Teste2 VAF PDF
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Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na
folha de respostas, o grupo, o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.
Grupo I
O Atlântico pode morrer para dar à luz um novo supercontinente
Cientistas portugueses e australianos estudaram as dinâmicas da crosta
terrestre e estimam que dentro de 300 milhões de anos nasça um novo
supercontinente - Aurica. Esta nova massa continental resultará da junção de
todos os continentes devido ao fecho simultâneo dos oceanos
Quando olhamos para o relógio sabemos que o tempo não pára. Mas ao
olharmos para o mundo em nosso redor podemos experimentar a ilusão de
que tudo se torna mais lento. A verdade é que nada no universo é estático. E,
se o nosso rosto muda com o tempo, o planeta onde vivemos também.
[…] Calcula-se que a Terra exista há cerca de 4,6 mil milhões de anos.
Segundo os cientistas, o planeta resultou da aglomeração de detritos
cósmicos provenientes da formação do sistema solar. Com o passar do tempo,
arrefeceu, surgindo os primeiros mares e massas terrestres.
Quem se mostrou curioso com a dinâmica terrestre foi o meteorologista
alemão Alfred Wegener, que em 1912 apresentou a denominada Teoria da
deriva dos continentes. Na altura Wegener apresentou à comunidade
científica um esquema que referia que todos os continentes, tal como os
conhecemos hoje, estiveram, há 225 milhões de anos, reunidos num único
supercontinente, […]
Mais tarde […] verificou-se que durante os mais de quatro mil milhões de
anos de formação o planeta apresentou diferentes rostos:
• Úr – primeiro supercontinente teorizado (entre os quatro mil e três
mil milhões de anos);
• Kenorlândia - Era Arqueozóica (há cerca de 2,7 mil milhões de anos);
• Columbia; Hudsonland ou Nuna - Era do Paleoproterozoico (entre 1,8
e 1,5 mil milhões de anos);
• Rodinia - Era Neoproteozóica (mil milhões de anos);
• Panótia - Período Pré-câmbrico (há 600 milhões de anos);
• Pangea - existiu durante cerca de 100 milhões de anos, até à Era
Mesozoica (há 300 milhões de anos).
Há várias hipóteses formuladas para o futuro, além daquela que é defendida
pelos geólogos […]. Estão previstos, além da Aurica [Austrália + América], pelo
menos dois novos supercontinentes para os próximos 250 milhões de anos.
Mas em locais geográficos diferentes: Pangea Última ou Neopangea (no meio
do Atlântico); Amásia (no centro do Pacífico)
Adaptado de https://www.rtp.pt/noticias/mundo/o-atlantico-pode-
morrer-para-dar-a-luz-um-novo-supercontinente_es969862 (consultado em
dez 2020) Figura 1
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 6., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
3. Podemos assumir que o descrito no texto poderá ser possível se nos fundamentarmos…
(A) … no catastrofismo de Cuvier.
(B) … no princípio das causas atuais.
(C) … nos processos de fossilização.
(D) … na hipótese da Deriva Continental.
7. Explica a razão dos geólogos aceitarem que antes da Pangea, há cerca de 600 milhões de anos,
terá existido Panótia.
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Grupo II
O mapa da figura representa parte do Atlântico Norte e abrange o território português. Na figura, estão
assinaladas as idades das rochas da crusta oceânica, segundo alinhamentos correspondentes a isócronas
(linhas que unem pontos do fundo oceânico com a mesma idade, em milhões de anos – M.a.).
Figura 2
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 7., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. A datação das rochas do fundo oceânico presente na figura 2 corresponde a uma datação…
(A) … relativa, dado que obtemos uma idade numérica.
(B) … absoluta, pois obtemos uma idade numérica.
(C) … relativa, pois determinamos se um segmento da crusta oceânica é mais antigo ou mais
recente do que outro, de acordo com o Princípio da Sobreposição.
(D) … absoluta, uma vez que determinamos se um segmento da crusta oceânica é mais antigo ou
mais recente do que outro, de acordo com o Princípio da Sobreposição.
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4. As linhas a tracejado presentes no mapa, com orientação aproximada W-E, correspondem a…
(A) … limites transformantes ou conservativos.
(B) … limites divergentes.
(C) … cadeias montanhosas submarinas.
(D) … limites convergentes.
5. Os sedimentos depositados nos fundos oceânicos que não tenham sofrido deformação podem
ser datados de forma…
(A) … absoluta, usando o Princípio da Sobreposição dos Estratos.
(B) … relativa, usando o Princípio da Sobreposição dos Estratos.
(C) … relativa, usando o Princípio da Horizontalidade.
(D) … absoluta, usando o Princípio da Horizontalidade
8. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) Os basaltos da crusta oceânica são formados a partir do arrefecimento de magmas.
(B) As isócronas, ao nível do golfo da Biscaia, sugerem a existência de um rifte.
(C) O mapa da figura não é defendido por imobilistas.
(D) A expansão dos fundos oceânicos não apoia a Teoria da Tectónica de Placas.
(E) As rochas do fundo oceânico são incluídas na hidrosfera.
(F) O encaixe entre as plataformas continentais do norte da América e da Europa é um argumento
paleontológico da Tectónica de Placas.
(G) Os gases libertados pelo vulcanismo afetam o clima, evidenciando a interação entre os
subsistemas terrestres.
(H) A crusta oceânica é formada essencialmente por rochas metamórficas.
9. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à morfologia dos fundos oceânicos,
expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
a) Cadeias montanhosas alongadas resultantes de colisões placa
1. Plataforma continental
oceânica-placa continental ou placa continental-placa continental.
2. Talude continental
b) Região continental que se prolonga por mares e/ou oceanos,
3. Cinturas orogénicas
podendo atingir profundidades da ordem dos 200 metros.
4. Escudos
c) Vastas regiões continentais onde afloram rochas muito antigas e
5. Fossa oceânica
erodidas.
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Grupo III
A Terra apresenta-se como um globo extraordinariamente ativo e estratificado, nomeadamente, no que respeita a
propriedades como a densidade, a rigidez e a composição dos materiais. Desde a sua origem até à atualidade, o
dinamismo da Terra tem sido mantido, sobretudo, graças à
existência de fluxos contínuos de energia com origem no Sol e na
Figura 3A
própria Terra. O calor interno da Terra dissipa-se lenta e
continuamente, do interior até à superfície, originando um fluxo
térmico que apresenta variações na superfície terrestre, como se
evidencia na Figura 3A.
O soerguimento1 e o afundamento da litosfera oceânica na
astenosfera determinam a profundidade dos oceanos, que tende
a ser maior nos locais mais afastados das dorsais oceânicas. Este
facto relaciona-se com variações no fluxo térmico ao longo dos
fundos oceânicos, que determinam alterações na densidade dos
materiais rochosos constituintes da litosfera oceânica. A variação
da temperatura, no interior da Terra, em função da
profundidade, está representada na Figura 3B.
2. O gradiente geotérmico…
(A) … apresenta um aumento constante no manto.
(B) … atinge o valor máximo na transição do manto para o núcleo.
(C) … é maior na litosfera do que no manto superior.
(D) …é menor no manto superior do que no manto inferior.
3. O grau geotérmico…
(A) …aumenta com a aproximação a dorsais oceânicas.
(B) …diminui quando diminui o gradiente geotérmico da zona.
(C) … aumenta quando aumenta o fluxo térmico da região.
(D) … diminui com a aproximação a regiões de elevada entalpia.
1
Levantar ou levantar-se um pouco e a custo ou gradualmente.
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4. A tectónica da litosfera é assegurada pela ____ rigidez da astenosfera e é consequência _____
existente no interior do planeta.
(A) menor ... gradiente geotérmico
(B) maior ... da pressão
(C) maior ... da rigidez
(D) menor ... da constância do grau geotérmico
6. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra influencia a
existência de correntes de convecção no manto.
Grupo IV
No final do Mesozoico, devido à convergência entre a placa continental Adriática e o bordo oceânico da placa
Euroasiática, formou-se uma zona de subdução. Deste processo resultaram o encerramento gradual de um mar – o mar
de Tétis – e a colisão das duas placas continentais envolvidas, o que conduziu à formação dos Alpes, uma cadeia
montanhosa situada na Europa. Devido à subdução, rochas da crosta oceânica do mar de Tétis e do manto superior
foram-se deslocando para norte, sobrepondo-se a materiais continentais da placa Euroasiática, e passando a designar-
se ofiolitos. Nos Alpes, é possível, assim, observar rochas continentais da placa Euroasiática, a que se sobrepõem,
sequencialmente, (1) ofiolitos, (2) rochas da cobertura sedimentar oceânica do fundo do mar de Tétis e, ainda, (3) rochas
da placa Adriática.
Na zona sul desta cadeia montanhosa, observa-se uma intrusão granítica – os granitos de Bergell – que se instalou ao
longo de uma falha preexistente – a falha Insubre.
Estudos geofísicos recentes mostram que os Alpes continuam a sofrer deformação, o que contribui para a sismicidade
registada na região. A Figura 1 representa um corte geológico muito simplificado da região e a sua localização geográfica.
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Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
4. O estudo dos ofiolitos e o estudo do comportamento das ondas sísmicas contribuem para o
conhecimento das zonas mais profundas da região alpina. Os métodos utilizados nestes estudos são…
(A) … ambos diretos.
(B) … ambos indiretos.
(C) …direto e indireto, respetivamente.
(D) …indireto e direto, respetivamente.
6. Em alguns dos locais mais elevados da cadeia montanhosa dos Alpes, podem ser observados
ofiolitos.
Explique, tendo em conta a sua origem, o afloramento (observável) de ofiolitos na cadeia
montanhosa dos Alpes.
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Grupo V
O carbono não ligado a outros elementos químicos ocorre na natureza em duas formas minerais distintas – a grafite e
o diamante. O gráfico da Figura 4 traduz resultados experimentais que mostram os campos de estabilidade, em termos
de pressão e de temperatura, para a formação do diamante e da grafite, bem como os gradientes geotérmicos em
diferentes tipos de litosfera. Estes dados permitem compreender melhor a ocorrência de jazigos de diamante.
O diamante é trazido para a superfície por rochas como os kimberlitos, designação que provém de Kimberley, na África
do Sul. O magma que origina estas rochas, derivado do peridotito, é ejetado a partir do manto superior, devido à pressão
dos voláteis como a água e o dióxido de carbono. Os kimberlitos ocorrem, frequentemente, em chaminés verticais que
atravessaram a litosfera e incluem uma grande variedade de minerais, além dos minerais típicos dos peridotitos.
Os diamantes surgem, por vezes, a centenas de quilómetros de distância das chaminés kimberlíticas, em depósitos
sedimentares fluviais, designados placers.
Figura 6: Baseado em S. Shirey e J. Shigley, «Recent Advances in Understanding the Geology of Diamonds», Gems & Gemology,
Vol. 49, N.º 4, 2013
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
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3. Relativamente às características do diamante e da grafite, pode afirmar-se que…
(A) … a grafite é um mineral que apresenta dureza elevada.
(B) … o diamante é riscado pelo quartzo, segundo a escala de Mohs.
(C) … o diamante é um mineral com dureza 3 segundo a escala de Mohs
(D) … a grafite apresenta cor negra quando reduzida a pó.
4. Os kimberlitos, devido à sua composição, têm uma densidade média _______ à das rochas
crustais envolventes, estando, por isso, associados a anomalias gravimétricas _______.
(A) superior … negativas
(B) superior … positivas
(C) inferior … negativas
(D) inferior … positivas
5. Faça corresponder cada uma das zonas relacionadas com a tectónica de placas, expressas na
coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
a) Zona de afastamento de placas tectónicas, onde ocorre formação 1. Astenosfera
de crosta oceânica. 2. Atmosfera
b) Zona onde se processam movimentos capazes de deslocar as placas 3. Limite convergente
tectónicas. 4. Litosfera
c) Zona onde ocorrem movimentos laterais e paralelos à direção do 5. Limite divergente
plano de falha. 6. Mesosfera
d) Zona rígida que inclui a crosta e a parte mais externa do manto 7. Limite conservativo
superior. 8. Endosfera
e) Zona resultante da subducção de placas tectónicas que culmina em
pontos de grande profundidade.
Fim
Cotações
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6.
CC CC CC CC CC CC NCC CC NCC NCC NCC CC CC CC CC CC NC NCC NCC CC NC NCC NCC NCC NCC CC NCC NCC NCC NCC NC CC CC CC
5 5 5 5 5 5 10 5 5 5 5 5 5 5 7 6 C
5 5 5 5 C
10 10 5 5 5 5 5 10 5 5 C
5 5 7 10