Exame Da UP 2019 Portugues PDF
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TEXTO 1
o desenvolvimento uqdtio desempenha um papel importante na redugao da pobreza, por{ile as familias rurais obt6m
os seus rendinrentos directamente da produp6o agricoia e <le actividades n6o
agricolas que tem uma forte ligagao com
a economia agdcola local. Por isso, a'elevagflo do nivel de escolaridad., o
i
.r"i"i*ento agrlcola, incluindo aumento
daprodutividadeeoacessoatecnologiaeamercados,6funclamentalparaaredugsodapJbrezarural.
Em paises ricos, os rendimentos das culturas por hectare aumentaram e sio pelo menos I0 vezes superiores
aos
verificados nos palses mais pobres. Esse crescimento significativo nos nlveis de rendiinento tem
sido o resultado de
avangos na investigag5o e na tecnologia agriirias, incluindo a bio-tecnologi4 bem como
do aumento simultaneo da
produtividade de capital e de trabalho
A transformagSo estrrrfural da economia deve assentar no desenvolvimento agricola- Assim,
reafirma-se o princfpio
constitucional de que a terra pertence ao Estado, que deve garantir o ,., *"rr-o, posse e
usufruto aos mogambicanos,
promover a sua alocag5o eficiente e regular as transacgdes mercantis relativas
ao uso e aproveitamento.
Mogambique tem um grande potencial agr{cola cnjo sucesso depende de uma politica de desenvolvimento
rural que
valaljzn o factor humano, particularrnente a mulher que d a maioria no conjunto da populagflo rural. Sem o
i possivef-atingii os objectivos do
envolvimento e a participagEo activa das comunidades rurais e da mulher, ndo
desenvolvimento, em especial, o desenvolvimento rural.
A opg6o estratdgica do desenvolvimento comunitiirio em Mogambique relaciona-se com a formagao do capital
nacignal paxa que o desenvolvimento, e ndo somente o crescimento econ6mico, tenha lugar. O capitai financeiro
obtido em Mogambique deve beneficiar a actividade produtiva agriiria e a indristria transformadora nacional.
O erescimento acelerado da agro-indristria de pequena e mddia escala deve desenrolar-se num quadro institucional que
se ciesenvolve a partir do distrito, seodo esta a forma de aumentar a procura agregada junto dos pobres rurais, com
recurso d poupanga externa, ern paralelo com o investimento da poupanqa interna no desenvolvimento do capital
social e humano e na utilizagflo da terra e do trabalho como capital iniciat dos camponeses.
A primeira prioridade serd a seguranga alimentar, o acesso a alimentos em quantidade e qualidade ao longo ide todo o
ano.
- Promover as agro-indirstrias;
* Tomar o processo de obtengSo de titulos de uso
e aproveitamento da terra mais cdlere, fi6ve1 e transparente;
- Tornar a investigag6o e extensSo agricolas mais eficazes de rnodo a responder as necessidades imediatas dos
camponeses,
t
A melhoria no acesso aos servigos de educagdo e satde, o acesso ao cr6dito e aos mercados locais e internaciomis
pelas famflias rurais, bem como o investimento em infra-estruturas, particularmente vias de aoesson devem
desempenhar um papel chave nunra estratdgia de desenvolvimento rural.
Comit6 de Conselheiros. o'Desenvolvimento Rwal". Agendo 2025 - Visdo e Estratigia da Nagdo. Maputo: Comitd
de Conselheiros. 2003. Pp. 109-ll0
Depois de ter lido atentamente o texto, Ieia cada questf,o e seleccione apenas a alternativa de resposta corrrcta,
I. Compreensflo do Texto
l. Segundo o texto, o desenvolvimento agrdrio efectivo para a redugflo da pobreza rural em Mogarnbique depende:
A. do empenho da familias rurais na actividade agr{cola.
B. do desenvolvimento exclusivo das tecnologias.
C. do incrennento dos niveis de escolaridade, da produtividade, das tecnologias e do comdrcio.
D. do armento da produgdo agricola e do processo de sua comercializag[o.
2. As estratdgias para desenvolver as comunidades rurais mogambicanas devem implicar:
A. A obtengEo de capital financeiro e o crescimento econ6mico.
B. A formagflo do capital nacionai e o crescimento econdmico.
C. A actividade produtiva agricola e a industria hansfonnadora. ,.
D. A actividade produtiva.
3. O crescimento dos rendimentos das culturas por hectare, nos paises ricos, constituem um argumento de que:
A. O desenvolvimento da agro-indristria d detenninante no combate da pobreza rural.
B. A investigagfio e a tecnologia agrfuias s6o fnicos factores de combate a pobreza rural.
C. O desenvolvimento agario d determinarte no combate da pobreza nral.
D. Os niveis de rendimento tdm sido o resultado de avangos tecnol6gicos de investigagfio.
4. Assinale, nas alineas abaixo, a passagem do texto a partir da qual se pode perceber que o disffito 6 o polo de
desenvolvimento.
A. "A transfornragSo estrutural da economia deve assentar no desenvolvimento agrlcola do distrito".
B. "Mogambique tem um grande potencial agricola..."
C. O "sucesso depende de uma polltica de desenvolvimento rural..."
D. O "crescimento acelerado (...) deve desenrolar-se num quadro institucional que se desenvolve a partir do
distdto..."
8. De acordo com o texto, a frase o'Em paises ricos, os rendimentos das culturas por hectare aumentaram e s6o pelo
menos 10 vezes superiores aos verificados nos paises mais pobres" corresponde a:
A. Um exemplo. B. Uma conclusSo, C" Uma introdugdo. D. Uma explicagEo.
9. Neste texto, a frase "A pobreza, em Mogambiqug d um fendmeno generalizado, mas predominantemente rural.'o:
A. Argumenta sobre o problema apresentado pelo sujeito enunciador.
B. Explica aquilo que inquieta o zujeito enunciador.
C. Apresenta o pemamento defendido pelo sujeito enunciador.
7
- D.
10.
-Apresenta
A frase
a hip6tese sobre o que o sujeito enunciador
do texto a elevag6o do nfvel
pensa.
"... de escolaridade, o crescinnento agrfcola, incluiurlo o aumento da
produtividadeeoacessoatecnologiaeamercadosr6fundamentalparaaredu!f,odapobrezarural.rdumacto
de fala para:
A. Expor. B. Explicar. C. Argumentar. D. Desmwer.
11. O uso daforma passiva dese na frase 6'Assim, resfirma-se o princ(pio constitucional de que a terra pertence
ao Estador", 6 uma estratdgia lingufstica de:
A. hogressiio textual. B. Ocultagdo do sujeito enrmciador.
C. Expiicitaqlo do discurso. D. fugumentagio.
13. No se$nento "O desenvolvimento agrfurto desempenha urn papel importante na redugflo da pobrezarr,
sintacticamente, o verbo sublinhado 6:
A. Infransitivo. B. Transitivo indirecto. C. Transitivo directo. D. Transitivo directo e indirecto.
1.
14. Na frase "A opgflo estratdgica do desenvolvimento comunitdrio em Mogambique relaciona-se com a formagao do
capital nacional", o sujeito classifica-se como:
A. Sujeito complexo. B. Sujeito composto. C. Suj eito indeterminado. D. Sujeito simples.
15. O processo de formagEo das palavras sublinhadas na frase "A pgbfsz& em Mogambique, 6 um fen6meno
generalizado mas predominantelreu& rural" d, respectivamente:
A. DerivagSo por sufixagEo, derivagdo por prefixag6o e derivag1o por prefxagao e por sufixagdo.
B' Derivag6o por prefixagflo, derivag6o por sufixagflo e composigflo por aglutinagao.
C. ComposigSo por agiutinagEo, composiglo pr:r agiutinagao e derivagEo por sufixag6o.
D. Derivagdo por sufixagdo, derivagio por sufixagio e derivagdo por prefixagdo e por sufixaglo.
16. Na frase "Mogambique tem um grande potencial agricola cujo sucesso depende de uma politica de
desenvolvimento rural que valorize o factor humano,.., A oragflo sublinhada 6:
A. Subordinada integrante. B. Subordlnante. C. Subordinada relativa. D. Subordinada concessiva.
17. Na frase "Mogambique tem um grande potencial agricola cujo sucesso depende de uma polftica de
desenvolvimento rural qg valorize o factor humano..." A palavra sublinhada morfologicamente, d:
A. Uma preposigdo. B. Uma conjungEo integrante.
C. Um pronome relativo. C. Uma conjungEo consecutiva.
2A. A mesma palawa sublinhada nesta frase "A pobrezq em Mogambique, € um fen6meno generalizado mas
predominantemerlte rural" tem tm valor ou sentido:
A. Adversativo. B. Aditivo. C. Conclusivo. D. Consecutivo.
ilI. Literatura
21. O poeta considerado precursor da literatura mogambicana d:
A. Eduardo White. B. Rui de Noronha. C. Sebasti6o Alba. D. Anibal Aleluia.
22. Durante a luta armada de libertagfio nacional cultivou-se um tipo de poesia a que se denominou:
3
A. Poesia de protesto. B. Poesia de denrincia.
C. Poesia de combate. D" Poesia de libertagdo.
23. corno d que sa chama o poeta mogambicano agraciado com o prdmio .ocamses,,?
A' Heleodoro Bapista. B. Rui Nogar. c. ios6 craveirinha. D. Armando Artur.
IV. Composigflo
Leia atentamente os par6grafos que se seguem e ordene-os de modo a formar um texto coeso e coerente.
l. Nervoso, eu atendi ao seu comando. Fiquei atordoado por alguns segundos atd que o sil6ncio foi quebrado por
uma gargalhada do meu pai, seguido de um abrago forte e carinhoso. Aquela velLa caixa ndo porr.riu nenhuma
pedra preciosa, nenhum objeto valioso. Na verdade, ela estava vazia. Mas, ioi atrav6s dela que percebi que j6 tinha
ganhado o meu maior presente: o autocontrolo de saber agaardar pelo momento certo; a paci€ncii dt saber
esperar.
2. Era noite e a chuva caia torrencialmente sobre nossa casa. Como sempre acontece em noites de tempestade, a
energia acabou. L6 estiivamos apenas n6s: eu e o meu pai. Eu, crianga aindq estava neryoso e muito asiustado e,
para agravar, as estranhas formas tremulantes que o brilho das velas formava nas paredes, simplesmente, pioravam
tudo.
3. Meu pai ficara virivo muito cedo e ele era muito cuidadoso comigo. Hoje eu tenho a certezaque, naquela noite,
ele fez o que fez por ver a minha afligdo. Deixou-me sozinho por uns instantes, foi atd o quarto e voltou de 16 com
algo na m6o. Reconheci logo o pequeno objeto: era uma Caixa de madeira escura que ele mantinha em sua
escrivaninha. Eu tinha curiosidade em saber o que havia ali dentro, pois ele jri me havia falado que fora vov6
quem lhe presenteara ainda em sua mocidade.
4. Vinte anos se passaram e a misteriosa caixa manteve-se em meu poder. Sempre que eu passava por uma situagdo
dificil na escola, no trabalho, em minha vida conjugal, eu me recordava daquela noite de tempestade com o meu
papai. A doenga de meu filho foi o pior de todos os momentos. Os mddicos sO diriam que eu devia ter paciencia,
o
tratamento demoraria e que mesmo assim o resultado era incerto. Tive de ter um autocontrole que eu ririo conhecia
em mim. Meu pai acompanhou tudo de perto. At6 que um dia, finalmente, meu filho recebeu alta do tratamento.
Nesse dia meu pai, estando em nossa casa para nos felicitar pela melhor4 pediu-me que abrisse a caixa.
5. Naquele momento, ele entregou-me a caixa de madeira. Eu j6 n6o me aguentavaie curiosidade e j6 ia abri-la,
quando ele me fez jurar que eu jamais a abriria sem o seu consentimento. M"smo contrariado, que tinha
de obedecer. "r.u6iu
In: Revista Letras e artes, 2010 (adaptado)