22 - 12.10.20 - Devocional Semanal
22 - 12.10.20 - Devocional Semanal
22 - 12.10.20 - Devocional Semanal
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
“Meditarei nos teus preceitos (…)” (Sl 119:15)
Há momentos em que a solidão é melhor que a sociabilidade, e o silêncio é mais sábio
que a fala. Seremos melhores cristãos se estivermos mais a sós, esperando em Deus,
reunindo força espiritual para o trabalho em Seu serviço por meio da meditação em
Sua Palavra. Devemos meditar nas coisas de Deus, pois assim obteremos o
verdadeiro nutriente delas. A verdade é como o cacho da videira: se quisermos o seu
vinho, devemos esmagá-lo; devemos pressionar e apertar muitas vezes. Os pés
daquele que pisa devem descer alegremente sobre os cachos ou, então, o suco não
fluirá; eles devem pisar bem as uvas, senão muito do precioso líquido será
desperdiçado. Assim, por meio da meditação, temos de trilhar os cachos da verdade se
quisermos obter o vinho da consolação. Nossos corpos não são sustentados apenas
por levar a comida à boca; o processo que realmente alimenta músculos e nervos,
tendões e ossos, é o processo de digestão. É pela digestão que o alimento exterior
assimila-se com a vida interior. Nossas almas não são nutridas apenas ouvindo por
algum tempo isso, e depois aquilo, e em seguida uma outra parte da verdade divina.
Igreja Presbiteriana Filadélfia
Ouvir, ler, anotar, aprender, tudo exige digestão interior para completar sua utilidade, e a
digestão interior da verdade encontra-se, em sua maior parte, no meditar sobre ela. Por
que alguns cristãos, apesar de ouvirem muitos sermões, avançam lentamente na vida
divina? Porque negligenciam seus momentos particulares, e não meditam
cuidadosamente na Palavra de Deus. Eles amam o trigo, mas não o moem; eles teriam o
milho, mas não saem aos campos para colhê-lo; o fruto está pendurado na árvore, mas não
vão arrancá-lo; a água flui a seus pés, mas eles não se inclinam para beber. Ó Senhor, livre-
nos de semelhante loucura, e seja esta a nossa resolução nesta manhã: “Meditarei nos
teus preceitos”.
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (P. 856).
EDIÇÃO DO KINDLE.
Igreja Presbiteriana Filadélfia
MEMORIZAÇÃO
PERGUNTA 48. Que se nos ensina especialmente pelas palavras "além de mim", no
primeiro mandamento?
R. As palavras "além de mim", no primeiro mandamento, ensinam-nos que Deus, que vê
todas as coisas, toma conhecimento e muito se ofende do pecado de ter-se em seu lugar
outro deus.
Ref. Sl 139.1-3; Dt 30.17-18.
DEVOCIONAL
“Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento (…)” (2Co 7:10)
A espiritual e genuína tristeza pelo pecado é obra do Espírito de Deus. O
arrependimento é uma flor muito rara para crescer no jardim da natureza humana. As
pérolas crescem naturalmente nas ostras, mas a penitência nunca se manifesta nos
pecadores, exceto se a graça divina operar neles. Se tens uma única partícula de
verdadeiro ódio ao pecado, foi Deus que lhe deu, pois os espinhos da natureza
humana nunca produziram um único figo. “O que é nascido da carne é carne” (Jo 3:6).
O verdadeiro arrependimento tem uma distinta referência ao Salvador. Quando nos
arrependemos do pecado, devemos ter um olho no pecado e outro na cruz; ou será
ainda melhor se fixarmos ambos os olhos em Cristo, e observarmos nossas
transgressões apenas à luz do Seu amor. A verdadeira tristeza pelo pecado é
eminentemente prática. Nenhum homem pode dizer que odeia o pecado se vive nele.
O arrependimento nos faz ver sua malignidade, não apenas como uma teoria, mas de
maneira experimental, assim como uma criança queimada teme o fogo. Devemos ter
Igreja Presbiteriana Filadélfia
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 859-
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor (…)” (Fp 3:8)
O conhecimento espiritual de Cristo é um conhecimento pessoal. Eu não posso
conhecer a Jesus através da familiaridade de outra pessoa com Ele. Não, eu devo
conhecê-Lo por mim mesmo; eu devo conhecê-Lo por minha própria conta. Será um
conhecimento racional; eu devo conhecê-Lo como a Palavra O revela, e não por
sonhos visionários dEle. Eu devo conhecer Suas naturezas, divina e humana; conhecer
Seus ofícios, Seus atributos, Suas obras, Sua vergonha e Sua glória. Devo meditar
sobre Ele até “compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o
comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede
todo o entendimento” (Ef 3:18-19). Será um conhecimento afetuoso; de fato, se eu O
Igreja Presbiteriana Filadélfia
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 862-
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
“Mas quem suportará o dia da sua vinda? (…)” (Ml 3:2)
Sua primeira vinda foi sem pompa exterior ou demonstração de poder; contudo, em
verdade, poucos foram os que puderam suportar a dureza de suas provas. Herodes e
toda Jerusalém foram agitados com a notícia de Seu maravilhoso nascimento (Mt 2:1-
3). Aqueles que imaginavam estar esperando por Ele mostraram a falácia de suas
profissões religiosas ao rejeitá-Lo quando Ele veio. Sua vida na Terra foi uma pá que
joeira, provando uma grande pilha de profissões religiosas, e poucos puderam suportar
esse processo. Mas o que será o Seu segundo advento? Que pecador pode suportar
pensar nisso? Ele “ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus
lábios matará ao ímpio” (Is 11:4). Quando, em Sua humilhação, Ele apenas disse aos
soldados, “sou Eu”, e eles caíram para trás (Jo 18:5-6), qual será o terror de Seus
inimigos quando Jesus Se revelar mais plenamente como o “EU SOU” (Ex 3:14; Jo
8:24, 28, 58)? Sua morte abalou a Terra e escureceu o céu (Lc 23:44); qual será o
terrível esplendor daquele dia em que, como Salvador vivo, Ele convocará vivos e
mortos diante dEle? Ó, que os terrores da vinda do Senhor persuadissem os homens a
abandonar seus pecados e a beijar o Filho para que não Se ire (Sl 2:12)! Embora seja
um cordeiro, Ele também é o Leão da tribo de Judá (Ap 5:5), rasgando a presa em
Igreja Presbiteriana Filadélfia
pedaços; embora não esmague a cana quebrada (Is 42:3; Mt 12:20), Ele quebrará Seus
inimigos com uma vara de ferro, e os despedaçará como um vaso de oleiro (Sl 2:9).
Nenhum de Seus inimigos resistirá diante da tempestade de Sua ira, nem poderá se
esconder da devastadora saraiva de Sua indignação; no entanto, Seu amado povo, lavado
com Seu sangue, espera a Sua vinda com alegria, e a aguarda sem medo; para eles, o
Senhor Se assenta, mesmo agora, como um fundidor, e quando Ele os provar, sairão como
ouro (Ml 3:3). Vamos nos examinar esta manhã e fazer segura nossa vocação e eleição,
para que a vinda do Senhor não cause pressentimentos sombrios em nossas mentes. Ó,
graça para lançar fora toda hipocrisia e ser encontrado nEle, sincero e sem repreensão, no
dia da Sua vinda.
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 865-
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
“Disse-lhes Jesus: Vinde, comei (…)” (Jo 21:12)
Com essas palavras, o crente é convidado a uma sagrada proximidade com Jesus.
“Vinde, comei” implica a mesma mesa e o mesmo alimento; sim, e às vezes significa
sentar lado a lado, e inclinar nossa cabeça sobre o peito do Salvador. Está sendo feito
um convite para o salão de banquetes, onde tremula o estandarte do amor redentor (Ct
2:4). “Vinde, comei” nos dá uma ideia de união com Jesus, pois o único alimento que
podemos banquetear quando comemos com Jesus é Ele mesmo. Ó, que união é essa!
É tão profunda que a razão não pode compreender, que nos alimentemos de Jesus.
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo
6:56).
É também um convite para desfrutar da comunhão com os santos. Os cristãos podem
diferir em uma variedade de pontos, mas todos eles têm um único apetite espiritual; e
se não podemos nos sentir iguais, todos podemos nos alimentar igualmente com o pão
da vida enviado do céu (Jo 6:51). Na mesa da comunhão com Jesus somos um só pão
e um só cálice. Assim como o cálice de amor passa a todos, nos comprometemos uns
aos outros cordialmente nesse fato. Aproxime-se de Jesus e você se encontrará mais e
mais ligado em espírito a todos aqueles que são como você, supridos pelo mesmo
Igreja Presbiteriana Filadélfia
maná celestial. Se estivermos mais perto de Jesus, ficaremos mais próximos uns dos
outros.
Também vemos nessas palavras a origem da força para cada cristão. Olhar para Cristo é
viver, mas para ter força para servi-Lo, você deve “vir e comer”. Trabalhamos debaixo de
uma grande fraqueza, sem necessidade, por conta de negligenciarmos esse preceito do
Mestre. Nenhum de nós precisa se submeter a uma pobre dieta; pelo contrário, devemos
nos engordar com o tutano e a gordura (Sl 63:5) do evangelho para acumularmos força
nele e encorajar cada energia, ao seu máximo, no serviço do Mestre. Assim, se você deseja
proximidade com Jesus, união com Jesus, amor ao Seu povo, e força vinda de Jesus, “vinde,
comei” com Ele pela fé.
Spurgeon, Charles H.. Devocional Manhã & Noite: Versão Almeida Corrigida Fiel com
referências e notas (pp. 868-869). Edição do Kindle.
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 865-
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
“Disse, porém, Davi no seu coração: Ora, algum dia ainda perecerei pela mão de Saul
(…)” (1Sm 27:1)
O pensamento do coração de Davi naquele momento era um falso pensamento, pois
ele certamente não tinha qualquer motivo para imaginar que Deus, havendo-o ungido
por intermédio de Samuel (1Sm 16:13), tivesse a intenção de fazer com que esse ato
se tornasse algo sem sentido e vazio. Em nenhuma ocasião, o Senhor havia
abandonado Seu servo; ele havia sido colocado em situações perigosas muitas vezes,
mas em momento algum a intervenção divina não o livrou. As provações a que foi
exposto foram variadas; elas não assumiram apenas uma forma, porém muitas; no
entanto, em todos os casos, Aquele que enviou a provação também ordenou
graciosamente um meio de escape. Davi não poderia colocar o dedo sobre qualquer
parte de seu diário, e dizer: “Aqui está a evidência que o Senhor me abandonará”, pois
todo o teor de sua vida anterior provava o contrário. Ele poderia ter argumentado que
Deus ainda seria seu defensor por conta de tudo o que havia feito por ele. Acaso não é
essa exatamente a mesma forma como duvidamos da ajuda de Deus? Não é uma
desconfiança sem causa? Alguma vez tivemos sequer a sombra de um motivo para
duvidar da bondade de nosso Pai? Não tem sido maravilhosa a Sua benignidade?
Igreja Presbiteriana Filadélfia
Algum vez Ele falhou para justificarmos nossa desconfiança? Ah, não! O nosso Deus não
nos abandonou em momento algum. Tivemos noites escuras, mas a estrela do amor
brilhou em meio à escuridão; estivemos em severos conflitos, mas acima de nossa cabeça
Ele ergueu o escudo de nossa defesa; passamos por muitas provações, nunca em nosso
detrimento, antes sempre em nosso favor. A conclusão da nossa experiência passada é
que, Aquele que esteve conosco em seis problemas, não nos abandonará no sétimo (Jó
5:19). O que conhecemos do nosso fiel Deus prova que Ele nos guardará até o fim. Não
vamos, então, raciocinar contra as evidências. Como podemos ser tão mesquinhos a ponto
de duvidar de nosso Deus? Senhor, lança abaixo a Jezabel da nossa incredulidade, e que os
cães a devorem (2Rs 9:30-37).
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 871-872).
EDIÇÃO DO KINDLE.
Igreja Presbiteriana Filadélfia
MEMORIZAÇÃO
DEVOCIONAL
SPURGEON, CHARLES H.. DEVOCIONAL MANHÃ & NOITE: VERSÃO ALMEIDA CORRIGIDA FIEL COM REFERÊNCIAS E NOTAS (PP. 874-