04 CNX LP 9ANO 1BIM Sequencia Didatica 1 TRTA
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A abordagem desta sequência didática colabora com a Competência Geral 3 (BNCC, p. 9), que
visa “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.”
Objetivos de aprendizagem
• Ler e conhecer nanoconto, microconto, miniconto e microrroteiro.
• Identificar as características desses gêneros.
• Comparar as semelhanças e as diferenças entre miniconto e microrroteiro.
• Produzir microrroteiros.
• Expor as produções no ambiente escolar.
Desenvolvimento
Aula 1 – Minicontos e microrroteiros?
Duração: cerca de 45 minutos
Local: sala de informática ou em sala de aula equipada com computador ligado à internet e projetor
Organização dos alunos: em duplas
Recursos e/ou material necessário: computadores, retroprojetor, cadernos, lápis, borracha, lousa e giz
Sugestões para o(a) professor(a) selecionar os textos conforme a faixa etária dos alunos:
• Nanocontos e microcontos de Jorge Miguel Marinho. Disponível em: <www.plataformadoletramento.org.br/em-
revista-coluna-detalhe/654/breves-contos-contos-breves.html>
• Minicontos de Marina Colasanti. Disponível em: <www.marinacolasanti.com/2013/09/hora-de-alimentar-
serpentes.html>
• Marina Colasanti por Vera Holtz. Disponível em: <www.marinacolasanti.com/search/label/Vera%20Holtz>
• Microrroteiros de Laura Guimarães. Disponível em: <http://nopassodoroteiro.blogspot.com/2013/03/breve-
apresentacao-microrroteiros-da.html?view=classic>
• Texto de apoio: “Microrroteiros pela cidade para estimular a imaginação das pessoas”. Disponível em:
<www.hypeness.com.br/2012/05/microrroteiros-pela-cidade-para-estimular-a-imaginacao-das-pessoas/>
Acesso em: 23 out. 2018.
Inicie a aula dizendo aos alunos que eles vão ler minicontos e microrroteiros, o que os ajudará
a compreender a construção de sentidos em pequenos textos. Retome o que eles já sabem sobre
minicontos: narrativas breves em que a palavra é usada com extrema concisão e que, assim como o
conto, organizam-se em torno de um único conflito. Informe ainda que, dada a brevidade do texto, ao
ler um miniconto somos desafiados a decifrar seus sentidos, na tentativa de completar aquilo que falta
na narrativa.
Peça que releiam o título do miniconto “Love Story” e pergunte qual é a sua relação com o
texto. Eles devem perceber que há ironia na relação entre o título e o texto e que, apesar de o título
sugerir que se trata de uma história de amor, no decorrer do texto não há uma história romântica,
gerando um sentido inverso e irônico na composição. (Como em literatura não há certo ou errado,
ouça outras interpretações, desde que fundamentadas.)
Pergunte aos alunos qual é o foco narrativo da história. Espera-se que os alunos digam que
está narrada na 3ª pessoa do singular: “ele se inspirou”. Pergunte em que passagem do texto é possível
identificar o clímax ou o desfecho que atribui ironia ou contradição. É possível que os alunos digam
que quando o autor diz que “o amor é cego”, há uma oposição a tudo o que ele tinha dito
anteriormente, pois apesar de ele dizer que viveu “a maior história de amor de todos os tempos”,
parece que sua mulher nunca percebeu seu amor por ela. Pergunte ainda por que o título está escrito
em inglês. Desafie-os a elaborar uma justificativa para essa escolha do autor e escute suas hipóteses,
acolhendo suas reflexões. Os alunos poderão relacionar a histórias românticas britânicas, como as de
Shakespeare (Romeu e Julieta), ou outras histórias de amor que aparecem em filmes ou letras de
música, vinculadas a ideias populares do romantismo.
Na sequência, recorde que, em um conto, o conflito gera uma ação em torno da qual a
narrativa se desenvolve. Pergunte se é possível perceber o conflito gerador da ação no miniconto.
Espera-se que digam que o conflito está entre o amor que o autor sente por sua mulher e o fato de ela
não perceber esse amor. Portanto, o clímax é atingido no final, quando o autor diz que sua mulher não
percebe seu amor.
Informe aos alunos que, como nos contos, minicontos podem apresentar foco narrativo em
3ª ou em 1ª pessoa. Por exemplo:
Pergunte aos alunos se há conexão entre o título e o texto e quais são as possibilidades de
sentido no miniconto. Peça que usem a imaginação. Eles devem perceber que o narrador em 1ª pessoa
é o destino, que chegou atrasado. É provável que eles levantem hipóteses inferindo o sentido de que
se uma pessoa espera passivamente pelo que deseja na vida (seu destino), é possível que demore a
acontecer.
Diga aos alunos que existe uma classificação segundo a qual os minicontos podem ser
agrupados conforme a quantidade de letras que apresentam. Se possuírem até 50 letras, sem contar
espaços e acentos, são chamados de nanocontos; se possuírem até 150 letras (ou toques, pois contam
letras, espaços e pontuação), são microcontos; e minicontos (300 palavras ou até 600 toques).
Material Digital do Professor
Língua Portuguesa – 9º ano
1º bimestre – Sequência didática 1
Pergunte aos alunos como eles acham que se classificam os contos que leram de acordo com esse
critério. Informe que, de acordo com a classificação, eles conheceram um miniconto (“Love Story”: 313
toques) e um nanoconto (“O destino bate à sua porta”: 40 letras). Contudo, apesar das classificações,
podemos nos referir a eles como minicontos, considerando que são concisos e exigem a participação
do leitor na atribuição de sentidos.
Acesse o blogue da artista Laura Guimarães (link em Recursos e/ou material necessário) e leia
com os alunos a definição de microrroteiro, depois leia as cenas até a página 17, explorando com os
alunos cada texto. A visualização em mosaico, acessível pelo menu principal, deve ser estimulante e
despertar a curiosidade dos alunos. Portanto, deixe-os explorar livremente (por volta de 5 minutos),
em um primeiro momento, o conteúdo do site, e depois pergunte o que lhes chamou a atenção. Ouça-
os atentamente, peça que leiam alguns microrroteiros de que gostaram e pergunte de que forma
interpretaram o que está escrito, por exemplo:
“distrai do farol
com a lua
cheia. Som
Som de buzina
no carro de
trás não
Viram o céu”
Pergunte se eles já viram pela cidade onde moram (ou em visita a outras cidades) obras como
as de Laura Guimarães. É possível que alguns alunos tenham notado esse formato de material impresso
– chamado de lambe-lambe – espalhado pelos muros de cidades mais urbanizadas. Explique que o
lambe-lambe artístico é um pôster de tamanho variado que é colado em espaços públicos, compondo
a arte urbana contemporânea.
140 caracteres e tem como objetivo estimular a imaginação das pessoas por meio da descrição de
cenas inspiradas no cotidiano. Reapresente alguns microrroteiros aos alunos e leve-os a perceber o
papel colorido e chamativo, a disposição das letras no suporte (que lembram poemas concretos) e a
tipologia escolhida, fazendo referência à escrita da máquina de escrever e ao roteiro. Explique que o
objetivo é criar uma intervenção artística urbana que possibilite um novo olhar ao instigar como as
situações triviais e podem ser inspiradoras.
Finalize a aula perguntando aos alunos que semelhanças eles notam entre os minicontos e os
microrroteiros. Espera-se que mencionem que ambos são textos breves com linguagem concisa, com
uso de jogos de palavra ou figuras de linguagem, oferecendo múltiplas interpretações. Leve-os a
perceber, no entanto, que apresentam objetivos diferentes, já que o microrroteiro, afixado nas ruas
das cidades, propõe-se a uma intervenção urbana com o objetivo de fazer as pessoas observarem o
cotidiano de modo diferente, enquanto o miniconto circula em suportes menos abertos, como jornais,
revista, livros, etc. Mencione, ainda, que os microrroteiros não são assinados, como o miniconto.
Neles, a figura do narrador está diluída ou é inexistente: os textos são fragmentos que se colaram à
cidade como forma de resistência e poesia.
Para que os alunos percebam uma possível estratégia de circulação, pergunte de que forma,
em meio à velocidade da cidade, seria possível propor uma reflexão aos passantes? É possível que os
alunos percebam que é necessário afixar os microrroteiros em lugares em que as pessoas passam com
mais tranquilidade, como nos pontos de ônibus e postes próximos a semáforos.
Inicie a aula dizendo aos alunos que eles vão produzir microrroteiros em duplas para afixá-los
no ambiente escolar. O objetivo é estimular a imaginação dos alunos e passantes, convidando-os a
refletir sobre o cotidiano na escola, ao narrar cenas decorrentes desse ambiente, obtendo um novo
olhar sobre o lugar em que diariamente convivem. As produções deverão ser impressas em papéis
coloridos e feitas em um processador de textos.
Material Digital do Professor
Língua Portuguesa – 9º ano
1º bimestre – Sequência didática 1
Lembre os alunos de que o microrroteiro propõe a descrição objetiva de uma breve cena ou
narrativa cotidiana, em 1ª ou em 3ª pessoa. Ressalte também que nesses textos situações do passado
são relembradas, o que se nota pelo uso de verbos no pretérito. Além disso, podem apresentar figuras
de linguagem e devem levar a uma reflexão por parte dos passantes. Se necessário, peça que acessem
novamente o blogue de Laura Guimarães para se inspirarem.
Divida a turma em duplas e pergunte aos alunos que temas poderiam ser abordados. É possível
que eles sugiram temas como: época das avaliações; as relações entre os alunos, citando possíveis
desavenças ou gestos de amizade; atitudes dos professores; festas ou férias escolares.
Para a escrita, explique aos alunos que, dada sua extrema concisão, eles devem realizar
algumas tentativas até atingirem as ideias que desejam expressar. Ao final do tempo destinado à
escrita, eles devem planejar a produção na cor do papel que desejam, dispondo as palavras conforme
desejarem, ou seja, deve estar pronto para impressão. Esse trabalho deve ser salvo na pasta de
documentos que o professor organizará no sistema de informática da escola.
Avise aos alunos sobre o tempo, alertando-os quando restarem 15 ou 10 minutos para acabar.
Eles deverão compartilhar suas produções com os outros colegas da turma na atividade seguinte e
eleger as melhores produções para serem afixadas no mural.
As duplas deverão compartilhar com seus colegas suas produções, que devem apresentar seus
microrroteiros já prontos para impressão. Os alunos devem trocar seus trabalhos, conhecendo os
trabalhos dos colegas. Peça às duplas que registrem nos trabalhos dos colegas suas sugestões de
melhorias, tanto no texto quanto na arte.
Assim que todos tiverem realizado suas revisões e finalizações, proponha que afixem as
produções nos murais e paredes da escola. Provavelmente, será necessário outro momento para
realizar essa atividade extra sala de aula.
Se possível, peça também ao responsável pelo site ou página da escola nas redes sociais que
fotografe as produções dos alunos para serem divulgadas no formato digital.
A participação oral, as hipóteses, ideias e conclusões dos alunos revelam a compreensão sobre
os conceitos estudados. A produção dos microrroteiros, assim como o cuidado e a atenção na
apresentação ou o comprometimento coletivo na escolha dos melhores, também são instrumentos
que devem ser avaliados, revelando o engajamento individual no aprendizado.
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Língua Portuguesa – 9º ano
1º bimestre – Sequência didática 1
Além das atividades desenvolvidas distribuídas pelas duas aulas, a aferição também pode ser
realizada por meio das questões a seguir.