Caderno de Orientaã Ã Es Metodolã Gicas - Ensino Fundamental - Ensino Religioso PDF
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
FASCÍCULO I
ELABORADORES
Constantino José Bezerra de Melo
Rosalia Soares de Sousa
Wellcherline Miranda Lima
COLABORADORES
Maria da Conceição Barros Costa Lima
Marize Messias Barbosa Ribeiro
2019
2
APRESENTAÇÃO
Esperamos que este material contribua para enriquecer a sua prática de sala
de aula, auxiliando você, professor, no planejamento das atividades e fortalecendo
o processo de ensino-aprendizagem.
3
INTRODUÇÃO
1. Identidades e alteridades;
2. Manifestações religiosas;
3. Crenças religiosas e filosofias de vida;
4. Filosofia e religião;
5. Meio ambiente e religião.
4
direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação ambiental
(Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº
2/201218), processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº
10.741/200320), educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer
CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educação das relações
étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Leis
nº 10.639/2003 e 11.645/2008, CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004),
dentre outros temas sem, contudo, comprometer a autonomia e competência das
escolas em incorporar as suas atividades pedagógicas propostas que abordam
esses temas e que afetam a vida da comunidade.
Ao final da atividade, relacionaremos uma bibliografia recomendada para o
professor e a referência conceitual utilizada. E, ao final do Caderno, apresentamos
sugestões de filmes, de vídeos e de sites que o professor poderá acessar para
buscar novas propostas de ensino.
Nessa perspectiva, este Caderno de Orientações Metodológicas de Ensino
Religioso foi pensado e elaborado de maneira a oferecer aos professores algumas
sugestões de atividades para a sala de aula, considerando a disciplinaridade, a
interdisciplinaridade, a transdisciplinaridade e a interculturalidade. No entanto, é
importante ressaltar que as possibilidades metodológicas não se encerram nele,
sendo as intervenções do professor e as atividades escolhidas ou elaboradas por
ele indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem.
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1 - IDENTIDADES E ALTERIDADES
6
inviabilizadores da promoção do acolhimento da singularidade, do que é indivisível
do outro e do que produz um valor não negociável nas relações humanas.
Habilidades:
(EF01ER01PE) Identificar e acolher as semelhanças e diferenças entre o eu, o
outro e o nós.
(EF01ER02PE) Reconhecer que o seu nome e o das demais pessoas os
identificam e os diferenciam.
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ATIVIDADE 1
8
ATIVIDADE 2
9
ATIVIDADE 3
Construção da identidade
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REFERÊNCIAS
11
2 – MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS
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permeia a proposta do Currículo Escolar de Ensino Religioso de Pernambuco.
Ensinar exige, além do método e da pesquisa, da criticidade e da estética e ética,
o exemplo do educador no tocante ao respeito aos estudantes e sua identidade
cultural (FREIRE, 2007).
Habilidades:
(EF03ER04PE) Caracterizar as práticas celebrativas como parte integrante do
conjunto das manifestações religiosas de diferentes culturas e sociedades.
13
ATIVIDADE 1
Texto de apoio
As religiões afro-brasileiras têm suas matrizes fundantes nas culturas
indígena, europeia e africana, que juntas formaram e continuam a produzir uma
variedade de possibilidades religiosas, fenômeno ímpar na cultura e religião
brasileira. Os africanos escravizados, trazidos para o Brasil a partir do século XVI,
deram grandes contribuições no processo de formação dessas tradições religiosas
(BASTIDE, 1985; PRANDI, 2001).
Segundo Waldemar Valente (1976), o sincretismo intertribal foi iniciado na
África, gestado durante a viagem nos navios negreiros e concretizado em terras
brasileiras. O comércio escravagista traficou para o Brasil aproximadamente quatro
milhões de negros, provindos da Guiné (séc. XVI), de Angola-Congo (séc. XVII), da
Costa da Mina (séc. XVIII) e de Benin (séc. XIX) (LODY, 1987, p. 8).
Desembarcaram, nos portos brasileiros, diversas etnias como os negros
falantes de quimbundo e os ambundos de Angola, que se juntaram aos diversos
grupos étnicos como os andongos, dembos, hungos, quissamas, songos, libolos e
bângalas (SILVA, 2012). Dos portos de Angola, Congo e Moçambique, chegaram
os congos, sossos, iacas, vilis, huambos, lubas, galangues, bailundos, luenas,
macuas e tongas. No Maranhão, atracaram os mandingas, banhuns, pepeis,
felupes, balantas, nalus e bijagós. De Benim, chegavam os fons, yorubás, mahis,
ibos, ijós, efiques, hauçás, nupes, baribas e bornus (SILVA, 2012).
A maioria das religiões africanas que chegaram ao Brasil tinham em comum
a crença em um ser supremo, Olodumaré dos yorubás, Mavu e Lissa dos jejes e
Zambi dos bantos (SILVA, 2005). Na formação das religiões afro-brasileiras,
predominou o culto às seguintes divindades: para os yorubás (nagôs), os orixás1;
1
Para Magnani (1986, p. 60), orixás são divindades do panteão nagô, representam forças da natureza.
14
para os daomeanos (jejes), os voduns2; para os bantos (congoleses e angoleses),
os inquices3; para os fanti-achanti (minas), os obossoms4.
No processo de diálogo intercultural e inter-religioso entre indígenas,
europeus e africanos, surgiram as religiões afro-brasileiras. Segundo o antropólogo
Néstor García Canclini (2000), as culturas híbridas são formadas por cruzamentos,
rupturas e justaposições na fronteira e nos encontros entre as culturas.
Candomblé
Macumba Catimbó
Religiões
Afro-brasileiras
Jurema Umbanda
O Catimbó
O Catimbó foi uma religião que predominou na década de 1920 nos estados
da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Roger Bastide (2001), em seus
estudos pelo Nordeste, constatou a junção do Catimbó e da Jurema, os cachimbos
dos catimbozeiros eram elaborados com a raiz da jurema.
O antropólogo afirmou que o Catimbó correspondia à antiga festa da jurema
e que se transformou “[...] em contato com o Catolicismo, mas que, assim
transformada, continuou a se manter nas populações mais ou menos caboclas, nas
camadas inferiores da população do Nordeste” (BASTIDE, 2001, p. 148).
2
Vodum é uma categoria de divindade (LODY, 1987, p. 81).
3
Inquice é uma divindade, categoria de ser divino dos candomblés das nações angola e angola-congo (LODY,
1987, p.80).
4
Segundo Valente (1976, p. 41) a expressão obossoms deriva da palavra “bosum”, que significa divindade ou
santo, mas também pode ser empregada com o sentido de feitiço ou encantamento.
15
A Jurema Sagrada
A Umbanda
16
A Macumba
O Candomblé
17
O axé é “plantado” no Terreiro. Para que ele se expanda e se fortifique, é
necessário o cumprimento das obrigações e das oferendas para com os
Orixás da família de santo.
O processo de Iniciação leva aproximadamente sete anos.
18
ATIVIDADE 2
2.4 – Xangô. Clipe oficial. Enredo: Xangô, carnavalesco: Alex de Souza. G.R.E.S.
Acadêmicos do Salgueiro (2019).
2.5 – Não mexe comigo. DVD carta de amor – Maria Betânia, 2013. Link:
<https://www.youtube.com/watch?v=tjZgiXwDxwQ> .
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ATIVIDADE 3
Quem é Xangô?
Letra da música
20
Rito sagrado, ariaxé
Na igreja ou no candomblé
A bênção, meu Orixá!
É água pra benzer, fogueira pra queimar
Com seu oxê, “chama” pra purificar
Bahia, meus olhos ainda estão brilhando
Hoje marejados de saudade
Incorporados de felicidade
Fogo no gongá, salve o meu protetor
Canta pra saudar, Obanixé kaô
Machado desce e o terreiro treme
Ojuobá! Quem não deve não teme
Olori XANGÔ eieô
Olori XANGÔ eieô
Kabecilê, meu padroeiro
Traz a vitória pro meu Salgueiro!
Observação: O vídeo do G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO | 2019
está disponível no seguinte endereço eletrônico:
< https://www.youtube.com/watch?v=bN98usP_39g>.
21
REFERÊNCIAS
22
reafricanização, práticas terapêuticas. 2ed., Rio de Janeiro: Pallas; Salvador,
BA: CEAO, 2006. p. 93-111.
RAMOS, Arthur. O sincretismo religioso. In: . O negro brasileiro: etnografia
religiosa e psicanálise. Recife: Editora Massangana, 1988, p. 105-127.
SANTOS, Juana Elbein. Os nàgô e a morte: pàde, àsèsè e o culto égun na Bahia.
14 ed., Petrópolis, Vozes, 2012.
SILVA, A. C. A. Um Brasil, muitas Áfricas. Revista de História da Biblioteca
Nacional, Rio de janeiro, ano 7, n. 78, p.17-21, marc. 2012.
SILVA, Vagner. Candomblé e umbanda: caminhos da devoção brasileira. 2 ed.,
São Paulo: Selo Negro, 2005.
VALENTE, Waldemar. Sincretismo religioso afro-brasileiro. 2 ed. São Paulo:
Companhia Editora, 1976.
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3 - CRENÇAS RELIGIOSAS E
FILOSOFIAS DE VIDA
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Habilidades:
(EF05ER01PE) Identificar e respeitar acontecimentos sagrados de diferentes
culturas e tradições religiosas como recurso para preservar a memória.
(EF05ER02APE) Compreender a concepção de mito.
(EF05ER02PE) Identificar mitos de criação em diferentes culturas e tradições
religiosas.
(EF05ER03PE) Reconhecer funções e mensagens religiosas contidas nos mitos de
criação (concepções de mundo, natureza, ser humano, divindades, vida e morte).
25
ATIVIDADE 1
Texto de apoio:
“Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da
Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem
e do mal, da morte, etc.) (CHAUI, 2010, p. 30).
“Quem narra o mito? O poeta rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade?
Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os
acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e de
todas as coisas para que possa transmiti-las aos ouvintes. Sua palavra – o mito –
é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois, incontestável e
inquestionável” (CHAUI, 2010, p. 31).
O mito é um sistema animado por diversos símbolos [...] que, sob o impulso
de um esquema, tende a compor-se em narrativa” (DURAND, 2001, p. 62).
“Aí, dei um tombo maior, e caí com a cara virada para o sol. Senti que estava
esquentando, foi me dando aquela agonia, aquela agonia, e que agonia foi essa,
meu senhor, que quando dei de acordo de mim, a bicha estava daqui para aí, me
olhando!
Marieta: A bicha? Que bicha?
João: Ora, que bicha! Caetana, minha filha!
Padre João: Caetana? Caetana é bicha? Quem é Caetana?
Benedito: É a morte, padre! Esse povo é engraçado: estuda, se forma, lê tudo
quanto é de livro, e não sabe que o nome da morte é Caetana!” (Narrativa do
personagem João, do livro “A pena e a lei” de Ariano Suassuna, citada por Maria
Aparecida (2002, p.70).
26
“Na minha poesia, escolhi como símbolo do povo brasileiro a Onça castanha
ou Parda, também chamada no Sertão de Suçuarana. Sendo a Suçuarana de cor
castanha, para mim é uma descendente mestiça e completa da Onça Vermelha –
na qual simbolizei os índios -, da Onça Tigre, de cor negra – na qual figurei a grande
Raça Negra – e da Onça Malhada – que sendo fulva, com malhas pretas, bem pode
simbolizar os Portugueses e Espanhóis, tocados pelo nobre sangue semita – Judeu
ou Árabe (SUASSUNA apud NOGUEIRA, 2002, p. 104).
“O Sertão é terra de ninguém, deserto ameaçador donde emergem deuses e
diabos, sob a égide do acaso, do caos e da fatalidade. Esses seres ameaçadores
espreitam o homem por dentro e por fora. Em meio ao caos que os alimenta,
estabelecem continuamente a recriação da ordem, num processo infinito de auto-
eco-organização” (NOGUEIRA, 2002, p. 41).
27
ATIVIDADE 2
28
REFERÊNCIAS
29
4 – FILOSOFIA E RELIGIÃO
30
Esta unidade tem a preocupação com o trabalho pedagógico quanto ao
respeito à liberdade de crença, à pluralidade das manifestações religiosas e aos
princípios defendidos pela Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão. Todos
esses aspectos serão abordados dentro da temática Filosofia e Religião.
5
Texto de Marilena Chaui do livro Convite à Filosofia. Editora Ática, 2012, p. 22-23.
31
Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da Filosofia,
mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas os cientistas e
filósofos sabem disso, o senso comum continua afirmando que a Filosofia não serve
para nada.
Para dar alguma utilidade à Filosofia, muitos consideram que, de fato, a
Filosofia não serviria para nada, se “servir” fosse entendido como a possibilidade
de fazer usos técnicos dos produtos filosóficos ou dar-lhes utilidade econômica,
obtendo lucros com eles; consideram também que a Filosofia nada teria a ver com
a ciência e a técnica.
Para quem pensa dessa forma, o principal para a Filosofia não seriam os
conhecimentos (que ficam por conta da ciência), nem as aplicações de teorias (que
ficam por conta da tecnologia), mas o ensinamento moral ou ético. A Filosofia seria
a arte do bem viver. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a
vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos
desejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia
dos outros seres humanos, a Filosofia teria como finalidade ensinarmos a virtude,
que é o princípio do bem viver... (CHAUÍ, 2012, p. 22-24).
Habilidade:
(EF06ERXPE) Compreender o significado da expressão philosophia;
(EF06ERYPE) Promover a reflexão e a atitude filosófica;
Competência do Ensino Religioso:
Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto
expressão de valor da vida.
Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser
e viver.
32
ATIVIDADE 1
33
ATIVIDADE 2
34
ATIVIDADE 3
Intolerância Religiosa
A intolerância religiosa representa uma afronta a nossa condição de seres
humanos e resulta da violência em seus mais variados graus, colocando em xeque
a dignidade humana. A história está a nos mostrar vários casos, cujo início ocorreu
“[...] na Antiguidade, passou pela Idade Média, pela Moderna e chegou até a
contemporaneidade. Seja na Europa, seja na América, mais precisamente no
Brasil”, a intolerância religiosa é assustadora (SOUSA; LIMA, 2018, p. 500).
Nesse contexto, o Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa (RIVIR),
a intolerância religiosa deve ser entendida como sendo o “conjunto de ideologias e
atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões, podendo em casos extremos
tornar-se uma perseguição. (BRASIL, 2016, p. 8). Esse relatório entende que esse
ato de violência religiosa é crime, fere o direito constitucional de liberdade e a nossa
dignidade humana.
Devemos questionar informações e atitudes de pessoas que criticam outras
porque elas têm uma religião diferente da sua. Ora, por que “eu” tenho o direito a
professar uma religião e uma “outra pessoa” não tem? Estranho isso, não? Se “eu”
quero respeito, por que o respeito que tanto quero não se estende a outras
pessoas?
Ao considerar a diversidade religiosa existente no Brasil e no mundo, não
aceitar as pessoas como elas são chega a ser um absurdo e um ato de covardia e
de desumanidade, quando não se respeita o direito de todos. Por isso, combater a
intolerância, principalmente a religiosa e o racismo religioso, é dever de todos.
Pensando assim, a Assessoria de Diversidade Religiosa e Direitos Humanos
do Brasil (ASDIR) lançou a campanha “Democracia, Paz Religião – Respeite:
Reconhecer as Diferenças, Superar a Intolerância e Promover a Diversidade”, em
2011, e, em 2018, realizou a Campanha: “Diversidade Religiosa – Conhecer.
Respeitar. Valorizar”. Essas ações ajudam no combate à intolerância religiosa e na
promoção do respeito à diversidade religiosa, patrimônio imaterial do Brasil. O
respeito a essa diversidade deve ser estimulado com vistas à superação da
mencionada intolerância e à defesa da laicidade do Estado brasileiro (BRASIL,
2016, p. 5) ou seja, assume a neutralidade em matéria de religião.
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Objeto de conhecimento: “Conhece-te a ti mesmo? ”
Conteúdo: A reflexão filosófica
Habilidade:
36
ATIVIDADE 4
6
Texto de Marilena Chaui do livro Convite à Filosofia. Editora Ática, 2012, p. 21.
37
REFERÊNCIAS
SOUSA. Rosalia Soares de. LIMA, Maria da Conceição Barros Costa. Caminhos
da Intolerância: o passado que ainda não passou. A fogueira ainda está acesa.
Anais do VII Seminário TRT/UFPE e II Caravana ANPUH/PE: História, Direitos e
Trabalho/organização Márcio Vilela, Pablo Porfírio, Arthur do Nascimento. – Recife:
Ed. UFPE, 2018. Disponível em:
<https://drive.google.com/file/d/1Hh0YWKHOk_UezJYq86V7YxNoFoO8WtHn/vie
w> Acesso em 17 jan. 2019.
38
4 - MEIO AMBIENTE E RELIGIÃO
O meio ambiente envolve tudo que existe de elementos com vida (bactérias,
protozoários, fungos, plantas, animais, incluindo os seres humanos) e sem vida
(água, ar, fogo, minerais) e as suas relações entre os seres. A relação entre os
seres humanos e o meio ambiente é algo que sempre está em destaque nas
pesquisas e nos meios de comunicação, seja como conteúdo informativo e
formativo, mobilizações de grupos de pesquisadores ou ambientalistas, denúncia
de crime ambiental ou as práticas de alguma tradição religiosa, seja de maneira
individual ou grupal.
Cada religião contém uma amplitude de significados no âmbito do meio
ambiente e contém também atitudes e ações que estão relacionadas com a
influência da ética, educação, saúde e segurança alimentar. As religiões
transmitem uma cosmologia magnífica e diversificada com as narrativas orais e
escritas que enaltecem o universo e a natureza. As narrativas orais e escritas de
cunho religioso tendem a se diferenciar, em alguns pontos, dos questionamentos
científicos. Entretanto, destacamos que a influência cultural e histórica deve ser
considerada com mais ênfase do que o cientificismo, pois as narrativas religiosas
guardam valores que nos fazem refletir sobre a nossa relação com o meio
ambiente.
De fato, as religiões admitem a sacralidade da vida e da natureza, que
corresponde ao princípio da existência dos seres, inclusive da humanidade;
promovem a “criação do seu mundo” da perspectiva holística; promovem e
celebram a fecundidade do solo; confirmam que existe a dimensão estática do
universo; apresentam virtudes morais de encontro imediato na convivência dos
humanos entre si e desses com o meio ambiente.
E, por fim, ressaltamos que existem religiões com as suas tradições
específicas com o meio ambiente que se caracterizam efetivamente por via de
elementos simbólicos. Esses elementos são particularmente representativos no
Budismo, e Hinduísmo e na formação cultural da tradição Judaico-Cristã, como
também no Islamismo. Além de se manifestarem nesses sistemas de crença, as
39
narrativas referentes ao culto à natureza estão presentes nos povos indígenas, nas
religiões de Matriz Africana e na Wicca.
40
ATIVIDADE 1
41
ATIVIDADE 2
42
ATIVIDADE 3
43
REFERÊNCIAS
44
SUGESTÕES DE FILMES
45
6- Qual o seu personagem favorito no filme? Por quê?
7- Qual o personagem de que você menos gostou? Por quê?
8- Qual é a síntese da história contada pelo filme?
9-Construa uma ficha técnica do filme (nome do filme, direção, elenco, gênero,
tempo do filme, classificação, ano de lançamento e sinopse)
FICHA TÉCNICA
Nome do filme
Direção
Produção
Empresa
País de origem
Roteiro
Elenco
Gênero
Tempo
Classificação
SINOPSE
Professor, a seguir relacionamos vários filmes que poderão ser utilizados na escola
e a temática em destaque.
46
14 Campo dos Sonhos (1989) Vida após a morte
47
44 O Pequeno Buda (1993) Reencarnação budista
48
REFERÊNCIAS
49
SUGESTÕES DE VÍDEOS
50
SUGESTÕES DE SITES
https://escolaconectada-educacao-pe-gov-br.escoladigital.org.br/colabore>
http://www.unicap.br/observatorio2/?page_id=43
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000127160por.pdf> Acesso em: 17
jan. 2019.
<https://www.youtube.com/watch?v=_HoFlTr88l8> Acesso em: 17 jan. 2019.
< http://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/diversidade-religiosa> Acesso em: 17
jan. 2019.
<https://nacoesunidas.org/relatorio-alerta-para-aumento-dos-casos-de-
intolerancia-religiosa-no-brasil/> Acesso em 17 jan. 2019.
<https://drive.google.com/file/d/1Hh0YWKHOk_UezJYq86V7YxNoFoO8WtHn/vie
w>
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6177.htm>
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-
view/news/corporate_film_of_the_international_fund_for_cultural_divers/>
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia>
<http://www.unicap.br/observatorio2/wp-
content/uploads/2011/02/Relat%C3%B3rio-sobre-Intoler%C3%A2ncia-e-
Viol%C3%AAncia-Religiosa-no-Brasil-2011-%E2%80%93-2015-Resultados-
Preliminare.pdf >
<http://www.cultura.pe.gov.br/>
<http://www.culturapernambucana.com/>
<http://www.memorialpernambuco.com.br/memorial/index.htm>
<http://www.ufpe.br/nepe/povosindigenas/>
<http://books.scielo.org/>
<http://crunicap.blogspot.com/2013/08/livros-gratuitos-de-arte-e-religiao.html>
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/social-and-human-sciences/culture-of-
peace/>
<http://olma.org.br/2017/09/10/observatorio-trasndisciplinar-das-religioes-
promove-mostra-de-arte-e-religiao-e-foruns-escolares-da-diversidade-religiosa/>
<http://crunicap.blogspot.com/2011/05/livros-digitais-vendem-mais-que-livros.html>
<http://tvbrasil.ebc.com.br/entreoceueaterra>
51
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