Volume 8 Passado P e F PDF
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VOLUME 8
1.a edição
Curitiba - 2019
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
CDD 370
Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda. Imagens: ©Shutterstock/Feng Yu/Sebra
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia
Site: www.editorapia.com.br
Fale com a gente: 0800 41 3435
Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara
Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: [email protected]
Impresso no Brasil
2020
sumário
Capítulo 1
©Shutterstock/Julia Tim Religião, mídia e tecnologia 4
Comunicação e mídia 6
Religião e artes 12
Comunicação digital 20
Ciber-religião 22
Sociedade plural 38
Alteridade e respeito 73
Conceitos de pessoa 86
Conceitos de mundo 93
Conceitos de vida 98
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tecnologia
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©Shutterstock/Julia Tim
Você já pensou em como era a comunicação
no tempo dos seus avós ou bisavós? Como
viviam sem internet ou sem redes sociais?
Como se comunicavam com pessoas que
estavam longe? Muita coisa mudou de lá para
cá e continua mudando até hoje. O avanço
tecnológico da última década permite nos
comunicarmos com pessoas do outro lado
do planeta em tempo real ou visitar museus e
bibliotecas sem sair de casa. Essas tecnologias
influenciam o nosso dia a dia. Será que
também impactam as religiões?
5
Objetivos
Compreender o desenvolvimento dos meios de comunicação e o seu impacto nas
religiões.
COMUNICAÇÃO E MÍDIA
A comunicação é um tipo de troca. Podemos trocar informações, conhecimentos,
ideias, sentimentos, entre outros. Para haver troca, é preciso interação, conexão entre as
pessoas. Agora, imagine o que ocorre quando as pessoas se encontram e não conseguem
se comunicar por não falarem a mesma língua ou não compreenderem gestos. Seria
possível haver troca nessa situação?
Algumas culturas utilizam provérbios
para transmitir conhecimentos e lições de
vida. Há um provérbio chinês, por exemplo,
que conta uma história em que ocorrem dois
encontros. No primeiro, duas pessoas se en-
contram, cada uma leva um pão; elas trocam
os pães e cada uma sai do encontro com um
pão. No segundo encontro, duas pessoas se
encontram, cada uma leva uma ideia; elas
trocam as ideias e cada uma sai do encontro
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temente da troca de objetos, a troca de ideias
©Shutterstock/MBI sempre acrescenta.
Para haver diálogo entre as pessoas, é necessário que a comunicação entre elas seja
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Comunicação e religião
estão relacionadas, pois as
duas surgem de necessida-
des humanas. Os meios de
comunicação têm origem
na necessidade humana de
se expressar, e a religião
surge da necessidade de
compreender a natureza e
os acontecimentos da vida.
Para entendermos os outros e sermos compreendidos, é preciso
desenvolver a competência comunicativa, ou seja, a capacidade
de usar as diferentes linguagens (verbal, corporal, visual, sonora ou
digital) em diversas situações de comunicação.
c) Com quem vocês costumam trocar mais ideias? O que essas trocas têm ensinado
a vocês?
Pessoal. Espera-se que os alunos possam refletir e perceber as contribuições da troca de ideias
4 Encaminhamento
metodológico.
©Shutterstock/Macrovector
Religião e comunicação –
conexão com o mundo.
8
A mensagem religiosa pode utilizar
símbolos, porém a transmissão das regras
©Shutterstock/Stuart Miles
e dos fundamentos de uma religião tem
base nos mesmos elementos de comuni-
cação vistos anteriormente: as pessoas en-
volvidas, o que é comunicado e com que O sentido da vida faz parte da
ϐǤ mensagem de diversas religiões.
As pessoas envolvidas
Deus, deuses, divindades, líder religioso e seres humanos.
na comunicação
Fundamentos da religião, crenças, regras de comportamento com a finalidade de
O que é comunicado
que as pessoas sigam os ensinamentos religiosos para alcançar uma vida feliz ou a
e com que finalidade
salvação da sua alma.
Agora é a sua vez! Escolha uma religião que você admira ou da qual faça parte e
preencha o quadro de acordo com ela.
As pessoas envolvidas
na comunicação
O que é comunicado
e com que finalidade
ALCANCES DA COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação têm alcances diferentes, ou seja, atingem públicos dife-
rentes. É o que chamamos de amplitude da comunicação.
Um tipo de comunicação é a comunicação interpessoal. Ela envolve um grupo
consideravelmente pequeno de pessoas, que podem ser vizinhos, amigos, colegas de
escola ou de trabalho, etc. Esse tipo de comunicação pode ser realizada por meio da fala,
de cartas, do telefone, de e-mails, de redes sociais, etc.
Outro tipo de comunicação é a comunicação de massa – também conhecida como
mídia –, que alcança um número muito grande de pessoas ao mesmo tempo, em dife-
rentes cidades, estados e países. É o caso da comunicação realizada por meio de jornais,
revistas, emissoras de rádio, televisão, internet, entre outros.
Em relação às religiões, atualmente podemos perceber comunicações nessas duas
amplitudes. Quando as crenças e os fundamentos religiosos são transmitidos nas famí-
lias e em reuniões da comunidade religiosa, trata-se de uma comunicação interpessoal.
Quando celebrações religiosas são transmitidas pela televisão ou pela internet, ou quando
um líder religioso ou um membro de uma comunidade religiosa comunica ensinamentos
por meio de vídeos, áudios, textos na internet, na televisão, em redes sociais ou no rádio,
trata-se de comunicação de massa.
10
Responda às perguntas a seguir e, depois, compartilhe suas respostas com a turma.
a) Você conheceu algum líder religioso pelos meios de comunicação de massa?
Cite o nome dele e a religião da qual ele faz parte.
Pessoal. Em âmbito mundial, é possível citar Dalai Lama (budismo) e papa Francisco
regional.
religião.
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ou a religião de um povo. Por meio da arte visual, da música e da literatura, obras foram
feitas com o objetivo de transmitir ensinamentos das religiões ou relatar indiretamente
as crenças e celebrações religiosas de um grupo.
RELIGIÃO NA LITERATURA
©Cultrix
©L&PM Pocket
Tanto Odisseia quanto A divina comédia foram escritas em versos. Escolha uma
religião e escreva um poema que expresse como um devoto se relaciona com o
sagrado. Se necessário, pesquise as crenças da religião escolhida.
Tupã
Jaci
Guaraci
Uma das maneiras desenvolvidas pelo ser humano para registrar a sua passagem
pelo mundo foi a criação de obras de arte. Por meio delas, o artista eterniza o seu traba-
lho, tendo em vista que, após a sua morte, as obras continuarão existindo e despertando
sentimentos no público.
Trabalhando com uma matéria-prima (pedra, barro, tinta, notas musicais, pala-
vras), o ser humano cria esculturas, pinturas, instalações, músicas, peças teatrais, livros
e expressa seus sentimentos e suas percepções da realidade e da vida, transformando
matéria-prima em algo simbólico.
Por meio da História da Arte, é possível aprender sobre o ser humano, sobre dife-
rentes culturas, locais, épocas, entre outros aspectos.
Tudo o que faz parte da vida do ser humano pode ser
©Shutterstock/Ipek Morel
tema para uma obra de arte. Com a religião, não poderia
ser diferente. Das pinturas rupestres às catedrais, da arte
egípcia à arte renascentista, dos arabescos coloridos das
mesquitas à arte budista, podemos perceber a relação
entre a arte e a religião.
Chamamos de arte sacra aquela destinada à liturgia,
que é o conjunto dos elementos e das práticas religiosas
(orações, sacramentos, objetos, celebrações, etc.). A ar-
quitetura de templos e catedrais, bem como as obras que
compõem o espaço sagrado, são exemplos de arte sacra.
As músicas criadas para celebrações e momentos sagrados
também fazem parte da arte sacra.
©Wikimedia Commons/Sta
nislav Traykov | Arte budista
| PPietà, de Michelangelo,
©Shutterstock/Timur Kulgarin
©Shutterstock/Supavadee Butradee
| Fiel na mesquita de Nasir al-Mulk,
também conhecida como Mesquita
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Rosa, em Shiraz
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introspecção: análise que
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alguém faz dos próprios À
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pensamentos e sentimentos. ǡ Ǥ
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| Vitral na Basílica de Santa Clotilde, em Paris | Vitral da Igreja de São Nicolau, em Örebro
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| Conjunto de esculturas do
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11 Aprofundamento de conteúdo para o professor.
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COMUNICAÇÃO DIGITAL
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13 Aprofundamento de conteúdo para o professor.
Leia o que o papa Francisco disse sobre a relação dos jovens com o mundo virtual
e, depois, responda às perguntas.
©Shutterstock/Feng Yu
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da comunicação.
b) E os malefícios?
Pessoal. Espera-se que os alunos citem que o mundo virtual pode alienar as pessoas
do contato humano.
©Shutterstock/Africa Studio
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Atualmente, muitos aplicativos ajudam as
pessoas nas práticas de meditação.
sentimentos, opiniões, entre outros) e de interação entre as pessoas que pode acontecer por meio de
diversas linguagens.
podem ser citados os tipos de comunicação que acontecem pelos meios digitais, como telefone e
3. Dos meios de comunicação citados a seguir, quais são menos utilizados atualmente
do que eram no passado?
( X ) telefone ( X ) carta
( ) celular ( ) computador
• Converse com os colegas sobre o motivo da popularidade menor desses meios
de comunicação na atualidade. Depois, registre as conclusões a que chegaram.
Pessoal. Incentive os alunos a pensar nas transformações dos meios de comunicação ao longo
dos últimos anos e nos motivos pelos quais acreditam que essas transformações ocorreram.
número de pessoas. Isso ocorre com frequência no âmbito religioso, por meio de programas de
©Shutterstock/BrAt82
©iStockphoto.com/MBI
©Shutterstock/Africa Studio
©Shutterstock/gemphoto
©Shutterstock/9george
Criar meu web site
GIL, Gilberto. Pela internet. In: ______. Quanta gente veio ver. 1998. Faixa 9.
b) Ele pode ser classificado como meio de comunicação de massa? Justifique sua
resposta.
Sim, pois se trata de um meio que atinge milhares de pessoas, inclusive ao mesmo tempo. Com
pela internet, o tempo real das transmissões e o extenso alcance das mensagens, além da
canais e estações religiosas tenham feito parte da vida dos familiares no passado.
M T P I N T U R A L E U E A H E W
L P J L Q D L M A N T R A S C I L
E Y H F E Y H C Q U R K H S L R O
K H R Y E S Y I U X V H J E I A Y
X Y P L I U M F Y O I I L P G F K
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©Shutterstock/Thoom
Programa 1
Programa 2
Programa 3
Número do programa:
Título:
Público-alvo:
Logotipo do canal:
Roteiro:
• Agora que já está tudo planejado, que tal gravar o seu programa? Para isso, use
um smartphone ou uma câmera. Se possível, utilize um programa de edição de
vídeo para auxiliar nos últimos ajustes. Depois de pronto, compartilhe com os
colegas a sua experiência de planejar, produzir e editar o seu programa.
2
Crenças, filosofias
de vida e esfera
pública
30
Evandro Pissaia. 2019. Digital.
31
Objetivos
Diferenciar a esfera pública da esfera privada.
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brasileira.
©Shutterstock/Rawpixel.com
32
2 Aprofundamento de conteúdo para o professor.
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da de esfera. Cada esfera, assim como os espaços e as instituições, tem valores, regras e
códigos de conduta próprios. De modo geral, as esferas podem ser divididas em públicas
e privadas. É possível dizer que a esfera pública abrange as decisões que dizem respeito
à coletividade e a esfera privada engloba o que é individual.
As noções de público e de privado remontam à Grécia Antiga, a partir do século
ԜǤǤÀǡ×ǡ eram cidades politicamente autônomas,
isto é, cidades-estados, que reuniam funções de defesa militar, administração, centro re-
ligioso e comercial. A pólis grega criou um modo de vida urbano que foi uma das bases da
civilização ocidental. As duas principais cidades-estados gregas foram Atenas e Esparta.
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tura grega. Para esse povo, os deuses habitavam os templos. Por isso, no alto das cidades
gregas antigas, situava-se a acrópole, lugar reservado aos templos dedicados aos deuses.
©Shutterstock/Krishna.Wu
Capítulo 2 | Crenças, filosofias de vida e esfera pública 33
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assembleias: reuniões de espaço de destaque da arquitetura grega. Nessa praça, onde
representantes de uma comu-
estava localizado o mercado, eram realizadas atividades
nidade que têm poderes de
legislação. religiosas, competições esportivas, assembleias, debates
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3 Orientação para abordagem do tema.
©Shutterstock/Anastasios71
| Ruínas de uma ágora na Grécia
A ágora era um espaço de reunião entre as pessoas. Também servia para discutir e
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estimulando a circulação e a presença de pessoas, que saíam de suas casas para ir até lá.
Para os gregos antigos, a palavra oikosǡϐ
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a uma construção. Oikos À
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Acreditava-se que os assuntos do espaço privado não diziam respeito à comunidade e,
por isso, não deveriam ser expostos.
Em Atenas, apenas o chefe que governasse bem o seu oikos poderia participar das
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zados e crianças não eram permitidos nesses eventos. Nos assuntos das assembleias, as
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membro masculino da família.
| Vaso grego feito entre 470 a.C. e 445 a.C. retratando uma cena do cotidiano feminino
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deveres que permite aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida política
e da vida pública, podendo votar e serem votados, participando ativamente na ela-
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significado da cidadania assume contornos mais amplos, que extrapolam o sentido de
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por condições que garantam uma vida digna às pessoas.
ARAÚJO, Ulisses F. A educação e a construção da cidadania: eixos temáticos da ética e da democracia. In:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília, 2007. p. 11.
e da vida pública.
©Shutterstock/EtiAmmos
A separação entre a esfera pública e a esfera privada se dá, muitas vezes, por meio de
leis. Quando há confusão entre essas esferas, podem surgir algumas formas de corrupção.
Quando uma verba, por exemplo, é desviada buscando o ganho pessoal, esquece-se do
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o qual a verba seria destinada.
Atualmente, discute-se sobre as relações entre público e privado nas redes sociais.
De maneira geral, as pessoas veem as redes sociais como parte da sua vida privada e as
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servidores públicos e de instituições públicas, que devem ser administradas visando ao
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pessoais. Como possibilidade de expressão, as redes sociais permitem aos cidadãos
comunicarem-se uns com os outros, inclusive para buscar soluções e participar de ma-
nifestações políticas. Nesse caso, a esfera virtual também pode ser entendida como uma
extensão da esfera pública, pois possibilita a expressão política.
Fonte: CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com
deficiência. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd_2010_religiao_
deficiencia.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2019.
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nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da
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volvidos pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola.
LODI, Lucia H.; ARAÚJO, Ulisses F. Ética, cidadania e educação: escola, democracia e cidadania. In:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília, 2007. p. 11.
©Shutterstock/Wavebreakmedia
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discutidos nas escolas buscando formar cidadãos conscientes.
BELCHIOR, Marcela. Integração entre religiões é fundamental para superar entraves históricos. Disponível
em: <https://www.ceert.org.br/noticias/liberdade-de-crenca/8756/integracao-entre-religioes-e-fundamental-
para-superar-entraves-historicos>. Acesso em: 29 mar. 2019.
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os seus objetivos a promoção das relações ecumênicas e o fortalecimento do testemunho
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nismo não é apenas uma relação entre igrejas cristãs, mas uma iniciativa universal de
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as quais temos menos contato –, é importante conhecer melhor as pessoas. A seguir,
apresentamos algumas dicas para desenvolver um diálogo saudável.
©Shutterstock/Lightspring
Faça perguntas de forma positiva e respeitosa.
Demonstre interesse pelo que a pessoa fala.
Mesmo diante de opiniões diferentes da sua, escute e tente colocar-se no lugar do outro.
Não deixe que uma primeira impressão influencie sua visão em relação à pessoa ou
à religião dela.
1. O que você pode fazer na escola para valorizar a diversidade religiosa? Converse com
os colegas sobre as seguintes iniciativas.
Proposta do projeto:
que pretendem agir.
orem propostas viáveis para o contexto em
Pessoal. Espera-se que os alunos elab
prática:
O que é preciso para colocá-lo em
necessários para colocar
sem nos recursos materiais e humanos
Pessoal. Espera-se que os alunos pen
eira engajariam as pessoas no projeto.
suas ideias em prática e de que man
relig iosa:
ntivar a valorização da diversidade
De que maneira o projeto pode ince
ncial de alcançar o
orem o projeto com base no seu pote
Pessoal. Espera-se que os alunos elab
objetivo proposto.
©Shutterstock/Motimo
O cotidiano das pessoas e a sua atuação na esfera política eram diferentes em Atenas e em Esparta.
A sociedade espartana era mais militarizada que a ateniense e as mulheres espartanas tinham
O Censo Demográfico de 2010 (IBGE) demonstra que a maioria da população brasileira é católica.
responsabilidade, justiça, não violência, utilizar o diálogo para resolver problemas e comprometer-
-se com a vida coletiva. Outras atitudes poderão ser mencionadas, como a preocupação com o bem
comum e a preservação ambiental, bem como o respeito aos direitos e deveres estabelecidos pela
legislação.
44
10 Orientação para abordagem do tema.
Apesar da participação de diversos países na Organização das Nações Unidas (ONU)
– instituição fundada em 1945, que busca a cooperação mundial em temas importantes –
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estabelecidos pela ONU nem sempre é respeitada.
Em diversos países-membros, como Síria, Líbano e Iraque, ocorrem guerras por
motivos políticos, econômicos e religiosos.
©Shutterstock/Smallcreative
| Cidade de Aleppo, na Síria, devastada
pela guerra civil iniciada em 2011
©Shutterstock/Fishman64
45
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cia religiosa ainda ocorre no país. Os ataques mais frequentes são agressões verbais ou
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Nas páginas 4, 5 e 6 do material de apoio, leia alguns trechos dessa Declaração.
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Com base nas informações do material de apoio, você e os colegas vão criar uma
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responsável pela administração política. Foi um período marcado pela ausência de de-
mocracia e pela hierarquização da sociedade.
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religiões greco-romanas.
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Compare um trecho da Constituição brasileira de 1824 com outro da Constituição
de 1988, analisando o que dizem sobre as questões religiosas.
Art. 5.o A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio.
Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em
casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.
Art. 5.o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...].
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exer-
cício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias;
[...]
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
2. Quais relações entre religião e política podem ser percebidas na sociedade brasileira
atual?
No Brasil, o Estado é laico, ou seja, as crenças religiosas não devem interferir nas decisões políticas.
Além disso, o direito à liberdade religiosa é garantido pela Constituição de 1988. Dessa maneira, o
3. Elabore um texto que explique as diferenças entre as esferas pública e privada, res-
saltando como as religiões podem ter influência em cada uma delas.
Espera-se que os alunos indiquem que a esfera privada se refere às crenças individuais que impactam
apenas o indivíduo ou um pequeno grupo que se relaciona com ele; já a esfera pública se refere a
critérios e decisões que impactam toda a sociedade. Em relação à influência das religiões sobre essas
esferas, os alunos podem discorrer a respeito da liberdade de religião, que permite às pessoas pra-
ticar a sua fé em âmbitos públicos e privados. Isso significa também que as crenças de um ou mais
grupos não podem ser impostas a todos ou prevalecer em determinações do governo, pois, segundo
a Constituição brasileira, o Estado é laico.
4. Use algumas palavras do quadro para criar uma frase que resuma o que é cidadania.
Pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que a cidadania envolve direitos e deveres e busca a
convivência pacífica, com diálogo e respeito, para que a dignidade e a justiça sejam efetivas.
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©Shutterstock/Feng Yu
Liberdade Religiosa e Direitos
[...] No Estado do Rio, o Centro de Promoção da
1.014 casos entre julho de 2012 e
Humanos (Ceplir), criado em 2012, registrou
religiões de matrizes africanas,
agosto de 2015, sendo 71% contra adeptos de
, 3,8% contra judeus e sem religião
7,7% contra evangélicos, 3,8% contra católicos
de forma geral.
e 3,8% de ataques contra a liberdade religiosa
[...]
e de intolerância] é justamente
Na visão dos especialistas, este [registro do crim
oa vai a uma delegacia, o policial
um dos principais problemas. “Quando a pess
aça. Falha ao não aplicar a lei de
registra a queixa como briga de vizinho, rixa, ame
penal adequada”, diz o professor
intolerância religiosa, que prevê a tipificação
, que coordena o Laboratório de
André Chevarese, do Instituto de História da UFRJ
História das Experiências Religiosas.
tes,
“Além disso, juízes tendem a ser condescenden
aind a ao
não punem da forma adequada. O Estado falha
África,
tipificação: classificação. não educar melhor, não incluir mais o ensino sobre
rtânc ia
sobre religiões de matrizes africanas, sobre a impo
condescendentes: flexíveis em
excesso. , diz.
das culturas africanas para a construção do país”
PUFF, Jeferson. Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância religiosa no
Brasil? Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160120_intolerancia_
religioes_africanas_jp_rm>. Acesso em: 10 abr. 2019.
Os alunos podem criar diversos tipos de gráfico (pizza, colunas, linhas, entre outros) para representar
os dados da reportagem.
a sociedade brasileira.
No entanto, nos dias atuais, ainda é possível perceber algumas influências da reli-
gião em países laicos, o que provoca questionamentos na esfera judicial. Veja dois
exemplos a respeito desse tema.
Documento 1
©Nelson Jr./STF
~ Supremo Tribunal Federal,
em Brasília. Note a presença
do crucifixo na parede junto à
bandeira nacional e ao brasão da
República.
BARROS, Lucas M. A laicidade do Estado brasileiro: comentários sobre a utilização de símbolos religiosos
em repartições públicas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – UCB. Brasília, 2016.
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são alguns países europeus com leis contra o uso de véus que cobrem o rosto em
lugares públicos.
©Shutterstock/Oleschwander
| Mulheres muçulmanas em protesto contra a legislação que proíbe o uso do véu na Dinamarca
Converse com os colegas e demonstre sua opinião sobre o assunto. Anote seus
argumentos e as justificativas para eles. Pessoal. Incentive os alunos a embasar os argumentos
em princípios éticos e legais, além de respeitar as divergências de opiniões dos colegas.
8. Com base nos trechos estudados das Constituições brasileiras de 1824 e de 1988, na
página 49, assinale as frases a seguir com V para as verdadeiras e F para as falsas.
3
Crenças,
convicções e
atitudes
©Shutterstock/Rawpixel.com
56
Crenças e valores pessoais orientam atitudes e
escolhas. Muitas vezes, tomamos decisões sem
perceber; porém, lá estão eles, organizando a
vida e os relacionamentos. Assim, identificar
e compreender as crenças e os valores de
uma pessoa são tarefas importantes para
entendermos os comportamentos e as
atitudes dela.
57
Objetivos
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e coletivas.
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no cotidiano das pessoas.
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©Shu stock
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Ainda que algumas pessoas tenham mais facilidade para algumas atividades, a úni-
ca maneira de aprender algo novo é por meio do treino. Converse com os colegas sobre
outros exemplos em que a prática leva ao aprimoramento.
59
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positivo ou negativo. Assim, no dia a dia da vida escolar, é preciso fazer escolhas constan-
temente a respeito da melhor maneira de aprender, de se comportar durante as aulas, do
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das experiências escolares. Você já pensou com o que quer trabalhar?
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melhor desempenho e a maneira como interage com as pessoas pode ser um bom caminho
para o autoconhecimento, essencial para o processo de tomada de decisão.
©Shutterstock/Maridav
1. Agora, é hora de pensar sobre você. Qual é a sua característica mais marcante?
Pessoal. Não permita atitudes de bullying e promova um ambiente de incentivo entre os alunos.
3. Você acha que algum assunto ou atividade não combina com você? Qual?
Pessoal. Incentive os alunos a perceber que, desde que se proponham a isso, podem aprimorar
©Shutterstock/JStone
instantâneo. Você costuma pensar em coisas que
só vai executar daqui a muito tempo? Você planeja
o futuro? Ter um projeto de vida pode ajudar a
pensar a longo prazo e a estabelecer metas.
O projeto de vida de algumas pessoas é a luta
por seus valores. É o caso da paquistanesa Malala
Yousafzai (1997-), a mais jovem ganhadora do
Prêmio Nobel da Paz, com 17 anos. Desde os 11
anos, Malala já defendia em seu blog o direito
das meninas de frequentar a escola. Ela foi
vítima de um atentado do Talibã em outubro
de 2012, com 15 anos, enquanto voltava
da escola. Recuperou-se em Londres e se
tornou porta-voz de uma causa que é o
seu projeto e objetivo de vida: a defesa
do direito à educação.
Malala é um dos grandes nomes da luta pelo direito à educação e pelos direitos
das mulheres. Aos 16 anos, ela discursou para uma plateia de representantes de
mais de 100 países na Assembleia de Jovens das Nações Unidas, onde afirmou
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a) Para que esse planejamento seja bem-sucedido, é preciso que você se conheça
bem e estabeleça metas realistas, de acordo com o que pode e consegue fazer.
b) Em um projeto de vida, duas perguntas precisam ser respondidas: quem eu
quero ser e como vou conseguir ser essa pessoa.
c) Registre os seus valores em relação a cada área do projeto. Lembre-se de que os
valores podem ser utilizados como uma ferramenta importante na tomada de
decisões. Por isso, reflita sobre como você se sente em cada uma dessas áreas
e em que poderia melhorar.
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Identificação
da situação
• Pessoal.
Escolha da melhor
alternativa
• Pessoal.
Decisão
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os valores humanos, como a coragem, a justiça, a amizade e o amor. Sócrates ensinava na
ágora, espaço público de Atenas, dialogando com seus discípulos e outros interlocutores.
Sócrates indagava os cidadãos atenienses a respeito das
virtudes. Como saber se uma conduta é boa ou não? Por que o
bem é uma virtude e o mal é um erro? O que é bem e mau? O
que é melhor: ser justo ou injusto? Ao fazer essas indagações,
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e sobre suas ações.
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ponsabilidades. Estar preparado para lidar com imprevistos
é tão importante quanto elaborar planos detalhados. Nessa
hora, nossas crenças e valores podem nos ajudar a fazer
escolhas e a enfrentar suas consequências.
Vivemos tempos de mudanças muito rápidas e
estamos em constante interação com pessoas e infor-
mações. Para lidar com isso, é importante
ter certeza de quem somos e dos valores
dos quais não abrimos mão.
©Shutters
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ida Soriano
| Estátua de Sócrates
em Atenas
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PDQHLUDFRPRYHPRVDVFRLVDV"3RUH[HPSORSRUTXHYRFÅHVWXGD"&RQYHUVHFRPRVFROHJDV
e observe se a resposta deles é semelhante à sua.
©Shutterstock/Tumar
Jogadores de futebol,
vôlei, basquete e outros es-
portes coletivos precisam
entender as suas tarefas na
hora de se posicionarem em
campo para não prejudicar
os companheiros. Também
precisam saber lidar com as
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podem ocorrer durante as
partidas.
Durante uma partida, os jogadores devem agir como se fossem peças de uma única
máquina, com o objetivo em comum de dar o melhor de si e vencer a partida ou o cam-
peonato. Para isso, os valores individuais de cada jogador precisam ser confrontados com
os valores coletivos do time. Algumas vezes, o interesse pessoal prevalece, e isso pode
ter consequências ruins para a equipe – por exemplo, quando um jogador não age de
maneira colaborativa, tentando fazer tudo sozinho. Como não é possível ganhar sozinho,
o time todo perde oportunidades que seriam mais bem aproveitadas se outros jogadores,
com habilidades diferentes, fossem incluídos.
No caderno, escreva os cinco valores que você considera mais importantes. Depois,
compartilhe com a turma o que escreveu. O professor vai anotar na lousa todos os valores
mencionados, contabilizando aqueles que forem citados mais de uma vez. Elenque os
cinco valores que mais apareceram nas respostas da turma.
Depois, compare os valores que você registrou com os mais citados pela turma.
São iguais?
©Shutterstock/Romolo Tavani
67
1. Além da sustentabilidade, que outros valores individuais impactam o coletivo?
Sugestão de respostas: honestidade, justiça, pacifismo, etc.
10 Orientação para
realização da atividade.
Por fim, selecionem da lista quatro valores que julgam essenciais, aqueles que, se
não estiverem presentes na sociedade, resultarão em uma crise. Para isso, sigam as cinco
etapas para tomada de decisão, apresentadas na página 62.
Essas ilustrações representam a moda barroca dos séculos XVII e XVIII na Europa, principalmente na França e na Alemanha.
Você imagina encontrar pessoas utilizando essas roupas atualmente? Por quê?
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©Shutterstock/Ermess
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combatida pelas normas morais daquela sociedade. O
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manos são iguais e têm direito à liberdade. Esse princípio
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©Shutterstock/Pressmaster
Como a vida social nos dias atuais pode ser bastante agitada, às vezes não
nos damos conta de quem está ao nosso lado e perdemos a oportunidade
de exercitar a empatia e a solidariedade com quem precisa.
As fábulas são histórias que transmitem valores. Leia com atenção o texto a seguir e
descubra de que princípio trata a fábula.
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abrindo um pacote com uma ratoeira. ira.
lus
trat
Correu ao pátio para avisar aos outros
os
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animais que havia uma ratoeira na casa
a
da fazenda.
Mas nem a galinha, nem o porco, o,
nem a vaca deram importância ao aviso o
do ratinho, pois nenhum deles entrava va
na casa da fazenda; logo, essa ratoeira
a não
podia lhes fazer mal. Ele, então, voltou
ou para o
seu buraco abatido e se sentindo sozinho.
De madrugada, ouviu-se o barulho da ratoeira pegando uma vítima. A esposa do
fazendeiro correu para a cozinha, onde estava a ratoeira, e, no escuro, não percebeu
que ela tinha prendido uma cobra venenosa, que logo a picou.
O fazendeiro, vendo que a mulher tinha febre, preparou uma canja de galinha
para a esposa. Chamaram um médico para tratá-la, mas a febre permaneceu por
alguns dias, causando preocupação dos amigos e vizinhos. Para recepcionar o grande
número de visitantes, o fazendeiro preparou carne de porco.
Dias depois, após muita preocupação de todos, a mulher se recuperou. Para
comemorar a recuperação da esposa, o fazendeiro ofereceu um churrasco para toda
a família.
Moral da história: Da próxima vez que souber que alguém está diante de um problema
e acreditar que isso não lhe diz respeito, lembre-se de que, quando há uma ratoeira
na casa, toda a fazenda está em perigo. O problema de um é o problema de todos.
a) Respeito
b) Honestidade
X c) Empatia
d) Justiça
a) Amigável
b) Tolerante
c) Justa
X d) Egoísta
4. Sobre a moral da história, assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as
falsas.
EL-AYOUTY, Yassin. (Ed.) Interfaith Imperatives Post 9/11. Westport: Praeger, 2004. p. 158-159. Tradução livre.
Escreva bilhetes para, pelo menos, cinco colegas da turma expressando respeito
e generosidade com eles. Você pode ressaltar uma virtude ou uma qualidade deles ou
escrever uma frase de incentivo.
F C T O S M N E S T R U I O H E
G C E T S C O H V C T E G S U P
R E S P E I T O B S E U R Z M K
O Z O B I R E N A O A I O A I M
P Y T Q C A N E O L P J S V L F
P E R I U I T S D I I S T E D R
L W P F J Ç I T E D F T I P A E
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M N E U R B Ç D A R A P A J E S
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U Ç I E R Z O P E D T N J Ç E R
I U D Z O T I U H E I O E A P U
Honestidade – característica do que é decente, digno, honesto de acordo com os valores morais de
uma sociedade.
Pessoal. Pergunte a cada um dos alunos por que escolheu tal reportagem e o que mais chamou a
atenção nela.
a) Qual decisão você tomou com base em um dos valores estudados neste capítulo?
Que valor foi esse? Em qual situação? Pessoal.
b) Qual é a importância dos valores estudados neste capítulo para a sua vida? Pessoal.
9. Qual é a importância dos valores individuais e coletivos para a vida em sociedade?
Cite um exemplo.
Pessoal. Cada pessoa tem suas competências, habilidades, interesses e objetivos e realiza diferentes
ações, contribuindo para a construção da sociedade. Para que o mundo seja um lugar justo para
todos, é necessário que certos valores sejam compartilhados pelos grupos. Por exemplo, no caso
entendendo que é preciso ir além dos interesses individuais para criar uma visão de mundo coletiva e
10. Leia o trecho da reportagem sobre o discurso que o papa Francisco proferiu a alguns
juízes da Itália em fevereiro de 2019.
EM DISCURSO a magistrados, Papa destaca valor fundamental da justiça. Disponível em: <https://noticias.
cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/em-discurso-magistrados-papa-destaca-valor-fundamental-
da-justica/>. Acesso em: 15 abr. 2019.
13. Faça um resumo dos princípios éticos presentes nas seguintes religiões:
Os alunos podem escrever as respostas com as próprias palavras desde que
a) Cristianismo. estejam de acordo com os princípios dessas religiões e citados neste capítulo.
“Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a Lei e
c) Islamismo.
“Nenhum de vocês crê verdadeiramente até que deseje aos outros o que deseja para si
14. A reciprocidade e a empatia são valores que nos auxiliam a compreender e a respeitar
as pessoas que têm pensamentos, religiões e culturas diferentes de nós. Elabore uma
história em quadrinhos em que haja situações de reciprocidade, empatia e respeito
entre pessoas diferentes.
4
Religiões e visões
de mundo
©Shutterstock/Babaroga
84
©Shutterstock/Babaroga
85
Objetivos
Conhecer como as diferentes religiões compreendem a pessoa, o mundo, a vida e
a morte.
CONCEITOS DE PESSOA
Ao longo dos séculos, utilizando suas capacidades, o ser humano observou o que
acontecia ao seu redor e desenvolveu maneiras de compreender o funcionamento da
natureza e o comportamento das pessoas.
Você já olhou para o céu e percebeu que ia chover? Observando as nuvens cinzentas
e sinais como relâmpagos e trovões, podemos supor que a chuva virá. Esse conhecimento
foi construído pela observação repetida desde a Pré-História.
E como surgiu o conhecimento religioso? Como ele foi construído? O que é preciso
observar para construir esse conhecimento?
©Pixabay/Hans
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A religião organiza a sociedade, oferecendo
respostas para as questões da vida e da morte com
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Assim, cada religião encontrou respostas para
vários dilemas da vida.
Para muitos, independentemente do
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são necessárias, principalmente para oferecer
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compreensão de si mesmo. ©Shutterstock/Rawpixel.com
L R M P P R O I V O F A D D S I R L
M E F E R M O R C B I Q U A L A F W
H L R R R D A J O P M S A M O Ç I F
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A S A M O B S H O J D U M O R F T A
F R A G I L I D A D E R A D E F E V
©Shutterstock/Toranosuke
©Shutterstock/NLshop
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2. Na sua opinião, existem limites para a igualdade e para a liberdade? Justifique sua
resposta.
Pessoal. Verifique se os alunos partem de pressupostos mais individualistas ou mais coletivistas,
ressaltando a importância de pensar nos seus deveres e nos direitos dos outros.
entre os conceitos.
©Shutterstock/Jacob_09
Humanos, consta que todo ser humano tem o direito
de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa
perante a lei. O ser humano a que a declaração se re-
fere é uma pessoa amparada pela lei, e todos os seus
direitos devem ser respeitados.
Essa declaração estabeleceu normas e princípios
-
dade. O principal objetivo do documento é garantir o
bem-estar de todos os cidadãos.
A Constituição brasileira também prevê a dignidade da d pessoa humana
h e assegura a
todas as pessoas direitos, que devem ser respeitados pela sociedade e pelo poder público.
2. O que significa desenvolver-se interiormente? De que maneira isso pode ser feito?
Desenvolver-se interiormente significa tornar-se uma pessoa melhor para si e para a sociedade
efetivando mudanças que envolvem pensamentos e sentimentos. Os alunos poderão citar que isso
©Shutterstock/Anttoniart
nada música ou frequenta determinado lugar, a que pessoas
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planeta Terra, com mais de sete bilhões de pessoas. Trata-se
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nhecemos e que fazem parte do nosso convívio.
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Universo), de humanidade, de meio ambiente, etc.
É possível chamar de “mundo” uma esfera de atuação
ou área do conhecimento, como o mundo do trabalho ou
o mundo privado.
Na religião, também podemos agrupar comunidades
religiosas e tratá-las como um universo: mundo cristão,
mundo islâmico... Dessa forma, não importa o local onde
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Alé de uma esfera de atuação, o
Além
mundo digital também é um espaço.
mundo e maneiras de conhecê-lo.
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sociedades do passado. Há muito tempo, os povos indígenas perceberam que havia uma
relação entre as estações do ano, as fases da lua e o clima. Para eles, cada elemento da
natureza tinha um espírito protetor. A preparação das ervas medicinais e a realização
de rituais sagrados obedecia a um calendário (geralmente solar ou lunar) ou dependia
de fenômenos da natureza, como eclipses, chuvas, etc. Assim, procuravam associar a
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Diante disso, quando um indígena olha para as estrelas, ele as vê de um ponto de
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©Shutterstock/Noel Powell
©Wikimedia Commons/Gleiser
Dessa forma, é preciso reconhecer que a visão de mun-
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A religião e a ciência são maneiras de conhecer o mundo
(natural e cultural). Cada uma, ao seu modo, busca desven-
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na vida do ser humano.
Em 1972, a Fundação John Templeton instituiu o cha-
mado Prêmio Templeton para reconhecer pessoas por suas
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A fundação patrocina pesquisas e estudos sobre ciência
vida, o perdão e o livre-arbítrio. Entre os laureados estão
Madre Teresa de Calcutá, Tenzin Gyatso (o Dalai Lama) e
o arcebispo anglicano Desmond Tutu.
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Marcelo Gleiser (1959-) foi o vencedor desse importante
prêmio, considerado o Prêmio Nobel da Espiritualidade. | Marcelo Gleiser, 2015
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foi admitir que a ciência tem limites e que o conhecimento humano ainda não é capaz de
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a curiosidade sobre os mistérios do mundo move a ciência e a arte e vê, nas imperfei-
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O tema que conecta todos os meus escritos é simples: vejo a ciência como produto da
nossa capacidade de nos maravilhar com o mundo a cada vez que nos engajamos com o
mistério da criação. Na sua essência, encontramos o mesmo ímpeto que move o espírito
religioso: como lidar com nossas questões existenciais mais profundas, nossa origem,
nossa vida, nossa morte. Os seres humanos são criaturas peculiares, animais curiosos,
capazes de imaginar o infinito, ao mesmo tempo inspirados e perplexos pelo que não
compreendem. Através da minha pesquisa e dos meus escritos, vejo minha vida como
a de um devoto: a devoção aos meus irmãos e irmãs humanos, ao nosso planeta raro e
precioso, e ao mistério que nos cerca, e que tanto nos inspira a querer sempre saber mais.
©Shutterstock/Petrmalinak
2. O que você pode fazer para colaborar no cumprimento do que o trecho propõe?
Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.
E quem vive e crê em mim jamais morrerá. [...]”
JOÃO. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 11, vers. 25-26.
2. O que Jesus quis dizer com “E quem vive e crê em mim jamais morrerá”?
Espera-se que os alunos percebam que Jesus se refere à imortalidade da alma, à vida espiritual
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Ao buscar o sentido da sua vida, uma pessoa pode encontrar aquilo que entende
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Faça uma pesquisa a respeito destas personalidades, as quais podem ser conside-
radas resilientes, superando as adversidades e tornando-se ícones mundiais.
Harriet Tubman (ca. 1820-1913) na sua luta pela abolição da escravidão e pelo
voto feminino nos Estados Unidos.
Stephen Hawking (1942-2018) na luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Viktor Frankl (1905-1997) na sua vida durante e após o Holocausto.
Elabore um cartaz com alguns pontos da sua pesquisa para apresentar aos colegas.
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Durante muito tempo, considerava-se morte quando o coração deixava de bater e o
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Atualmente, ainda que alguém não consiga respirar sozinho ou esteja em coma, é
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morte é declarada quando há a chamada morte cerebral (ou encefálica), caracterizada
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Socialmente, o ser humano busca maneiras para entender e lidar com a morte desde
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©Shutterstock/Laszlo66
©Shutterstock/Sfam
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©Shutterstock/Syda
101
Construções, túmulos e pinturas rupestres são alguns dos principais documentos
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Grã-Bretanha (aproximadamente no ano 40), foi descoberto na região de Yorkshire,
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Para o arqueólogo
da Northern
Archaeological
Associates, Chris Pole,
que acompanhou
a obra, o local da
descoberta teria
sido um antigo
cemitério romano
e a posição fetal
em que o esqueleto
foi encontrado
possivelmente
simboliza o
nascimento.
PIAZZA, Waldomiro O. Religiões da humanidade. 4. ed. São Paulo: Loyola. 2005. p. 11.
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e podiam ser colocados, junto ao falecido, pertences pessoais e diversos objetos rituais,
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eram depositados sobre ele e os rituais mortuários variavam de acordo com o status do
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Mesmo nos dias atuais, a morte pode ser encarada de diferentes maneiras, de acordo
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grande, pois consideram uma honra manter contato com
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amor, a esperança, a alegria, o perdão e a compaixão nos tornam pessoas melhores para
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se tornar uma pessoa melhor para conviver em harmonia com as outras pessoas e com
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sentido a acontecimentos como a vida e a morte. Dessa forma, a religião pode ajudar as pessoas
a lidar com os diversos momentos da vida humana, por exemplo, dificuldades e perdas.
Ao observar a sua finitude, ou seja, ao observar que a sua vida tem fim, o ser humano começou
Artigo VI
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2019.
8. Complete as lacunas com as palavras adequadas. Para isso, retome o conteúdo es-
tudado neste capítulo.
©Flickr/Fronteiras do Pensamento
espiritualidade foi admitir que a ciência tem limites e que o conhecimento humano ainda não é
sentado no banco de uma praça, de cabeça abaixada. Ele está sozinho e tem um enorme
disso, ao encontrar sentido para a sua vida, uma pessoa pode descobrir aquilo que entende ser
a sua missão, o seu propósito. A realização pessoal é uma consequência desse entendimento.
11. Cada ser humano é único e insubstituível; por isso, o sentido para a sua vida também
é exclusivo. Represente no quadro a seguir, em forma de ilustração, o sentido que
você atribui à sua vida.
a) Peça a um adulto da sua família que lhe conte alguma situação de vida em que
ele precisou ter resiliência e anote o acontecimento relatado.
Pessoal.
c) E você? Já passou por algum momento no qual precisou transformar uma situa-
ção ruim em uma oportunidade de crescimento? Conte aos colegas como foi.
Pessoal.
[...] Desde o começo da década passada, Strauss, o arqueólogo responsável pelos tra-
balhos, e outros pesquisadores não param de desencavar restos humanos como aqueles
no majestoso abrigo calcário da Lapa do Santo, uma área de 1.300 metros quadrados no
município de Matozinhos, em Minas Gerais. Até agora, as descobertas totalizam 40 sepul-
turas e cerca de 50 esqueletos (vários dos sepultamentos abrigam mais de um indivíduo). A
Lapa do Santo foi palco de complexos rituais funerários entre 10.500 e 8.000 anos atrás, um
período tão vasto quanto o que nos separa da Atenas da época de Sócrates, e o tratamento
dado aos mortos naquele lugar passou por muitas transformações, como seria de se esperar.
Mas o método predominante para lidar com os falecidos ali parece ter envolvido uma ma-
nipulação intensa e complicada dos restos mortais: cortes, quebras, pintura com pigmento
ocre, queima controlada, “remontagens” ósseas que podiam combinar partes do esqueleto
de duas ou mais pessoas diferentes.
©Wikimedia Commons/MAE-USP/André Menezes Knauss
[...]
É obviamente um bocado difícil
entender o significado detalhado dessas
práticas, embora algumas pistas, como
a mistura de ossos de crianças e adultos,
tenham levado os pesquisadores a postular
uma espécie de demarcação ritual do ciclo
da vida humana, da união dos opostos da
juventude e da velhice. [...]
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Esqueleto encontrado na caverna Lapa
do Santo, na região metropolitana de
Belo Horizonte
LOPES, Reinaldo J. Cortes, quebras, queimas: os rituais mortuários dos primeiros brasileiros. Disponível em:
<https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2018/03/cortes-quebras-queimas-pinturas-arqueologia-lapa-do-
santo-minas-gerais-rituais-mortuarios--primeiros-brasileiros>. Acesso em: 28 jun. 2019.
entre populações brasileiras da Antiguidade. Por meio delas, podem-se analisar as crenças
b) Quais hipóteses podem ser levantadas a respeito das crenças dos primeiros
brasileiros?
Os sepultamentos noticiados na reportagem revelam que a prática de ritos mortuários
com simbologias próprias era realizada desde muito tempo entre os brasileiros.