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Cad. 06 - Frente - B - Ótica - A Reflexão Da Luz

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FÍSICA FRENTE B

Antônio Máximo
Beatriz Alvarenga
Carla Guimarães

ÓTICA: A REFLEXÃO DA LUZ


1 Reflexão da luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Reflexão da luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Espelho plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Espelhos esféricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Imagem de um objeto extenso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 FRENTE B
A equação dos espelhos esféricos . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
FÍSICA

2122817 (PR)

Ótica: a reflexão da luz


MÓDULO
Ótica: a reflexão da luz

O Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo. Ele fica localizado


nos departamentos de Potosí e de Oruro, no sudoeste da Bolívia, a 3 650 m
de altitude. Esse deserto é uma das joias do altiplano andino. A Nasa usa o
Salar de Uyuni, uma vez que é imóvel e facilmente detectável, para descobrir
e ajustar o posicionamento de seus satélites.
MARTIN RIETZE/WESTEND61/CORBIS/LATINSTOCK
REFLETINDO SOBRE A IMAGEM
Quando olhamos para um lago, podemos ver a
paisagem ao redor dele refletida na superfície
da água, como se fosse um espelho. Por que
isso acontece? Em quais condições esse fenô-
meno se repete? Observe a figura e discuta se
nessa situação temos reflexão e, em caso afir-
mativo, se é regular ou difusa.

www.sesieducacao.com.br
CAPÍTULO

1 Reflexão da luz

Veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo.

Objetivos:
INTRODUÇÃO
c Utilizar as leis da Neste módulo iniciaremos o estudo da Ótica, isto é, o estudo da luz e dos fenômenos luminosos
propagação e da em geral. Dos nossos sentidos, a visão é o que mais colabora para conhecermos o mundo que nos
reflexão da luz para rodeia e, provavelmente por isso, a Ótica é uma ciência muito antiga.
interpretar processos Filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, já se preocupavam em responder a perguntas como:
tecnológicos no âmbito por que vemos um objeto, o que é a luz, etc. Platão, por exemplo, supunha que nossos olhos emitiam
da ótica geométrica. pequenas partículas que, ao atingirem os objetos, os tornavam visíveis. Aristóteles considerava a luz
c Reconhecer um fluido imaterial que se propagava entre o olho e o objeto visto.
propriedades físicas Além de Platão e Aristóteles, outros físicos notáveis como Newton, Huygens, Young e Maxwell,
dos espelhos e tentaram explicar a natureza da luz. Inicialmente, vamos procurar estudar alguns fenômenos óticos,
relacioná-las às as leis e os experimentos que descrevem o comportamento da luz nesses fenômenos e algumas de
finalidades a que suas aplicações.
se destinam.
Propagação retilínea da luz
Observando os corpos que nos rodeiam, verificamos que alguns deles emitem luz, isto é, são
fontes de luz, tais como o Sol, uma lâmpada acesa, a chama de uma vela, etc. Outros não emitem luz,
mas podem ser vistos porque são iluminados pela luz proveniente de alguma fonte.
Um dos fatos que podemos observar facilmente sobre o comportamento da luz é que, quando
ALBUM/AKG/NORTH WIND PICTURE ARCHIVES/LATINSTOCK

ela se propaga em um meio homogêneo, a sua propagação é retilínea. Isso pode ser constatado quan-
do a luz do Sol passa através da fresta de uma janela, penetrando em um quarto escurecido (fig. 1).
Sabendo que a luz se propaga em linha reta, podemos determinar o tamanho e a posição da
sombra de um objeto sobre um anteparo.
Na figura 2, por exemplo, o Sol emite luz que se propaga em linha reta em todas as direções. Um
objeto opaco, colocado entre a fonte e um anteparo, interrompe a passagem de parte dessa luz, origi-
nando a sombra. O contorno desta é definido pelas retas que saem da fonte e tangenciam o objeto.

PURINO/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES

Fig. 1 – Newton observando a


propagação retilínea de um feixe de luz
que penetra por uma fresta da janela.

LEIA O LIVRO
Ótica, de Isaac Newton. São Pau-
lo: Edusp, 2002.
Fig. 2 – Formação de sombra de uma criança ao ser iluminada por raios solares.

4 Ótica: a reflexão da luz


Utilizando uma fonte de luz, como uma lanterna ou uma vela, em um ambiente às escuras, mostre que é possível projetar imagens
de animais em uma parede utilizando as mãos.
EXPERIMENTANDO

MORPHART CREATION/SHUTTERSTOCK/
GLOW IMAGES
Eclipse do Sol e da Lua
Quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, sua sombra é projetada sobre uma região do nosso planeta, que deixa então de receber a
luz solar. Como o Sol é uma fonte extensa, a sombra da Lua não é bem definida, apresentando uma região totalmente escura, envolvida
por uma penumbra, como vemos na figura (A). Para uma pessoa situada na região totalmente escura, temos um eclipse total do Sol
(o disco solar é totalmente coberto pela Lua). A visão que essa pessoa tem do fenômeno é mostrada na figura (B).
Outra pessoa, situada na região de penumbra, veria apenas parte do Sol eclipsada pela Lua (eclipse parcial do Sol), como vemos na
figura (C). A figura (D) está mostrando o que ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua: nesse caso a Lua não recebe diretamen-
te a luz solar (está situada na sombra da Terra), isto é, temos um eclipse da Lua. No entanto, a Lua ainda pode ser vista por um observador
na Terra devido aos raios solares que, ao tangenciarem a borda da Terra, são desviados pela atmosfera terrestre e atingem a superfície lunar.

ILUSTRAÇÕES: ESTÚDIO AVITS/


ARQUIVO DA EDITORA
A B
Penumbra
Lua

Sombra

Terra
REV. RONALD ROYER/SPL/
STOCK PHOTOS

C D

Ilustrações fora de escala.

FRENTE B
KAZUHIRO NOGI/AGÊNCIA
FRANCE-PRESSE

FÍSICA

Combinação de fotos em momentos diferentes do eclipse solar visto da cidade de Tóquio.

Ótica: a reflexão da luz 5


Raios e feixes de luz
Consideremos uma fonte que emite luz em todas as direções. As direções em que a luz se
propaga podem ser indicadas por meio de linhas retas, como mostra a figura 3. Essas linhas são
denominadas raios de luz.
Raios de luz

Fig. 3 – Raios luminosos se propagando em linha


reta da lâmpada até os olhos do observador.

Na figura 4-A está representada uma parte dos raios de luz que são emitidos por uma fonte. Esse
conjunto de raios constitui um feixe luminoso divergente. Esse feixe divergente, depois de passar
por alguns processos (que veremos oportunamente), pode se transformar em um feixe convergente,
como aquele mostrado na figura 4-B, ou em um feixe de raios paralelos (fig. 4-C).
A B C

Fonte Fonte

Fig. 4 – Os feixes luminosos podem ser constituídos


por raios divergentes, convergentes ou paralelos. Raios de luz

O feixe de luz que é emitido por um ponto luminoso é sempre divergente. No entanto, em holo-
fotes e faróis de veículos, por exemplo, o feixe que sai da lâmpada sofre modificações, transformando-
-se em um feixe de raios praticamente paralelos (fig. 5). O feixe que nos atinge, se proveniente de uma
fonte de luz muito afastada, é também constituído de raios praticamente paralelos (por exemplo, a
luz do Sol que chega à Terra – fig. 6).

Luz solar

Feixe Farol
paralelo

Fig. 5 – Em um farol, um feixe luminoso Fig. 6 – Um feixe de luz solar que atinge a Terra é
divergente se transforma em um feixe de constituído de raios luminosos praticamente paralelos.
raios paralelos.

Uma importante propriedade da luz é a independência que se observa na propagação dos raios
ou feixes luminosos. Após dois feixes se cruzarem, seguem as mesmas trajetórias que seguiriam se não
tivessem se cruzado, isto é, um feixe não perturba a propagação do outro (fig. 7). Por esse motivo,
vários observadores em uma sala enxergam nitidamente os objetos existentes nela, apesar de os raios
luminosos que levam as imagens a seus olhos estarem se cruzando.

6 Ótica: a reflexão da luz


HXDYL/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES

Fig. 7 – O fato de dois raios luminosos


se cruzarem não afeta suas direções de
A velocidade da luz propagação.
Durante muito tempo pensou-se que a luz se transmitia instantaneamente de um ponto
a outro. Entretanto, experiências cuidadosas, realizadas durante os séculos XVIII e XIX, vieram
mostrar que, na realidade, a velocidade de propagação da luz é muito grande, mas não é infinita. LEIA O LIVRO
O valor da velocidade da luz desempenha um papel muito importante no desenvolvimento da
Física e, em várias ocasiões, teremos oportunidade de trabalhar com ele. A luz, de Ricardo Barthem. São
Paulo: Editora Livraria da Física,
Baseando-se em medidas atuais, o valor da velocidade da luz no vácuo, que é usualmente
2005.
representado por c, é 299 792 458 m/s. Costuma-se aproximá-lo a:
c 5 3,00 ? 108 m/s,
isto é, c 5 300 000 km/s. Para se ter uma ideia do significado desse valor, podemos ressaltar
Portal
que, se um objeto possuísse essa velocidade, poderia dar cerca de 7,5 voltas ao redor da Terra SESI
em apenas 1 segundo. Aliás, devemos observar que, de acordo com a Teoria da Relatividade de Educação www.sesieducacao.com.br
Einstein, esse valor representa um limite superior para a velocidade dos corpos.
A velocidade da luz foi medida também em vários meios materiais, obtendo-se sempre um Acesse o portal e veja a linha do
tempo Câmera digital e foto-
valor inferior a c. Por exemplo, na água, a luz se propaga com uma velocidade v . 225 000 km/s e, grafia.
no diamante, com v 5 120 000 km/s.

Câmara escura de orifício


Caixa de papelão
Uma câmara escura de orifício, muito simples, consiste em uma caixa

ILUSTRAÇÕES: AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO


fechada, na qual uma das faces laterais é feita de papel semitransparente Cortar um círculo
e cobrir com papel
(papel vegetal ou de seda, por exemplo). Na face oposta é feito um peque- alumínio
no orifício, com uma agulha ou alfinete (veja a figura I). Com esse disposi-
tivo pode-se obter a imagem de um objeto, usando o fato de que a luz se
propaga em linha reta.
Para que você entenda como isso ocorre, observe a figura II, na qual
um objeto AB é colocado em frente ao orifício de uma câmara escura. Cada

DA EDITORA
Orifício feito
ponto do objeto, como o ponto A, emite luz em todas as direções. Um com alfinete
estreito feixe que parte de A passa através do orifício e incide na parede Papel vegetal
oposta, dando origem a uma pequena mancha luminosa A'.
De modo semelhante, o feixe que sai do ponto B e passa pelo orifício Fig. I – Uma câmara escura de orifício pode ser
dará origem à mancha B'. Qualquer outro ponto do objeto corresponderá a facilmente construída.
uma pequena mancha luminosa sobre a parede semitransparente. Assim, o
objeto é reproduzido ponto por ponto, dando origem a uma imagem A'B'
semelhante a ele sobre aquela parede. Observe, na figura II, que a imagem
é invertida em relação ao objeto e que uma pessoa poderá observá-la, uma
vez que a parede é semitransparente. FRENTE B
Usando uma caixa de papelão e orientando-se pela figura I, você po- A B'
derá construir facilmente uma câmara escura. Se usar como objeto a chama
de uma vela e realizar a experiência em um quarto escurecido, a imagem
FÍSICA

projetada sobre a parede semitransparente será claramente visível. B


A'
Quando o orifício da câmara é muito pequeno, a imagem obtida pode
ser bastante nítida, mas, como os feixes de luz que passam através dele são
muito estreitos, a imagem apresenta pouca luminosidade. Para que ela seja Fig. II – A'B' é a imagem do objeto AB fornecida por uma
percebida, o objeto precisa estar fortemente iluminado. câmara escura de orifício muito pequeno.

Ótica: a reflexão da luz 7


Um recurso para aumentar a luminosidade da imagem seria aumentar a área
do orifício. Entretanto, nesse caso, como vemos na figura III, cada ponto do objeto A B'
dará origem a uma mancha luminosa de dimensões maiores (que não poderá ser
assimilada a um ponto), prejudicando, então, a nitidez da imagem.
Nas câmaras que fornecem imagens nítidas e de luminosidade razoável, a pare- A'
B
de semitransparente poderá ser fechada e, em seu lugar no interior da câmara, pode
ser adaptado um filme fotográfico. Nessas condições e com um tempo suficiente
de exposição, é possível obter boas fotos de um objeto. Experimente. Fig. III – Aumentando-se o tamanho do orifício, a
imagem apresenta-se com maior luminosidade,
mas com menor nitidez.

PARA CONSTRUIR

1 A figura deste exercício mostra um objeto AB, colocado em 2 No exercício anterior, suponha que o objeto permanecesse
frente a uma pequena lâmpada acesa (que atua como fonte na posição mostrada, mas a fonte fosse deslocada, para a es-
pontual de luz). Atrás do objeto existe um anteparo opaco, querda, até uma posição muito afastada do objeto. Nessas
situado paralelamente a AB. condições:
a) Como foi feito na figura II, bastará traçar os raios
luminosos que partem da fonte de luz e tangenciam a) Como seria o feixe de raios luminosos, provenientes da
o objeto, definindo sobre o anteparo a sombra A'B'. fonte, que alcançam o objeto?
b) É evidente que toda a região AA' B'B não recebe luz.
Estando a fonte muito afastada do objeto, o feixe de luz que
A
Anteparo

alcança o objeto é constituído de raios praticamente paralelos.

b) Desenhe abaixo uma cópia da figura indicando a sombra


do objeto sobre o anteparo. Ela é maior, menor ou igual
a) Desenhe na figura a sombra A'B' do objeto, projetada so- ao objeto?
bre o anteparo. Na figura abaixo, mostramos a sombra A'B' para esse caso.
b) Indique na figura a região do espaço que fica escura, isto Vemos que a sombra tem o mesmo tamanho do objeto.
é, que não recebe luz da fonte.
c) Se o objeto for aproximado da fonte, o tamanho de sua
sombra aumentará, diminuirá ou não se modificará? (Trace
um diagrama para justificar sua resposta.)
A
Traçando um novo diagrama, com o objeto mais próximo A'
da fonte de luz, os alunos perceberão facilmente que o tamanho
da sombra aumentará.

A'

A
B'
B

B'

8 Ótica: a reflexão da luz


As competências e habilidades do Enem estão indicadas em questões diversas ao longo do módulo. Se necessário, explique aos alunos que a utilidade deste
“selo” é indicar o número da(s) competência(s) e habilidade(s) abordada(s) na questão, cuja área de conhecimento está diferenciada por cores (Linguagens: la-
ranja; Ciências da Natureza: verde; Ciências Humanas: rosa; Matemática: azul). A tabela para consulta da Matriz de Referência do Enem está disponível no portal.
3 O ano-luz é uma unidade de comprimento muito usada em 5 Um objeto opaco O está colocado diante de duas pequenas
m Astronomia. O seu valor é igual à distância que a luz percorre, m lâmpadas, como mostra a figura deste problema. A lâmpada
Ene-5 Ene-5
C 7 C 7
H-1 no vácuo, durante o tempo de 1 ano. H-1 V é vermelha e a lâmpada A é azul. Sobre um anteparo si-
m
tuado atrás do objeto formam-se duas regiões sombreadas
Ene-3 a) Sabendo-se que em 1 ano temos 3,2 ? 107 s, calcule, em
C 0
H-1
coloridas, CD e C'D', uma delas azul e a outra vermelha. Qual
metros, o valor de 1 ano-luz. das sombras é vermelha? Qual é azul?
Como a velocidade da luz no vácuo é constante e vale
c 5 3,00 ? 108 m/s, obtemos, de ΔS 5 vt: C
1 ano-luz 5 (3,00 ? 108) ? (3,2 ? 107)
∴ 1 ano-luz 5 9,6 ? 1015 m
V

O
D

C'

D'

É fácil perceber que a região CD não pode receber luz da lâmpada


A (azul), mas recebe luz da lâmpada V (vermelha). Então, essa região
aparece parcialmente iluminada, isto é, sombreada com a cor
b) Considere uma estrela situada a 20 anos-luz da Terra. Quan-
vermelha. Com raciocínio análogo, vemos que C'D' será uma região
tos anos a luz dessa estrela gasta para chegar até nós?
sombreada com a cor azul (seria interessante que os alunos
Como 1 ano-luz representa a distância que a luz percorre em
observassem experimentalmente esses resultados).
1 ano, a luz dessa estrela gasta 20 anos para chegar até nós.

c) Qual é, em quilômetros, a distância dessa estrela em rela-


ção à Terra?
Como 1 ano-luz 5 9,6 ? 1015 m 5 9,6 ? 1012 km, a distância da
estrela será: 6 Durante o dia, uma pessoa dentro de casa olha através de
ΔS 5 20 anos-luz 5 20 ? (9,6 ? 1012 km) m uma vidraça e vê o que está lá fora. À noite (quando o exte-
Ene-5
∴ ΔS . 1,9 ? 1014 km C 8
rior da casa está escuro), a mesma pessoa, olhando através
H-1
da mesma vidraça, vê sua imagem refletida e não enxerga
praticamente nada do que está lá fora. Explique a causa da
diferença entre as duas observações.
A pessoa dentro de casa, próxima à vidraça, recebe raios lumi-
nosos de duas origens:
1a) raios provenientes dos objetos situados no exterior, que

4 A luz do Sol demora cerca de 8 minutos para chegar à Terra. atravessam a vidraça;

Imaginando que o espaço entre o Sol e a Terra fosse total- 2a) raios provenientes de objetos no interior da casa, que são
mente cheio de água, o tempo que a luz solar gastaria para refletidos pela vidraça.
chegar até nós seria maior, menor ou igual a 8 minutos? Durante o dia, os primeiros são muito mais intensos, predominando
Dissemos que a velocidade da luz em qualquer meio material é sobre os demais e fazendo com que apenas objetos do exterior sejam
menor do que seu valor no vácuo. Portanto, se o vácuo entre o Sol vistos pela pessoa. À noite, os últimos são mais intensos do que os FRENTE B

e a Terra fosse preenchido com água, o tempo que a luz do Sol primeiros e, assim, a pessoa perceberá as imagens dos objetos do
gastaria para chegar até nós seria, evidentemente, maior do interior, refletidas na vidraça.
FÍSICA

que 8 minutos.

Ótica: a reflexão da luz 9


7 (IFSP) 8 (UFTM-MG) Uma câmara escura de orifício reproduz uma
m m imagem de 10 cm de altura de uma árvore observada. Se re-
Ene-5 Ene-5
C 7 Mecanismos do eclipse C 7
duzirmos em 15 m a distância horizontal da câmara à árvore,
H-1 H-1
A condição para que ocorra um eclipse é que haja um essa imagem passa a ter altura de 15 cm.
m
alinhamento total ou parcial entre Sol, Terra e Lua. A in- Ene-4
C 6
H-1
clinação da órbita da Lua com relação ao equador da Terra
provoca o fenômeno de a Lua nascer em pontos diferentes
no horizonte a cada dia. Se não houvesse essa inclinação, Orifício
todos os meses teríamos um eclipse da Lua (na Lua cheia) Objeto
e um eclipse do Sol (na Lua nova).
Lua nova passando pelo
nodo orbital: eclipse solar
Imagem
Órbita da Terra

Terra a) Qual é a distância horizontal inicial da árvore à câmara?


Órbita da Lua Lua Para encontrar a distância horizontal consideremos:
Sol
dal Antes:
a no Órbita da Lua
Linh

Terra
Lua H h 5 10 cm

Lua cheia passando pelo


nodo orbital: eclipse lunar D d
Disponível em: <www.seara.ufc.br/astronomia/fenomenos/eclipses.htm>. Depois:
Acesso em: 3 out. 2012.
Abaixo vemos a Lua representada, na figura, nas posições 1, 2,
3 e 4, correspondentes a instantes diferentes de um eclipse. H h' 5 15 cm
(1)
(2)
(3) D 2 15 m d
h 5 10 cm
Sol Terra (4) Lua
H 5 h ⇒ Hd 5 10D
D d
h' 5 15 cm
Órbita da Lua H 5 h' ⇒ Hd 5 15 (D 2 15)
D d

As figuras a seguir mostram como um observador, da Terra, pode 10D 5 15(D 2 15) ⇒ 10D 5 15D 2 225 ⇒
ver a Lua. Numa noite de Lua cheia, ele vê como na figura I. ⇒ 5D 5 225 ⇒ D 5 45 m

b) Ao se diminuir o comprimento da câmara, porém man-


tendo seu orifício à mesma distância da árvore, o que
(I) (II) (III) (IV) (V)
ocorre com a imagem formada? Justifique.
A imagem irá diminuir, pois, se observarmos a relação abaixo,
Assinale a alternativa em que haja correta correspondência vemos que sendo H e D constantes, h é diretamente proporcional
entre a posição da Lua, a figura observada e o tipo de eclipse. d a d, logo se d diminui h também diminui.
H 5 h
D d
Lua na posição Figura observada Tipo de eclipse
h 5 Hd
D
a) 1 III Solar parcial
b) 2 II Lunar parcial
c) 3 I Solar total
d) 4 IV Lunar total
e) 3 V Lunar parcial
A correspondência correta é:
1. I – Não acontece o eclipse, pois a Lua está totalmente clara.
2. V – Não acontece o eclipse, pois a Lua está na região de penumbra e não recebe luz do Sol, tendo
TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 7
seu brilho ofuscado. Se fosse possível ao observador estar na Lua, assistiria a um eclipse parcial do Sol.
3. II – Acontece o eclipse parcial, pois metade da Lua está na região da sombra e não recebe luz do Sol.
4. IV – Há eclipse total da Lua.
10 Ótica: a reflexão da luz
REFLEXÃO DA LUZ
Reflexão
Consideremos um feixe luminoso que se propaga no ar e incide na superfície lisa de um bloco
de vidro (fig. 8). É um fato conhecido que, em virtude de o vidro ser transparente, parte dessa luz
penetra no bloco, mas a outra parte volta a se propagar no ar. Dizemos que a porção do feixe que
voltou a se propagar no ar sofreu reflexão, ou seja, parte da luz se refletiu ao encontrar a superfície
lisa do vidro. O feixe de luz que se dirige para a superfície é denominado feixe incidente e o feixe
devolvido pela superfície refletora é o feixe refletido (fig. 8).
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

Fig. 8 – Um feixe luminoso sofrendo reflexão


ao encontrar uma superfície lisa.

Quando o feixe incidente encontra uma superfície lisa, o feixe refletido é bem definido, como na
figura 9. Quando isso ocorre, dizemos que a reflexão é especular, porque esse fenômeno é observado Fig. 9 – Reflexão especular dos Cuernos del
quando a luz é refletida em um espelho. Paine nas águas paradas do lago Pehoé, na
patagônia chilena.
YONGYUT KUMSRI/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES

FRENTE B
FÍSICA
Difusão da luz
Suponha que um feixe de luz incida em uma superfície irregular (fig. 10). Nesse caso, cada pequena
porção da superfície reflete a luz numa determinada direção e, consequentemente, o feixe refletido
não é bem definido, observando-se o espalhamento da luz em todas as direções. Dizemos, então, que
ocorreu uma reflexão difusa ou, em outras palavras, houve difusão da luz pela superfície (fig. 11).

Fig. 10 – Um feixe luminoso sofrendo reflexão ao encontrar uma superfície irregular.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGES


DMITRY KALINOVSKY/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES

Fig. 11 – Reflexão difusa nas águas de um lago no Jardim Botânico de Curitiba, Paraná. Devido à rugosidade da
superfície do lago, a luz é refletida em várias direções.

A maioria dos corpos reflete difusamente a luz que incide sobre eles. Assim, essa folha de
papel, uma parede, um móvel de uma sala, etc. são objetos que difundem a luz que recebem,
espalhando-a em todas as direções. Quando essa luz penetra nos olhos, enxergamos o objeto. Se
ele não difundisse a luz, não seria possível vê-lo. Como, na difusão, a luz se espalha em todas as
Fig. 12 – A uva difunde a luz que recebe, direções, várias pessoas podem enxergar um objeto, apesar de situadas em posições diferentes
podendo, então, ser vista de várias em torno dele (fig. 12).
posições diferentes.

12 Ótica: a reflexão da luz


Outro exemplo de difusão da luz pode ser mostrado quando acendemos uma lanterna em um
quarto escuro. A trajetória do feixe luminoso, que sai da lanterna, não poderá ser percebida a não ser
que haja partículas em suspensão no ar. Nesse caso, as partículas, difundindo a luz, permitem-nos
perceber o feixe quando nossos olhos recebem a luz espalhada (fig. 13).

Fig. 13 – As partículas presentes no


ar difundem a luz, tornando visível
o feixe luminoso.

Um fato semelhante ocorre com a luz solar, que é difundida pelas partículas da atmosfera
terrestre. O céu apresenta-se totalmente claro, durante o dia, em virtude desse espalhamento. Se a
Terra não possuísse atmosfera, o céu seria totalmente negro, exceto nas posições ocupadas pelo Sol
e pelas estrelas. Como a Lua não possui atmosfera, é esse o aspecto do “céu lunar” observado por
um astronauta situado na superfície de nosso satélite.
NASA

Fig. 14 – Céu lunar visto da superfície da Lua.


FRENTE B

As leis da reflexão
Na figura 15 mostramos um estreito feixe de luz que incide no ponto P de uma superfície refle-
FÍSICA

tora. Traçando a normal a essa superfície no ponto P, vemos que ela e o raio incidente determinam
um plano. Na figura 15, esse plano é o da folha de papel. A experiência nos mostra que a reflexão
ocorre de tal maneira que o raio refletido está sempre contido nesse mesmo plano. Portanto, na
figura 15, o raio refletido, o raio incidente e a normal NP estarão todos situados no plano da folha de
papel. Essa observação experimental é conhecida como a primeira lei da reflexão.

Ótica: a reflexão da luz 13


^
O ângulo i, que o raio incidente forma com a normal (fig. 15), é denominado ângulo de inci-
^
dência, e o r, formado pela normal e pelo raio refletido, é o ângulo de reflexão. É possível fazer a
medida desses ângulos em uma experiência de reflexão e, assim, pôde-se verificar, desde a Antigui-
dade, que eles são sempre iguais entre si.

Raio
incidente
Raio
refletido
^
i ^r
Fig. 15 – Quando um raio de luz se
reflete, o ângulo de incidência é
igual ao ângulo de reflexão. P

^ ^
A conclusão de que, na reflexão da luz, tem-se i 5 r é conhecida como a segunda lei da reflexão.
Temos, então, em resumo:

Leis da reflexão
O raio incidente, a normal à superfície refletora no ponto de incidência e o raio refletido estão
situados em um mesmo plano.
^ ^
O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão ( i 5 r).

EXERCÍCIO RESOLVIDO

1 Uma pessoa faz com que um estreito feixe luminoso incida perpendicularmente à superfície de um espelho (veja a figura abaixo).
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

Espelho

a) Qual é o valor do ângulo de incidência?


b) Qual é a direção do feixe refletido?

RESOLUÇÃO:
^
a) Como o ângulo de incidência é formado pelo raio incidente e a normal, nesse caso temos i 5 0°, pois o feixe está incidindo ao
longo da normal.
^ ^ ^
b) Como na reflexão da luz temos sempre i 5 r, teremos, nesse caso, r 5 0°. Isso significa que o feixe refletido voltará dirigido
também ao longo da normal.

14 Ótica: a reflexão da luz


PARA CONSTRUIR

9 Nas figuras apresentadas anteriormente no texto, identifique a) Trace na figura a normal à superfície no ponto de incidência.
aquelas nas quais: b) Qual é o valor do ângulo de incidência?
^
Temos i 5 0.
a) um feixe de luz sofre reflexão especular.
Na reflexão especular, um feixe incidente definido dá origem a
um feixe refletido também bem definido, como ocorre na figura 8.

c) Qual será o valor do ângulo de reflexão?


b) um feixe de luz sofre difusão. ^ ^
Como i 5 r, temos r 5 0.
^

Na difusão, um feixe bem definido dá origem a raios luminosos


refletidos em várias direções, como nas figuras 9, 10 e 11.

d) Desenhe, então, na figura, a direção do raio refletido.


10 A figura deste exercício mostra um raio de luz incidindo em ^
Como r 5 0, concluímos que o raio refletido terá a mesma direção
uma superfície refletora (NP é normal à superfície). do raio incidente, porém com sentido contrário a ele.
a) Desejamos b) O ângulo
apenas que o de reflexão
^
aluno se habitue N r o ângulo
a traçar o raio formado por
refletido de tal ^
NP (normal)
modo que o ân- i com o raio
gulo de reflexão refletido (o
seja aproxima- P aluno deverá
damente igual indicar esse
ao ângulo de ângulo no
incidência. desenho).
12 Responda às mesmas questões do exercício anterior, consi-
a) Trace na figura a posição aproximada do raio refletido. m derando a figura abaixo.
Ene-3
^ C 0 A'
b) Mostre na figura o ângulo de reflexão r. H-1

^ ^ m N
c) Se i 5 32°, qual é o valor de r? Ene-5 Raio refletido
C 7
^
H-1
^ ^
Como i 5 r, temos r 5 32°.
50°
50°
A
40° P

11 Considere um raio luminoso que incide sobre uma superfície


m refletora da maneira indicada na figura deste exercício.
Ene-3
C 0 a) Como o raio incidente é perpen-
H-1
dicular à superfície, a direção da
m
Ene-5 normal coincidirá com a direção
C 7
H1
- desse raio. a) A normal NP está indicada na figura acima.

90º b) O ângulo de incidência é aquele formado pelo raio incidente e a


FRENTE B
^
normal. Então, temos i 5 90° 2 40° 5 50°, como está indicado na
figura.
^ ^ ^
c) Como i 5 r, temos r 5 50°.
FÍSICA

d) O raio refletido deverá formar um ângulo de 50° com a normal


(raio PA' mostrado na figura).

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 8 a 11

Ótica: a reflexão da luz 15


ESPELHO PLANO
Definição
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

E
Uma superfície lisa e plana, que reflete especularmente a luz, é denominada espelho pla-
no. Consideremos um pequeno objeto luminoso (ou um objeto que esteja difundindo luz),
representado por O na figura 16, colocado em frente a um espelho plano EE'. A luz que sai do
objeto e incide no espelho é refletida. Tracemos, a partir de O, alguns raios luminosos incidentes
no espelho.
I O
Usando as leis da reflexão, podemos desenhar os raios refletidos correspondentes, como foi
feito na figura 16, e verificamos que esses raios refletidos formam um feixe divergente. Entretanto,
traçando os prolongamentos desses raios, veremos que todos passarão pelo mesmo ponto I.
Assim, a luz, após ser refletida pelo espelho plano, diverge, como se estivesse sendo emitida do
E'
ponto I, situado atrás do espelho.

Fig. 16 – Formação da imagem virtual de Imagem virtual


um objeto em um espelho plano.
Suponha um observador, situado em frente ao espelho, recebendo em seus olhos certa parte
do feixe refletido (fig. 16). Esse feixe, como vimos, parece ter sido emitido do ponto I, isto é, tudo se
passa como se em I existisse um objeto emitindo aquele feixe. É por esse motivo que o observador
enxerga, naquele ponto, uma imagem do objeto O. Observe que a imagem I está situada atrás do
espelho, no ponto de encontro dos prolongamentos dos raios refletidos. Dizemos que I é uma
imagem virtual do objeto O.
Observe que não veremos a imagem virtual se nos localizarmos atrás do espelho. Para que ela
seja vista, teremos de nos situar em frente ao espelho, de modo a receber a luz refletida por ele.
Assim, em resumo:

A luz emitida por um objeto e refletida em um espelho plano chega aos olhos de um
observador como se estivesse vindo do ponto de encontro dos prolongamentos dos raios
refletidos. Nesse ponto, o observador vê uma imagem virtual do objeto (fig. 16).

Distância da imagem ao espelho


Para se determinar a posição da imagem virtual de um pequeno objeto (pontual), colocado em
frente a um espelho plano, será suficiente traçar apenas dois raios luminosos que partem do objeto
Fig. 17 – Em um espelho plano, a e se refletem no espelho. Isso foi feito na figura 17, na qual foram traçados os raios incidentes OA
^
distância da imagem ao espelho é igual (perpendicular ao espelho) e OB, cujo ângulo de incidência é i.
à distância do objeto a esse espelho. Os raios refletidos correspondentes, traçados de acordo com
as leis da reflexão, são AO e BC. A posição da imagem virtual, I, é
encontrada prolongando-se esses raios refletidos.
O
C Sejam Do e Di , respectivamente, as distâncias do objeto e
^ ^
da imagem até o espelho (fig. 17). Como r 5 i, concluímos fa-
cilmente que os triângulos OAB e IAB são iguais entre si. Logo,
^
i teremos Di 5 Do. Então, a imagem de um pequeno objeto, em um
Do espelho plano, é simétrica ao objeto em relação ao espelho, isto
^
i ^
r é, está situada sobre a perpendicular ao espelho tirada do objeto,
A
e as distâncias da imagem e do objeto até o espelho são iguais.
B Dessa maneira, se você colocar uma lâmpada de lanterna a uma
distância de 30 cm de um espelho plano, sua imagem se formará
atrás do espelho e também a 30 cm de distância dele.
Di ^
r
Outro exemplo ocorre quando uma superfície refletora, como a
água, forma uma imagem virtual de um objeto (figuras 9 e 11). Nesse
caso, tudo se passa, para a pessoa que recebe a imagem, como se
I os raios que dão origem à imagem estivessem sendo emitidos dela.

16 Ótica: a reflexão da luz


Imagem de um objeto extenso B

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


D
Suponhamos, agora, que se deseje determinar a imagem de um objeto extenso, como a seta C
A
AB da figura 18, situado em frente a um espelho plano. Essa imagem será obtida determinando-
-se a imagem de cada ponto do objeto, como já aprendemos.
M
Assim, a imagem A', do ponto A, será localizada traçando-se, de A, a perpendicular ao
espelho e tomando-se A'M 5 AM. Da mesma forma, podemos localizar as imagens dos demais
pontos do objeto. A seta A'B' (fig. 18) é, então, a imagem de AB. Observe que essa imagem é do
mesmo tamanho que o objeto e simétrica a ele em relação ao espelho. Como o espelho plano A'
C'
é um objeto de nosso uso diário, esses fatos já devem ter sido observados por você. D'
B'
Fig. 18 – Em um espelho plano, a imagem
tem o mesmo tamanho do objeto e é
Atividade Experimental
simétrica a ele em relação ao espelho.
Acesse o Material Complementar disponível no Portal e aprofunde-se no assunto.
EXPERIMENTANDO

Para determinarmos experimentalmente algumas características da imagem fornecida por um espelho plano, vamos fazer a
experiência mostrada na figura abaixo. Uma vela acesa é colocada em frente a uma placa de vidro semitransparente (ou semiescu-
recida), que funciona como um espelho plano, dando origem a uma imagem dessa vela (situada atrás da placa).
EDUARDO SANTALIESTRA/ESTÚDIO PAULISTA

A imagem virtual, fornecida por um


espelho plano, é do mesmo tamanho
que o objeto e é simétrica a ele em
relação ao espelho.

Peça a um colega para deslocar outra vela, apagada, igual à primeira, na região atrás da placa. Você verá, então, a imagem da
vela acesa e também a vela apagada nas mãos de seu colega. Orientando-o, faça com que ele consiga colocar a vela apagada
coincidindo com a imagem da vela acesa (nessa posição, você terá a impressão de que a vela apagada está acesa). Realizando essa
experiência, você poderá chegar às seguintes conclusões sobre a imagem de um objeto fornecida por um espelho plano:
a vela apagada coincide exatamente com a imagem da vela acesa. Logo, o tamanho da imagem é igual ao tamanho do
objeto;
um ponto qualquer da vela acesa (do objeto) e sua respectiva imagem estão situados sobre uma mesma reta perpendicular FRENTE B
ao espelho;
a distância do objeto (vela acesa) ao espelho é igual à distância de sua imagem (onde está a vela apagada) ao espelho. Então, na
figura acima, se a vela acesa estiver, por exemplo, a 50 cm da placa (espelho), sua imagem estará situada a 50 cm atrás do espelho.
FÍSICA

Observação: as imagens formadas pelos espelhos planos são enantiomorfas (simetria de dois objetos que não podem ser sobre-
postos); pois há inversão lateral da imagem formada. É por isso que na frente da ambulância está escrito AICNÂLUBMA, para que o
carro da frente, ao observá-lo pelo retrovisor, veja escrito AMBULÂNCIA.

Ótica: a reflexão da luz 17


EXERCÍCIO RESOLVIDO

2 Um objeto O e dois observadores, A e B, estão situados nas proximidades de um espelho I

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


O
plano, como mostra a figura ao lado. Esses observadores poderão ver a imagem do objeto
através do espelho? P

RESOLUÇÃO:
A Q
M
Para que um observador possa ver a imagem de um objeto, deverá receber um feixe de
luz proveniente do objeto, depois de refletido pelo espelho. Traçando-se o raio OP, que
atinge a extremidade do espelho, e usando as leis da reflexão, obteremos um raio refletido R
PM, que não atinge os olhos do observador A. Qualquer outro raio que incide no espelho,
como OQ, OR, etc., reflete-se abaixo de PM e também não atinge os olhos de A. N
B
Logo, esse observador não poderá ver a imagem do objeto O. Como o observador B está
situado abaixo do raio limite PM, é evidente, pela figura, que haverá um feixe de luz refleti-
do que atinge o olho dele. Assim, B verá a imagem de O, localizada no ponto de encontro
dos prolongamentos dos raios refletidos pelo espelho.

PARA CONSTRUIR

13 Suponha que você esteja em frente a um espelho plano, se- Figura 1

m gurando uma pequena lâmpada acesa situada a 50 cm do


Ene-5
C 8
H-1 espelho.

a) O que ocorre com o feixe de luz emitido pela lâmpada ao


ela
atingir o espelho? Ja
n

Esse feixe é refletido pelo espelho.


Espelho
E
b) O feixe refletido é convergente ou divergente?
x Fora de
Vendo a figura 16, temos que o feixe refletido é divergente. L escala

c) Ao chegar em seus olhos, de que ponto parece estar vin-


do o feixe refletido pelo espelho?
Ainda com base na figura 16, verificamos que tudo se passa
como se o feixe refletido se originasse de um ponto situado
Figura 2
atrás do espelho e simétrico ao objeto. Em nosso caso, esse
x
ponto estará a 50 cm do espelho.
E
d) Então, o que se vê nesse ponto?
Nesse ponto, vemos uma imagem virtual da lâmpada. 1,2 m

14 (Unifesp) Dentro de uma casa uma pessoa observa, por meio O


m de um espelho plano E, uma placa com a inscrição VENDO 4,4 m L
45º
Ene-5
C 7
H-1 colocada fora da casa, ao lado de uma janela aberta. A janela
m
e o espelho têm as dimensões horizontais mínimas para que Fora de
Ene-5 escala
C 2
H2
- o observador consiga ver a placa em toda sua extensão late- 1,2 m
ral. A figura 1 representa o espelho e a janela vistos de dentro
da casa. A figura 2 representa uma visão de cima da placa, Placa

do espelho plano E, do observador O e de dois raios de luz


emitidos pela placa que atingem, depois de refletidos em E,
os olhos do observador. 2,8 m 0,6 m

18 Ótica: a reflexão da luz


Considerando as medidas indicadas na figura 2, calcule, 16 Desenhe a imagem A'B' do objeto AB, fornecida pelo espelho EE'.
em metros: A

a) a largura (L) da janela.


Considerando o triângulo a partir da figura 2, temos:
Figura 2 B
x
E E'
E
A
1,2 m
B
O
4,4 m L 45º B'
L 1 1,2 m A'
Fora de
1,2 m escala
3,4
tg 45o 5
3,4 m L 1 1,2 B
3,4
15
L 1 1,2
2,8 m 0,6 m L 5 2,2 m

b) a largura mínima x do espelho E para que o observador


possa ver por inteiro a imagem da placa conjugada por ele.
Observando o triângulo a seguir, por semelhança de triângulos,
temos: A
Figura 2 E E'
x
E
B

1,2 m
A
O
4,4 m L 45º
A'
Fora de
1,2 m escala
B'
2,8 m
x 5 1,2
2,8 4,4 1 1,2
2,8 m 0,6 m x 5 0,6 m
A

15 A figura deste exercício mostra um espelho plano EE' e os pa-


m res de pontos AA', BB', CC' e DD'. Entre esses pares de pontos, B
Ene-5
C 7
H-1 quais podem estar representando um pequeno objeto e sua
imagem? E E'
B
D
A
C
B
A

E E'

A' B'
B'
C'
D' Seguindo a orientação ilustrada pela figura 18, os alunos não terão di-
A' ficuldade em traçar as imagens mostradas nas figuras deste exercício. FRENTE B

Como sabemos, a imagem de um pequeno objeto em um espelho 17 Explique, sucintamente, por que o observador A da figura do
plano está situada sobre a perpendicular traçada do objeto ao exercício resolvido 2 não enxerga a imagem I do objeto O.
FÍSICA

espelho, tal que Do = Di. Pela figura deste exercício, vemos que os Porque nenhum dos raios luminosos provenientes de O, após
pares de pontos que satisfazem essas condições são AA' e CC'. se refletirem no espelho, atinge o olho do observador A.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 12 e 13 Para aprimorar: 1 e 2

Ótica: a reflexão da luz 19


ESPELHOS ESFÉRICOS
Espelhos côncavos e convexos
Uma superfície lisa, de forma esférica, que reflete especularmente a luz, é um espelho esférico.
Se a luz estiver se refletindo na superfície interna, como na figura 19-A, dizemos que o espelho é
côncavo, e se a reflexão ocorrer na superfície externa (fig. 19-B), dizemos que o espelho é convexo.
Alguns elementos importantes de um espelho esférico estão mostrados na figura 20. São os
seguintes:
o ponto V (centro da superfície refletora), denominado vértice do espelho;
o ponto C (centro de curvatura da esfera), denominado centro do espelho;
a reta CV, denominada eixo do espelho;
o raio, R, do espelho (raio de curvatura da esfera).
A B

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


Fig. 19 – Raios luminosos se refletindo
em um espelho côncavo (A) e em um
espelho convexo (B).

A B

R R
V V
C C
Fig. 20 – O vértice, V, o centro de
curvatura, C, e o raio, R, de um espelho
côncavo (A) e de um espelho convexo (B).

Imagem real
Suponha que um pequeno objeto O seja colocado sobre o eixo do espelho côncavo, como
mostra a figura 21. Parte da luz que é emitida por O incide no espelho e será refletida por ele de
acordo com as leis da reflexão.
Tracemos um raio de luz incidindo no espelho no ponto A (segmento OA da figura 21). A normal ao
espelho, nesse ponto, é CA, pois sabemos que o raio de uma esfera é sempre perpendicular a sua superfície.
^
Assim, determinamos o ângulo de incidência i e podemos traçar o raio refletido AI, bastando
^ ^
lembrar que i 5 r. Repetindo esse procedimento com o raio de luz incidente OB, verificamos que o
raio refletido correspondente, BI, também passará pelo ponto I, e isso ocorrerá com qualquer outro
raio que seja emitido por O e se reflita no espelho.
Se um observador se colocar em frente ao espelho, na posição mostrada na figura 21, os raios
refletidos, após passarem todos por I, divergem e alcançam seus olhos. Tudo se passa, então, como
se em I existisse um objeto enviando luz para os olhos do observador.
Por esse motivo, ele verá em I uma imagem do objeto O, fornecida pelo espelho côncavo.
Lembre-se de que a imagem virtual é vista no ponto de encontro dos prolongamentos dos raios
refletidos, enquanto a imagem I da figura 21 é vista, pelo observador, em um ponto onde realmente
passam os raios refletidos. Essa imagem é denominada imagem real. Assim, podemos destacar:

Quando um feixe de luz emitido por um objeto se reflete em um espelho côncavo, de modo
a convergir para um ponto, teremos, neste, a formação de uma imagem real do objeto (fig. 21).

20 Ótica: a reflexão da luz


Como na posição onde se forma a imagem real passam raios luminosos, se colocarmos nela
um anteparo, observaremos a imagem projetada sobre ele (o que não ocorre com a imagem virtual).
Entretanto, o observador poderá ver a imagem real mesmo sem utilizar o anteparo. Basta, para isso,
que ele se coloque, como na figura 21, em uma posição tal que seus olhos recebam os raios refletidos
após terem convergido no ponto I.
A Fig. 21 – Formação de uma imagem real (I)
de um objeto (O) por um espelho côncavo.

C I V

Foco de um espelho
A figura 22-A mostra um feixe de raios luminosos incidindo em um espelho côncavo paralela-
mente a seu eixo. Usando as leis da reflexão, podemos traçar os raios refletidos, verificando, então,
que eles convergem em um ponto F, denominado foco do espelho. Por esse motivo, é costume dizer
que o espelho côncavo é um espelho convergente.
Por outro lado, fazendo um feixe de raios incidir paralelamente ao eixo de um espelho
convexo, observamos que eles divergem após a reflexão (fig. 22-B). Entretanto, os prolongamen-
tos dos raios refletidos passam pelo ponto F, que é o foco do espelho convexo. Assim, tudo se
passa como se o feixe divergente fosse emitido de F. O espelho convexo costuma, então, ser
denominado espelho divergente.

A B

F F
V
V
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA

FRENTE B
Fig. 22 – Foco de um espelho
côncavo (A) e de um espelho
convexo (B).
FÍSICA

Devemos notar que, no espelho côncavo, raios paralelos ao eixo, após se refletirem, passam
realmente por F e, por isso, o foco do espelho côncavo é um foco real (pode ser recebido em um
anteparo). Já no espelho convexo, o foco é virtual, pois está situado no ponto de encontro dos
prolongamentos dos raios refletidos.

Ótica: a reflexão da luz 21


FOTOS: LATINSTOCK/ANDREW LAMBERT PHOTOGRAPHY/SCIENCE PHOTO LIBRARY/SPL
A B

Fig. 23 – Em colheres de metal, a parte interna (A) é um espelho côncavo em que a imagem refletida é real, menor e
invertida em relação ao objeto. O lado externo da colher (B) é um espelho convexo em que a imagem produzida é
virtual, maior e não invertidas.

Em resumo:

Um feixe de raios luminosos incidindo paralelamente ao eixo de um espelho côncavo é


refletido convergindo para um foco real e, incidindo em um espelho convexo, diverge após a
reflexão como se fosse emitido de um foco virtual.

O telescópio
Os espelhos côncavos são utilizados nos telescópios, permitindo-nos observar (ou fotografar)
estrelas e galáxias, mesmo aquelas que não podem ser vistas a olho nu. Como os corpos celestes se
encontram muito afastados da Terra, a luz que chega até nós, emitida por eles, é constituída de raios pra-
ticamente paralelos. Essa luz, sendo recebida pelo espelho côncavo de um telescópio, converge para o
IMAGINECHINA/AGÊNCIA FRANCE-PRESSE seu foco, formando-se aí uma imagem real
do astro que está sendo observado. Em-
bora seja muito pequena a intensidade da
luz que chega à Terra proveniente de uma
estrela, por exemplo, a concentração de
luz provocada pelo espelho côncavo torna
possível observar ou fotografar sua imagem.
Quanto mais fraca for a luz que rece-
bemos de um corpo celeste, maior deverá
ser o tamanho do espelho, a fim de co-
letar luz suficiente para que ele possa ser
observado.

Fig. 24 – O maior telescópio do mundo, chamado


de FAST (Five hundred meter Aperture Spherical
Telescope), está sendo construído pela China.

22 Ótica: a reflexão da luz


Na figura 24, mostramos o espelho côncavo com 500 m2 do telescópio chinês FAST. Esse espe-
lho, bem como os espelhos côncavos de qualquer telescópio, não são esféricos, e sim parabólicos,
pois com eles obtém-se maior nitidez nas imagens de objetos distantes. O FAST é o maior telescópio
do mundo e é formado por 4 400 painéis de alumínio triangulares que juntos formam um espelho
parabólico com aproximadamente 300 m.
Um telescópio que ficou famoso é o telescópio espacial Hubble, que, apesar de possuir um
espelho de 2,40 m de diâmetro, permitiu uma grande melhoria na obtenção das imagens, já que está
na órbita da Terra, a cerca de 600 quilômetros de altitude, longe do efeito de turbulência da atmosfera
terrestre (fig. 25). O telescópio Hubble foi lançado para o espaço no dia 24 de abril de 1990 e sua
substituição está prevista para 2018. O Hubble será substituído pelo telescópio espacial James Webb
(fig. 26), que tem um espelho maior, com 6,5 m de diâmetro, e deverá ficar em uma órbita situada a
1,5 milhões de quilômetros da Terra.
FOTOS: NASA

Fig. 25 – Telescópio espacial Hubble, em órbita,


a 600 km da superfície terrestre.

FRENTE B
FÍSICA

Fig. 26 – Concepção artística do telescópio


James Webb que substituirá o telescópio
Hubble em 2018.

Ótica: a reflexão da luz 23


O holofote
Os holofotes são dispositivos capazes de nos fornecer um feixe de raios luminosos parale-
los. Isso é possível porque um holofote é constituído, basicamente, de um espelho côncavo, no
foco do qual se coloca uma lâmpada (fig. 27).
Como já sabemos, um feixe de luz que incide paralelamente ao eixo de um espelho côncavo
converge em seu foco. No holofote, a luz segue o caminho inverso, isto é, o feixe divergente que sai do
foco se torna paralelo após ser refletido (fig. 27). O holofote permite melhor iluminação de objetos
distantes porque a luz emitida por ele é praticamente paralela, não se espalhando em várias direções,
como acontece com a luz emitida por uma fonte luminosa comum.

ILUSTRAÇÕES: AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/


ARQUIVO DA EDITORA
Fig. 27 – Em um holofote, a lâmpada deve ficar
no foco do espelho côncavo para que o feixe
refletido seja constituído de raios paralelos.

Distância focal
Nas figuras 22-A e 22-B, mostramos os focos de um espelho côncavo e de um espelho convexo.
A distância FV, entre o foco e o vértice, é denominada distância focal, f, do espelho.
Vamos procurar obter uma relação entre a distância focal, f, e o raio, R, do espelho. Para isso,
consideremos um raio luminoso, paralelo ao eixo de um espelho côncavo, incidindo nesse espelho
no ponto M (fig. 28).
Sendo C o centro de curvatura, sabemos que CM é a normal ao espelho em M. Assim, podemos
^ ^
traçar o raio refletido, formando com a normal um angulo r igual ao ângulo de incidência i. Como
sabemos, o ponto em que esse raio corta o eixo CV é o foco, F, do espelho. O triângulo CFM da figura
^ ^
28 é isósceles, porque r 5 FBCM (temos FBCM 5 i porque são alternos internos). Logo, CF 5 FM.

M
^
i
^
a r V
C F

Fig. 28 – A distância focal de um espelho esférico é igual à


metade de seu raio de curvatura  f 5 R  .
 2

A partir desse instante, vamos supor que os raios luminosos sempre incidam no espelho pró-
ximos ao seu vértice. Nessas condições, podemos considerar que FM 5 FV. Então CF 5 FV, ou seja,
FV 5 CV . Mas CV é o raio, R, do espelho e FV é a sua distância focal, f. Logo, temos f 5 R . Esse
2 2
resultado é válido também para um espelho convexo. Então, podemos destacar:

A distância focal, f, de um espelho esférico é aproximadamente igual à metade do seu raio


de curvatura, R, isto é, f = R . Em outras palavras, o foco de um espelho esférico está situado no
2
meio da distância entre o centro e o vértice do espelho.

24 Ótica: a reflexão da luz


EXERCÍCIO RESOLVIDO

3 O espelho côncavo do farol de um automóvel tem um raio de raios luminosos paralelos. Então, a distância da lâmpada de
de curvatura R 5 20 cm. Qual deve ser a distância entre o um farol ao vértice do espelho deve ser igual à distância focal, f,
filamento da lâmpada e o vértice desse espelho para que saia desse espelho. Mas, como vimos, f 5 R e, em nosso caso:
do farol um feixe de raios luminosos paralelos? 2
R
f5 5 20 cm 5 10 cm
RESOLUÇÃO: 2 2
Sabemos que a lâmpada de um farol (holofote) deve estar situa- Assim, o filamento da lâmpada deve estar a 10 cm do vértice
da no foco do espelho côncavo para que saia do farol um feixe do espelho.

PARA CONSTRUIR

18 A figura deste exercício mostra um espelho côncavo, de raio 19 Responda às questões do exercício anterior para o espelho
m R 5 6,0 cm. m convexo, de raio R 5 6,0 cm, mostrado na figura abaixo.
Ene-5 Ene-5
C 7 C 7
H-1 H-1

m m
Ene-3 Ene-3
C 3 C 3
H-1 H-1

C F V F C
V

Os pontos V, F, C e o eixo do espelho são


mostrados na figura acima, à direita, sen-
do CV 5 6,0 cm e FV 5 3,0 cm. Deve-se
observar que C e F estão situados, nesse
caso (espelho convexo), atrás do espelho.

a) Marque na figura a posição do vértice V do espelho. 20 Suponha que o espelho esférico côncavo de um telescópio
O vértice V está situado no centro da calota esférica, que constitui m tenha um raio de curvatura R 5 5,0 m e que esteja sendo
Ene-3
C 0
H-1 usado para fotografar uma estrela.
o espelho, como mostra a figura apresentada acima, à esquerda.
a) Como é o feixe de raios luminosos, proveniente da estrela,
que chega ao telescópio?
Como a estrela está muito afastada de nós, o feixe de raios
b) Desenhe o eixo do espelho.
luminosos proveniente dela é constituído praticamente de
O eixo é uma reta perpendicular ao espelho, passando por V.
raios paralelos.

b) A que distância do vértice do espelho se forma a imagem


da estrela?
c) Indique a posição do centro, C, do espelho. Como os raios incidentes são paralelos, a imagem da
O centro C está na frente do espelho a uma distância CV 5 6,0 cm. estrela se formará no foco do espelho, isto é, a 2,5 m do
seu vértice  f 5 R 5 2,5 m . FRENTE B
 2 

d) Mostre onde está localizado o foco, F, do espelho.


FÍSICA

O foco F está no meio do segmento CV, isto é, FV 5 3,0 cm. c) Essa imagem é real ou virtual?
Como sabemos, o foco de um espelho côncavo é real (veja a
figura 22-A), logo, a imagem da estrela é real.

Ótica: a reflexão da luz 25


21 A figura abaixo mostra um espelho côncavo, seu centro C e 22 Responda às questões do exercício anterior para o espelho
m dois raios luminosos que incidem no espelho paralelamente m convexo mostrado na figura abaixo.
Ene-5 Ene-5
C 7
H-1 ao eixo CV. a) O foco F está localizado no meio do segmento CV. O C 7
H-1
aluno deverá marcar esse ponto na figura.
m
Ene-5
c) Como os raios inci- m
Ene-5
C 8 C 8
H-1 dentes são paralelos ao H-1
eixo do espelho, eles se
refletirão passando pelo V F C
C F V
foco F. Os alunos deve-
rão traçar esses raios
refletidos na figura.

a) Os alunos deverão marcar o foco F no meio do segmento CV.


a) Marque na figura o ponto em que se localiza o foco do
espelho. b) Como o espelho é convexo, sabemos que seu foco é virtual.

b) Esse foco é real ou virtual? c) Como os raios incidentes são paralelos ao eixo, os alunos

Como o espelho é côncavo, sabemos que o foco F é real. deverão traçar os raios refletidos, de tal modo que seus
prolongamentos passem pelo foco F.
d) Os alunos verão, na figura traçada por eles, que os raios divergem

c) Trace na figura a trajetória dos raios após serem refletidos após serem refletidos pelo espelho, isto é, o espelho é divergente.
pelo espelho.
d) O espelho é convergente ou divergente?
Os alunos verão, na figura traçada por eles, que os raios, após
refletidos, convergem no foco, isto é, o espelho é convergente.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 14 a 16

IMAGEM DE UM OBJETO EXTENSO


Até aqui analisamos apenas a formação de imagens de pequenos objetos (objetos pontuais)
nos espelhos esféricos. Consideremos um objeto não pontual, como a lâmpada mostrada na
figura 29, colocado em frente a um espelho esférico. Para localizarmos a imagem desse objeto,
deveríamos procurar determinar a posição da imagem de cada um de seus pontos. Entretanto,
não é difícil perceber que, localizando-se apenas a imagem da extremidade A, será possível vi-
sualizar a imagem de todo o objeto, como vamos mostrar nesta seção.

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


A

C F

Fig. 29 – Um objeto extenso situado


em frente a um espelho côncavo.

26 Ótica: a reflexão da luz


Raios principais
Podemos localizar, com maior facilidade, a posição da imagem de um ponto nos espelhos
esféricos, fazendo uso de determinados raios luminosos, denominados raios principais, os quais
serão apresentados a seguir:
1o) Um raio luminoso que incide em um espelho côncavo, paralelamente ao seu eixo, reflete-se
passando pelo foco (fig. 30-A).
Um raio luminoso que incide em um espelho convexo, paralelamente ao seu eixo, reflete-se de
tal modo que seu prolongamento passa pelo foco (fig. 30-B).
A

F C

Fig. 30 – Reflexão de um raio luminoso que incide em um


espelho côncavo e em um espelho convexo paralelamente ao
eixo desses espelhos.

2o) Um raio luminoso que incide em um espelho côncavo, passando por seu foco, reflete-se
paralelamente ao eixo do espelho (fig. 31-A).
Um raio luminoso que incide em um espelho convexo, de tal maneira que sua direção passe
pelo foco, reflete-se paralelamente ao eixo do espelho (fig. 31-B).
A
A

C F

B
FRENTE B
A
FÍSICA

F C

Fig. 31 – Reflexão de um raio luminoso que incide em um


espelho côncavo e em um espelho convexo, de tal modo que a
direção do raio incidente passe pelo foco desses espelhos.

Ótica: a reflexão da luz 27


3o) Um raio luminoso que incide em um espelho côncavo, passando pelo seu centro de curva-
tura, reflete sobre si mesmo (esse raio incide perpendicularmente ao espelho; figura 32-A).
Um raio luminoso que incide em um espelho convexo, de tal maneira que sua direção passe
pelo centro de curvatura do espelho, reflete sobre si mesmo (fig. 32-B).
A

C F

F C

Fig. 32 – Reflexão de um raio luminoso que incide em um espelho côncavo (A) e em um espelho
convexo (B), de tal modo que a direção do foco incidente passe pelo centro de curvatura desses espelhos.
Atividade
Experimental A partir de agora, sempre que quisermos localizar a posição da imagem de um ponto
(situado fora do eixo do espelho), usaremos apenas dois raios principais que são emitidos pelo
Acesse o Material Comple-
mentar disponível no Portal e
ponto. Nos exemplos seguintes, mostraremos o uso desse método para localizar a imagem de
aprofunde-se no assunto. um ponto da extremidade de um objeto extenso. Como estudamos, a localização da imagem
desse ponto nos permitirá visualizar a imagem de todo o objeto.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

4 O objeto AB da figura a seguir encontra-se em frente de um espelho côncavo a uma distância deste maior do que o seu raio. Lo-
calize a imagem desse objeto.

RESOLUÇÃO:
Como as posições do centro C e do foco F foram fornecidas na figura, podemos localizar a posição da imagem do ponto A
usando dois dos raios principais. Observe que na figura traçamos, a partir de A, um raio paralelo ao eixo do espelho, o qual se
reflete passando pelo foco, e o outro passando pelo foco, que se reflete paralelamente ao eixo do espelho. Os raios refletidos
se cruzam em A' e nesse ponto, portanto, está localizada a imagem (real) de A. Como o objeto AB é perpendicular ao eixo
do espelho, sua imagem também o será, de modo que a imagem de B estará em B' (sobre o eixo) e, assim, fica determinada
a imagem A'B', como mostra a figura. Observe que, nesse caso, a imagem do objeto AB, fornecida pelo espelho côncavo, é
real, menor do que o objeto e invertida em relação a ele.

28 Ótica: a reflexão da luz


EDUARDO SANTALIESTRA/ESTÚDIO PAULISTA
A

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/


B'

ARQUIVO DA EDITORA
B C F
A'
Imagem real e invertida de
uma vela, colocada em frente
a um espelho côncavo.

5 Suponha que o objeto AB do exemplo anterior fosse colocado entre o foco e o vértice do mesmo espelho, como mostra a figura
a seguir. Localize a imagem do objeto.

RESOLUÇÃO:
Para localizarmos a imagem do ponto A, usaremos os mesmos raios principais usados no exemplo anterior. O raio que parte de A
paralelamente ao eixo reflete-se passando pelo foco. O segundo raio parte de A e incide no espelho com sua direção passando
pelo foco, como mostra a figura. Tudo se passa, então, como se ele tivesse sido emitido do foco e, portanto, será refletido parale-
lamente ao eixo do espelho.
Observamos, agora, que os raios refletidos não se cruzam (a imagem de A não será real). Entretanto, os prolongamentos desses raios re-
fletidos se cruzam em A' que será, pois, a imagem virtual de A. Tirando uma perpendicular de A' sobre o eixo, determinamos a imagem B'
do ponto B e, assim, teremos localizado a imagem A'B' do objeto AB. Pela figura vemos que, nesse caso, o espelho côncavo fornece uma
imagem virtual, maior do que o objeto e direita, isto é, não invertida em relação ao objeto.

A'
EDUARDO SANTALIESTRA/ESTÚDIO

A
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA

C F B V B'
Imagem virtual de uma
vela situada entre o foco
PAULISTA

e o vértice do espelho
côncavo.

6 Consideremos um objeto AB diante de um espelho convexo, como mostra a figura a seguir. Como será sua imagem?

RESOLUÇÃO:
Tiremos do ponto A dois raios principais: um paralelo ao eixo, que se reflete de tal modo que seu prolongamento passa pelo foco;
o outro, que incide no espelho de tal maneira que sua direção passa pelo foco e que se reflete paralelamente ao eixo. Vemos, pela
figura, que, também nesse caso, os raios refletidos não se cruzam, mas os seus prolongamentos se encontram em A'. Em A'B', temos
a imagem do objeto AB. Essa imagem é virtual, menor do que o objeto e direita.
EDUARDO SANTALIESTRA/ESTÚDIO PAULISTA

FRENTE B
A
A'
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/
ARQUIVO DA EDITORA

FÍSICA

B B' F A imagem da vela,


fornecida pelo
espelho convexo,
é virtual, direita e
menor que o objeto.

Ótica: a reflexão da luz 29


25. Como os raios incidentes, tanto no espelho côncavo quanto no conve-
xo, passam pelo foco F, eles serão refletidos paralelamente ao eixo do
espelho, como na figura 31 (os alunos deverão traçar
os raios refletidos em cada figura do exercício).
PARA CONSTRUIR

23 (UPF-RS) Na madrugada do dia 15 de abril de 2014, os olha- 25 Considere os espelhos esféricos mostrados nas figuras deste
m res dos latino-americanos voltaram-se para o céu, no qual era m exercício. F e V indicam, respectivamente, o foco e o vértice
Ene-5 Ene-5
C 8 C 7
H-1 possível observar o alinhamento entre Sol, Terra e Lua, for- H-1 de cada espelho. Trace, nas figuras, os raios refletidos corres-
mando o eclipse lunar conhecido por “Lua Vermelha”. Astrô- pondentes a cada um dos raios incidentes mostrados.
nomos e observadores amadores direcionaram telescópios A
para visualizar o fenômeno. Considerando a utilização de um
telescópio do tipo refletor, é correto afirmar que a imagem
final do objeto estelar que se apresenta aos olhos do obser-
F V
vador tem as seguintes características: a
a) real e invertida. Quando um feixe de luz emitido por
b) real e direita. um objeto se reflete em um espelho
côncavo que são utilizados nos teles-
c) virtual e invertida. cópios, a imagem é formada no foco
d) virtual e direita. e é real e invertida.
e) virtual e maior. B
24 As figuras a seguir mostram dois espelhos, um côncavo e o
m outro convexo. O centro de curvatura de cada espelho está
Ene-5
C 7
H-1 em C, e V é o vértice de cada um.
V F

C V

26 a) Orientando-se pelos exercícios resolvidos desta seção, faça


m um diagrama para localizar a imagem do objeto AB, colo-
Ene-5
C 7
H-1 cado em frente a um espelho côncavo, na posição mostra-
m
da na figura abaixo.
Ene-3
C 3
H-1

C F V
B

V C

a) Para cada um dos raios luminosos mostrados, qual é o va-


lor do ângulo de incidência? B'
C F
Os raios incidentes mostrados, tanto no espelho côncavo quanto B
Como se trata de um espelho A'
no convexo, passam pelo centro C. Portanto, esses raios são
^
côncavo, o aluno poderá se orien-
perpendiculares aos espelhos, isto é, temos i 5 0 para todos eles. tar pela solução do exercício re-
solvido 4. Traçando a partir de A
b) Indique, nas figuras, a trajetória de cada um desses raios os raios principais citados no tex-
após se refletirem nos espelhos. to desta seção, o aluno obterá, no
encontro dos raios refletidos, o ponto A', que é a imagem real de A (veja a
Nessas condições, os raios refletidos estarão sobre os raios inciden- figura). Tendo localizado o ponto A', ele poderá traçar a imagem A'B', verifi-
tes, mas em sentidos contrários a eles, como vemos na figura 32. cando que ela é invertida e menor do que o objeto, como mostra a figura.
30 Ótica: a reflexão da luz
b) Aproxime, do espelho, o objeto AB do item anterior, colo- 29 Considerando ainda o objeto AB do exercício 26, suponha
cando-o entre o centro e o foco. Faça um novo diagrama m agora que ele seja colocado entre o foco e o vértice do es-
Ene-3
para localizar a imagem do objeto nessa nova posição. C 3
H-1 pelho. Faça um diagrama para localizar a imagem do objeto
Usando os mesmos raios principais da para essa situação.
figura do item a, obtém-se o diagrama
A situação é idêntica àquela analisada no exercício resolvido 5. Portan-
mostrado na figura acima, em que A'B' A to, o diagrama que os alunos traçarão será igual ao daquele exercício.
é a imagem de AB. Como vemos no dia-
grama, essa imagem é real, invertida e
maior do que o objeto.
B' F
C B

A'

27 Para resolver este exercício, observe os diagramas que você


traçou no exercício anterior. Ao aproximarmos do foco de
um espelho côncavo um objeto que se encontrava afastado
dele, a imagem desse objeto: Observando as figuras da respos-
ta do exercício anterior, vemos fa-
cilmente que, ao aproximarmos o
a) permanece sempre real?
objeto do foco do espelho côncavo,
Permanece real. sua imagem:

b) afasta-se do espelho, aproxima-se dele ou permanece na


mesma posição?
Afasta-se do espelho.

c) aumenta, diminui ou permanece com o mesmo tamanho?


Aumenta de tamanho.

Agora, responda:
d) é sempre invertida em relação ao objeto?
a) A imagem obtida é real ou virtual?
Permanece invertida em relação ao objeto.
A imagem é virtual.

b) Ela é maior, menor ou do mesmo tamanho que o objeto?


Seu tamanho é maior do que a do objeto.
28 Suponha que o objeto AB do exercício 26 seja colocado so-
m bre o foco F do espelho. Nessa condição, não se formará uma
Ene-3
C 3
H-1 imagem do objeto. Por quê? c) É direita ou invertida?
Com o objeto situado sobre o foco, o feixe luminoso que parte Tem a mesma orientação do objeto (direita).
FRENTE B
de um ponto desse objeto, após se refletir, dá origem a um
feixe de raios paralelos (como na figura 27). Não havendo ponto d) Localize nas páginas anteriores a figura cujo diagrama
de encontro desses raios refletidos, não haverá formação de corresponde à situação deste exercício.
FÍSICA

imagem (costuma-se dizer que a imagem se forma no infinito). Como dissemos, o diagrama corresponde ao da figura do
exercício resolvido 5.

Ótica: a reflexão da luz 31


30 (UEL-PR) Considere a figura a seguir. c)
m
Ene-5 A'
C 7 A
H-1 A
m
Ene-3
C 3
H-1

B F C C F B V B'

Com base no esquema da figura, assinale a alternativa que


representa corretamente o gráfico da imagem do objeto AB
colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espe- d)
lho esférico convexo. d A

a)
A'
A

B V B' F C
B
B' C F V

A'

e) A A'

b)

A
B F B' C

B' C B F V

Devido ao espelho ser convexo, a imagem será virtual, direita e menor,


sendo localizada entre o foco e o vértice. Já o raio que incide pelo centro
A' de curvatura reflete sobre si mesmo e o raio que incide paralelo reflete
pelo foco.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 17 a 24

A EQUAÇÃO DOS ESPELHOS ESFÉRICOS


Aumento produzido pelos espelhos
Vimos, nos exemplos da seção anterior, que a imagem de um objeto pode ser maior ou menor
do que ele, dependendo da posição do objeto e do tipo de espelho que produziu a imagem.
A relação entre o tamanho da imagem, A'B', e o tamanho do objeto, AB, é denominada aumento
linear ou ampliação fornecida pelo espelho, isto é,

tamanho da imagem
aumento linear 5 5 A'B'
tamanho do objeto AB

Logo, um aumento menor que 1 indica que a imagem é menor do que o objeto. Para obter uma
maneira de calcular esse aumento, vamos analisar a figura 33. Nela, a imagem, A'B', do objeto AB foi

32 Ótica: a reflexão da luz


localizada usando-se o raio principal que passa pelo centro, sendo, então, refletido sobre si mesmo,
^ ^
e o raio AV, que incide no vértice do espelho, reflete-se de tal modo que i 5 r. Dessa maneira, os
triângulos retângulos ABV e A'B'V são semelhantes e podemos escrever:

A'B' 5 B'V
AB BV

Mas B'V é a distância da imagem ao espelho, que designaremos por Di, e BV é a distância do
objeto ao espelho, que vamos designar por Do. Logo:

A'B' D
5 i 5 aumento linear
AB Do

Assim, o aumento produzido por um espelho pode ser obtido dividindo-se a distância da
imagem ao espelho pela distância do objeto ao espelho. Esse processo pode ser usado para calcular
o aumento tanto no espelho côncavo quanto no convexo.
A

^
B' F i V
B C
^
A' r
Fig. 33 – Nesta figura, o triângulo ABV é
semelhante ao triângulo A'B'V e o triângulo
ABC é semelhante ao triângulo A'B'C.

A equação dos espelhos esféricos


Analisando ainda a figura 33, poderemos obter uma equação que relaciona Do, Di e a distância
focal, f, do espelho. Os triângulos retângulos ABC e A'B'C são semelhantes, pois os ângulos opostos
pelo vértice, em C, são iguais. Assim, temos:

A'B' 5 B'C
AB BC

Mas, pela figura 33, vemos que:


B'C 5 CV 2 B'V 5 R 2 Di 5 2f 2 Di
BC 5 BV 2 CV 5 Do 2 R 5 Do 2 2f
A'B' 5 Di
Lembrando que , temos:
AB Do

Di 2f 2 Di
5 ⇒ DD i o 2 2fDi 5 2fD o 2 DD
i o
Do Do 2 2f
∴ 2DDi o 5 2fDi 1 2fD o

Dividindo todos os termos desta igualdade por 2fDiDo, obtemos:


FRENTE B

15 1 1 1
f Do Di
FÍSICA

Essa relação é denominada equação dos espelhos esféricos. Ela nos permite calcular a que
distância do espelho se formará a imagem, quando conhecemos a distância focal do espelho e a
distância do objeto a ele.

Ótica: a reflexão da luz 33


Convenção de sinais
A equação anterior foi deduzida para a situação mostrada na figura 32, isto é, um espelho côn-
cavo formando uma imagem real de um objeto. Entretanto, ela poderá ser usada também quando a
imagem for virtual ou quando o espelho for convexo, desde que seja obedecida a seguinte convenção
de sinais para as distâncias Do, Di e f:
1o) a distância Do é sempre positiva;
2o) a distância Di será positiva se a imagem for real e negativa se for virtual;
3o) a distância focal será positiva quando o espelho for côncavo (foco real) e negativa quando
for convexo (foco virtual).
Resumindo, podemos destacar que:

A imagem de um objeto, colocado a uma distância Do de um espelho esférico de distância


focal f, forma-se a uma distância Di do espelho tal que:
15 1 1 1
f Do Di
Nessa equação, Do é sempre positivo, f é positivo para o espelho côncavo e negativo para
o convexo e Di é positivo para uma imagem real e negativo para uma imagem virtual.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

7 Um objeto é colocado a 10 cm do vértice de um espelho côncavo, cuja distância focal é de 20 cm.


a) A que distância do espelho se formará a imagem do objeto?
b) Mostre, em um diagrama, a formação da imagem do objeto.
c) Qual o aumento produzido pelo espelho?

RESOLUÇÃO:

1 1 1
a) A equação 5 1 permitirá calcular o valor de Di, pois conhecemos os valores de Do e f. Como sabemos, Do é sempre
f Do Di
positivo, isto é, Do 5 10 cm e, como se trata de um espelho côncavo, f também é positivo, ou seja, f 5 20 cm. Então, temos:
1 5 1 1 1 ⇒ 1 5 1 2 1 ⇒
20 10 Di Di 20 10
⇒ 1 1
5 2 ∴ Di 5 2220 cm
Di 20
Como encontramos, para Di, um valor negativo, concluímos que a imagem é virtual e, portanto, não é invertida, estando situada
a 20 cm atrás do espelho.
b) A situação descrita no enunciado corresponde ao diagrama da figura do exercício resolvido 5. Observe que o diagrama con-
firma os resultados que encontramos algebricamente: a imagem é virtual, direita e está situada atrás do espelho. Em problemas
como este, o traçado do diagrama de formação da imagem nos ajuda a visualizar a solução algébrica e, por isso, recomenda-
mos que ele sempre seja feito. É também aconselhável acompanhar a solução de problemas com a observação da imagem
produzida em situação experimental.
c) Como vimos, o aumento é dado por:
A'B' 5 Di , llogo
ogoo A'B' 5 20 ⇒ A'B' 5 2
log
AB Do AB 10 AB
Esse resultado significa que a imagem é duas vezes maior do que o objeto. (Observe que, no cálculo do aumento, não é necessário
considerar o sinal de Di.)

34 Ótica: a reflexão da luz


31. O telescópio é um instrumento empregado para enxergarmos objetos que estão muito distantes de nós. Neste caso, podemos considerar que a distância
do objeto ao espelho é infinita (Do → `) e, aplicando a equação dos espelhos esféricos ao telescópio, temos:
1 1 1 1
5 1 ; Do → ` ⇒ → 0
f Do Di Do
1 1
5 ⇒ Di 5 f
f Di PARA CONSTRUIR

31 (UFTM-MG) Sobre o comportamento dos espelhos esféricos, 33 Em frente a um espelho côncavo, de distância focal f, é colo-
m assinale a alternativa correta. e m cado um objeto, exatamente sobre seu centro de curvatura,
Ene-5 Ene-3
C 8 C 2
H-1 a) Se um objeto real estiver no centro de curvatura de um H-1 C (isto é, Do 5 2f ).
espelho esférico, sua imagem será real, direita e de mes- m
Ene-4
a) Usando a equação dos espelhos esféricos, determine o
C 6
mo tamanho que a do objeto. H1
- valor de Di em função de f.
b) Os raios de luz que incidem, fora do eixo principal, sobre o Como Do 5 2f, temos:
1 1 1 1 1 1 1 1 1
vértice de um espelho esférico refletem-se passando pelo 5 1 ⇒ 5 1 ⇒ 5 2 ⇒
f Do Di f 2f Di Di f 2f
foco desse espelho. 1 221 1
⇒ 5 5 ∴ Di 5 2f
c) Os espelhos esféricos côncavos só formam imagens vir- Di 2f 2f
tuais, sendo utilizados, por exemplo, em portas de gara-
gens para aumentar o campo visual. b) Então, em que posição está localizada a imagem?
d) Os espelhos convexos, por produzirem imagens amplia- Como Di 5 2f, a imagem estará exatamente no centro C do
das e reais, são bastante utilizados por dentistas em seu espelho, ou seja, à mesma distância em que se encontra o objeto.
trabalho de inspeção dental.
e) Os espelhos utilizados em telescópios são côncavos e as
imagens por eles formadas são reais e se localizam, apro- c) A imagem é real ou virtual?
ximadamente, no foco desses espelhos. Como Di é positivo, a imagem é real.

32 Suponha que, na figura do exercício 26, a distância focal do


m espelho côncavo seja f 5 10 cm e que o objeto esteja situado d) Qual é, neste caso, o valor do aumento? O que significa
Ene-3
C 2
H-1 a uma distância Do 5 15 cm do vértice do espelho. este resultado?
Temos, para o aumento:
m
Ene-4
a) Usando a equação dos espelhos esféricos, determine a
C 6 A'B' D 2f A'B'
H1
- distância Di da imagem ao espelho. 5 i 5 ∴ 51
AB Do 2f AB
Como Do 5 15 cm e f 5 10 cm, vem:
1 1 1 1 1 1 Esse resultado, evidentemente, significa que o tamanho da
5 1 ⇒ 5 1 ∴ Di 5 30 cm
f Do Di 10 15 Di
imagem é igual ao do objeto.

34 a) Trace o diagrama para obter a imagem na situação men-


cionada no exercício anterior e verifique se ele concorda
com as respostas que você encontrou.
b) Tendo em vista o resultado encontrado na questão ante- A
rior, você conclui que a imagem é real ou virtual?
Como Di é positivo, a imagem é real.

c) Calcule o aumento proporcionado pelo espelho. Qual o C F

significado deste resultado?


A'B' D 30 A'B'
5 i 5 ∴ 52
AB Do 15 AB

A'

Traçando cuidadosamente o diagrama, o aluno obterá uma figura


como a apresentada acima. Observando esse diagrama, vemos
que a imagem que se forma sobre o centro C é real e do mesmo
Esse resultado significa que a imagem é 2 vezes maior do que o tamanho que o objeto, em perfeita concordância com os resulta-
objeto. dos encontrados no exercício anterior. FRENTE B
b) A imagem obtida é direta ou invertida?
d) Verifique se suas respostas concordam qualitativamente
A imagem é invertida.
com o diagrama que você traçou no exercício 26, item b.
FÍSICA

As respostas deste exercício concordam satisfatoriamente


com o diagrama.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 25 a 33 Para aprimorar: 3

Ótica: a reflexão da luz 35


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

foi possível porque naquele dia, naquele local, foi visível um


PARA PRATICAR
eclipse total do Sol. Assim que o disco lunar ocultou comple-
tamente o Sol foi possível observar a posição aparente das
1 (IFSP) A figura ilustra, fora de escala, a ocorrência de um eclipse do estrelas. Sabendo-se que o diâmetro do Sol é 400 vezes maior
m Sol em determinada região do planeta Terra. Esse evento ocorre do que o da Lua e que durante o eclipse total de 1919 o cen-
Ene-5
C 7
H-1 quando estiverem alinhados o Sol, a Terra e a Lua, funcionando, tro do Sol estava a 151 600 000 km de Sobral, é correto afirmar
respectivamente, como fonte de luz, anteparo e obstáculo. que a distância do centro da Lua até Sobral era de:
a) no máximo 379 000 km. d) no mínimo 479 000 km.
Sol b) no máximo 279 000 km. e) exatamente 379 000 km.
c) no mínimo 379 000 km.
Lua
6 A figura deste problema representa a Lua girando em torno
Terra m da Terra, recebendo e refletindo os raios solares. Nas diver-
Ene-5
C 7
H-1 sas posições ocupadas por ela, mostradas na figura, em uma
volta completa em torno da Terra (cuja duração é de cerca
de 28 dias), identifique aquelas que correspondem:

Raios solares

N
Para que possamos presenciar um eclipse solar, é preciso que
estejamos numa época em que a Lua esteja na fase:
a) nova ou cheia. d) nova, apenas. P Terra M

b) minguante ou crescente. e) minguante, apenas.


c) cheia, apenas. Q

2 (Cefet-MG) A imagem formada em uma câmara escura de


m orifício é invertida em relação ao objeto. Para descrevê-la,
Ene-5
C 8
H1
- deve-se considerar a(o): a) à Lua cheia. c) ao quarto crescente.
a) propagação retilínea da luz. b) à Lua nova. d) ao quarto minguante.
b) reversibilidade dos raios de luz.
c) paralelismo geométrico dos raios de luz. 7 (Ufal) Um garoto de 1,75 m de altura está parado próximo a um
d) variação da velocidade da luz na câmara. m prédio de altura desconhecida H. Ele observa que, ao meio-
Ene-4
e) mudança de meio de propagação da luz no orifício. C 6
H-1 -dia em ponto, sua sombra, decorrente da incidência da luz
do Sol em seu corpo, bem como no prédio, tem uma dis-
3 (PUC-RJ) A certa hora da manhã, a inclinação dos raios solares é tância horizontal zero. Cerca de 4  horas depois, ele verifica
m tal que um muro de 4,0 m de altura projeta, no chão horizontal, que a sua sombra tem uma distância horizontal de 5,0 m e
Ene-4
C 6
H-1 uma sombra de comprimento 6,0 m. Uma senhora de 1,6 m de o comprimento horizontal da sombra do prédio mede 18 m.
altura, caminhando na direção do muro, é totalmente coberta Dessa forma, a altura H do prédio é dada por:
pela sombra quando se encontra a quantos metros do muro? a) 10 m. b) 7 m. c) 6,6 m. d) 6,4 m. e) 6,3 m.
a) 2,0 b) 2,4 c) 1,5 d) 3,6 e) 1,1
8 a) A maioria dos objetos que nos rodeiam (paredes, árvores,
4 (Cefet-MG) A formação de sombra de objetos iluminados é pessoas, etc.) não são fontes de luz. No entanto, podemos
m uma situação observável e comum em nosso cotidiano. Esse enxergá-los qualquer que seja nossa posição em torno
Ene-5
C 8
H1
- fato explica-se porque a luz: deles (considerando que eles estejam dentro do nosso
a) brilha intensamente. campo de visão). Por quê?
b) Um astronauta, na Lua, vê o céu escuro, mesmo que o Sol
b) reflete difusamente.
esteja brilhando (isto é, quando é “dia”, na Lua). Na Terra,
c) desloca em trajetória retilínea.
como você sabe, durante o dia o céu se apresenta total-
d) propaga com velocidade constante.
mente claro. Explique a causa dessa diferença.
5 (Uepa) Em 29 de maio de 1919, em Sobral (CE), a teoria da c) Mesmo não havendo atmosfera na Lua, durante o dia a
relatividade de Einstein foi testada medindo-se o desvio que região permanece iluminada permitindo perceber sua su-
a luz das estrelas sofre ao passar perto do Sol. Essa medição perfície e outros objetos ali existentes. Explique.

36 Ótica: a reflexão da luz


9 Um raio luminoso RO incide sobre um espelho plano coloca- 12 (Fuvest-SP) Um rapaz com chapéu observa sua imagem em um
m do na posição EO mostrada na figura deste problema. Sendo m espelho plano e vertical. O espelho tem o tamanho mínimo ne-
Ene-5 Ene-5
C 7
H-1 ON a normal a esse espelho: C 7
H-1 cessário, y 5 1,0 m, para que o rapaz, a uma distância d 5 0,5 m,
veja a sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés. A dis-
m
Ene-3 N m
Ene-3
C 0 C 3 tância de seus olhos ao piso horizontal é h 5 1,60 m. A figura a
H-1 H-1
R
seguir ilustra essa situação e, em linha tracejada, mostra o per-
m
Ene-3
C 3 curso do raio de luz relativo à formação da imagem do ponto
H-1
mais alto do chapéu.
a
Dados: O topo do chapéu, os olhos e a ponta dos pés do
rapaz estão em uma mesma linha vertical.
E O

E'

a) Trace cuidadosamente na figura o raio refletido OR' (use


y
um transferidor para medir os ângulos).
b) O espelho foi girado de um ângulo a 5 15°, passando
H
para a nova posição E'O (veja a figura). Desenhe a normal h
ON' nessa posição do espelho.
c) Considerando o mesmo raio incidente, trace o raio refleti- Y
do, OR'', para a posição E'O do espelho.
d) Meça com o transferidor o ângulo b formado pelo raio
refletido ao passar da posição OR' para OR''. d
e) Pode-se demonstrar que b 5 2a, isto é, quando o espe-
lho plano gira de certo ângulo, o raio refletido gira de um a) Desenhe na figura o percurso do raio de luz relativo à for-
ângulo duas vezes maior. Suas medidas estão de acordo mação da imagem da ponta dos pés do rapaz.
com esse resultado? b) Determine a altura H do topo do chapéu ao chão.
c) Determine a distância Y da base do espelho ao chão.
10 Um observador O en- A O B d) Quais os novos valores do tamanho mínimo do espelho
contra-se no meio da (y') e da distância da base do espelho ao chão (Y') para
parede AB de uma sala que o rapaz veja sua imagem do topo do chapéu à pon-
quadrada ABCD, na qual ta dos pés, quando se afasta para uma distância d' igual
existe um espelho plano a 1 m do espelho?
vertical MN (veja a figura N 13 (Vunesp) Uma pessoa está parada numa calçada plana e hori-
deste problema). Identifi-
m zontal diante de um espelho plano vertical E pendurado na fa-
que, entre os cantos A, B Ene-5
C 7
H-1 chada de uma loja. A figura representa a visão de cima da região.
e D da sala, aqueles cujas
imagens podem ser vis- m
Ene-3
5m
C 3
H-1
tas pelo observador atra-
D M C Calçada
vés do espelho MN.
1,8 m

11 Na figura deste problema, o ponto A é uma fonte de luz


2m
m e B é um ponto que deve ser iluminado pela luz prove-
Ene-5
C 7
niente de A. Considere o espelho plano EE' e o obstáculo V&
H-1

m
MN, que impede que a luz de A incida diretamente em B. O 1,2 m
Ene-3
C 3
H-1
Mostre na figura
a trajetória do N E
Fora de
raio que parte B escala
de A e atinge B FRENTE B
A
e determine o
ângulo com que
esse raio incide 3m Olhando para o espelho, a pessoa pode ver a imagem de um
FÍSICA

no espelho. 2m M motociclista e de sua motocicleta, que passam pela rua com


velocidade constante v 5 0,8 m/s, em uma trajetória retilínea
paralela à calçada, conforme indica a linha tracejada. Consi-
derando que o ponto O na figura represente a posição dos
E' 5m E olhos da pessoa parada na calçada, é correto afirmar que ela

Ótica: a reflexão da luz 37


poderá ver a imagem por inteiro do motociclista e de sua a) Superfície interna de uma colher.
motocicleta refletida no espelho durante um intervalo de b) Calota de um automóvel.
tempo, em segundos, igual a: c) Bola espelhada de árvore de Natal.
a) 2. c) 4. e) 1. d) Espelho do farol de um automóvel.
b) 3. d) 5.
17 (UFSM-RS) A figura de Escher, “Mão com uma esfera espelha-
14 Considere os espelhos côncavos I e II, mostrados na figura m da”, apresentada a seguir, foi usada para revisar propriedades
Ene-5
deste exercício. C 8
H-1 dos espelhos esféricos. Então, preencha as lacunas.
(I) (II)

FUNDAÇÃO M. C. ESCHER, BAARN, HOLANDA


a) Para qual deles o valor do raio R é maior?
b) Qual deles possui menor distância focal?

15 (UFF-RJ) O telescópio refletor Hubble foi colocado em órbita


m terrestre de modo que, livre das distorções provocadas pela
Ene-5
C 7
H-1 atmosfera, tem obtido imagens espetaculares do universo. O
m
Hubble é constituído por dois espelhos esféricos, conforme
Ene-5
C 8 mostra a figura abaixo. O espelho primário é côncavo e co-
H-1
leta os raios luminosos oriundos de objetos muito distantes,
refletindo-os em direção a um espelho secundário, convexo, A imagem na esfera espelhada é ___________; nesse caso,
bem menor que o primeiro. O espelho secundário, então, re- os raios que incidem no espelho paralelamente ao eixo
flete a luz na direção do espelho principal, de modo que esta, principal são ___________ numa direção que passa pelo
passando por um orifício em seu centro, é focalizada em uma __________ principal, afastando-se do __________ princi-
pequena região onde se encontram os detectores de imagem. pal do espelho.
Plano focal A sequência correta é:
Espelho a) virtual – refletidos – foco – eixo.
secundário b) real – refratados – eixo – foco.
Detector de c) virtual – refletidos – eixo – eixo.
imagem d) real – refletidos – eixo – foco.
Espelho e) virtual – refratados – foco – foco.
primário
18 (UPE) Em relação aos espelhos esféricos, analise as proposi-
Com respeito a este sistema ótico, pode-se afirmar que a ima- ções que se seguem:
m
Ene-5
gem que seria formada pelo espelho primário é: C 8
H-1 (1) A reta definida pelo centro de curvatura e pelo vértice do
a) virtual e funciona como objeto virtual para o espelho se-
espelho é denominada de eixo secundário.
cundário, já que a imagem final tem que ser virtual.
(3) O ponto de encontro dos raios refletidos ou de seus pro-
b) real e funciona como objeto real para o espelho secundá-
longamentos, devido aos raios incidentes paralelos ao
rio, já que a imagem final tem que ser virtual.
eixo principal, é denominado de foco principal.
c) virtual e funciona como objeto virtual para o espelho se-
(5) O espelho côncavo tem foco virtual, e o espelho convexo,
cundário, já que a imagem final tem que ser real.
foco real.
d) real e funciona como objeto virtual para o espelho secun-
(7) Todo raio de luz que incide passando pelo foco, ao atingir
dário, já que a imagem final tem que ser real.
o espelho, é refletido paralelo ao eixo principal.
e) real e funciona como objeto real para o espelho secundá-
(9) Quando o objeto é posicionado entre o centro de curva-
rio, já que a imagem final tem que ser real.
tura e o foco do espelho côncavo, conclui-se que a ima-
16 Vários objetos que apresentam uma superfície polida podem gem é real, invertida e maior do que o objeto.
se comportar como espelhos. Os objetos seguintes se com- A soma dos números entre parênteses que correspondem
portam como espelhos do tipo côncavo, convexo, conver- aos itens corretos é igual a:
gente ou divergente? a) 25. b) 18. c) 19. d) 10. e) 9.

38 Ótica: a reflexão da luz


19 Considere um espelho convexo cujo valor da distância focal é de 5 cm. Um objeto é colocado diante desse espelho, sucessivamente,
m às seguintes distâncias: Do 5 12 cm, Do 5 5 cm e Do 5 2 cm.
Ene-4
C 6
H-1 a) Trace diagramas para localizar a imagem do objeto em cada uma das posições citadas.
b) Tendo em vista os diagramas traçados, qual a conclusão que você pode tirar sobre a natureza e o tamanho da imagem forne-
cida por um espelho convexo?

20 (Fatec-SP) Como foi que um arranha-céu “derreteu” um carro?

DIVULGAÇÃO/BBC
m
Ene-5
C 7
“É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvilíneo e tem várias janelas planas,
H-1 que funcionam como espelhos, os reflexos se convergem em um ponto” diz
m
Ene-5
Chris Shepherd, do Instituto de Física de Londres. O edifício de 37 andares, ain-
C 8
H1
- da em construção, é de fato um prédio curvilíneo e o carro, um Jaguar, estava
estacionado em uma rua próxima ao prédio, exatamente no ponto atingido por
luzes refletidas e não foi o único que sofreu estrago. O fenômeno é consequên-
cia da posição do Sol em um determinado período do ano e permanece nessa
posição por duas horas por dia. Assim, seus raios incidem de maneira oblíqua
às janelas do edifício.
Considerando o fato descrito e a figura da pessoa observando o reflexo do Sol
no edifício, na mesma posição em que estava o carro quando do incidente,
podemos afirmar corretamente que o prédio se assemelha a um espelho:
a) plano e o carro posicionou-se em seu foco infinito. d) côncavo e o carro posicionou-se em seu foco principal.
b) convexo e o carro posicionou-se em seu foco principal. e) côncavo e o carro posicionou-se em um foco secundário.
c) convexo e o carro posicionou-se em um foco secundário.

21 As figuras deste problema apresentam fotos de um objeto e sua imagem fornecida por um espelho esférico. Em cada foto, identi-
fique o tipo do espelho, a natureza da imagem e a posição do objeto em relação ao foco do espelho.
FOTOS: EDUARDO SANTALIESTRA/ESTÚDIO PAULISTA

22 (UTFPR) Sobre fenômenos óticos, considere as afirmações abaixo.


I. Se uma vela é colocada na frente de um espelho plano, a imagem dela localiza-se atrás do espelho.
II. Usando um espelho convexo, você pode ver uma imagem ampliada do seu rosto.
FRENTE B
III. Sempre que um raio luminoso muda de velocidade ao mudar de meio, também ocorre mudança na direção de propagação.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
FÍSICA

23 (UEMG) Muitos profissionais precisam de espelhos em seu trabalho. Porteiros, por exemplo, necessitam de espelhos que lhes permi-
m tam ter um campo visual maior, ao passo que dentistas utilizam espelhos que lhes fornecem imagens com maior riqueza de detalhes.
Ene-5
C 8
H-1 Os espelhos mais adequados para esses profissionais são, respectivamente, espelhos:
a) planos e côncavos. b) planos e convexos. c) côncavos e convexos. d) convexos e côncavos.

Ótica: a reflexão da luz 39


24 (UEPG-PR) Um objeto real é posicionado na frente de um es- (02) As distâncias focais dos espelhos côncavo e convexo
m pelho esférico entre o seu centro de curvatura e o seu foco. são, respectivamente, 5 cm e –15 cm.
Ene-5
C 8
H-1 Sobre a natureza do espelho e a imagem conjugada, assinale (04) O aumento linear transversal da imagem formada no es-
o que for correto. pelho convexo é 0,5.
(01) A imagem conjugada será virtual. (08) O aumento linear transversal da imagem formada no es-
(02) A imagem conjugada será ampliada. pelho côncavo é 4.
(04) O espelho é côncavo. (16) A imagem formada no espelho côncavo é real, invertida
(08) A imagem conjugada será direita. e igual ao objeto.

25 (Cesgranrio-RJ) Um espelho esférico côncavo tem distância fo- 28 (PUC-RS) A figura a seguir mostra um espelho côncavo e di-
versas posições sobre o seu eixo principal. Um objeto e sua
m cal (f) igual a 20 cm. Um objeto de 5 cm de altura é colocado de m
Ene-5
Ene-4 C 7 imagem, produzida por esse espelho, são representados pe-
C 6 H-1
H-1 frente para a superfície refletora desse espelho, sobre o eixo prin-
las flechas na posição 4.
cipal, formando uma imagem real invertida e com 4 cm de altura. m
Ene-3
C 3
A distância, em centímetros, entre o objeto e a imagem é de: H-1

a) 9. b) 12. c) 25. d) 45. e) 75.

26 (UPE) No esquema a seguir, E1 é um espelho plano e E2 é um


1 2 3 4 5 6 7 8
m espelho esférico côncavo cujo raio de curvatura é 60 cm. Con-
Ene-5
C 7
H-1 sidere, relativo ao espelho E2, C como o centro de curvatura, F, o
m
foco e V, o vértice. Em F, é colocada uma fonte pontual de luz. O foco do espelho está no ponto identificado pelo número:
Ene-3
C 3
H1
- a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 8.

29 (PUC-SP) Um estudante de física resolve brincar com espelhos


m esféricos e faz uma montagem, utilizando um espelho esférico
Ene-5
C 8
H-1 côncavo de raio de curvatura igual a 80 cm e outro espelho
V convexo de raio de curvatura cujo módulo é igual a 40 cm.
C F m
Ene-4
C 6 Os espelhos são cuidadosamente alinhados de tal forma que
H-1
foram montados coaxialmente, com suas superfícies refletoras
se defrontando e com o vértice do espelho convexo coinci-
E1 E2
dindo com a posição do foco principal do espelho côncavo.
O aluno, então, colocou cuidadosamente um pequeno objeto
Considere que a luz sofre dupla reflexão, primeiramente no no ponto médio do segmento que une os vértices desses dois
espelho E1 e, posteriormente, no espelho E2. Analise as afir- espelhos. Determine, em relação ao vértice do espelho conve-
mações a seguir e conclua. xo, a distância, em centímetros, da imagem formada por esse
( ) A distância focal do espelho esférico é de 30 cm. espelho ao receber os raios luminosos que partiram do objeto
( ) Considerando a primeira reflexão, pode-se afirmar que a e foram refletidos pelo espelho côncavo, e classifique-a.
distância da imagem ao vértice do espelho E2 é de 90 cm. a) 16 cm, virtual e direita. d) 40 cm, virtual e direita.
( ) Após a segunda reflexão, pode-se afirmar que a nova b) 16 cm, virtual e invertida. e) 13,3 cm, virtual e invertida.
imagem está a uma distância em relação à primeira ima- c) 40 cm, real e direita.
gem igual a 30 cm.
30 (Uerj) Um lápis é colocado perpendicularmente à reta que
( ) Após a segunda reflexão, pode-se afirmar que a distância
m contém o foco e o vértice de um espelho esférico côncavo.
da fonte pontual de luz à sua imagem é igual a 15 cm. Ene-4
C 6
H1
- Considere os seguintes dados:
( ) Após a segunda reflexão, observa-se que a imagem for- comprimento do lápis 5 10 cm;
mada no espelho E2 é virtual e está posicionada a 45 cm distância entre o foco e o vértice 5 40 cm;
à direita do vértice. distância entre o lápis e o vértice 5 120 cm.
Calcule o tamanho da imagem do lápis.
27 (UEM-PR) Um objeto real, direito, de 5 cm de altura, está localiza-
m
Ene-5
do entre dois espelhos esféricos, um côncavo (R 5 10 cm) e um 31 (UPE) Um objeto foi colocado sobre o eixo principal de um
C 8
H-1 convexo (R 5 30 cm), sobre o eixo principal desses espelhos. O m espelho côncavo de raio de curvatura igual a 6,0 cm. A partir
Ene-4
m
objeto está a uma distância de 30 cm do espelho convexo e de C 6
H-1 disso, é possível observar que uma imagem real foi formada
Ene-4
C 6
H-1
10 cm do espelho côncavo. Com relação às características das a 12,0 cm de distância do vértice do espelho. Dessa forma, é
imagens formadas nos dois espelhos e ao aumento linear trans- correto afirmar que o objeto encontra-se a uma distância do
versal, analise as alternativas a seguir e assinale o que for correto. vértice do espelho igual a:
(01) A imagem formada no espelho convexo é virtual, direita a) 2,0 cm. c) 5,0 cm. e) 8,0 cm.
e menor que o objeto. b) 4,0 cm. d) 6,0 cm.

40 Ótica: a reflexão da luz


32 Um objeto O está colocado diante de um espelho esférico, de
m centro C e foco F. Assinale, na figura deste problema, o diagrama
Ene-5
C 7
H-1 que nos permite localizar corretamente a imagem I do objeto.
a) O
O
O O E

FF
F 1m 10 m
F
C
C
C
C IIII Fora de escala

Qual é a medida encontrada por Pedro para a altura da árvore?


b)
O
O
O
O b) Posiciona o espelho E verticalmente em um suporte, 1 m
à sua frente, e fica entre ele e a árvore, de costas para ela,
C
C
C F
F
F
C F a uma distância de 16 m, conforme mostra a figura.
IIII

c) O
O
O
O
E
CC
C FF
F
C F
IIII 16 m 1m

Fora de escala

d) Qual é a altura mínima do espelho utilizado para que Pedro


O
O
O
O consiga avistar inteiramente a mesma árvore?
CC
C FF
F
C F

IIII 2 Um objeto O está situado entre dois espelhos planos perpen-


m diculares entre si. Os pontos A, B e C, mostrados na figura
Ene-5
C 7
H1
- deste problema, representam as posições das imagens do
e) O
O
O
O m
objeto O fornecidas pelos espelhos.
Ene-3
C 3
CC H-1 C
C
C θθ
θ
θθ
θ
θ
III
I

60 cm
33 O espelho usado por um dentista para observar com detalhes
os dentes de uma pessoa tem distância focal igual a 2,5 cm.
A
a) Esse espelho deve ser plano, côncavo ou convexo? Explique. 80 cm

b) Qual o aumento que esse espelho fornece de um dente


B
situado a 1,5 cm dele?
a) Localize na figura a posição do objeto O e calcule sua dis-
PARA APRIMORAR tância à imagem B.
b) Desenhe na figura as posições dos dois espelhos.
1 (UFTM-MG) Pedro tem 1,80 m de altura até a linha de seus
m olhos. Muito curioso, resolve testar seu aprendizado de uma 3 Um espelho plano pode ser considerado um caso particular
Ene-5
C 7 aula de física, levando um espelho plano E e uma trena até de um espelho esférico.
FRENTE B
H-1

m
uma praça pública, de piso plano e horizontal, para medir a al- a) Sob esse ponto de vista, qual seria o valor do raio de cur-
Ene-3
C 3 tura de uma árvore. Resolve, então, usar dois procedimentos: vatura e da distância focal de um espelho plano?
H-1
a) Posiciona horizontalmente o espelho E no chão, com a b) Usando a equação dos espelhos esféricos e considerando
FÍSICA

face refletora voltada para cima, de modo que a reflexão a resposta da questão anterior, determine a relação entre
dos raios de luz provenientes do topo da árvore ocorra a Di e Do para um espelho plano.
uma distância de 10 m da sua base e a 1 m de distância c) O resultado que você encontrou em b confirma o estudo
dos pés do menino, conforme mostra a figura. dos espelhos planos feito neste módulo?

Ótica: a reflexão da luz 41


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Revisão”. As resolu-
ções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

REVISÃO As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

1 (Cefet-PE) Num dia em que o Sol está visível, um aluno c)


m do Cefet-PE, com 1,80 m de altura, mede a sua sombra,
Ene-4
C 6
H 1 encontrando 1,20  m. Se, naquele instante, a sombra de
-

um edifício nas proximidades medisse 9,0 m, a altura do


edifício seria:

H
d)

1,20 m 9,0 m

a) 10,50 m.
b) 11,40 m.
c) 12,00 m.
d) 13,50 m.
e) 15,00 m.
3 (PUCC-SP) Uma pessoa se coloca na frente de uma câma-
2 (AFA-SP) Um objeto luminoso é colocado em frente ao ori- m ra escura, a 2 m do orifício dessa câmara, e a sua imagem
Ene-5
C 7
fício de uma câmara escura, como mostra a figura abaixo. H1
- que se forma no fundo dela tem 6 cm de altura. Para que
nem
E -5
C 7
H-1 m
ela tenha 4 cm de altura, essa pessoa, em relação à câme-
Ene-4
C 6 ra, deve:
H-1
a) afastar-se 1 m.
b) afastar-se 2 m.
c) afastar-se 3 m.
d) aproximar-se 1 m.
e) aproximar-se 2 m.
A Espelho

Do lado oposto ao orifício é colocado um espelho plano 4 (Mack-SP) Um estudante interessado em comparar a
com sua face espelhada voltada para o anteparo trans- m distância da Terra à Lua com a distância da Terra ao
Ene-5
C 7
lúcido da câmara e paralela a este, de forma que um ob- H1
- Sol, comumente chamada unidade astronômica (uA),
servador em A possa visualizar a imagem do objeto esta- m
implementou uma experiência da qual pôde tirar al-
Ene-4
belecida no anteparo pelo espelho. Nessas condições, a C 6 gumas conclusões. Durante o dia, ele verificou que, em
H-1
configuração que melhor representa a imagem vista pelo uma das paredes de sua sala de estudos, havia um pe-
observador através do espelho é: queno orifício, pelo qual passava a luz do Sol, propor-
a) cionando na parede oposta a imagem do astro. Numa
noite de Lua cheia, observou que, pelo mesmo orifício,
passava a luz da Lua, e a imagem do satélite da Ter-
ra tinha praticamente o mesmo diâmetro da imagem
do Sol. Como, por intermédio de outra experiência, ele
havia concluído que o diâmetro do Sol é cerca de 400
vezes o diâmetro da Lua, a distância da Terra à Lua é de
b) aproximadamente:
a) 1,5 ? 1023 uA.
b) 2,5 ? 103 uA.
c) 0,25 uA.
d) 2,5 uA.
e) 400 uA.

42 Ótica: a reflexão da luz


5 (UEM-PR) Um homem, de 1,80 m de altura, está parado ocultaria o Sol. O estudante faria as observações, pro-
m sobre uma superfície plana a 2,0 m de um espelho pla- tegendo devidamente sua vista, quando o centro do
Ene-5
C 8
H 1 no que está à sua frente. Ele observa no espelho toda a
- Sol e o do balão estivessem verticalmente colocados
m
extensão de seu próprio corpo, dos pés à cabeça, e um sobre ele, num dia de céu claro. Considere as afir-
Ene-4
C 6 poste, de 2 m de altura, disposto 3 m atrás de si. Com
H-1 mações abaixo, em relação aos possíveis resultados
base nessas informações, some as alternativas que fo- dessa proposta, caso as observações fossem realmen-
rem corretas. te feitas, sabendo-se que a distância da Terra ao Sol
(01) A imagem observada pelo homem no espelho plano é de 150 ? 106 km e que o Sol tem um diâmetro de
é direita, virtual, igual e enantiomorfa. 0,75 ? 106 km, aproximadamente.
(02) O espelho possui uma altura mínima de 90 cm. I. O balão ocultaria todo o Sol, e o estudante não veria
(04) Se o homem der um passo para a frente, diminuindo diretamente nenhuma parte do Sol.
sua distância em relação ao espelho em 40 cm, ele
II. O balão é pequeno demais, portanto o estudante con-
não observará mais sua imagem, dos pés à cabeça,
tinuaria a ver diretamente partes do Sol.
no espelho plano.
III. O céu ficaria escuro para o estudante como se fosse
(08) A distância do poste até a imagem do homem, for-
noite.
mada no espelho plano, é de 5,0 m.
(16) A distância do homem à sua imagem, formada no Está(ão) correta(s):
espelho plano, é o dobro da distância do homem até a) I.
o espelho. b) II.
c) III.
6 (Unicamp-SP) A figura abaixo mostra um espelho retrovi- d) I e II.
m sor plano na lateral esquerda de um carro. O espelho está
e) II e III.
Ene-5
C 7
H-1 disposto verticalmente e a altura do seu centro coincide

com a altura dos olhos do motorista. Os pontos da figura 8 (Fuvest-SP) Um espelho plano, em posição inclinada, for-
m ma um ângulo de 45° com o chão. Uma pessoa observa-
pertencem a um plano horizontal que passa pelo centro Ene-5
C 8
do espelho. Nesse caso, os pontos que podem ser vistos H-1 -se no espelho, conforme a figura.
pelo motorista são: A flecha que melhor representa a direção para a qual essa
pessoa deve dirigir seu olhar, a fim de ver os sapatos que
está calçando, é:
Espelho
retrovisor

B
Olhos do
6 motorista
9 C
3

5 E
8

1 7

45°

FRENTE B
a) 1, 4, 5 e 9. c) 1, 2, 5 e 9.
b) 4, 7, 8 e 9. d) 2, 5, 6 e 9.

7 (Fuvest-SP) Em agosto de 1999, ocorreu o último eclip- a) A.


FÍSICA

m se solar total do século. Um estudante imaginou, en- b) B.


Ene-5
C 7
H-1 tão, uma forma de simular eclipses. Pensou em usar c) C.
m um balão esférico e opaco de 40 m de diâmetro que, d) D.
Ene-5
C 9
H-1 quando seguro por uma corda a uma altura de 200 m, e) E.

Ótica: a reflexão da luz 43


9 (UFG-GO) A figura a seguir representa um dispositivo ótico constituído por um laser, um espelho fixo, um espelho giratório e um
m detector. A distância entre o laser e o detector é d 5 1,0 m, entre o laser e o espelho fixo é h 5 3 m e entre os espelhos fixo e
Ene-5
C 8
H 1 giratório é D 5 2,0 m.
-

m
Ene-2
C 8 D
H-

fix elho
p
m

o
Ene-4
a b

Es
C 6
H-1

Espelho
giratório

Laser Detector

Sabendo-se que a 5 45°, o valor do ângulo b para que o feixe de laser chegue ao detector é:
a) 15°. c) 45°. e) 75°.
b) 30°. d) 60°.

10 (UEM-PR) Na noite de réveillon de 2013, Lucas estava usando uma camisa com o ano estampado nela. Ao visualizá-la através
m da imagem refletida em um espelho plano, o número do ano em questão observado por Lucas se apresentava da seguinte
Ene-5
C 8
H-1 forma:
a) 3102 c) 2013
b) 3102 d) 3102

11 (UFRGS-RS) Nos diagramas abaixo, O representa um pequeno objeto luminoso que está colocado diante de um espelho
m plano P, perpendicular à página, ambos imersos no ar; I representa a imagem do objeto formada pelo espelho, e o olho
Ene-5
C 7
H 1 representa a posição de quem observa a imagem.
-

Qual dos diagramas abaixo representa corretamente a posição da imagem e o traçado dos raios que chegam ao observador?
a) P c) P e) P

O O I O I

b) P d) P

O I O I

44 Ótica: a reflexão da luz


12 (Fuvest-SP) Um pequeno holofote H, que pode ser considerado como fonte pontual P de luz, projeta, sobre um muro vertical,
m uma região iluminada, circular, definida pelos raios extremos A1 e A2. Desejando obter um efeito especial, uma lente conver-
Ene-5
C 7
H 1 gente foi introduzida entre o holofote e o muro. No esquema a seguir estão indicadas as posições da fonte P, da lente e de
-

m seus focos f. Estão também representados, em tracejado, os raios A1 e A2, que definem verticalmente a região iluminada antes
Ene-3
C 3
H-1 da introdução da lente.

g
H A1
P
A2
Muro

Vista de frente
Lente convergente
A1

A1
P
f f

A2

A2

Muro

Para analisar o efeito causado pela lente, represente, no esquema acima:


a) O novo percurso dos raios extremos A1 e A2, identificando-os, respectivamente, por B1 e B2. (Faça a lápis as construções
necessárias e com caneta o percurso solicitado.)
b) O novo tamanho e formato da região iluminada, na representação vista de frente, assinalando as posições de incidência
de B1 e B2.

13 (Fuvest-SP) Um holofote é constituído por dois espelhos côncavos E1 e E2 de modo que a quase totalidade da luz emitida por
m uma lâmpada L seja projetada pelo espelho maior E1, formando um feixe de raios quase paralelos.
Ene
C-5 7
H-1
E1

L E2

Nesse arranjo, os espelhos devem ser posicionados de forma que a lâmpada esteja aproximadamente:
a) nos focos dos espelhos E1 e E2. d) nos centros de curvatura de E1 e E2.
FRENTE B
b) no centro de curvatura de E2 e no vértice de E1. e) no foco de E1 e no centro de curvatura de E2.
c) no foco de E2 e no centro de curvatura de E1.

14 (EEAR-SP) O satélite artificial Hubble possui um telescópio que usa um espelho para ampliar as
FÍSICA

m imagens das estrelas.


Ene-5
C 8
H-1 a) plano c) convexo
b) côncavo d) plano, com inclinação variável

Ótica: a reflexão da luz 45


15 (Cefet-MG) Diversos tipos de espelhos podem ser utiliza- c) imprópria quando o objeto estiver sobre o centro de
m dos em aparelhos tais como telescópio, binóculos e mi- curvatura.
Ene-5
C 7
H 1 croscópios. A figura a seguir representa um objeto punti-
- d) virtual somente no instante em que o objeto estiver
forme em frente a um espelho plano. sobre o foco.
Espelho 1
plano 17 (Fatec-SP) As superfícies esféricas e refletoras têm inúme-
Objeto m ras aplicações práticas no dia a dia. Os espelhos convexos,
Ene-5
3 4 C 8
H 1 que são usados em retrovisores de moto, ônibus e entra-
-

das de lojas comerciais, prédios e elevadores, têm como


2
finalidade:
a) aumentar o campo visual e formar imagens reais e
maiores.
Considerando-se a reflexão da luz nesse espelho, prove- b) aumentar o campo visual e formar imagens virtuais e
niente do objeto, sua imagem será formada na região. maiores.
a) 1. c) 3. c) aumentar o campo visual e formar imagens virtuais e
b) 2. d) 4. menores.
d) diminuir o campo visual e formar imagens virtuais e
16 (UERN) Um objeto que se encontra em frente a um es- menores.
pelho côncavo, além do seu centro de curvatura, passa a e) diminuir o campo visual e formar imagens virtuais e
se movimentar em linha reta de encontro ao seu vértice. maiores.
Sobre a natureza da imagem produzida pelo espelho, é
correto afirmar que é: 18 É desejável que, ao se barbear, uma pessoa possa perce-
a) real durante todo o deslocamento. m ber maiores detalhes em seu rosto. Para isso, ela deveria
Ene-6
b) real no trajeto em que antecede o foco. C 1
H-2 usar um espelho côncavo, convexo ou plano? Explique.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, M.; FINN, E. J. Física. Madrid: Addison-Wesley, 1999.
ALVES, R. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Loyola, 2000.
GRUPO de reelaboração do ensino de física (Gref). Física. São Paulo: Edusp, 1990. v. 2.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2001.
MOTOYAMA, S. História da ciência: perspectiva científica. São Paulo: Gráfica Cairu, 1974.
POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Edusp, 1974.
PRICE, D. de S. O homem e a ciência: a ciência desde a Babilônia. Belo Horizonte: Itatiaia, 1976.
SPEYER, E. Seis caminhos a partir de Newton. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
TIPLER, P. A. Física. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

46 Ótica: a reflexão da luz


MAIS ENEM
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Fig. 1 – Forno solar de Odeillo,


nos Pireneus Orientais.

Os Pireneus são uma cordilheira formada durante o período 1 Assinale a alternativa que melhor explica os caminhos óticos
terciário, situada entre a França e a Espanha, que se estende por mais dos feixes de luz solar quando estes incidem nos heliostatos e
de 400 km de comprimento desde o Golfo da Biscaia, no oceano são refletidos no conjunto refletor – coletor do forno solar de
Atlântico, até o mar Mediterrâneo. Palco de inúmeras batalhas, so- Odeillo. e
mente em 1659 a cordilheira passou a ser fronteira natural entre o a) Quando um feixe de luz paralelo proveniente dos heliostatos
reino espanhol e o francês, quando foi assinado o Tratado dos Pi- incide sobre os espelhos planos do refletor cuja configuração
reneus. Os Pireneus são divididos em: Pireneus Atlânticos, Pireneus torna-o um gigante espelho esférico, os raios refletidos pelo
Centrais e Pireneus Orientais. Os Pireneus Atlânticos são formados refletor convergem para o centro de curvatura do espelho
pelas encostas da cadeia de montanhas que vão perdendo altitude, esférico, onde está posicionada a torre do coletor.
com suas florestas verdes e inúmeros rios, até atingir o oceano Atlân- b) Quando um feixe de luz paralelo proveniente dos heliostatos
tico, região onde predomina a pesca. Devido ao clima oceânico com incide sobre os espelhos esféricos do refletor cuja configura-
chuvas abundantes, a região se destaca pelo cultivo de uva e milho. ção torna-o um gigante espelho esférico, os raios de luz que
Com largura de 130 km, os Pireneus Centrais constituem a região de incidem paralelamente e próximos ao eixo principal são re-
maior altitude, e nela estão localizados os maciços graníticos acima fletidos passando por uma região sobre o eixo denominada
de 2 000 m que estão constantemente cobertos de neve, como o foco, onde está posicionada a torre do coletor.
Pico Aneto (3 404 m) e o Pico Poseto (3 371 m). A base da economia c) Quando um feixe de luz paralelo proveniente dos heliostatos
dos Pireneus Centrais é a pecuária de ovinos, entretanto, o relevo incide sobre os espelhos planos do refletor cuja configura-
acidentado permitiu a construção de hidrelétricas e a instalação de ção torna-o um gigante espelho convexo, os raios refletidos
tecelagens, indústrias químicas e até metalúrgicas na região. Os Pire- pelo refletor são desviados, afastando-se do eixo principal,
neus Orientais são formados por maciços elevados, como o Pico Car- de modo que a posição de seu foco é obtida pelo prolonga-
litte (2 921 m), intercalados por planícies de baixas altitudes. Devido mento desses raios, onde está posicionada a torre do coletor.
ao clima mediterrânico, na encosta leste há predomínio da agricul- d) Quando um feixe de luz paralelo proveniente dos heliostatos
tura e a pequena atividade industrial se concentra em Barcelona. incide sobre os espelhos côncavos do refletor cuja configu-
Em Perpignan, nos Pireneus Orientais, está o forno solar de Odeillo ração torna-o um gigante espelho parabólico, os raios refle-
(figura 1) com potência térmica de 1 000 W/m2. Inaugurado em 1969, tidos pelo refletor convergem para o centro de curvatura do
ele possui 63 espelhos planos (heliostatos) que acompanham automa- espelho parabólico, onde está posicionada a torre do coletor.
ticamente a inclinação dos raios solares, concentrando a luz em um e) Quando um feixe de luz paralelo proveniente dos heliostatos
refletor. O refletor é formado por 9 500 espelhos planos individuais dis- incide sobre os espelhos planos do refletor cuja configuração
tribuídos em um edifício de oito andares, e sua função é focalizar os torna-o um gigante espelho parabólico, os raios refletidos
raios solares no coletor que está localizado na torre em frente ao refletor, pelo refletor convergem para o foco do espelho parabólico,
fazendo-o alcançar temperatura da ordem de 4 000 °C. onde está posicionada a torre do coletor.

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QUADRO DE IDEIAS

Luz
CEO: Mário Ghio Júnior
Direção: Carlos Roberto Piatto
Propagação, raios Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Propriedades Espelhos Conselho editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves,
e feixes Carlos Roberto Piatto, Daniel Augusto Ferraz Leite,
Eduardo dos Santos, Eliane Vilela, Helena Serebrinic,
Lidiane Vivaldini Olo, Luís Ricardo Arruda de Andrade,
Marcelo Mirabelli, Marcus Bruno Moura Fahel,
Raios divergentes, Marisa Sodero, Ricardo Leite, Ricardo de Gan Braga,
Reflexão Tania Fontolan
convergentes ou ^ ^ Planos Esféricos
i5r Gerência editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves
paralelos Coordenação editorial: Adriana Gabriel Cerello
Edição: Tatiana Leite Nunes (coord.), Pietro Ferrari
Telescópio e Assistência editorial: Carolina Domeniche Romagna,
Eclipse do holofote Rodolfo Correia Marinho
Difusão Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.),
Sol e da Lua Danielle Modesto, Edilson Moura, Letícia Pieroni,
Marília Lima, Tatiane Godoy, Tayra Alfonso,
Côncavo ou Vanessa Lucena; Colaboração: Janaína Silva
convexo Coordenação de produção:
Câmara escura de Fabiana Manna da Silva (coord.);
orifício Independência Colaboração: Adjane Oliveira, Dandara Bessa

dos raios Supervisão de arte e produção: Ricardo de Gan Braga


Imagem de Edição de arte: Daniela Amaral
Diagramação: Antonio Cesar Decarli,
um objeto Claudio Alves dos Santos, Fernando Afonso do Carmo,
extenso Flávio Gomes Duarte, Kleber de Messas
Iconografia: Sílvio Kligin (supervisão),
Marcella Doratioto; Colaboração: Fábio Matsuura,
Fernanda Siwiec, Fernando Vivaldini
Licenças e autorizações: Edson Carnevale
Capa: Daniel Hisashi Aoki
Equação dos
Foto de capa: Eduardo Mariano Rivero/Alamy/Latinstock
espelhos Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
15 1 1 1 Editoração eletrônica: Casa de Tipos
f Do Di Todos os direitos reservados por SOMOS Educação S.A.
Avenida das Nações Unidas, 7221
Pinheiros – São Paulo – SP
CEP: 05425-902
(0xx11) 4383-8000
© SOMOS Sistema de Ensino S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Luz, Antônio Máximo Ribeiro da


Sistema de ensino ser : ensino médio, caderno
6 : física : frente B : PR / Antônio Máximo
Ribeiro da Luz, Beatriz Alvarenga Álvares, Carla da
Costa Guimarães. -- 2. ed. -- São Paulo : Ática, 2015.

1. Física (Ensino médio) I. Álvares, Beatriz


Alvarenga. II. Guimarães, Carla da Costa. III. Título.

15-03157 CDD-530.07

Índices para catálogo sistemático:


1. Física : Ensino médio 530.07

2015
ISBN 978 85 08 17421-8 (AL)
ISBN 978 85 08 17425-6 (PR)
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