Montar Paroquia
Montar Paroquia
Montar Paroquia
INTRODUÇÃO________________________________________________________3
INDICE______________________________________________________________4
O Pároco Canônico________________________________________________________6
O Pároco: Como pastor, organizador e mestre_________________________________________6
1- Visão geral da Pastoral e do Pastoreio___________________________________________7
2 – A partilha e a acolhida como elemento decisivo na pastoral_________________________8
A Partilha________________________________________________________________8
A Acolhida_______________________________________________________________8
O Pároco: Aquele que sabe redimensionar o trabalho pastoral_____________________________9
Projeto Continuidade, uma pista ?___________________________________________________9
1 – Redistribuir os serviços_____________________________________________________9
2 – A formação permanente____________________________________________________10
3 – Vantagens desta proposta___________________________________________________10
4 – O projeto continuidade_____________________________________________________10
CONCLUSÃO________________________________________________________21
BIBLIOGRAFIA_____________________________________________________22
ANEXO_____________________________________________________________23
CAPÍTULO I – O PÁROCO NO LIMIAR DE SUAS
FUNÇÕES PAROQUIAIS
O P ároco Can ôn i co
O sacerdote a quem confia uma paróquia é o pároco, pastor próprio, sob a
autoridade do Bispo no serviço pastoral da comunidade, ensinando, santificando e
governando, com a ajuda de outros presbíteros, diáconos e fiéis leigos. Sua função é de
íntima comunhão hierárquica e ministerial. Não é a síntese dos ministérios, mas possui
o ministério da síntese. Deve estar investido de jurisdição suficiente para o ofício,
mas não é o factótum. Pode promover e coordenar, e não suprir a competência de seus
colaboradores.
Já dizia São Paulo que nada lhe dava maior alegria que ouvir que seus filhos
caminham na verdade (3 Jo 4). Evangelização, pastoreio e capacitação em relação com
a Igreja na dedicação pessoal, de dá quando acontece o envolvimento com as ovelhas
(ter a coragem de gastar o tempo).
Pastoral vem do Grego: Paimém que significa Pastor. Os gregos usavam o
termo em sentido metafórico de guia, comandante ou legislador. Dando a entender que
ele é imagem do governante divino (Pastor é o que cuida); Para os hebreus RO’EH
(Pastor) e SO’N ‘ELER (grei). No periodo nômade era cuidar e vigiar os animais
fracos e defendê-los. Mais tarde esse nome é atribuído a IAHWEH. Nos evangelhos
Paimém é citado 9 vezes, 6 por João , 2 por Paulo e 1 por Pedro.
Cristo é o Bom Pastor (Mt 15, 22 e Jo 10, 1-30). Os apóstolos, isto é, os
pastores enviados por ele, devem devem realizar as açoes pastorais; fazem o povo
conhecer a verdade de maneira que este conhecimento se transforme em testemunho.
Assim a atitude pastoral está em debruçar-se sobre as aspirações e as angústias dos
homens para lhes propor a partir delas, a mensagem cristã.
Os documentos conciliares indicam a pastoral como o cuidado habitual e
quotidiano das almas onde os leigos também participam ativamente. Ë a atitude
pessoal do pastor salientando o fim de toda sua formação, dando atenção às condições
da igreja e as necessidades atuais do povo cristão. Esse termo é citado 127 vezes nos
documentos conciliares.
Podemos classificar a pastoral como ciência:
a)Relativa ao objeto: A salvação e tudo que se contacta com com ela.
b) Relativa aos múltiplos aspectos da natureza do homem: inteligência, vontade,
sensibilidade, cultura, história, existencialidade e realidade. O rosto concreto da Igreja
se compõe dos seguintes elementos: É povo de Deus; é Igreja dos pobres, dos fracos e
dos espoliados; de leigos; é igreja como Koinonia de poder; é ministerial, diáspora,
libertadora e sacramentalizadora; prolonga a tradição em comunhão com a grande
Igreja; é a Igreja quem constroi a unidade sendo católica e apostólica.
A Partilha
A partilha é outro ponto importante na vida pastoral; não julgar nem condenar
uma opinião, não senteciar, nemdar conselhos-receita, nem interromper conersar com
idéias próprias são pontos a serem observados (Cf. Rm 5,5; Ef 4,15; Gl 5,22; 2Cor 13,
5; Mt 26, 38; Jo 13,3). Sem comunicação não acontece a partilha, daí que vemos os
níveis de comunicação que existem hoje: A comunicação clichê, relatos de fatos,
minhas idéias e meus sentimentos e a tão almejada comunicação culminante ou
viceral.
A abertura emocional e honestidade nunca devemimplicar num julgamento do
outro. As emoções devem ser integradas ao intelecto e à vontade. A comunicação das
emoções devem ser relatadas. Com reras excessões as emoções devem ser relatadas no
momento em que estão sendo experimentadas.
Partilhar na Primeira pessoa (Eu...); Na partilha as pessoas sempre expõem uma
parte da verdade; Partilhar os sentimentos; Renunciar aos mecanismos de defesa;
agradecer explicitamente àqueles que nos ouvem; aceitar os outros como são; não ficar
adivinhando pensamentos, intensões ou motivos; Ser claro; Dar sugestões e não
instruções; Evitar bloqueis na comunicação (Conselhos, competição, terapia, fuga,
desconsideração, distração, “sacos de lixo”, rótulos, debate e sarcasmo) e por fim,
trocar a simpatia e a neutralidade pela empatia.
A Acolhida
Em uma paróquia, acolher é abrir espaço em nosso interior para receber a
pessoa comunicadora do outro; deve ser uma atitude coletiva e organizada na
comunidade. Para isso é necessário que haja pessoas responsáveis, equipes,
planejamento (quem, quando, onde, por que).
O ambiente também acolhe. Os locais de celebração e de encontros devem ser
preparados pensando nas pessoas que cegam: ornamentação, música, comunicação
visual. Uma organização que facilite o bem-estar, a participação e o entrosamento
rápido de quem chega. Existem contudo alguns obstáculos que entravam a
comunicação a saber: Jogo de poder, desvalorização do outro, desinteresse social,
triunfalismo eclesial, soberba pastoral, ignorância, falta de organização e ativismo
frenético.
1 – Redistribuir os serviços
Quem vai formar esse povo, poderá alegar o padre ! e claro, o próprio povo. O
próprio São Paulo nos ensina que devemos escolher pessoas capazes de instruir a
outras. Quem escolher para formar ? pessoas de bom senso, repletos do Espírito e de
sabedoria, prudência e disponibilidade para servir.
Abre espaço a outros num efeito crescente e multiplicador com gente preparada
em todos os campos da ação humana. Em uma paróquia toda ministerial, é impossível
ser cristão sem assumir serviços e ministérios e é por eles que vai testemunhar a fé.
A paróquia, comunhão orgânica e missionária é assim uma rede de
comunidades. Assim renovar as paróquias apartir de estruturas que permitem setorizar
a pastoral mediante a pequenas comunidades eclesiais, movimentos e associações
assumidos pelos leigos e religiosos da paróquia.
4 – O projeto continuidade
Não chega a ser uma nova pastoral, mas uma equipe paroquial de apoio
(Evangelizadores, Pastores e Formadores). Os cursos deverão atingir todas as pastorais
por meio de semanas da unidade, retiros espirituais, encontros de avaliação e
programação. Dentre todos os cursos a serem trabalhados, destacamos os seguintes:
Evangelização, Pastoreio, história da Salvação, Fé e Doutrina, Discípulos, Curso da
Palavra, Comunicadores da Mensagem Cristã, Comunicadores de Crianças e de Jovens
e Curso de Dimensão Social.
CAPÍTULO II – A TRÍPLICE ÁREA DE AÇÃO PASTORAL
Tomemos por base o texto de Ef. 4-11 e o texto de I Cor. 12. Ambos nos
apresentam, o sentido e a distribuição dos diversos carismas, serviço e ministérios da
Igreja de Jesus.
A 100 anos atrás a população, sobretudo do Brasil era encontrada na proporção
de 90% rural e 10% urbana, 100 anos depois do século vinte, deu-se a inversão em
80% urbana e apenas 20% rural. Proporção esta que a cada ano amplia mais e
superlota as nossas cidades.
Como diante desta realidade, podemos desenvolver uma pastoral que seja eficaz
? E mais, como fazer, para que o nosso anuncio e o de Jesus atinja o coração das
pessoas com os mesmos efeitos de dois mil anos atras ?
A seguir veremos o que vem a ser uma pastoral urbana de Salvação, onde atua,
como se relaciona e usa da reflexão teológica; sua preferencial e difícil opção pelos
pobres. Em seguida trataremos da pastoral de conjunto e de sua necessidade na
paroquia, para que as ovelhas e não os pastores (Presbíteros e leigos engajados) sejam
os primeiros beneficiários da ação do Evangelho de Jesus. Por fim notaremos a quem
inicialmente a Igreja pertence e a quem deve socorrer por primeiro.
Pastoral Urbana
Falar disso é falar da cidade, e de toda a sua urbe. Santo Atanásio já via a
cidade como negativa (Símbolo de morte), Local de miséria, corrupção e de
marginalizarão. É o sinal da meretriz que devora os seus filhos. Nela caminhamos hora
como no apocalipse (18, 2-3), hora na perspectiva profética (Jonas).
No Brasil a urbe acelerada dos últimos anos é devida ao modelo de
desenvolvimento econômico que privilegia o empresário em detrimento do
trabalhador. É visível a desigualdade que sempre oprime os pobres (água, luz escolas,
hospitais, etc.). Os projetos e serviços de bem comum são realizados rapidamente no
cento e nos bairros de classe alta, pois “rendem mais, e mais rápido” benefícios para os
administradores paroquiais. Os projetos d periferia porem, só chegam a longo prazo.
Qual o papel da Igreja ? Como atuar ? Como defender e permanecer neutra ? É
no interior deste embate que a Igreja deve fazer sua opção primária pela PERIFERIA,
esse e o caminho de uma pastoral que visa a salvação de toda cidade.
Falar de pastoral urbana é falar de cultura (Maneira pela qual eu me relaciono
com um Deus, pessoal e comunitariamente, e apartir desta relação convivo com as
outras pessoas). É na cidade que se dá o grande choque de culturas, diante disso, como
levar valores e critérios de uma cultura religiosa, revolucionária e libertadora a outra
sem que essa seja consumida pela primeira.
Pastoral de Conjunto
Sujeitos e destinatários
1 – Anúncio
Requer em primeiro lugar o grande trabalho das vizitas; o leigo como irmão
solidário, mensageiro do sentido da vida, homem acolhedor e aberto vai através das
visitas: Preparar e refletir, escutar sem pressa, levar alegria, animar, acompanhar,
consolar, conhecer as pessoas e respeitar seu ritmo, tirar os medos como
fechamento de tudo o que foi falado, rezar. A catequese é outra maneira de anúncio
que exige criatividade e disponibilidade de toda a paróquia. De mesma importância é
a liturgia que celebra apartir do que se vive realizando assim eucaristias vivas
criando na paróquia um espírito de comunidade.
2 – Serviço
Como segunda exigência, o serviço será integral no sentido de humanizar,
defender o direito dos pequenos incentivando os movimentos de ajuda como os
Vicentinos. No âmbito dos relacionamentos, os coordenadores deverão ser os
primeiros, unidos ao pároco, a se interessar-se por todo, conhecendo seus
problemas, estando disponíveis ao diálogo com profundidade; partilhar as alegrias e
momentos difíceis é algo de suma importância.
3 – Diálogo
Unir a paróquia criando um clima de família e integrando os cristãos católicos
e os não católicos na participação comunitária de maneira ética e precisa tendo
como princípio a defesa da vida e da esperança.
4 – Testemunho
O testemunho se caracteriza por ações concretas. Quando as pastorais
defendem os direitos humanos dos mais desprotegidos, mostram o verdadeiro
sentido do trabalho dos profissionais da saúde e demais ações se testemunha que o
Cristo está presente. Em outras palavras, quando se acolhe o orfão, o estrangeiro e
a viúva.
5 – A Estrutura Paroquial
Veremos agora o bojo de todas as pastorais e movimentos que essa
comunidade que ainda não é paróquia tem ou pretende ter de acordo com suas
necessidades e de seu membros. Não nos prendemos aqui a simular por completo
uma realidade específica; contudo colocaremos um esquema que mostrará toda a
organicidade paroquial da qual tratamos em todo o nosso trabalho. Tal estrutura
envolverá:
PADRES – DIÁCONOS-
RELIGIÓSAS – LEIGOS
CONSAGRADOS
SERVIÇO TESTEMUNH
CPP – Assembléias, programações e O
Crianças,
Batismo
adolescentes,
Avaliações Catequese
juventude, Crisma
idosos, Vocacional
RCC, Cursilho, Apostolado
família, Enfermos
desempregad da Oração, Catecumenato, TLC,
Cursos
os, políticos, Novenas, Alcolatras anônimos, paroquiais
vicentinos, Amor exigente, Filhas de Maria, (Noivos,
esperança, batismo)
carcerária, CEB’S, Vizitadores, Círculos Equipes para
universitária bíblicos e Grupos de reflexão, essas
e da celebrações
Capelinha e folcolarinos.
educação, Matrimônio
prostitutas, (encontros).
ciganos,
rodoviária e
de viadutos
CONCLUSÃO