Opera Italiana

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A ÓPERA ITALIANA E A PRIMITIVA SINFONIA

O texto "A ópera italiana e a primitiva sinfonia" contido no livro "A música clássica:
uma história concisa e ilustrada de Gluck a Beethoven" de Julian Rushton, traça um
panorama do contexto musical vivido no período de transição do estilo barroco ao estilo
clássico, situado em meados do século XVIII. O relato é dividido em quatro partes que
descrevem o tipo de música escrita pelos compositores da época, discorrendo sobre quatro
gêneros ou estilos específicos: o "style galant", a primitiva sinfonia, a ópera séria e a ópera
buffa. Dentro de cada uma destas partes, o autor apresenta seus compositores e as
características e inovações propóstas no decorrer do processo de solidificação de um novo
estilo que viria em "oposição" à densa textura sonora do barroco.

Sobre o style galant, o autor pontua a importância, simplificação e aprimoramento da


melodia e seu desvencilhamento da textura barroca como ponto essencial deste novo estilo.
Leonardo Vinci (c. 1690 ou 1696 – 1730) é apontado como o compositor que evidenciou tal
característica e Giovanni Battista Pergolesi (1710 – 1736) quem a aprimorou em suas obras,
sobretudo na ópera. O style galant foi um estilo muito explorado por compositores desta
mesma geração, como por exemplo Domenico Scarlatti (1685 – 1757) e Johan Adolph Hasse
(1699 – 1783). A música deste período é descrita pelo autor como uma música de caráter
vivo e jovial tendo como fonte vital a ópera cômica, porém tais características foram
evidenciadas também na música de teclado e na sinfonia. A melodia grandemente
ornamentada e a simetria das frases musicais são os componentes principais do style galant,
pois evidenciam a clareza das ideias.

Na parte sobre a primitiva sinfonia, o autor do texto dá atenção à emancipação da


música instrumental, tendo sua origem na sinfonia, que era a abertura da ópera italiana. Sua
estrutura moderadamente rápida - lenta - muito rápida, pode ser considerada como o modelo
da forma sinfônica. Giovanni Battista Sammartini (c. 1700 – 1775) é apontado como o
primeiro sinfonista importante, e devido a qualidade de suas composições, foi considerado
influente do estilo de Haydn. O autor ainda fala sobre Johann Stamitz (1717 – 1757), que foi
um grande violinista e cultivador da música instrumental e que foi grande responsável pelo
desenvolvimento da sinfonia como gênero, pois através da sua preferência pelos "concertos"
domésticos e a vida de concertista, Stamitz foi responsável pelo afrouxamento do vínculo da
sinfonia com o teatro, abrindo assim caminho para futuros compositores que viriam a ser
consagrados pelo gênero sinfônico, como Beethoven, Spohr, Schubert, e outros.

Na terceira parte o autor defende que, apesar da ópera buffa parecer ser a maior fonte
geradora da linguagem musical da época, o drama heróico (que exaltava a nobreza e a fazia
se ver representada cheia de magnitude e grandes feitos nobres) ainda era o mais elevado
acontecimento musical neste contexto, onde Metastasio foi o grande libretista da época e seus
textos foram usado com grande frequência por vários compositores. O autor também pontua
a importância social de se frequentar as apresentações de ópera (que era mais evidente que a
importância dramática) e a questão do status para a cidade em ter um teatro ou um espaço
específico para tais apresentações. O papel do compositor também foi mencionado, pois a
composição de óperas servia como um grande teste. Alguns relatos sobre o jovem Mozart
estão no texto para evidenciar o quão cedo ele se adequou a este estilo. A partir de então o
autor traça algumas características da evolução da ópera séria (como uma maior simplificação
do style galant, evidenciada nas obras de Niccolò Piccinni [1728 – 1800] e Antonio Sacchini
[1730 – 1786], onde houve uma maior clareza e simetria das ideias musicais, e também a expressão
dramática da música que não necessariamente era mais atrelada somente ao texto

Ópera buffa

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