Ecologia Química de Abelhas Brasileiras
Ecologia Química de Abelhas Brasileiras
Ecologia Química de Abelhas Brasileiras
ADRIANA PIANARO
Dissertação de Mestrado
Orientadora:
Profa. Dra. Anita Jocelyne Marsaioli
DEDICATÓRIA:
AGRADECIMENTOS
Curriculum Vitae
1. Dados pessoais
Nome: Adriana Pianaro; Data de Nascimento: 26/07/1981; Cidade: Campina da Lagoa – Estado do
Paraná; Nacionalidade: Brasileira; Filiação: Alceu Pianaro e Malta Amália de Oliveira Pianaro;
Estado Civil: Solteira; RG: 7674617-6 – SESPPR; Endereço: Rua Darci Miranda, 314. Centro. CEP
87345-000, Campina da Lagoa - Paraná; E-mail: [email protected]
2. Formação Acadêmica
2.1. Graduação em Química (bacharelado). Universidade Estadual de Londrina - UEL, Londrina /PR –
Brasil (2000-2004). Título da monografia: Constituintes Químicos das Cascas das Raízes de
Spathodea campanulata P. Beauv. (Bignoniaceae). Orientadora: Profa. Dra. Dalva Trevisan Ferreira.
Bolsista do: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
2.2. Mestrado em Química Orgânica. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas/SP –
Brasil (2004-2007). Título da dissertação: Ecologia Química de Abelhas Brasileiras: Melipona
rufiventris, Melipona scutellaris, Plebeia droryana, Nannotrigona testaceicornis, Tetragonisca
angustula e Centris trigonoides. Orientadora: Profa. Dra. Anita Jocelyne Marsaioli. Bolsista da:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (N° Processo: 03/09358-3).
3.1. PIANARO, A.; Reis, M. G.; MARSAIOLI, A. J. Caracterização química do óleo floral de
Lophanthera lactescens Ducke (Malpighiaceae) e sua importância na atração de polinizadores. Livro
de resumos e on-line: https://sec.sbq.org.br/servicos/buscatrabalho.asp Período: 19 a 22 de maio de
2006. In: 29a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Local: Águas de Lindóia - SP.
Trabalho apresentado na forma de painel (PN-060).
3.2. PIANARO, A.; SINGER, R. B.; MENEZES, C.; MARSAIOLI, A. J. Estudo químico de operárias e
machos de Nannotrigona testaceicornis e Plebeia droryana (Apidae: Meliponinae). Livro de
resumos e on-line: https://sec.sbq.org.br/servicos/buscatrabalho.asp Período: 19 a 22 de maio de
2006. In: 29a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Local: Águas de Lindóia – SP.
Trabalho apresentado na forma de painel (PN-303).
3.3. GIESE, S. O. K.; LORDELLO, A. L. L.; SCEZCZBOWSKI, D.; MELO, G. A. R.; PIANARO, A.
Estudo da composição química dos óleos florais de Byrsonima brachybotria (Malpighiaceae). Livro
de resumos e on-line: https://sec.sbq.org.br/servicos/buscatrabalho.asp Período: 19 a 22 de maio de
2006. In: 29a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Local: Águas de Lindóia – SP.
Trabalho apresentado na forma de painel (PN-229).
3.4. PIANARO, A.; FLACH, A.; PATRICIO, E. F. L. R. A.; NOGUEIRA-NETO, P.; MARSAIOLI, A.
J. Uma estratégia química dentro da associação temporária de Melipona rufiventris Lepeletier e
Melipona scutellaris Latreille (Apidae: Meliponinae). Livro de resumos. Período: 12 a 15 de julho de
2006. In: VII Encontro sobre Abelhas. Local: Hotel JP em Ribeirão Preto – SP. Trabalho
apresentado na forma de painel.
3.5. PIANARO, A.; MENEZES, C.; SINGER, R. B.; MARSAIOLI, A. J. Diferenciação química de
operárias e machos de Nannotrigona testaceicornis Lepeletier e Plebeia droryana Friese (Apidae:
Meliponinae). Livro de resumos. Período: 12 a 15 de julho de 2006. In: VII Encontro sobre Abelhas.
Local: Hotel JP em Ribeirão Preto – SP. Trabalho apresentado na forma de painel.
3.6. PIANARO, A.; FLACH, A.; MARSAIOLI, A. J.; PATRICIO, E. F. L. R. A. Estudo químico dos
batumes puro e misto de Melipona scutellaris Latreille (Apidae: Meliponinae). Livro de resumos.
Período: 29 de novembro a 02 de dezembro de 2005. In: IV Encontro Brasileiro de Ecologia
Química – EBEQ. Local: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ, em Piracicaba
– SP. O trabalho foi apresentado oralmente em uma palestra por Adriana Pianaro.
X
3.7. SINGER, R. B.; MENEZES, C.; FLACH, A.; PIANARO, A.; MARSAIOLI, A. J. Pollination by
sexual mimicry in Maxillariinae orchids. Livro de resumos. Período: 24 a 28 de julho de 2005. In:
The Association for Tropical Biology and Conservation Meeting. Local: Universidade Federal de
Uberlândia - UFU, Uberlândia – MG. O trabalho foi apresentado oralmente em uma palestra por
Cristiano Menezes.
3.8. FERREIRA, D. T.; PINTO, J. P.; PIANARO, A.; BRAZ-FILHO, R. Substâncias antioxidantes e
atividade antifúngica de constituintes isolados das raízes de Spathodea campanulata. Livro de
resumos e on-line: https://sec.sbq.org.br/servicos/buscatrabalho.asp Período: 30 de maio a 02 de
junho de 2004.In: XXVI Congresso Latinoamericano de Química e 27a. Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Química. Local: Salvador – BA. Trabalho apresentado na forma de painel
(PN-079).
3.9. FERREIRA, D. T.; PIANARO, A.; SILVA, C. A. da; PINTO, J. P.; BRAZ-FILHO, R.; FARIA, T.
de J.; CECCHINI, R. O ajugol e o ácido 19-α-hidróxi ursólico isolados das raízes de Spathodea
campanulata. Livro de Resumos e on-line: https://sec.sbq.org.br/servicos/buscatrabalho.asp Período:
26 a 29 de maio de 2003. In: 26a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Local: Poços
de Caldas – MG. Trabalho apresentado na forma de painel (PN-138).
3.10. PIANARO, A.; FERREIRA, D. T.; BRAZ-FILHO, R.; CECCHINI, R. Ácido p-hidroxibenzóico
isolado das raízes (parte externa) de Spathodea campanulata. Livro de resumos. Período: 02 a 05 de
setembro de 2003. In: XII EAIC – Encontro Anual de Iniciação Científica. Local: Universidade
Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Foz do Iguaçu – PR. Trabalho apresentado oralmente
por Adriana Pianaro.
3.11. PIANARO, A.; FERREIRA, D. T.; PINTO, J. P.; BRAZ-FILHO, R. Iridóide isolado das raízes
(parte externa) de Spathodea campanulata. Livro de resumos.
Período: 06 a 08 de novembro de 2002. In: X Encontro de Química da Região Sul. Local:
Universidade da Região de Joinville, em Joinville – SC. Trabalho apresentado na forma de painel.
3.12. PIANARO, A.; FERREIRA, D. T. Iridóide isolado das raízes (parte externa) de Spathodea
campanulata. Livro de resumos. Período: 01 a 04 de outubro de 2002. In: XI EAIC – Encontro
Anual de Iniciação Científica. Local: Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá – PR.
Trabalho apresentado oralmente por Adriana Pianaro.
4. Artigos submetidos
4.1. PIANARO, A.; PINTO, J. P.; ISHIKAWA, N. K.; BRAZ-FILHO, R.; FERREIRA, D. T. An iridoid
glucoside and fungitoxic phenolic compounds from Spathodea campanulata root peels. Idioma:
Inglês. Semina: Ciências Agrárias, registro número 448/06.
4.2. PIANARO, A.; FLACH, A.; PATRICIO, E. F. L. R. A.; NOGUEIRA-NETO, P.; MARSAIOLI, A.
J. Chemical changes associated with the invasion of a Melipona scutellaris colony by Melipona
rufiventris workers (Apidae: Meliponinae). Idioma: Inglês. Journal of Chemical Ecology, registro
número JOEC892.
5. Monitoria
6. Estágios
6.1. Projeto: Constituintes antioxidantes das raízes de Spathodea campanulata (08/2002 a 07/2003).
Estágio remunerado (bolsa de iniciação científica PIBIC/CNPq/UEL), conforme Edital CPG –
XI
058/2002, realizado sob orientação da Profa. Dra. Dalva T. Ferreira. Área de atuação: Química
Orgânica - Produtos Naturais. Carga horária: 20 hrs/semana, totalizando 960 hrs. Local: Centro de
Ciências Exatas, Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina –
PR.
6.2. Projeto: Constituintes antioxidantes das raízes de Spathodea campanulata (08/2001 a 07/2002).
Estágio remunerado (bolsa de iniciação científica CPG/UEL), conforme Edital CPG - 059/2001,
realizado sob orientação da Profa. Dra. Dalva T. Ferreira. Área de atuação: Química Orgânica -
Produtos Naturais. Carga horária: 20 hrs/semana, totalizando 880 hrs. Local: Centro de Ciências
Exatas, Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina – PR.
6.3. Estágio voluntário junto ao Laboratório de Pesquisas em Moléculas Bioativas - CCE/UEL (02/2001
a 07/2001). Local: Centro de Ciências Exatas, Departamento de Química, Universidade Estadual de
Londrina – UEL, Londrina – PR. Área de atuação: Química Orgânica – Produtos Naturais. Carga
horária: 209 horas. Orientadora: Profa. Dra. Dalva T. Ferreira.
XIII
RESUMO
Adriana Pianaro
Profa. Dra. Anita Jocelyne Marsaioli
A vida social das abelhas é marcada pela presença de várias substâncias produzidas
por suas glândulas exócrinas e endócrinas ou coletadas na natureza. Estes compostos são
empregados principalmente por operárias, machos e rainha no reconhecimento de seus
companheiros de colônia, acasalamento, defesa do ninho e marcadores de percurso. Entre
as abelhas sociais brasileiras, as pertencentes à subfamília Meliponinae (Apoidea: Apidae)
são extremamente importantes para a flora nativa, pois contribuem com 40-90% da
polinização. Estas abelhas são denominadas meliponíneos ou abelhas indígenas sem ferrão,
distribuídas em mais de 300 espécies que vivem exclusivamente nas regiões tropicais e
subtropicais. Os meliponíneos vivem em colônias permanentes com divisões de castas
(operárias, machos e rainha) e, por isso, produzem uma gama de substâncias responsáveis
pelas divisões de tarefas e para manter a ordem dentro da colônia. Com a finalidade de
contribuir na descoberta dos compostos utilizados na comunicação das abelhas brasileiras,
este trabalho abordou três tópicos, revelando: 1) a “guerra” química desencadeada pela
Melipona scutellaris Latreille, 1811 (Apidae: Meliponinae) contra as operárias invasoras de
Melipona rufiventris Lepeletier, 1836 (Apidae: Meliponinae), sendo que as principais
armas químicas foram a alteração da composição da cera de M. scutellaris, com grande
produção de acetato de triacontanila, e a adição de terpenos e compostos fenólicos no
batume, o que provavelmente acabou tornando o ninho pouco confortável e expulsando as
operárias invasoras; 2) a diferenciação química das operárias e dos machos de
Nannotrigona testaceicornis Lepeletier, 1836 (Apidae: Meliponinae) é principalmente
relacionada a presença de acetato de geranil-geranila (operárias) e Z-9-nonacoseno
(machos) em seus abdomes, e em Plebeia droryana Friese, 1900 (Apidae: Meliponinae), o
XIV
tetradecanal (operárias) e um éster desconhecido (machos). As composições químicas das
cabeças também diferenciam machos e operárias de ambas espécies: os constituintes
principais nas operárias de P. doryana são α-copaeno, Ar-curcumeno, δ-cadineno, 1-cis-
calameneno e Z-9-octacoseno e nos machos de P. doryana são o 2-nonanol, dois ácidos
alifáticos lineares (C14 e C16) e o acetato de octadecanila. Os constituintes das cabeças dos
machos e das operárias de N. testaceicornis podem ser distinguidos pela presença de
nonanal, α-copaeno, pentadecano, dois Z-9-alcenos (C23 e C25) e octadecenoato de
hexadecenila (operárias). As ceras cuticulares das operárias de N. testaceicornis possuem
dois Z-9-alcenos (C25 e C28), enquanto que as dos machos possuíam o 2-fenil-tridecano. Em
P. droryana, as ceras cuticulares das operárias possuíam α-copaeno, Ar-curcumeno, 1-cis-
calameneno, geranil-linalol, esqualeno e acetato de nerolidol, enquanto o hentriacontano
está presente somente nos machos; e 3) a importância do óleo floral de Lophanthera
lactescens Ducke (Malpighiaceae) para as operárias de Tetragonisca angustula Latreille,
1811 (Apidae: Meliponinae) e fêmeas de Centris trigonoides Lepeletier, 1841
(Anthophoridae: Centridini), as quais utilizam o mesmo no ninho. A coleta do óleo floral
por estas abelhas foi confirmada analisando a parte externa dos abdomens das mesmas. O
óleo floral tem como componente principal o ácido 3-acetoxi-octadecanóico. Trata-se do
primeiro relato de coleta de óleos florais por operárias de Tetragonisca angustula. Estes
estudos revelaram alguns compostos que são responsáveis pelas relações entre castas,
espécies e planta/polinizador, mas muitas espécies de abelhas brasileiras ainda precisam ser
estudadas para uma melhor compreensão de suas relações complexas e suas comunicações
químicas.
XV
ABSTRACT
Adriana Pianaro
Profa. Dra. Anita Jocelyne Marsaioli
The social life of bees is marked for the presence of many substances produced by
their exocrine and endocrine glands or collected in the environment. These compounds are
employed mainly for queen, male, and worker bees in the recognition systems of colony
individuals, copulation, nest defense, and odor trail markers. Among the Brazilian social
bees, the subfamily Meliponinae (Apoidea: Apidae) is extremely important for native flora,
because the Meliponinae bees contribute with 40-90% of the pollinization. These bees are
known as meliponine bees or stingless native bees. There are more than 300 species
distributed exclusively in tropical and subtropical regions. The meliponine bees exist in
permanent colonies with divisions of castes (workers, males and queen) and, therefore, they
produce a great diversity of substances responsible for divisions of jobs to maintain the
colony organization. The aim of this work was to contribute in the discovery of the
compounds employed in chemical communication of Brazilian bees. Three main topics
were investigated and revealed: 1) the chemical "war" unchained by Melipona scutellaris
Latreille, 1811 (Apidae: Meliponinae) against the invader workers of Melipona rufiventris
Lepeletier, 1836 (Apidae: Meliponinae), then the main weapons are related with wax
composition alteration with large production of triacontanyl acetate by M. scutellaris. The
batumen composition was also altered with the addition of terpenes and phenolic
compounds that probably change the odor of M. scutellaris nest producing an
uncomfortable atmosphere which induces the invader workers departure; 2) the chemical
differentiation of workers and males Nannotrigona testaceicornis Lepeletier, 1836 (Apidae:
Meliponinae) is mainly related for geranyl-geranyl acetate (workers) and Z-9-nonacosene
(males) present in their abdomens, and in Plebeia droryana Friese, 1900 (Apidae:
Meliponinae), there is tetradecanal in workers’ abdomens and an unknown ester in the
XVI
males’ abdomens. The heads chemical compositions can also differentiate males and
workers in both species: the main constituents in P. droryana workers are α-copaene, Ar-
curcumene, δ-cadinene, 1-cis-calamenene, and Z-9-octacosene and in males are 2-nonanol,
two linear aliphatic acids (C14 and C16), and octadecanyl acetate. The heads of males and
workers N. testaceicornis can be distinguished by the presence of nonanal, α-copaene,
pentadecane, two Z-9-alkenes (C23 and C25), and hexadecenyl octadecenoate (workers). The
cuticular waxes of N. testaceicornis workers have two Z-9-alkenes (C25 and C28), and the
males have 2-phenyl-tridecane. In P. droryana, the cuticular waxes of workers have α-
copaene, Ar-curcumene, 1-cis-calamenene, geranyl-linalool, squalene, and nerolidol
acetate, while hentriacontane is present in the males waxes; and 3) the importance of
Lophanthera lactescens Ducke (Malpighiaceae) floral oil to Tetragonisca angustula
Latreille, 1811 (Apidae: Meliponinae) workers and Centris trigonoides Lepeletier, 1841
(Anthophoridae: Centridini) females, which is used in their nest construction. Confirmation
that these bees gather the floral oil was obtained by analyzing their abdomens (external
part), which revealed the presence of 3-acetoxy-octadecanoic acid, the main constituent of
floral oil. Floral oil gathering by Tetragonisca angustula workers was not previously
reported. We have thus revealed some compounds that are responsible for the relationships
among castes, species and plant/pollinator, but many other Brazilian bees should be studied
for a better understanding of their complex relationships and their chemical
communications.
XVII
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO GERAL 01
1.1. Comunicação química 03
1.2. As abelhas brasileiras 04
1.3. Meliponíneos 13
2. OBJETIVOS 33
6. CONCLUSÕES FINAIS 81
7. PARTE EXPERIMENTAL 85
7.1. Equipamentos e métodos 87
7.2. Solventes, reagentes e materiais 90
7.3. Solução de p-anisaldeído 5% 92
7.4. Padrão de n-alcanos 92
7.5. Índices de retenção 92
7.6. Derivatização com DMDS/I2 93
7.7. Preparação de diazometano 93
7.8. Metodologia de análise de batumes 95
7.9. Obtenção de extratos de operárias e machos de Nannotrigona testaceicornis e 96
Plebeia droryana
7.10. Obtenção do óleo floral de Lophanthera lactescens 98
7.11. Extratos das abelhas de Lophanthera lactescens 99
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101
9. ANEXOS 113
XXI
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Classes de compostos identificados nas glândulas de Dufour de abelhas. 12
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Uma pequena amostra da diversidade de abelhas nativas do Brasil (2x). 05
Figura 5. Anatomia interna de uma abelha operária de Apis mellifera ssp. (Apidae: 08
Apinae).
Figura 10. Rainhas de meliponíneos nos favos de cria de suas colônias: a) rainha 17
fisogástrica de Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836; b) oviposição de rainha
fisogástrica de Melipona rufiventris Lepeletier, 1836; c) rainha fisogástrica de
Plebeia remota Holmberg, 1903; d) rainha fisogástrica de Tetragonisca angustula
Latreille, 1811; e) rainha fisogástrica de Schwarziana quadripunctata Lepeletier,
1836; e f) duas rainhas fisogástricas de Melipona bicolor Lepeletier, 1836,
depositando ovos nas células de cria.
Figura 15. a) Androceu de uma flor com grãos de pólen, em destaque. Obs.: 27
androceu: conjunto de órgãos reprodutores masculinos de uma flor, com a função
de produzir grãos de pólen; e b) abelha campeira de meliponíneo transportando a
massa de pólen, em forma de bolinha, em uma tíbia traseira.
Figura 17. a) Uma operária de Rediviva emdeorum Vogel and Michener, 1985 30
(Melittidae: Melittinae) que tem as pernas dianteiras modificadas para coletar óleo
floral; e b) representação da coleta de óleo floral de uma operária de Rediviva
longimanus Michener, 1981 (Melittidae: Melittinae) em uma flor de Diascia
longicornis (Scrophulariaceae).
ÍNDICE DE ESQUEMAS
INTRODUÇÃO GERAL
1
INTRODUÇÃO GERAL
1. Introdução Geral.
1
FRANCKE, W.; SCHULZ, S. 1999. In: BARTON, D.; NAKANISHI, K. Comprehensive Natural Products Chemistry -
Pheromones. Vol. 8. Oxford: Ed. Pergmon, p. 197-261.
2
MORI, K. 1998. Semiochemicals - synthesis, stereochemistry, and bioactivity. European Journal of Organic Chemistry, 1479-1489.
3
HARBORNE, J. B. 2001. Twenty-five years of chemical ecology. Natural Product Reports, 18, 361-379.
3
INTRODUÇÃO GERAL
#
Glândulas exócrinas: glândulas onde estão presentes porções não secretoras, destinadas a conduzir a secreção produzida até um ponto
específico, por onde será liberada (exo = fora, crino = secreção). São providas de vários tipos de canais, através dos quais a secreção
chega ao local de uso ou ao local de liberação, cujas estruturas estão ausentes nas glândulas endócrinas (as secreções são liberadas
diretamente no meio circulante).
4
HEFETZ, A. 1987. The role of Dufour’s gland secretions in bees. Physiological Entomology, 12, 243-253.
*
Polinização entomófila: polinização realizada por insetos em plantas que possuem flores com características especiais, tais como
nectários.
5
KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; SILVA, A. C.; ASSIS, M. G. P. 2005. Biodiversidade: Aspectos Pouco Mencionados da
Biodiversidade Amazônica. Disponível em: <http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/80/biodiversidade.htm>. Acesso em: 08 de
agosto de 2006.
6
ROUBIK, D. W. 1989. Ecology and Natural History of Tropical Bees. Cambridge: Cambridge University Press, 514 p.
7
SANTOS, I. A. 2002. A Vida de uma Abelha Solitária. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/beelab/solitarias.htm>. Acesso em: 08 de
agosto de 2006.
4
INTRODUÇÃO GERAL
Paulo foram listadas 729 espécies e no Rio Grande do Sul mais de 500
espécies.7
Uma ampla diversidade de abelhas existe em nossa fauna com diversas
formas, tamanhos e cores. Algumas são confundidas com moscas varejeiras
por possuírem tons verdes, azuis e roxos metálicos. Existem abelhas que
chegam a medir mais de cinco centímetros e outras são muito pequenas com
pouco mais de dois milímetros (Figura 1).7
5
INTRODUÇÃO GERAL
a) b) c)
Figura 2. a) Entradas de ninhos de Tetrapedia sp. em um tronco, em destaque; b) entradas
de ninhos de Tetrapedia sp. em buracos feitos em uma caixa de madeira; e c)
interior de uma trapa* de Tetrapedia sp., três larvas em destaque.10
10
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. 2006. Tópicos em Biologia de Abelhas. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/beelife/biolo.htm>.
Acesso em: 08 de agosto de 2006.
*
Trapa – é um ninho-armadilha. Neste caso, a trapa foi construída em um buraco feito em uma caixa de madeira, no qual foi colocado
um rolinho de cartolina marrom onde a abelha acaba fazendo seu ninho (mostrado na Figura 3b). Existem trapas de gomos de bambu.
6
INTRODUÇÃO GERAL
11
CUNHA, R.; BLOCHTEIN, B. 2003. Bionomia de Monoeca xanthopyga Harter-Marques, Cunha & Moure (Hymenoptera, Apidae,
Tapinotaspidini) no Planalto das Araucárias, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 20, 107-113.
7
INTRODUÇÃO GERAL
Glândula Glândula
Glândulas
mandibular de Dufour
de cera
6
Figura 5. Anatomia interna de uma abelha operária de Apis mellifera ssp. (Apidae: Apinae).
12
CAMPOS, L. A. O. 1999. Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão. Disponível em:
<http://rgm.fmrp.usp.br/beescience/criacao.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
13
Apis mellifera. 2006. Disponível em: <http://www.evasion.it/Apis_mellifera.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
14
CRUZ-LANDIM, C.; ABDALLA, F. C. 2002. Glândulas Exócrinas das Abelhas. Ribeirão Preto: FUNPEC Editora, 181 p.
8
INTRODUÇÃO GERAL
15
NOGUEIRA-NETO, P. 1997. Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão. São Paulo: Ed. Nogueirapis, 446 p.
16
BLOMQUIST, G. J.; ROUBIK, D. W.; BUCHMANN, S. L. 1985. Wax chemistry of two stingless bees of the Trigonisca group
(Apidae: Meliponinae). Comparative Biochemistry and Physiology, 82B, 137-142.
9
INTRODUÇÃO GERAL
10
INTRODUÇÃO GERAL
11
INTRODUÇÃO GERAL
22
CRUZ-LÓPEZ, L.; PATRICIO, E. F. L. R. A.; MORGAN, E. D. 2001. Secretions of stingless bees: the Dufour gland of Nannotrigona
testaceicornis. Journal of Chemical Ecology, 27, 69-80.
23
KERR, W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A. 1996. Abelha Uruçu - Biologia, Manejo e Conservação. Belo
Horizonte: Fundação Acangaú, Coleção Manejo da Vida Silvestre, n°. 2, 144 p.
12
INTRODUÇÃO GERAL
1.3. Meliponíneos.
Reino – Animal
Filo – Arthropoda
Classe – Insecta
Ordem – Hymenoptera
Subordem – Apocrita
Superfamília – Apoidea
Família – Apidae
Subfamília – Meliponinae
24
NOGUEIRA-NETO, P. 1970. A Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão (Meliponinae). 2a. ed. São Paulo: Ed. Chácaras e
Quintais, 365 p.
25
MICHENER, C. D. 1974. The Social Behavior of the Bees - A Comparative Study. Cambridge: Harvard University Press, 404 p.
13
INTRODUÇÃO GERAL
26
MOURE, J. S. 1961. A preliminary supra-specific classification of the old world Meliponine bees (Hymenoptera, Apoidea). Studia
Entomologica, 4, 181-242.
27
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; SANTOS, I. A. 2006. As Abelhas do Brasil. Disponível em:
<http://www.webbee.org.br/beetaxon/>. Acesso: 08 de agosto de 2006.
14
INTRODUÇÃO GERAL
15
INTRODUÇÃO GERAL
16
INTRODUÇÃO GERAL
a) b) c)
d) e) f)
Figura 10. Rainhas de meliponíneos nos favos de cria de suas colônias: a) rainha
fisogástrica de Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836; b) oviposição de
rainha fisogástrica de Melipona rufiventris Lepeletier, 1836; c) rainha
fisogástrica de Plebeia remota Holmberg, 1903; d) rainha fisogástrica de
Tetragonisca angustula Latreille, 1811; e) rainha fisogástrica de Schwarziana
quadripunctata Lepeletier, 1836; e f) duas rainhas fisogástricas de Melipona
bicolor Lepeletier, 1836, depositando ovos nas células de cria.29
29
Rainhas nos Favos de Cria. 2006. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/beelab/raindex.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
17
INTRODUÇÃO GERAL
18
INTRODUÇÃO GERAL
31
BEIG, D. 1968. Produção de machos e desenvolvimento embrionário em Trigona (Scaptotrigona) postica Latreille
(Hymenoptera, Apoidea). Tese de doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Rio Claro, São Paulo, 119 p.
19
INTRODUÇÃO GERAL
32
KERR, W. E.; NIELSEN, R. A. 1966a. Evidences that genetically determined Melipona queens can become workers. Genetics, 54,
859-866.
33
KERR, W. E.; STORT, A. C.; MONTENEGRO, M. J. 1966b. Importância de alguns fatores ambientais na determinação das castas do
gênero Melipona. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 38, 149-168.
34
DRORY, E. 1873. Nouvelles observations sur les melipones. Le Rucher du Sud-Oest, 1, 59-61.
20
INTRODUÇÃO GERAL
35
COELHO DE SEABRA, V. 1799. Memória em que se dá notícia de diversas espécies de abelhas que dão mel, próprias do Brasil e
desconhecidas na Europa. Memories of Mathematical and Physical Academy Royal Sciences of Lisboa, 2, 99-104.
36
VON IHERING, R.; SAMPAIO, B. C. 1930. Biologia das abelhas melíferas do Brasil. Boletim de Agricultura da Secretaria da
Agricultura do Estado de São Paulo, 31, 649-714.
21
INTRODUÇÃO GERAL
22
INTRODUÇÃO GERAL
37
GARCIA, M. V. B.; OLIVEIRA, M. L.; CAMPOS, L. A. O. 1992. Use of seeds of Coussapoa asperifolia magnifolia (Cecropiaceae)
by stingless bees in the Central Amazonian Forest (Hymenoptera: Apidae: Meliponinae). Entomologia Generalis, 17, 255-258.
23
INTRODUÇÃO GERAL
a) b)
Figura 12. a) Esquema de um ninho de meliponíneo;15 e b) favos de cria em forma
horizontal de Melipona bicolor Lepeletier, 1836 (Apidae: Meliponinae).39
38
CORTOPASSI-LAURINO, M. 2004. Relato: A Uruçu Boi da Amazônia, Melipona fuliginosa Lepeletier, 1836. Disponível em:
<http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/77/relato.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
39
Favos de Cria. Disponível em:<http://www.ufv.br/dbg/bee/favos.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
24
INTRODUÇÃO GERAL
a) b) c)
Figura 13. Favos de cria de meliponíneos: a) favos de cria em forma de cachos de
Frieseomellita silvestrii Friese, 1902;41 b) favos de cria irregulares de
Friesella schrottkyi Friese, 1900;42 e c) favos de cria em forma de espiral de
Plebeia remota Holmberg, 1903.43
40
CAMPOS, L. A. O.; PERUQUETTI, R. C. 1997. O Ninho dos Meliponíneos - Estrutura do Ninho. Disponível em:
<http://www.ufv.br/dbg/bee/ninhomelipon.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
41
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; NOGUEIRA-NETO, P.; LAURINO, M. C.; SILVA, P. N.; GIANNINI, T. C. 2005. Frieseomellita
silvestrii (Friese, 1902). Disponível em: <http://www.ib.usp.br/beesp/frieseomelitta_silvestrii.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
42
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; NOGUEIRA-NETO, P.; LAURINO, M. C.; SILVA, P. N.; GIANNINI, T. C. 2005. Friesella
schrottkyi (Friese, 1900). Disponível em: <http://www.ib.usp.br/beesp/friesella_schrottkyi.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
43
Vista Interna da Colméia. 2006. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/beelab/ninindex.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
25
INTRODUÇÃO GERAL
na colônia. Nas espécies que constroem uma entrada estreita, guardada por
uma abelha que fecha a entrada com sua cabeça, passa uma única abelha por
vez. Especialistas em meliponíneos conseguem relacionar o gênero da abelha
pela forma da entrada do seu ninho.15, 40
44
Entradas de Colônias. 2006. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/beelab/entindex.htm>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
26
INTRODUÇÃO GERAL
Anteras com
grãos de pólen
a) b)
Figura 15. a) Androceu de uma flor com grãos de pólen, em destaque.45 Obs.: androceu:
conjunto de órgãos reprodutores masculinos de uma flor, com a função de
produzir grãos de pólen; e b) abelha campeira de meliponíneo transportando a
massa de pólen, em forma de bolinha, em uma tíbia traseira.27
45
Androceu. 2006. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Androceu>. Acesso em: 08 de agosto de 2006.
27
INTRODUÇÃO GERAL
46
PEREIRA, F. M.; LOPES, M. T. R.; CAMARGO, R. C. R.; VILELA, S. L. O. 2003. Morfologia e Biologia das Abelhas Apis
mellifera. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/morfologia.htm>. Acesso em: 08
de agosto de 2006.
47
SIMPSON, B. B.; NEFF, J. L. 1981. Floral rewards: alternatives to pollen and nectar. Annals of the Missouri Botanical Garden, 68,
301-322.
28
INTRODUÇÃO GERAL
a) b) c)
Figura 16. Os dois tipos de elaióforos: a) elaióforos epiteliais na parte de baixo da base de
uma flor de Callaeum macropterum (Malpighiaceae);48 b) elaióforos em
tricomas nas pétalas (parte interna) e no androceu de uma flor de Lysimachia
quadrifolia (Primulaceae);48 e c) foto ampliada dos elaióforos em tricomas.49
48
BUCHMANN, S. L. 1987. The ecology of oil flowers and their bees. Annual Review of Ecology and Systematics, 18, 343-369.
49
RASMUSSEN, C.; OLESEN, J. M. 2000. Oil flowers and oil-collecting bees. Scandinavian Association for Pollination Ecology
Honours Knut Fαgri, 39, 23-31.
29
INTRODUÇÃO GERAL
Tíbias traseiras
a) b)
Figura 17. a) Uma operária de Rediviva emdeorum Vogel and Michener, 1985 (Melittidae:
Melittinae) que tem as pernas dianteiras modificadas para coletar óleo floral;6
e b) representação da coleta de óleo floral de uma operária de Rediviva
longimanus Michener, 1981 (Melittidae: Melittinae) em uma flor de Diascia
longicornis (Scrophulariaceae).48
30
INTRODUÇÃO GERAL
para outra. Estes fatos fazem com que as plantas produtoras de óleos florais
sejam visitadas e polinizadas por diferentes espécies de abelhas, como
exemplo, podemos citar dois gêneros de abelhas da família Anthophoridae:
Monoeca e Tapinotaspis, uma vez que as abelhas do gênero Monoeca são
geralmente vistas coletando óleos florais de plantas da família Malpighiaceae,
enquanto as abelhas do gênero Tapinotaspis são com freqüência vistas
coletando óleos florais de plantas das famílias Scrophulariaceae e Solanaceae,
o que demonstra que as abelhas coletoras de óleos florais, dependendo do
gênero e espécie, preferem determinadas composições de óleos florais.48, 50, 51,
52
50
COCUCCI, A. A.; SÉRSIC, A.; ROIG-ALSINA, A. 2000. Oil-collecting structures in Tapinotaspidini: their diversity, function and
probable origin (Hymenoptera: Apidae). Mitteilungen der Münchner Entomologischen Gesellschaft, 90, 51-74.
51
VINSON, S. B.; WILLIAMS, H. J.; FRANKIE, G. W.; SHRUM, G. 1997. Floral lipid chemistry of Byrsonima crassifolia
(Malpighiaceae) and a use of floral lipids by Centris bees (Hymenoptera: Apidae). Biotropica, 29, 76-83.
52
SEIPOLD, L.; GERLACH, G.; WESSJOHANN, L. 2004. A new type of floral oil from Malpighia coccigera (Malpighiaceae) and
chemical considerations on the evolution of oil flowers. Chemistry & Biodiversity, 1, 1519-1528.
31
INTRODUÇÃO GERAL
53
SEIGLER, D.; SIMPSON, B. B.; MARTIN, C.; NEFF, J. L. 1978. Free 3-acetoxyfatty acids in floral glands of Krameria species.
Phytochemistry, 17, 995-996.
54
REIS, M. G. 2000a. A Contribuição da Química para o Estudo de Orchidaceae e seus Polinizadores. Dissertação de Mestrado,
Instituto de Química, UNICAMP, Campinas-SP, 197 p.
55
REIS, M. G.; FARIA, A. D.; BITTRICH, V.; AMARAL, M. C. E.; MARSAIOLI, A. J. 2000b. The chemistry of flower rewards -
Oncidium (Orchidaceae). Journal of the Brazilian Chemical Society, 11, 600-608.
56
REIS, M. G.; FARIA, A. D.; AMARAL, M. C. E.; MARSAIOLI, A. J. 2003. Oncidinol - a novel diacylglycerol from Ornithophora
radicans Barb. Rodr. (Orchidaceae) floral oil. Tetrahedron Letters, 44, 8519-8523.
32
OBJETIVOS
OBJETIVOS
33
OBJETIVOS
2. Objetivos.
35
RESULTADOS E DISCUSSÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
37
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
CAPÍTULO 1
39
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
3. Introdução.
41
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
alterações químicas nas substâncias que fazem parte dos corpos das abelhas de
ambas espécies e nos compostos que são utilizados na construção do ninho.
Com base nestes fatos, as estratégias para evidenciar estas possíveis
alterações químicas foram:
1) Investigar as alterações das ceras produzidas pelas operárias de M.
scutellaris e M. rufiventris vivendo em colônias puras* e na colônia invadida.
Este trabalho já foi concluído em nosso grupo de pesquisa,57 no qual
observou-se uma grande alteração na composição das ceras das operárias da
colônia invadida em comparação com as ceras das operárias das colônias
puras (Tabela 2). Foi também verificado que as ceras das operárias das
colônias puras e da colônia invadida possuem os mesmos constituintes
principais, sendo o acetato de triacontanila, o composto principal das ceras de
M. scutellaris, e o Z-9-hentriaconteno, o composto principal das ceras de M.
rufiventris, os quais caracterizam e diferenciam as ceras destas espécies.
2) Investigar as alterações que ocorrem nos materiais de construção do
ninho invadido através da análise química dos constituintes presentes nos
batumes das colônias puras de M. scutellaris e M. rufiventris e no batume da
colônia invadida de M. scutellaris, objetivo do presente trabalho. Como os
batumes são formados por misturas de barro com própolis e/ou cerume e são
empregados na construção das paredes do ninho das espécies do gênero
Melipona,15 esta parte foi selecionada para o presente estudo por possuir os
principais materiais de construção utilizados por estes meliponíneos.15, 24, 25
57
FLACH, A. 2005. Ecologia química de Maxillariinae, Spathodea campanulata e Meliponiinae. Tese de doutorado, Instituto de
Química, UNICAMP, Campinas-SP, 178 p.
*
Colônia pura: colônia que não sofreu invasão.
42
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
Tabela 2. Abundâncias relativas dos constituintes das ceras abdominais das operárias de
Melipona scutellaris e Melipona rufiventris das colônias puras e da colônia
invadida. 57, *
a a a
tR IR IR M. scutellaris M. scutellaris M. M.
COMPOSTOS (min) (calc.) (lit.) colônia pura colônia invadida
(%)
b
(%)
b rufiventris rufiventris
colônia pura colônia invadida
b b
(%) (%)
9-tricoseno (isômero 1) 32,70 2250 - - - 0,04 -
9-tricoseno (isômero 2) 32,80 2275 - - - 0,01 -
tricosano 32,90 2300 2300 0,12 - 2,25 3,49
tetracosano 33,28 2400 2400 - - 0,29 2,31
E-9-pentacoseno 34,17 2467 - 0,67 - 0,12 0,01
Z-9-pentacoseno 34,28 2476 - 0,01 - 0,01 -
pentacosano 34,60 2500 2500 1,64 0,67 16,65 10,92
Z-9-hexacoseno 35,60 2577 - 0,01 - - -
hexacosano 35,90 2600 - 0,14 - 0,96 2,45
E-9-heptacoseno 36,82 2671 - 9,78 1,30 0,97 2,67
Z-9-heptacoseno 36,90 2677 - 0,01 - 0,14 0,01
heptacosano 37,20 2700 - 8,39 1,57 19,21 10,61
Z-9-octacoseno 38,14 2777 - - - 0,16 0,01
octacosano 38,42 2800 - 0,29 - 0,60 2,33
c
nonacosadieno 38,99 2848 - 0,01 - 0,42 0,01
E-9-nonacoseno 39,20 2865 - 3,63 0,01 0,56 7,87
Z-9-nonacoseno 39,35 2878 - 0,19 - 9,21 2,37
nonacosano 39,62 2900 - 8,28 0,99 7,08 4,19
9-triaconteno (isômero 1) 40,31 2966 - 0,29 - 0,04 2,30
9-triaconteno (isômero 2) 40,42 2977 - - - 0,35 -
triacontano 40,66 3000 - 0,01 - 0,13 -
c
hentriacontadieno (isômero 1) 41,20 3049 - - - 1,50 2,40
c
hentriacontadieno (isômero 2) 41,26 3054 - - - 0,89 2,44
c
hentriacontadieno (isômero 3) 41,32 3059 - - - 0,41 0,01
E-9-hentriaconteno 41,36 3063 - 19,89 2,34 3,19 2,77
Z-9-hentriaconteno 41,55 3080 - - - 14,20 11,36
hentriacontano 41,77 3100 - 3,81 0,01 2,27 2,57
9-dotriaconteno (isômero 1) 42,36 3167 - 0,27 - 0,09 2,31
9-dotriaconteno (isômero 2) 42,50 3183 - - - 0,29 -
dotriacontano 42,65 3200 - 0,01 - - -
c
tritriacontadieno (isômero 1) 43,29 3255 - - - 2,81 3,13
c
tritriacontadieno (isômero 2) 43,36 3261 - - - 0,83 -
9-tritriaconteno (isômero 1) 43,49 3272 - 6,43 0,55 1,88 2,92
9-tritriaconteno (isômero 2) 43,64 3285 - - - 3,99 3,81
tritriacontano 43,81 3300 - 2,05 - 0,28 2,31
acetato de triacontanila 45,06 3413 - 21,54 82,27 - -
9-pentatriaconteno (isômero 1) 45,65 3466 - 0,76 - 0,11 -
9-pentatriaconteno (isômero 2) 45,85 3484 - - - 0,09 -
pentatriacontano 46,03 3500 - 0,25 - - -
hexadecanoato de octadecila 46,62 3553 - 0,17 - - -
octadecenoato de octadecenila 48,40 3714 - 0,31 - - -
octadecenoato de octadecila 48,60 3732 - 0,78 - - -
não identificados - - - 10,26 10,29 7,97 12,42
TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00
*
N= 4 operárias de cada amostra. Os compostos são listados em ordem de seus tempos de retenção.
58
a
tR = tempos de retenção; IR (calc.) = índices de retenção calculados pela equação de Van den Dool e Kratz ; IR (lit.) = índices de
59
retenção retirados da literatura (Adams, 1995) ; (-): não achados.
b
Abundâncias relativas, em porcentagem, obtidas por Espectrometria de Massas.
c
As posições das duplas ligações em alcadienos não foram determinadas.
58
VAN DEN DOOL, H.; KRATZ, P. D. J. 1963. A generalization of retention index system including linear temperature programmed
gas-liquid partition chromatography. Journal of Chromatography, 11, 463-471.
59
ADAMS, R. P. 1995. Identification of Essential Oil Components by Gas Chromatography/Mass Spectroscopy. Allured
Publishing Corporation, USA, 469 p.
43
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
60
BUSER, H. R.; ARN, H.; GUERIN, P.; RAUSCHER, S. 1983. Determination of double bond position in mono-unsaturated acetates
by mass spectrometry of dimethyl disulfite adducts. Analytical Chemistry, 55, 818-822.
61
VINCENTI, M.; GUGLIELMETTI, G.; CASSANI, G.; TONINI, C. 1987. Determination of double bond position in diunsaturated
compounds by mass spectrometry of dimethyl disulfide derivatives. Analytical Chemistry, 59, 694-699.
62
CARLSON, D. A.; ROAN, C. S.; YOST, R. A.; HECTOR, J. 1989. Dimethyl disulfite derivatives of long chain alkenes, alkadienes,
and alkatrienos for gas chromatography/mass spectrometry. Analytical Chemistry, 61, 1564-1571.
44
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
Tabela 3. Compostos identificados nas frações dos batumes da colônia pura de Melipona
scutellaris 1, da colônia pura de Melipona rufiventris 2 e da colônia invadida
de Melipona scutellaris 3.
FRAÇÃO A
BATUME 1 - BATUME 2 - BATUME 3 -
a a a
COMPOSTOS tR IR IR colônia pura de colônia pura de colônia invadida de
(min) (calc.) (lit.) M. scutellaris M. rufiventris M. scutellaris
b b b
(%) (%) (%)
3-metil-tridecano 9,56 1371 - - - 0,35
tetradecano 9,89 1400 1399 9,31 3,63 3,41
β -cariofileno 10,12 1421 1418 - - 0,51
(α - trans)-bergamoteno 10,28 1436 1436 - - 3,16
α -guaieno 10,34 1442 1439 - - 0,24
γ -gurjuneno 10,66 1472 1473 - - 1,35
(cis - β)-guaieno 10,82 1487 1490 - - 0,76
pentadecano 10,96 1500 1500 0,28 0,01 -
δ -guaieno 11,02 1506 1505 - - 2,81
γ -cadineno 11,09 1513 1513 - - 1,71
γ -bisaboleno 11,11 1515 1515 0,40 - -
1-cis-calameneno 11,17 1521 1521 - - 0,88
dodecanoato de metila 11,23 1523 1525 0,37 - -
δ -cadineno 11,26 1528 1524 0,85 2,73 2,03
4-etil-tetradecano 11,41 1544 - 0,70 2,83 0,59
3-metil-pentadecano 11,68 1571 - 2,86 5,01 2,20
c
hexadeceno 11,90 1592 - 0,60 2,97 0,46
hexadecano 11,98 1600 1600 8,69 9,26 5,98
4-metil-hexadecano 12,59 1664 - 0,71 2,88 0,45
heptadecano 12,93 1700 1700 0,50 - 0,19
3-metil-heptadecano 13,59 1772 - 2,51 - 1,68
c
octadeceno 13,79 1793 - 0,28 2,67 0,17
octadecano 13,85 1800 1800 2,52 3,87 1,57
nonadecano 14,72 1900 1900 - 2,99 -
3-metil-nonadecano 15,31 1971 - 0,70 2,78 0,43
eicosano 15,55 2000 2000 0,62 2,94 -
abietadieno 16,22 2085 2080 0,68 0,01 1,94
9-tricoseno 17,65 2276 - 0,17 - 0,17
tricosano 17,82 2300 2300 0,29 2,86 0,26
Z-9-pentacoseno 19,03 2476 - 1,41 - 1,82
pentacosano 19,19 2500 2500 1,94 4,19 1,57
Z-9-hexacoseno 19,69 2577 - - - 0,46
hexacosano 19,84 2600 - 0,22 0,01 0,18
Z-9-heptacoseno 20,34 2677 - 9,79 2,94 11,49
heptacosano 20,49 2700 - 7,17 4,22 5,38
octacosano 21,21 2800 - 0,27 - 0,24
esqualeno 21,34 2815 - 3,17 3,34 1,57
Z-9-nonacoseno 21,86 2877 - 2,99 5,37 2,85
nonacosano 22,05 2900 - 6,10 3,63 4,55
Z-9-hentriaconteno 23,96 3079 - 14,62 5,63 12,75
hentriacontano 24,21 3100 - 2,31 3,31 2,73
9-tritriaconteno 27,00 3279 - 4,76 - 5,79
tritriacontano 27,36 3300 - 1,28 - 1,81
não identificados - - - 10,93 19,92 13,51
TOTAL 100,00 100,00 100,00
FRAÇÃO B
tetradecano 9,89 1400 1399 0,63 4,15 -
(α - trans)-bergamoteno 10,28 1436 1436 - - 0,14
2,6-di-terc-butilquinona 10,65 1471 - 0,20 2,98 -
pentadecano 10,96 1500 1500 0,60 3,99 -
Continuação da Tabela 3 na próxima página.
45
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
46
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
*
ECL = IR/100; ECL = Z + (tR(x) – tR(z)) / (tR(z+1) – tR(z)).
63
MIWA, T. K. 1963. Identification of peaks in gas-liquid chromatography. The Journal of the American Oil Chemists’ Society, 40,
309-313.
47
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
SCH3
+ I CH3SSCH3
+ CH3SI
S
H3CS
CH3
SCH3
+ +
(b) R(CH2)xCH CH(CH2)y R' R(CH2)xHC SCH3 + CH3S CH(CH2)y R'
SCH3 fragmento [A] + fragmento [B] +
48
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
operárias de M. scutellaris,57 foi encontrado nas frações (B) dos batumes das
colônias pura e invadida de M. scutellaris, não sendo encontrado nas frações
do batume da colônia pura de M. rufiventris (Tabela 3). Estes dados
confirmam que realmente estas espécies colocam suas ceras nos batumes de
suas colônias.
Para evidenciar as alterações químicas na colônia de M. scutellaris
ocasionadas pela invasão das operárias de M. rufiventris foi feita uma
comparação dos compostos presentes nas frações do batume da colônia
invadida de M. scutellaris com as mesmas dos batumes das colônias puras de
M. scutellaris e M. rufiventris. Em primeiro lugar, foi verificado que as
frações (A-E) do batume da colônia invadida tiveram massas maiores do que
as frações dos batumes das colônias puras (Tabela 4), este fato foi
racionalizado como uma maior atividade de forageamento das operárias de M.
scutellaris após a invasão das operárias de M. rufiventris.
Tabela 4. Frações químicas das amostras de batumes obtidas da colônia pura de Melipona
scutellaris 1, da colônia pura de Melipona rufiventris 2 e da colônia invadida de
Melipona scutellaris 3.
FRAÇÕES SOLVENTES BATUME 1 BATUME 2 BATUME 3
(mg) (mg) (mg)
A hexano 2 2 3
B hexano / diclorometano (1:1) 6 5 35
C diclorometano 5 4 11
D diclorometano / acetato de etila (1:1) 6 3 28
E acetato de etila 6 2 22
- * 780 789 706
não analisados
TOTAL 805 805 805
*
Compostos polares e, principalmente, barro são a maior parte da constituição dos batumes destas espécies.
49
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
50
CAPÍTULO 1 – MUDANÇAS QUÍMICAS ASSOCIADAS COM A INVASÃO DE UMA COLÔNIA DE Melipona scutellaris POR OPERÁRIAS DE Melipona rufiventris
66
POMPEU, M. S.; SILVEIRA, F. A. 2005. Reaction of Melipona rufiventris Lepeletier to citral and against an attack by the
cleptobiotic bee Lestrimelitta limao (Smith) (Hymenoptera: Apidae: Meliponina). Brazilian Journal of Biology, 65, 189-191.
67
BLUM, M. S.; CREWE, R. M.; KERR, W. E.; KEITH, L. H.; GARRISON, A. W.; WALKER, M. M. 1970. Citral in stingless bees:
isolation and functions in trail-laying and robbing. Journal of Insect Physiology, 16, 1637-1648.
51
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
CAPÍTULO 2
53
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
4. Introdução.
68
SINGER, R. B.; FLACH, A.; KOEHLER, S.; MARSAIOLI, A. J.; AMARAL, M. C. E. 2004. Sexual mimicry in Mormolyca ringens
(Lindl.) Schltr. (Orchidaceae: Maxillariinae). Annals of Botany, 93, 755-762.
69
SINGER, R. B. 2002. The pollination mechanism in Trigonidium obtusum Lindl. (Orchidaceae: Maxillariinae): sexual mimicry and
trap-flowers. Annals of Botany, 89, 157-163.
70
FLACH, A.; MARSAIOLI, A. J.; SINGER, R. B.; AMARAL, M. C. E.; MENEZES, C.; KERR, W. E.; BATISTA-PEREIRA, L. G.;
CORRÊA, A. G. 2006. Pollination by sexual mimicry in Mormolyca ringens: a floral chemistry that remarkably matches the
pheromones of virgin queens of Scaptotrigona sp. Journal of Chemical Ecology, 32, 59-70.
71
ALMEIDA, M. G. 1985. Sex differentiation in bees. XXII. Generalized Mahalanobis distances between males and females of the
stingless bee Melipona scutellaris, Latreille 1811. Revista Brasileira de Genética, VIII, 603-608.
72
CRUZ-LANDIM, C.; MOTA, M. H. V. B. 1993. Differences between the female castes and males of Scaptotrigona postica depilis
(Hymenoptera, Apidae, Meliponinae) in the occurrence and ultrastructure of tegumentary exocrine glands. Naturalia, 18, 173-187.
73
CARVALHO, G. A.; KERR, W. E.; NASCIMENTO, V. A. 1995. Sex determination in bees. XXXIII. Decrease of xo heteroalleles in
a finite population of Melipona scutellaris (Apidae, Meliponini). Revista Brasileira de Genética, 18, 13-16.
55
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
Nos extratos das ceras cuticulares, das cabeças e dos abdomes das
operárias forrageiras e dos machos de N. testaceicornis e P. droryana foram
observados n-alcenos, por isso os extratos foram derivatizados com DMDS/I2
(Parte Experimental, pág. 93), para determinar a posição das duplas ligações, e
os produtos da reação foram analisados por CG-EM (Tabelas 5 e 6).60, 61, 62 A
análise dos espectros de massas de todos derivados DMDS dos n-alcenos
indicou que a dupla ligação estava localizada no C-9, devido à presença do
fragmento majoritário m/z 173, e os valores de ECL (ECL = IR/100) dos n-
alcenos (C25 - C31) em comparação com a literatura65 revelou que eles
possuem geometria Z, como os Z-9-alcenos dos batumes de M. rufiventris e
M. scutellaris relatado no Capítulo 1 (Anexos A1-A8, págs. 115 a 117).
74
ENGELS, W.; ENGELS, E.; FRANCKE, W. 1997. Ontogeny of cephalic volatile patterns in queens and mating biology of the
neotropical stingless bee, Scaptotrigona postica. Invertebrate Reproduction and Development, 30, 251-256.
75
ABDALLA, F. C.; JONES, G. R.; MORGAN, E. D.; CRUZ-LANDIM, C. 2003. Comparative study of the cuticular hydrocarbon
composition of Melipona bicolor Lepeletier, 1836 (Hymenoptera, Meliponini) workers and queens. Genetics and Molecular
Research, 2, 191-199.
76
KERR, W. E.; JUNGNICKEL, H.; MORGAN, E. D. 2004. Workers of the stingless bee Melipona scutellaris are more similar to
males than to queens in their cuticular compounds. Apidologie, 35, 611-618.
56
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
57
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
58
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
DMDS linear com quatro grupos CH3S, porque possuía mais de quatro grupos
metilenos entre as suas duplas ligações, pois se fosse um alcadieno com menos
de quatro grupos metilenos entre as duplas ligações formaria um derivado
cíclico (Esquemas 2a e 2b).
187
SCH3 SCH3
(CH2)5 (CH2)5 (CH2)5
SCH3 SCH3
173
(M+. - 94)
S CH 3 S CH 3
n > 4 RC H-CH (C H 2 )n C H-CH R'
S CH3 S CH3
H 3C S (C H 2 ) n S CH3
a) RC H= C H(CH 2 )n CH = C H R' + 2CH 3 S S C H 3 + I2 1 < n < 3
R S R'
H 3C S S CH3
n = 0
R R'
S
(CH2)10 SCH3
+ H3C(CH2)7HCSCH3
+
S R
H3CS (CH2)10 SCH3
m/z 385
b)
R' S R
H3CS (CH2)10
R = -(CH2)8CH3 + H3CSCH(CH2)8CH3
+
R' = -(CH2)7CH3 R' S
m/z 371
59
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
60
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
61
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
62
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
a)
O
b)
O
78
ABDALLA, F. C.; JONES, G. R.; MORGAN, D.; CRUZ-LANDIM, C. 2004. Chemical composition of the Dufour gland secretion in
queens of Melipona bicolor (Hymenoptera, Meliponini). Journal of the Brazilian Chemical Society, 15, 621-625.
63
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
O
O
+
O
HO
M 332 (C22H36O2)
m/z 272
O O
+
+
O O
m/z 69
M 332 (C22H36O2)
22
O
15 13 11 9 7 5 3 1 21
20 19 18 17 O
79
ARM, C.; SCHWABE, R.; PFANDER, H. 1986. Synthese von (all-E, 14S)-14,15-epoxy-14,15-dihydrogeranylgeranial und 1,2-epoxy-
1,2-dihydrophytoen. Chimia, 40, 58-61.
64
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
a)
O
b)
55 95 135 163 O
(M+.)
Figura 20. Espectros de massas: a) éster desconhecido do extrato dos abdomes de machos de P.
droryana; e b) (7Z, 10Z, 13Z)-hexadecatrienoato de metila, obtido da base de dados
Wiley 275 do Espectrômetro de Massas.
65
CAPÍTULO 2 - DIFERENCIAÇÃO QUÍMICA DE OPERÁRIAS E MACHOS DE Nannotrigona testaceicornis E Plebeia droryana
66
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
CAPÍTULO 3
67
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
5. Introdução.
a) b)
Figura 21. a) Árvores de Lophanthera lactescens no estacionamento do Almoxarifado
Central da UNICAMP; b) Folhas e flores de L. lactescens, em destaque. Fotos:
Adriana Pianaro.
80
LORENZI, H. 1992. Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. São Paulo:
Ed. Plantarum Ltda, 233 p.
81
RIBEIRO, O.; MACHADO, A. 1946. Lophanterine, a new alkaloid. Anais da Associação de Química do Brasil, 5, 39-42.
82
ABREU, H. S.; BRAZ-FILHO, R.; GOTTLIEB, H. E.; SHOOLERY, J. N. 1990. A nor-triterpenoid from Lophanthera lactescens.
Phytochemistry, 29, 2257-2261.
69
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
70
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
50 a 55 ppm) (Figura 23), assim uma parte do óleo floral bruto (2,29 g) foi
metilada com solução etérea de diazometano e analisada por CG-EM.83, 84
40
35
Transmitância
30 3372
1465
25 1371
20 2853
1234
2925
15 1737
13
Figura 23. Espectro de RMN de C do óleo floral bruto de L. lactescens (75,45 MHz,
CDCl3, TMS).
83
SILVERSTEIN, R. M.; WEBSTER, F. X. 2000. Identificação Espectrométrica de Compostos Orgânicos. 6a. ed. Rio de Janeiro:
LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora, 460 p.
84
PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ-JR, G. S. 1979. Introduction to Spectroscopy: a Guide for Students of Organic
Chemistry. USA: Saunders College Publishing, 367 p.
71
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
(1)
85
REIS, M. G. 2005. Caracteres Químicos em Estudos de Filogenia e Biologia de Polinização de Espécies de Oncidiinae
(Orchidaceae). Tese de doutorado, Instituto de Química, UNICAMP, Campinas-SP, 306 p.
72
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
N=14
(1)
a)
N=12
N=13 N=16
O
b) O O
(CH2 )12 O
(M+. -43)
(M+. -60)
c) O
O O
(CH2)13 O
(M+. -43)
+.
(M -60)
O
d) O O
(CH 2)14 O
3-acetoxi-octadecanoato de metila (1) +.
(M+. -60) (M -43)
(M+. +1)
e) O
O O
(CH2)16 O
(M+. -60)
(M+. -43)
(M+. +1)
Figura 25. a) Cromatograma de íons da fração LL 7-8, série de 3-acetoxi ésteres metílicos,
em destaque a substância (1); b) a e) espectros de massas dos componentes da
fração LL 7-8, em ordem crescente.
73
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
20
O 19
O O
17 15 13 11 9 7 5 3 1 21
O
74
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
86
SIGRIST, M. R. 2001. Biologia Reprodutiva de Doze Espécies Simpátricas de Malpighiaceae em Mata Semidecídua do Sudeste
Brasileiro. Tese de doutorado, Instituto de Biologia, UNICAMP, Campinas-SP, 122 p.
75
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
a) b)
c) d)
e) f)
Figura 26. a) Operária de T. angustula coletando óleo floral de L. lactescens; b) fêmea de
C. trigonoides coletando óleo floral e polinizando uma flor de L. lactescens; c)
muro do Almoxarifado Central da UNICAMP com ninho de T. angustula; d)
entrada do ninho de T. angustula, em destaque; e) operária de T. angustula
(vista lateral);87 e f) fêmea de C. trigonoides, vista lateral. Fotos: Adriana
Pianaro.
87
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; NOGUEIRA-NETO, P.; LAURINO, M. C.; SILVA, P. N.; GIANNINI, T. C. 2005. Tetragonisca
angustula angustula Latreille. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/beesp/tetragonisca_angustula_angustula.htm>. Acesso em: 08
de agosto de 2006.
76
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
77
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
a) O
O O
(CH2)14 O
3-acetoxi-octadecanoato de metila (1)
b)
c)
d)
78
CAPÍTULO 3 – ÓLEO FLORAL DE Lophanthera lactescens E SUAS ABELHAS COLETORAS DE ÓLEO
79
CONCLUSÕES FINAIS
CONCLUSÕES FINAIS
81
CONCLUSÕES FINAIS
6. Conclusões Finais.
83
CONCLUSÕES FINAIS
Vale a pena destacar que uma diferença química marcante foi observada
entre as castas e estas duas espécies de meliponíneos devido à presença de
compostos majoritários diferentes nos extratos dos abdomes de operárias e
machos de N. testaceicornis (acetato de geranil-geranila e Z-9-nonacoseno,
respectivamente) e também nos extratos dos abdomes de operárias e machos
de P. droryana (tetradecanal e um éster desconhecido).
O óleo floral metilado de Lophanthera lactescens (Malpighiaceae)
forneceu o isolamento de seu componente principal, o 3-acetoxi-
octadecanoato de metila, o qual está presente no óleo floral bruto na forma de
seu ácido. A observação biológica das árvores de L. lactescens revelou seus
polinizadores, as fêmeas de Centris trigonoides (Anthophoridae: Centridini), e
foi confirmada quimicamente a coleta do óleo floral de L. lactescens por elas e
pelas operárias de Tetragonisca angustula (Apidae: Meliponinae), estas
últimas com comportamento oportunista.
Os estudos revelaram os vários compostos responsáveis pelas interações
entre os organismos em questão, mostrando fundamental relacionar as análises
químicas com observações biológicas. Por isso, outras pesquisas devem ser
realizadas, formando profissionais com uma visão mais interdisciplinar.
84
PARTE EXPERIMENTAL
PARTE EXPERIMENTAL
85
PARTE EXPERIMENTAL
7. Parte Experimental.
87
PARTE EXPERIMENTAL
88
PARTE EXPERIMENTAL
IV – Espectrometria no Infravermelho:
Os espectros de absorção na região do infravermelho foram obtidos no
espectrofotômetro BOMEM MICHELSON MB, com transformada de Fourier.
As amostras foram solubilizadas em diclorometano e examinadas na forma de
um filme entre placas de NaCl. As absorções foram expressas em número de
onda (cm-1).
89
PARTE EXPERIMENTAL
13
RMN de C – Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear de
Carbono:
Os espectros de ressonância magnética nuclear de carbono foram
obtidos em equipamento Varian Inova, operando a 125,69 MHz, ou em
equipamento Bruker Gemini, operando a 75,45 MHz. Utilizou-se CDCl3 como
solvente e TMS como referência interna (δ 0,0). As análises foram realizadas
à temperatura ambiente. Os valores de deslocamentos químicos foram obtidos
em ppm e as constantes de acoplamento em Hertz (Hz). Como dado auxiliar
foi obtido um espectro tipo DEPT 135º, onde: CH3 e CH aparecem como
sinais positivos, CH2 como sinais negativos e carbonos quaternários com
intensidade zero; e tipo DEPT 90º, a qual mostra apenas sinais de CH.
Espectros bidimensionais de correlações (1H, 13C) a uma ligação (HSQC) e a
múltiplas ligações (gHMBC) foram utilizados nas assinalações dos dados
espectroscópicos.
Outros Equipamentos:
Vidrarias em geral, geladeira e freezer da marca ELECTROLUX,
balança analítica SARTORIUS BL1205, estufa de secagem e evaporador
rotativo marca BÜCHI B-480.
Solventes e Reagentes:
Todos os solventes utilizados são da marca Synth (Brasil), grau P.A. de
pureza, os quais foram destilados ou bidestilados antes do uso.88 O iodo
88
PERIN, D. D.; ARMAREGO, W. L. F.; PERRIN, D. R. 1980. Purification of Laboratory Chemicals. 2° ed. Oxford: Pergamon
Press, 568 p.
90
PARTE EXPERIMENTAL
Algodão tratado:
O algodão é colocado em um Soxlet com acetato de etila. Assim, a
maioria dos contaminantes do algodão são retirados. Após a limpeza, o
algodão é seco e guardado em um recipiente com tampa.
CC – Cromatografia em Coluna:
As colunas para cromatografia líquida clássica foram feitas empregando
sílica gel 60 de granulometria 0,035-0,070 mm (Merck).
91
PARTE EXPERIMENTAL
92
PARTE EXPERIMENTAL
t R( X ) − tR( Z )
(1) IR = 100z + 100
t R ( Z +1) − t R ( Z )
Onde:
z - número de átomos de carbono do n-alcano que elui antes da substância analisada (X);
tR(X) - tempo de retenção da substância analisada;
tR(Z) - tempo de retenção do n-alcano que elui antes da substância analisada;
tR(Z+1) - tempo de retenção do n-alcano que elui depois da substância analisada.
93
PARTE EXPERIMENTAL
89
VOGEL, A. I. 1989. Vogel’s Textbook of Practical Organic Chemistry. 5a ed. London: Longman Scientific & Technical, 1514 p.
90
ALLINGER, N. L.; CAVA, M. P.; DEJONGH, D. C.; LEBEL, N. A.; STEVENS, C. L. 1978. Química Orgânica. 2a ed. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara, 961 p.
94
PARTE EXPERIMENTAL
O O
S N + KOH S OK + CH2N2 + H2O
N O
O O diazometano
p-tolilsulfonilmetilnitrosamida (Diazald)
95
PARTE EXPERIMENTAL
que foram evaporadas sob pressão reduzida e analisadas por CCD e CG-EM,
injetando 1 µl das frações A-E (2 mg em 0,5 ml de acetato de etila) (Tabelas 3
e 4). Os compostos mais polares e o barro dos batumes ficaram retidos na
sílica gel do topo das colunas cromatográficas e não foram analisados. Como a
identificação de alguns compostos somente por espectrometria de massas não
é suficiente, calculamos os índices de retenção para todos os compostos e
comparamos com dados da literatura.58, 59
96
PARTE EXPERIMENTAL
Para evitar a perda de compostos voláteis, cada extrato teve seu solvente
reduzido em atmosfera de nitrogênio até alcançar o volume de
aproximadamente 50 µl, sendo 1 µl de cada extrato analisado por CG-EM
(Tabelas 5 e 6). Como somente a análise dos extratos por espectrometria de
massas não foi suficiente para identificar alguns compostos, os índices de
retenção foram calculados e comparados com os dados da literatura.58, 59
Após as análises por CG-EM, os extratos foram evaporados em
atmosfera de N2 e pesados (Tabela 9). Podemos observar que são obtidos
extratos com muito pouco material, o que dificulta a identificação de
compostos desconhecidos.
97
PARTE EXPERIMENTAL
Figura 30. Elaióforos epiteliais de uma flor de L. lactescens. Foto: Adriana Pianaro.
98
PARTE EXPERIMENTAL
99
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
101
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. Referências Bibliográficas.
103
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
104
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
48) BUCHMANN, S. L. 1987. The ecology of oil flowers and their bees.
Annual Review of Ecology and Systematics, 18, 343-369.
107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
108
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
110
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
79) ARM, C.; SCHWABE, R.; PFANDER, H. 1986. Synthese von (all-E,
14S)-14,15-epoxy-14,15-dihydrogeranylgeranial und 1,2-epoxy-1,2-
dihydrophytoen. Chimia, 40, 58-61.
111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
112
ANEXOS
ANEXOS
113
ANEXOS
9. Anexos.
243
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)9
SCH3
173
(M+.)
271
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)11
SCH3
173
(M+.)
(M+. -173)
285
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)12
SCH3
173
115
ANEXOS
299
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)13
SCH3
173
(M+.)
313
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)14
SCH3
173
(M+.)
327
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)15
SCH3
173
(M+.)
116
ANEXOS
355
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)17
SCH3
173
(M+.)
(M+. -173)
383
SCH3
(CH 2)5 (CH 2)19
SCH3
173
13
A9. Espectro de RMN de C do acetato de geranil-geranila (125,69 MHz, CDCl3, TMS,
nano-sonda).
117
ANEXOS
A11. Espectro de RMN de 13C (DEPT 135° e 90°) do acetato de geranil-geranila (125,69
MHz, CDCl3, TMS, nano-sonda).
118
ANEXOS
O
O O
55
50
45
40
Transmitância
35
1025
1172
30
O
25 O O
20 CH2 O 2853
14
1238
15
2924
10 1746
119
ANEXOS
O
O O
O
O O
13
A15. Espectro de RMN de C do 3-acetoxi-octadecanoato de metila (1) (125,69 MHz,
CDCl3, TMS).
120
ANEXOS
O
O O
A16. Espectro de RMN de 13C (DEPT 135° e 90°) do 3-acetoxi-octadecanoato de metila (1)
(125,69 MHz, CDCl3, TMS).
O
O O
121
ANEXOS
O
O O
O
O O
122
ANEXOS
Tridecano (C13H28)
(CH2)10
Tetradecano (C14H30) (CH2)11
Pentadecano (C15H32) (CH2)12
Hexadecano (C16H34) (CH2)13
Heptadecano (C17H36) (CH2)14
Octadecano (C18H38) (CH2)15
Nonadecano (C19H40) (CH2)16
Eicosano (C20H42) (CH2)17
Heneicosano (C21H44) (CH2)18
Docosano (C22H46) (CH2)19
Tricosano (C23H48) (CH2)20
Tetracosano (C24H50) (CH2)21
Pentacosano (C25H52) (CH2)22
Hexacosano (C26H54) (CH2)23
Heptacosano (C27H56) (CH2)24
Octacosano (C28H58) (CH2)25
Nonacosano (C29H60) (CH2)26
Hentriacontano (C31H64) (CH2)28
Tritriacontano (C33H68) (CH2)30
9-tricoseno (C23H46) (CH2)7 (CH2)12
9-pentacoseno (C25H50) (CH2)7 (CH2)14
9-hexacoseno (C26H52) (CH2)7 (CH2)15
9-heptacoseno (C27H54) (CH2)7 (CH2)16
9-octacoseno (C28H56) (CH2)7 (CH2)17
9-nonacoseno (C29H58) (CH2)7 (CH2)18
9-hentriaconteno (C31H62) (CH2)7 (CH2)20
9-tritriaconteno (C33H66) (CH2)7 (CH2)22
9,21-hentriacontadieno (C31H60) (CH2)7 (CH2)10 (CH2)8
(CH2)7
3-metil-tridecano (C14H30)
(CH2)9
3-metil-pentadecano (C16H34)
4-etil-tetradecano (C16H34)
(CH2)8
123
ANEXOS
(CH2)9
4-metil-hexadecano (C17H36)
(CH2)11
3-metil-heptadecano (C18H38)
(CH2)13
3-metil-nonadecano (C20H42)
2-fenil-tridecano (C19H32)
O
(CH2)6
Nonanal (C9H18O) H
O
124
ANEXOS
O
Acetato de farnesila (C17H28O2)
O
O
Acetato de octadecanila (C20H40O2) C18H37
O
O
Acetato de geranil-geranila (C22H36O2)
O
O
2,6-di-tercbutilquinona (C14H20O2)
N,N-diciclohexilamina (C12H23N) NH
NH
p-isopropilaminodifenilamina (C15H18N2)
NH
O
Oleamida (C18H35NO)
(CH2)7 (CH2)7 NH2
125
ANEXOS
OCH3
H3CO
H
Epiendesmina (C22H26O6) O O
OCH3
OCH3
NCO
Isocianato de ciclohexila (C7H11NO)
NCO
NCO
2,3-dihidro-benzofurano (C8H8O)
2,8-dimetil-1,7-dioxaspiro[5,5]undecano (C11H20O2)
O
O
Cl O
N
Metetilacloro (C15H22ClNO2)
Cl Cl
OH
4-terc-butilfenol (C10H14O)
126
ANEXOS
OH
3-pentadecano-fenol (C21H36O)
(CH2)14
OH
3-heptadecadieno-fenol (C23H36O)
C17H31
OH
3-heptadeceno-fenol (C23H38O)
C17H33
OH
3-heptadecano-fenol (C23H40O)
(CH2)16
OH
3-nonadeceno-fenol (C25H42O)
C19H37
OH
3-nonadecano-fenol (C25H44O)
(CH2)18
HO (CH2)14
5-pentadecano-resorcinol (C21H36O2)
OH
HO C17H31
5-heptadecadieno-resorcinol (C23H36O2)
OH
HO C17H33
5-heptadeceno-resorcinol (C23H38O2)
OH
HO C19H37
5-nonadeceno-resorcinol (C25H42O2)
OH
127
ANEXOS
Cadaleno (C15H18)
α-calacoreno (C15H20)
Ar-curcumeno (C15H22)
1-cis-calameneno (C15H22)
Junipeno (C15H24)
α-copaeno (C15H24)
H
H
H
α-muroleno (C15H24)
128
ANEXOS
H
β-cariofileno (C15H24)
H
(α-trans)-bergamoteno (C15H24)
γ-bisaboleno (C15H24)
γ-gurjuneno (C15H24)
α-guaieno (C15H24)
(cis-β)-guaieno (C15H24)
δ-guaieno (C15H24)
H
γ-cadineno (C15H24)
H
129
ANEXOS
δ-cadineno (C15H24)
H
Óxido de cariofileno (C15H24O)
Abietadieno (C20H32)
H
Esqualeno (C30H50)
β-amireno (C30H50) H
(E,E)-farnesol (C15H26O)
OH
130
ANEXOS
(E,Z)-farnesol (C15H26O)
OH
OH
Geranil linalol (C20H34O)
Ergostadien-3β-ol (C28H46O) H
H H
HO
H
Ergost-5-en-3β-ol (C28H48O)
H H
HO
Estigmastadien-3β-ol (C29H48O) H
H H
HO
Estigmast-5-en-3β-ol (C29H50O) H
H H
HO
β-amirina (C30H50O) H
H
HO
H
131
ANEXOS
α-amirina (C30H50O)
H
HO
H
Lanosterol (C30H50O)
HO
H
Damaradienol (C30H50O)
H
HO
H
H
Cicloart-24-en-3β-ol (C30H50O)
HO
H
24-metileno-cicloartan-3β-ol (C31H52O) H
HO
H
132