Ficha Informativa Felizmente Há Luar!
Ficha Informativa Felizmente Há Luar!
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Tempo da História
(século XIX – 1817)
- agitação social que levou à revolta liberal de 1820 – conspirações
internas; revolta contra a presença da Corte no Brasil e contra a influência do exército
britânico
- regime absolutista e tirânico
- classes sociais fortemente hierarquizadas
- classes dominantes com medo de perder privilégios
- povo oprimido e resignado
- a “miséria, o medo e a ignorância”
- obscurantismo, mas “felizmente há luar”
- luta contra a opressão do regime absolutista
- Manuel, “o mais consciente dos populares”, denuncia a opressão e a miséria
- perseguições dos agentes de Beresford
- as denúncias de Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento que, hipócritas, e sem
escrúpulos denunciam
- censura à imprensa
- severa repressão dos conspiradores
- processos sumários e pena de morte
- execução do General Gomes Freire, em 1817
Tempo da escrita
(século XX – 1961)
- agitação social dos anos 60 – conspirações internas; principal irrupção da guerra
colonial
- regime ditatorial de Salazar
- maior desigualdade entre abastados e pobres
- classes exploradas, com reforço do seu poder
- povo reprimido e explorado
- miséria, medo e analfabetismo
- obscurantismo, mas crença nas mudanças
Professora: Cristina Maia
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- luta contra o regime totalitário e ditatorial absolutista
- agitação social e política com militares antifascistas a protestarem
- Perseguições da PIDE
- denúncias dos chamados “bufos”, que surgem na sombra e se
disfarçam, para colher informações e denunciar
- censura
- prisão e duras medidas de repressão e de tortura
- condenação em processos sem provas
As personagens
GOMES FREIRE: protagonista, embora nunca apareça é evocado através da esperança
do povo, das perseguições dos governadores e da revolta da sua mulher e amigos. É
acusado de ser o grão-mestre da maçonaria, estrangeirado, soldado brilhante, idolatrado
pelo povo. Acredita na justiça e luta pela liberdade.
D. MIGUEL FORJAZ: primo de Gomes Freire, assustado com as transformações que não
deseja, corrompido pelo poder, vingativo, frio e calculista.
PRINCIPAL SOUSA: fanático, corrompido pelo poder eclesiástico, odeia os franceses
BERESFORD: poderoso, interesseiro, calculista, trocista, sarcástico
VICENTE: sarcástico, demagogo, falso humanista, movido pelo interesse da recompensa
material, hipócrita, despreza a sua origem e o seu passado.
MANUEL: denuncia a opressão a que o povo está sujeito.
MATILDE DE MELO: corajosa, exprime romanticamente o seu amor, reage violentamente
perante o ódio e as injustiças, sincera, ora desanima, ora se enfurece, ora se revolta, mas
luta sempre.
SOUSA FALCÃO: inseparável amigo, sofre junto de Matilde, assume as mesmas ideias
que Gomes Freire, mas não teve a coragem do General.
MIGUEL FORJAZ, BERESFORD e PRINCIPAL SOUSA : perseguem, prendem e
mandam executar o General e restantes conspiradores na fogueira. Para eles, a
execução à noite, constituía uma forma de avisar e dissuadir os outros revoltosos, mas
para Matilde era uma luz a seguir na luta pela liberdade.
Os símbolos
3. A fogueira/o lume
Após a prisão do general, num diálogo de “tom profético” e com “voz triste”
(segundo a didascália), o Antigo Soldado, afirma: “Prenderam o General…Para nós, a
noite ainda ficou mais escura…”. A resposta ambígua do 1º Popular pode assumir
também um carácter de profecia e de esperança: “É por pouco tempo, amigo. Espera pelo
clarão das fogueiras…”. Matilde, ao afirmar que aquela fogueira de S. Julião da Barra
ainda havia de “incendiar esta terra!”, mostra que a chama se mantém viva e que a
liberdade há-de chegar.