Artigo Gestão Escolar e Os Quatro Pilares
Artigo Gestão Escolar e Os Quatro Pilares
Artigo Gestão Escolar e Os Quatro Pilares
EDUCAÇÃO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A partir dessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes
consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de
conhecimento, que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina, deverá
dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se, saber pesquisar, ter raciocínio lógico,
fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo, enfim, ser
socialmente competente.
É necessária que haja uma aprendizagem significativa, Zabala (1998, p.28) afirma
que “Educar quer dizer formar cidadãos e cidadãs, que não estão parcelados em
compartimentos e estanques, em capacidades isoladas”, ou seja, aquela aprendizagem
que tem a intenção de propiciar aos alunos condições para os conhecimentos conceituais,
procedimentais e atitudinais, favorecendo o desenvolvimento de competências e
habilidades, valores e princípios éticos para atuarem na sociedade.
É na escola que se constrói, se aprimora e se faz incontáveis descobertas sobre o
mundo, é o local onde as crianças podem socializar-se com outras crianças e com seus
educadores através do conhecimento. A escola tornou-se um meio pelo qual o sujeito
pode ter seus direitos garantidos. Porém apesar de toda essa teoria na prática
constatamos que ainda não é bem assim que as coisas acontecem, assistimos ao longo
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dos anos uma grande evasão de alunos das escolas. É nesse momento que professores
e gestores devem buscar soluções, para se não solucionar pelo menos reduzir este
problema. Programas do governo tentam aliarem-se as escolas para amenizar estas
situações, porém sem muito sucesso.
dos padrões de qualidade definidos pelo sistema de ensino e leis nacionais, estaduais e
municipais (LÜCK, 2009). Ainda cabe a esse profissional, educar para diversidade,
sabendo que “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de
discriminação” (FREIRE, 1996, p.38-9).
Segundo Folberg (1984, p.21) afirma que:
não pode ser confundido como assessoria ou consultoria, por ser um trabalho que requer
envolvimento e comprometimento.
Segundo a autora o supervisor escolar tem como objeto de trabalho a produção do
professor – o aprender do aluno – e preocupa-se de modo especial com a qualidade
dessa produção. Portanto, o objeto de trabalho do supervisor é a aprendizagem do aluno
através do professor, onde ambos trabalham como numa equipe um dependendo do
outro. Considera-se o papel fundamental do supervisor: ser o grande conciliador do
ambiente escolar.
Para Alves (1994), o supervisor deve ser o profissional encarregado do controle de
qualquer ação, o supervisor escolar deve ser o encarregado de promover a interação
entre teoria e prática, entre pensamento e ação.
Dentre suas funções está:
‒ Orienta o grupo de professores;
‒ Desafia;
‒ Instiga;
‒ Questiona;
‒ Motiva;
‒ Desperta o desejo o prazer e o envolvimento com o trabalho desenvolvido;
O orientador escolar zela pela formação dos alunos como cidadão ajuda os
professores a compreender os comportamentos das crianças e cuida das relações com a
comunidade. Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora,
ao lado do diretor e do supervisor pedagógico. Ele é o principal responsável pelo
desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à
reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de conflitos.
Ao lado do professor, esse profissional zela pelo processo de aprendizagem e
formação dos estudantes por meio do auxílio ao docente na compreensão dos
comportamentos das crianças. Ou seja: enquanto o professor se ocupa em cumprir o
currículo disciplinar, o orientador educacional se preocupa com os conteúdos atitudinais, o
chamado Currículo Oculto. Nele, entram aspectos que as crianças aprendem na escola
de forma não explícita: valores e a construção de relações interpessoais.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante desse estudo, comprende-se a relação que deve haver entre a prática
educativa e a proposta estabelecida para gerir a escola. Os Pilares da Educação
propostos por Delors, propoem uma educação centrada no aluno, de forma a ser cidadão,
solidário, conectado com o mundo ao seu redor, dotado de capacidades e habilidades.
Sendo assim, para a equipe gestora vir a atender ao seu público e vir a desenvolver nos
seus alunos um senso crítico e cidadão, necessário é, que as diretrizes sejam conduzidas
por esses profissionais com valorização das suas especificidades, ou seja, cada membro
da equipe gestora deve ter autonomia para desempenhar seu papel.
Conclui-se que uma gestão escolar democrática pode ampliar as possibilidades
aprendizagem do aluno a partir de diferentes propostas didáticas as quais são
organizadas no desenvolvimento das práticas pedagógicas. Para isso é importante refletir
sobre os desafios do cotidiano escolar através de uma gestão eficiente e eficaz, que está
atenta tanto às demandas burocráticas da escola, mas também mantendo um olhar atento
às necessidades pedagógicas da mesma.
A educação brasileira enfrenta o desafio de, no desenvolvimento das práticas
cotidianas, se transformar para ser capaz de garantir a acessibilidade e a permanência de
todos os alunos de modo que elas possam se apropriar dos bens culturais traduzidos
como conhecimentos escolares. Sendo assim, é cada vez mais fundamental que se
estude, analise e perceba as nuances presentes no dia a dia da gestão escolar de forma
a assegurar sua potencialidade na transformação de pessoas sob todos os aspectos.
REFERÊNCIAS
RODRIGUES, Zuleide Blanco. Os quatro pilares de uma educação para o século XXI e
suas implicações na prática pedagógica. In: DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro
pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-
102. Disponível em:
<http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo005>
Acesso em: 9 nov. 2018.