Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a vaidade dos fidalgos
e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos fidalgos". O fato é que seus
poemas satíricos constituem um vasto painel...................., que ................. compôs com rancor e
engenho ainda hoje admirados pela expressividade.
a) O soneto ressalta uma crítica aos desmandos das autoridades e à futilidade dos habitantes
citadinos.
b) A temática revela reverência em relação àqueles que vivem honestamente sem ter a
necessidade de explorar os mais humildes.
c) Neste poema, o poeta demonstra simpatia em relação aos mestiços, considerando-os
importantes elementos no quadro de miscigenação racial.
d) No soneto evidenciam-se os bons costumes, a moral elevada dos habitantes do Brasil
Colônia e o sentimento de solidariedade para com o próximo.
e) O poema vincula o autor à temática e aos princípios estéticos europeus ao elaborar uma
poesia satírica voltada para os conflitos do homem barroco.
a) O Barroco tenta algo muito difícil: conciliar a visão medieval da vida e da arte com a
visão renascentista, isto é, antropocêntrica.
b) Não há audácia verbal: comparações inesperadas, antíteses, paradoxos, hipérboles,
inversões nas frases ou palavras raras. Não se estabelece, portanto, um estilo retorcido,
contraditório, por vezes brilhante, por vezes incompreensível.
c) Cultismo: Busca da perfeição formal através de um estilo rebuscado com uso de
metáforas arrojadas e hipérbatos (inversões sintáticas) freqüentes.
d) Conceptismo: Tentativa de dizer o máximo com o mínimo de palavras, requinte
expressivo e sutileza das idéias.
e) Gregório de Matos deixou uma obra poética vasta, desigual e, muitas vezes, de duvidosa
autoria. Muitos dos versos atribuídos ao poeta baiano certamente foram escritos por
autores anônimos, assim como um sem número de textos criados pelo "Boca do
Inferno" - alcunha pela qual era conhecido - perderam-se para sempre.
DÉCIMA
se concede liberdade:
de um passarinho me dar,
passarinhos a voar.
II. Foi tomando por referência poemas como este, entre outras razões, que Gregório
de Matos ficou conhecido como ‘Boca do Inferno’.
III. O poema pode ser considerado barroco, pois aborda, claramente, um tema
religioso, representado na figura das religiosas em ato de celebração.
IV. O subtítulo ‘Décima’ faz referência ao poema de estrutura fixa, composto por
uma ou mais estrofes de dez versos. No Barroco brasileiro, esses versos costumam
dispensar o recurso à rima.
0-0) ‘Boca do Inferno’ é o apelido que Gregório de Matos recebeu por dedicar parte
de sua produção poética à crítica, muitas vezes satírica, à corrupção e à hipocrisia
da sociedade baiana.
1-1) Na primeira estrofe, o poeta considera que, se seu interlocutor soubesse falar,
satirizar ou poetar, assim como sabe o poeta, não calaria seu poder de crítica.
Estão corretas:
a) I, II e III. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) II, III e V. e) III, IV e V.
13. Na obra de Gregório de Matos Guerra, a ansiedade e a aflição frente à passagem do tempo
sempre levaram à idéia singular de aproveitar o presente. Em qual dos fragmentos abaixo
fica evidente essa afirmação?
14.
Para Portugal, os produtos da terra eram “a verdadeira e sólida riqueza” do Brasil, conseguida
por meio dos “colonos e cultivadores , e não de artistas e fabricantes”.Por tudo isso, a rainha
ordenava a extinção de todas as fábricas , manufaturas e teares, “excetuando tão-somente
aqueles teares e manufaturas em que se tecem fazendas grossas de algodão que servem para
o uso e vestuário dos negros e para enfardar e empacotar fazendas e para outros ministérios
semelhantes.” (Trechos do alvará de D.Maria I , dado no Palácio de Nossa Senhora de Ajuda,
em 05/01/1785)
[...]
Quanto às manufaturas, seu quase nulo desenvolvimento prende-se mais à estrutura da colônia
que aos alvarás proibitivos. A “vocação agrícola” que nos foi imposta e o diminuto mercado
interno não estimularam a produção fabril.A dependência gerava atraso.
Vozes isoladas criticavam esta situação desde o século XVII, como a de Gregório de Matos,o
Boca do Inferno , poeta satírico.
Gabarito
1.c
2.c
3.d
4.a
5.a
6.b
7.b
8.d
9.vvvff
10.d
11.e
12.a
13.c
14.c
15.e