05 Concordância Nominal e Verbal

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Teoria e Questões Comentadas


Prof. Bruno Spencer - Aula 05

Aula 05 – Concordância Nominal e Verbal


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Professor: Bruno Spencer

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Aula 05 – Concordância Nominal e Verbal

Olá amigos!
Como vão os estudos?
Espero que estejam animados, pois precisaremos de uma boa
disposição para vencer mais este assunto!
Não se assustem, pois, apesar da extensão do assunto, muito se pode
inferir de forma intuitiva. Porém, é importante ler todas as regras e exemplos,
com atenção, para fortalecer a nossa base teórica.
ATENÇÃO especial para este assunto!!!
Boa aula!!!

Sumário

1 – Concordância ................................................................................. 3
2 – Concordância Nominal ................................................................... 3
2. 1 – Do Adjunto Adnominal ......................................................................................................... 4
2. 2 – Do Predicativo do Sujeito ..................................................................................................... 6
2. 3 – Do Predicativo do Objeto ..................................................................................................... 8
2. 4 – Casos Especiais ................................................................................................................... 12
3 – Concordância Verbal .................................................................... 14
3.1 – Sujeito Composto ................................................................................................................ 14
3.2 – Casos Especiais .................................................................................................................... 16
4 – Questões Comentadas ................................................................. 28
5 - Lista de Exercícios ........................................................................ 57
6 – Gabarito ....................................................................................... 79
7 – Referencial Bibliográfico .............................................................. 79

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1 – Concordância

Este assunto trata de estudar a maneira adequada que um termo deve


flexionar-se (masculino ou feminino – singular ou plural), para manter a
clareza da frase.
Na concordância nominal, estudaremos a maneira como os pronomes,
adjetivos, artigos e numerais concordam com o substantivo (ou pronome
substantivo) a quem se referem.

artigos
Concordância adjetivos
NOME
NOMINAL pronomes adjetivos
numerais

Já na concordância verbal, verem-os como o verbo deve


concordar com o sujeito em diversas situações.

Concordância
verbo SUJEITO
VERBAL

2 – Concordância Nominal

Aprendemos que os substantivos têm um papel de destaque na oração,


exercendo função de núcleo do sujeito, do objeto direto ou indireto.
Vimos também que outras classes gramaticais como artigo, adjetivo,
numeral e pronomes adjetivos ocupam funções de adjunto adnominal e os
adjetivos também exercem funções de predicativos do sujeito e do objeto.
Em todos esses casos, os termos acessórios devem concordar com o
principal (regra geral).

Adjunto Adnominal
Predicativo do Sujeito NOME
Predicativo do Objeto

Porém, ocorrem situações que podem gerar alguma dúvida sobre a


maneira correta de fazer essa concordância, principalmente dos termos
adjetivos.
Isso é o que vamos esmiuçar agora.

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Daqui em diante, vamos tratar mais especificamente dos adjetivos, por


ser o termo que suscinta uma necessidade maior de análise da sua
concordância.

2. 1 – Do Adjunto Adnominal

A regra geral é que o adjunto adnominal concorde em gênero e


número com o substantivo que ele acompanha.
Exemplo:
Vimos belas paisagens pelo caminho. (fem/plural)
O bravo cavaleiro correu ao encontro da linda donzela. (masc/sing – fem/sing)
O chão sujo sinalizava que as crianças tinham passado por ali. (masc/sing)

Em alguns casos o adjunto adnominal refere-se a um sujeito


composto ou a um objeto formado por dois ou mais substantivos.
Nesses casos temos duas regras:
• Concordância com o nome mais próximo – atrativa e
• Concordância com o conjunto dos nomes – gramatical.

Adjetivo ANTEposto aos substantivos

No caso de o adjetivo vir ANTES do nome, e regra geral é que ele


concorde com o substantivo mais próximo (atrativa).

adjetivo - AA substantivos atrativa

Exemplos:
Visitamos lindas praias e campos em nossa viagem.
Corajosos homens e mulheres lutaram pela vitória.
Ela tem bom ânimo e humor para enfrentar as adversidades da vida.

Há, porém, exceção a essa regra.


Quando nos referimos a pessoas (nomes próprios), devemos
concordar com o conjunto dos elementos – (gramatical).

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Exemplos:
As belas Ana e Marina foram à festa.
Encontramos os talentosos Gilberto Gil e Milton Nascimento.

Adjetivo POSposto aos substantivos

Vindo o adjetivo, APÓS os substantivos a que se refere, a concordância


é FACULTATIVA, podendo ser atrativa ou gramatical.

gramatical ou
substantivos adjetivo - AA
atrativa

Exemplos:
Tinha sentimento e intenção boa.
Tinha sentimento e intenção bons.
Homens, mulheres e crianças agradecidas pagaram promessas.
Homens, mulheres e crianças agradecidos pagaram promessas.

Quando os substantivos forem SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS ou até


mesmo quando expressarem uma ideia de GRADAÇÃO, devemos utilizar a
concordância atrativa.
Exemplos:
Vivemos tristeza e alegria intensa.
A luz e a claridade divina tomaram a minha mente.

OBSERVAÇÃO
No caso de concordância gramatical, quando temos substantivos
masculinos e femininos, simultaneamente, o adjetivo será masculino
INDEPENDENTE do número de substantivos femininos.

Masc + Masc = Masculino Masc + Fem = Masculino


GRAMATICAL
Fem + Masc = Masculino Fem + Fem = Feminino

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Observe que a concordância gramatical com um “termo composto”


sempre será no plural.

Mais de um adjetivo para um substantivo

Nesse caso temos duas opções de concordância. Aqui, o destaque é


para o uso dos artigos e da flexão de número.
Vamos ver a diferença entre elas:
Comeu as batatas inglesa e doce. X Comeu a batata inglesa e a doce.
Gosto das cores azul e amarela. X Gosto da cor azul e da amarela.

Note que no segundo caso, fica implícita a repetição dos nomes “batata” e
“cor”.

2. 2 – Do Predicativo do Sujeito

REGRA GERAL: O predicativo concorda com o sujeito em gênero e número.


Exemplos:
Ela parecia pálida. (fem/sing)
Todos estavam assombrados com o acontecido. (masc/plural)
As mulheres ficaram bonitas após a maquiagem. (fem/plural)

Nesses casos também precisamos de uma atenção especial quando o


sujeito é composto.

Sujeito composto ANTEposto

Significa que o sujeito vem ANTES do verbo, essa é a forma direta da


oração (sujeito + VL + PDS).
Nesse caso teremos a concordância gramatical, com as mesmas regras
que já vimos para a flexão masculina ou feminina.

sujeito
PDS gramatical
composto

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Exemplos:
Os árbitros e as jogadoras estavam preparados para o torneio.
A criança e a mãe pareciam cansadas.

Sujeito composto POSposto

Quando o sujeito vem APÓS o verbo e o predicativo, temos a


concordância FACULTATIVA, podendo ser gramatical ou atrativa.

gramatical
PDS sujeito composto
ou atrativa

Exemplos:
Estavam preparadas para o torneio as jogadoras e os árbitros. (atrativa)
Estavam preparados para o torneio as jogadoras e os árbitros. (gramatical)
Parecia cansada a criança e a mãe. (atrativa)
Pareciam cansadas a criança e a mãe. (gramatical)

to não determinado por ARTIGO X determinado

Há orações com sentido genérico semelhantes a estas: “isso é bom”,


“isso é mau”, “isso é necessário”, em que o adjetivo permanece masculino,
mesmo com sujeito feminino.
Isso acontece quando o sujeito não vem determinado por artigo ou
mesmo quando o sujeito é uma oração.
Observe:
Não determinado

Água é bom.

É necessário fé para seguir em frente.

Foi necessário firmeza para resolver o problema.

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Determinado
A água é boa.

A fé é necessária para seguir em frente.

Foi necessária a firmeza para resolver o problema.

Sujeito é pronome de tratamento

Quando o sujeito é substituído por pronome de tratamento, a


concordância vai depender do sexo da pessoa a quem se dirige.
Exemplos:
Vossa senhoria está correto. (homem)
Vossa senhoria está correta. (mulher)

2. 3 – Do Predicativo do Objeto

A concordância do predicativo com o(s) núcleo(s) do objeto ocorre de


maneira similar ao que ocorre com o predicativo do sujeito.
REGRA GERAL: O predicativo concorda com o objeto em gênero e número.

Exemplos:
Mantenha os olhos abertos. (masc/plural)
Ele tem as mãos calejadas. (masc/plural)

Nesses casos também precisamos de uma atenção especial quando o


objeto é composto.

Objeto composto ANTEposto

Significa que o objeto vem ANTES do seu predicativo, essa é a forma


direta da oração (sujeito + VT + Objeto + PDO).

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Nesse caso teremos a concordância gramatical, com as mesmas regras


que já vimos para a flexão masculina ou feminina.

objeto
PDO gramatical
composto

Exemplos:
O juiz considerou a mulher e o marido culpados. (gramatical)
Ele mantinha a carroça e o animal limpos. (gramatical)

Objeto composto POSposto

Quando o objeto vem após o seu predicativo, temos a concordância


FACULTATIVA, podendo ser gramatical ou atrativa.

gramatical
PDO objeto composto
ou atrativa

Exemplos:
O juiz considerou culpada a mulher e o marido. (atrativa)
O juiz considerou culpados a mulher e o marido. (gramatical)
Mantenha limpa a carroça e os animais. (atrativa)
Mantenha limpos a carroça e os animais. (gramatical)

O adjunto adnominal permite a concordância atrativa quando o


adjetivo é posposto. Porém, o mesmo não é permitido quando o adjetivo é
predicativo do objeto.
Exemplo:
Adjunto adnominal POSPOSTO:
Homens, mulheres e crianças agradecidas pagaram promessas.
Homens, mulheres e crianças agradecidos pagaram promessas.

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Predicativo do objeto POSPOSTO:


O juiz considerou a mulher e o marido culpados. (gramatical)

Para diferenciarmos o AA do PDO, podemos trocar o suposto objeto pelo


pronome oblíquo correspondente.
Caso o adjetivo “encaixe” o termo será PDO.
Exemplo:
Considerou o réu culpado. / Considerou-no culpado.
Logo, “culpado” é PDO.
A criança fez uma tarefa fácil. / A criança fê-la fácil.
Veja que a frase fica sem sentido. Logo, o adjetivo “fácil” é AA.

RESUMO:

Para resumir a concordância nominal com termos compostos, vamos


rever as situações de forma condensada.

gramatical ou
substantivos adjetivo - AA
atrativa

Homens, mulheres e crianças agradecidos pagaram promessas.


Homens, mulheres e crianças agradecidas pagaram promessas.

adjetivo - AA substantivos atrativa

Visitamos lindas praias e campos em nossa viagem.

sujeito
PDS gramatical
composto

A criança e a mãe pareciam cansadas.

gramatical ou
PDS sujeito composto
atrativa

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Estavam preparados para o torneio as jogadoras e os árbitros. (gramatical)


Estavam preparadas para o torneio as jogadoras e os árbitros. (atrativa)

objeto
PDO gramatical
composto

Mantenha a carroça e o animal limpos.

gramatical ou
PDO objeto composto
atrativa

O juiz considerou culpados a mulher e o marido. (gramatical)


O juiz considerou culpada a mulher e o marido. (atrativa)

1) CESPE/Agente/PF/1997
Quanto ao uso correto da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
O vendedor chegou a supor que seu freguês estava desejoso de adquirir alguma
dessas revistas pornográficas, que estampam fotos de homens e de mulheres
nus.

Errado
Comentários:
O adjetivo “nu” (adjunto adnominal) pode concordar de forma atrativa com o
nome “mulheres” (nuas) ou gramaticalmente (nus) com os dois substantivos
que vêm a ele antepostos.

gramatical ou
substantivos adjetivo - AA
atrativa

homens e de mulheres nus


homens e de mulheres nuas
Gabarito: C

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2. 4 – Casos Especiais

Vamos ver alguns termos frequentemente cobrados pelas bancas


examinadoras por suscitarem alguma dúvida em relação a suas concordâncias.

ANEXO
•Os papéis seguem anexos.
INCLUSO •As provas foram inclusas nos autos.
JUNTO •Nós vamos todos juntos.
LESO •Muito obrigada, disse ela.
OBRIGADO •Ela está quite com a justiça.
•Cometeram crimes de lesa-pátria.
QUITE

Nos exemplos acima os termos concordam em gênero e número com o


substantivo.
OBS. A expressão “em anexo” é invariável.
Ex. Os papéis seguem em anexo.

• Ela anda meio desligada. (advérbio - invariável)


MEIO
•Ele comeu meia melancia. (numeral - variável)

• Ela comeu bastante. (advérbio - invariável)


•ElaBASTANTE
comeu bastantes bananas. (pronome ou
adjetivo - variável)

•Elas só pensam naquilo! (palavra denotativa -


SÓ invariável)
•Eles estão sós. (adjetivo - variável)

Observe que as palavras acima podem ou não variar, de acordo com a


classe gramatical que está sendo usada na oração, portanto, CUIDADO!

A palavra ALERTA, é classificada originalmente como advérbio, sendo,


portanto, invariável.
Modernamente, gramáticos renomados como o ilustre D. P. Cegalla
reconhecem que esse termo pode variar, sendo classificado em situações iguais
como adjetivo.
Exemplo:
Todos estavam alerta. (advérbio) ou Todos estavam alertas. (adjetivo)

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A OLHOS VISTOS •Ela melhorou a olhos vistos.

MENOS •Quanto menos gente melhor!

Os termos acima são invariáveis.


O termo “a olhos vistos” tem função adverbial de modo, sendo similar
ao termo visivelmente.
Observe também que o termo “menas” NÃO existe na gramática da
língua Portuguesa.

NUMERAIS •Mais de 1,3 milhão de pessoas foram à festa.

Note que o número 1,3 é menor que 2, portanto devemos levar em


consideração apenas o número inteiro (1 - singular).
Cuidado para não fazer a concordância com a fração (0,3)!!!

2) CESPE/AUFC/TCU/Auditoria Governamental/2007
Berço da civilização ocidental, o mar Mediterrâneo banha 21 países e abriga
praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de
turistas por ano. Pesquisa recente mostra que ele é o mais poluído dos mares
do planeta. A cada ano, suas águas recebem: 9 milhões de toneladas de
resíduos industriais e domésticos não tratados, 60% produzidos por França,
Itália e Espanha; 15 milhões de toneladas de detritos produzidos por 200
milhões de turistas que visitam suas praias; 600.000 toneladas de petróleo
derramadas por navios durante o movimento de carga e descarga e 30.000
toneladas perdidas em acidentes; redes de pesca e embalagens plásticas,
responsáveis pela morte de 50.000 focas que confundem esses objetos com
alimentos.
Veja, 1.º/8/2007, p.1167 (com adaptações).
Acerca das estruturas lingüísticas do texto acima e da organização de suas
idéias, julgue os itens subseqüentes, considerando, ainda, aspectos relativos à
questão ambiental no mundo contemporâneo.
O desenvolvimento da argumentação do texto mostra que seriam mantidas a
correção gramatical e a coerência textual se o termo "derramadas" fosse
substituído por derramado.
Certo

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Errado
Comentários:
A concordância nesse caso é FACULTATIVA, podendo ser gramatical, com a
quantidade “600.000 toneladas” ou atrativa, concordando com o termo
“petróleo”.
Gabarito: C

3 – Concordância Verbal

A regra geral é que o verbo concorda com o sujeito em pessoa,


gênero e número, pois é ele que pratica ou sofre a ação.
No entanto... temos os famosos casos que as bancas gostam de explorar,
aqueles que são os mais duvidosos. Portanto, vamos ver os principais deles!!!

3.1 – Sujeito Composto

Primeiramente devemos observar em que pessoa estará o sujeito.


Veja o quadro abaixo:

eu + tu ou vós NÓS

eu + você(s) NÓS

eu + ele(a)(s) NÓS

tu ou vós + ele(a)(s) VÓS

tu + ele(a)(s) VOCÊS

ATENÇÃO: Esta última combinação (tu + ele = vocês) vem sendo


modernamente aceita, mesmo não sendo a mais tradicional.

ele(a)(s) + ele(a)(s) ELE(A)S

Em relação à concordância do verbo com o sujeito composto, teremos


duas situações:
1. O sujeito antes do verbo;
2. O sujeito depois do verbo.

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Sujeito composto ANTES do verbo

Quando o sujeito vem ANTES do verbo, que é a ordem direta da


Exemplos:
oração, a regra é a concordância gramatical, ou seja, o verbo vai para o
plural.
Pedro e sua esposa foram ao restaurante. (3ª pessoa)

A vida e a morte fazem parte de um grande ciclo. (3ª pessoa)


Eu e meus irmãos somos unidos. (1ª pessoa)
Tu e Maria seguireis vossa vida em paz. (2ª pessoa)
Tu e Maria seguirão suas vidas em paz. (3ª pessoa - vocês)

Temos apenas uma exceção a essa regra.


Existe a possibilidade de usarmos o verbo no singular (concordância
atrativa), quando os núcleos do sujeito são sinônimos ou constituem uma
sequência gradativa.
Exemplos:
A raiva, o rancor, o ódio cegou-o.
A raiva, o rancor, o ódio cegaram-no.

A luz e a claridade nos faz enxergar.


A luz e a claridade nos fazem enxergar.

Sujeito composto APÓS o verbo

Quando o sujeito vem DEPOIS do verbo, a concordância é


FACULTATIVA, podendo ser gramatical ou atrativa.

Exemplos:
Dormiram felizes as crianças e os pais. (3ª pessoa)
Chegou Paulo e seus amigos duas horas após o início da festa. (3ª pessoa)

Falamos alto eu e os demais convidados. (1ª pessoa)


Falei alto eu e os demais convidados. (1ª pessoa)

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Comparecesteis à palestra tu e teus alunos. (2ª pessoa)


Compareceste à palestra tu e teus alunos. (2ª pessoa)
Compareceram à palestra tu e teus alunos. (3ª pessoa/vocês - caso especial)

3.2 – Casos Especiais

Verbo SER

O verbo SER Aqui tudo são flores.


Sujeito = (forma usual)
pode concordar
pronomes tudo,
com o PDS ou Aqui tudo é flores.
isto, isso, aquilo
com o sujeito (forma permitida)

Sujeito = coisa O verbo SER


Seu segredo são suas
no singular e concorda com o
habilidades.
PDS é plural PDS

Sujeito =
O verbo SER
pessoas no
concorda com o Maria é só sorrisos.
singular e PDS é
sujeito
plural

Sujeito = é muito - é pouco - Dois reais é pouco.


quantidade, é suficiente - é mais
medida que Dez metros é muito.

Indicando
horas e datas o O verbo SER É uma e meia da tarde.
verbo SER é concorda com
impessoal, não o número São seis horas da manhã.
tem sujeito

3) ESAF/AFC/CGU/2002
Assinale a norma gramatical que justifica, com correção e propriedade, a flexão
plural do verbo ser no período abaixo.

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"Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário


nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente
ditos."
(Revista CNT, "Lixo tributário")
a) "Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com o
predicativo, se este é plural." (Luiz Antonio Sacconi)
b) "Nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concorda com
o substantivo ou pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu
sujeito." (Celso Cunha & Lindley Cintra)
c) "Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois
for pronome pessoal, a concordância será facultativa (pode-se concordar com o
sujeito ou o predicativo)." (Dileta S. Martins & Lúbia S. Zilberknop)
d) "Expressões de sentido quantitativo (...) acompanhadas de complemento no
plural admitem concordância verbal no singular ou no plural." (Manual de
Redação da Presidência da República)
e) “Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por série aditiva enfática
(...), o verbo concorda com o mais próximo ou vai ao plural (o que é mais
comum quando o verbo vem antes do sujeito)". (Evanildo Bechara)
Comentários:
"Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário
nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente
ditos."
a que se enquadra no caso é descrita na alternativa A.
No período acima, o termo “problema” é o núcleo do sujeito, “são” é o verbo de
ligação e “as contribuições” é o predicativo do sujeito – PDS.
Como o sujeito é uma coisa, e o PDS está no plural, o verbo deve concordar
com este preferencialmente.

Sujeito = coisa O verbo SER


Seu segredo são suas
no singular e concorda com o
habilidades.
PDS é plural PDS

Gabarito: A

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Verbos impessoais HAVER, FAZER, PASSAR, CHOVER

São verbos que não têm sujeito, quando indicam tempo ou


fenômenos naturais.
São conjugados na 3ª pessoa do singular.

Exemplos:
Choveu por dez dias seguidos.
Há dois anos que não a vejo.
Ontem fez quarenta graus.
Tem dias que não vou até lá. (sentido de haver/existir)
Já passa das dez horas da noite.
Ainda vai haver muitas manifestações contra a corrupção.

ATENÇÃO: Repare que o verbo auxiliar “vai” também fica invariável.

4) CESPE/Cont./MTE/2014
(...) Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro.
Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter
muito dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado
financeiro são muito complexos.
Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet: <www.exame.com> (com
adaptações) .
Julgue o item subsequente, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do
texto acima.
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por Existe sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do período.
Certo
Errado
Comentários:

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O verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL, ou seja, não tem sujeito,


por isso é sempre conjugado na terceira pessoa do singular.
Já o verbo EXISTIR é PESSOAL, pois você pode dizer eu existo, por exemplo.
Assim, ele vai concordar normalmente com o sujeito da oração, que nesse
caso seria o termo “outros mitos”.
Então, teríamos: existem ainda outros mitos...
Gabarito: E

Verbos BATER, DAR, SOAR

Tais verbos quando indicam horas, concordam com o sujeito, que no


caso, podem ser as horas ou o relógio.
Exemplos:
Bateram oito horas no relógio da catedral.
O relógio deu dez horas.
Soou uma hora nos relógios das igrejas.

Voz Passiva X Sujeito Indeterminado

Examine a diferença das frases abaixo:


Alugam-se casas. Vendem-se carros.
Chegou-se tarde. Precisa-se de ajudantes.

Vamos fazer uma breve lembrança da aula sobre verbos!


Veja que os verbos alugar e vender são transitivos diretos – TD. Assim,
podemos inferir que as respectivas orações estão na voz passiva sintética (SE
é pronome apassivador).
Passando para a voz passiva analítica teríamos:
Casas são alugadas. Carros são vendidos.
Nesse caso, o verbo concorda normalmente com o sujeito.

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Nas outras orações, temos os verbos chegar e precisar,


respectivamente intransitivo e transitivo indireto (SE é particula de
indeterminação do sujeito).
Nesses casos o verbo é INVARIÁVEL.

Voz Passiva X Alugam-se casas. (VTD = voz passiva)


Sujeito Precisa-se de trabalhadores.
Indeterminado (suj. indeterminado/verbo INVARIÁVEL)

5) CESPE/Agente/PF/2009
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em
sociedades de tipo capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo
geral, a democratização das sociedades impõe limites ao mercado, assim como
desigualdades sociais em geral não contribuem para a fixação de uma tradição
democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa
democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas,
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se
esgota nelas. É tempo de voltar ao filósofo Espinosa e imaginar a democracia
como uma potencialidade do social, que, se de um lado exige a criação de
formas e de configurações legais e institucionais, por outro não permite parar.
A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e
O tema da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas
sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12,
jul./2009, p. 57 (com adaptações).
Com base nas estruturas linguísticas e nas relações argumentativas do texto
acima, julgue o item seguinte.
Na linha 4, a flexão de singular em "não se trata" deve-se ao emprego do
singular em "um regime".
Certo
Errado
Comentários:
O pronome SE, pode assumir dois papeis quando acompanha os verbos. Um
deles é de pronome apassivador - PA, é o que acontece quando o verbo é
transitivo DIRETO – TD, assim, o SE auxilia a formar a voz passiva sintética.
Quando o verbo é transitivo INDIRETO ou INTRANSITIVO, o SE é classificado
como partícula de indeterminação do sujeito - PIS, porque auxilia a formar
um sujeito INDETERMINADO.

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No caso acima, o verbo TRATAR é TI, porque, nesse sentido que está escrito,
quem trata, trata de alguma coisa, algum assunto.
Como já vimos, se o SE for pronome apassivador, o verbo concorda com o
sujeito.
Já quando o SE for PIS, o verbo ficará invariável no singular.

Voz Passiva X Alugam-se casas. (VTD = voz passiva)


Sujeito Precisa-se de trabalhadores.
Indeterminado (suj. indeterminado/verbo INVARIÁVEL)
Gabarito: E

Concordância no SINGULAR

Sexo, drogas, rock and roll, tudo ficou no


passado.
RESUMO
Família, amigos, colegas, ninguém faltou à
sua festa.
Provocam o mesmo tipo de concordância os termos NADA, TUDO ISSO e etc.

Sujeito É importante que você estude bastante.


ORACIONAL Quem é de bem faz o bem.

As orações subordinadas substantivas subjetivas (função de sujeito da oração


principal), podem ser “substituídas” por ISSO ou ELE.

Um ou outro candidato ousou falar a


UM OU OUTRO
verdade.

MAIS DE UM Mais de uma pessoa realizou a travessia.

NENHUM
Nenhum deles compareceu à reunião.
DELES

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Quando o pronome indefinido que faz parte do sujeito está no singular o


verbo deve concordar obrigatoriamente com ele.
Seguem a forma acima as expressões NENHUM DE..., ALGUM DE..., ALGUM
DELES, CADA UM DELES, CADA QUAL, QUALQUER UM.

6) CESPE/Analista/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2013
O direito a distância semelha um bloco de justiça como a montanha semelha
um bloco de azul. E é isso a justiça: um azul de montanha. À medida que nos
aproximamos, esse azul se esvai. A nitidez e a harmonia desfazem-se num
turbilhão caótico de detalhes grosseiros.
A beleza do direito transfunde-se no cipoal entrançado do formalismo. Ao que
nele penetrou espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só
conseguir fórmulas — tudo amarelo, cor de ouro, e nada, nada azul, a cor da
justiça. O azul, a justiça, a harmonia, a equidade — puras ilusões da ótica
humana.
(...)
José Bento Monteiro Lobato. Literatura do minarete. São Paulo: Globo, 2008,
p. 265 (com adaptações).
A respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que
se segue.
Na linha 3, a forma verbal “espanta” flexiona-se no singular para concordar com
o sujeito oracional “Ao que nele penetrou”.
Certo
Errado
Comentários:
De fato, há na oração um sujeito oracional, no entanto não é o termo indicado
acima.
Vamos analisar o período: “Ao que nele penetrou espanta somente encontrar
fórmulas...”.
Vamos perguntar ao verbo, o que espanta?
“Somente encontrar fórmulas”.
Então, econtramos o sujeito. Podemos tirar a prova, substituindo a expressão
por ISSO (isso espanta).
E o trecho “ao que nele penetrou” o que é?

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Como o verbo espanta é transitivo direto (algo ou alguém espanta alguém),


concluimos que o trecho é o OD da oração, no entanto ele está prepositivado
para evitar confusão com o sujeito.
Se estiver em dúvidas em relação a esse tipo de construção, dê uma olhada na
aula 03, tranquilo?
Para concluir, vamos lembrar que o verbo fica no singular quando tiver sujeito
oracional.

Sujeito É importante que você estude bastante.


ORACIONAL Quem é de bem faz o bem.

Gabarito: E

Concordância FACULTATIVA

O evento foi cancelado hajam vista os


HAJA VISTA recentes acontecimentos.
O evento foi cancelado haja vista os
recentes acontecimentos.

Eles parecem estar bem


PARECER
Eles parece estarem bem

Senhor Clóvis com seus alunos chegou


cedo.
...COM...
Senhor Clóvis com seus alunos chegaram
cedo.

No primeiro exemplo, o destaque é para o primeiro núcleo do sujeito “senhor


Clóvis”, enquanto no segundo, a ênfase é para o grupo. Esta última é a forma
mais utilizada, porém ambas são consideradas corretas.

Um livro ou uma revista ajudariam a passar o


tempo.
...OU...
Um livro ou uma revista ajudaria a passar o
tempo.

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ATENÇÃO: Quando a conjunção “ou” indicar exclusão ou retificação, o verbo


deverá concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo: Eu ou ele será escolhido para chefe.

Ler e estudar enriquece o conhecimento.


INFINITIVO
Ler e estudar enriquecem o conhecimento.

Quando as formas infinitivas forem antecedidas por artigo, usa-se o verbo no


plural.
Exemplo: O pensar e o fazer são partes do processo.

A multidão de pessoas invadiu o local.


COLETIVO
A multidão de pessoas invadiram o local.

Caso o coletivo não venha especificado, o verbo deverá vir no singular, que,
em todos os casos é a forma mais usual.

Parte das pessoas ficou parada.


PARTE DE
Parte das pessoas ficaram paradas.

Este exemplo é similar ao coletivo e também se enquadram nessa regra


expressões como: METADE DE, GRANDE PARTE DE, A MAIORIA DE, GRANDE
NÚMERO DE.

Fui um dos que discordaram da decisão.


UM DOS QUE
Fui um dos que discordou da decisão.

A concordância acima, no plural é preferível, pois é a forma consagrada pela


gramática, porém, muitos gramáticos aprovam a concordância no singular.

Quantos de nós conhecem os mistérios de


QUANTOS Deus?
DE NÓS Quantos de nós conhecemos os mistérios de
Deus?

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A mesma regra serve para as expressões quais de nós, quais de vós, alguns de
nós e etc.
ATENÇÃO: Se o pronome vier no singular, o verbo também virá.
Exemplo: Qual de nós conhece os mistérios de Deus?

Somos nós quem paga a conta.


QUEM
Somos nós quem pagamos a conta.

Podemos usar a mesma construção com o pronome QUE, porém, nesse caso a
concordância será obrigatória com o sujeito do verbo ser.
Exemplo:
Somos nós que pagamos a conta da corrupção em nosso país.

NUMERAIS

Um terço das pessoas entendeu a explicação.


RAÇÕES
Dois terços das pessoas ficaram "voando".

MILHÃO Meio milhão de pessoas foram à praia hoje.

Comportam a mesma concordância os numerais bilhão e trilhão

Apenas 1% dos candidatos fechou a


PORCENTAGENS prova.
Cerca de 20% não compareceram.

A oração acima “apenas 1% dos candidatos fechou a prova” admite a


concordância FACULTATIVA. O verbo pode vir no singular concordando com o

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numeral 1 ou no plural, concordando com o termo especificativo “dos


candidatos”.

Apenas 1% dos candidatos fechou a prova

Apenas 1% dos candidatos fecharam a prova

Se o numeral fosse igual ou maior que 2 e o termo especificativo também no


plural, aí a concordância seria obrigatória no plural.
Apenas 2% dos candidatos fecharam a prova

7) FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2008
ÉTICA E TRIBUTO
(...)
Estudos da Secretaria da Receita Federal, com base no recolhimento da CPMF,
mostram que um terço dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição, o que
significa dizer que foram objeto de evasão, elisão ou isenção fiscais. Trata-se
de percentual elevado, porém bem inferior a uma muito propalada estimativa
de sonegação no Brasil ("para cada real arrecadado corresponde um real
sonegado").
(...)
(Everardo Maciel. www.braudel.org.br)
"...mostram que um terço dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição..."
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo "um terço", não se tenha
mantido a concordância em conformidade com a norma culta. Desconsidere a
possibilidade de concordância atrativa.
a) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição
b) mostram que menos de 2% dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição
c) mostram que grande parte dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição
d) mostram que três quartos dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição
e) mostram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição

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Comentários:
Alternativa A – Correta – “0,27% dos pagamentos realizados por intermédio
de instituições financeiras foi tributado”. Temos aqui um número menor que
1%, portanto o verbo foi flexionado corretamente no singular, enquanto a forma
no particípio (de função adjetiva) também ficou corretamente no singular e no
masculino, concordando com o número 0,27.
Alternativa B – Correta – “menos de 2% dos pagamentos realizados por
intermédio de instituições financeiras foram tributados”. Observe que, apesar
do valor matemático da expressão “menos de 2”, ainda assim, o verbo e o
adjetivo irão para o plural.
Alternativa C – Incorreta – “grande parte dos pagamentos realizados por
intermédio de instituições financeiras foi tributado”. Uma vez que o
examinador excluiu da análise a concordância atrativa. A concordância
gramatical do verbo se fará com o termo “grande parte”, portanto, no singular.
Porém, atente que tal expressão é feminina, portanto a concordância nominal
haveria de ser feita nesse gênero.
Alternativa D – Correta – “três quartos dos pagamentos realizados por
intermédio de instituições financeiras foram tributados”. Como vimos, em caso
de fração, o verbo concorda com o numerador, que é o “três”.
Alternativa E – Correta – “1,6 milhão dos pagamentos realizados por
intermédio de instituições financeiras foi tributado”. Lembre-se que excluiu-se
da análise a concordância atrativa. Portanto verbo e adjetivo concordam com
o numeral 1,6 milhão.
rito: C

Pronomes de Tratamento

Pronome de Vossa Excelência encaminhou a petição.


Tratamento Vossas Senhorias estão corretos.

O verbo concorda o com pronome de tratamento em número, porém é


conjugado sempre na 3ª pessoa.

Nomes próprios no plural com ou sem ARTIGO

Nomes Minas Gerais é um grande estado.


Próprios Os Estados Unidos ainda são uma potencia.

Caso o nome não venha acompanhado de ARTIGO, o verbo deverá ficar no


singular.

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É isso galera...
A aula de hoje é uma das mais densas, por isso vamos com calma!
Leiam, releiam e façam os exercícios para testar o que conseguiram gravar.
Abraço!!!

4 – Questões Comentadas

8) CESPE/TJ/TRE ES/Administrativa/"Sem Especialidade"/2011


Considerando que o item seguinte, na ordem em que esta apresentado, é parte
sucessiva de um texto adaptado do jornal Estado de Minas de 29/11/2010,
julgue-o com referência à correção gramatical.
O empenho da Igreja Católica e de organizações não governamentais reunidas
no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral e o permanente
acompanhamento da imprensa forçou a tramitação relativamente rápida do
projeto nas duas casas do Congresso.
Certo
Errado
Comentários:
O verbo FORÇAR deve concordar com o sujeito composto cujos núcleos são
“empenho” e “acompanhamento”, pois ele vem ANTES do verbo que, portanto,
deve vir no plural (concordância gramatical).
Repare que tudo abaixo que está em vermelho faz parte do sujeito e tem
função de adjunto adnominal.
O empenho (núcleo do sujeito) da Igreja Católica e de organizações não
governamentais reunidas no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral
(adjunto adnominal - AA) e o permanente (AA) acompanhamento (núcleo do
sujeito) da imprensa (AA) FORÇARAM a tramitação relativamente rápida do
projeto nas duas casas do Congresso.
Gabarito: Errado

9) CESPE/TJ/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011


Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um
ano mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses
de pois, em 12 de novembro.
Os membros da constituinte eram escolhidos por meio dos mesmos critérios
estabelecidos para a eleição dos deputados às cortes de Lisboa. Os eleitores
eram apenas os homens livres, com mais de vinte anos e que residissem por,
pelo menos, um ano na localidade em que viviam, e proprietários de terra. Cabia

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a eles escolher um colégio eleitoral, que, por sua vez, indicava os deputados de
cada região. Estes tinham de saber ler e escrever, possuir bens e virtudes. Em
uma época em que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da população, só
um entre cem brasileiros era elegível. Os nascidos em Portugal tinham de estar
residindo por, pelo menos, doze anos no Brasil. Do total de cem deputados
eleitos, só 89 tomaram posse. Era a elite intelectual e política do Brasil,
composta de magistrados, membros do clero, fazendeiros, senhores de
engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais
tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província,
sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do Império.
O local das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido
remodelada pelo vice-rei conde dos Arcos para abrigar parte da corte
portuguesa de D. João. No dia da abertura dos trabalhos, D. Pedro chegou ao
prédio em uma carruagem puxada por oito mulas. Discursou de cabeça
descoberta, o que, por si só, sinalizava alguma concessão ao novo poder
constituído nas urnas. A coroa e o cetro, símbolos do seu poder, também foram
deixados sobre uma mesa.
Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, p. 21316 (com
adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às relações sintáticas e semânticas do texto.
Nas duas orações do primeiro parágrafo do texto em que o sujeito está elíptico,
a referência é o termo "a constituinte" tal como expressa a concordância, em
número e gênero, desse termo com os particípios a ele relacionados.
Certo
Errado
Comentários:
O período abaixo possui três orações.
Na oração principal a locução verbal “seria instalada” concorda com o sujeito
“a constituinte” que está explícito.
As duas outras orações, que também possuem verbos no particípio
(“convocada” e “dissolvida”), também se referem ao termo “a constituinte”,
sujeito que se encontra elíptico nessas orações. Ambas as formas verbais
concordam corretamente com ele.
Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em gênero e número, pois é ele
que pratica ou sofre a ação.
Convocada por D. Pedro em junho de 1822 (oração adjetiva explicativa
reduzida de particípio), a constituinte só seria instalada um ano mais tarde,
no dia 3 de maio de 1823 (oração principal), mas acabaria dissolvida seis
meses de pois, em 12 de novembro (oração coordenada adversativa).
Gabarito: Certo

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10) CESPE/AJ/TRE ES/Administrativa/2011


As eleições no Brasil mobilizam os veículos de informação também pelo
anedotário que produzem. Curiosamente, a presença crescente de indígenas no
processo eleitoral nos é transmitida exatamente nesse registro. De certo modo,
a participação dos indígenas na disputa por vagas nos Poderes Legislativo e
Executivo é apresentada no mesmo tom de estranheza com que o jornalismo
brasileiro descreve xinguanos paramentados com sandálias havaianas e calções
adidas. É como se a candidatura indígena selasse, solenemente, a inexorável
aculturação.
Para além desse anedotário há, de fato, muito que refletirmos. Afinal, os mais
diversos povos indígenas estão lidando com as grandes instituições da
sociedade branca e com processos políticos pertencentes a uma gramática social
e simbólica que lhes é absolutamente estranha, ao menos na maneira como
estamos acostumados a pensar. A começar pela representação política, que
envolve, no mínimo, premissas e categorias mentais muito distintas dos modos
nativos de fazer política.
A política, que em muitas formulações nativas atravessa a vida social de
maneira ampla, articulando-se simultaneamente às regras do parentesco, ao
complexo ritual e religioso, ao discurso cosmológico, passa então a circular em
uma ordem específica, a ordem política, regida por uma racionalidade
burocrática e fundamentada em valores que se pretendem universalmente
válidos. Formas tradicionais de liderança política como, por exemplo, a
assumida pelo sábio ancião, com sua oratória sensível, seu zelo pela
alização permanente do legado mitológico e da tradição, seu prestígio
guerreiro − cedem lugar para uma nova forma de liderança, dessa vez
protagonizada por jovens talentosos, escolarizados, falantes do português,
minimamente conhecedores dos códigos e peculiaridades do mundo dos
brancos.
Marcos Pereira Rufino. Instituições dos brancos. Internet:
<www.pib.socioambiental.org>, set./2000 (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.
A forma verbal "é" está flexionada no singular porque concorda com o nome
"disputa".
Certo
Errado
Comentários:
A forma verbal “é” concorda com o núcleo do sujeito, “participação”.
O termo “disputa” integra o adjunto adverbial marcado abaixo em vermelho.

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“... a participação (núcleo do sujeito) dos indígenas (adjunto adnominal) na


disputa por vagas nos Poderes Legislativo e Executivo (adjunto adverbial - AAV)
é apresentada...”
Gabarito: Errado

11) CESPE/AJ/TRE RJ/Administrativa//2012


Texto para o item
As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio de defesa
de seus interesses e de conquista de representação política, tal como a
implantação do sistema de quotas para aumentar o número de representantes
eleitas.
O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos — atualmente,
uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais — constitui um déficit a
corrigir. A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático
— local, nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.
Internet: <http://www.unric.org/pt/> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos estruturais do texto.
Se a palavra "atendidas" fosse flexionada no masculino — atendidos —, estariam
mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto.
Certo
Errado
Comentários:
O adjetivo “atendidas” refere-se ao nome “necessidades”, que além de
plural, está no feminino, concordando com ele.
Caso o adjetivo viesse no masculino, passaria a concordar com “cidadãos”.
Portanto, mesmo preservando a correção gramatical, o sentido da oração
ficaria alterado.
“A participação das mulheres ... diversifica a natureza das assembleias
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.”
Gabarito: Errado

12) CESPE/AJ/TRE GO/Administrativa/2015


Texto I
Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação da República foram de
grandes incertezas quanto aos trilhos que a nova forma de governo deveria

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seguir. Em uma rápida olhada, identificam-se dois grupos que defendiam


diferentes formas de se exercer o poder da República: os civis e os militares.
Os civis, representados pelas elites das principais províncias — São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul —, queriam uma república
federativa que desse muita autonomia às unidades regionais. Os militares, por
outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à autonomia
buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada
grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida
pelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas havia cidadãos?
Formalmente, a Constituição de 1891 definia como cidadãos os brasileiros natos
e, em regra, os naturalizados. Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e
um anos de idade que tivessem se alistado conforme determinação legal. Mas
o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira eleição para
presidente da República, votaram 2,2% da população. Tudo indica que, apesar
de a República ter abolido o critério censitário e adotado o voto direto, a
participação popular continuou sendo muito baixa em virtude, principalmente,
da proibição do voto dos analfabetos e das mulheres.
No que se refere à legislação eleitoral, alguns instrumentos legais vieram a
público, mas nenhum deles alterou profundamente o processo eleitoral da
época. As principais alterações promovidas na legislação contemplaram o fim
do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essas modificações, embora
importantes, tiveram pouca repercussão prática, já que o voto ainda era restrito
— analfabetos e mulheres não votavam — e o processo eleitoral continuava
permeado por toda sorte de fraudes.
Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira.
Eleições no Brasil: uma história de 500 anos. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, 2014, p. 278. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto I.


O trecho “votaram 2,2% da população” poderia, sem prejuízo gramatical ou de
sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma: 2,2% da população votou.
Certo
Errado
Comentários:
Esse é um caso de concordância FACULTATIVA.

O verbo pode vir no plural concordando com o numeral 2 (antes da vírgula)


ou no singular, concordando com o termo “da população”.

... 2,2% da população votaram.


... 2,2% da população votou.

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Gabarito: Certo

13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em
seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura.
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca.
A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de
todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente,
exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava,
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria,
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos,
compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por
uma. No início ainda tentou disfarçar.
Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga, espalhavam-se pelo mundo, e
agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava
bem certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto


O homem que só tinha certezas.
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser corretamente
substituída por existia.
Certo
Errado
Comentários:
Quando utilizamos o verbo HAVER no sentido de existir, “dúvidas” é um objeto
direto e o verbo é impessoal (não tem sujeito), portanto, conjuga-se na 3ª
pessoa do singular.

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Por sua vez, quando utilizamos o verbo EXISTIR (que é intransitivo) o termo
“dúvidas” passa a ser sujeito, devendo, assim, o verbo concordar com ele no
plural.
Gabarito: Errado

14) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2008
Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como
incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da
complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código
unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do
sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste
processo, o "modelo econômico" alcança sua perfeição, que não é somente
descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma
do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio
supremo de perfeição a globalização representa.
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e
é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente
afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa
viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada
a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo.
Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos
ar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as
premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma
dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos,
aproximadamente.
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso
extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um "argumento". Parece
realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e
fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em
suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto
de modernidade e de seu paradigma de progresso.
G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno:
uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís
Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os
sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.ª ed.
Petrópolis RJ: Vozes; Brasília: NEDIC, 1999, p. 1389 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto, julgue o item


seguinte.

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A forma verbal "têm" em "têm se afirmado" estabelece relação de concordância


com o termo antecedente "ideologia".
Certo
Errado
Comentários:
“… o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica
que têm se afirmado”
Considerando que não há erros no texto, podemos observar que o verbo TER
na forma “têm” está no plural porque concorda com algum termo também no
plural, que no caso é “as premissas” OK?
Lembre-se de que a regra geral é que o verbo concorda com o sujeito, pois
é este quem pratica a ação.
Se o verbo estivesse no singular poderíamos inferir que ele estaria referindo-se
a um termo que está no singular (“ideologia econômica” por exemplo).
Gabarito: E

15) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2008
Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e
cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forças serviram
principalmente à empresa de as congregar: o emprego da língua delas, desde
ude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi. A
minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que
eu era o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício
desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando
em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos
seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...)
Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na
escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos
tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava
exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso ou achar
uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei
o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à
maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem
nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo,
cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à
prova as aptidões políticas da jovem sociedade.
A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico,
roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular.

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Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão
cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de
Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das
nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião;
ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas
na prática.
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas).
In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José
Aguilar, 1959, p. 3378.

Julgue o seguinte item, que se refere a aspectos lingüísticos do texto.


O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se
no singular, sem concordar com o sujeito da oração "vinte aranhas".
Certo
Errado
Comentários:
“ ...(eu) tinha (VTD) comigo (AAV) vinte aranhas (OD)”
Na verdade, o verbo TER está empregado no seu sentido usual de possuir,
devendo concordar normalmente com o seu sujeito (eu) que está oculto.
Exemplo de TER impessoal (sentido de HAVER): Tinha crianças na rua.
Observe que não há sujeito na oração.
rito: E

16) FUNCAB/Tec/SESACRE/Contabilidade/2014
Assinale a opção em que, de acordo com a norma culta, a concordância nominal
está correta.
a) Eles mesmo consertaram os aparelhos.
b) Seguem anexas as procurações exigidas.
c) A secretária ficou meia surpresa com a promoção.
d) Os técnicos substituíram bastante peças.
e) Naquele dia havia menas funcionárias na sala.
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – Nesse caso o termo “mesmo” é pronome
demonstrativo, devendo concordar com o nome a que se refere. A forma correta
é: ela mesma, ele mesmo, elas mesmas e eles mesmos.
Alternativa B - Correta – Regra geral: o PDS concorda com o sujeito. Mudando

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a ordem da oração: as procurações exigidas (sujeito) seguem (VI) anexas


(PDS).
Poderíamos também utilizar a expressão invariável EM ANEXO (Seguem, em
anexo, as procurações exigidas).

ANEXO
•Os papéis seguem anexos.
INCLUSO •As provas foram inclusas nos autos.
JUNTO •Nós vamos todos juntos.
LESO •Muito obrigada, disse ela.
OBRIGADO •Ela está quite com a justiça.
•Cometeram crimes de lesa-pátria.
QUITE

Alternativa C - Incorreta – O numeral “meia” significa metade. Nesse caso


devemos utilizar o advérbio meio, que é INVARIÁVEL.

• Ela anda meio desligada. (advérbio -


invariável)
MEIO
•Ele comeu meia melancia. (numeral -
variável)

Alternativa D - Incorreta – “Bastante” no sentido de muitas, diversas, várias é


variável, pois é um pronome indefinido, portanto deve concordar com o nome
que acompanha.

• Ela comeu bastante. (advérbio - invariável)


BASTANTE •Ela comeu bastantes bananas. (pronome ou
adjetivo - variável

Alternativa E - Incorreta – Por favor pessoal, MENAS NÃO EXISTE, OK? O que
existe é MENOS, que é uma palavra invariável, conbinado?

MENOS •Quanto menos gente melhor!

Gabarito: B

17) CESPE/ACE/TCDF/2012
A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se organizou, ao longo do tempo,
o Estado. Nas formas primitivas de organização social, ainda tribais, o poder era
concentrado nas mãos de um único chefe, soberano e absoluto, com poder de
vida e morte sobre seus subordinados, fazendo e executando as leis.
Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e romana foram as que primeiro
fizeram uma tentativa de compartilhar o poder, criando instituições como a
Eclésia e o Senado. Contudo, essa experiência foi posta de lado quando as
trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos

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de estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que não


conheciam outro limite senão seu próprio poder.
O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no período
renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da época,
mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do
poder nas mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua
autoridade, unificaram os diversos feudos e formaram vários dos Estados
modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra foi a Inglaterra, onde, já
em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que o
obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco
barões para aumentar os impostos. A fim de fazer valer essa exigência, foi
assinada a Magna Carta. Nascia o embrião do parlamento moderno, com a
finalidade precípua de limitar o poder do rei.
Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder legislativo no século
XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.
A forma verbal "representaram" está no plural para concordar com o sujeito
composto da oração, cujos núcleos são "fim", "século" e "ressurgimento".
Certo
Errado
Comentários:
“O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no
o renascentista, representaram profundas mudanças”
Olha a pegadinha!
O termo “no século XV” não é sujeito e sim AAV de tempo.
Os outros dois termos em azul são os núcleos do sujeito.
ATENÇÃO:
Observe a preposição “em” antes de “o século” e lembre-se de que o sujeito
não pode vir preposicionado.
Gabarito: E

18) CESPE/Técnico/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os
livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam

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todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro


que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro,
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de
encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na
nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1989 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.


A forma verbal “teria” está flexionada na terceira pessoa do singular, para
concordar com “apartamento”, núcleo do sujeito da oração em que ocorre.
Certo
Errado
Comentários:
“Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá (AAV de lugar) pela
primeira vez (eu) teria um escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito
grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões”
O termo “apartamento” faz parte do adjunto adverbial de lugar que situa
espacialmente a narração.
O sujeito da forma verbal “teria” está oculto na oração, porém, no período
seguinte, podemos identificá-lo como o próprio autor, por meio do pronome
possessivo “minha”.
Gabarito: Errado

19) CESPE/AIE/MPOG/Área I/2012


É um erro buscar o crescimento pelo crescimento, sem levar em conta os seus
efeitos mais amplos e as suas consequências. É necessário ponderar, entre

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outros fatores, o impacto ambiental. É fundamental também usar os frutos do


crescimento, para aprimorar a qualidade de vida da população de maneira
abrangente, e não apenas para favorecer certos grupos. Precisamos prestar
atenção em como podemos tirar o melhor proveito do enriquecimento do país.
Sou contra o crescimento pelo crescimento, e ofereço todas as minhas críticas
àqueles que são a favor. Entretanto, àqueles que não buscam nenhum
crescimento, como é o caso da Europa hoje em dia, minhas críticas são ainda
mais severas. Adam Smith estava certo quando observou que o crescimento
aumenta a renda da população e, assim, amplia a capacidade das pessoas de
ter acesso a melhores condições de vida. Estava certo também quando disse
que o crescimento gera os recursos necessários para que os governos possam
exercer suas atividades essenciais.
Amartya Sem. Mercado, justiça e liberdade. In: Veja, 2/5/2012 (com
adaptações).
No que se refere à organização das ideias no texto acima, julgue o item
seguinte.
O emprego da flexão de masculino em "necessário" justifica-se pelo fato de esse
vocábulo concordar com a expressão "o impacto ambiental".
Certo
Errado
Comentários:
O vocábulo “necessário” está escrito no masculino pois ele é predicativo do
sujeito – PDS, portanto deve concordar com o sujeito da oração, que nesse
caso é oracional.
Ponderar (sujeito) é (VL) necessário (PDS).
Veja que podemos substituir “ponderar” por ISSO (ISSO é necessário).
Não determinado

Água é bom.

É necessário fé para seguir em frente.

Foi necessário firmeza para resolver o problema.

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Determinado
A água é boa.

A fé é necessária para seguir em frente.

Foi necessária a firmeza para resolver o problema.

Gabarito: E

20) FGV/Ana/TJ-SC/Administrativo/2015

A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal


recomendada pela norma culta é:

a) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram


profissões as mais estranhas possíveis.

b) Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos
meses apresentaram-se à Polícia.

c) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para
outros países foi transferido para outras companhias.

d) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se


deslocar de um lugar para outro.

e) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Regra geral: o verbo concorda com o sujeito.

A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram


(mostra) profissões as mais estranhas possíveis.

Alternativa B – Incorreta – O núcleo do sujeito é “nenhum”, portanto o verbo


deve vir no singular.

Nenhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos
meses apresentaram-se (apresentou-se) à Polícia.

NENHUM
Nenhum deles compareceu à reunião.
DELES

Quando o pronome indefinido que faz parte do sujeito está no singular o


verbo deve concordar obrigatoriamente com ele.

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Seguem a forma acima as expressões NENHUM DE..., ALGUM DE..., ALGUM


DELES, CADA UM DELES, CADA QUAL, QUALQUER UM.
Alternativa C – Correta – Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas
quem voaria para outros países foi transferido para outras companhias.

Alternativa D – Incorreta – O verbo DESLOCAR deve estar no plural para


concordar com o sujeito “os” que substitui o nome “cães”.

Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se


deslocar (se deslocarem) de um lugar para outro.

Alternativa E – Incorreta – “Mas foram (foi) nos jogos da Copa do Mundo que
a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica seus altos
salários.”

A concordância de ”conquistaram” com “jogadores” está perfeita, pois é


FACULTATIVA. No entanto a forma verbal “foram” deve concordar com o sujeito
oracional “que a maioria dos jogadores conquistaram a fama que hoje justifica
seus altos salários.”

Parte das pessoas ficou parada.


PARTE DE
Parte das pessoas ficaram paradas.

Este exemplo é similar ou coletivo e também se enquadram nessa regra


expressões como METADE DE, GRANDE PARTE DE, A MAIORIA DE, GRANDE
NÚMERO DE.

Sujeito É importante que você estude bastante.


ORACIONAL Quem é de bem faz o bem.

Gabarito: C

21) CESPE/AIE/MPOG/Área I/2012


O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das relações
sociais requerem mais serviços públicos, de maior qualidade e crescente
complexidade. Para fazer frente a essas demandas, o dimensionamento
adequado da força de trabalho no setor público é condição necessária, mas não
suficiente. Elas requerem que o Estado atente também para a qualificação de
uma força de trabalho às voltas com questões cada vez mais complicadas. O
desafio é a construção de um Estado "inteligente". A tese do inchaço da
"máquina pública" e da consequente necessidade de redução do "tamanho do
Estado" no Brasil merece uma análise mais aprofundada.

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É fato que os números absolutos impressionam. Sendo um país de dimensões


continentais e com uma das cinco maiores populações do mundo, é natural que
o Brasil conte com uma quantidade expressiva de servidores públicos. Ciente
de que não houve explosão do quantitativo de servidores no Poder Executivo
federal, porém convencido de que novas autorizações de ingresso devem ser
feitas de forma criteriosa, o governo federal vem buscando conferir maior
racionalidade à gestão de pessoas no serviço público, atentando para as
necessidades mais prementes de áreas que implementam programas
fundamentais para o país e esforçando-se para profissionalizar cada vez mais a
gestão pública.
Marcelo V. E. de Moraes et al. O mito do inchaço da força de trabalho do
Executivo federal. Internet: <www.planejamento.gov.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, a respeito da organização das ideias e das estruturas


linguísticas do texto acima.
A flexão de plural em "requerem" justifica-se pelo emprego do plural em
"relações sociais".
Certo
Errado
Comentários:
“O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das
relações sociais (sujeito composto) requerem (VTD) mais serviços públicos

Pela análise sintática acima, vemos que a forma verbal “requerem” concorda
com o sujeito composto que está indicado.
Quem ou o que requer mais serviços?
O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das
relações sociais.
Gabarito: E

22) CESPE/OTI/ABIN/Administração/2010
(…) A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema
Brasileiro de Inteligência (SISBIN), deve assumir a missão de centralizar,
processar e distribuir dados e informações estratégicas para municiar os órgãos
policiais (federais, estaduais e municipais) nas ações de combate ao crime
organizado. Além disso, a ABIN é responsável por manter contato com os
serviços de inteligência parceiros, para favorecer a troca de informações e a
cooperação multilateral.

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Cristina Célia Fonseca Rodrigues. A atividade operacional em benefício da


segurança pública: o combate ao crime organizado. In: Revista Brasileira de
Inteligência. Brasília: ABIN, n.o 5, out./2009. Internet: <www.abin.gov.br>
(com adaptações).
Com referência às estruturas linguísticas empregadas no texto, julgue o item
subsequente.
A substituição do termo "estratégicas" por estratégicos não causaria prejuízo à
correção gramatical nem ao sentido do texto.
Certo
Errado
Comentários:
Temos duas regras de concordância: a concordância com o nome mais
próximo – atrativa e a concordância com o conjunto dos nomes – gramatical.
Vindo o adjetivo, após os substantivos a que se refere, a concordância é
FACULTATIVA, podendo ser atrativa ou gramatical.

gramatical ou
substantivos adjetivo - AA
atrativa

Exemplos:
Tinha sentimento e intenção boa.
Tinha sentimento e intenção bons.
Homens, mulheres e crianças agradecidas pagaram promessas.
Homens, mulheres e crianças agradecidos pagaram promessas.

Quando os substantivos forem SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS ou até mesmo quando


expressarem uma ideia de GRADAÇÃO, devemos utilizar a concordância
atrativa.
Exemplos:
Vivemos tristeza e alegria intensa.
A luz e a claridade divina tomaram a minha mente.

A concordância do adjetivo “estratégicas” (adjunto adnominal) é


FACULTATIVA.
Ou seja, tanto pode haver concordância atrativa com o nome “informações”
(estratégicas) como gramatical com os dois substantivos que qualifica e que
vêm a ele antepostos “dados e informações” (estratégicos).

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Gabarito: C

23) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é:
a) Contam-se que o poeta Manuel Bandeira ficou extasiado e impressionado ao
ouvirem as novas batidas do violão de João Gilberto.
b) As canções de Caetano Veloso, cuja letra costumam despertar discussões
acaloradas, são considerados por muitos grandes poemas da literatura nacional.
c) Já se passou vários anos do surgimento da bossa nova, mas Chega de
saudade, de João Gilberto, continua a encantar os ouvidos ao redor do mundo.
d) Além de uma canção de João Gilberto, Chega de saudade é o título do livro
de Ruy Castro em que o autor relembra os protagonistas da bossa nova.
e) Imagina-se que, embora pouco estudados, deve existir motivos sociais para
a indiferença com que as camadas superiores durante muito tempo via o samba.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Como o sujeito é uma oração, o verbo deve ser
flexionado no singular.

Sujeito
É importante que você estude bastante.
ORACIONAL

As orações subordinadas substantivas subjetivas (função de sujeito da oração


principal), podem ser “substituídas” por ISSO ou ELE.
O verbo OUVIR deve concordar com o núcleo do sujeito “Manuel Bandeira”.
“Contam-se/Conta-se que o poeta Manuel Bandeira ficou extasiado e
impressionado ao ouvirem/ouvir as novas batidas do violão de João Gilberto.“
Alternativa B – Incorreta – O termo “cujas letras” deve estar no PLURAL para
concordar com o termo a que se refere “as canções”.
“As canções de Caetano Veloso, cuja letra/cujas letras costumam despertar
discussões acaloradas, são considerados por muitos grandes poemas da
literatura nacional. “
Alternativa C – Incorreta – O verbo PASSAR deve concordar com o núcleo do
sujeito “anos”.
“Já se passou/passaram vários anos do surgimento da bossa nova, mas
Chega de saudade, de João Gilberto, continua a encantar os ouvidos ao redor
do mundo. “

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Alternativa D – Correta – Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.


“Além de uma canção de João Gilberto, Chega de saudade é o título do livro
de Ruy Castro em que o autor relembra os protagonistas da bossa nova. “
Alternativa E – Incorreta – O verbo IMAGINAR está corretamente flexionado no
SINGULAR, pois tem sujeito oracional. Os demais verbos seguem a regra geral.
“Imagina-se que, embora pouco estudados, deve/devem existir motivos
sociais para a indiferença com que as camadas superiores durante muito
tempo via/viam o samba.“
Gabarito: D

24) CESPE/ATI/ABIN/Administração/2010

Para Calvino, a rapidez a ser valorizada em nosso tempo não poderia ser
exclusivamente aquele tipo de velocidade inspirada por Mercúrio, o deus de pés
alados, leve e desenvolto. Por meio de Mercúrio se estabelecem as relações
entre os deuses e os homens, entre leis universais e casos particulares, entre a
natureza e as formas de cultura. Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio
precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um "deus
que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado
em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos
os detalhes joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes
e armadilhas".

Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e


lidade surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em
principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando
lugar comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos
discursos. Empresas, governos, universidades, exércitos e indivíduos querem
ser ágeis. Também os serviços de inteligência querem ser ágeis, uma exigência
cada vez mais decisiva para justificar sua própria existência no mundo de hoje.

Marco A. C. Cepik. Serviços de inteligência: agilidade e transparência como


dilemas de institucionalização. Rio de Janeiro: IUPERJ, 2001. Tese de
doutorado. Internet: <www2.mp.pa.gov.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, referente às estruturas do texto e ao vocabulário nele


empregado.

A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser
flexionada no plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância,
precisão e flexibilidade".

Certo

Errado

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Comentários:

ATENÇÃO a esta questão!

Vamos analisar o verbo SURGIR...

algo ou alguém (sujeito) surge (V Intransitivo) de algum lugar (AAV)

a noção contemporânea de agilidade (sujeito) surge (VI) da combinação entre


velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade (AAV de lugar)

Portanto, nada de flexão no plural, já que o sujeito está no singular.

Gabarito: E

25) FGV/Aud/AL-BA/Auditoria/2014

Sai a energia limpa, entra o pré‐sal

Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro,


pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse
fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso
país.

Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das
mais limpas do mundo. Entre 80% e 90% da nossa geração elétrica vêm de
fontes renováveis. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no
Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil
eendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas
centrais hidrelétricas.

Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos
que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas.

Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados,
empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas
13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool
+ biomassa, com 19,3%).

Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado
brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes
energéticas renováveis e limpas. Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a
potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas
tecnologias.

Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e
nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a
redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma
verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem
pré‐sal” pelos royalties do tesouro recém‐descoberto.

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A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os
projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e
popularização de fontes energéticas limpas.

(....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem


nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil
fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética.

Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito
sua parte para espantá‐lo definitivamente. Mas, como não há planejamento, faz
isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro
mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta
de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva.

(José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014)

“Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de fontes renováveis”.

Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, por fazer concordar o verbo
(vêm) com o número da porcentagem.

Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta.

a) 1% dos brasileiros não acredita no governo.

b) 5% da população tem medo do apagão.

c) 12% dos cariocas apreciam futebol.

d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil.

e) 32% do consumo se dirige a supérfluos.

Comentários:

Alternativa A – Correta – Nesse caso temos a concordância FACULTATIVA. O


verbo pode vir no singular concordando com o numeral 1 ou no plural,
concordando com o termo “dos brasileiros”.

1% dos brasileiros não acredita no governo.

1% dos brasileiros não acreditam no governo.

Alternativa B – Correta – Nesse caso temos a concordância FACULTATIVA. O


verbo pode vir no plural concordando com o numeral 5 ou no singular,
concordando com o termo “da população”.

5% da população têm medo do apagão.

5% da população tem medo do apagão.

Alternativa C – Correta – Como o numeral e o termo especificativo estão ambos


no plural, o verbo deve vir obrigatoriamente no plural.

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12% dos cariocas apreciam futebol.

Alternativa D – Incorreta - Como o numeral e o termo especificativo estão


ambos no singular, o verbo deve vir obrigatoriamente no SINGULAR.

1,7% do povo aceita a Copa do Mundo no Brasil.

Alternativa E – Correta - Nesse caso temos a concordância FACULTATIVA. O


verbo pode vir no plural concordando com o numeral 32 ou no singular,
concordando com o termo “do consumo”.

32% do consumo se dirigem a supérfluos.

32% do consumo se dirige a supérfluos.

Gabarito: D

26) CESPE/ATI/ABIN/Administração/2010

Para Calvino, a rapidez a ser valorizada em nosso tempo não poderia ser
exclusivamente aquele tipo de velocidade inspirada por Mercúrio, o deus de pés
alados, leve e desenvolto. Por meio de Mercúrio se estabelecem as relações
entre os deuses e os homens, entre leis universais e casos particulares, entre a
natureza e as formas de cultura. Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio
precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um "deus
que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado
em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos
alhes joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes
e armadilhas".

Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e


flexibilidade surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em
principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando
lugar comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos
discursos. Empresas, governos, universidades, exércitos e indivíduos querem
ser ágeis. Também os serviços de inteligência querem ser ágeis, uma exigência
cada vez mais decisiva para justificar sua própria existência no mundo de hoje.

Marco A. C. Cepik. Serviços de inteligência: agilidade e transparência como


dilemas de institucionalização. Rio de Janeiro: IUPERJ, 2001. Tese de
doutorado. Internet: <www2.mp.pa.gov.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, referente às estruturas do texto e ao vocabulário nele


empregado.

Se os adjetivos "leve" e "desenvolto" fossem empregados no plural, seriam


mantidas a correção gramatical e a coerência do texto, mas seu sentido original
seria alterado.

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Certo

Errado

Comentários:

“... inspirada por Mercúrio, o deus de pés alados, leve e desenvolto.”

Observe que os adjetivos concordam com “Mercúrio”, pois estão no singular.

Se flexionarmos os adjetivos no plural, passarão a concordar com “pés alados”


e a referir-se a esse termo.

Portanto, não haveria erro gramatical, porém, o sentido seria modificado.

Gabarito: C

27) FGV/Aud/CGE-MA/2014

Utopias e distopias

Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua


origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias
fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas
Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo
Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal,
que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo
antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a
idade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo
seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse
alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam
a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia
dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de
guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham
menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita
da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só
poderia existir mesmo na sua imaginação.

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos,


ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua
época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade
escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia
muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos
uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana.
Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a
emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O
sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon,
na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros

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atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no


mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam
por elas.

Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível.


No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em
estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros
não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso
aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação,
em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que
só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

(Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013)

“...na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião”.

Assinale a forma verbal que substitui erradamente a forma verbal sublinhada.

a) deveria haver

b) deveria existir

c) poderiam haver

d) poderiam existir

e) poderia haver

Comentários:

ativa A – Correta – O verbo HAVER no sentido de existir, por se


IMPESSOAL, o verbo auxiliar que o acompanha também deve vir no singular.

Lembre-se de que o verbo impessoal não tem sujeito, portanto o termo


“violência e religião” é objeto direto do verbo HAVER.

Alternativa B – Correta – O termo “violência e religião” tem função de SUJEITO


do verbo EXISTIR (que não é impessoal).

Como o sujeito composto está POSPOSTO a concordância é FACULTATIVA,


podendo ser atrativa ou gramatical.

Quando o sujeito vem DEPOIS do verbo, a concordância é


FACULTATIVA, podendo ser gramatical ou atrativa.

Alternativa C – Incorreta – O verbo HAVER, por ser IMPESSOAL, não admite o


plural nem mesmo em seu verbo auxiliar.

Alternativa D – Correta - O termo “violência e religião” tem função de SUJEITO


do verbo EXISTIR (que não é impessoal).

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Como o sujeito composto está POSPOSTO a concordância é FACULTATIVA,


podendo ser atrativa ou gramatical.

Alternativa E – Correta - O verbo HAVER no sentido de existir, por se


IMPESSOAL, o verbo auxiliar que o acompanha também deve vir no singular.

Gabarito: C

28) CESPE/AUFC/TCU/Apoio Técnico e


Administrativo/Tecnologia da Informação/2010

A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez mais


moldada e "globalizada" pela transmissão e difusão das formas significativas,
visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquanto o
desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente
frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma
nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de
novas relações familiares, bem como à privatização do público. Faz-se
necessário frisar que o imaginário social acompanha lentamente essa evolução,
nem sempre aceitando o rompimento dos costumes fortemente arraigados.

Vera Lúcia Pires. A identidade do sujeito feminino: uma leitura das


desigualdades. In: M. I. Ghilardi-Lucena (Org.). Representações do feminino.
PUC: Átomo, 2003, p. 209 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativo à organização das ideias no texto acima e aos
seus aspectos gramaticais.

Na linha 4, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância


desse termo com "imaginário social"; no desenvolvimento da argumentação,
essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o primeiro termo na
comparação com "evolução".

Certo

Errado

Comentários:

“Faz-se necessário frisar que o imaginário social acompanha lentamente essa


evolução (sujeito oracional = ISSO)”

A primeira afirmação está errada, pois “necessário” está no masculino, pois


concorda com um sujeito oracional.

Sujeito É importante que você estude bastante.


ORACIONAL Quem é de bem faz o bem.

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A segunda afirmativa não faz sentido, visto que na frase em análise não há
qualquer ideia de comparação entre os termos “imaginário social” e “evolução”.

Gabarito: E

29) FGV/FRE/SEAD AP/2010

O jeitinho brasileiro e o homem cordial

O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de pouca


influência social. Em nada se relaciona com um sentimento revolucionário, pois
aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca é obter um
rápido favor para si, às escondidas e sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho
pode ser também definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se
"dar bem" em uma situação "apertada".

Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial, fala sobre o brasileiro e uma


característica presente no seu modo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao
contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que
significa coração. Portanto, o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas
aquele que age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinção entre
o privado e o público, detesta formalidades, põe de lado a ética e a civilidade.

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter


emocional do brasileiro, descrito como "o homem cordial" pelo antropólogo. No
Raízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduo brasileiro teria
desenvolvido uma histórica propensão à informalidade. Deve-se isso ao fato de
as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral,
não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição
de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes
aos interesses das elites políticas e econômicas de então. Daí a grande tendência
fratricida observada na época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos
episódios conhecidos como Guerra dos Farrapos e Confederação do Equador.

Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades.


Desmoralizadas, incapazes de se impor, as leis não tinham tanto valor quanto,
por exemplo, a palavra de um "bom" amigo. Além disso, o fato de afastar as
leis e seus castigos típicos era uma prova de boa-vontade e um gesto de
confiança, o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência. De
acordo com testemunhos de comerciantes holandeses, era impossível fazer
negócio com um brasileiro antes de fazer amizade com ele. Um adágio da época
dizia que "aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo". A informalidade era e ainda
é uma forma de se preservar o indivíduo.

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Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta "cordialidade" não deve ser
entendida como caráter pacífico. O brasileiro é capaz de guerrear e até mesmo
destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou seja,
emocionais.

(In: www.wikipedia.org com adaptações.)

Assinale a alternativa que apresenta uma concordância nominal incorreta.

a) Persistência é necessário à obtenção de resultados positivos na carreira


profissional.

b) As questões definidas serão bastantes para a arguição do doutorando.

c) Vão incluídos na pasta do congressista a programação e o mapa dos locais


dos eventos.

d) Consideraram-se satisfatórios os resumos encaminhados à organização do


simpósio.

e) Anexo à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.

Comentários:

Alternativa A – Correta – Como o nome “persistência” não veio determinado


por ARTIGO, o adjetivo “necessário” deve ser MASCULINO.
Não determinado

Água é bom.

É necessário fé para seguir em frente.

Foi necessário firmeza para resolver o problema.


Determinado

A água é boa.

A fé é necessária para seguir em frente.

Foi necessária a firmeza para resolver o problema.

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Alternativa B – Correta – Nesse caso, “bastantes” é adjetivo, portanto


variável, devendo concordar com o nome a que se refere.

• Ela comeu bastante. (advérbio - invariável)


BASTANTE •Ela comeu bastantes bananas. (pronome ou
adjetivo - variável

Alternativa C – Correta – Nesse caso, a concordância é FACULTATIVA, pois o


sujeito é POSPOSTO ao PDO.

Vão incluídos na pasta do congressista a programação e o mapa (gramatical)

Vai incluída na pasta do congressista a programação e o mapa (atrativa)

Alternativa D – Correta – Regra geral: o adjetivo (“satisfatórios”) concorda com


o nome que qualifica (“os resumos”).

Alternativa E – Incorreta – Para o termo ANEXO, temos duas possibilidades, ou


ele concorda com o nome, ou vem na expressão invariável EM ANEXO.

Portanto, o correto seria:

Anexas à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.

Em anexo à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.

ANEXO
•Os papéis seguem anexos.
INCLUSO •As provas foram inclusas nos autos.
JUNTO
•Nós vamos todos juntos.
LESO •Muito obrigada, disse ela.
OBRIGADO •Ela está quite com a justiça.
•Cometeram crimes de lesa-pátria.
QUITE

Nos exemplos acima os termos concordam em gênero e número com o


substantivo.
OBS. A expressão “em anexo” é invariável.
Ex. Os papéis seguem em anexo.
Gabarito: E

30) CESPE/AFCE/TCE SC/Cont. Externo/Administração/2016


Texto CB2A2BBB
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço

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público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse
público.
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e
valores públicos.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.
Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas
para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e
outros desvios dentro de determinada organização.
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item
subsequente.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes
que violem os princípios éticos” seriam mantidas caso a forma verbal “violem”
fosse flexionada no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao
“risco”.
Certo
Errado
Comentários:
O uso do singular não é possível, pois o verbo VIOLAR diz respeito ao termo
“atitudes” ao qual o termo QUE se refere.
Note que o trecho “que violem os princípios éticos” trata-se de uma oração
subordinada adjetiva restritiva que especifica determinados tipos de
“atitudes”.
“e à redução do risco de atitudes que/AS QUAIS violem os princípios éticos”
Gabarito: Errado
VALEU PESSOAL!!!
Espero que tenham aproveitado bem a aula. Em caso de dúvidas, não hesitem
em utilizar o nosso fórum.
Abraço a todos!!!

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5 - Lista de Exercícios

1) CESPE/Agente/PF/1997
Quanto ao uso correto da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
O vendedor chegou a supor que seu freguês estava desejoso de adquirir alguma
dessas revistas pornográficas, que estampam fotos de homens e de mulheres
nus.
Certo
Errado

2) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2007
Berço da civilização ocidental, o mar Mediterrâneo banha 21 países e abriga
praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de
turistas por ano. Pesquisa recente mostra que ele é o mais poluído dos mares
do planeta. A cada ano, suas águas recebem: 9 milhões de toneladas de
resíduos industriais e domésticos não tratados, 60% produzidos por França,
Itália e Espanha; 15 milhões de toneladas de detritos produzidos por 200
milhões de turistas que visitam suas praias; 600.000 toneladas de petróleo
derramadas por navios durante o movimento de carga e descarga e 30.000
toneladas perdidas em acidentes; redes de pesca e embalagens plásticas,
responsáveis pela morte de 50.000 focas que confundem esses objetos com
ntos.
Veja, 1.º/8/2007, p.1167 (com adaptações).
Acerca das estruturas lingüísticas do texto acima e da organização de suas
idéias, julgue os itens subseqüentes, considerando, ainda, aspectos relativos à
questão ambiental no mundo contemporâneo.
O desenvolvimento da argumentação do texto mostra que seriam mantidas a
correção gramatical e a coerência textual se o termo "derramadas" fosse
substituído por derramado.
Certo
Errado

3) ESAF/AFC/CGU/2002
Assinale a norma gramatical que justifica, com correção e propriedade, a flexão
plural do verbo ser no período abaixo.
"Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário
nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente
ditos."

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(Revista CNT, "Lixo tributário")


a) "Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com o
predicativo, se este é plural." (Luiz Antonio Sacconi)
b) "Nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concorda com
o substantivo ou pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu
sujeito." (Celso Cunha & Lindley Cintra)
c) "Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois
for pronome pessoal, a concordância será facultativa (pode-se concordar com o
sujeito ou o predicativo)." (Dileta S. Martins & Lúbia S. Zilberknop)
d) "Expressões de sentido quantitativo (...) acompanhadas de complemento no
plural admitem concordância verbal no singular ou no plural." (Manual de
Redação da Presidência da República)
e) “Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por série aditiva enfática
(...), o verbo concorda com o mais próximo ou vai ao plural (o que é mais
comum quando o verbo vem antes do sujeito)". (Evanildo Bechara)

4) CESPE/Agente/PF/2009
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em
sociedades de tipo capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo
geral, a democratização das sociedades impõe limites ao mercado, assim como
desigualdades sociais em geral não contribuem para a fixação de uma tradição
democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa
cracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas,
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se
esgota nelas. É tempo de voltar ao filósofo Espinosa e imaginar a democracia
como uma potencialidade do social, que, se de um lado exige a criação de
formas e de configurações legais e institucionais, por outro não permite parar.
A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e
civis. O tema da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas
sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12,
jul./2009, p. 57 (com adaptações).
Com base nas estruturas linguísticas e nas relações argumentativas do texto
acima, julgue o item seguinte.
Na linha 4, a flexão de singular em "não se trata" deve-se ao emprego do
singular em "um regime".
Certo
Errado

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5) CESPE/Analista/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2013
O direito a distância semelha um bloco de justiça como a montanha semelha
um bloco de azul. E é isso a justiça: um azul de montanha. À medida que nos
aproximamos, esse azul se esvai. A nitidez e a harmonia desfazem-se num
turbilhão caótico de detalhes grosseiros.
A beleza do direito transfunde-se no cipoal entrançado do formalismo. Ao que
nele penetrou espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só
conseguir fórmulas — tudo amarelo, cor de ouro, e nada, nada azul, a cor da
justiça. O azul, a justiça, a harmonia, a equidade — puras ilusões da ótica
humana.
(...)
José Bento Monteiro Lobato. Literatura do minarete. São Paulo: Globo, 2008,
p. 265 (com adaptações).
A respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que
se segue.
Na linha 3, a forma verbal “espanta” flexiona-se no singular para concordar com
o sujeito oracional “Ao que nele penetrou”.
Certo
Errado

6) CESPE/Cont./MTE/2014
á ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro.
Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter
muito dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado
financeiro são muito complexos.
Mauro Calil. Deixe de ser devedor. Internet: <www.exame.com> (com
adaptações) .
Julgue o item subsequente, referente às ideias e aos aspectos linguísticos do
texto acima.
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por Existe sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do período.
Certo
Errado

7) FGV/AFRE/SEFAZ RJ/2008
ÉTICA E TRIBUTO
(...)

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Estudos da Secretaria da Receita Federal, com base no recolhimento da CPMF,


mostram que um terço dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição, o que
significa dizer que foram objeto de evasão, elisão ou isenção fiscais. Trata-se
de percentual elevado, porém bem inferior a uma muito propalada estimativa
de sonegação no Brasil ("para cada real arrecadado corresponde um real
sonegado").
(...)
(Everardo Maciel. www.braudel.org.br)
"...mostram que um terço dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição..."
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo "um terço", não se tenha
mantido a concordância em conformidade com a norma culta. Desconsidere a
possibilidade de concordância atrativa.
a) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição
b) mostram que menos de 2% dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição
c) mostram que grande parte dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição
d) mostram que três quartos dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foram tributados apenas por aquela contribuição
stram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição

8) CESPE/TJ/TRE ES/Administrativa/"Sem Especialidade"/2011


Considerando que o item seguinte, na ordem em que esta apresentado, é parte
sucessiva de um texto adaptado do jornal Estado de Minas de 29/11/2010,
julgue-o com referência à correção gramatical.
O empenho da Igreja Católica e de organizações não governamentais reunidas
no Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral e o permanente
acompanhamento da imprensa forçou a tramitação relativamente rápida do
projeto nas duas casas do Congresso.
Certo
Errado

9) CESPE/TJ/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011

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Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um


ano mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses
de pois, em 12 de novembro.
Os membros da constituinte eram escolhidos por meio dos mesmos critérios
estabelecidos para a eleição dos deputados às cortes de Lisboa. Os eleitores
eram apenas os homens livres, com mais de vinte anos e que residissem por,
pelo menos, um ano na localidade em que viviam, e proprietários de terra. Cabia
a eles escolher um colégio eleitoral, que, por sua vez, indicava os deputados de
cada região. Estes tinham de saber ler e escrever, possuir bens e virtudes. Em
uma época em que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da população, só
um entre cem brasileiros era elegível. Os nascidos em Portugal tinham de estar
residindo por, pelo menos, doze anos no Brasil. Do total de cem deputados
eleitos, só 89 tomaram posse. Era a elite intelectual e política do Brasil,
composta de magistrados, membros do clero, fazendeiros, senhores de
engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais
tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província,
sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do Império.
O local das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido
remodelada pelo vice-rei conde dos Arcos para abrigar parte da corte
portuguesa de D. João. No dia da abertura dos trabalhos, D. Pedro chegou ao
prédio em uma carruagem puxada por oito mulas. Discursou de cabeça
descoberta, o que, por si só, sinalizava alguma concessão ao novo poder
constituído nas urnas. A coroa e o cetro, símbolos do seu poder, também foram
deixados sobre uma mesa.
ntino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, p. 21316 (com
adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às relações sintáticas e semânticas do texto.
Nas duas orações do primeiro parágrafo do texto em que o sujeito está elíptico,
a referência é o termo "a constituinte" tal como expressa a concordância, em
número e gênero, desse termo com os particípios a ele relacionados.
Certo
Errado

10) CESPE/AJ/TRE ES/Administrativa/2011


As eleições no Brasil mobilizam os veículos de informação também pelo
anedotário que produzem. Curiosamente, a presença crescente de indígenas no
processo eleitoral nos é transmitida exatamente nesse registro. De certo modo,
a participação dos indígenas na disputa por vagas nos Poderes Legislativo e
Executivo é apresentada no mesmo tom de estranheza com que o jornalismo
brasileiro descreve xinguanos paramentados com sandálias havaianas e calções

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adidas. É como se a candidatura indígena selasse, solenemente, a inexorável


aculturação.
Para além desse anedotário há, de fato, muito que refletirmos. Afinal, os mais
diversos povos indígenas estão lidando com as grandes instituições da
sociedade branca e com processos políticos pertencentes a uma gramática social
e simbólica que lhes é absolutamente estranha, ao menos na maneira como
estamos acostumados a pensar. A começar pela representação política, que
envolve, no mínimo, premissas e categorias mentais muito distintas dos modos
nativos de fazer política.
A política, que em muitas formulações nativas atravessa a vida social de
maneira ampla, articulando-se simultaneamente às regras do parentesco, ao
complexo ritual e religioso, ao discurso cosmológico, passa então a circular em
uma ordem específica, a ordem política, regida por uma racionalidade
burocrática e fundamentada em valores que se pretendem universalmente
válidos. Formas tradicionais de liderança política como, por exemplo, a
assumida pelo sábio ancião, com sua oratória sensível, seu zelo pela
reatualização permanente do legado mitológico e da tradição, seu prestígio
guerreiro − cedem lugar para uma nova forma de liderança, dessa vez
protagonizada por jovens talentosos, escolarizados, falantes do português,
minimamente conhecedores dos códigos e peculiaridades do mundo dos
brancos.
Marcos Pereira Rufino. Instituições dos brancos. Internet:
<www.pib.socioambiental.org>, set./2000 (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.
A forma verbal "é" está flexionada no singular porque concorda com o nome
"disputa".
Certo
Errado

11) CESPE/AJ/TRE RJ/Administrativa//2012


Texto para o item
As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio de defesa
de seus interesses e de conquista de representação política, tal como a
implantação do sistema de quotas para aumentar o número de representantes
eleitas.
O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos — atualmente,
uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais — constitui um déficit a
corrigir. A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático
— local, nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias
democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a
necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.

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Internet: <http://www.unric.org/pt/> (com adaptações).


Julgue o item que se segue, relativo a aspectos estruturais do texto.
Se a palavra "atendidas" fosse flexionada no masculino — atendidos —, estariam
mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto.
Certo
Errado

12) CESPE/AJ/TRE GO/Administrativa/2015


Texto I
Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação da República foram de
grandes incertezas quanto aos trilhos que a nova forma de governo deveria
seguir. Em uma rápida olhada, identificam-se dois grupos que defendiam
diferentes formas de se exercer o poder da República: os civis e os militares.
Os civis, representados pelas elites das principais províncias — São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul —, queriam uma república
federativa que desse muita autonomia às unidades regionais. Os militares, por
outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à autonomia
buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada
grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida
pelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas havia cidadãos?
Formalmente, a Constituição de 1891 definia como cidadãos os brasileiros natos
e, em regra, os naturalizados. Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e
os de idade que tivessem se alistado conforme determinação legal. Mas
o que, exatamente, significava isso? Em 1894, na primeira eleição para
presidente da República, votaram 2,2% da população. Tudo indica que, apesar
de a República ter abolido o critério censitário e adotado o voto direto, a
participação popular continuou sendo muito baixa em virtude, principalmente,
da proibição do voto dos analfabetos e das mulheres.
No que se refere à legislação eleitoral, alguns instrumentos legais vieram a
público, mas nenhum deles alterou profundamente o processo eleitoral da
época. As principais alterações promovidas na legislação contemplaram o fim
do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essas modificações, embora
importantes, tiveram pouca repercussão prática, já que o voto ainda era restrito
— analfabetos e mulheres não votavam — e o processo eleitoral continuava
permeado por toda sorte de fraudes.
Ane Ferrari Ramos Cajado, Thiago Dornelles e Amanda Camylla Pereira.
Eleições no Brasil: uma história de 500 anos. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, 2014, p. 278. Internet: <www.tse.jus.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, acerca das estruturas linguísticas do texto I.

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O trecho “votaram 2,2% da população” poderia, sem prejuízo gramatical ou de


sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma: 2,2% da população votou.
Certo
Errado

13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em
seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura.
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca.
A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de
todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente,
exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava,
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria,
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos,
aram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por
uma. No início ainda tentou disfarçar.
Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga, espalhavam-se pelo mundo, e
agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava
bem certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referente aos aspectos linguísticos e às ideias do texto


O homem que só tinha certezas.
A forma verbal “havia”, em “não havia mais dúvidas”, poderia ser corretamente
substituída por existia.
Certo
Errado

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14) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2008
Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como
incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da
complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código
unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do
sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste
processo, o "modelo econômico" alcança sua perfeição, que não é somente
descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma
do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio
supremo de perfeição a globalização representa.
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e
é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente
afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa
viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada
a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo.
Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos
escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as
premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma
dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos,
aproximadamente.
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso
extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um "argumento". Parece
ente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e
fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em
suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto
de modernidade e de seu paradigma de progresso.
G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno:
uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís
Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os
sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.ª ed.
Petrópolis RJ: Vozes; Brasília: NEDIC, 1999, p. 1389 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto, julgue o item


seguinte.
A forma verbal "têm" em "têm se afirmado" estabelece relação de concordância
com o termo antecedente "ideologia".
Certo
Errado

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15) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2008
Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e
cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forças serviram
principalmente à empresa de as congregar: o emprego da língua delas, desde
que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi. A
minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que
eu era o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício
desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando
em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos
seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...)
Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na
escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos
tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava
exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso ou achar
uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei
o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à
maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem
nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo,
cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à
prova as aptidões políticas da jovem sociedade.
A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico,
roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular.
Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão
Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de
Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das
nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião;
ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas
na prática.
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas).
In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José
Aguilar, 1959, p. 3378.

Julgue o seguinte item, que se refere a aspectos lingüísticos do texto.


O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se
no singular, sem concordar com o sujeito da oração "vinte aranhas".
Certo
Errado

16) FUNCAB/Tec/SESACRE/Contabilidade/2014

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Assinale a opção em que, de acordo com a norma culta, a concordância nominal


está correta.
a) Eles mesmo consertaram os aparelhos.
b) Seguem anexas as procurações exigidas.
c) A secretária ficou meia surpresa com a promoção.
d) Os técnicos substituíram bastante peças.
e) Naquele dia havia menas funcionárias na sala.

17) CESPE/ACE/TCDF/2012
A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se organizou, ao longo do tempo,
o Estado. Nas formas primitivas de organização social, ainda tribais, o poder era
concentrado nas mãos de um único chefe, soberano e absoluto, com poder de
vida e morte sobre seus subordinados, fazendo e executando as leis.
Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e romana foram as que primeiro
fizeram uma tentativa de compartilhar o poder, criando instituições como a
Eclésia e o Senado. Contudo, essa experiência foi posta de lado quando as
trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos
de estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que não
conheciam outro limite senão seu próprio poder.
O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no período
renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da época,
do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do
poder nas mãos dos soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua
autoridade, unificaram os diversos feudos e formaram vários dos Estados
modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra foi a Inglaterra, onde, já
em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que o
obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco
barões para aumentar os impostos. A fim de fazer valer essa exigência, foi
assinada a Magna Carta. Nascia o embrião do parlamento moderno, com a
finalidade precípua de limitar o poder do rei.
Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder legislativo no século
XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item que se segue.
A forma verbal "representaram" está no plural para concordar com o sujeito
composto da oração, cujos núcleos são "fim", "século" e "ressurgimento".
Certo
Errado

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18) CESPE/Técnico/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os
livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam
todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro
que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro,
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de
encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na
nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1989 (com adaptações).

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.


A forma verbal “teria” está flexionada na terceira pessoa do singular, para
concordar com “apartamento”, núcleo do sujeito da oração em que ocorre.
Certo
Errado

19) CESPE/AIE/MPOG/Área I/2012


É um erro buscar o crescimento pelo crescimento, sem levar em conta os seus
efeitos mais amplos e as suas consequências. É necessário ponderar, entre
outros fatores, o impacto ambiental. É fundamental também usar os frutos do
crescimento, para aprimorar a qualidade de vida da população de maneira
abrangente, e não apenas para favorecer certos grupos. Precisamos prestar
atenção em como podemos tirar o melhor proveito do enriquecimento do país.
Sou contra o crescimento pelo crescimento, e ofereço todas as minhas críticas

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àqueles que são a favor. Entretanto, àqueles que não buscam nenhum
crescimento, como é o caso da Europa hoje em dia, minhas críticas são ainda
mais severas. Adam Smith estava certo quando observou que o crescimento
aumenta a renda da população e, assim, amplia a capacidade das pessoas de
ter acesso a melhores condições de vida. Estava certo também quando disse
que o crescimento gera os recursos necessários para que os governos possam
exercer suas atividades essenciais.
Amartya Sem. Mercado, justiça e liberdade. In: Veja, 2/5/2012 (com
adaptações).
No que se refere à organização das ideias no texto acima, julgue o item
seguinte.
O emprego da flexão de masculino em "necessário" justifica-se pelo fato de esse
vocábulo concordar com a expressão "o impacto ambiental".
Certo
Errado

20) FGV/Ana/TJ-SC/Administrativo/2015

A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à concordância verbal


recomendada pela norma culta é:

a) A lista de assinantes da revista, uma vez autenticada pela direção, mostram


profissões as mais estranhas possíveis.

nhum dos terroristas que vinham atacando alvos na Europa nos últimos
meses apresentaram-se à Polícia.

c) Segundo a TAM, o voo teve seu atraso justificado, mas quem voaria para
outros países foi transferido para outras companhias.

d) Os cães aprendem a andar com as próteses, equipamento que os ajuda a se


deslocar de um lugar para outro.

e) Mas foram nos jogos da Copa do Mundo que a maioria dos jogadores
conquistaram a fama que hoje justifica seus altos salários.

21) CESPE/AIE/MPOG/Área I/2012


O aumento da população, o crescimento econômico e a sofisticação das relações
sociais requerem mais serviços públicos, de maior qualidade e crescente
complexidade. Para fazer frente a essas demandas, o dimensionamento
adequado da força de trabalho no setor público é condição necessária, mas não
suficiente. Elas requerem que o Estado atente também para a qualificação de
uma força de trabalho às voltas com questões cada vez mais complicadas. O

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desafio é a construção de um Estado "inteligente". A tese do inchaço da


"máquina pública" e da consequente necessidade de redução do "tamanho do
Estado" no Brasil merece uma análise mais aprofundada.
É fato que os números absolutos impressionam. Sendo um país de dimensões
continentais e com uma das cinco maiores populações do mundo, é natural que
o Brasil conte com uma quantidade expressiva de servidores públicos. Ciente
de que não houve explosão do quantitativo de servidores no Poder Executivo
federal, porém convencido de que novas autorizações de ingresso devem ser
feitas de forma criteriosa, o governo federal vem buscando conferir maior
racionalidade à gestão de pessoas no serviço público, atentando para as
necessidades mais prementes de áreas que implementam programas
fundamentais para o país e esforçando-se para profissionalizar cada vez mais a
gestão pública.
Marcelo V. E. de Moraes et al. O mito do inchaço da força de trabalho do
Executivo federal. Internet: <www.planejamento.gov.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, a respeito da organização das ideias e das estruturas


linguísticas do texto acima.
A flexão de plural em "requerem" justifica-se pelo emprego do plural em
"relações sociais".
Certo
Errado

22) CESPE/OTI/ABIN/Administração/2010
(…) A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema
Brasileiro de Inteligência (SISBIN), deve assumir a missão de centralizar,
processar e distribuir dados e informações estratégicas para municiar os órgãos
policiais (federais, estaduais e municipais) nas ações de combate ao crime
organizado. Além disso, a ABIN é responsável por manter contato com os
serviços de inteligência parceiros, para favorecer a troca de informações e a
cooperação multilateral.
Cristina Célia Fonseca Rodrigues. A atividade operacional em benefício da
segurança pública: o combate ao crime organizado. In: Revista Brasileira de
Inteligência. Brasília: ABIN, n.o 5, out./2009. Internet: <www.abin.gov.br>
(com adaptações).
Com referência às estruturas linguísticas empregadas no texto, julgue o item
subsequente.
A substituição do termo "estratégicas" por estratégicos não causaria prejuízo à
correção gramatical nem ao sentido do texto.

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Certo
Errado

23) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é:
a) Contam-se que o poeta Manuel Bandeira ficou extasiado e impressionado ao
ouvirem as novas batidas do violão de João Gilberto.
b) As canções de Caetano Veloso, cuja letra costumam despertar discussões
acaloradas, são considerados por muitos grandes poemas da literatura nacional.
c) Já se passou vários anos do surgimento da bossa nova, mas Chega de
saudade, de João Gilberto, continua a encantar os ouvidos ao redor do mundo.
d) Além de uma canção de João Gilberto, Chega de saudade é o título do livro
de Ruy Castro em que o autor relembra os protagonistas da bossa nova.
e) Imagina-se que, embora pouco estudados, deve existir motivos sociais para
a indiferença com que as camadas superiores durante muito tempo via o samba.

24) CESPE/ATI/ABIN/Administração/2010

Para Calvino, a rapidez a ser valorizada em nosso tempo não poderia ser
exclusivamente aquele tipo de velocidade inspirada por Mercúrio, o deus de pés
alados, leve e desenvolto. Por meio de Mercúrio se estabelecem as relações
entre os deuses e os homens, entre leis universais e casos particulares, entre a
natureza e as formas de cultura. Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio
precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um "deus
que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado
em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos
os detalhes joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes
e armadilhas".

Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e


flexibilidade surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em
principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando
lugar comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos
discursos. Empresas, governos, universidades, exércitos e indivíduos querem
ser ágeis. Também os serviços de inteligência querem ser ágeis, uma exigência
cada vez mais decisiva para justificar sua própria existência no mundo de hoje.

Marco A. C. Cepik. Serviços de inteligência: agilidade e transparência como


dilemas de institucionalização. Rio de Janeiro: IUPERJ, 2001. Tese de
doutorado. Internet: <www2.mp.pa.gov.br> (com adaptações).

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Julgue o próximo item, referente às estruturas do texto e ao vocabulário nele


empregado.

A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser
flexionada no plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância,
precisão e flexibilidade".

Certo

Errado

25) FGV/Aud/AL-BA/Auditoria/2014

Sai a energia limpa, entra o pré‐sal

Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro,


pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse
fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso
país.

Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das
mais limpas do mundo. Entre 80% e 90% da nossa geração elétrica vêm de
fontes renováveis. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no
Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil
empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas
centrais hidrelétricas.

Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos
que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas.

Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados,
empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas
13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool
+ biomassa, com 19,3%).

Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado
brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes
energéticas renováveis e limpas. Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a
potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas
tecnologias.

Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e
nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a
redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma
verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem
pré‐sal” pelos royalties do tesouro recém‐descoberto.

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A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os
projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e
popularização de fontes energéticas limpas.

(....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem


nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil
fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética.

Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito
sua parte para espantá‐lo definitivamente. Mas, como não há planejamento, faz
isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro
mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta
de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva.

(José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014)

“Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de fontes renováveis”.

Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, por fazer concordar o verbo
(vêm) com o número da porcentagem.

Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta.

a) 1% dos brasileiros não acredita no governo.

b) 5% da população tem medo do apagão.

c) 12% dos cariocas apreciam futebol.

d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil.

e) 32% do consumo se dirige a supérfluos.

26) CESPE/ATI/ABIN/Administração/2010

Para Calvino, a rapidez a ser valorizada em nosso tempo não poderia ser
exclusivamente aquele tipo de velocidade inspirada por Mercúrio, o deus de pés
alados, leve e desenvolto. Por meio de Mercúrio se estabelecem as relações
entre os deuses e os homens, entre leis universais e casos particulares, entre a
natureza e as formas de cultura. Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio
precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um "deus
que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado
em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos
os detalhes joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes
e armadilhas".

Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e


flexibilidade surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em
principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando
lugar comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos

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discursos. Empresas, governos, universidades, exércitos e indivíduos querem


ser ágeis. Também os serviços de inteligência querem ser ágeis, uma exigência
cada vez mais decisiva para justificar sua própria existência no mundo de hoje.

Marco A. C. Cepik. Serviços de inteligência: agilidade e transparência como


dilemas de institucionalização. Rio de Janeiro: IUPERJ, 2001. Tese de
doutorado. Internet: <www2.mp.pa.gov.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, referente às estruturas do texto e ao vocabulário nele


empregado.

Se os adjetivos "leve" e "desenvolto" fossem empregados no plural, seriam


mantidas a correção gramatical e a coerência do texto, mas seu sentido original
seria alterado.

Certo

Errado

27) FGV/Aud/CGE-MA/2014

Utopias e distopias

Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua


origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias
fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas
Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo
o, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal,
que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo
antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a
diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo
seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse
alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam
a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia
dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de
guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham
menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita
da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só
poderia existir mesmo na sua imaginação.

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos,


ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua
época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade
escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia
muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos
uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana.
Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a

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emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O


sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon,
na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros
atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no
mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam
por elas.

Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível.


No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em
estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros
não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso
aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação,
em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que
só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia.

(Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013)

“...na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião”.

Assinale a forma verbal que substitui erradamente a forma verbal sublinhada.

a) deveria haver

b) deveria existir

c) poderiam haver

d) poderiam existir

deria haver

28) CESPE/AUFC/TCU/Apoio Técnico e


Administrativo/Tecnologia da Informação/2010

A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez mais


moldada e "globalizada" pela transmissão e difusão das formas significativas,
visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquanto o
desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente
frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma
nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de
novas relações familiares, bem como à privatização do público. Faz-se
necessário frisar que o imaginário social acompanha lentamente essa evolução,
nem sempre aceitando o rompimento dos costumes fortemente arraigados.

Vera Lúcia Pires. A identidade do sujeito feminino: uma leitura das


desigualdades. In: M. I. Ghilardi-Lucena (Org.). Representações do feminino.
PUC: Átomo, 2003, p. 209 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativo à organização das ideias no texto acima e aos

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seus aspectos gramaticais.

Na linha 4, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância


desse termo com "imaginário social"; no desenvolvimento da argumentação,
essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o primeiro termo na
comparação com "evolução".

Certo

Errado

29) FGV/FRE/SEAD AP/2010

O jeitinho brasileiro e o homem cordial

O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de pouca


influência social. Em nada se relaciona com um sentimento revolucionário, pois
aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca é obter um
rápido favor para si, às escondidas e sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho
pode ser também definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se
"dar bem" em uma situação "apertada".

Sérgio Buarque de Holanda, em O Homem Cordial, fala sobre o brasileiro e uma


característica presente no seu modo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao
contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que
significa coração. Portanto, o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas
aquele que age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinção entre
ado e o público, detesta formalidades, põe de lado a ética e a civilidade.

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter


emocional do brasileiro, descrito como "o homem cordial" pelo antropólogo. No
livro Raízes do Brasil, esse autor afirma que o indivíduo brasileiro teria
desenvolvido uma histórica propensão à informalidade. Deve-se isso ao fato de
as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral,
não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição
de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes
aos interesses das elites políticas e econômicas de então. Daí a grande tendência
fratricida observada na época do Brasil Império, que é bem ilustrada pelos
episódios conhecidos como Guerra dos Farrapos e Confederação do Equador.

Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades.


Desmoralizadas, incapazes de se impor, as leis não tinham tanto valor quanto,
por exemplo, a palavra de um "bom" amigo. Além disso, o fato de afastar as
leis e seus castigos típicos era uma prova de boa-vontade e um gesto de
confiança, o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência. De
acordo com testemunhos de comerciantes holandeses, era impossível fazer
negócio com um brasileiro antes de fazer amizade com ele. Um adágio da época

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dizia que "aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo". A informalidade era e ainda
é uma forma de se preservar o indivíduo.

Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta "cordialidade" não deve ser
entendida como caráter pacífico. O brasileiro é capaz de guerrear e até mesmo
destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou seja,
emocionais.

(In: www.wikipedia.org com adaptações.)

Assinale a alternativa que apresenta uma concordância nominal incorreta.

a) Persistência é necessário à obtenção de resultados positivos na carreira


profissional.

b) As questões definidas serão bastantes para a arguição do doutorando.

c) Vão incluídos na pasta do congressista a programação e o mapa dos locais


dos eventos.

d) Consideraram-se satisfatórios os resumos encaminhados à organização do


simpósio.

e) Anexo à tese vão as cópias dos documentos históricos referidos no artigo.

30) CESPE/AFCE/TCE SC/Controle


Externo/Administração/2016
CB2A2BBB
O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial
danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação
preventiva do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço
público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse
público.
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e
valores públicos.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.

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Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas


para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e
outros desvios dentro de determinada organização.
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item


subsequente.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes
que violem os princípios éticos” seriam mantidas caso a forma verbal “violem”
fosse flexionada no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao
termo “risco”.
Certo
Errado

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6 – Gabarito

1 C 7 C 13 E 19 E 25 D
2 C 8 E 14 E 20 C 26 C
3 A 9 C 15 E 21 E 27 C
4 E 10 E 16 B 22 C 28 E
5 E 11 E 17 E 23 D 29 E
6 E 12 C 18 E 24 E 30 E

7 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.

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