Riscos Poeiras 2010
Riscos Poeiras 2010
Riscos Poeiras 2010
1. Introdução 5
3. Exposição do Trabalhador 11
6. Poeiras 18
6.1 Chumbo 18
6.2 Amianto 22
6.3 Sílica 26
6.4 Carvão 30
6.5 Óxido de Ferro, Sulfato de Bário e Óxido de Estanho 34
Pretende-se com este trabalho:
• P
roporcionar aos trabalhadores, nomeadamente aos seus re-
presentantes eleitos para a área da segurança, higiene e saúde
no trabalho, um conjunto de informação técnica tendo como
objectivo a minimização do risco ligado à presença de poeiras
nos locais de trabalho;
• D
ar a conhecer o quadro legal que visa a protecção dos traba-
lhadores expostos a este tipo de risco, e nesse sentido a forma
e os meios necessários para o cumprimento das obrigações le-
gais por parte da entidade patronal;
• R
econhecer os problemas para a saúde dos trabalhadores re-
sultantes da exposição às poeiras e em conformidade, criar as
condições necessárias para que os serviços médicos do trabalho
prestem a adequada vigilância e protecção aos trabalhadores
expostos;
• P
restar aos trabalhadores e seus representantes as informa-
ções necessárias relativas ao risco de exposição às poeiras,
bem como respeitar o seu direito de proposta e participação
nas medidas de prevenção.
• T
omar conhecimento da informação prestada pela entidade pa-
tronal relativa às medidas de prevenção, bem como receber
formação adequada;
• P
articipar nas medidas de prevenção, utilizando adequadamen-
te os equipamentos e materiais de segurança, incluindo o uso
correcto do equipamento de protecção individual;
• C
omparecer às consultas e exames médicos realizados pela
medicina do trabalho.
Composição volumétrica do ar.
• P
oeiras – suspensão no ar de partículas esferoidais de peque-
no tamanho, formadas durante o manuseamento de certos ma-
teriais e por processos mecânicos de desintegração;
• A
erossóis (mist) – suspensão no ar de
gotículas cujo tamanho não é visível à vis-
ta desarmada e provenientes da dispersão
mecânica de líquidos;
• V
apores – fase gasosa de substâncias que nas condições – pa-
drão (25 ºC e 760 mm Hg) se encontram no estado sólido ou
líquido.
10
3. Exposição do Trabalhador
São várias as vias pelas quais o trabalhador pode ser contaminado pe-
las poeiras, isto é, a entrada no organismo pode ocorrer:
• Vias de penetração;
• F
requência (respirar durante um ou dois dias pó de cimento
provoca dificuldades respiratórias; mês após mês, ano após
ano, pode levar ao aparecimento de edema pulmonar ainda que
as concentrações no ar sejam muito baixas);
• Toxicidade da poeira.
12
O ponto de partida para a redução dos riscos para a saúde nos locais de
trabalho é efectuar o diagnóstico das condições reais de trabalho.
14
Deste modo é difícil estabelecer a relação entre o local de trabalho e
os sintomas.
a) Poeiras inertes
• N
ão produzem alterações fisiológicas significativas, embora
possam ficar retidas nos pulmões; somente apresentam pro-
blemas em concentrações muito elevadas; ex.: celulose, alguns
carbonatos.
• S
ão poeiras susceptíveis de provocar reacções químicas ao ní-
vel dos alvéolos pulmonares, dando origem a doenças graves
(pneumoconioses); ex.: sílica (silicose), amianto (asbestose).
c) Poeiras sensibilizantes
• P
odem actuar sobre a pele (sensibilizantes por penetração cutâ-
nea) ou sobre o aparelho respiratório (sensibilizantes por inala-
ção); ex.: madeiras tropicais, resinas.
• P
odem causar lesões em um ou mais órgãos viscerais, de uma
forma rápida e em concentrações elevadas (intoxicações agu-
das) ou lentamente e em concentrações relativamente baixas
(intoxicações crónicas); a maioria das poeiras metálicas é tóxi-
ca; ex.: poeiras de chumbo, cádmio, manganês, berílio, crómio,
etc.; podem ainda originar cancro e alterações no sistema ner-
voso central.
• P
roceder à medição da concentração dos agentes químicos no
local de trabalho;
• D
ispor de um plano de acção a aplicar em situação de incidente,
acidente ou emergência;
• A
ssegurar a informação
e a formação dos traba-
lhadores e dos seus re-
presentantes para a se-
gurança, higiene e saúde
no trabalho, sobre as
precauções e medidas
adequadas para se pro-
tegerem;
• A
ssegurar a vigilância da
saúde dos trabalhado-
res.
16
Neste âmbito faz-se também referência ao Decreto-Lei nº 479 / 85 de
13 de Novembro, que fixa as substâncias, os agentes e os processos
industriais que comportam risco cancerígeno, efectivo ou potencial,
para os trabalhadores profissionalmente expostos e ao Decreto-Lei nº
301 / 2000 de 18 de Novembro, relativo à protecção dos trabalhadores
contra os riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou muta-
génicos.
• O
Decreto-Lei nº 305 / 2007 de 24 de Agosto, que estabelece
a segunda lista de valores limite de exposição profissional indi-
cativos, que altera o anexo do Decreto-Lei nº 290 / 2001 de 16
de Novembro;
6. Poeiras
6.1 Chumbo
18
A solda é uma liga de chumbo com estanho, em proporções variáveis
de acordo com o ponto de fusão pretendido (a adição de bismuto, cád-
mio ou mercúrio, também pode alterar o ponto de fusão da solda).
• amanho da partícula;
T
• Densidade;
• Solubilidade;
• Ritmo respiratório;
• Duração da exposição;
• Concentração na atmosfera;
• Susceptibilidade do trabalhador.
• F
adiga e diminuição da capa-
cidade física;
• Alterações do sono;
• C
humbo elementar e compostos inorgânicos, expressos em
Pb;
20
A utilização de chumbo está abrangida por legislação nacional especí-
fica, nomeadamente:
• D
ecreto-Lei nº 274 / 89 de 21 de Agosto, relativo à protecção
dos trabalhadores contra os riscos resultantes da exposição ao
chumbo e aos seus compostos iónicos nos locais de trabalho,
com as alterações introduzidas no Artº 22º, pela Lei nº 113
/ 99 de 3 de Agosto (Desenvolve e concretiza o regime geral
das contra-ordenações laborais, através da tipificação e classi-
ficação das contra-ordenações correspondentes à violação da
legislação específica de segurança e saúde no trabalho em cer-
tos sectores de actividades ou a determinados riscos profissio-
nais);
• L
ei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, que regulamenta a Lei
nº 7 / 2009 de 12 de Fevereiro, que aprovou o novo Código do
Trabalho.
22
O amianto é perigoso ao dispersar-se no ar sob a forma de fibras mui-
to pequenas que são invisíveis a olho nu. A inalação dessas fibras de
amianto pode provocar doenças.
Por vezes a inalação de fibras de amianto pode fazer com que se acu-
mule líquido no espaço que se encontra entre as camadas pleurais
(cavidade pleural).
24
Actualmente o número de indivíduos que sofrem de asbestose é me-
nor, mas os mesoteliomas continuam a aparecer em indivíduos que
estiveram expostos até há 40 anos. Os fumadores que estiveram em
contacto com o amianto podem reduzir o risco de cancro deixando de
fumar.
• D
ecreto-Lei nº 479 / 85 de 13 de Novembro, que fixa as subs-
tâncias, os agentes e os processos industriais que comportam
risco cancerígeno, efectivo ou potencial, para os trabalhadores
profissionalmente expostos;
• D
ecreto-Lei nº 301 / 2000 de 18 de Novembro, relativo à pro-
tecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a
agentes cancerígenos ou mutagénicos;
• L
ei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, que regulamenta a Lei
nº 7 / 2009 de 12 de Fevereiro, que aprovou o novo Código do
Trabalho.
• D
ecreto-Lei nº 266 / 2007 de 24 de Julho, relativo à protecção
sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao
amianto durante o trabalho.
6.3 Sílica
26
Na natureza, o a-quartzo é o mais comum; é componente de solos e
rochas; consequentemente os trabalhadores poderão estar expostos
a poeiras de quartzo em muitas actividades e indústrias. A tridimite
e a cristobalite encontram-se em rochas e solos e são produzidas em
algumas operações industriais, quando se aquece a-quartzo ou sílica
amorfa (por exemplo, em processos de fundição e produção de tijolos
e cerâmica). A queima de resíduos agrícolas também poderá levar à
transformação de sílica amorfa em cristobalite.
28
Além disso, os indivíduos com silicose expostos ao microrganismo cau-
sador da tuberculose são mais propensos a desenvolvê-la do que aque-
les que não estão afectados pela silicose.
• A
concentração atmosférica da fracção respirável de poeira e o
seu teor em sílica;
• A duração da exposição;
• A susceptibilidade individual.
• D
ecreto-Lei nº 162 / 90 de 22 de Maio (Regulamento Geral de
Segurança e Higiene no Trabalho nas Minas e Pedreiras);
• L
ei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, que regulamenta a Lei
nº 7 / 2009 de 12 de Fevereiro, que aprovou o novo Código do
Trabalho.
6.4 Carvão
Designação Características
30
Carvão com um poder calorífico su-
perior > a 24 MJ/kg. Alcatrão de hu-
Carvão betuminoso lha: obtido por destilação da hulha.
(hulha) Breu de hulha: derivado do alcatrão
de hulha.Óleos de hulha: obtido por
destilação do alcatrão de hulha.
Designações do carvão.
Brônquio
Normal
Brônquio
Inflamado
32
de carvão. O tecido pulmonar e os vasos sanguíneos dos pulmões po-
dem ficar destruídos pelas cicatrizes.
• A
lcatrão de hulha - fracção volátil (aerossóis solúveis em ben-
zeno);
• Carvão, poeiras - Antracite;
• Carvão, poeiras - Betuminoso.
• P
elo Decreto-Lei nº 301 / 2000 de 18 de Novembro, relativo à
protecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposi-
ção a agentes cancerígenos ou mutagénicos;
• L
ei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, que regulamenta a Lei
nº 7 / 2009 de 12 de Fevereiro, que aprovou o novo Código do
Trabalho.
34
As doenças profissionais decorrentes da exposição a estas substâncias
estão devidamente caracterizadas no Decreto Regulamentar nº 76 /
2007 de 17 de Julho.
• Ó xido de ferro;
• Sulfato de bário;
• Estanho, expresso em Sn - óxido e compostos inorgânicos, ex-
cepto hidrato de estanho.
• L
ei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, que regulamenta a Lei
nº 7 / 2009 de 12 de Fevereiro, que aprovou o novo Código do
Trabalho;
• P
elo Decreto-Lei nº 305 / 2007 de 24 de Agosto, que estabelece
a segunda lista de valores limite de exposição profissional indi-
cativos, que altera o anexo do Decreto-Lei nº 290 / 2001 de 16
de Novembro.
36
• U
tilização de equipamento adequado para trabalhar com agen-
tes químicos
Os equipamentos deverão ser seleccionados e instalados tendo em
conta as características do agente a manipular, bem como a área en-
volvente do local onde vai ser instalado.
• U
tilização de processos de
manutenção que garantam a
saúde e a segurança dos tra-
balhadores
Os equipamentos e instalações afec-
tos ao processo produtivo devem ser
alvo de revisão e manutenção siste-
mática, com registo documental da
respectiva execução.
• R
edução ao mínimo do número de trabalhadores expostos ou
susceptíveis de estar expostos
Para a minimização do risco de exposição, as actividades devem ser
organizadas de forma a serem executadas pelo número de trabalha-
dores estritamente necessário, em zonas condicionadas e com acesso
limitado.
• A
dopção de medidas de higiene ade-
quadas
Hábitos contrários às medidas de higiene pes-
soal mais elementares, favorecem a ingestão
involuntária e sistemática dos agentes quími-
cos perigosos existentes no local de trabalho.
38
A limpeza do local de trabalho / instalação não deverá constituir um
risco adicional para o trabalhador que a execute.
• R
edução da quantidade de agentes químicos presentes ao míni-
mo necessário
No local de trabalho, deverá existir a quantidade de agente químico
estritamente necessária à execução do trabalho. Esta prática reduz
não só o risco de exposição ao agente químico, bem como as con-
sequências de um acidente que possa vir a acontecer durante a sua
manipulação. Pode-se recorrer, por exemplo, ao uso de recipientes de
pequena capacidade.
• N
ão é fácil encontrar agentes químicos que substituam outros
que estejam a ser usados;
• O
s agentes substitutos tecnicamente viáveis apresentam eles
próprios alguma nocividade, a qual deve ser considerada.
• C
oncepção de processos de trabalho e de controlos técnicos
apropriados e a utilização de equipamentos e materiais adequa-
dos que permitam evitar ou reduzir ao mínimo a libertação de
agentes químicos perigosos;
• A
plicação de medidas de
protecção colectiva na
fonte do risco, designada-
mente de ventilação ade-
quada, e de medidas or-
ganizativas apropriadas;
• A
dopção de medidas de
protecção individual, in-
cluindo a utilização de
equipamentos de protec-
ção individual, se não for
possível evitar a exposi-
ção por outros meios.
40
• Separação de zonas “sujas”
Em determinadas operações / pro-
cessos (polimento de metais, rebar-
bagem de peças metálicas, a moagem
de substâncias sólidas, a brocagem de
metais, etc.) é necessário exercer uma
intensa acção mecânica sobre os ma-
teriais, levando a que se possa gerar
grande quantidade de matéria frag-
mentada (o recurso a métodos de tra-
balho “húmidos” poderá reduzir o risco
de exposição a poeiras).
• Automatização
Consiste em substituir, num processo produtivo, o operador por dis-
positivos mecânicos ou electrónicos. Consequentemente, os trabalha-
dores deixam de estar expostos aos agentes químicos, ficam menos
tempo expostos a eles ou ficam afastados deles.
42
Automatização
• Extracção localizada
Consiste na aspiração dos agentes químicos perigosos o mais próximo
possível do local onde são gerados. Desta forma, impede-se que o
contaminante se disperse no ambiente de trabalho. Campânulas para
soldadura são um bom exemplo de aplicação. É importante que este
sistema seja dimensionado pelo fabricante do equipamento ou por es-
pecialistas, seja alvo de revisão / manutenção sistemática e que o
trabalhador não modifique o sistema instalado.
Extracção localizada
A ventilação geral por diluição poderá não ser eficaz para o controlo de
poeiras e fumos dado que:
• A
velocidade de geração e o grau de evolução destes contami-
nantes são geralmente elevados;
• É
muito difícil obter dados sobre a quantidade de poeiras e fu-
mos produzidos.
44
No âmbito da adopção de medidas de protecção individual, é impor-
tante ter presente que os equipamentos de protecção individual (EPI’s)
constituem a última barreira entre o agente químico perigoso e o tra-
balhador. Num local de trabalho em que exista o risco de exposição a
poeiras é importante a protecção respiratória, ocular e cutânea.
46
9. Medição da Concentração dos Agentes Químicos no Local de
Trabalho
• A localização da recolha;
• F
lutuações apreciáveis na concentração, tendo em conta a
situação de máximo atingido.
48
Note-se que as metodologias de recolha de amostras e análise são di-
ferentes consoante o tipo de contaminante em causa. A ACGIH (Ame-
rican Conference of Governmental Industrial Hygienists) e a NIOSH
(National Institute for Occupational Safety and Health) desenvolveram
grande parte delas, as quais permitem proceder à medição da concen-
tração dos vários agentes químicos presentes no local de trabalho.
• c
oncentração média ponderada para um dia de trabalho de 8
horas e uma semana de 40 horas, à qual se considera que pra-
ticamente todos os trabalhadores podem estar expostos, dia
após dia, sem efeitos adversos para a saúde;
• c
oncentração à qual se considera que praticamente todos os
trabalhadores podem estar repetidamente expostos, por curtos
períodos de tempo, desde que não seja excedido o VLE-MP e
sem que ocorram efeitos adversos;
• c
oncentração que nunca deve ser excedida durante qualquer
período de exposição.
• a
os efeitos do tamanho da partícula no local de deposição no
aparelho respiratório;
• à
tendência de grande parte das doenças profissionais estarem
associadas à deposição do(s) agente(s) em determinadas áreas
do aparelho respiratório.
50
b) Valor limite de exposição para partículas torácicas (VLE-PT), para
os agentes que são potencialmente perigosos quando se depositam na
região dos canais pulmonares e na zona de trocas gasosas;
Aparelho respiratório
• N
o Anexo C, um conjunto de informação que visa a minimização
do risco associado à exposição a poeiras no local de trabalho;
• N
o Anexo D, o resumo de um documento emitido pela OSHA
(Occupational Safety and Health Administration), que preten-
de alertar para as explosões provocadas por poeiras combustí-
veis.
52
A vigilância da saúde dos trabalhadores expostos, cabe ao médico da
medicina do trabalho, o qual no exercício dessas funções tem que cum-
prir as disposições estabelecidas no Decreto-Lei nº 290 / 2001 de 16
de Novembro e na Lei nº 102 / 2009 de 10 de Setembro, as quais in-
cluem os seguintes procedimentos:
• P
rovidenciar a realização de
exames médicos;
• R
egisto de saúde e exposição
contendo a história clínica e
profissional de cada trabalha-
dor;
• A
valiação individual do seu es-
tado de saúde;
• V
igilância biológica, sempre
que necessária;
• R
astreio de efeitos precoces e
reversíveis.
54
O CNPCRP faz o diagnóstico médico definitivo, e no caso de se tratar
de doença profissional, o trabalhador tem direito à reparação do dano,
tanto em espécie (prestações de natureza médica, hospitalar, medi-
camentosa, etc.) como em dinheiro (indemnização por incapacidade
temporária para o trabalho ou pensão de invalidez por incapacidade
definitiva para o trabalho).
• A
presentar à APA (Agência Portuguesa do Ambiente) uma noti-
ficação que inclui informação relativa às actividades desenvolvi-
das e o inventário das substâncias químicas perigosas utilizadas,
com informação adicional do grau de perigosidade bem como as
alterações que se verifiquem posteriormente. Esta informação
deverá ser acompanhada de uma listagem das fichas de dados
de segurança das substâncias perigosas;
56
11.4 Plano de Emergência Interno
• O
s dados obtidos pela avaliação de risco e outras informações
sempre que se verifique uma modificação importante no local
de trabalho susceptível de alterar os resultados da avaliação;
• O
s valores limite de exposição profissional e os efeitos observa-
dos;
• A
s fichas de dados de segurança disponibilizadas pelo fornece-
dor, de acordo com a legislação aplicável (Portaria nº 732-A / 96
de 11 de Dezembro, na sua redacção actual).
58
ANEXOS
Anexo A
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo n.º 201.º da Constituição, o
Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Objectivo e âmbito
Artigo 2.º
Conceitos gerais e definições
e) «Valores limite»:
62
O nível de desidratase do ácido delta-aminolevulínico no sangue (ALAD)
ser superior a seis unidades europeias (UE).
Artigo 3.º
Medidas gerais de prevenção
Artigo 4.º
Avaliação das exposições
64
Artigo 5.º
Determinação da concentração de chumbo no ar
Artigo 6.º
Ultrapassagem do nível de acção
Artigo 7.º
Ultrapassagem do valor limite de concentração
66
3 - O médico responsável pela vigilância médica dos trabalhadores, de
acordo com o disposto no artigo 11.º, decidirá se deve ser efectuada
uma determinação imediata dos parâmetros biológicos dos trabalha-
dores expostos.
Artigo 8.º
Ultrapassagem do valor limite biológico
Artigo 9.º
Incidentes e casos de excepção
68
Artigo 10.º
Resíduos
Artigo 11.º
Vigilância médica
Artigo 12.º
Medidas de higiene
70
3 - Os trabalhadores devem comer e beber em locais adequados para
o efeito e sem risco de contaminação pelo chumbo.
Artigo 13.º
Protecção individual
Artigo 14.º
Vestuário de trabalho
3 - O vestuário de trabalho deve ser lavado pelo menos uma vez por
semana, em instalações destinadas a esse fim na própria empresa ou
em lavandarias equipadas para este tipo de lavagem, devendo, neste
caso, o seu transporte ser efectuado em recipientes fechados e rotula-
dos, de forma legível, com o seguinte aviso: «Atenção. Roupa conta-
minada com chumbo. Não sacudir.»
72
5 - O vestuário de trabalho contaminado não pode sair para o exterior
da empresa ou do estabelecimento, salvo na situação e nas condições
previstas no n.º 3.
Artigo 15.º
Instalações sanitárias e de vestiário
Artigo 16.º
Informação dos trabalhadores
Artigo 17.º
Registo e arquivo de documentos
74
a) Identificação do trabalhador, com indicação do posto de trabalho;
Artigo 18.º
Conservação dos arquivos
Artigo 19.º
Consulta dos arquivos
Artigo 21.º
Fiscalização
Artigo 22.º
Contra-ordenações
76
3 - No caso da alínea d) do número anterior, o limite máximo da coima
é reduzido a 200000$00 se o responsável for pessoa singular.
ANEXO I
ANEXO III
78
Anexo B
80
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas.
Foi ainda ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Assim:
Artigo 1.º
Objecto e âmbito
Artigo 3.º
Notificação
82
a) Identificação do local de trabalho onde se vai desenvolver a activi-
dade;
Artigo 4.º
Valor limite de exposição
Artigo 5.º
Actividades proibidas
Artigo 6.º
Avaliação dos riscos
Artigo 7.º
Redução da exposição
84
4 - Os resíduos referidos no número anterior são tratados de acordo
com a legislação aplicável aos resíduos perigosos.
Artigo 8.º
Determinação da concentração de amianto no ar
Artigo 9.º
Ultrapassagem do valor limite de exposição
Artigo 10.º
Trabalhos de manutenção, reparação, remoção ou demolição
86
Artigo 11.º
Elaboração e execução do plano de trabalhos
Artigo 12.º
Medidas gerais de higiene
88
possam comer e beber sem risco de contaminação por poeiras de
amianto.
Artigo 13.º
Equipamentos de protecção individual
Artigo 14.º
Vestuário de trabalho ou protecção
Artigo 15.º
Instalações sanitárias e vestiário
Artigo 16.º
Formação específica dos trabalhadores
f) Procedimentos de emergência;
90
Artigo 17.º
Informação específica dos trabalhadores
Artigo 18.º
Informação e consulta dos trabalhadores
Artigo 19.º
Vigilância da saúde
92
a) Asbestose;
b) Mesotelioma;
c) Cancro do pulmão;
d) Cancro gastrointestinal.
Artigo 20.º
Resultado da vigilância da saúde
Artigo 21.º
Registo e arquivo de documentos
Artigo 22.º
Conservação de registos e arquivos
Artigo 23.º
Exposições esporádicas e de fraca intensidade
94
dido na área de trabalho, o disposto nos artigos 3.º, 11.º, 19.º, 20.º,
21.º e 22.º pode não ser aplicado se os trabalhos a efectuar implica-
rem:
Artigo 24.º
Autorização de trabalhos
Artigo 25.º
Contra-ordenações
96
Artigo 26.º
Disposição final
Artigo 27.º
Norma revogatória
Artigo 28.º
Norma transitória
Artigo 29.º
Entrada em vigor
ANEXO
[a que se refere a alínea h) do n.º 2 do artigo 24.º]
9 - Aparelho para medir a pressão negativa com pelo menos dois ca-
nais.
98
Anexo C
• C
omo consequência da degradação mecânica de certos mate-
riais;
• C
omo consequência da sublimação de vapores, depois da vola-
tilização a elevadas temperaturas de metais fundidos.
Nos locais de trabalho, é importante que haja ventilação para que seja
possível fazer um controlo da temperatura e da humidade ambiente.
Um sistema projectado correctamente pode promover a diluição contí-
nua de qualquer emissão acidental.
100
Para o correcto dimensionamento do sistema de ventilação deverá ser
considerada a movimentação de pessoas e veículos, além da abertura
de portas e janelas, de modo a não colocar em risco a sua eficiência.
Os sistemas de ventilação deverão ser alvo de revisão / manutenção
sistemática por pessoal especializado.
Indústrias de risco
o T
odas as operações que ocorram (incluindo aquelas que levam
à obtenção de sub-produtos);
o M
inimizar a fuga de poeiras de equipamento processual ou sis-
temas de ventilação.
104
o U
sar superfícies que minimizem a acumulação de poeiras e que
sejam de fácil limpeza.
o P
rovidenciar o acesso a todos os locais ocultos, de forma a per-
mitir a sua inspecção.
o E
m intervalos de tempo regulares, inspeccionar os locais, in-
cluindo os mais escondidos, procurando identificar “resíduos
poeirentos”.
o S
e existirem fontes de ignição, usar métodos de limpeza que
não provoquem a formação de nuvens de poeiras.´
o U
sar apenas sistemas de aspiração por vácuo aprovados para a
recolha de poeiras.
o C
ontrolar a electricidade estática, incluindo a ligação dos equi-
pamentos à terra.
o U
sar separadores para afastar materiais que apresentam risco
de se inflamarem daqueles que não o apresentam.
o S
eparar poeiras e superfícies aquecidas / sistemas de aqueci-
mento.
106