmo
demandas da instituição de saúde na qual atua. em terapia. Dessa forma promovendo o uso racional
de medicamentos, especialmente de antimicrobianos
Na Farmácia Clínica podemos pontuar alguns aspectos guiados sob cultura.
para otimizar o acompanhamento farmacêutico. Sendo
alguns deles: 3. COMPATIBILIDADE: nesse aspecto deve ser avaliada
a compatibilidade do medicamento sob o ponto de vista
1. ASPECTOS ECONÔMICOS: neste caso o objetivo físico e químico, se existe a possibilidade de formação
é avaliar e terapia sob o aspecto financeiro tanto para de precipitados, se o soluto se dispersa corretamente no
o paciente, quanto para a instituição. A avaliação solvente, se drogas diferentes não reagem entre si.
farmacoeconômica deve respeitar a eficiência e segurança
do tratamento, nunca priorizando o aspecto financeiro 4. APRAZAMENTO E INTERVALO POSOLÓGICO:
em detrimento da terapia. Isso pode ser exemplificado na avaliar o horário e intervalo de administração dos
mudança de forma farmacêutica, na qual, por exemplo, medicamentos também é fundamental para uma terapia
um paciente que esteja em uso de terapia endovenosa de eficiente e segura. Deve ser considerado tempo de
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meia vida e concentração ideal para efeito terapêutico, atualizadas sobre as interações medicamentosas,
informações disponíveis em literatura, além de respeitar classificando sua relevância, gravidade e descrevendo as
o ciclo biológico do indivíduo para administrar os possíveis consequências para a terapia do paciente. Da
medicamentos de acordo com sua ação. mesma forma as interações medicamento-nutrientes
podem levar a falha na terapia, uma vez que os
5. REAÇÕES ADVERSAS E ERROS DE MEDICAÇÃO: medicamentos podem ter absorção reduzida ou inefetiva.
Identificar ao longo da terapia e evolução clínica possíveis A seguir temos uma tabela com algumas das principais
problemas relacionados ao uso do medicamento, sejam interações encontradas na prática clínica:
eles inerentes ao paciente, o que ocorre nos casos de
reações adversas (no qual o paciente apresenta um
problema inesperado e inevitável secundário ao uso do
medicamento que foi administrado dentro da terapia
preconizada em literatura), ou erros de medicação –
ligados ao processo de prescrição e administração do
medicamento, sendo eles evitáveis, uma vez que são
inerentes aos cuidados prestados pelos profissionais de
saúde.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: campo de


atuação específico do farmacêutico, o domínio de
informações sobre interações medicamentosas ou
medicamentos-nutrientes, é fundamental para o sucesso
da terapia, sem que ocorram falhas de tratamento por
inefetividade medicamentosa. Existem diversos bancos
de dados internacionais que fornecem informações
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Medicamento Interage com: Efeito Clínico Grau de Interação Recomendação

Monitorar aumento dos


AINEs: Diclofenaco / efeitos nefrotóxicos
Amicacina / Gentamicina ↑ ocorrência de nefrotoxicidade Moderada
Ibuprofeno / Naproxeno dos aminoglicosídeos
(amicacina/gentamicina).
Considerar modificação da
terapia ou redução de um
Náusea, vômito e arritmia
Amiodarona Digoxina Moderada terço da dose da Digoxina.
(toxicidade pela digoxina)
Monitorar efeitos tóxicos
(náusea, vômito e arritmia).

Monitorar sinais e sintomas


Propranolol / Metoprolol Hipotensão arterial, bradcardia e Grave
Amiodarona de bradcardia. Monitorar a
parada cardíaca
pressão arterial.

Monitorar frequência cardíaca


Risco de arritmias; Hipocalemia;
Amiodarona Hidrocortisona Grave e níveis séricos de potássio e
Hipomagnesemia
magnésio

Monitorar ocorrência de
Atenolol / Metoprolol / ↑ Efeito hipotensor do anlodipino bradicardia, hipotensão
Anlodipino Moderada
Propranolol e ocorrência de bradicardia arterial, ou sinais de
insuficiência cardíaca.
Monitorar ocorrência de
Anlodipino / Nifedipino /
Fenitoína Moderada efeitos tóxicos (depressão
Nimodipino / Diltiazem / ↑ efeitos tóxicos da Fenitoína
do SNC, nistagmo, vertigem,
Verapamil
sonolência, ataxia).

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Medicamento Interage com: Efeito Clínico Grau de Interação Recomendação

Captopril / Enalapril AAS ↓ resposta anti-hipertensiva Moderada Monitorar pressão arterial.

Evitar uso concomitante. Caso


↑ ocorrência de seja extremamente necessário,
Caspofungina Ciclosporina Grave
hepatotoxicidade monitorar aumento de
transaminases (ALT/AST).

Metilprednisolona / Uso concomitante deve ser


Hidrocortisona / ↑ risco de tendinite e ruptura do evitado. Monitorar paciente
Ciprofloxacino Grave
Dexametasona / tendão para sinais de dor, inchaço ou
Betametasona / Prednisona inflamação de um tendão

Monitorar a evidências de
AINESs (Diclofenaco /
Clopidogrel Risco hemorrágico Moderada redução da função plaquetária
Ibuprofeno / Naproxeno)
(hemorragia).

Antiácidos (Carbonato de Monitorar diminuição dos


↓ efeitos terapêuticos da Moderada
Fenitoína Cálcio / Bicarbonato de sódio / efeitos terapêuticos da
Fenitoína
Hidróxido de alumínio) Fenitoína.

Evitar uso concomitante.


Eritromicina / Azitromicina/ Monitorar paciente para sinais
Haloperidol ↑ risco de arritmias ventriculares Grave
Moxifloxacino / Levofloxacino e sintomas como tonturas,
palpitações ou síncope.
Monitorar sinais clínicos
(hemorragias) e laboratoriais
(TTPA e TAP) de alterações
Heparina Vitamina E ↑ risco de hemorragias Moderada
hematológicas quando
suplementação com Vitamina
E > 400 unidades/dia.

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Medicamento Interage com: Efeito Clínico Grau de Interação Recomendação
Monitorar sinais clínicos
(hemorragias) e laboratoriais
(TTPA e RNI) de alterações
hematológicas. Para ↓ a
interferência da Heparina
Heparina Varfarina ↑ risco de hemorragias Grave
no RNI, o sangue deve ser
coletado pelo menos 5 horas
após a última dose de Heparina
IV ou 24 horas após a última
dose de Heparina SC.
Evitar o uso concomitante. Se
↓ do efeito anticoagulante do gastroproteção é necessária,
clopidogrel: risco de infarto do antagonistas dos receptores
Omeprazol Clopidogrel Grave
miocárdio, acidente vascular H2 ou antiácidos devem ser
cerebral isquêmico prescritos sempre que possível
(por exemplo, ranitidina).

↑ efeito bloqueador
Atracúrio / Pancurônio / neuromuscular do Evitar uso concomitante.
Polimixina B Grave
Suxametônio atracúrio/pancurônio - Paralisia Monitorar função respiratória.
da musculatura respiratória
Evitar uso concomitante. Se
uso concomitante necessário,
monitorar ocorrência
de toxicidade (miosite,
Sinvastatina Diltiazem / Verapamil ↑ risco de rabdomiólise Grave rabdomiólise). Monitorar níveis
de Creatina-fosfoquinase
sérica (CK). Pravastatina
tem menor risco de causar
rabdomiólise.

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Medicamento Interage com: Efeito Clínico Grau de Interação Recomendação

Ocorrência de irritabilidade,
alteração da consciência, Monitorar pressão arterial;
confusão, ataxia, cólicas Monitorar frequência cardíaca;
Tramadol Fluoxetina abdominais, hipertermia, Grave Monitorar paciente para
tremores, dilatação das pupilas, aparecimento dos sinais
sudorese, hipertensão arterial e clínicos
taquicardia.

Monitorar tempo de
protrombina (TAP); Monitorar
Varfarina Fontes de Vitamina K ↑ risco hemorrágico Grave
aumento das evidências de
sangramento.

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2. PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA

A mudança de perfil de atuação clínica do farmacêutico trouxe


a proposta de prescrição realizada por este profissional, sendo
ela validada pela Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013. Este
documento nos diz que:

No mundo contemporâneo, os modelos de assistência à saúde


passam por profundas e sensíveis transformações resultantes
da demanda por serviços, da incorporação de tecnologias e dos
desafios de sustentabilidade do seu financiamento. Esses fatores
provocam mudanças na forma de produzir o cuidado à saúde das
pessoas, a um tempo em que contribuem para a redefinição da
divisão social do trabalho entre as profissões da saúde.

A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o


farmacêutico, maior responsabilidade no manejo clínico dos
pacientes, intensificando o processo de cuidado, tem propiciado
alterações nos marcos de regulação em vários países. Com base
nessas mudanças, foi estabelecida, entre outras, a autorização
para que distintos profissionais possam selecionar, iniciar,
adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia
farmacológica. Essa tendência surgiu pela necessidade de
ampliar a cobertura dos serviços de saúde e incrementar a
capacidade de resolução desses serviços.
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O farmacêutico poderá realizar a prescrição de exigido o reconhecimento de título de especialista em
medicamentos e outros produtos com finalidade Homeopatia ou Antroposofia.
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição
médica, incluindo medicamentos industrializados e A prescrição farmacêutica deverá ser redigida por extenso,
preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema
plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras,
ou relações de medicamentos que venham a ser devendo conter os seguintes componentes mínimos:
aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição
do farmacêutico. O farmacêutico poderá prescrever A) identificação do estabelecimento farmacêutico,
medicamentos cuja dispensação exija prescrição consultório ou do serviço de saúde ao qual o farmacêutico
médica, desde que condicionado à existência de está vinculado;
diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto
em programas, protocolos, diretrizes ou normas B) nome completo e contato do paciente;
técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições
de saúde ou quando da formalização de acordos de C) descrição da terapia farmacológica, quando
colaboração com outros prescritores ou instituições houver, incluindo as seguintes informações: nome do
de saúde. Para a Prescrição destes medicamentos, será medicamento ou formulação, concentração/dinamização,
exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia de sua forma farmacêutica e via de administração; dose,
jurisdição, o reconhecimento de título de especialista frequência de administração do medicamento e duração
ou de especialista profissional farmacêutico na área do tratamento; instruções adicionais, quando necessário;
clínica, com comprovação de formação que inclua descrição da terapia não farmacológica ou de outra
conhecimentos e habilidades em boas práticas de intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação houver; nome completo do farmacêutico, assinatura e
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. Já número de registro no Conselho Regional de Farmácia;
para a Prescrição de medicamentos dinamizados, será local e data da prescrição.
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O processo de prescrição farmacêutica é constituído das
seguintes etapas:

A) identificação das necessidades do paciente


relacionadas à saúde;

B) definição do objetivo terapêutico;

C) seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado


à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e
conveniência, dentro do plano de cuidado;

D) redação da prescrição;

E) orientação ao paciente;

F) avaliação dos resultados;

G) documentação do processo de prescrição.

Estes são apenas os pontos principais relacionados à


prescrição farmacêutica, sendo toda a questão normativa
e jurídica descrita de forma completa na RDC 586.

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REFERÊNCIAS
CRFMS, 2013. Adaptado.
https://www.crfms.org.br/noticias/prescricao-farmaceutica/2
471-o-que-e-a-prescricao-farmaceutica-veja-aqui-as-10-per
guntas-mais-frequentes
ICTQ - Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade,
adaptado. 2018. https://www.ictq.com.br/

RDC 586, 2013. Conselho Federal de Farmácia.


https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf

SANTOS, Luciana. 2013. Medicamentos na prática da


farmácia clínica. Ed Artmed. 687 pags.

SBRAFH, 2017. Padrões Mínimos para Farmácia


Hospital/Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar. São
Paulo, 2017.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, 2011. Guia


Farmacoterapêutico de Interações Medicamentosas.
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/734/o/Guia_de_Interaco
es_Medicamentosas.pdf?1409055761

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