O Tempo PDF

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A Ilusão do Tempo

"Seja vão e que tudo pareça real"


U. Foscolo

Quando se diz que o ser tem que se libertar da Mente, na verdade o que se
pretende dizer é que ele tem que se libertar das limitações que são a mente.

A consciência contém o todo e a parte. Mesmo que se considere ilusão ainda


assim as partes, de certa, forma existem e se existem devem constar no “É”.
Seja qual for a coisa, ou condição, que real ou ilusoriamente exista deve fazer
parte do “É”, logo é parte integrante da Consciência.

A mente se existe, quer ela seja realidade ou ilusão, está presente no “É” .
Como o “É” se trata de um registro pleno poderia como tal deixar de conter
todas as ilusões? Tudo o que faz parte do “É” não se extingue porque o “É” é
eterno desde que ele está fora do espaço-tempo.

Sejam como realidades ou como ilusões os elementos


constitutivos da mente aprisionam o ser, setorizando e
limitando a percepção que se tem da Consciência. No conto dos
cegos e do elefante a condição do não ver o animal por
completo, sem dúvida, o limita. Assim também há condições
que limitam a Consciência condicionando e limitando a
percepção. É preciso que se tenha uma compreensão exata
sobre a natureza dos elementos limitantes que em sua
totalidade compreende a mente.

Um dos principais meios que limita a percepção do todo é a


falsa idéia de tempo linear. O Tempo, como algo absoluto, é o
mais importante elemento presente na Consciência, mas como
no processo do “se ver em parte” ocorre o surgimento então
esta modifica o tempo absoluto gerando o tempo seqüencial –
tempo linear, ou tempo cronológico.

A única realidade está representada como o “É”. Coisa alguma


está fora dele, pois se fosse de outra forma não seria infinito.
No “É”, em termos de tempo, só existe o Eterno Agora,
portanto não há passado e nem futuro, somente presente.
Transportando ao sentido gramatical poderemos dizer que no
Eterno Agora só há o tempo verbal presente.

É a mente quem gera a idéia de passado e de futuro e isto


funciona de forma fazer parecer que existem dois mundos
distintos, o Transcendente e o Imanente. Na verdade o
Imanente se baseia na condição de manifestação parcial da
Consciência. No conto do elefante, para os cegos a parte
percebida por cada um representaria o elefante. Na Consciência
ocorre o mesmo, a parte percebida por cada ser compõe um
mundo distinto – mundo imanente – mas que não é o
verdadeiro mundo-Transcendente. A percepção parcial é que
motiva a existência aparente de um outro mundo – Imanente.

O não perceber o tempo como algo absoluto e infinito gera a


ilusão de tempo linear. Nesta condição ele se apresenta de
forma tríplice: passado, presente, e futuro. Mas, a ilusão do
tempo é tão marcante que faz com que seja tremendamente
difícil a pessoa de dissociar dela. O Imanente é um mundo
baseado em passado e futuro e onde não há lugar para o
presente, para o agora. Quando é o presente – agora? Jamais
ele é encontrado no Mundo Imanente, neste mundo que
aceitamos como algo real e concreto. Voltamos a lembrar um
exercício mental que já utilizamos em outras palestras. Tome
como exemplo uma hora qualquer como, por exemplo, Meia
Noite. Quando ocorre a meia noite? Quando é o agora da Meia
Noite? Faltam 10 minutos, falta um minuto, um segundo, um
nanosegundo, e assim por dia nesse processo cada vez o tempo
faltante diminui, mas quando é que ele zera? Em nível de
tempo linear jamais se chega a atingir a Meia Noite. Isto tende
para infinito, portanto somente no infinito ocorre o agora,
contudo quando isto acontece, em se tratando de Infinito, já
não é mais Imanência e sim Transcendência. Tempo infinito é
Eterno Agora uma condição somente existe como o “É”. Por
outro lado, no “É” – Eterno Agora – não pode haver nem
passado e nem futuro, pois tudo “ali” é presente, tudo é agora.
Mas, ver isto é ver a totalidade. As partes do elefante são as
partes do tempo, é como se fosse tempo fracionado, o que
equivaleria a dividir o Tempo Absoluto, que equivaleria a dividir
o indivisível.

Vemos que ao se falar de Mundo Imanente tem-se que eliminar


o presente onde somente os únicos tempos verbais aplicáveis
são passado e futuro. Contudo, devemos examinar o passado.
Esta é uma condição que só existe no presente. Algo que
sentimos, como passado, quando ocorreu ele era presente.
Considere uma ação qualquer do passado e veja que ao ocorrer
ela era presente. Então como é que fica, se o agora – o
presente – não existe! Então o passado só existiria no
Transcendente, mas já dissemos que no Transcendente o que
existe é o Eterno Agora em que não pode haver passado e nem
futuro, pois se assim não fosse aquilo perderia a condição de
Eterno Agora. Como então sair desse paradoxo? Entendendo-se
que tudo é “agora”, que passado e futuro são artifícios da
mente e, desde que não põem existir tanto no Mundo Imanente
quanto no Transcendente. Assim há de se convir que aquilo que
se acredita ser o passado é uma mera ilusão, um artifício da
mente que diz respeito à percepção limitada ao nível de
Consciência.

Evento algum ocorre no passado, pois quando ele ocorreu era


presente, e se presente ocorre no “É”. Presente é uma condição
única do Transcendente. Isto mostra que a idéia de passado é
um artifício mental, e que tudo ocorre no presente, tudo existe
e ocorre somente no “É”.

A análise do passado mostra claramente que o mundo


imanente é pura ilusão. Trata-se de uma armadilha da mente
cujo objetivo é assegurar a individualidade e a manutenção do
Ego

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Perceber a Parte como o TODO

"O tempo e a mente são inseparáveis"


Eckhart Tolle

Quando se diz é preciso o ser se libertar da Mente, na verdade o que se


pretende dizer é que ele tem que se libertar das limitações que são a mente.

A consciência contém o todo e a parte. Mesmo que se considerem as partes


como sendo ilusões ainda assim elas, de certa, forma existem, mesmo como
ilusões elas existem, e se existem devem constar no “É”. Seja qual for a coisa,
ou condição, real ou ilusória deve fazer parte do “É”, sendo assim mesmo as
ilusões são partes integrantes da Consciência.

Na verdade não é mente quem contém as ilusões, mas sim estas que contêm
a mente, ou melhor, constituem a mente. A Consciência deve de dar conta das
manifestações da mente para que ela – o ser – não seja dominado.

Por ser um tanto difícil a compreensão do que estamos dizendo


por se tratar de algo muito abstrato, então vamos usar como
analogia o conto: “O Elefante e o Marajá”. Ele já nos foi muito
útil para o entendimento de diversos pontos abordados nesta
série de palestras e certamente o será para mostrar a relação
entre mente e consciência:

“Visando divertir um Marajá visitante, foi mandado apresentar


um elefante a vários cegos, mas de forma que a cada um fosse
mostrado apenas uma parte distinta e não o animal como um
todo. Depôs, na presença do Marajá foi mandado que cada um
dos cegos descrevesse o que era um elefante. A confusão foi
tremenda e terminou em luta corporal quando cada um
descreveu o animal. Aquele a quem haviam mostrado apenas a
pata como sendo o elefante o descreveu de uma forma; ao que
haviam mostrado a tromba, de outra; ao que havia haviam
mostrado apenas a orelha, de uma outra”.

A luta aconteceu porque não pôde haver concordância entre os


cegos a respeito do que era um elefante, a respeito do qual
cada um tinha uma idéia diferente conforme o que havia
percebido e consequentemente entendido. Neste conto vale a
indagação: qual a realidade e qual a ilusão? - É fácil notar que a
realidade era o elefante como um todo, enquanto que cada
parte era uma ilusão de ser o elefante. Mesmo assim vale
salientar que as partes mesmo sendo ilusões, mesmo sendo
ilusões concernentes à totalidade, ainda assim não deixavam de
serem partes do elefante.

Neste exemplo o elefante pode ser comparado com a


consciência e as partes como as ilusões pertencentes a um
contexto que chamamos de mente.

Para eliminar a luta dos cegos não seria preciso destruir as


partes, mas apenas fazer cada um entender que estava sob a
ação da ilusão da existência da parte como sendo todo.
Evidentemente não seria fácil um cego perceber o todo, mas
naturalmente bastaria que lhes fossem apresentadas as demais
patês. Para libertá-los da ilusão seria preciso admitir que idéia
que tinha do elefante não passava de uma ilusão de
totalidade, [1]que percebera apenas partes e
conseqüentemente aquilo que perceberam era Maya.

Esse conto pode ser a aplicado aos seres humanos; as pessoas


correspondem aos cegos que, mesmo não percebendo o Todo
da Consciência ainda assim acreditavam ser as frações
percebidas a realidade. Dizer que a tromba seja a realidade de
um elefante é mera ilusão, assim também dizer que as
percepções que se tem são verdadeiras no tocante à realidade
plena.

Os seres não percebem o todo – Consciência – mas somente as


partes – mente. Para chegar a perceber a realidade – o Todo –
é preciso entender que aquilo que é percebido, tanto objetiva
quanto subjetivamente, é apenas parte da consciência filtrada
pela mente.

Aqueles cegos estavam presos à ilusão da parte ser o todo e


realmente para eles não era fácil admitir que o outro tivesse
razão. A razão dele não comporta a do outro e muito menos a
de todos eles compondo a realidade plena. Somente
cientificando-se da verdade, o que implicaria no sentir que sua
concepção era apenas uma parte de algo distinto, seria a forma
de se libertar de ter a certeza de viver na ilusão e de ser ela a
verdade. Baseado nisto, podemos dizer que o ser a fim de se
libertar necessita recordar sua real natureza, ou seja, se tornar
um recordado e então perceber como consciência e não como
mente.

As ilusões que integram a mente são partes da consciência,


assim podemos dizer que a mente só se manifesta
dinamicamente, quando em atividade. As partes do elefante só
se manifestou ativamente como algo independente quando
ativadas pelos cegos. Fora disto ela apenas existem no
elefante[2]. Há correspondência entre isto e a mente. Para
existir como algo independente da Consciência ela procura
sempre negá-la para substituí-la. Por esta razão é que há tanto
empenho para manter a ilusão como verdade, para conservar a
qualquer custo as ilusões que lhes dão sustentação. Acontece
como se as partes do elefante para continuarem a ocupar o
lugar dele como um todo procurasse de todas as formas
preservar tudo aquilo que lhe servisse de sustentação, até
mesmo os próprios cegos. Fizesse tudo para que estes não
passassem a enxergar. Pois a partir do momentos que eles
viessem a enxergar a partes desmoronaria como todo, cada
uma continuaria existindo no elefante, mas não mais tidas
como sendo este em sua plenitude.

Assim, para um dos cegos sentir que a parte não era o todo do
elefante não seria preciso destruir a parte e sim, de alguma
forma, cientificá-lo disto, de forma a não deixar dúvidas. Veja-
se que destruir as partes acabaria por destruir o próprio
elefante. Uma parte apenas que fosse destruída já não se
poderia que o restante era o elefante completo. O mesmo se
pode dizer quanto à mente. Não é destruindo a mente que se
liberta o ser, mas fazendo-o entender a verdade que as ilusões
são ilusões e não a totalidade. Destruir as ilusões, destruir a
mente é o mesmo que destruir a própria Consciência.
Consciência é infinito e a infinito nada pode ser adicionado e
nem tirado.

O objetivo mais elevado da Senda Mística, e o propósito


essencial da V.O.H., é ensinar meios da pessoa se libertar da
mente, não tentando destruí-la, por ser isto impossível, mas
compreendendo os modos como ela se impõe e não deixando
que este o aprisionem. Não vale tentar destruir o dominador,
mas sim os elos que mantém o ser prisioneiro. Em outras
palavras, conviver com a mente sem se identificar com ela, pois
a destruição seria o mesmo que a eliminação da Consciência.
Logicamente uma condição impossível para qualquer ser. Se
viesse acontecer ocorreria a volta à Inefabilidade. Não dizemos
que mente e consciência sejam polaridades, mas para o nosso
entendimento pode ser assim aceito. Não é possível se destruir
um pólo sem que se destrua o outro, desde que ambos são
aspectos de uma mesma coisa. Já vimos em temas sobre
polaridade que ao se unirem as polaridades chega-se ao
Infinito, e então aquilo que antes existia como imanência passa
a existir apenas como transcendência.

Baseado no que dissemos sobre a impossibilidade da mente ser


destruída, vamos transmitir ensinamentos que visam a
entender os laços que mantém o ser distanciados da
Consciência Clara, e assim poder fazer com que o domínio
sobre os distintos laços sejam sucessivamente desfeitos até
quando estes já não sirvam de corrente aprisionante. Desfeito
todas os elos o ser estará livre sendo então apenas Consciência.

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A Ilusão do Espaço

"A coisa mais difícil do mundo é chegar à verdade,


e a mais fácil é chegar a um simulacro da verdade"
Paul Brunton

Assim como acontece com o tempo, também acontece com relação a espaço.
Ele não deixa de ser um dos padrões de ilusão inerente à mente. Isto é o que
resumidamente vemos nessa palestra.

Evidentemente não é fácil uma pessoa aceitar e, menos ainda, entender se lhe
for dito que espaço não existe. Pelo simples fato dele se sentir em um lugar é
o suficiente para o seu intelecto lhe dar inteira confiança de que não pode
negar a existência de um lugar, tal como a de um momento presente.

Segundo o que preceitua a Teoria da Relatividade de Einstein o espaço não


tem um padrão último de medida e não ser o mesmo em todas as
circunstâncias. Segundo a Teoria da Relatividade, o que corresponde ao que as
doutrinas metafísicas, entre elas o Hermetismo, vêm afirmando há milênios.

A Teoria da Relatividade mostra que o espaço não possui as


propriedades mencionadas por Euclides em seus postulados e
axiomas que condizem com o que a percepção limitada das
pessoas determina. Mas, bem antes de Einstein, já Zenão e
Pitágoras na Grécia, assim também diversos sábios da Índia e o
Hermetismo desde o Antigo Egito, haviam descoberto e
assinalado contradições inerentes à idéia comum de espaço
como algo com características de existência real e de inalterável
fixidez. Perceberam que, sob certo ponto de vista, o espaço é
mensurável, relativo e finito, mas sob outro ele é
incomensurável, absoluto e infinito em todas as direções.

Aceitando-se que espaço é apenas a localização das coisas


existentes, então poderia ser algo mensurável, algo com
dimensão e cujo limite seria marcado pelo esgotamento das
coisas que o constituem. Sob o outro ponto de vista ele não
pode ter limite desde que não existem limites separativos no
Mundo Transcendental, o que quer dizer; não existem coisas
distintas, mas apenas uma só. A existência de coisas é
decorrência da limitação da percepção. Se não existem coisas
também não pode existir algo constituído por elas .

A ignorância sobre a unicidade das coisas leva alguns à idéia da


existência de espaço mensurável cujo indicador seriam as
coisas existentes. Segundo o primeiro ponto de vista podemos
delimitar o espaço mediante às suas partes, ou seja pela
extensão dos objetos físicos. Mas, conforme o segundo ponto
de vista, tais partes não têm existência em separado do Todo, e
sendo assim não é possível determinar limites, pois quando se
tenta reunir todas as partes, jamais se consegue chegar a um
agregado que seja a totalidade do espaço. Se o limite do espaço
não fosse o limite da totalidade das coisas, então haveria
sempre mais espaço além do limite do que se julga ser o todo.
Hipoteticamente se juntássemos mais elementos ao espaço ele
cresceria, mas cresceria a partir do que e de onde?

Quando se falamos de espaço surge a idéia do aqui e do ali, e


nos encontramos diante de uma curiosa situação, pois espaço
traz a idéia de ser algo em que alguma coisa existe ou aquilo
em que a ordem do mundo se diferencia, e se não existem
“coisas” espaço deixa de existir.

Diz Paul Brunton: “Pensemos num ponto colocado sobre uma


folha de papel em branco. A geometria define ponto como
sendo uma posição sem grandeza, portanto não tendo qualquer
dimensão. Vale dizer que o ponto não contém nada no seu
interior e que não há lugar para ser colocado alguma coisa
dentro dele”. “Nessa análise ver-se-á que o ponto não é um
absoluto espacial e por isso o espaço, tal como o exposto, ele
ao mesmo tempo existe e não existe”.

O que significa aqui? Aquele raciocínio que já fizemos para


tempo, também é válido para espaço. O que é o aqui, onde ele
se situa? – Quando falta para se atingir o aqui? Poder-se-ia
dizer, falta tantos metros, centímetros, milímetros, e assim por
diante. Esse escalonamento decrescente só cessa no infinito.
O aqui seria um ponto inatingível a não ser no Infinito, e no
infinito não comporta o aqui porque nele não existem
separações por se tratar de um continuum. Sem separações o
ponto representativo do aqui, não existe e consequentemente
também não existe lugar. Logo, espaço não tem existência real.

Tente diminuir uma coisa qualquer, diminua-o seguidamente,


cada vez mais, então onde isto vai parar? Por certo no infinito.
Veja que aqui também acontece o mesmo que acontece com
referência ao tempo. Onde ocorrem o tempo zero e o espaço
zero? Somente deveriam acontecer no Infinito. Onde se situa o
ponto zero do espaço? Vemos que não pode ser em nível de
Imanência. Assim podemos dizer que o ponto zero, o inespacial
somente poderia existir no próprio infinito, mas infinito não tem
centro nem periferia, não tem o dentro e nem o fora. O infinito
tem que necessariamente ser inespacial. No “É” não existe
lugar para se situar o aqui ou o ali.

Pelo que foi exposto se conclui que espaço é simplesmente uma


condição da mente por não poder existir nem no plano
imanente e nem no transcendente.

Se o espaço compreende a localização das coisas o que as


separa? A mente exige um limite para tudo, mas qual é esse
limite? Já vimos em palestras passadas que sempre existe um
elo intermediário entre uma coisa e outra. Tudo isso são
condições ilusórias impostas pela mente.

É a mente quem nos obriga a encarar todas as coisas como


existentes no espaço e no tempo. O espaço parece ser uma
condição necessária do processo da percepção. Não nos é
possível separar uma só coisa do tempo e do espaço. Contudo,
jamais vemos o tempo e o espaço propriamente ditos! Não
recebemos nenhuma impressão sensorial direta do espaço puro
e do tempo puro. Pensemos em uma condição em que coisa
alguma se faça sentir. Nesse estado que sensação se poderia
ter? – Compreensão da inexistência, mas como tal o que se
sentiria, que percepção sensorial de poderia ter? Ter-se-ia a
compreensão de se tratar de um nada, mas o que se sentiria no
nada?

Não nos é possível revestir o simples conceito de espaço com


nenhuma imagem mental; só podemos pensar em alguma coisa
ocupando um lugar e tendo alguma dimensão, daí conhecermos
o espaço apenas como uma propriedade das coisas e o tempo
como uma propriedade do movimento.

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Autor: José Laércio do Egito - F.R.C.

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