Matematica e Raciocinio Logico
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O descumprimento dessas vedações implicará na imediata ação por parte de nosso conselho jurídico.
sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição,
sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Um sistema de numeração, (ou sistema numeral) é um sistema em que um conjunto de números são
representados por numerais de uma forma consistente. Pode ser visto como o contexto que permite ao
numeral "11" ser interpretado como o numeral romano para dois, o numeral binário para três ou o numeral
decimal para onze.
O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e estes números são construídos
com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos indo-arábicos.
Exemplos:
(a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
(b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
(c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
4.Todo número natural dado n, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
(a) O antecessor do número m é m-1.
(b) O antecessor de 2 é 1.
(c) O antecessor de 56 é 55.
(d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma seqüência real
seja um outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação sequência
Igualdade e Desigualdades
Diremos que um conjunto A é igual a um conjunto B se, e somente se, o conjunto A está contido no
conjunto B e o conjunto B está contido no conjunto A. Quando a condição acima for satisfeita,
escreveremos A=B (lê-se: A é igual a B) e quando não for satisfeita denotaremos tal fato por:
(lê-se: A é diferente de B). Na definição de igualdade de conjuntos, vemos que não é importante a ordem
dos elementos no conjunto.
Exemplo com igualdade: No desenho, em anexo, observamos que os elementos do conjunto A são os
mesmos elementos do conjunto B. Neste caso, A=B.
Consideraremos agora uma situação em que os elementos dos conjuntos A e B serão distintos.
Sejam A={a,b,c,d} e B={1,2,3,d}. Nem todos os elementos do conjunto A estão no conjunto B e nem todos os
elementos do conjunto B estão no conjunto A. Também não podemos afirmar que um conjunto é maior do
que o outro conjunto. Neste caso, afirmamos que o conjunto A é diferente do conjunto B.
Exercício: Há um espaço em branco entre dois números em cada linha. Qual é o sinal apropriado que deve
ser posto neste espaço: <, > ou =?
159 170
852 321
587 587
Propriedades da Adição
1.Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é fechada, pois a soma de dois números
naturais é ainda um número natural. O fato que a operação de adição é fechada em N é conhecido na
literatura do assunto como: A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
2.Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois na adição de três ou
mais parcelas de números naturais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou
seja, com três números naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido somarmos
um terceiro, obteremos um resultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e o
terceiro.
3.Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe o elemento neutro que é o zero, pois
tomando um número natural qualquer e somando com o elemento neutro (zero), o resultado será o
próprio número natural.
4.Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas
não altera a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo
resultado que se somando a segunda parcela com a primeira parcela.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Propriedades da multiplicação
1.Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos números naturais, pois realizando o
produto de dois ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato que a operação de
multiplicação é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma lei
de composição interna no conjunto N.
Propriedade Distributiva
Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator,
por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos.
Propriedades da Potenciação
1.Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente natural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1.
Exemplos:
a.1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
b.13 = 1×1×1 = 1
c.17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
2.Se n é um número natural não nulo, então temos que no=1. Por exemplo:
(a) nº = 1
(b) 5º = 1
(c) 49º = 1
3.A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é carente de sentido no contexto do Ensino.
4.Qualquer que seja a potência em que a base é o número natural n e o expoente é igual a 1,
denotada por n1, é igual ao próprio n. Por exemplo:
(a) n¹ = n
(b) 5¹ = 5
(c) 64¹ = 64
5.Toda potência 10n é o número formado pelo algarismo 1 seguido de n zeros.
Exemplos:
a.103 = 1000
b.108 = 100.000.000
c.10o = 1
M.D.C. e M.M.C.
Exemplos:
(a) 15 é múltiplo de 5, pois 15=3×5.
(b) 24 é múltiplo de 4, pois 24=6×4.
(c) 24 é múltiplo de 6, pois 24=4×6.
(d) 27 é múltiplo de 9, pois 27=3×9.
Se a=k×b, então a é múltiplo de b, mas também, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que é
múltiplo de 5 e de 7, pois:
35=7×5
Se a=k×b, então a é múltiplo de b e se conhecemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta fazer k
assumir todos os números naturais possíveis. Para obter os múltiplos de 2, isto é, os números da forma
a=k×2 onde k é substituído por todos os números naturais possíveis. A tabela abaixo nos auxiliará:
0=0×2, 2=1×2, 4=2×2, 6=3×2, 8=4×2, 10=5×2, 12=6×2
O conjunto dos números naturais é infinito, assim existem infinitos múltiplos para qualquer número
natural. Se y é um número natural, o conjunto de todos os múltiplos de y, será denotado por M(y). Por
exemplo:
M(7)={ 0, 7, 14, 21, 28, 35, 42, ... }
M(11)={ 0, 11, 22, 33, 44, 55, 66, 77, ... }
Observação: Como estamos considerando 0 como um número natural, então o zero será múltiplo de todo
número natural. Tomando k=0 em a=k.b obtemos a=0 para todo b natural. Por exemplo:
0=0×2, 0=0×5, 0=0×12, 0=0×15
Um número natural tem uma quantidade finita de divisores. Por exemplo, o número 6 poderá ter no
máximo 6 divisores, pois trabalhando no conjunto dos números naturais não podemos dividir 6 por um
número maior do que ele.
Os divisores de um número y também formam um conjunto finito, aqui denotado por D(y).
Exemplos:
(a) Divisores de 6: D(6)={1,2,3,6}
(b) Divisores de 18: D(18)={1,2,3,6,9,18}
(c) Divisores de 15: D(15)={1,3,5,15}
Observação: O número zero é múltiplo de todo número natural e além disso, zero não divide qualquer
número natural, exceto ele próprio.
Determinaremos agora todos os números que tem 18 como múltiplo comum, o que é o mesmo que obter
todos os divisores naturais de 18.
18 é múltiplo comum de 1 e 18 pois 18=1x18
18 é múltiplo comum de 2 e 9 pois 18=2x9
18 é múltiplo comum de 3 e 6 pois 18=3x6
O número 18 é múltiplo comum de todos os seus divisores, logo:
D(18) = { 1, 2, 3, 6, 9,18 }
Agora obteremos os múltiplos comuns dos números a e b. Para isso denotaremos por M(a) o conjunto dos
múltiplos de a, por M(b) o conjunto dos múltiplos de b e tomaremos a interseção entre os conjuntos M(a) e
M(b).
Como estamos considerando 0 (zero) como número natural, ele irá fazer parte dos conjuntos de todos os
múltiplos de números naturais e será sempre o menor múltiplo comum, mas por definição, o Mínimo
Múltiplo Comum (MMC) de dois ou mais números naturais é o menor múltiplo comum a esses números
que é diferente de zero. Logo, no conjunto:
M(3) M(5)={0, 15, 30, 45, ...}
Ao trabalhar com dois números a e b, utilizamos a notação MMC(a,b) para representar o Mínimo Múltiplo
Comum entre os números naturais a e b, lembrando sempre que o menor múltiplo comum deve ser
diferente de zero. Por exemplo:
M(4)={0,4,8,12,16,20,24,...}
M(6)={ 0, 6, 12, 18, 24, ...}
MMC(4,6)=min {12,24,36,...}=12
O conjunto dos múltiplos do MMC(a,b) é igual ao conjunto dos múltiplos comuns de a e b. Por exemplo, se
a=3 e b=5:
2.À esquerda do traço escreva os números naturais como uma lista, separados por vírgulas, para obter
o MMC(a,b,c,...). Por exemplo, tomaremos 12, 22 e 28 do lado esquerdo do traço vertical e do lado
direito do traço poremos o menor número primo que divide algum dos números da lista que está à
esquerda. Aqui usamos o 2.
12 22 28 | 2
|
|
3.Dividimos todos os números da lista da esquerda, que são múltiplos do número primo que está à
direita do traço, criando uma nova lista debaixo da lista anterior com os valores resultantes das
divisões (possíveis) e com os números que não foram divididos.
12 22 28 | 2
6 11 14 |
|
|
4.Repetimos a partir do passo 3 até que os valores da lista que está do lado esquerdo do traço se
tornem todos iguais a um.
12 22 28 | 2
6 11 14 | 2
3 11 7 | 3
1 11 7 | 7
5.O MMC é o produto dos números primos que colocamos do lado direito do traço e neste caso:
MMC(12,22,28)=924.
Exemplo: Obtemos o MMC dos números 12 e 15, com a tabela:
12 15 |
|
|
e depois dividimos todos os números da lista da esquerda pelos números primos (quando a divisão for
possível), criando novas listas sob as listas anteriores. O MMC(12,15)=60 é o produto de todos os números
primos que colocamos do lado direito do traço.
12 15 | 2
6 15 | 2
3 15 | 3
1 5 | 5
1 1 | 60
Observação: Um número d é divisor de todos os seus múltiplos. O conjunto dos divisores comuns de dois
números é finito, pois o conjunto dos divisores de um número é finito. O conjunto dos divisores de um
número natural y, será denotado por D(y).
Obteremos agora os divisores comuns aos números 16 e 24, isto é, obteremos a interseção entre os conjunto
D(16) e D(24).
D(16)={ 1, 2, 4, 8, 16 }
D(24)={ 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24 }
D(16) D(24)={1, 2, 4, 8}
Ocorre que o menor divisor comum entre os números 16 e 24, é 1, assim não interessa o menor divisor
comum mas sim o maior divisor que pertence simultaneamente aos dois conjuntos de divisores.
72 30
2.Realizamos a divisão do maior pelo menor colocando o quociente no espaço sobre o número
menor na primeira linha e o resto da divisão no espaço logo abaixo do maior número na terceira
linha.
2
72 30
12
3.Passamos o resto da divisão para o espaço localizado à direita do menor número na linha central.
2
72 30 12
12
4.Realizamos agora a divisão do número 30, pelo resto obtido anteriormente que é 12. Novamente, o
quociente será colocado sobre o número 12 e o resto da divisão ficará localizado abaixo do número
30.
2 2
72 30 12
12 6
5.Realizamos agora a (última!) divisão do número 12, pelo resto obtido anteriormente que é 6. De
novo, o quociente será posto sobre o número 6 e o resto da divisão ficará localizado abaixo do
2 2 2
72 30 12 6
12 6 0
6.Como o resto da última divisão é 0 (zero), o último quociente obtido representa o MDC entre 30 e
72, logo denotamos tal fato por:
MDC(30,72) = 6
Exemplo: Para obter o MMC(15,20) e o MDC(15,20), o primeiro passo é obter o que for possível. Se
MDC(15,20)=5 e 15 x 20=300, basta lembrar que MDC(15,20)×MMC(15,20)=15×20 e fazer:
5 × MMC(15,20) = 300
de onde se obtém que MMC(15,20)=60.
Exercício: Se a soma de dois números é 320 e o mínimo múltiplo comum entre eles é 600, quais são esses
números? Qual é o máximo divisor comum entre eles?
Solução: Se X e Y são os números procurados, eles devem ser divisores de 600, logo devem pertencer ao
conjunto D(600):
{1,2,3,4,5,6,8,10,12,15,20,24,25,30,75,100,120,150,200,300,600}
Pares de números deste conjunto que somam 320, são: 300 e 20 ou 200 e 120. O primeiro par não serve pois
MMC(300,20)=300. Os números que servem são X=200 e Y=120 pois MMC(200,120)=600 e
MDC(200,120)=40.
Primos entre si
Dois números naturais são primos entre si quando o MDC entre eles é igual a 1. Por exemplo, 16 não é um
número primo, 21 também não é um número primo mas 16 e 21 são primos entre si pois MDC(16,21)=1.
Raiz quadrada: A raiz quadrada de um número não negativo (não somente natural) é um outro número não
negativo b tal que:
b2 = a
A raiz quadrada de um número a>0 pode ser denotada por a1/2.
Exemplo: Para obter a raiz quadrada de 36 deve-se obter o valor numérico de b de forma que:
b2 = b × b = 36
Neste trabalho, usaremos o processo de tentativa, para dividir 36 por seus divisores até que o divisor seja
igual ao quociente
36÷2=18, 36÷3=12, 36÷4=9, 36÷6=6
Portanto 6 é a raiz quadrada de 36.
Raiz cúbica: A raiz cúbica de um número (não somente natural) a é um número b tal que:
b3 = b . b . b = a
A raiz cúbica de um número a pode ser denotada por a1/3.
Exemplo: Para determinar a raiz cúbica de 64, deve-se obter um número b de forma a obter
b3=b×b×b=64
Por tentativa, temos:
1×1×1=1, 2×2×2=8, 3×3×3=27, 4×4×4=64
Portanto 4 é raiz cúbica de 64.
Fração é a representação da parte de um todo (de um ou mais inteiros), assim, podemos considerá-la como
sendo mais uma representação de quantidade, ou seja, uma representação numérica, com ela podemos
efetuar todas as operações como: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação, radiciação.
Dessa forma, toda fração pode ser representada em uma reta numerada, por exemplo, 1/2 (um meio)
significa que de um inteiro foi considerada apenas a sua metade, portanto, podemos dizer que em uma reta
numerada a fração 1/2 estará entre os números inteiros 0 e 1.
Por ser uma forma diferente de representação numérica, a fração irá possui uma nomenclatura específica e
poderá ser escrita em forma de porcentagem, números decimais (números com vírgula) e números mistos.
Como é que você representaria a quantidade referente ao número 1 que foi dividida em 8 partes iguais?
Generalizando, a fração é a representação genérica do valor a que é dividido por b partes iguais,
sendo b ≠ 0.
Em toda fração, o termo superior é chamado de numerador e o termo inferior chamamos de denominador.
Em nossa fração genérica temos que o termo a é o numerador e o termo b é o seu denominador.
Apesar de matematicamente a forma correta de representação de uma fração ser , por motivos
técnicos em função das limitações da linguagem de marcação de hipertexto, geralmente utilizaremos a
representação a/b.
Interpretação de Frações
Veja a figura abaixo, que foi divida em 16 partes iguais, 4 partes em laranja e 12 partes em amarelo. Em
termos de fração, podemos dizer que o 4 corresponde ao numerador da fração e que o 16 corresponde ao seu
denominador.
Temos 12 das 16 partes em laranja, que podemos então representar por 12/16.
Neste caso estamos considerando doze dezesseis avos da figura.
E se ao invés das 4 ou 12 partes, tivéssemos considerado todas?
A figura abaixo nos representa esta hipótese:
Nela temos 16 das 16 partes em laranja, que podemos então representar por 16/16.
Se você estiver atento, já percebeu que 16/16 equivale a 1, ou seja, a figura toda em laranja.
Outra coisa que podemos perceber, é que a fração referente à terceira figura (16/16), é exatamente igual a
soma das frações referentes às duas figuras anteriores (4/16 + 12/16). Isto ocorre porque soma de frações
com o mesmo denominador, é realizada somando-se os numeradores e mantedo-se o denominador em
comum.
Tipos de frações
A representação gráfica mostra a fração 3/4 que é uma fração cujo numerador é um número natural menor
do que o denominador.
1/4 1/4
1/4 1/4
A fração cujo numerador é menor que o denominador, isto é, a parte é tomada dentro do inteiro, é
chamada fração própria. A fração cujo numerador é maior do que o denominador, isto é, representa mais do
que um inteiro dividido em partes iguais é chamada fração imprópria.
3/3 2/3 5/3=1+2/3
+ =
1/3 1/3 1 1/3
Frações Equivalentes: São as que representam a mesma parte do inteiro. Se multiplicarmos os termos
(numerador e denominador) de uma fração sucessivamente pelos números naturais, teremos um conjunto
infinito de frações que constitui um conjunto que é conhecido como a classe de equivalência da fração dada.
1/2 2/4 3/6 4/8
1/2 1/4 1/4 1/6 1/6 1/6 1/8 1/8 1/8 1/8
1/2 1/4 1/4 1/6 1/6 1/6 1/8 1/8 1/8 1/8
Propriedades fundamentais
(1) Se multiplicarmos os termos (numerador e denominador) de uma fração por um mesmo número natural,
obteremos uma fração equivalente à fração dada:
1 1×2 2
= =
2 2×2 4
(2) Se é possível dividir os termos (numerador e denominador) de uma fração por um mesmo número
natural, obteremos uma fração equivalente à fração dada:
12 12÷2 6 6÷2 3
= = = =
16 16÷2 8 8÷2 4
Simplificação de Frações
Simplificar frações é o mesmo que escrevê-la em uma forma mais simples, para que a mesma se torne mais
fácil de ser manipulada.
O objetivo de simplificar uma fração é torná-la uma fração irredutível, isto é, uma fração para a qual o
Máximo Divisor Comum entre o Numerador e o Denominador seja 1, ou seja, o Numerador e o
Denominador devem ser primos entre si. Essa simplificação pode ser feita através dos processos de divisão
sucessiva e pela fatoração.
A divisão sucessiva corresponde a dividir os dois termos da fração por um mesmo número (fator comum )
até que ela se torne irredutível.
36 36÷2 18 18÷2 9 9÷3 3
= = = = = =
60 60÷2 30 30÷2 15 15÷3 5
Respectivamente, dividimos os termos das frações por 2, 2 e 3.
Observação: Outra maneira de divisão das frações é obter o Máximo Divisor Comum entre o Numerador e o
Denominador e simplificar a fração diretamente por esse valor.
Exemplo: Simplificaremos a fração 54/72, usando o Máximo Divisor Comum. Como MDC(54,72)=18, então
54:18=3 e 72:18=4, logo:
54 = 54÷18 = 3
Divisão de frações
Consideremos inicialmente uma divisão D de duas frações, denotada por:
1 2
D= ÷
2 3
Um modo fácil para explicar esta divisão é tomar as duas frações com o mesmo denominador e realizar a
divisão do primeiro numerador pelo segundo numerador, isto é:
1 2 3 4
D= ÷ = ÷
2 3 6 6
pois 1/2 é equivalente a 3/6 e 2/3 é equivalente a 4/6. O desenho abaixo mostra as frações 1/2 e 2/3, através
de suas respectivas frações equivalentes: 3/6 e 4/6.
3/6 4/6
Realizar a divisão entre dois números fracionários ou não A e B, é o mesmo que procurar saber quantas
partes de B estão ocupadas por A. Quantas partes da fração 4/6 estão ocupadas pela fração 3/6?
No desenho, os numeradores das frações estão em cor amarela. Como temos 3 partes em amarelo na
Aos numerais decimais em que há repetição periódica e infinita de um ou mais algarismos, dá-se o nome
de numerais decimais periódicos ou dízimas periódicas.
Numa dízima periódica, o algarismo ou algarismos que se repetem infinitamente, constituem o período
dessa dízima.
As dízimas classificam-se em dízimas periódicas simples e dízimas periódicas compostas. Exemplos:
(período: 5) (período: 3) (período: 12)
São dízimas periódicas simples, uma vez que o período apresenta-se logo após a vírgula.
Dízima Composta:
A geratriz de uma dízima composta é uma fração da forma , onde
Quando adquirimos uma dúzia de laranjas, duas dúzias de rosas, cinco dúzias de
bananas ou uma grosa ( doze dúzias ) de parafusos estaremos trabalhando na
base duodecimal (base 12) de numeração.
Sistema Decimal
(10) = 1121(3)
No Sistema de base oito contamos de oito em oito e sabemos que cada 8 unidades
de 1ª ordem equivalem a 1 unidade de 2ª ordem. Cada 8 unidades de 2ª ordem
equivalem a 1 unidade de 3ª ordem. Cada 8 unidades de 3ª ordem equivalem a 1
unidade de 4ª ordem, e assim sucessivamente.
Notação
Se o número ABC estiver escrito na base n, escreveremos : ABC (n) ou ABCn ou (ABC)n
De um modo geral, temos que uma base b qualquer utilizará b algarismos, onde b
varia entre 0 e b - 1.
Mudança de Base
Para transformarmos da base decimal para uma base qualquer devemos dividir
sucessivamente o número e a seguir os quocientes obtidos pelo algarismo
representativo dessa base até que a divisão não seja mais possível.
269 = 2034(5)
Esse número não pode ser lido como dois mil e trinta e quatro na base cinco, já que
essa leitura é específica da base decimal. O correto será: dois, zero, três, quatro na
base cinco.
Exemplo 02 - Transforme para a base 8 o número 531. Como a base 8 trabalha em grupos de 8, devemos
dividir, sucessivamente, essas
531 unidades por 8.
E lendo o número de trás para frente, e considerando, apenas o último quociente e os demais restos,
teremos a nossa solução:
531 = 1023(8)
Esse número não pode ser lido como mil e vinte e três na base oito, já que essa leitura é específica da base
decimal. O correto será:
um, zero, dois, três na base cinco.
Exemplo 03 - Transforme para a base 2 o número 97. Como a base 2 trabalha em grupos de 2, devemos
dividir, sucessivamente, essas
97 unidades por 2.
E lendo o número de trás para frente, e considerando, apenas o último quociente e os demais restos,
teremos a nossa solução:
97 = 1000011(2)
Como já sabemos, esse número deverá ser lido como: um, zero, zero, zero, zero, um, um na base dois.
Exemplo 04 - Transforme para a base 12 o número 1579, considerando A = 10 e B = 11. Como a base 12
trabalha em grupos de 12,
devemos dividir, sucessivamente, essas 1579 unidades por 12.
E lendo o número de trás para frente, e considerando, apenas o último quociente e os demais restos, e,
1° Método: Para transformarmos o número, de n algarismos, ABC...YZ escrito numa base b para a base
decimal, teremos:
2° Método: Para transformarmos um número escrito numa base b para a base decimal, podemos aplicar o
método Prático:
"Desce multiplicando e sobe somando". Apliquemos esse método:
3° Método: Para transformarmos um número escrito numa base b para a base decimal, podemos
aplicar um segundo método Prático: Método das sucessivas divisões. Esse algoritmo é a aplicação contrária
do método para a
transformação da base decimal para uma base qualquer. Apliquemos esse método:
Observação Importante: Quando transformamos um número na base decimal para uma base menor que 10,
o número, se lido na base
decimal será sempre maior que o correspondente decimal.
Nesse caso transformamos o número inicial para a base decimal e transformamos dessa para a base não
decimal solicitada
E lendo o número de trás para frente, e considerando, apenas o último quociente e os demais restos,
teremos a nossa solução:
582 = 1106(8) e 4312(5) = 1106(8)
E lendo o número de trás para frente, e considerando, apenas o último quociente e o único resto, teremos a
nossa solução:
18 = 24(7) e 10010(2) = 24(7)
Razões e Proporções
Razão é uma forma de se realizar a comparação de duas grandezas, no entanto, para isto é necessário que as
duas estejam na mesma unidade de medida.
A razão entre dois números a e b é obtida dividindo-se a por b. Obviamente b deve ser diferente de zero.
Na razão, o número a é chamado de antecedente e o b tem o nome de consequente.
B
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4 porque:
12
=4
3
e a razão entre 3 e 6 é 0,5 pois:
3
= 0,5
6
A razão também pode ser expressa na forma de divisão entre duas grandezas de algum sistema de medidas.
Por exemplo, para preparar uma bebida na forma de suco, normalmente adicionamos A litros de suco
concentrado com B litros de água. A relação entre a quantidade de litros de suco concentrado e de água é
um número real expresso como uma fração ou razão (que não tem unidade), é a razão:
A
= A/B
B
Exemplo: Tomemos a situação apresentada na tabela abaixo.
Podemos avaliar o aproveitamento desse jogador, dividindo o número de arremessos que ele acertou pelo
total de arremessos, o que significa que o jogador acertou 1 para cada dois arremessos, o que também pode
ser pensado como o acerto de 0,5 para cada arremesso.
Numa proporção:
A C
=
B D
os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios e vale a propriedade:
o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
A·D=B·C
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:
3 6
=
4 8
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja em proporção com 4/6.
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
x 4
=
3 6
Para obter X=2.
Definimos escala como sendo a rezão entre o comprimento do projetp e o comprimento real
correspondente, sempre medidos na mesma unidades.
Usamos escala quando queremos representar um esboço gráfico de objetos, planta de uma casa ou em
mapas, cidades e maquetes.
- Escala numérica: É representada em forma de fração 1/10.000 ou razão 1:10.000, isso significa que o valor
do numerador é o do mapa e o denominador é o valor referente ao espaço real.
Assim como os mapas servem para localização e orientação, existem outros instrumentos, vamos analisar
especificamente a Rosa dos ventos, conhecida como Pontos cardeais, colaterais, subcolaterais e
intermediários.
Norte (N)
Sul (S)
Leste (L)
Oeste (O)
Pontos Colaterais
Noroeste (NO)
Nordeste (NE)
Sudoeste (SO)
Sudeste (SE)
Pontos Subcolaterais
Norte-Nordeste (NNE)
Norte-Noroeste (NNO)
Leste-Nordeste (LNE)
Leste-Sudeste (LSE)
Sul-Sudeste (SSE)
Sul-Sudoeste (SSO)
Oeste-Sudoeste (OSO)
Oeste-Noroeste (ONO)
Pontos intermediários: Sem notação específica, é o ponto intermediário entre S (Sul) e SSO (Sul-Sudoeste),
por exemplo.
Divisão Proporcional
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma
linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar
consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia
produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas
são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima)
na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do
mesmo tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
Camisetas Preço (R$)
3 120
5 x
Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o
número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por dia Prazo para término (dias)
8 20
5 x
Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta.
Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as grandezas
são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão
montados por 4 homens em 16 dias?
3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e
aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se
flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes para
as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:
Porcentagem
A porcentagem é de grande utilidade no mercado financeiro, pois é utilizada para capitalizar empréstimos e
aplicações, expressar índices inflacionários e deflacionários, descontos, aumentos, taxas de juros, entre
outros. No campo da Estatística possui participação ativa na apresentação de dados comparativos e
organizacionais.
A melhor forma de assimilar os conteúdos inerentes à porcentagem é com a utilização de exemplos que
envolvem situações cotidianas. Acompanhe os exemplos a seguir:
Exemplo 1
Uma mercadoria é vendida em, no máximo, três prestações mensais e iguais, totalizando o valor de R$
900,00. Caso seja adquirida à vista, a loja oferece um desconto de 12% sobre o valor a prazo. Qual o preço da
mercadoria na compra à vista?
A utilização de qualquer procedimento fica a critério próprio, pois os dois métodos chegam ao resultado de
forma satisfatória e exata. No caso do exemplo 1, o desconto no pagamento à vista é de R$ 108,00, portanto
o preço é de R$ 792,00.
Exemplo 2
O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é um direito do trabalhador com carteira assinada, no
qual o empregador é obrigado por lei a depositar em uma conta na Caixa Econômica Federal o valor de 8%
do salário bruto do funcionário. Esse dinheiro deverá ser sacado pelo funcionário na ocorrência de demissão
8% = 8/100 = 0,08
Teoria dos Conjuntos: Conjuntos Numéricos; Relações, Funções de Primeiro e Segundo Grau
O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e estes números são construídos
com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos indo-arábicos .
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este conjunto
como:
N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que
este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos números.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}
2.Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números
consecutivos.
3.Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do
primeiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
(a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
(b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
(c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
4.Todo número natural dado n, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
(a) O antecessor do número m é m-1.
(b) O antecessor de 2 é 1.
(c) O antecessor de 56 é 55.
(d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma seqüência real
seja um outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação sequência
dos números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares:
P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também chamado,
a sequência dos números ímpares.
I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
Igualdade e Desigualdades
Diremos que um conjunto A é igual a um conjunto B se, e somente se, o conjunto A está contido no
conjunto B e o conjunto B está contido no conjunto A. Quando a condição acima for satisfeita,
escreveremos A=B (lê-se: A é igual a B) e quando não for satisfeita denotaremos tal fato por:
(lê-se: A é diferente de B). Na definição de igualdade de conjuntos, vemos que não é importante a ordem
dos elementos no conjunto.
Consideraremos agora uma situação em que os elementos dos conjuntos A e B serão distintos.
Sejam A={a,b,c,d} e B={1,2,3,d}. Nem todos os elementos do conjunto A estão no conjunto B e nem todos os
elementos do conjunto B estão no conjunto A. Também não podemos afirmar que um conjunto é maior do
que o outro conjunto. Neste caso, afirmamos que o conjunto A é diferente do conjunto B.
Exercício: Há um espaço em branco entre dois números em cada linha. Qual é o sinal apropriado que deve
ser posto neste espaço: <, > ou =?
159 170
852 321
587 587
Operações
Eduardo e Mônica começaram a jogar. Eduardo na primeira rodada ficou com +16 pontos, retirou nas
Na soma de dois números inteiros com sinais diferentes, o valor absoluto será a diferença das parcelas e o
sinal será o da parcela de maior valor absoluto.
Exemplo: (- 5) + (+ 4) = - 1
Simplificando a escrita:
►Propriedade do fechamento
► Propriedade Comutativa
► Propriedade Associativa
Numa adição de três ou mais parcelas, podemos associar as parcelas de formas diferentes, que os resultados
serão iguais.
►Elemento Neutro
A subtração é uma operação básica da Matemática, sendo representada pelo sinal de –. O desenvolvimento
da subtração entre números Naturais é de certa forma bem simples. Observe os exemplos:
10 – 2 = 8
12 – 6 = 6
22 – 10 = 12
As operações de subtração envolvendo os números Inteiros requerem algumas situações teóricas que
relacionam os possíveis sinais operatórios. Para realizar a subtração entre os números inteiros precisamos
ter conhecimento sobre o módulo de um número. Módulo de um número inteiro é calculado obtendo o seu
valor real. Observe:
Regras operatórias:
Sinais iguais: soma e conserva o sinal.
Sinais diferentes: subtrai e conserva o sinal do maior módulo.
Nesse caso, as operações de subtração podem ser resolvidas eliminando os parênteses, isso será feito
aplicando algumas regras que envolvem jogo de sinal, observe:
+ (+) = +
+ (–) = –
– (+) = –
– (–) = +
(–32) + (–5) = – 32 – 5 = – 37
O conjunto dos números inteiros é formado pelos números inteiros positivos e seus respectivos negativos,
denominado oposto ou simétrico. A multiplicação entre esses números deverá respeitar algumas regras
envolvendo jogo de sinais.
5 x 6 é o mesmo que 6 + 6 + 6 + 6+ 6. Então, para multiplicarmos dois números inteiros com sinais
diferentes, iremos utilizar a mesma ideia.
(+5) * (– 2)
(+5) * (– 2) = –10
O produto de dois números inteiros, diferente de zero, e de sinais diferentes é um número inteiro de:
Valor absoluto igual ao produto dos valores absolutos dos fatores e sinal negativo (–).
Nesse caso há duas possibilidades: dos fatores serem positivos ou dos fatores serem negativos.
O produto de dois números inteiros diferentes de zero e de sinais iguais é um número inteiro de:
Valor absoluto igual ao produto dos valores absolutos dos fatores e sinal positivo (+).
Pois qualquer número inteiro multiplicado por 1 (positivo) será ele mesmo.
Exemplo:
(– 4) * 1 = – 4
(+ 5) * (+ 1) = 5
(–10) * (+1) = – 10
(+ 9) * ( 1 ) = + 9
A multiplicação dos números inteiros é mais simples que a adição e subtração, pois basta multiplicarmos os
valores absolutos e o sinal fica conforme a regra:
(+)*(+)=(+)
(+)*(–)=(–)
(–)*(+)=(–)
(–)*(–)=(+)
Divisão significa “partir ou distinguir em diversas partes; separar as diversas partes de.
Na divisão utilizamos praticamente o mesmo método da multiplicação. Devemos, em primeiro lugar,
relembramos o jogo de sinais:
- Divisão de números com mesmo sinal = +
- Divisão de números com sinais diferentes = -
Numa divisão exata de dois números inteiros, o quociente é um número inteiro e o resto é igual a zero.
(- 45) : (+ 5) = - 9
(+45) : ( -5) = -9
O quociente de uma divisão exata entre dois números inteiros, com divisor diferente de zero e sinais
diferentes é um número inteiro de:
Valor absoluto: igual ao quociente dos valores absolutos dos termos.
Sinal: negativo (-).
O quociente de uma divisão exata entre dois números inteiros, com divisor diferente de zero e sinais
iguais é um número inteiro de:
Valor absoluto: igual ao quociente dos valores absolutos dos termos.
Sinal: positivo (+).
Acontece da mesma forma que na multiplicação, dividimos os valores absolutos e o sinal é conforme a
regra:
-:+=-
+:+=+
-:-=+
Observações:
• Não existe divisão por zero. Exemplo: 15 : 0, pois não existe um número inteiro cujo produto por zero seja
15.
Números Racionais
n
onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser não nulo, isto é, n deve ser diferente de zero.
Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n. Quando não existe possibilidade de
divisão, simplesmente usamos uma letra como q para entender que este número é um número racional.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão (em Latim:
ratio=razão=divisão=quociente) entre dois números inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os
números racionais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação:
Q = {m/n : m e n em Z, n diferente de zero}
Quando há interesse, indicamos Q+ para entender o conjunto dos números racionais positivos e Q_ o
conjunto dos números racionais negativos. O número zero é também um número racional.
Dízima periódica
Uma dízima periódica é um número real da forma:
2.Vamos tomar agora a dízima periódica T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe que o período tem
agora 2 algarismos. Iremos escrever este número como uma soma de infinitos números decimais da
forma:
T =0,31 + 0,0031 + 0,000031 +...
Multiplicando esta soma "infinita" por 10²=100 (o período tem 2 algarismos), obteremos:
100 T = 31 + 0,31 + 0,0031 + 0,000031 +...
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha, assim:
100 T = 31 + T
de onde segue que
99 T = 31
e simplificando, temos que
31
T= = 0,31313131... = 0,31
99
3.Um terceiro tipo de dízima periódica é T=7,1888..., isto é, T=7,18. Observe que existe um número
4.Um quarto tipo de dízima periódica é T=7,004004004..., isto é, U=7,004. Observe que o período
tem 3 algarismos, sendo que os dois primeiros são iguais a zero e apenas o terceiro é não nulo.
Decomporemos este número como uma soma de infinitos números decimais da forma:
U = 7 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
Manipule a soma "infinita" como se fosse um número comum e passe a parte que não se repete para o
primeiro membro para obter:
U-7 = 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
Multiplique agora a soma "infinita" por 10³=1000 (o período tem 3 algarismos), para obter:
1000(U-7) = 4 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha!
Subtraia membro a membro a penúltima expressão da última para obter:
1000(U-7) - (U-7) = 4
Assim:
Ao observar a reta numerada notamos que a ordem que os números racionais obedecem é crescente da
esquerda para a direita, razão pela qual indicamos com uma seta para a direita. Esta consideração é adotada
por convenção, o que nos permite pensar em outras possibilidades.
Dizemos que um número racional r é menor do que outro número racional s se a diferença r-s é positiva.
Quando esta diferença r-s é negativa, dizemos que o número r é maior do que s. Para indicar que r é menor
do que s, escrevemos:
r<s
Do ponto de vista geométrico, o simétrico funciona como a imagem virtual de algo colocado na frente de
um espelho que está localizado na origem. A distância do ponto real q ao espelho é a mesma que a distância
do ponto virtual -q ao espelho.
O produto dos números racionais a e b também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem
nenhum sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
toda a Matemática:
(+1) × (+1) = (+1)
(+1) × (-1) = (-1)
(-1) × (+1) = (-1)
(-1) × (-1) = (+1)
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de
dois números com sinais diferentes é negativo.
Propriedades da multiplicação de números racionais
Fecho: O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto de dois números racionais ainda é um
número racional.
Associativa: Para todos a, b, c em Q:
a×(b×c)=(a×b)×c
Comutativa: Para todos a, b em Q:
a×b=b×a
Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é:
q×1=q
Observação: Se o expoente é n=2, a potência q² pode ser lida como: q elevado ao quadrado e se o expoente é
n=3, a potência q³ pode ser lida como: q elevado ao cubo. Isto é proveniente do fato que área do quadrado
pode ser obtida por A=q² onde q é a medida do lado do quadrado e o volume do cubo pode ser obtido por
Reais
O conjunto dos números reais surge para designar a união do conjunto dos números racionais e o conjunto
dos números irracionais. É importante lembrar que o conjunto dos números racionais é formado pelos
seguintes conjuntos: Números Naturais e Números Inteiros. Vamos exemplificar os conjuntos que unidos
formam os números reais. Veja:
Números Naturais (N): 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, ....
Números Inteiros (Z): ..., –8, –7, –6, –5, –4, –3, – 2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, .....
Números Racionais (Q): 1/2, 3/4, 0,25, –5/4,
Números Irracionais (I): √2, √3, –√5, 1,32365498...., 3,141592....
Podemos concluir que o conjunto dos números reais é a união dos seguintes conjuntos:
N U Z U Q U I = R ou Q U I = R
Os números reais podem ser representados por qualquer número pertencente aos conjuntos da união acima.
Essas designações de conjuntos numéricos existem no intuito de criar condições de resolução de equações e
funções. As soluções devem ser dadas obedecendo padrões matemáticos e de acordo com a condição de
existência da incógnita na expressão.
Funções
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei
da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo
constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Oxe
Oy.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
3.Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abicissas:
O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então:
h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x=5
Crescimento e decrescimento
Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que
ocorre com y:
Regra geral:
a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0);
a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);
Justificativa:
•para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2).
•para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).
Sinal
Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores de
x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se
anula pra raiz . Há dois casos possíveis:
Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x maiores que a
raiz.
Função Quadrática
Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma
lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva
chamadaparábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida,
ligamos os pontos assim obtidos.
x y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
•se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
•se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;
Temos:
a>0
2ª quando a < 0,
a<0
4.A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
5.Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos
y.
Sinal
Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais
y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos.
Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º - >0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola intercepta o eixo Ox
em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
quando a < 0
y>0 x1 < x < x2
y<0 (x < x1 ou x > x2)
º- =0
quando a > 0
A estatística é uma parte da matemática aplicada que fornece métodos para coleta, organização, descrição,
análise e interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões.
A coleta, a organização ,a descrição dos dados, o cálculo e a interpretação de coeficientes pertencem à
ESTATÍSTICA DESCRITIVA, enquanto a análise e a interpretação dos dados, associado a uma margem de
incerteza, ficam a cargo da ESTATÍSTICA INDUTIVA ou INFERENCIAL, também chamada como a
medida da incerteza ou métodos que se fundamentam na teoria da probabilidade.
Gráficos
São representações visuais dos dados estatísticos que devem corresponder, mas nunca substituir as tabelas
estatísticas.
Características:
Gráficos de análise: São gráficos que prestam-se melhor ao trabalho estatístico, fornecendo elementos úteis
à fase de análise dos dados, sem deixar de ser também informativos. Os gráficos de análise freqüentemente
vêm acompanhados de uma tabela estatística. Inclui-se, muitas vezes um texto explicativo, chamando a
atenção do leitor para os pontos principais revelados pelo gráfico.
Uso indevido de Gráficos: Podem trazer uma idéia falsa dos dados que estão sendo analisados, chegando
mesmo a confundir o leitor. Trata-se, na realidade, de um problema de construção de escalas.
.1 - Diagramas:
São gráficos geométricos dispostos em duas dimensões. São os mais usados na representação de séries
estatísticas. Eles podem ser :
Quando as legendas não são breves usa-se de preferência os gráficos em barras horizontais. Nesses gráficos
os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos respectivos dados. A ordem a ser
observada é a cronológica, se a série for histórica, e a decrescente, se for geográfica ou categórica.
Eles diferem dos gráficos em barras ou colunas convencionais apenas pelo fato de apresentar cada barra ou
coluna segmentada em partes componentes. Servem para representar comparativamente dois ou mais
atributos.
Gráficos em setores.
Este gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado sempre que desejamos ressaltar a
participação do dado no total. O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores
quantas são as partes. Os setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais aos dados da
série. O gráfico em setores só deve ser empregado quando há, no máximo, sete dados.
Obs: As séries temporais geralmente não são representadas por este tipo de gráfico.
.Estereogramas:
São gráficos geométricos dispostos em três dimensões, pois representam volume. São usados nas
representações gráficas das tabelas de dupla entrada. Em alguns casos este tipo de gráfico fica difícil de ser
interpretado dada a pequena precisão que oferecem.
Pictogramas:
São construídos a partir de figuras representativas da intensidade do fenômeno. Este tipo de gráfico tem a
vantagem de despertar a atenção do público leigo, pois sua forma é atraente e sugestiva. Os símbolos devem
ser auto-explicativos. A desvantagem dos pictogramas é que apenas mostram uma visão geral do fenômeno,
e não de detalhes minuciosos. Veja o exemplo abaixo:
Cartogramas: São ilustrações relativas a cartas geográficas (mapas). O objetivo desse gráfico é o de figurar os
dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.
O cálculo das probabilidades pertence ao campo da Matemática, entretanto a maioria dos fenômenos de que
trata a Estatística são de natureza aleatória ou probabilística. O conhecimento dos aspectos fundamentais do
cálculo da probabilidades é uma necessidade essencial para o estudo da Estatística Indutiva ou Inferencial.
Conceito de Probabilidade
Chamamos de probabilidade de um evento A (sendo que A está contido no Espaço amostral) o número real
OBS: Quando todos os elementos do Espaço amostral tem a mesma chance de acontecer, o espaço amostral
é chamado de conjunto equiprovável.
Eventos Complementares
Sabemos que um evento pode ocorrer ou não. Sendo p a probabilidade de que ele ocorra (sucesso) e q a
probabilidade de que ele não ocorra (insucesso), para um mesmo evento existe sempre a relação:
p+q=1
Exemplos:
2-Calcular a probabilidade de um piloto de automóveis vencer uma dada corrida, onde as suas "chances",
segundo os entendidos, são de "3 para 2". Calcule também a probabilidade dele perder:
O termo "3 para 2" significa : De cada 5 corridas ele ganha 3 e perde 2. Então p = 3/5 (ganhar) e q=
2/5 (perder).
3-Uma dado foi fabricado de tal forma que num lançamento a probabilidade de ocorrer um número par é o
dobro da probabilidade de ocorrer número ímpar na face superior, sendo que os três números pares
ocorrem com igual probabilidade, bem como os três números ímpares. Determine a probabilidade de
ocorrência de cada evento elementar:
4-Seja S = {a,b,c,d} . Consideremos a seguinte distribuição de probabilidades: P(a) = 1/8 ; P(b) = 1/8 ; P(c) =
1/4 e P(d) = x . Calcule o valor de x :
6- Três cavalos C1,C2 e C3 disputam um páreo, onde só se premiará o vencedor. Um conhecedor dos 3
cavalos afirma que as "chances" de C1 vencer são o dobro das de C2,e que C2 tem o triplo das "chances" de
C3. Calcule as probabilidades de cada cavalo vencer o páreo:
Eventos Independentes
Quando a realização ou não realização de um dos eventos não afeta a probabilidade da realização do outro e
vice-versa.
Exemplo: Quando lançamos dois dados, o resultado obtido em um deles independe do resultado obtido no
outro. Então qual seria a probabilidade de obtermos, simultaneamente, o nº 4 no primeiro dado e o nº 3 no
segundo dado ?
Dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a realização de um exclui a realização do(s)
outro(s). Assim, no lançamento de uma moeda, o evento "tirar cara" e o evento "tirar coroa" são
mutuamente exclusivos, já que, ao se realizar um deles, o outro não se realiza.
Se dois eventos são mutuamente exclusivos , a probabilidade de que um ou outro se realize é igual à soma
das probabilidades de que cada um deles se realize:
Os dois eventos são mutuamente exclusivos então: P = 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3
Obs: Na probabilidade da união de dois eventos A e B, quando há elementos comuns, devemos excluir as
probabilidades dos elementos comuns a A e B (elementos de A n B ) para não serem computadas duas vezes.
Assim P(A U B) = P(A) + P(B) - P(A n B)
Exemplo: Retirando-se uma carta de um baralho de 52 cartas, qual a probabilidade da carta retirada ser ou
um ÁS ou uma carta de COPAS ?
P(ÁS U Copas) = P(ÁS) + P(Copas) - P(ÁS n Copas) = 4/52 + 13/52 - 1/52 = 16/52
Na prática, obviamente, não se pode arremessar uma moeda uma infinidade de vezes; por isso, em geral,
esta fórmula se aplica melhor a situações nas quais já se tem fixada uma probabilidadea priori para um
resultado particular (no nosso caso, nossa convenção é a de que a moeda é uma moeda "honesta"). A lei dos
grandes números diz que, dado Pr(H) e qualquer número arbitrariamente pequeno ε, existe um
número n tal que para todo N > n,
Em outras palavras, ao dizer que "a probabilidade de caras é 1/2", queremos dizer que, se jogarmos nossa
moeda tantas vezes o bastante, eventualmente o número de caras em relação ao número total de jogadas
tornar-se-á arbitrariamente próximo de 1/2; e permanecerá ao menos tão próximo de 1/2 enquanto se
continuar a arremessar a moeda.
Observe que uma definição apropriada requer a teoria da medida, que provê meios de cancelar aqueles
casos nos quais o limite superior não dá o resultado "certo", ou é indefinido pelo fato de terem uma medida
zero.
O aspecto a priori desta proposta à probabilidade é algumas vezes problemática quando aplicado a situações
do mundo real. Por exemplo, na peça Rosencrantz e Guildenstern estão mortos , deTom Stoppard, uma
personagem arremessa uma moeda que sempre dá caras, uma centena de vezes. Ele não pode decidir se isto
é apenas um evento aleatório - além do mais, é possível, porém improvável, que uma moeda honesta
pudesse dar tal resultado - ou se a hipótese de que a moeda é honesta seja falsa.
P(x) =
OBS: O nome binomial é devido à fórmula, pois representa o termo geral do desenvolvimento do binômio
de Newton.
Exemplos:
1- Uma moeda é lançada 5 vezes seguidas e independentes. Calcule a probabilidade de serem obtidas 3 caras
nessas 5 provas.
2- Dois times de futebol, A e B, jogam entre si 6 vezes. Encontre a probabilidade de o time A ganhar 4
jogos.
4- Jogando-se um dado três vezes, determine a probabilidade de se obter um múltiplo de 3 duas vezes.
6- A probabilidade de um atirador acertar o alvo é 2/3. Se ele atirar 5 vezes, qual a probabilidade de acertar
exatamente 2 tiros ?
7- Seis parafusos são escolhidos ao acaso da produção de certa máquina, que apresenta 10% de peças
defeituosas. Qual a probabilidade de serem defeituosos dois deles ?
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Muitas das variáveis analisadas na pesquisa sócio-econômica correspondem à distribuição normal ou dela se
aproximam.
2ª - A representação gráfica da distribuição normal é uma curva em forma de sino, simétrica em torno da
média, que recebe o nome de curva normal ou de Gauss.
3ª - A área total limitada pela curva e pelo eixo das abscissas é igual a 1, já que essa área corresponde à
probabilidade de a variável aleatória X assumir qualquer valor real.
4ª - A curva normal é assintótica em relação ao eixo das abscissas, isto é, aproxima-se indefinidamente do
eixo das abscissas sem, contudo, alcançá-lo.
5ª - Como a curva é simétrica em torno da média, a probabilidade de ocorrer valor maior que a média é
igual à probabilidade de ocorrer valor menor do que a média, isto é, ambas as probabilidades são iguais a 0,5
ou 50%. Cada metade da curva representa 50% de probabilidade.
Quando temos em mãos uma variável aleatória com distribuição normal, nosso principal interesse é obter a
probabilidade de essa variável aleatória assumir um valor em um determinado intervalo. Vejamos com
proceder, por meio de um exemplo concreto.
Exemplo: Seja X a variável aleatória que representa os diâmetros dos parafusos produzidos por certa
máquina. Vamos supor que essa variável tenha distribuição normal com média = 2 cm e desvio padrão =
0,04 cm. Qual a probabilidade de um parafuso ter o diâmetro com valor entre 2 e 2,05 cm ?
Com o auxílio de uma distribuição normal reduzida, isto é, uma distribuição normal de média = 0 e desvio
padrão = 1. Resolveremos o problema através da variável z , onde z = (X - )/S
Utilizaremos também uma tabela normal reduzida, que nos dá a probabilidade de z tomar qualquer valor
entre a média 0 e um dado valor z, isto é: P ( 0 < Z < z)
Temos, então, que se X é uma variável aleatória com distribuição normal de média e desvio padrão S,
podemos escrever: P( < X < x ) = P (0 < Z < z)
No nosso problema queremos calcular P(2 < X < 2,05). para obter essa probabilidade, precisamos, em
primeiro lugar, calcular o valor de z que corresponde a x = 2,05
Utilização da Tabela Z
Na primeira coluna encontramos o valor até uma casa decimal = 1,2. Em seguida, encontramos, na primeira
linha, o valor 5, que corresponde ao último algarismo do número 1,25. Na intersecção da linha e coluna
correspondentes encontramos o valor 0,3944, o que nos permite escrever:
P (0 < Z < 1,25 ) = 0,3944 ou 39,44 %, assim a probabilidade de um certo parafuso apresentar um diâmetro
entre a média = 2cm e x = 2,05 cm é de 39,44 %.
Exercícios:
1- Determine as probabilidades:
e) P( Z < 0,92) =
2- Os salários dos bancários são distribuídos normalmente, em torno da média R$ 10.000,00, com desvio
padrão de R$ 800,00. Calcule a probabilidade de um bancário ter o salário situado entre R$ 9.800,00 e R$
10.400,00.
P(-0,25 < Z < 0) + P(0 < Z < 0,5) = 0,0987 +0,1915 = 0,2902 ou 29,02 %
3- Um teste padronizado de escolaridade tem distribuição normal com média = 100 e desvio padrão = 10.
Determine a probabilidade de um aluno submetido ao teste ter nota :
b)maior que 80
c)entre 85 e 115
Distribuição de Poisson
A distribuição de Poisson é aplicada nos tipos de situações em que nos interessa o número de vezes em que
um evento pode ocorrer durante um intervalo de tempo ou em determinado ambiente físico (área de
oportunidade). Tomando como referência o número de ocorrências em determinado intervalo de tempo,
em um processo de Poisson podem ser observados eventos discretos num intervalo de tempo, de tal forma
que, reduzindo suficientemente este intervalo, tenhamos:
A distribuição de Poisson é caracterizada apenas pelo parâmetro λ, que representa o valor esperado ou
média, do número de sucessos por intervalo t. Em outras palavras, λ é a taxa de ocorrência dos eventos no
intervalo de tempo.
A função de probabilidade da distribuição de Poisson é : e− λλx
P{X = x} =
x!
onde:
e é uma constante (base do logarítmo neperiano) valendo aproximadamente 2,718...
λ é o número esperado de sucessos no intervalo considerado
x é o número de sucessos (x = 0, 1, 2, ...,∞.)
Distribuição Qui-Quadrado
É um modelo de distribuição contínua muito importante para a teoria da inferência estatística.
Considere x1, x2, x3 ...xp, “n” variáveis aleatórias independentes, normalmente distribuídas com média zero e
variância 1, ou seja, “n” variáveis tipo normal padrão.
Define-se a variável aleatória com distribuição Qui-Quadrado como: n
Observe que à medida que n cresce, a função de densidade de probabilidade tende à forma da FUNÇÃO
NORMAL.
TABELA QUI-QUADRADO
A tabela do Qui-Quadrado em função do grau de liberdade n, apresenta o valor numérico da VA que deixa
à sua direita determinada área α, ou seja α = P(X x)
Para cálculo da probabilidade P(X x), ou seja, área na cauda esquerda da distribuição, utiliza-se a
propriedade P(X x) = 1 – P(X x) = 1 – α, conforme ilustrado abaixo.
A Inferência Estatística consiste de procedimentos para fazer generalizações sobre as características de uma
população a partir da informação contida na amostra.
O que é? Quando se utiliza? Para que serve?
* É um processo de raciocínio indutivo, em que se procuram tirar conclusões indo do particular, para o
geral. É um tipo de raciocínio contrário ao tipo de raciocínio matemático, essencialmente dedutivo.
* Utiliza-se quando se pretende estudar uma população, estudando só alguns elementos dessa população, ou
seja, uma amostra.
* Serve para, a partir das propriedades verificadas na amostra, inferir propriedades para a população
Como podemos determinar quantas pessoas em uma população apresentam certa característica? Por
exemplo, quantos eleitores apoiam um candidato à presidência? Ou então, da população de determinado
estado, quantas pessoas são crianças, quantas vivem em centros urbanos, quantas estão desempregadas?
Uma forma de responder a essas questões consiste em entrevistar todas as pessoas. Mas este é um processo
demorado e caro.
Outro processo possível consiste então em consultar um grupo de pessoas, que constituem um amostra. Se
a amostra representa de fato toda a população, podemos utilizar as características dos seus elementos para
estimar as características de toda população.
Primeira ficha: 3
Segunda ficha: 7
Terceira ficha: 7
É claro que devem ser desprezados números maiores do que 832 (se a escola tem 832 alunos, nenhum aluno
recebeu número maior do que 832), números que já foram sorteados e o número 000. O professor sorteia
tantos números quantos são os alunos que ele quer na amostra.
Amostragem Estratificada
Se a população pode ser dividida em subgrupos que consistem, todos eles, em indivíduos bastante
semelhantes entre si, pode-se obter uma amostra aleatória de pessoas em cada grupo. Esse processo pode
gerar amostras bastante precisas, mas só é viável quando a população pode ser dividida em grupos
homogêneos.
Amostragem Sistemática
Quando os elementos da população se apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita
periodicamente, temos uma amostragem sistemática. Assim, por exemplo, em uma linha de produção,
podemos, a cada dez itens produzidos, retirar um para pertencer a uma amostra da produção diária.
Amostras não-probabilísticas são também, muitas vezes, empregados em trabalhos estatísticos, por
simplicidade ou por impossibilidade de se obterem amostras probabilísticas, como seria desejável. No
entantoprocessos não-probabilísticos de amostragem têm também sua importância. Sua utilização,
entretanto, deve ser feita com cuidado.
Amostragem a esmo
É a amostragem em que o amostrador, para simplificar o processo, procura ser aleatório sem, no entanto,
realizar propriamente o sorteio usando algum dispositivo aleatório confiável. Por exemplo, se desejarmos
retirar uma amostra de 100 parafusos de uma caixa contendo 10.000, evidentemente não faremos uma AAS,
pois seria muito trabalhosa, mas retiramos simplesmente a esmo.
Os resultados da amostragem a esmo são, em geral, equivalentes aos da amostragem probabilística se a
população é homogênea e se não existe a possibilidade de o amostrador ser inconscientemente influenciado
por alguma característica dos elementos da população.
Amostragens intencionais
Enquadram-se aqui os diversos casos em que o amostrador deliberadamente escolhe certos elementos para
pertencer à amostra, por julgar tais elementos bem representativos. O perigo desse tipo de amostragemé
grande, pois o amostrador pode facilmente se enganar em seu pré-julgamento.
Distribuições Amostrais
O conceito de distribuição de probabilidade de uma variável aleatória será agora utilizado para caracterizar
As estatísticas, sendo variáveis aleatórias, terão alguma distribuição de probabilidade, com uma média,
variância, etc. A distribuição de probabilidade de uma estatística chama-se comumente distribuição
amostral ou distribuição por amostragem.
Estimação
A inferência estatística tem por objetivo fazer generalizações sobre uma população, com base nos dados de
amostra. Um dos itens básicos nesse processo é a estimação de parâmetros. A estimação pode ser por ponto
ou por intervalo.
1- Quando é conhecido:
Quando o uso da distribuição normal está garantido, o intervalo de confiança para a média é determinado
por:
IC = ( - z ; + z ) ou
Matemática Financeira
Juros
Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor referente ao atraso no
pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo empréstimo de um capital.
J = P.i.n
Onde:
J = Juros
P = Principal (capital)
I = Taxa de juros
N = Número de período
a) Um funcionário tem uma dívida de R$ 500,00 que de ser paga com juros de 6% a.m pelo sistema de juros
simples e este deve fazer o pagamento em 03 meses.
J = P.i.n
Substituindo valores :
M=P.(1+(i.n))
M=P.(1+(i.n))
Substituindo os valores:
M = 60.000 x [1 + (9,5/100).(120/360)] = R$ 61.896,00
Vale observar que é expresso a taxa “i” e o período “n”, na mesma unidade de tempo (anos). Por tanto é
preciso dividir 120/360, para se obter o valor equivalente em anos, levando-se em consideração que o ano
comercial são 360 dias
Exercícios de fixação
Nos exercícios anteriores vimos apenas exemplos práticos de uso das fórmulas, agora serão vistos exercícios
com as respectivas respostas e algumas ocasiões de aplicações.
J = P.i.n
2) Calcular os juros simples produzidos por R$20.000,00, aplicados à taxa de 32% a.a., durante 155 dias.
Escrevendo a fórmula
J = P.i.n
3) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,5% a.m. rende R$2.600,00 de juros em 90 dias?
Escrevendo a fórmula
J = P.i.n
Na sequência, temos:
P = 2.600 / 0,045 = R$ 57.777,77
4) Se a taxa de uma aplicação é de 130% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital
aplicado através de capitalização simples?
Resolução:
Taxa Real: Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Taxa Efetiva: A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide
com aquele a que a taxa está referida.
Exemplos:
1.120% ao mês com capitalização mensal.
2.450% ao semestre com capitalização semestral.
3.1300% ao ano com capitalização anual.
Conexão entre as taxas real, efetiva e de inflação: A taxa Real não é a diferença entre a taxa efetiva e a taxa
da inflação. Na realidade, existe uma ligação íntima entre as três taxas, dadas por:
1+iefetiva = (1+ireal) (1+iinflação)
Exemplo: Se a taxa de inflação mensal foi de 30% e um valor aplicado no início do mês produziu um
rendimento global de 32,6% sobre o valor aplicado, então o resultado é igual a 1,326 sobre cada 1 unidade
monetária aplicada. Assim, a variação real no final deste mês, será definida por:
vreal = 1 + ireal
que pode ser calculada por:
vreal = resultado / (1 + iinflação)
isto é:
vreal = 1,326 / 1,3 = 1,02
o que significa que a taxa real no período, foi de:
ireal = 2%
Tomando P=1.000,00; i1=0,1 ao mês e n1=3 meses, seguirá pela fórmula do Montante composto, que :
S1=P(1+i1)3=1000(1+0,1)3=1000.(1,1)3=1331,00
Tomando P=1.000,00; i2=33,1% ao trimestre e n2=1 trimestre e usando a fórmula do Montante composto,
teremos:
S2=C(1+i2)1=1000(1+0,331)=1331,00
Logo S1=S2 e a taxa de 33,1% ao trimestre é equivalente à taxa capitalizada de 10% ao mês no mesmo
trimestre.
Observação sobre taxas equivalentes: Ao afirmar que a taxa nominal de uma aplicação é de 300% ao ano
capitalizada mensalmente, estamos entendemos que a taxa é de 25% ao mês e que está sendo aplicada mês a
mês, porque:
i = 300/12 = 25
Analogamente, temos que a taxa nominal de 300% ao ano corresponde a uma taxa de 75% ao trimestre,
aplicada a cada trimestre, porque:
i = 300/4 = 75
É evidente que estas taxas não são taxas efetivas.
Cálculos de taxas equivalentes: Como vimos, taxas equivalentes são aquelas obtidas por diferentes processos
de capitalização de um mesmo Principal P para obter um mesmo montante S.
Consideraremos ia uma taxa ao ano e ip uma taxa ao período p, sendo que este período poderá ser: 1
semestre, 1 quadrimestre, 1 trimestre, 1 mês, 1 quinzena, 1 dia ou outro que se deseje. Deve ficar claro que
tomamos 1 ano como o período integral e que o número de vezes que cada período parcial ocorre em 1 ano
é indicado por Np.
ia taxa anual
ip taxa ao período
Np número de vezes em 1 ano
Exemplo: Qual será a taxa efetiva que equivale à taxa de 12% ao ano capitalizada mês a mês?
Vamos entender a frase: "12% ao ano capitalizada mês a mês". Ela significa que devemos dividir 12% por 12
meses para obter a taxa que é aplicada a cada 1 mês. Se estivesse escrito "12% ao ano capitalizada
trimestralmente" deveriamos entender que a taxa ao trimestre seria igual a 12% dividido por 4 (número de
trimestres de 1 ano) que é 3%.
Vamos observar o fluxo de caixa da situação:
Solução: A taxa mensal é i1=12%/12=1%=0,01, assim a taxa efetiva pode ser obtida por
1+i2 = (1,01)12 = 1,1268247
logo
i2 = 0,1268247 = 12,68247%
Observação: Se iinflação=0, a taxa real equivale à taxa efetiva.
Exemplo: Qual é a taxa mensal efetiva que equivale à taxa de 12% ao ano? Neste caso, a fórmula a ser usada
é:
1+ia = (1 + imes)12
Como ia=12%=0,12 basta obter i(mes) com a substituição dos valores na fórmula acima para obter:
Denominamos inequação toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.As inequações do 1º grau
com uma variável podem ser escritas numa das seguintes formas:
, , , , como a e b reais . Exemplos:
As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve ser comparado
ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto solução.
Exemplo 1
S = {x ? R / x ≤ –1 ou x ≥ 1/2}
Exemplo 3
S = {x ? R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}
S = {x ? R / x < 3 e x > 3}
Chamamos de progressão aritmética, ou simplesmente de PA, a toda seqüência em que cada número,
somado a um número fixo, resulta no próximo número da seqüência. O número fixo é chamado de razão da
progressão e os números da seqüência são chamados de termos da progressão.
Observe os exemplos:
50, 60, 70, 80 é uma PA de 4 termos, com razão 10.
3, 5, 7, 9, 11, 13 é uma PA de 6 termos, com razão 2.
-8, -5, -2, 1, 4 é uma PA de 5 termos, com razão 3.
156, 152, 148 é uma PA de 3 termos, com razão -4.
100, 80, 60, 40 é uma PA de 4 termos, com razão -20.
6, 6, 6, 6,..... é uma PA de infinitos termos, com razão 0.
Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o segundo é 10. Escreva todos os termos dessa PA.
6, 10, 14, 18, 22, 26, 30
Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a razão é -3. Escreva todos os termos dessa PA.
32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11
Uma PA é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o termo que o antecede. Para que
isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja positiva.
Exemplo:
(7, 11, 15, 19,...) é uma PA crescente. Note que sua razão é positiva, r = 4
Uma PA é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor que o termo que o antecede. Para
que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja negativa.
Exemplo:
(50, 40, 30, 20,...) é uma PA decrescente. Note que sua razão é negativa, r = -10
Uma PA é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso aconteça é necessário e suficiente
que sua razão seja igual a zero.
Exemplo:
an = a1 + (n – 1).r
a4 = a1 + (4 – 1).r a3 = a1 + (3 – 1).r a5 = a1 + 4r
a4 = a1 + 3r a3 = a1 + 2r
a1 + a1 + 3r = 12
a1 + 2r + a1 + 4r = 18
2a1 + 3r = 12
2a1 + 6r = 18
3r = 6
Interpolar (ou inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem, significa determinar a PA de
primeiro termo igual a 1 e último termo igual a 25.
(1,_,_,_,_,_,25)
a7 = a1 + 6r
25 = 1 + 6r
6r = 24
r = 24/6
r=4
(1, 5, 9, 13, 17, 21, 25)
PA de três termos:
(x, x + r, x + 2r)
ou
(x – r, x , x + r), em que a razão é r
PA de quatro termos:
(x, x + r, x + 2r, x + 3r)
ou
(x – 3r, x – r, x + r, x + 3r), em que a razão é 2r
4 + 97 = 101
3 + 98 = 101
2 + 99 = 101
1 + 100 = 101
Como são possíveis cinqüenta somas iguais a 101, Gauss concluiu que:
1 + 2 + 3 + 4 + .......................... + 97 + 98 + 99 + 100 = 50.101 = 5050
Esse raciocínio pode ser estendido para o cálculo da soma dos n primeiros termos de uma progressão
aritmética qualquer:
an = 2 + (n – 1).8
an = 2 + 8n – 8
an = 8n – 6
Progressão geométrica
Denominamos de progressão geométrica, ou simplesmente PG, a toda seqüência de números não nulos em
que cada um deles, multiplicado por um número fixo, resulta no próximo número da seqüência. Esse
número fixo é chamado de razão da progressão e os números da seqüência recebem o nome de termos da
progressão.
Numa PG de 5 termos, o 3º termo é -810 e a razão é -3. Escreva os termos dessa PG.
-90,270,-810,2430,-7290
Numa PG, o 9º termo é 180 e o 10º termo é 30. Qual a razão dessa PG.
Determinar a PG de três termos, sabendo que o produto desses termos é 8 e que a soma do segundo com o
terceiro termo é 10.
Definição de matriz
Uma matriz real (ou complexa) é uma função que a cada par ordenado (i,j) no conjunto Smn associa um
número real (ou complexo).
Uma forma comum e prática para representar uma matriz definida na forma acima é através de uma tabela
contendo m×n números reais (ou complexos). Identificaremos a matriz abaixo com a letra A.
Exemplos de matrizes
12 -6 7 18
-23 -24 0 0
0 0 5 0
0 0 0 9
Matriz 4x4 de números complexos:
12 -6+i 7 i
-i -24 0 0
0 0 5+i 5-i
0 0 0 9
Matriz nula com duas linhas e duas colunas:
0 0
0 0
Matriz nula com três linhas e duas colunas:
0 0
0 0
0 0
Matriz identidade com três linhas e três colunas:
1 0 0
0 1 0
0 0 1
Matriz diagonal com quatro linhas e quatro colunas:
23 0 0 0
0 -56 0 0
0 0 0 0
0 0 0 100
Matrizes iguais
Duas matrizes A=[a(i,j)] e B=[b(i,j)], de mesma ordem m×n, são iguais se todos os seus correspondentes
elementos são iguais, isto é:
a(i,j) = b(i,j)
para todo par ordenado (i,j) em Smn.
Multiplicação de matrizes
Seja a matriz A=[a(i,j)] de ordem m×n e a matriz B=(b(k,l)) de ordem nxr. Definimos o produto das matrizes
A e B como uma outra matriz C=A.B, definida por:
c(u,v) = a(u,1) b(1,v) + a(u,2) b(2,v) + ... + a(u,m) b(m,v)
para todo par (u,v) em Smr.
Para obter o elemento da 2a. linha e 3a. coluna da matriz produto C=A.B, isto é, o elemento c(2,3),
devemos:
1.multiplicar os primeiros elementos da 2a. linha e 3a. coluna;
2.multiplicar os segundos elementos da 2a. linha e 3a. coluna;
3.multiplicar os terceiros elementos da 2a. linha e 3a. coluna;
4.multiplicar os quartos elementos da 2a. linha e 3a. coluna;
5.somar os quatro produtos obtidos anteriomente.
Assim:
Observação: Somente podemos multiplicar duas matrizes se o número de colunas da primeira for igual ao
número de linhas da segunda.
M6: Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade AC=BC, então nem sempre será verdadeiro
Logaritmos
Considerando a e b dois números reais e positivos, sempre com a diferente de 0 , define-
se logaritmo de b(logaritmando) na base a, qual número deve-se incluir no expoente de a afim de
termos b como resultado.
Com as condições de .
I)
Propriedades zero ( que são conseqüência direta da definição)
Conseqüência da 3º propriedade :
→ Colog, definição:
Em muitos casos na resolução de operações envolvendo logaritmos, é viável e se faz necessário a utilização
de técnicascapazes de nos fornecer de forma precisa e direta o conjunto solução de uma questão, uma dessas
“técnicas” é conhecido como mudança de base de um logaritmo, na qual veremos a seguir.
Vejamos:
Radiciação
Quando estudamos a potenciação, vimos que 23 é igual a 2 . 2 . 2 que é igual a 8. Partimos do número 2 e
Qual é o valor numérico que b deve assumir para que multiplicado por ele mesmo seja igual a -16?
Como sabemos na multiplicação de números reais ao multiplicarmos dois números, diferentes de zero, com
o mesmo sinal, o resultado sempre será positivo, então não existe um número no conjunto dos números
reais que multiplicado por ele mesmo dará um valor negativo, pois o sinal é o mesmo em ambos os fatores
da multiplicação.
Como o expoente de b é ímpar, ou seja, o número de fatores que representa a potência é impar, para que o
resultado seja -32, é preciso que b seja negativo. Então a raiz de um número negativo e índice ímpar sempre
será um número negativo.
Neste exemplo -2 é o número negativo que elevado a 5 resulta em -32, logo:
Tanto o radicando quanto a raiz devem ser positivos, é por isto que não podemos considerar o -3.
Propriedades da Radiciação
As propriedades que vamos estudar agora são consideradas no conjunto dos números reais positivos ou
nulos, podendo não se verificar caso o radicando seja negativo, pois como sabemos, não existe raiz real de
um número negativo.
Exemplo:
Mudança de Índice pela sua Multiplicação/Divisão e do Expoente do Radicando por um Mesmo número
Não Nulo
Se multiplicarmos ou dividirmos tanto o índice do radical, quanto o expoente do radicando por um mesmo
número diferente de zero, o valor do radical continuará o mesmo:
Exemplos:
Exemplo:
Exemplo:
Vamos verificar:
Verificando:
Repare que tanto o expoente do fator 36, quanto o expoente do fator 53 são múltiplos do índice do
radicando que é igual a 3. Vamos então simplificá-los:
Perceba que através da fatoração de 91125 e da simplificação dos expoentes dos fatores pelo índice do
radicando, extraímos a sua raiz cúbica eliminando assim o radical.
Vejamos agora o caso do radical :
Como os expoentes dos fatores 32 e 72 são divisíveis pelo índice 2, vamos simplificá-los retirando-os assim
do radical:
Neste caso o expoente do fator 5 não é divisível pelo índice 2 do radicando, por isto após a simplificação não
conseguimos eliminar o radical.
Neste caso o expoente de 36 não é divisível pelo índice 5, mas é maior, então podemos escrever:
Repare que agora o expoente do fator 35 é divisível pelo índice 5, podemos então retirá-lo do radical:
Agora vamos pensar um pouco. Após a fatoração tínhamos o radical . O expoente 6 não é divisível por 5,
pois ao realizarmos a divisão, obtemos um quociente de 1 e um resto também de 1. Pois bem, o 1 do
quociente será o expoente da base 3 ao sair o radical. A parte que ainda ficou no radical terá como expoente
o 1 do resto. Vamos a alguns exemplos para melhor entendermos a questão:
Simplifique .
Dividindo 18 por 7 obtemos um quociente de 2 é um resto de 4, logo fora do radical a base 5 terá o
expoente 2do quociente e a base dentro do radical terá o expoente 4 que é o resto da divisão:
Logo:
A fatoração mais comum é a fatoração de números. Por isso, veja a fatoração do número 144:
Para fatorar 144 deve-se dividi-lo por fatores primos (números que dividem por um e por ele mesmo), veja:
144 = 2 . 2 . 2 . 2 . 3 . 3 = 24 . 32
Fatores Primos
Pode-se fatorar não só números, mas também expressões algébricas. A fatoração é uma forma diferente de
representar um número ou uma expressão algébrica:
A Lógica procura apurar se as coisas que sabemos ou em que acreditamos, de fato constituem uma razão
para acreditar em uma tese obtida, ou seja, se está adequadamente justificada em vista das informações que
são dadas. Já o Raciocínio é um processo mental.
Existem muitas definições para a palavra “lógica”, porém no caso do nosso estudo não é relevante um
aprofundamento nesse ponto.
Alguns autores definem lógica como sendo a “Ciência das leis do pensamento”, e neste caso existem
divergências com essa definição, pois o pensamento é matéria estudada na Psicologia, que é uma ciência
distinta da lógica (ciência).
Segundo Irving Copi, uma definição mais adequada é: “A lógica é uma ciência do raciocínio” , pois a sua
ideia está ligada ao processo de raciocínio correto e incorreto que depende da estrutura dos argumentos
envolvidos nele.
Assim concluímos que a lógica estuda as formas ou estruturas do pensamento, isto é, sua destinação é
estudar e estabelecer propriedades das relações formais entre as proposições.
Estruturas lógicas.
Entende-se por estruturas lógicas as que são formadas pela presença de proposições ou sentenças lógicas (são
aquelas frases que apresentam sentido completo, como por exemplo: Madalena é culpada).
Observe que a estrutura lógica pode ligar relações arbitrárias e, neste caso, nada deverá ser levado para a
prova a não ser os conhecimentos de Lógica propriamente dita, os concursandos muitas vezes caem em
erros como:
Se Luiza foi à praia então Rui foi pescar, ora eu sou muito amigo de uma Luiza e de um Rui e ambos
detestam ir à praia ou mesmo pescar, auto induzindo respostas absurdas.
Dessa forma, as relações são arbitrárias, ou seja, não importa se você conhece Luiza, Madalena ou Rui.
PROPOSIÇÕES OU SENTENÇA
Você já deve ter notado que as proposições podem assumir os valores falsos ou verdadeiros, pois elas
expressam a descrição de uma realidade, e também observamos que uma proposição representa uma
informação enunciada por uma oração, e, portanto, pode ser expressa por distintas orações, tais como:
“Pedro é maior que Carlos”, ou podemos expressar também por “Carlos é menor que Pedro”.
Leis do Pensamento
Vejamos algumas leis do pensamento para que possamos desenvolver corretamente o nosso pensar.
· Princípio da Identidade. Se qualquer proposição é verdadeira, então, ela é verdadeira.
· Princípio de Não-Contradição. Uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
· Princípio do Terceiro Excluído. Uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa , não havendooutra
alternativa.
· Sentenças Abertas. Quando substituímos numa proposição alguns componentes por variáveis, teremos
uma sentença aberta.
Valor lógico é a classificação da proposição em verdadeiro (V) ou falso (F), pelos princípios da não-
contradição e do terceiro excluído. Sendo assim, a classificação é única, ou seja, a proposição só pode ser
verdadeira ou falsa.
Somente às sentenças declarativas pode-se atribuir valores de verdadeiro ou falso, o que ocorre quando a
sentença é, respectivamente, confirmada ou negada. De fato, não se pode atribuir um valor de verdadeiro
ou falso às demais formas de sentenças como as interrogativas, as exclamativas e outras, embora elas
também expressem juízos.
O número 6 é par.
O número 15 não é primo.
Todos os homens são mortais.
Nenhum porco espinho sabe ler.
Alguns canários não sabem cantar.
Se você estudar bastante, então aprenderá tudo.
Eu falo inglês e francês.
Marlene quer um sapatinho novo ou uma boneca.
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições é uma tautologia se ela for sempre
verdadeira, independente da verdade de seus termos.
Resumindo: para saber se uma proposição composta é uma Tautologia, construiremos a sua tabela-verdade!
Daí, se a última coluna da tabela-verdade só apresentar verdadeiro (e nenhum falso), então estaremos
diante de uma Tautologia.
Simples!
Exemplo:
CONTRADIÇÕES
A contradição é uma relação de incompatibilidade entre duas proposições que não podem ser
simultaneamente verdadeiras nem simultaneamente falsas, por apresentarem o mesmo sujeito e o mesmo
predicado, mas diferirem ao mesmo tempo em quantidade e qualidade.
Exemplo: Todos os homens são mortais e alguns homens não são mortais.
Há uma relação de incompatibilidade entre dois termos em que a afirmação de um implica a negação do
outro e reciprocamente.
Uma proposição composta P (p, q, r, ...) é uma contradição se P (p, q, r, ... ) tem valor lógico F quaisquer que
os valores lógicos das proposições componentes p, q, r, ..., , ou seja, uma contradição conterá apenas F na
última coluna da sua tabela-verdade.
Como uma tautologia é sempre verdadeira e uma contradição sempre falsa, tem-se que: a negação de uma
tautologia é sempre uma contradição enquanto a negação de uma contradição é sempre uma tautologia.
CONTINGÊNCIA
Há uma contingência quando não temos nem uma tautologia nem uma contradição, ou seja, quando a
tabela-verdade apresenta alguns verdadeiros e alguns falsos, a depender do valor das proposições que dão
origem à sentença em análise.
Exemplo: p ↔ q
O bicondicional pode ser tanto verdadeiro (quando suas duas parcelas são ou ambas verdadeiras ou ambas
falsas) quanto falso (quando uma parcela é verdadeira e a outra é falsa).
Com isso, o “se, e somente se” não é nem uma tautologia, nem uma contradição. É uma contingência.
Resumidamente temos:
· Tautologia contendo apenas V na última coluna da sua tabela-verdade;
· Contradição contendo apenas F na última coluna da sua tabela-verdade;
Em concursos, a contingência é a situação mais comum de ocorrer. Ela é a regra geral. A tautologia e a
contradição são exceções.
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Duas proposições compostas são equivalentes quando apresentam sempre o mesmo valor lógico,
independentemente dos valores lógicos das proposições simples que as compõem.
Quando duas proposições p, q são equivalentes escrevemos p ⇔ q .
É possível construirmos inúmeras equivalências lógicas. Para concursos, eu creio que 4 delas
são especialmente importantes:
· ~(p ∧ q) ⇔ (~p) ∨ (~q)
· ~(p ∨ q) ⇔ (~p) ∧ (~q)
· p → q ⇔ (~p) ∨ q
· p → q ⇔ (~q) → (~p)
Para negar um “e” lógico, nós temos que fazer um “ou” da negação de cada parcela.
Ou ainda: para negar um “e”, nós negamos cada parcela e trocamos o “e” por um “ou”.
Exemplo: A negação de “Pedro é alto e Júlio é rico” é “Pedro não é alto ou Júlio não é rico”.
Pronto, o lado esquerdo da igualdade está feito. Vamos para o lado direito: “(~ p) ∨ (~q)”.
Neste caso, primeiro fazemos as negações e depois o “ou”.
ARGUMENTOS
Denomina-se argumento a relação que associa um conjunto de proposições P1, P2, ... Pn , chamadas
premissas do argumento, a uma proposição C a qual chamamos de conclusão do argumento.
No lugar dos termos premissa e conclusão podem ser usados os correspondentes hipótese e tese,
respectivamente.
Exemplos de diferentes maneiras de expressar o mesmo argumento (na cor verde, indicadores de premissa
ou de conclusão):
Roberto tem nacionalidade brasileira, pois Roberto nasceu no Brasil e seus pais são brasileiros, e quem nasce
[Pressupostos:
(a) Quem nasce no Brasil e tem pais brasileiros possui nacionalidade brasileira;
(b) "brasileiro" significa "ter nacionalidade brasileira".]
Quem nasce no Brasil e tem pais brasileiros possui nacionalidade brasileira. Por isso, Roberto é brasileiro.
[Pressupostos:
(a) Roberto nasceu no Brasil e seus pais são brasileiros;
(b) "brasileiro" significa "ter nacionalidade brasileira".]
Condicionais, isto é, hipóteses. Nesse caso, o que se está propriamente afirmando é apenas o condicional
como um todo - a proposição composta que estabelece o nexo entre duas proposições componentes, o
antecedente e o conseqüente. Quando digo que se fizer sol neste fim de semana, eu irei à praia, não estou
fazendo previsão do tempo, afirmando que fará sol neste fim de semana, nem estou pura e simplesmente me
comprometendo a ir à praia. A única coisa que estou fazendo é afirmar a conexão entre duas proposições,
dizendo que a eventual verdade da primeira acarreta a verdade da segunda. Sendo assim, apenas uma
proposição é afirmada; logo, não temos um argumento.
Ligações não-proposicionais, isto é, conexões de frases em que pelo menos uma delas não é uma proposição.
Se pelo menos uma das frases ligadas não for uma proposição (for, por exemplo, um imperativo ou um
pedido), não caberá a afirmação da verdade de algo com base na verdade de outra coisa. Não se terá,
conseqüentemente, um argumento.
Veremos mais sobre argumentos na sequência, no segundo tópico cobrado no edital, lógica de
argumentação.
Questões de Concursos
GABARITO
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é partir do que se sabe em direção àquilo que não se
sabe, a analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um dos caminhos mais comuns para que isso
aconteça.
No raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida com uma situação desconhecida ou
parcialmente conhecida, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou
indireta da situação-referência.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de apoio na formação do conhecimento, por isso, a
analogia é um dos meios mais comuns de inferência.
Se, por um lado, é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem servido de inspiração para
muitos gênios das ciências e das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do empuxo), de
Galileu na
catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No entanto,
também é uma forma de raciocínio em que se cometem muitos erros. Tal acontece porque é difícil
b) o número de elementos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo;
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar
as roupas de sua filha.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e perfume francês e é um bom advogado; Antônio usa
terno, sapato de cromo e perfume francês; logo, deve ser um bom advogado.
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação e outra deve ser significativo.
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na
Terra, houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida, logo, tal como na Terra, em Marte deve
ter havido algum tipo de vida.
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante
3 1/2 horas por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria
marinha não está tendo sucesso porque troveja muito.
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salário mínimo vivem bem; a maioria dos operários
brasileiros, tal como os operários suíços, também recebe um salário mínimo; logo, a maioria dos operários
brasileiros também vive bem, como os suíços.
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do raciocínio analógico, não existem regras claras e
precisas que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão necessariamente válida.
A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z
Argumento Válido
Dizemos que um argumento é válido ou ainda que ele é legítimo ou bem construído quando a sua conclusão
é uma conseqüência obrigatória do seu conjunto de premissas. Posto de outra forma: quando um argumento
é válido, a verdade das premissas deve garantir a verdade da conclusão do argumento. Isto significa que
jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa quando as premissas forem verdadeiras e o argumento for
válido.
É importante observar que ao discutir a validade de um argumento é irrelevante o valor de verdade de cada
uma das premissas. Em Lógica, o estudo dos argumentos não leva em conta a verdade ou falsidade das
proposições que compõem os argumentos, mas tão-somente a validade destes.
Exemplo:
O silogismo:
“Todos os pardais adoram jogar xadrez.
Nenhum enxadrista gosta de óperas.
Portanto, nenhum pardal gosta de óperas.”
está perfeitamente bem construído (veja o diagrama abaixo), sendo, portanto, um argumento válido, muito
embora a verdade das premissas seja questionável.
Argumento Inválido
Dizemos que um argumento é inválido, também denominado ilegítimo, mal construído ou falacioso,
quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
Exemplo:
O silogismo:
“Todos os alunos do curso passaram.
Maria não é aluna do curso.
Portanto, Maria não passou.”
é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não obrigam) a
verdade da conclusão (veja o diagrama abaixo). Maria pode Ter passado mesmo sem ser aluna do curso, pois
a primeira premissa não afirmou que somente os alunos do curso haviam passado.
Inferência
Umas vez que haja concordância sobre as premissas, o argumento procede passo a passo através do processo
chamado inferência.
Na inferência, parte-se de uma ou mais proposições aceitas (premissas) para chegar a outras novas. Se a
inferência for válida, a nova proposição também deve ser aceita. Posteriormente essa proposição poderá ser
empregada em novas inferências.
Assim, inicialmente, apenas podemos inferir algo a partir das premissas do argumento; ao longo da
argumentação, entretanto, o número de afirmações que podem ser utilizadas aumenta.
Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns inválidos, os quais serão analisados neste
documento. O processo de inferência é comumente identificado pelas frases "conseqüentemente..." ou "isso
implica que...".
Dedução
A dedução é um tipo de raciocínio que parte de uma proposição geral (referente a todos os elementos de um
conjunto) e conclui com uma proposição particular (referente a parte dos elementos de um conjunto), que
se apresenta como necessária, ou seja, que deriva logicamente das premissas. Veja dois exemplos:
Assim, a dedução organiza e especifica o conhecimento que já temos. Ela tem como ponto de partida o
plano do inteligível, ou seja, da verdade geral, já estabelecida.
Observe que a premissa maior é um dito popular, baseado no senso comum, cujo caráter verdadeiro é
discutível. É isso o que possibilita extrair a conclusão paradoxal ou absurda.
Também é um sofisma ou falácia a generalização indevida, isto é, algo que é correto para um grupo restrito
de elementos é generalizado para toda a espécie. Considere ainda a seguinte proposição: "Todo criminoso
merece a ir para a cadeia". Neste caso, temos uma falácia de falsa premissa, a partir do momento em que
existem penas alternativas, em que se deve verificar a natureza e a gravidade do crime, etc.
Conclusão
Finalmente se chegará a uma proposição que consiste na conclusão, ou seja, no que se está tentando provar.
Ela é o resultado final do processo de inferência, e só pode ser classificada como conclusão no contexto de
um argumento em particular.
A conclusão se respalda nas premissas e é inferida a partir delas. Esse é um processo sutil que merece
explicação mais aprofundada.
• Se as premissas são falsas e a inferência é válida, a conclusão pode ser verdadeira ou falsa. (Linhas 1
e 2.)
• Se as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, a inferência deve ser inválida. (Linha 3.)
• Se as premissas são verdadeiras e a inferência é válida, a conclusão deve ser verdadeira. (Linha 4.)
Então o fato que um argumento é válido não necessariamente significa que sua conclusão suporta - pode
ter começado de premissas falsas.
Se um argumento é válido, e além disso começou de premissas verdadeiras, então é chamado de um
Exemplo de argumento
A seguir exemplificamos um argumento válido, mas que pode ou não ser "consistente".
1 - Premissa: Todo evento tem uma causa.
2 - Premissa: O Universo teve um começo.
3 - Premissa: Começar envolve um evento.
4 - Inferência: Isso implica que o começo do Universo envolveu um evento.
5 - Inferência: Logo, o começo do Universo teve uma causa.
6 - Conclusão: O Universo teve uma causa.
A proposição da linha 4 foi inferida das linhas 2 e 3.
A linha 1, então, é usada em conjunto com proposição 4, para inferir uma nova proposição (linha 5).
O resultado dessa inferência é reafirmado (numa forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.
Questões de Concursos
Se uma companhia tem grande porte e numerosas ramificações, sua falência teria um custo intolerável para
a sociedade.
Se a falência de uma companhia tem um custo intolerável para a sociedade, o governo protegê-las-á na
iminência ou durante de uma crise séria.
Se o governo protege uma companhia durante uma crise séria, recursos públicos são usados em benefício de
um ente privado.
Assinale a opção correspondente à conclusão que, juntamente com as premissas acima, constituem um
argumento válido.
a) Se uma companhia tem grande porte e numerosas ramificações, então recursos públicos são usados em
benefício de um ente privado.
b) Se a falência de uma companhia tem um custo intolerável para a sociedade, então recursos públicos são
usados em benefício de um entre privado.
c) Se uma companhia entrar em falência, então a sociedade arcará com um custo intolerável.
d) Se o governo protege uma companhia na iminência de uma crise séria, então recursos públicos são usados
em benefício de um ente privado.
e) Se ocorre uma crise séria em uma companhia, então recursos públicos são usados em benefício de um
ente privado.
GABARITO
1-B 2-D 3-A
Proposição Simples
Uma proposição é dita proposição simples ou proposição atômica quando não contém qualquer outra
proposição como sua componente. Isso significa que não é possível encontrar como parte de uma
proposição simples alguma outra proposição diferente dela. Não se pode subdividi-la em partes menores tais
que alguma delas seja uma nova proposição.
Exemplo:
A sentença “Carla é irmã de Marcelo” é uma proposição simples, pois não é possível identificar como parte
dela qualquer outra proposição diferente. Se tentarmos separá-la em duas ou mais partes menores nenhuma
delas será uma proposição nova.
Proposição Composta
Uma proposição que contenha qualquer outra como sua parte componente é dita proposição composta ou
proposição molecular. Isso quer dizer que uma proposição é composta quando se pode extrair como parte
dela, uma nova proposição.
Tabelas-verdade.
A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógico de uma proposição composta, sendo que os valores
das proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico da proposição composta depende do valor
lógico da proposição simples.
A seguir vamos compreender como se constrói essas tabelas-verdade partindo da árvore das
possibilidadesdos valores lógicos das preposições simples, e mais adiante veremos como determinar o valor
lógico de uma proposição composta.
Negação
A ~A
V F
F V
A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e
vice-versa.
Conjunção (E)
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos são verdadeiros.
A B A^B
V V V
F V F
F F F
V F F
Disjunção (OU)
A disjunção é falsa se, e somente se ambos os operandos forem falsos.
A B AvB
V V V
V F V
F V V
F F F
A B A→B
V V V
V F F
F V V
F F V
•Modus tollens
A B ¬A ¬B A→B
V V F F V
•Silogismo hipotético
Algumas falácias
•Afirmação do consequente
Se A, então B. (A→B)
B.
Logo, A.
A B A→B
V V V
V F F
F V V
F F V
A B A→B B→A
V V V V
V F F V
F V V F
F F V V
Equivalências.
O símbolo ↔ representa uma operação entre as proposições P e Q, que tem como resultado uma nova
proposição P ↔ Q com valor lógico V ou F.
Exemplo
Veja a representação:
(p → q) ⇔ (~q → ~p)
Leis de De Morgan.
Duas equivalências fundamentais são as denominadas Leis de De Morgan: ¬(AÚB), significando ¬AÙ¬B, e
¬(AÙB), significando ¬AÚ¬B.
Tendo como referência as informações acima, julgue os itens que se seguem.
A: 12 é menor que 6.
B: Para qual time você torce?
C: x + 3 > 10.
D: Existe vida após a morte.
Diagramas lógicos
Existem argumentos que apresentam proposições com quantificadores. Nestes casos, para a análise do
argumento a gente utiliza os chamados diagramas lógicos.
Uma sentença aberta é uma sentença que possui pelo menos uma variável.
Exemplo:
x+3>5
Acima temos uma sentença aberta. Ela possui a variável x. Cada valor de x dá origem a uma proposição, que
pode ser julgada em V ou F. Isso é o que caracteriza uma sentença aberta. É o fato de ela poder dar origem a
diversas proposições, conforme o valor assumido pela variável. Em outras palavras, a sentença x + 3 > 5 , por
si só, não é uma proposição. Ela não pode, de imediato, ser julgada em V ou F. Cada valor de x vai dar
origem a uma proposição que, aí sim, poderá ser julgada.
Pois bem, é muito comum que, a partir de uma sentença aberta, sejam formuladas proposições por meio de
quantificadores. Quando um quantificador incide sobre uma variável, aí temos uma proposição, que pode
Ah, agora mudou tudo. A palavra “existe” é um quantificador. Podemos pensar que ela é sinônimo de
“algum”. Ou seja, afirma-se que algum x obedece a “ x + 3 > 5 ”. Ou seja, afirma-se que existe pelo menos
um valor de x que satisfaz x + 3 > 5 .
Essa segunda sentença é uma proposição. Apesar de apresentar uma variável, ela já pode ser julgada de
imediato. No caso, sabemos que é verdadeira.
Os quantificadores são geralmente indicados por palavras como: todo, algum, nenhum etc.
Argumentos que envolvem proposições deste tipo são mais facilmente estudados por meio de diagramas,
que representam os diversos conjuntos de possibilidades.
Exemplo de frases:
“Todo cachorro tem quatro patas”
“Algum cavalo é marrom”
“Nenhum triângulo tem 5 lados”
“Todos os homens têm olhos azuis”
Exemplo:
“Todo cachorro late”
Significa que o conjunto dos cachorros está dentro (está contido) do conjunto das coisas que latem. Deste
modo:
Dizendo de forma um pouco diferente: o conjunto dos cachorros é um subconjunto do conjunto das coisas
que latem.
Reparem que este quantificador nos traz algumas certezas e algumas incertezas.
Para melhor entendimento, mudemos de frase.
Todo dragão é um animal com mais de 15 metros de altura.
Isso nos dá certeza de que não há dragões fora do conjunto dos animais com mais de 15 metros de altura.
Agora, simplesmente dizer que “todo dragão é um animal com mais de 15 metros de altura” não nos dá
certeza de que existem dragões, nem de que há animais com mais de 15 metros de altura. São as “regiões de
incerteza”, destacadas em amarelo na figura acima.
Ou seja, nas regiões em amarelo, não sabemos se há ou não elementos.
Esta proposição em especial foi dada porque, no mundo real, de fato, não há dragões.
Também não há animais com mais de 15 metros de altura.
Apesar disso, é correto dizer que “todo dragão é um animal com mais de 15 metros de altura”.
Ora, se existem zero dragões, então, de fato, todos estes “zero” dragões têm mais de 15 metros de altura.
Agora vamos para o caso do algum.
Quando dizemos que alguns brasileiros falam espanhol, nós temos a certeza que os dois conjuntos se tocam.
E mais que isso: na intersecção, há pelo menos um elemento.
Ou seja, existe pelo menos uma pessoa que é brasileira e, além disso, fala espanhol.
Isso nos dá a certeza de que, na região marcada com um (X) na figura abaixo, existe pelo menos uma pessoa:
Quanto às demais regiões do diagrama, não sabemos se correspondem a algum indivíduo. São “regiões de
incerteza”, representadas em amarelo:
Não sabemos se há brasileiros que não falam espanhol (região 1 da figura). Também não sabemos se há
pessoas que falam espanhol e não são brasileiras (região 2 da figura).
Não temos certeza se há pessoas que são brasileiras e falam espanhol (região 1). Também não sabemos se há
pessoas que não são brasileiras e falam espanhol (região 2).
Vamos para o caso do nenhum.
“Nenhum dragão é dinossauro”
Neste caso, estamos afirmando que o conjunto dos dragões não apresenta intersecção com o conjunto dos
dinossauros.
Assim:
A única certeza que temos é que não há intersecção entre os conjuntos. É a região cinza da figura acima.
Pintamos de cinza par indicar ausência de elementos.
Contudo, simplesmente dizer que “nenhum dragão é dinossauro” não garante qualquer coisa sobre a
existência de elementos dentro do conjunto dos dragões (região 1 da figura), ou dentro do conjunto dos
dinossauros (região 2).
Não temos certeza se existem dragões. Nem se existem dinossauros. Apenas temos certeza de que não há
dragões que também sejam dinossauros.
Esta proposição em especial foi utilizada porque, no mundo real, atualmente, não existem dinossauros.
Também não existem dragões. Deste modo, realmente é correto dizer que nenhum dragão é dinossauro.
Com isso não estamos afirmando a existência de qualquer um destes dois tipos de criatura.
A linguagem da lógica proposicional não é adequada para representar relações entre objetos.
Por exemplo, se fôssemos usar uma linguagem proposicional para representar "João é pai de Maria e José é
pai de João" usaríamos duas letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhantes (por exemplo, P
para simbolizar "João é pai de Maria "e Q para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos captando
com esta representação o fato de que as duas frases falam sobre a mesma relação de parentesco entre João e
Maria e entre José e João.
Por exemplo, se quiséssemos representar em linguagem proposicional "Qualquer objeto é igual a si mesmo "
e "3 é igual a 3", usaríamos letras sentenciais distintas para representar cada uma das frases, sem captar que a
segunda frase é uma instância particular da primeira.
Da mesma forma, se por algum processo de dedução chegássemos à conclusão que um indivíduo arbitrário
de um universo tem uma certa propriedade, seria razoável querermos concluir que esta propriedade vale
para qualquer indivíduo do universo. Porém, usando uma linguagem proposicional para expressar "um
indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa propriedade " e "esta propriedade vale para qualquer
indivíduo do universo" usaríamos dois símbolos proposicionais distintos e não teríamos como concluir o
segundo do primeiro.
A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre indivíduos de um mesmo universo de discurso e a
Para expressar propriedades gerais (que valem para todos os indivíduos) ou existenciais (que valem para
alguns indivíduos) de um universo são utilizados os quantificadores (universal) e (existencial),
respectivamente. Estes quantificadores virão sempre seguidos de um símbolo de variável, captando, desta
forma, a idéia de estarem simbolizando as palavras "para qualquer" e "para algum".
Considere as sentenças:
- "Sócrates é homem"
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estuda lógica"
A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um
domínio de discurso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "departamento de Ciência da
Computação" e "lógica". Tais objetos poderão ser representados usando os símbolos , soc para "Sócrates", cc
para "departamento de Ciência da Computação", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbolos de
constantes.
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam objetos do universo de discurso considerado, isto é,
"ser aluno de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os seus departamentos, "estuda" relaciona
os indivíduos de uma universidade com as matérias. Para representar tais relações serão usados símbolos de
predicados (ou relações). Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que são símbolos de relação
binária. As relações unárias expressam propriedades dos indivíduos do universo ( por exemplo "ser par","ser
homem").
A relação "ser igual a" é tratada de forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualdade .
Desta forma podemos simbolizar as sentenças consideradas nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por x xx;
- "Existem números naturais que são pares" por xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc);
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estuda lógica" porx(Aluno(x,cc) Estuda (x,lg)).
Regras de formação
As regras de formação definem os termos, fórmulas, e as variáveis livres como segue. O conjunto
dos termos é definido recursivamente pelas seguintes regras:
1.Qualquer constante é um termo (sem variáveis livres).
2.Qualquer variável é um termo (cuja única variável livre é ela mesma).
3.Toda expressão f (t1,…, tn) de n ≥ 1 argumentos (onde cada argumento ti é um termo e f é um símbolo de
função de aridade n) é um termo. Suas variáveis livres são as variáveis livres de cada um dos termos ti.
4.Cláusula de fechamento: Nada mais é um termo.
O conjunto das fórmulas bem-formadas (chamadas geralmente FBFs ou apenas fórmulas) é definido
recursivamente pelas seguintes regras:
1.Predicados simples e complexos: se P for uma relação de aridade n ≥ 1 e os ai são os termos então P (a1,
…,an) é bem formada. Suas variáveis livres são as variáveis livres de quaisquer termos ai. Se a igualdade for
considerada parte da lógica, então (a1 = a2) é bem formada. Tais fórmulas são ditas atômicas.
2.Cláusula indutiva I: Se φ for uma FBF, então ¬φ é uma FBF. Suas variáveis livres são as variáveis livres de
φ.
3.Cláusula indutiva II: Se φ e ψ são FBFs, então (ψ ∧ φ), (ψ φ), (ψ → φ), (ψ ↔ φ) são FBFs. Suas variáveis
livres são as variáveis livres de φ e de ψ.
4.Cláusula indutiva III: Se φ for uma FBF e x for um variável, então ∀xφ e ∃xφ são FBFs, cujas variáveis
livres são as variáveis livres de φ com exceção de x. Ocorrências de x são ditasligadas ou mudas (por
oposição a livre) em ∀xφ e ∃xφ.
5.Cláusula de fechamento: Nada mais é uma FBF.
Na prática, se P for uma relação de aridade 2, nós escrevemos frequentemente "a P b" em vez de "P a b"; por
exemplo, nós escrevemos 1 < 2 em vez de < (1 2). Similarmente se f for uma função de aridade 2, nós
escrevemos às vezes "a f b" em vez de "f (a b)"; por exemplo, nós escrevemos 1 + 2 em vez de + (1 2). É
também comum omitir alguns parênteses se isto não conduzir à ambigüidade. Às vezes é útil dizer que
"P (x) vale para exatamente um x", o que costuma ser denotado por ∃!xP(x). Isto também pode ser expresso
por ∃x (P (x) ∀y (P (y) → (x = y))).
Exemplos: A linguagem dos grupos abelianos ordenados tem uma constante 0, uma função unária −,
uma função binária +, e uma relação binária ≤. Assim:
•0, x, y são termos atômicos
•+ (x, y), + (x, + (y, − (z))) são termos, escritos geralmente como x + y, x + (y + (−z))
•= (+ (x, y), 0), ≤ (+ (x, + (y, − (z))), + (x, y)) são fórmulas atômicas, escritas geralmente como x + y =
0, x + y - z ≤ x + y,
•(∀x ∃y ≤ (+ (x, y), z)) ∧ (∃x = (+ (x, y), 0)) é uma fórmula, escrita geralmente como (∀x ∃y (x + y ≤ z))
∧ (∃x (x + y = 0)).
Igualdade
Há diversas convenções diferentes para se usar a igualdade (ou a identidade) na lógica de primeira ordem.
Esta seção resume as principais. Todas as convenções resultam mais ou menos no mesmo com mais ou
menos a mesma quantidade de trabalho, e diferem principalmente na terminologia.
•A convenção mais comum para a igualdade é incluir o símbolo da igualdade como um símbolo lógico
primitivo, e adicionar os axiomas da igualdade aos axiomas da lógica de primeira ordem. Os axiomas de
igualdade são
•A próxima convenção mais comum é incluir o símbolo da igualdade como uma das relações de uma teoria,
e adicionar os axiomas da igualdade aos axiomas da teoria. Na prática isto é quase idêntico à da convenção
precedente, exceto no exemplo incomum de teorias com nenhuma noção de igualdade. Os axiomas são os
mesmos, e a única diferença é se eles serão chamados de axiomas lógicos ou de axiomas de teoria.
•Nas teorias sem funções e com um número finito de relações, é possível definir a igualdade em termos de
relações, definindo os dois termos s e t como iguais se qualquer relação continuar inalterada ao se
substituir s por t em qualquer argumento. Por exemplo, em teoria dos conjuntos com uma relação ∈, nós
definiríamos s = t como uma abreviatura para ∀x (s ∈ x ↔ t ∈ x) ∧ ∀x (x ∈ s ↔ x ∈ t). Esta definição de
igualdade satisfaz automaticamente os axiomas da igualdade.
•Em algumas teorias é possível dar definições de igualdade ad hoc. Por exemplo, em uma teoria de ordens
parciais com uma relação ≤ nós poderíamos definir s = t como uma abreviatura paras ≤ t ∧ t ≤ s.
Expressividade
O teorema de Löwenheim–Skolem mostra que se uma teoria de primeira ordem tem um modelo infinito,
então a teoria também tem modelos de todas as cardinalidades infinitas. Em particular, nenhuma teoria de
primeira ordem com um modelo infinito pode ser categórica. Assim, não há uma teoria de primeira ordem
cujo único modelo tem o conjunto dos números naturais como domínio, ou cujo único modelo tem o
conjunto dos números reais como domínio. Várias extensões da Lógica de Primeira-Ordem, incluindo a
Lógica de Ordem Superior e a Lógica Infinitária, são mais expressivas no sentido de que elas admitem
axiomatizações categóricas dos números naturais ou reais. Essa expressividade tem um custo em relação às
propriedades meta-lógicas; de acordo com o Teorema de Lindström, qualquer lógica que seja mais forte que
a lógica de primeira ordem falhará em validar o teorema da compacidade ou em validar o teorema de
Löwenheim–Skolem.
Axiomas e regras
Os cinco axiomas lógicos mais as duas regras de inferência seguintes caracterizam a lógica de primeira
ordem:
Axiomas:
Regras de Inferência:
•Modus Ponens:
Estes axiomas são na realidade esquemas de axiomas. Cada letra grega pode ser uniformemente substituída,
em cada um dos axiomas acima, por uma FBF qualquer, e uma expressão do tipo denota o
resultado da substituição de x por t na fórmula .
Cálculo de predicados
O cálculo de predicado é uma extensão da lógica proposicional que define quais sentenças da lógica de
primeira ordem são demonstráveis. É um sistema formal usado para descrever as teorias matemáticas. Se o
cálculo proposicional for definido por um conjunto adequado de axiomas e a única regra de
inferência modus ponens (isto pode ser feito de muitas maneiras diferentes, uma delas já ilustrada na seção
anterior), então o cálculo de predicados pode ser definido adicionando-se alguns axiomas e uma regra de
inferência "generalização universal" (como, por exemplo, na seção anterior). Mais precisamente, como
axiomas para o cálculo de predicado, teremos:
•Os axiomas circunstanciais do cálculo proposicional (A1, A2 e A3 na seção anterior);
•Os axiomas dos quantificadores (A4 e A5);
•Os axiomas para a igualdade propostos em seção anterior, se a igualdade for considerada como um conceito
lógico.
Uma sentença será definida como demonstrável na lógica de primeira ordem se puder ser obtida
começando com os axiomas do cálculo de predicados e aplicando-se repetidamente as regras de inferência
"modus ponens" e "generalização universal". Se nós tivermos uma teoria T (um conjunto de sentenças, às
vezes chamadas axiomas) então uma sentença φ se define como demonstrável na teoria T se a ∧ b ∧ … →
φ é demonstrável na lógica de primeira ordem (relação de consequência formal), para algum conjunto finito
de axiomas a, b,… da teoria T. Um problema aparente com esta definição de "demonstrabilidade" é que ela
parece um tanto ad hoc: nós tomamos uma coleção aparentemente aleatória de axiomas e de regras de
inferência, e não é óbvio que não tenhamos acidentalmente deixado de fora algum axioma ou regra
fundamental. O teorema da completude de Gödel nos assegura de que este não é realmente um problema: o
teorema diz que toda sentença verdadeira em todos os modelos é demonstrável na lógica de primeira
ordem. Em particular, toda definição razoável de "demonstrável" na lógica de primeira ordem deve ser
equivalente à definição acima (embora seja possível que os comprimentos das derivações difira bastante
para diferentes definições de demonstrabilidade). Há muitas maneiras diferentes (mas equivalentes) de
definir provabilidade. A definição acima é um exemplo típico do cálculo no estilo de Hilbert, que tem
muitos axiomas diferentes, mas poucas regras de inferência. As definições de demonstrabilidade para a
lógica de primeira ordem nos estilos de Gentzen (dedução natural e cálculo de sequentes) são baseadas em
poucos ou nenhum axiomas, mas muitas regras de inferência.
Regressão é uma técnica que permite explorar e inferir a relação de uma variável dependente (variável de
resposta) com variáveis independentes específicas (variáveis explicatórias).
Regressão designa uma equação matemática que descreva a relação entre duas ou mais variáveis.
Para resolvermos tais problemas, basta “montar” uma equação algébrica.
Veremos mais sobre o tema adiante.
Foi a necessidade de calcular o número de possibilidades existentes nos chamados jogos de azar que levou
ao desenvolvimento da Análise Combinatória, parte da Matemática que estuda os métodos de contagem.
Esses estudos foram iniciados já no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo Fontana (1500-1557),
conhecido como Tartaglia. Depois vieram os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e Blaise Pascal (1623-
1662).
A Análise Combinatória visa desenvolver métodos que permitam contar - de uma forma indireta - o
número de elementos de um conjunto, estando esses elementos agrupados sob certas condições.
Fatorial
Seja n um número inteiro não negativo. Definimos o fatorial de n (indicado pelo símbolo n! ) como sendo:
Para n = 0 , teremos : 0! = 1.
Para n = 1 , teremos : 1! = 1
Exemplos:
a) 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720
b) 4! = 4.3.2.1 = 24
d) 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1
e) 10! = 10.9.8.7.6.5!
f ) 10! = 10.9.8!
T = k1. k2 . k3 . ... . kn
Exemplo:
O DETRAN decidiu que as placas dos veículos do Brasil serão codificadas usando-se 3 letras do alfabeto e 4
algarismos. Qual o número máximo de veículos que poderá ser licenciado?
Solução:
Como o alfabeto possui 26 letras e nosso sistema numérico possui 10 algarismos (de 0 a 9), podemos
concluir que: para a 1ª posição, temos 26 alternativas, e como pode haver repetição, para a 2ª, e 3ª também
teremos 26 alternativas. Com relação aos algarismos, concluímos facilmente que temos 10 alternativas para
cada um dos 4 lugares. Podemos então afirmar que o número total de veículos que podem ser licenciados
1) Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, que todo B é C. Segue-se,
portanto, necessariamente que
a) todo C é B
b) todo C é A
c) algum A é C
d) nada que não seja C é A
e) algum A não é C
3) Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na
mesma fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que as duas
moças fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48
e) 120
4) De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão
matriculados nem em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos 200 estudantes. A
probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas (isto
é, em Inglês ou em Francês) é igual a
a) 30/200
b) 130/200
c) 150/200
d) 160/200
5) Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e
Camile. Ana, por ser a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais meia barra. Após Ana ter
recebido sua parte, Beatriz recebeu a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile o restante
da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
9) Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda
Medicina. Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo, segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
GABARITO
1) C
2) B
3) D
4) D
5) E
6) A
7) C
8) B
9) A
10) E
Em uma circunferência com raio de 5 cm, são marcados n pontos, igualmente espaçados. A respeito dessa
(1) Se n = 4, então a área do polígono convexo que tem vértices nesses pontos é igual a 60 cm2.
(2) Se n = 6, então o polígono convexo que tem vértices nesses pontos em perímetro inferior a 32 cm.
Questãozinha de geometria (não tinha falado de geometria, né?) Precisamos saber que:
(1) quando você tem um quadrado (n=4, ok?) inscrito à (ou dentro da) circunferência, o lado desse quadrado
será o raio x raiz de 2. Ou seja,
Logo,
Item errado.
Assim,
Item correto.
01. O economista José Júlio Senna estima que em 1998 o déficit em conta corrente do país será de US$ 40
bilhões, mas, no próximo ano, devido à redução das importações, esse déficit diminuirá em US$ 12 bilhões.
No entanto, em 1999, o país deverá pagar US$ 29 bilhões em amortizações. Nessas condições, mesmo
supondo que entrem US$ 17 bilhões em investimentos diretos e US$ 15 bilhões para fi-nanciar as
importações, ainda faltarão para o país equilibrar suas contas uma quantia em dólares igual a
• 1 bilhão
• 13 bilhões
• 25 bilhões
• 29 bilhões
02. Numa sala estão 100 pessoas, todas elas com menos de 80 anos de idade. É FALSO afirmar que pelo
menos duas dessas pessoas
• nasceram num mesmo ano.
• nasceram num mesmo mês.
• nasceram num mesmo dia da semana.
• nasceram numa mesma hora do dia.
• têm 50 anos de idade.
03. Com 1.260 kg de matéria prima uma fábrica pode produzir 1.200 unidades diárias de certo artigo
durante 7 dias. Nessas condições, com 3.780 kg de matéria prima, por quantos dias será possível sustentar
uma produção de 1.800 unidades diárias desse artigo?
• 14
• 12
• 10
• 9
• 7
04. Alberto recebeu R$ 3.600,00, mas desse dinheiro deve pagar comissões a Bruno e a Carlos. Bruno deve
receber 50% do que restar após ser descontada a parte de Carlos e este deve receber 20% do que restar após
ser descontada a parte de Bruno. Nessas condições, Bruno e Carlos devem receber, respectivamente,
• 1.800 e 720 reais.
• 1.800 e 360 reais.
• 1.600 e 400 reais.
• 1.440 e 720 reais.
• 1.440 e 288 reais.
05. Para entrar na sala da diretoria de uma empresa é preciso abrir dois cadeados. Cada cadeado é aberto por
meio de uma senha. Cada senha é constituída por 3 algarismos distintos. Nessas condições, o número
máximo de tentativas para abrir os cadeados é
• 518.400
• 1.440
• 720
• 120
• 54
06. Somando-se parcelas iguais a 5 ou a 8 é possível obter como resultado quase todos os números inteiros
positivos. Exemplos: 32 = 8 + 8 + 8 + 8; 33 = (5 + 8) + (5 + 5 + 5 + 5).
O maior número que NÃO pode ser obtido dessa maneira é
1. 130
2. 96
3. 29
4. 27
07. São lançadas 4 moedas distintas e não viciadas. Qual é a probabilidade de resultar exatamente 2 caras e 2
coroas?
• 25%
• 37,5%
• 42%
• 44,5%
• 50%
08. Numa loja de roupas, um terno tinha um preço tão alto que ninguém se interessava em comprá-lo. O
gerente da loja anunciou um des-conto de 10% no preço, mas sem resultado. Por isso, ofereceu novo
desconto de 10%, o que baixou o preço para R$ 648,00. O preço inicial desse terno era superior ao preço
final em
• R$ 162,00
• R$ 152,00
• R$ 132,45
• R$ 71,28
• R$ 64,00
09. Numa ilha há apenas dois tipos de pessoas: as que sempre falam a verdade e as que sempre mentem. Um
explorador contrata um ilhéu chamado X para servir-lhe de intérprete. Ambos encontram outro ilhéu,
chamado Y, e o explorador lhe pergunta se ele fala a verdade. Ele responde na sua língua e o intérprete diz -
Ele disse que sim, mas ele pertence ao grupo dos mentirosos. Dessa situação é correto concluir que
• Y fala a verdade.
• a resposta de Y foi NÃO.
• ambos falam a verdade.
• ambos mentem.
• X fala a verdade.
10. Se 1 hectare corresponde à área de um quadrado com 100 m de lado, então expressando-se a área de 3,6
hectares em quilômetros quadrados obtém-se
a) 3.600
b) 36
c) 0,36
d) 0,036
e) 0,0036
11. Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, que todo B é C. Segue-se, portanto,
necessariamente que
• todo C é B
• todo C é A
• algum A é C
• nada que não seja C é A
a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z
13. Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o passarinho não canta. Ora, o
passarinho canta. Logo:
• jardim é florido e o gato mia
• jardim é florido e o gato não mia
• jardim não é florido e o gato mia
• jardim não é florido e o gato não mia
• se o passarinho canta, então o gato não mia
14. Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso,
Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu:
Armando: ''Sou inocente''
Celso: ''Edu é o culpado''
Edu: ''Tarso é o culpado''
Juarez: ''Armando disse a verdade''
Tarso: ''Celso mentiu''
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir
que o culpado é:
• Armando
• Celso
• Edu
• Juarez
• Tarso
15. Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O
número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que as duas moças fiquem
juntas, uma ao lado da outra, é igual a
• 2
• 4
• 24
16. De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão
matriculados nem em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos 200 estudantes. A
probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas (isto
é, em Inglês ou em Francês) é igual a
• 30/200
• 130/200
• 150/200
• 160/200
• 190/200
17. Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e
Camile. Ana, por ser a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais meia barra. Após Ana ter
recebido sua parte, Beatriz recebeu a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile o restante
da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
• 1
• 2
• 3
• 4
• 5
18. Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre verdadeira, independentemente da verdade dos
termos que a compõem. Um exemplo de tautologia é:
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é gordo
d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
19. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para a ocorrência de C e condição suficiente para a
ocorrência de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e suficiente para a
ocorrência de A. Assim, quando C ocorre,
a) D ocorre e B não ocorre
b) D não ocorre ou A não ocorre
c) B e A ocorrem
d) nem B nem D ocorrem
e) B não ocorre ou A não ocorre
20. Dizer que ''Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista'' é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer
que:
• se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista
• se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro
GABARITO
01-C
02-E
03-A
04-C
05-B
06-D
07-B
08-B
09-E
10-D
11-C
12-B
13-C
14-E
15-D
16-D
17-E
18-A
19-C
20-A
Questões de Concursos
Matrizes
localizado na linha i e coluna j. Então, a soma dos elementos da primeira coluna de A3X2 é igual a:
• a) 17
• b) 15
• c) 12
• d) 19
• e) 13
Em que j i a representa o elemento da matriz A3X2 localizado na linha i e coluna j. Então, a soma dos
elementos da primeira coluna de A3X2 é igual a:
• a) 17
• b) 15
• c) 12
• d) 19
• e) 13
• a) 1
• b) 0
• c) cos 2x
• d) sen 2x
• e) sen x⁄2
• a) 10-6
• b) 105
• c) 1010
• d) 106
• e) 103
GABARITO
1-D 2-D 3-E 4-C 5-D
01. Com a promulgação de uma nova lei, um determinado concurso deixou de ser realizado por meio de
provas, passando a análise curricular a ser o único material para aprovação dos candidatos. Neste caso, todos
os candidatos seriam aceitos, caso preenchessem e entregas-sem a ficha de inscrição e tivessem curso
superior, a não ser que não tivessem nascido no Brasil e/ou tivessem idade superior a 35 anos.
José preencheu e entregou a ficha de inscrição e possuía curso superior, mas não passou no concurso.
Considerando o texto acima e suas restrições, qual das alternativas abaixo, caso verdadeira, criaria uma
contradição com a desclassificação de José ?
• José tem menos de 35 anos e preencheu a ficha de inscrição corretamente.
• José tem mais de 35 anos, mas nasceu no Brasil.
• José tem menos de 35 anos e curso superior completo.
• José tem menos de 35 anos e nasceu no Brasil.
02. Uma rede de concessionárias vende somente carros com motor 1.0 e 2.0. Todas as lojas da rede vendem
carros com a opção dos dois motores, oferecendo, também, uma ampla gama de opcionais. Quando
comprados na loja matriz, carros com motor 1.0 possuem somente ar-condicionado, e carros com motor 2.0
têm sempre ar-condicionado e direção hidráulica. O Sr. Asdrubal comprou um carro com ar-condicionado e
direção hidráulica em uma loja da rede.
Considerando-se verdadeiras as condições do texto acima, qual das alternativas abaixo precisa ser
verdadeira quanto ao carro comprado pelo Sr. Asdrubal?
• Caso seja um carro com motor 2.0, a compra não foi realizada na loja matriz da rede.
• Caso tenha sido comprado na loja matriz, é um carro com motor 2.0.
• É um carro com motor 2.0 e o Sr. Asdrubal não o comprou na loja matriz.
• Sr. Antônio comprou, com certeza, um carro com motor 2.0.
03. Em uma viagem de automóvel, dois amigos partem com seus carros de um mesmo ponto na cidade de
São Paulo. O destino final é Maceió, em Alagoas, e o trajeto a ser percorrido também é o mesmo para os
dois. Durante a viagem eles fazem dez paradas em postos de gasolina para reabastecimento dos tanques de
gasolina. Na décima parada, ou seja, a última antes de atingirem o objetivo comum, a média de consumo dos
dois carros é exatamente a mesma. Considerando que amanhã os dois sairão ao mesmo tempo e percorrerão
o último trecho da viagem até o mesmo ponto na cidade de Maceió, podemos afirmar que:
I - Um poderá chegar antes do outro e, mesmo assim manterão a mesma média de consumo.
II - Os dois poderão chegar ao mesmo tempo e, mesmo assim manterão a mesma média de consumo.
III - O tempo de viagem e o consumo de combustível entre a paradas pode ter sido diferente para os dois
carros.
a) Somente a hipótese (I) está correta.
b) Somente a hipótese (II) está correta.
c) Somente a hipótese (III) está correta.
d) As hipóteses (I), (II) e (III) estão corretas.
04. Vislumbrando uma oportunidade na empresa em que trabalha, o Sr. Joaquim convidou seu chefe para
jantar em sua casa. Ele preparou, junto com sua esposa, o jantar perfeito que seria servido em uma mesa
retangular de seis lugares - dois lugares de cada um dos lados opostos da mesa e as duas cabeceiras, as quais
05. Uma companhia de ônibus realiza viagens entre as cidades de Corumbá e Bonito. Dois ônibus saem
simultaneamente, um de cada cidade, para percorrerem o mesmo trajeto em sentido oposto. O ônibus 165
sai de Corumbá e percorre o trajeto a uma velocidade de 120 km/h. Enquanto isso, o 175 sai de Bonito e faz
a sua viagem a 90 km/h. Considerando que nenhum dos dois realizou nenhuma parada no trajeto, podemos
afirmar que:
I - Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 175 estará mais perto de Bonito do que o 165.
II - Quando os dois se cruzarem na estrada, o ônibus 165 terá andado mais tempo do que o 175.
a) Somente a hipótese (I) está errada.
b) Somente a hipótese (II) está errada.
c) Ambas as hipóteses estão erradas.
d) Nenhuma das hipóteses está errada.
06. Stanislaw Ponte Preta disse que ''a prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova
evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.''. Considerando que a
prosperidade em questão está associada à corrupção, podemos afirmar que esta declaração está intimamente
ligada a todas as alternativas abaixo, EXCETO:
• nível de corrupção de alguns homens públicos pode ser medido pelo padrão de vida que levam.
• A luta pelo progresso do subdesenvolvimento do Brasil está indiretamente relacionada à corrupção
dos políticos em questão.
• A luta pelo progresso do subdesenvolvimento do Brasil está diretamente relacionada à corrupção dos
políticos em questão.
• progresso de nosso subdesenvolvimento pode ser muito bom para alguns políticos.
07. Em uma empresa, o cargo de chefia só pode ser preenchido por uma pessoa que seja pós-graduada em
administração de empresas. José ocupa um cargo de chefia, mas João não. Partindo desse princípio, podemos
afirmar que:
• José é pós-graduado em administração de empresas e João também pode ser.
• José é pós-graduado em administração de empresas, mas João, não.
• José é pós-graduado em administração de empresas e João também.
• José pode ser pós-graduado em administração de empresas, mas João, não.
08. Três amigos - Antônio, Benedito e Caetano - adoram passear juntos. O problema é que eles nunca se
entendem quanto ao caminho que deve ser seguido. Sempre que Antônio quer ir para a esquerda, Benedito
diz que prefere a direita. Já entre Antônio e Caetano, um sempre quer ir para a esquerda, mas nunca os dois
09. Em um concurso para fiscal de rendas, dentre os 50 candidatos de uma sala de provas, 42 são casados.
Levando em consideração que as únicas respostas à pergunta ''estado civil'' são ''casado'' ou ''solteiro'', qual o
número mínimo de candidatos dessa sala a que deveríamos fazer essa pergunta para obtermos, com certeza,
dois representantes do grupo de solteiros ou do grupo de casados?
a) 03
b) 09
c) 21
d) 26
10. Em uma viagem ecológica foram realizadas três caminhadas. Todos aqueles que participaram das três
caminhadas tinham um espírito realmente ecológico, assim como todos os que tinham um espírito
realmente ecológico participaram das três caminhadas. Nesse sentido, podemos concluir que:
• Carlos participou de duas das três caminhadas, mas pode ter um espírito realmente ecológico.
• Como Pedro não participou de nenhuma das três caminhadas ele, é antiecológico.
• Aqueles que não participaram das três caminhadas não têm um espírito realmente ecológico.
• Apesar de ter participado das três caminhadas, Renata tem um espírito realmente ecológico.
GABARITO
01-D
02-B
03-D
04-A
05-C
06-B
07-A
08-B
09-A
10-C
Geométricos
Sabendo que o perímetro do canteiro é de 120m, então a área do canteiro em metros quadrados é igual a:
GABARITO
1-B 2-D 3-E 4-D 5-D 6-C