Montar Paroquia

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INTRODUÇÃO

Ao iniciarmos este trabalho, podemos nos comportar de maneira atentar dar


mil e uma receitas e fórmulas de como organizar nossas paróquias, pastorais e
movimentos, porém ao desenvolver a leitura do presente , o leitor perceberá que não
nos atemos a isso; muito menos a nos prendermos em dizer para que será esta
pastoral, ou esta e assim por diante. Desta maneira, nos dedicamos a traçar
algumas diretrizes gerais para se trabalhar em uma paróquia de maneira a atingir
seu fim último que é o Reino Eterno de Jesus Cristo.

Sendo assim, colocamos à sua disposição nosso modesto conteúdo,


esperando que o mesmo nos seja útil no hoje e no amanhã de nossa vida pastoral,
sempre com aquela palavra tão celebre de Tia Laura: “se queres rezar e curar o
povo, deves primeiro amá-lo com todos os seus sentidos” (Tia Laura foi uma leiga
católica que desenvolveu grande ministério de cura, morrendo mais tarde de
câncer).
INDICE

INTRODUÇÃO________________________________________________________3

INDICE______________________________________________________________4

CAPÍTULO I – O PÁROCO NO LIMIAR DE SUAS FUNÇÕES PAROQUIAIS___6

O Pároco Canônico________________________________________________________6
O Pároco: Como pastor, organizador e mestre_________________________________________6
1- Visão geral da Pastoral e do Pastoreio___________________________________________7
2 – A partilha e a acolhida como elemento decisivo na pastoral_________________________8
A Partilha________________________________________________________________8
A Acolhida_______________________________________________________________8
O Pároco: Aquele que sabe redimensionar o trabalho pastoral_____________________________9
Projeto Continuidade, uma pista ?___________________________________________________9
1 – Redistribuir os serviços_____________________________________________________9
2 – A formação permanente____________________________________________________10
3 – Vantagens desta proposta___________________________________________________10
4 – O projeto continuidade_____________________________________________________10

CAPÍTULO II – A TRÍPLICE ÁREA DE AÇÃO PASTORAL_________________11

Pastoral Urbana, Pastoral de Conjunto, sujeitos e destinatários da Pastoral________11


Pastoral Urbana________________________________________________________________12
1- Pastoral urbana e salvação__________________________________________________12
2- Pastoral Urbana e reflexão teológica.__________________________________________13
3- Pastoral urbana a partir da opção preferencial pelos pobres: a difícil opção.____________13
Pastoral de Conjunto____________________________________________________________14
1 – Os Carismas, Ministérios e Serviços da Igreja___________________________________15
2 – A Paróquia tem que caminhar na organicidade__________________________________15
3 – A Grande missão do Conselho de Pastoral Paroquial_____________________________16
Sujeitos e destinatários__________________________________________________________17
1) Uma Igreja dos pobres para ser Igreja do povo.__________________________________17

CAPÍTULO III – AS PASTORAIS NA PARÓQUIA: DE QUAIS PRECISAMOS ?


__________________________________________________________________________18
1 – Anúnicio________________________________________________________________18
2 – Serviço_________________________________________________________________19
3 – Diálogo_________________________________________________________________19
4 – Testemunho_____________________________________________________________19
5 – A Estrutura Paroquial______________________________________________________19

CONCLUSÃO________________________________________________________21

BIBLIOGRAFIA_____________________________________________________22

ANEXO_____________________________________________________________23
CAPÍTULO I – O PÁROCO NO LIMIAR DE SUAS
FUNÇÕES PAROQUIAIS

Algumas características são básicas na hora de se pensar numa paróquia. A


tipologia do pároco é algo a ser preponderante e largamente analisado na sua pessoa e
nas suas funções.

O P ároco Can ôn i co
O sacerdote a quem confia uma paróquia é o pároco, pastor próprio, sob a
autoridade do Bispo no serviço pastoral da comunidade, ensinando, santificando e
governando, com a ajuda de outros presbíteros, diáconos e fiéis leigos. Sua função é de
íntima comunhão hierárquica e ministerial. Não é a síntese dos ministérios, mas possui
o ministério da síntese. Deve estar investido de jurisdição suficiente para o ofício,
mas não é o factótum. Pode promover e coordenar, e não suprir a competência de seus
colaboradores.

O Pároco: Como pastor, organizador e mestre

Cabe a quem a missão de pastoriar ? O CDC diz: “Onde as necessidades da


Igreja aconselharem, por falta de ministros ordenados, os leigos mesmo que não sejam
leitores nem acólitos, podem suprir os ofícios (...), porém o fiel leigo não é pastor; só a
ordem o torna pastor. O pastoreio é serviço de acompanhamento e orientação (doc 49).
Acolher, aconselhar e acompanhar novas ovelhas para o redil. Cabe várias coisas à
paróquia. Ver a situação dos não casados, filhos não batizados e assim uma infinidade
de coisas que só o pároco não conseguiria resolver sozinho. O Ideal do pastoreio
portanto é caminharmos juntos.

1- Visão geral da Pastoral e do Pastoreio

Já dizia São Paulo que nada lhe dava maior alegria que ouvir que seus filhos
caminham na verdade (3 Jo 4). Evangelização, pastoreio e capacitação em relação com
a Igreja na dedicação pessoal, de dá quando acontece o envolvimento com as ovelhas
(ter a coragem de gastar o tempo).
Pastoral vem do Grego: Paimém que significa Pastor. Os gregos usavam o
termo em sentido metafórico de guia, comandante ou legislador. Dando a entender que
ele é imagem do governante divino (Pastor é o que cuida); Para os hebreus RO’EH
(Pastor) e SO’N ‘ELER (grei). No periodo nômade era cuidar e vigiar os animais
fracos e defendê-los. Mais tarde esse nome é atribuído a IAHWEH. Nos evangelhos
Paimém é citado 9 vezes, 6 por João , 2 por Paulo e 1 por Pedro.
Cristo é o Bom Pastor (Mt 15, 22 e Jo 10, 1-30). Os apóstolos, isto é, os
pastores enviados por ele, devem devem realizar as açoes pastorais; fazem o povo
conhecer a verdade de maneira que este conhecimento se transforme em testemunho.
Assim a atitude pastoral está em debruçar-se sobre as aspirações e as angústias dos
homens para lhes propor a partir delas, a mensagem cristã.
Os documentos conciliares indicam a pastoral como o cuidado habitual e
quotidiano das almas onde os leigos também participam ativamente. Ë a atitude
pessoal do pastor salientando o fim de toda sua formação, dando atenção às condições
da igreja e as necessidades atuais do povo cristão. Esse termo é citado 127 vezes nos
documentos conciliares.
Podemos classificar a pastoral como ciência:
a)Relativa ao objeto: A salvação e tudo que se contacta com com ela.
b) Relativa aos múltiplos aspectos da natureza do homem: inteligência, vontade,
sensibilidade, cultura, história, existencialidade e realidade. O rosto concreto da Igreja
se compõe dos seguintes elementos: É povo de Deus; é Igreja dos pobres, dos fracos e
dos espoliados; de leigos; é igreja como Koinonia de poder; é ministerial, diáspora,
libertadora e sacramentalizadora; prolonga a tradição em comunhão com a grande
Igreja; é a Igreja quem constroi a unidade sendo católica e apostólica.

2 – A partilha e a acolhida como elemento decisivo na pastoral

A Partilha
A partilha é outro ponto importante na vida pastoral; não julgar nem condenar
uma opinião, não senteciar, nemdar conselhos-receita, nem interromper conersar com
idéias próprias são pontos a serem observados (Cf. Rm 5,5; Ef 4,15; Gl 5,22; 2Cor 13,
5; Mt 26, 38; Jo 13,3). Sem comunicação não acontece a partilha, daí que vemos os
níveis de comunicação que existem hoje: A comunicação clichê, relatos de fatos,
minhas idéias e meus sentimentos e a tão almejada comunicação culminante ou
viceral.
A abertura emocional e honestidade nunca devemimplicar num julgamento do
outro. As emoções devem ser integradas ao intelecto e à vontade. A comunicação das
emoções devem ser relatadas. Com reras excessões as emoções devem ser relatadas no
momento em que estão sendo experimentadas.
Partilhar na Primeira pessoa (Eu...); Na partilha as pessoas sempre expõem uma
parte da verdade; Partilhar os sentimentos; Renunciar aos mecanismos de defesa;
agradecer explicitamente àqueles que nos ouvem; aceitar os outros como são; não ficar
adivinhando pensamentos, intensões ou motivos; Ser claro; Dar sugestões e não
instruções; Evitar bloqueis na comunicação (Conselhos, competição, terapia, fuga,
desconsideração, distração, “sacos de lixo”, rótulos, debate e sarcasmo) e por fim,
trocar a simpatia e a neutralidade pela empatia.
A Acolhida
Em uma paróquia, acolher é abrir espaço em nosso interior para receber a
pessoa comunicadora do outro; deve ser uma atitude coletiva e organizada na
comunidade. Para isso é necessário que haja pessoas responsáveis, equipes,
planejamento (quem, quando, onde, por que).
O ambiente também acolhe. Os locais de celebração e de encontros devem ser
preparados pensando nas pessoas que cegam: ornamentação, música, comunicação
visual. Uma organização que facilite o bem-estar, a participação e o entrosamento
rápido de quem chega. Existem contudo alguns obstáculos que entravam a
comunicação a saber: Jogo de poder, desvalorização do outro, desinteresse social,
triunfalismo eclesial, soberba pastoral, ignorância, falta de organização e ativismo
frenético.

O Pároco: Aquele que sabe redimensionar o trabalho


pastoral
A ação pastoral planejada é a resposta específica, consciente e intencional às
exigências da evangelização. Deverá realizar-se num processo de participação em
todos os níveis das comunidades e pessoa s interessadas, educando-às numa
metodologia de análise da realidade da realidade, para depois refletir sobre essa
realidade do ponto de vista do evangelho e optar por objetivos e meios mais racionais
e eficazes para e evangelização.

SELEÇÃO DE CRITÉRIOS DE RECURSOS: Sermos bons


OBJETIVOS PASTORAIS: O AÇÃO: Linha de ção, administradores, que assume
objetivo deve mostrar a atitude global; mostrando onde se com serviço (Mt 20, 26-28; 24,
é um ponto de convergência de quer chegar e as 45-51); Desempenhar os cargos
atitudes e atividades, poder de atuação estratégias para com prudência, responsabilidade
e de mobilização. O objetivo é como vermos como se e fidelidade (Mt 25, 34-40). Se
que um farol: claro, compreensivél, chegar lá. esforçar (Jo 2, 3-10); Aproveitar
limitado, altruista, realizável, os recursos (Mt 7, 24-28);
oportuno, concreto e avaliável. Delegar e distribuir funções (Lc
10, 1-9); Prover Recursos (Hb 6,
1-7) e assumir riscos (Lc 12, 16-
21).
Projeto Continuidade, uma pista ?

1 – Redistribuir os serviços

Batizar, assistir aos matrimônios, coordenas as pastorais e demais serviços e até


administrar, são trabalhos que não precisam de instituição ou menos ainda de
ordenação e que dão maior liberdade ao sacerdote para o atendimento e
aconselhamento espiritual. Um grupo se encarregaria do ministério da oração pelos
falecidos, outro pelos batizados, para os matrimônios e para a comunicação da palavra
de Deus no culto litúrgico; isso é a tão falada koinonia.
2 – A formação permanente

Quem vai formar esse povo, poderá alegar o padre ! e claro, o próprio povo. O
próprio São Paulo nos ensina que devemos escolher pessoas capazes de instruir a
outras. Quem escolher para formar ? pessoas de bom senso, repletos do Espírito e de
sabedoria, prudência e disponibilidade para servir.

3 – Vantagens desta proposta

Abre espaço a outros num efeito crescente e multiplicador com gente preparada
em todos os campos da ação humana. Em uma paróquia toda ministerial, é impossível
ser cristão sem assumir serviços e ministérios e é por eles que vai testemunhar a fé.
A paróquia, comunhão orgânica e missionária é assim uma rede de
comunidades. Assim renovar as paróquias apartir de estruturas que permitem setorizar
a pastoral mediante a pequenas comunidades eclesiais, movimentos e associações
assumidos pelos leigos e religiosos da paróquia.

4 – O projeto continuidade

Não chega a ser uma nova pastoral, mas uma equipe paroquial de apoio
(Evangelizadores, Pastores e Formadores). Os cursos deverão atingir todas as pastorais
por meio de semanas da unidade, retiros espirituais, encontros de avaliação e
programação. Dentre todos os cursos a serem trabalhados, destacamos os seguintes:
Evangelização, Pastoreio, história da Salvação, Fé e Doutrina, Discípulos, Curso da
Palavra, Comunicadores da Mensagem Cristã, Comunicadores de Crianças e de Jovens
e Curso de Dimensão Social.
CAPÍTULO II – A TRÍPLICE ÁREA DE AÇÃO PASTORAL

P ast oral Urb an a, Past oral de Conj unt o, suj ei t os e


d est i nat ári os d a Past oral

Tomemos por base o texto de Ef. 4-11 e o texto de I Cor. 12. Ambos nos
apresentam, o sentido e a distribuição dos diversos carismas, serviço e ministérios da
Igreja de Jesus.
A 100 anos atrás a população, sobretudo do Brasil era encontrada na proporção
de 90% rural e 10% urbana, 100 anos depois do século vinte, deu-se a inversão em
80% urbana e apenas 20% rural. Proporção esta que a cada ano amplia mais e
superlota as nossas cidades.
Como diante desta realidade, podemos desenvolver uma pastoral que seja eficaz
? E mais, como fazer, para que o nosso anuncio e o de Jesus atinja o coração das
pessoas com os mesmos efeitos de dois mil anos atras ?
A seguir veremos o que vem a ser uma pastoral urbana de Salvação, onde atua,
como se relaciona e usa da reflexão teológica; sua preferencial e difícil opção pelos
pobres. Em seguida trataremos da pastoral de conjunto e de sua necessidade na
paroquia, para que as ovelhas e não os pastores (Presbíteros e leigos engajados) sejam
os primeiros beneficiários da ação do Evangelho de Jesus. Por fim notaremos a quem
inicialmente a Igreja pertence e a quem deve socorrer por primeiro.
Pastoral Urbana

Falar disso é falar da cidade, e de toda a sua urbe. Santo Atanásio já via a
cidade como negativa (Símbolo de morte), Local de miséria, corrupção e de
marginalizarão. É o sinal da meretriz que devora os seus filhos. Nela caminhamos hora
como no apocalipse (18, 2-3), hora na perspectiva profética (Jonas).
No Brasil a urbe acelerada dos últimos anos é devida ao modelo de
desenvolvimento econômico que privilegia o empresário em detrimento do
trabalhador. É visível a desigualdade que sempre oprime os pobres (água, luz escolas,
hospitais, etc.). Os projetos e serviços de bem comum são realizados rapidamente no
cento e nos bairros de classe alta, pois “rendem mais, e mais rápido” benefícios para os
administradores paroquiais. Os projetos d periferia porem, só chegam a longo prazo.
Qual o papel da Igreja ? Como atuar ? Como defender e permanecer neutra ? É
no interior deste embate que a Igreja deve fazer sua opção primária pela PERIFERIA,
esse e o caminho de uma pastoral que visa a salvação de toda cidade.
Falar de pastoral urbana é falar de cultura (Maneira pela qual eu me relaciono
com um Deus, pessoal e comunitariamente, e apartir desta relação convivo com as
outras pessoas). É na cidade que se dá o grande choque de culturas, diante disso, como
levar valores e critérios de uma cultura religiosa, revolucionária e libertadora a outra
sem que essa seja consumida pela primeira.

1- Pastoral urbana e salvação

A revelação se da na história e a transcende.


a) Pobres: novo sujeito histórico e novos sujeitos eclesiásticos_ Quem salva
liberta e miúda , seja quem for qual situação for deve visar primeiro os pobres. Aí
nascerá uma nova sociedade, de uma nova consciência social e libertadora
b) Contribuição dos cristãos a cidade: São as comunidades de vida que
promovem a verdade e a justiça. São elas que vão ao encontro do povo, ou que são o
ponto de encontro deste povo que anseia por partilhar sua vida, sus sofrimentos, sua
riqueza e pobreza.
2- Pastoral Urbana e reflexão teológica.

O fenômeno urbano e sobretudo das grandes cidades (Metrópoles), ficou


ausente um bom tempo da ciclo da reflexão teológico-cristã. Tal reflexão tem hoje um
sentido da Evangelização e libertação, já que a missão da igreja é evangelizar os
batizados com um novo ardor missionário (LG).

3- Pastoral urbana a partir da opção preferencial pelos pobres: a difícil opção.

É nova na América Latina a luta política da libertação do pobres, pela Igreja.


Assumir tal opção ética, é colocar-se contra a realidade de escândalo que mostra o seu
rosto na miséria que se encontra o nosso país.
a) Exigência da opção pelos pobres na pastoral urbana:
Pensar na cidade apartir dos pobres exige real conversão dos membros da
Igreja, é o que diz Medelim, é apartir da dor e do sofrimento que a pastoral urbana
surge atuantemente no meio da periferia.
1) Luta pela justiça_ Apostar numa construção apartir dos “debaixo” viver e
pensar a partir dos ausentes da história.
2) Ruptura com as classes dominantes_ Tudo que corrobora com as estruturas
de pecado, deve ser convertido a estar a serviço dos pobres. A Igreja não pode mais,
legitimar o abismo que separa os poderosos dos desfavorecidos.
3) Romper com a cultura ocidental e com o racismo_ A cidade é o lugar de
confronto das culturas. Levar a serio as diversidade das culturas, pois para a Igreja não
se trata apenas de pregar o Evangelho mais de transformar os valores e critérios,
centros de interesses e linhas de pensamentos em estruturas evangélicas conscientes.
Qualquer sinal de superioridade é grande sinal de desprezo pela cultura do outro e
entrave à Evangelização dos povos Latinos Americanos.
4) Ruptura com o machismo e o clericanismo.
A cidade é o lugar da emancipação da mulher. As mulheres entraram em massa
no mercado de trabalho, ganhando a metade do que os homens fazendo o mesmo
trabalho.
b)Desafio da opção pelos pobres na pastoral urbana:
1) Como reconhecer a legitimidade da Igreja dos pobres.
A igreja sempre foi a “Igreja de todos”, mais ultimamente ela quer ser sobre
tudo “Igreja dos pobres “ . João Paulo II, ao falar de solidariedade para com os
trabalhadores explorador e vitimas da fome, diz que a Igreja deve primeiro de se
empenhar pois, no seu serviço aos pobres, conservando assim a sua fidelidade
preferencial ao Cristo sofredor ( Is 53).
2) Valorização do corpo pobre.
Valorizar o pobre, dignifica-lo é fermentar as estruturas administrativas para
garantir àqueles transporte, alimentação, hospitais, assistência infantil e demais
condições básicas dignas.
3)Democracia e participação efetiva nas decisões da cidade e da paróquia.
Quem constrói projeta e trabalha tem direito de dirigir a cidade, porem todos
tem o direito a vida. Daí o exercício da democracia na sociedade , incentiva o exercício
da democracia na Igreja.
c) O enraizamento da proposta do novo modelo social e eclesial na massa:
Formar o povo e o ponto de partida para que todos os projetos pastorais
(Conduzir, salvar e dignificar o povo) se torna envia-los.
d)Trabalho pastoral com a classe média a partir dos pobres:
É preciso buscar uma pastora organizada para a classe média , mais que tenha
os seus interesses voltados para a periferia apartir do oprimido para efetuar esse
dialogo entre classe popular e classe média.

Pastoral de Conjunto

A paróquia constitui-se, dessa forma, como uma circulação vital de serviço


fraternos que nascem e recebem vida da própria essência do ser Igreja, da graça vivida.
Qualquer tipo de PODER (Capacidade de influenciar a vida dos outros) deve ser
vivida como serviço aos outros.
1 – Os Carismas, Ministérios e Serviços da Igreja

“Há diversidade de Dons, mas o Espírito é o mesmo; Diversidade de


ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversos modos de ação (serviço), mas o mesmo
Deus que realiza tudo em todos”. (I Cor 12, 4)
Vemos nesses dois capítulos de São Paulo aos Coríntios que já naquela época se
tinha a preocupação de se organizar o trabalho assistencial e pastoral da Igreja.
a) Os Dons ou Carismas
DE ENSINO: Palavra de Sabedoria, Palavra de Ciência;
DE PODER: Dom da Fé, de Curar, de fazer Milagres;
DE REVELAÇÃO: Profecia, Discernimento dos Espíritos, Línguas,
Interpretação das Línguas.
b) Os Ministérios
Ciência, Fé, Caridade, Solidariedade.
Apóstolos, Profetas, Doutores, Milagres, curas, assistência, governo, línguas;
A instituição de Matias como apóstolo e a escolhas (At 1, 15-19) e ordenação
dos sete diáconos (At 6, 1-6).
Evangelistas, Pastores, Mestres (Ef 4, 9-11).
Vemos com isso que a Igreja de tempos em tempos e de acordo com a
necessidade de suas ovelhas, o povo de Deus, cria e desenvolve pelo espírito de
profundo discernimento, carismas, ministérios, serviços e hoje em dia, pastorais para
tornar visível o rosto de Jesus no mundo e na vida dos homens.

2 – A Paróquia tem que caminhar na organicidade

A palavra orgânica, lembra um corpo vivo: os olhos escolhem os caminhos para


os pés e as mãos levam o alimento à boca; os pulmões renovam o sangue que é
enviado pelo coração para alimentar as células do corpo, etc. Assim tudo funciona pela
vida que está no corpo. Tudo isso porém sem um sistema nervoso ajustado se perderia
em meio a tantas funções conscientes e inconscientes, por isso que numa paróquia se
faz importantíssimo um conselho de pastoral (CPP) que articule todas as pastorais e as
conduza para um fim único que é a evangelização que gera vida.
O CPP deve levar todas as pastorais a se colocarem em atitude de prontidão em
relação às outras pastorais que com ela têm alguma ligação, como por exemplo se o
ministro de exéquias faz uma celebração, o pessoal da evangelização deve já ser
avisado para que esta família enlutada seja visitada.
Na pastoral orgânica, um agente está atento ao trabalho e aos objetivos das
demais pastorais, presta a elas sua ajuda e sabe aproveitar as oportunidades que elas
oferecem ao seu campo específico de ação pastoral. É um grande intercâmbio de ações
de vida evangélica entre as diferentes pastorais. Nenhuma pastoral ou movimento
apostólico sente o outro como concorrente, antes se busca a comunhão e ação eclesial
(do todo); todos deve querer anunciar Jesus Cristo, evangelizar. Na pastoral orgânica o
agente não busca o sucesso, mas faz para a Igreja.
Não deve ocorrer que pastorais ou movimento abandone a organicidade do
corpo que é a Igreja, formando assim sua própria igrejola. Numa paróquia ministerial,
quem se isóla se sente inútil e se lança em uma atividade febril, mutiplicando-se e
fazendo presença em mil lugares, mas fora da organicidade do corpo-Igreja; sua
atividade tem sabor de morte, é cancerosa.
Nenhuma pastoral pode, por si só, responder a todos os desafios de uma
paróquia, mas trabalhará COM as demais buscando a evanglização conjunta.

3 – A Grande missão do Conselho de Pastoral Paroquial

O CPP como é comumente chamado, é um grupo de homens e mulheres –


casados, solteiros, jovens, religiosos (as) – que assume o(s) padre(s) da paróquia, a
condução da comunidade paroquial. É formado por todos os escolhidos pelo povo e
que tenham algum cuidado pastoral da paróquia (líderes, agentes, coordenadores de
movimentos e pastorais, representante dos religiosos) e mais o(s) padre(s) da paróquia.
Sua competência compreende assuntos pastorais e deve cuidar do planejamento,
execução e avaliação das resoluções e compromissos assumidos na Assembléia
Paroquial; além de ter que fazer o acompanhamento de toda vida pastoral da
comunidade paróquial, bem como, zelar pela unidade pastoral. Cabe ainda ao CPP
organizar e realizar a Assembléia Paroquial. Suas reuniões devem acontecer pelo
menos uma vês por mês.
O CPP deverá mexer com o modelo antigo de paróquia no sentido de tirar das
mãos do pároco a responsabilidade exclusiva pela condução da comunidade paroquial
e a colocar nas mãos de todos os batizados comprometidos, isso sem eliminar ou
diminuir os direitos e deveres próprios do pároco.

Sujeitos e destinatários

1) Uma Igreja dos pobres para ser Igreja do povo.

Na escola de formação que é a periferia vamos descobrindo cada dia mais os


novos desafios que se antepõe a nossa ação pastoral:
a) O grande desafio da pastoral na paroquia;
b) Defender a vida das crianças e jovens fuzilados pela fome, pelas drogas,
prostituições, falta de saúde e etc;
c) Incentivar os leigos e sobretudo as mulheres a assumir a coordenação de
conselhos e projetos pastorais;
d) Reconhecer o trabalho abnegado e eficiente dos militantes e das religiosas
que atuam na periferia, subsidiando-lhes em tudo;
e) Criar novas comunidades, grupos e pastorais;
f) Unir clero, leigos e religiosos, estripado visões intransigentes e obscuras;
garantindo a formação do povo de maneira pluralizada e bem articulada apartir dos
pobres;
g) Garantir espaços no bairro e acompanhamento de maneira a assegurar as
pessoas a perfeita unidade, entre oração, afetividade, projetos comunitários de futuro.
Estas são apenas algumas pistas de como, por onde, e para quem se fazer uma
pastoral urbana.
CAPÍTULO III – AS PASTORAIS NA PARÓQUIA:
DE QUAIS PRECISAMOS ?

Partamos do pressupostos de que nossa paróquia ainda não é paróquia, já


que as paróquia se iniciam como comunidades. Como em toda comunidade
paroquial o primeiros ministerial de coordenação que deve ser fomentado sem todos
os leigos é o de animadores. Embora nem todos tenham esse ministério, todos
poderão contribuir com ele.

Dentro das quatro exigências sinodais, é preciso que todos os seguimentos


da paróquia estejam intimamente ligados a essa perspectiva de ação. Falemos um
pouco dessas quatro vias de evangelização:

1 – Anúncio
Requer em primeiro lugar o grande trabalho das vizitas; o leigo como irmão
solidário, mensageiro do sentido da vida, homem acolhedor e aberto vai através das
visitas: Preparar e refletir, escutar sem pressa, levar alegria, animar, acompanhar,
consolar, conhecer as pessoas e respeitar seu ritmo, tirar os medos como
fechamento de tudo o que foi falado, rezar. A catequese é outra maneira de anúncio
que exige criatividade e disponibilidade de toda a paróquia. De mesma importância é
a liturgia que celebra apartir do que se vive realizando assim eucaristias vivas
criando na paróquia um espírito de comunidade.
2 – Serviço
Como segunda exigência, o serviço será integral no sentido de humanizar,
defender o direito dos pequenos incentivando os movimentos de ajuda como os
Vicentinos. No âmbito dos relacionamentos, os coordenadores deverão ser os
primeiros, unidos ao pároco, a se interessar-se por todo, conhecendo seus
problemas, estando disponíveis ao diálogo com profundidade; partilhar as alegrias e
momentos difíceis é algo de suma importância.

3 – Diálogo
Unir a paróquia criando um clima de família e integrando os cristãos católicos
e os não católicos na participação comunitária de maneira ética e precisa tendo
como princípio a defesa da vida e da esperança.

4 – Testemunho
O testemunho se caracteriza por ações concretas. Quando as pastorais
defendem os direitos humanos dos mais desprotegidos, mostram o verdadeiro
sentido do trabalho dos profissionais da saúde e demais ações se testemunha que o
Cristo está presente. Em outras palavras, quando se acolhe o orfão, o estrangeiro e
a viúva.

5 – A Estrutura Paroquial
Veremos agora o bojo de todas as pastorais e movimentos que essa
comunidade que ainda não é paróquia tem ou pretende ter de acordo com suas
necessidades e de seu membros. Não nos prendemos aqui a simular por completo
uma realidade específica; contudo colocaremos um esquema que mostrará toda a
organicidade paroquial da qual tratamos em todo o nosso trabalho. Tal estrutura
envolverá:

Padres, diáconos e religiosas;

Leigos (as) como povo engajado;

As diversas Pastorais presente numa paróquia;

Os movimentos como fonte de animação e desenvolvimento paroquial.


ANÚNCIO DIÁLOGO
Acolhida Liturgia: Canto,
Participação e Sacristia, Limpeza,
animação Celebração,
Ornamentação e Sonoplastia.
avisos Equipes de Anúncio
Dos meios: rádios, inter-religioso.
TV, jornais, Evangelizadores e
baners, out-dor, equipes para cursos
faixas, murais, paroquiais.
pesquisas Promoção de
paroquiais, eventos de unidade e
enquetes. debates.
Teatro
Internet: Rome

PADRES – DIÁCONOS-
RELIGIÓSAS – LEIGOS
CONSAGRADOS

SERVIÇO TESTEMUNH
CPP – Assembléias, programações e O
Crianças,
Batismo
adolescentes,
Avaliações Catequese
juventude, Crisma
idosos, Vocacional
RCC, Cursilho, Apostolado
família, Enfermos
desempregad da Oração, Catecumenato, TLC,
Cursos
os, políticos, Novenas, Alcolatras anônimos, paroquiais
vicentinos, Amor exigente, Filhas de Maria, (Noivos,
esperança, batismo)
carcerária, CEB’S, Vizitadores, Círculos Equipes para
universitária bíblicos e Grupos de reflexão, essas
e da celebrações
Capelinha e folcolarinos.
educação, Matrimônio
prostitutas, (encontros).
ciganos,
rodoviária e
de viadutos
CONCLUSÃO

Ao concluirmos este trabalho, no qual procuramos discorrer , não de maneira


a esgotar o assunto, sobre todo o grande empreedimento que é organizar uma
paróquia; a começar do pleno e eficaz engajamento dos leigos nos iversos trabalhos
que existem para serem desenvolvidos frente ao constante desafio da modernidade
que grita a morte de Deus e o Seu abandono do povo. Sendo a paróquia o lugar
privilegiado da pastoral na Igreja, vemos a necessidade de apartir do método: ver,
julgar, ver de novo e agir,se fazer um trabalho sério de acompanhar o povo e
resgatá-los das garras do mundo que arranca o que não plantou e destroi o que não
construiu no coração das pessoas.
BIBLIOGRAFIA

16 º SESSÃO SINODAL. Apontamentos. Casa Branca, 1999.

CNBB. É Hora de Mudança !: Planejamento pastoral dentro do projeto Rumo ao


Novo Milênio. Paulinas, 1998.

CORAZZA, Ir. Helena. Acolher é comunicar. SEPAC. Campinas, 1999.

DOS SANTOS, Manoel do Rosário. Projeto Continuidade. Brasília-DF: Ed. Nova


Evangelização, 1994.

GIUSTINA, Elas Della: A Paróquia Renovada, São Paulo: E. Paulinas, 1986.

KREUTZ, Ivo José. A Paróquia, Lugar privilegiado da Pastoral na Igreja. São


Paulo: Loyola, 1989.

REVISTA VIDA PASTORAL. Pastoral de Conjunto. Julho-Agosto de 1990. Ano


XXXI, nº 153.
ANEXO

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