Didactica
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Didactica
Albertina Bene
Chimoio
Junho
2020
Universidade Católica de Moçambique
Albertina Bene
Curso: Licenciatura em
Educação Física
Ano de frequência: ano
Turma:
Disciplina: Didáctica de
Desporto
2º Trabalho
Docente: Dra: Rofina Helena
Vasco
Chimoio
Junho
2020
3
Índice
Dedicatórias ........................................................................................................................................... 5
Agradecimentos ..................................................................................................................................... 6
1) Oque é necessário para que o professor tenha uma boa didáctica ? No mínimo 5 ideias. ......... 9
2) Liste o que um bom professor ou treinador deve observar para que o ensino seja eficiente e
tenha significado para o aluno ou atleta.............................................................................................. 9
3) O professor em sua prática educativa deve estar em basa dono tripé: o que ensinar, a quem
ensinar e como ensinar. Explique este tripé. ..................................................................................... 10
4) Por que o conteúdo ensinado pelo professor,deve ter significado para o aluno? Dê um
exemplo................................................................................................................................................. 11
8) Faz um trabalho de pesquisa com os seguintes temas: Finalidades, conteúdos e formas para
uma Proposta de avaliação; As abordagens do ensino-aprendizagem, Métodos de ensino e
Classificação dos meios de ensino (páginas ilimitadas). ................................................................... 14
A) Fale dos principais factores que intervêm no processo de ensino e treino desportivo ............. 18
11) Fale das principais fases que caracterizam o modelo técnico de iniciação. ............................. 19
4
12) Fale dos modelos alternativos ou compreensivos no ensino e treino desportivo. .................... 20
13) Fale das capacidades condicionais e das capacidades coordenativas (8páginas). ................... 23
18) Fale de alguns valores que os treinadores deverão estimular nos pais. ................................... 28
Dedicatórias
Este trabalho dedica a minha família Esposo, Filhos, pais e irmãos, por ter-me apoiado em
momentos difíceis, e a minha mãe Maria Pedro por ter-me ensinado o valor da educação e as
minhas amigas pela paciência nos momentos em que estiveram ao meu lado. E a todos
familiares que sempre acreditaram no meu trabalho.
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Agradecimentos
Para realização deste trabalho, contei com o precioso e amigável apoio e colaboração de
várias pessoas às quais aqui deixo os meus mais sinceros e reconhecidos agradecimentos.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.0.Contextualização
O ensino da Educação Física nas escolas e nas universidades não tem parecido ser uma tarefa
fácil para muitos professores. Uma das razões para essa situação é que a Educação Física lida
com a prática, fazendo com que a abstracção seja uma ferramenta inútil.
Nesta unidade vai se evidenciar vários aspectos que são distintos e que no entanto tem entre si
grandes vínculos, até mesmo sobreposição. Estamos nos referindo de exigências que um
pedagogo deve possuir para ser um bom didacta, e contributos práticos que a didáctica tem
com actualidade.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a importância da didáctica para o desporto.
1.1.2. Especifico
Descrever as diferenças entre pedagogia do desporto e didáctica do desporto.
Analisar as actividades do professor para ter uma boa didáctica
Explicar foco principal da didáctica.
1.2.Metodologia
1) Oque é necessário para que o professor tenha uma boa didáctica ? No mínimo 5
ideias.
Ser professor é mais do que ensinar conteúdos, fórmulas e técnicas, é
também educar, formar cidadãos que pensem e tenham autonomia para decidir, que
cumpram seus deveres e lutam por direitos.
Ser professor é ter esperança!
É lutar, buscar, acertar e errar!
É ser farol é ser porto seguro!
É acreditar, é ter fé, é sonhar!
Ser professor é acima de tudo amar.
2) Liste o que um bom professor ou treinador deve observar para que o ensino seja
eficiente e tenha significado para o aluno ou atleta.
O comportamento do treinador durante o processo de ensino-aprendizagem de uma
modalidade desportiva, no treino ou na competição, tem sido, recentemente, objecto de estudo
de diversas investigações (Arroyo & Alvarez, 2004).
Ao nível do treino, um dos estudos referência neste domínio, foi realizado por Tharp e
Gallimore (1976), que fez a análise do comportamento do conceituado treinador de
basquetebol universitário, John Wooden. A observação foi efectuada em 15 sessões da época
1974/75, tendo sido utilizado, na análise, um sistema de categorias comportamentais.
A Instrução (50,3%) foi o comportamento predominante, demonstrando que o treinador
acentua a sua intervenção na instrução de tarefas e na correcção das execuções dos atletas.
O estudo de Rosado, Campos e Aparício (1993) teve o objectivo de caracterizar
o entusiasmo de diversos treinadores.
Foi utilizada a observação directa, através do sistema de observação do comportamento
de entusiasmo no treino. Os resultados demonstram que os treinadores revelam mais
Comportamentos de entusiasmo do que de não entusiasmo, numa relação de dez para um
A autora conclui que, em situação de treino, o perfil comportamental dos treinadores do
Desporto Escolar e do Desporto Federado é, globalmente, semelhante.
No entanto, o autor realça o facto de no Desporto Escolar os treinadores demonstrarem
maior Atenção às Intervenções Verbais dos alunos do que os treinadores no Desporto
Federado. Também Palma (2002) efectuou uma investigação sobre o comportamento do
treinador de futebol. Teve como objectivo descrever e caracterizar o comportamento do
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3) O professor em sua prática educativa deve estar em basa dono tripé: o que ensinar, a
quem ensinar e como ensinar. Explique este tripé.
Ensinar é mostrar ao aluno a beleza e o poder de pensar, de quebrar as algemas que tornam o
homem coisificado, alienado, dominado pela globalização e pela mídia. como resultado
Formar pensadores é formar indivíduos livres, capazes de duvidar, de criticar, de sentir, de
intuir, de lutar por si e pelo bem comum. Pensar é viver, é encontrar o seu caminho.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a
sua construção”. (FREIRE, 1996:26)
Ensinar requer bom senso e comprometimento, saber ouvir, respeitar, ser coerente, abolir
definitivamente de sua prática o ditado rançoso do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu
faço”, é principalmente gostar do que faz, é ser professor de corpo e alma.
sempre ensina se o aprendiz, aluno, estudante…
Como ensinar:
Com base de métodos e meios planificados e possível alcáçar o sucesso no processo ensino-
aprendizagem.
11
“O professor deve conhecer a vida pessoal dos seus educandos para saber o que ensinar e a
quem ensinar e adoptar mecanismo de como ensinar , essas tripe tem mesma tonalidade num
processo ensino-aprendizagem”.
4) Por que o conteúdo ensinado pelo professor,deve ter significado para o aluno? Dê um
exemplo.
O planeamento e execução do MED requer uma clarificação dos papéis de cada um dos
atores. Só assim o professor poderá desenvolver uma função de ensino e de apoio efetivo
junto dos alunos que mais precisam. O papel do professor passa por várias fases de
intervenção e assume uma função de supervisor das atividades organizadas pelos próprios
alunos e intervém em aspetos que requerem mais cuidado ao nível do ensino e da correção
das atividades de aprendizagem. No entanto, para que o MED funcione através de um papel
útil do professor é necessário haver um bom nível de auto organização e de desenvolvimento
do trabalho em equipa dos jovens alunos. Por isso, o desenvolvimento do MED deve respeitar
determinadas fases. O papel do questionamento por parte do professor é determinante para
tornar o aluno no centro da compreensão do papel que irá desenvolver (Mesquita, 2012).
Autonomia e tomada de decisão por parte do aluno é um dos objectivos essenciais do MED,
especialmente nas fases mais avançadas do desenvolvimento do mesmo.
Um aspecto importante a ser considerado para que o processo de mudança aconteça é a
relação professor-aluno ou o ensinar e o aprender, muitas vezes consideradas e executadas
como ações disjuntas, resultando até naquele conhecido chavão: “Eu ensinei, os alunos é que
não aprenderam”.
A relação professor-aluno está impregnada de história, de séculos de reflexões sobre o oficio
de educar. Até os profissionais que desconhecem os nomes e as obras dos grandes pensadores
da educação, são influenciados por suas ideias em sua prática pedagógica.
É preciso parar, pensar, rever nossa prática docente e quem sabe iniciar uma nova caminhada,
uma nova história.
A Pedagogia do Desporto
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É uma ciência social com a função de melhorar e guiar as actividades físicas desportivas de
indivíduos e grupos de todas as idades, quer em ambientes social e institucionalmente
organizados (como escolas e clu-bes) quer em ambientes informais.
Na realidade, a Pedagogia no Desporto visa construir um projecto de educação integral. Para
além do aperfeiçoamento físico e da adopção de estilos de vida saudáveis, o que já não seria
pouco, a Pedagogia do Desporto é um projecto de promoção do bem-estar bio-psico-social e
espiritual, de educação social, cívica, de educação cultural, alicerçada nos valores da
fraternidade, da camaradagem, da convivência social, na cooperação, no respeito e na
compreensão mútua, na amizade, no combate à discriminação em função de características
como, entre outras, a nacionalidade, a etnia e o género.
Por outro lado, do ponto de vista individual, enfatiza competências de vida tidas como
fundamentais: o valor do auto-conhecimento, do auto-controlo, da auto-realização, de
valorização do esforço, da perseverança, do auto-aperfeiçoamento, da harmonia pessoal.
A Pedagogia do Desporto não se caracteriza, pelo menos no essencial, que também os há, por
um conjunto de conteúdos, mais ou menos determinados, nem tanto por uma didáctica ou uma
metodologia concreta e, muito menos, pela existência de profissionais ou espaços
particularmente capacitados para a desenvolverem. Em todos os ambientes sociais, ensina-
nos, se aprende e educa. Todos somos educadores, todos somos responsáveis.
A Pedagogia do Desporto, tendemos a entendê-la como uma Pedagogia Especial, aplicada a
problemas concretos da vida humana, constituindo um domínio das Ciências do Desporto e
das Ciências da Educação, conjunto de disciplinas que procuram, de um ou outro modo,
responder à diversidade de problemas colocados ao Homem pelo Desporto. Não excluímos,
portanto, as relações privilegiadas com as Ciências da Educação, já que, em Pedagogia, é, em
grande parte, de Ciência e de Educação que se trata.
A Didáctica do Desporto
Disciplina que estuda e reúne os saberes, os saber-fazer e os saber estar didácticos que se
aplicam ou podem ser aplicadas ao conjunto das actividades educativas de carácter físico-
desportivo.
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Sabemos que a educação formal tem um carácter reprodutivista que é uma qualidade da
espécie humana: conservar o que já existe. Mas sabemos também, pela capacidade de pensar,
analisar e compreender a realidade, o homem é capaz de interferir e transformar esta mesma
realidade, verificando as contradições geradas pelo seu trabalho.
A história da humanidade nos confirma isso quando encontramos a relação de produção
feudal com seu trabalho conservador, baixa produtividade e uso de técnicas rudimentares
serem substituídas por um novo sistema económico, motivado pela necessidade da nobreza
em ampliar seus negócios, pelo desenvolvimento do comércio e das cidades, pelo
fortalecimento de novos
modos de produção com o trabalho livre e assalariado e o surgimento de uma nova classe
social: a burguesia. Esse novo sistema económico, o capitalismo, marcou um novo momento
na história da humanidade, haja vista que a individualidade, a igualdade e a liberdade do
homem foram geradas por novas necessidades, novas concepções se mundo e novos valores.
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Forma de exposição verbal ou aula expositiva, que ocorre em circunstâncias nas quais não é
possível prover a relação directa do aluno com o material de estudo. Além desta, a
demonstração e a ilustração fazem parte dos métodos de exposição. A aula expositiva é a
técnica mais tradicional de ensino, consiste na apresentação de um tema logicamente
estruturado. Esboço com título e subtítulos dos temas. Tem duas posições: Posição dogmática:
a mensagem transmitida não poder contestada, deve ser aceitada e repetida sem discussão.
Posição de diálogo: A mensagem é pretexto pode ser contestada , pesquisa e discussão.
Procedimentos a serem utilizados: a) Estabelecer com clareza os objectivos; b) Manter os
alunos em atitude rEducação Física lexiva c) Dar um clorido emocional d) Utilizar gravuras,
gráficos e) Promover exercicios rápidos e objectivos.Os sistemas, métodos ou processos de
evolução são múltiplos, configurando-se para cada caso em função de determinadas
condições.
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c) Métodos prácticos:
A) Fale dos principais factores que intervêm no processo de ensino e treino desportivo
Tal como afirma Hernández Moreno (2000), qualquer processo de iniciação, ensino e treino
desportivo deverá considerar três factores fundamentais, os quais intervêm decisivamente no
processo considerado. São estes:
- O Indivíduo – Deverão ser tidas em conta as características do sujeito que pratica. As suas
capacidades físicas básicas, a sua personalidade, a sua experiência motriz, o seu
comportamento ou a sua capacidade de aprendizagem são factores a levar em linha de conta
na hora de aplicar um processo de ensino e treino desportivo.
11) Fale das principais fases que caracterizam o modelo técnico de iniciação.
assinalar que neste enfoque do ensino desportivo “se considera que a aprendizagem das
componentes técnicas deve preceder a introdução dos praticantes nos segredos tácticos e
estratégicos”.
Relativamente às fases constituintes do processo de ensino e treino subjacente ao modelo
técnico ou tradicional podemos observar em seguida a sua esquematização, a qual foi
apresentada por Contreras, de la Torre & Velásquez (2001).
Neste modelo todas as habilidades específicas têm como referencia um modelo de execução
que se considera como uma solução técnica de eficácia comprovada perante algum ou alguns
dos problemas que se apresentam ao tentar lograr os objectivos de jogo. Este é, portanto, um
modelo que se centra nos aspectos analíticos do desenvolvimento da técnica desportiva
(decompondo-a primeiro nas suas distintas fases de execução) e logo na sua integração
estilizada em situação de jogo, primeiro simulado e logo real ou adaptado.
Este é um modelo que foi importando do âmbito do desporto de alta competição chegando até
ao âmbito da Educação Física Escolar, o que justifica o seu enfoque na precisão técnica da
execução com vista a um aperfeiçoamento funcional e estético da técnica considerada.
Neste seguimento, tal como afirmam Castejón, Giménez, Jiménez & López (2003), “o modelo
técnico, centrado na execução técnica antes de passar à táctica ofereceu garantias a alguns
agentes, mas tem claras limitações na Educação Física, quando se trata de iniciar algum
desporto, relativamente à maioria dos restantes agentes. Não obstante, o desporto também
deverá ser entendido como um meio de transmissão de valores e, neste caso, uma aplicação
centrada exclusivamente na representação de um ou vários modelos de execução
comprovados, mas com uma clara incitação à imitação, implica também uma aprendizagem
mimética, a qual pode não ter nenhum sentido para os aprendizes, para além de lhes inculcar
um plano pouco crítico e que não fomenta a autonomia”.
encontrar modelos construtivistas, nos quais se considera o sujeito activo e com capacidade
para construir as suas próprias aprendizagens, promovendo a compreensão da natureza, as
características e os objectivos das actividades desportivas onde o praticante se inicia e treina,
assim como o significado e sentido das aprendizagens que pode realizar em cada momento.
Estes dois eixos de análise são dependentes, resultando da sua relação os diferentes modelos
considerados4. De todas as maneiras, tal como antes mencionado, podemos encontrar entre os
modelos compreensivos, aqueles que centram a sua acção numa só modalidade desportiva e
os que se enfocam na lógica interna que apresentam modalidades semelhantes (como, por
exemplo, os desportos colectivos ou os desportos de combate). Por outro lado, do ponto de
vista metodológico, encontramos concepções centradas no desenvolvimento técnico-táctico
como uma consequência do jogo vivenciado, a partir de cuja experiência sobressaiam as
noções tácticas e técnicas e, finalmente, outras, onde o jogo é decomposto de modo a que se
enfatizem as situações técnico-tácticas de que se pretendem alcançar a realização. Também
encontramos modelos que centram a sua intervenção no significado que a aprendizagem deve
possuir para o praticante que a realiza, através da implicação deste no seu próprio processo de
desenvolvimento.
Neste seguimento, podemos afirmar que em relação ao modelo técnico-tradicional, nos
modelos compreensivos a táctica é o instrumento utilizado para solucionar os problemas que a
situação de jogo provoca. De facto, os modelos compreensivos centram a sua atenção na
dinâmica táctica do jogo desportivo e na compreensão da sua lógica, pois tal como
assinalámos, estes modelos alternativos ao modelo técnico de ensino e treino desportivo estão
baseados na compreensão, ou seja, no ensino para a compreensão, ainda que cada um deles
desempenhe uma aplicação distinta deste modelo. Esta compreensão refere-se naturalmente
ao desenvolvimento dos aspectos cognitivos em situação desportiva. Se referimos o termo
“compreensão” é porque existe efectivamente uma dinâmica específica, participar para
compreender. Esta realidade “implica que um movimento realiza-se sempre conscientemente
perseguindo a realização de uma tarefa motriz, o que implica que a parte cognitiva da acção se
situa em primeiro plano. Com a consciência, todavia, não apenas se reflecte acerca do
objectivo do movimento como também sobre a sua realização, deixando em aberto, desde a
visão da teoria da acção que partes da acção são obrigadas e no fundo factíveis para passar ao
consciente” (Grosser, Hermann, Tusker & Zintl, 1991).
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capacidades condicionais
As capacidades condicionais conferem ao praticante a base bio-fisiológica necessária para o
seu desenvolvimento desportivo. Pela sua importância de base, mas também pelo seu alto
nível de controlo e mensuração, estas merecem da nossa parte uma atenção especial
relativamente às capacidades coordenativas.
Força
Segundo Hahn (1988), a força “é a capacidade do ser humano de superar ou de actuar contra
uma resistência exterior baseando-se nos processos nervosos e metabólicos da musculatura.”
No entanto, Castelo et al. (1996) referem que a definição de força não é unânime, pelo que
será sempre fundamental analisar a estrutura das diferentes formas de manifestação desta,
como sejam os factores nervosos, os factores psicológicos, os factores musculares
(energéticos) e os factores biomecânicos.
Encontramos os diferentes tipos de manifestação da força:
- Força Explosiva: corresponde à capacidade do sistema neuromuscular de vencer resistências
com uma elevada velocidade de contracção. É uma manifestação treinável através da
aplicação de situações reactivas contra resistências determinadas.
- Força Máxima: corresponde à maior tensão que o sistema neuromuscular pode produzir
numa contracção voluntária máxima. Desenvolve-se primeiro pelo aumento da hipertrofia
muscular e pela coordenação intramuscular.
- Força de Resistência: corresponde à capacidade do organismo resistir ao aparecimento da
fadiga, mantendo os níveis de produção de força em concordância com a exigência da
situação. É uma manifestação que está intimamente relacionada com a capacidade orgânica da
resistência, podendo a sua especificidade ser observada na caracterização desta capacidade.
É de considerar que, atendendo à ainda reduzida percentagem de massa muscular nos mais
jovens, a estes não deverá ser solicitado um esforço de força máxima, igualmente
desaconselhados pela elevada elasticidade óssea que caracteriza o seu crescimento.
Resistência
Bompa (2002) assinala que “a resistência refere-se à extensão de tempo que um indivíduo
consegue desempenhar um trabalho com determinada intensidade. O factor principal que
limita e ao mesmo tempo afecta o desempenho é a fadiga”.
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Velocidade
Castelo et al. (1996) sintetizam a definição da velocidade como “a capacidade de reagir,
rapidamente, a um sinal ou estímulo e/ou efectuar movimentos com oposição reduzida no
mais breve espaço de tempo possível.
Entre as diferentes manifestações de velocidade que podemos encontrar, congregamos estas
em três tipos fundamentais:
- Velocidade de Reacção: é a capacidade de reagir a estímulos de qualquer ordem (visual,
auditivo, táctil, etc.) no mais curto espaço de tempo.
- Velocidade de Execução: é a capacidade de realizar um gesto técnico em toda a sua
amplitude no mais curto espaço de tempo.
- Velocidade de Deslocamento: nesta podemos considerar a velocidade de aceleração (desde a
inactividade ao movimento), a velocidade máxima (movimento máximo que o corpo pode
atingir) e a velocidade de resistência (correspondente à ausência e não aparecimento da fadiga
em esforços de curta duração).
Podemos também dividir a velocidade em cíclica (movimentos contínuos como a corrida) ou
acíclica (movimentos não contínuos como a execução de um gesto técnico).
O treino da velocidade nos jovens permite melhorar as suas diferentes componentes, assim
como a frequência gestual e a coordenação dinâmica geral.
Flexibilidade
de terceiros. No treino da flexibilidade, os movimentos deverão ser suaves, evitando o
aparecimento de dor.
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Capacidades coordenativas
18) Fale de alguns valores que os treinadores deverão estimular nos pais.
Segundo Cruz, Boixadós, Torregros & Valiente (2008) os principais valores que os
treinadores deverão estimular nos pais são os seguintes:
- Favorecer a participação desportiva dos filhos;
- Velar por uma prática desportiva de qualidade;
- Mostrar um grau de interesse e implicação adequado às actividades desportivas;
- Promover a desportividade, actuando como um modelo de auto-controlo;
- Participar nas tarefas logísticas da entidade desportiva;
- Praticar, também, algum tipo de desporto promovendo um estilo de vida saudável;
- Valorizar o desenvolvimento físico e da saúde dos programas desportivos ao invés do seu
nível de rendimento;
- Aplaudir e animar tanto as boas jogadas como o esforço realizado;
- Aplaudir e animar as boas jogadas das equipas adversárias independentemente do resultado;
- Reconhecer o papel do treinador, não dando instruções técnicas que o possam contrariar;
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3.0 Conclusão
Em primeiro lugar, fica patente que a orientação para a tarefa e a criação de um clima
direccionado para a maestria se relacionam com a adopção de condutas desportivas, enquanto
um clima direccionado para o ego, gera comportamentos desajustados
O papel do treinador de jovens é mais do que o de levar a cabo treinos e competições. Este
tem de se assumir como um referente social, conhecer as possibilidades e capacidades de
aprendizagem dos seus praticantes e dos melhores métodos que estes necessitam para se
desenvolver. Deverá ainda ser conhecedor das normativas e dinâmicas técnico-tácticas da sua
modalidade de forma a poder adaptar os princípios expostos ao seu planeamento de treino.
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Referencias Bibliográficas
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