Análise Respostas em Frequência em Sistemas de Controle PDF
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AMAZONAS
CAMPUS MANAUS CENTRO
CURSO ENGENHARIA MECÂNICA 9º PERÍODO
MANAUS – AM
2020
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
AMAZONAS
Prof(ª). MARISSOL
MANAUS-AM
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
1.1. CONFIGURAÇÕES DOS SISTEMAS DE CONTROLE................................................ 4
1.2. ANÁLISE DE RESPOSTA EM FREQUÊNCIA ............................................................. 4
1.3. OBJETIVOS: ..................................................................................................................... 7
1.4. ESTUDO DE CASO: CONTROLE DE POSIÇÃO AZIMUTE DE UMA ANTENA .... 8
2. MODELAGEM MATEMÁTICA ................................................................................ 11
2.1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS.......................................................................................... 11
2.2. TRANSFORMADA DE LAPLACE ................................................................................. 12
2.3. FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ................................................................................... 12
3. METODOLOGIA.......................................................................................................... 13
3.1. PROCEDIMENTO DO PROJETO ................................................................................... 15
3.2. MODELAGEM PROPOSTA ............................................................................................ 16
4. RESPOSTAS, RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................... 17
5. CONCLUSÃO................................................................................................................ 25
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 26
3
1. INTRODUÇÃO
A função de transferência é:
𝑌(𝑆)
𝐺(𝑆) =
𝑋(𝑆)
Num sistema estável, se a entrada for:
x(t) = Xsen(ωt)
a saída será:
y(t) = Ysen(ωt + φ)
com
Y = X|G(jω)|
|Y(jω)|
|G(jω)| =
|X(jω)|
E
|Y(jω)|
∠|G(jω)| = ∠
|X(jω)|
Desta maneira, para determinar-se a resposta em frequência, deve-se calcular:
Y(jω)
G(jω) =
X(jω)
(fazer s = jω na função de transferência)
As formas gráficas mais utilizadas para análise são:
• Gráfico polar ou curva de Nyquist;
• diagrama de Bode;
• curvas de Nichols.
O diagrama polar de G(jw) representa sua evolução à medida que w varia de 0 a +∞.
Uma vantagem desse tipo de diagrama é representar G(jw) em um único gráfico. O diagrama
polar é também conhecido como diagrama de Nyquist.
Exemplos:
1) Sistema de 1ª ordem:
1
G(s) =
τs + 1
2) Sistema de 2ª ordem:
1
G(s) =
2ξs⁄
(𝑠⁄ω𝑛 )2 + ω𝑛 + 1
1.3.OBJETIVOS:
Figura 5 - Visão noturna do conjunto de antenas do rádio observatório ALMA no platô de Chajnantor no
deserto do Atacama, Chile.
Créditos: Observatório ALMA/Divulgação.
O sistema de controle de posição azimute de uma antena tem como finalidade fazer com
que a antena seja posicionada em um dado azimute (ângulo de saída da antena). Descrever-se-
á de forma qualitativa o procedimento de projeto do sistema mostrando como esse sistema opera
e como se pode fazer alterações em seu desempenho.
Passo 1: Transformar requisitos em um sistema físico
O sistema é mostrado na Figura 7 mostrando o conceito do mesmo. Na Figura 8 temos
o leiaute detalhado do sistema. Na concepção do sistema queremos que o ângulo de azimute de
saída da antena siga o ângulo selecionado na entrada da mesma por meio do potenciômetro de
entrada. O comando de entrada é um deslocamento angular, o potenciômetro converte a
informação angular em uma tensão. Desse mesmo modo, o deslocamento angular da saída é
convertido em uma tensão por um potenciômetro no canal de realimentação. Os amplificadores
de sinal e de potência amplificam a diferença entre as tensões de entrada e de saída e este sinal
amplificado atua sobre o processo. O sistema de controle opera no intuito de levar o erro a zero.
9
Figura 10 - Diagrama de blocos equivalente para o sistema de controle de posição da antena em azimute.
Fonte: NISE, 2011
2. MODELAGEM MATEMÁTICA
(2.1)
Deve-se mencionar que para se obter o modelo matemático de um sistema é necessário
conhecer os valores dos parâmetros, os quais frequentemente, não são de fácil determinação.
As análises, medições ou especificações de fabricantes são algumas das fontes que o engenheiro
de sistemas de controle deve utilizar para determinação dos parâmetros (NISE, 2011).
(2.2)
em que s é uma variável complexa. F(s) é chamada de transformada de Laplace de f(t).
(2.3)
(2.4)
A partir da expressão acima, chegamos a:
(2.5)
Esta expressão:
(2.6)
é chamada função de transferência do sistema. Relaciona, de forma algébrica, a entrada e a
saída de um sistema. Dado G(s) e a transformada da entrada R(s) podemos calcular a saída:
(2.7)
A função de transferência é representada pelo diagrama de blocos a seguir:
3. METODOLOGIA
(3.1)
14
para diferentes valores de β, em que β < 1. Observe que os picos da curva de fase variam em
ângulo máximo e na frequência onde o máximo ocorre. O ganho estático do compensador é
ajustado para a unidade com o coeficiente 1/β, para não alterar o ganho estático projetado para
a constante de erro estático quando o compensador é inserido no sistema.
Para projetar um compensador de avanço de fase e alterar tanto a margem de fase quanto
a frequência de margem de fase, é útil dispor de uma expressão analítica para o valor máximo
de fase e para a frequência na qual o valor máximo de fase ocorre, como mostrado na Figura
13.
A partir da Eq. (3.1) a fase do compensador de avanço de fase, φc, é
(3.2)
Derivando em relação a ω, obtemos
(3.3)
Igualando a Eq. (3.3) a zero, determinamos que a frequência, ωmáx, na qual a fase
máxima, φmáx, ocorre é
(3.4)
Substituindo a Eq. (3.4) na Eq. (3.3) com s = jωmáx,
(3.5)
15
Fazendo uso de tan(φ1 – φ2) = (tan φ1 – tan φ2)/(1 + tan φ1 tan φ2), a variação de fase
máxima do compensador, φmáx, é
(3.6)
e a magnitude do compensador em ωmáx é
(3.7)
Estamos agora prontos para enunciar o procedimento de projeto.
2. Uma vez que o compensador de avanço de fase tem efeito desprezível em baixas
frequências, ajuste o ganho, K, do sistema sem compensação para o valor que satisfaz o
requisito de erro em regime permanente.
3. Trace os diagramas de Bode de magnitude e de fase para este valor de ganho e
determine a margem de fase do sistema sem compensação.
4. Determine a margem de fase para atender ao requisito de fator de amortecimento ou
de ultrapassagem percentual. Calcule, então, a contribuição adicional de fase requerida do
compensador.
5. Determine o valor de β (ver Eqs. (3.1) e (3.6)) a partir da contribuição de fase
requerida do compensador de avanço de fase.
6. Determine a magnitude do compensador no pico da curva de fase (Eq. (3.7)).
7. Determine a nova frequência de margem de fase descobrindo onde a curva de
magnitude do sistema sem compensação é o negativo da magnitude do compensador de avanço
de fase no pico da curva de fase do compensador.
8. Projete as frequências de quebra do compensador de avanço de fase utilizando as Eqs.
(3.1) e (3.4) para obter T e as frequências de quebra.
9. Reajuste o ganho do sistema para compensar o ganho do compensador de avanço de
fase.
10. Verifique a faixa de passagem para ter certeza de que o requisito de velocidade no
Passo 1 foi atendido.
11. Simule para ter certeza de que todos os requisitos foram atendidos.
12. Reprojete, se necessário, para atender aos requisitos.
A partir desses passos, observamos que estamos aumentando tanto a margem de fase
(melhorando a ultrapassagem percentual) quanto a frequência de cruzamento de ganho
(aumentando a velocidade). Agora que enunciamos um procedimento com o qual podemos
projetar um compensador de avanço de fase para melhorar a resposta transitória, vamos
demonstrar sua utilização.
4. Uma ultrapassagem de 20% implica uma margem de fase de 48,1°. O sistema sem
compensação com K = 1.440 possui uma margem de fase de 34° em uma frequência de margem
de fase de 29,6. Para aumentar a margem de fase, inserimos uma estrutura de avanço de fase
que adiciona fase suficiente para resultar em uma margem de fase de 48,1°. Uma vez que
sabemos que a estrutura de avanço de fase também irá aumentar a frequência de margem de
fase, acrescentamos um fator de correção para compensar a fase menor do sistema sem
compensação nesta frequência de margem defase maior. Como não conhecemos a frequência
de margem de fase maior, admitimos um fator de correção de 10°. Assim, a contribuição de
fase total requerida do compensador é 48,1° – 34° + 10° = 24,1°. Em resumo, nosso sistema
compensado deve ter uma margem de fase de 48,1° com uma faixa de passagem de 46,6 rad/s.
Se as características do sistema não forem aceitáveis após o projeto, então um reprojeto com
um fator de correção diferente pode ser necessário.
5. Usando a Eq. (3.6), β = 0,42 para φmáx = 24,1°.
6. A partir da Eq. (3.7), a magnitude do compensador de avanço de fase é 3,76dB em
ωmáx.
19
em que 2,38 é o ganho requerido para manter o ganho estático do compensador unitário,
de modo que Kv = 40 após a inserção do compensador.
A função de transferência compensada em malha aberta final é então
10. A partir da Figura 16, a magnitude da resposta compensada com avanço de fase em
malha aberta é 27 dB em aproximadamente 68,8 rad/s. Assim, estimamos a faixa de passagem
em malha fechada como 68,8 rad/s. Uma vez que essa faixa de passagem excede o requisito de
46,6 rad/s, admitimos que a especificação de instante de pico é atendida. Esta conclusão sobre
o instante de pico é baseada em uma aproximação assintótica e de segunda ordem que será
verificada através de simulação.
11. A Figura16 resume o projeto e mostra o efeito da compensação. Os resultados finais,
obtidos a partir de uma simulação e a resposta em frequência real (não assintótica), são
mostrados na Tabela 1. Observe o aumento na margem de fase, na frequência de margem de
fase e na faixa de passagem em malha fechada após a inserção do compensador de avanço de
fase no sistema com ganho ajustado. Os requisitos de instante de pico e de erro em regime
permanente foram atendidos, embora a margem de fase seja menor do que a proposta e a
ultrapassagem percentual seja 2,6% maior que a proposta. Finalmente, se o desempenho não
for aceitável, um reprojeto é necessário.
20
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DORF, C.; BISHO,. Sistemas de controle modernos. 11. ed. [S.l.]: LTC, 2009. 724 p.
EVANS, W. R. Control System Synthesis by Root Locus. [S.l.]: [s.n.], v. 69, 1950. 66-69 p.
LATHI,. Signal Processing and Linear Systems. [S.l.]: Oxford University Press, 1998. 850
p.
RUGH, J. Linear System Theory. 2. ed. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1996. 356 p.