5 Dolo. Penal

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Índice

Introdução..........................................................................................................................1

Objectivos do Trabalho.....................................................................................................2

Geral...............................................................................................................................2

Específicos.....................................................................................................................2

Capitulo I. Dolo artigo 4....................................................................................................3

1. Conceito..................................................................................................................3

1.1. O elemento intelectual do dolo...........................................................................3

1.2. Conhecimento material do facto criminoso........................................................3

1.3. Conhecimento dos elementos produzidos pela conduta do agente.....................4

1.4. Conhecimento do processo causal de onde resulta o evento..............................4

1.5. Conhecimento de outras circunstâncias do facto................................................5

1.6. Elemento intelectual do dolo: elementos normativos, especialmente jurídicos,


do tipo legal de crime.....................................................................................................5

1.7. Conhecimento da significação ou ilicitude dos elementos constitutivos do


crime. 6

1.8. O elemento volitivo ou emocional do dolo: haja dolo quando o agente quis o
facto criminoso..............................................................................................................6

1.9. Também há dolo quando o agente previu o resultado criminoso como


consequência necessária da sua conduta........................................................................7

1.10. O problema do dolo eventual..........................................................................8

1.10.1. A teoria da verosimilhança..........................................................................8

1.10.2. A fórmula positiva de FRANK e a teoria de aceitação...............................8

1.10.3. Formula proposta pela moderna doutrina alemã.........................................9

1.10.4. Solução proposta.......................................................................................10

2. Tipos de dolo........................................................................................................10

1.1. Dolo objectivo e dolo subjectivo...................................................................10

3. Requisitos de Dolo...............................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................12

Referência Bibliográfica..................................................................................................13
Dolo 3 Ano

Introdução
Este trabalho tem como intuito abordar matéria inerente a dolo.

De referir que o dolo é a consciência e vontade de realizar uma conduta típica. É a


vontade realizadora do tipo objectivo, quando pelo conhecimento deste no caso
concreto. É saber e querer realizar os elementos objectivos de um tipo penal e um querer
obviamente pressupõe um conhecer. Analisando o dolo a luz da teoria de acção, o dolo
consiste no propósito, na vontade de praticar certos actos descritos na lei penal.

De salientar que o grupo vai desenvolver esta matéria no que diz respeito a conceito de
dolo, identificar os seus elementos, tipos e seus requisitos.

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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Dolo 3 Ano

Objectivos do Trabalho

Geral
 Definir o dolo

Específicos
 Identificar os elementos do dolo;
 Demonstrar os tipos de dolo;
 Mencionar os requisitos.

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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Dolo 3 Ano

Capitulo I. Dolo artigo 4

1. Conceito
Segundo Carlos, T.(2008,p. 32), diz que o dolo é uma acção delitiva de maneira
consciente e voluntaria. Em outras palavras, um indivíduo age de forma dolosa quando
sabe o que esta fazendo e conhece as consequências derivadas de sua acção. O dolo
significa que uma pessoa quer prejudicar a outra, portanto, não isso faz de forma
inconsciente ou involuntária, mas sim com toda intenção

Vamos começar com a seguinte questão: quando pode porem dizer-se que existe dolo?

Costuma a doutrina apontar dois elementos essenciais para a sua existência: um


intelectual o outro volitivo ou emocional.

O primeiro traduz-se no conhecimento dos elementos e circunstancias descritas nos


tipos legais de crimes, sendo costume distinguir material desses elementos e o
conhecimento do seu sentido ou significação.

O segundo traduz-se numa direcção da vontade cujo conteúdo ora analisaremos.

1.1. O elemento intelectual do dolo


O elemento intelectual do dolo traduz-se na existência para que aquele possa afirma-se
de que o agente conheça o tipo legal de que a sua vontade visa realizar. Isto e: o agente
precisa, para que a sua actuação se possa dizer dolosa, de conhecer aquelas
circunstancias de facto que pertencem ao tipo legal. Donde resulta, pois, que o
desconhecimento de uma só daquelas circunstancias exclui o dolo.1[CITATION Edu03 \p
367 \l 2070 ]

1.2. Conhecimento material do facto criminoso


O dolo exige antes de tudo o conhecimento dos elementos constitutivos do facto
criminoso. Este conhecimento refere-se em primeiro lugar, aqueles elementos que já
existem no momento em que o agente inicia a sua conduta, e que não são por ela
causados. Temos a título de exemplo o homicídio artigo 155.o CP, a qualidade de
homem da pessoa morta.

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Por isso o mesmo elemento intelectual do dolo esta intimamente ligada com a teoria do erro
em direito penal e nomeadamente com aquilo que chamaremos o erro sobre a faculdade típica.
O domínio deste erro começa justamente nos limites daqueles elementos.
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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Dolo 3 Ano

Temos a título de exemplo no aborto criminoso artigo 166 CP, o conhecimento da


gravidez da pessoa que se faz abortar.

Violação de menor de 12 anos artigo 219 CP. O conhecimento da idade da vítima e o


elemento essencial.

1.3. Conhecimento dos elementos produzidos pela conduta do agente.


O conhecimento refere-se, por outro lado aos elementos produzidos pela conduta do
agente e traduz-se na previsão ou representação. Assim, no caso do homicídio do artigo
155 CP deve o agente prever que a sua conduta resulta a morte de outrem.

1.4. Conhecimento do processo causal de onde resulta o evento


O conhecimento refere-se ainda ao processo causal de onde resulta o evento, na medida
em que tal processo e elemento constitutivo de crime. A existência desse conhecimento
para que haja dolo resulta, por um lado, em geral, da circunstância de que representação
dos elementos constitutivos do facto e essencial aquele grau de sobreposição da
satisfação dos sentimentos ou interesses próprios ao desvalor do ilícito e da pena que,
como veremos a imputação do facto a título de dolo supõe.

E isso, deriva por outro lado, da própria lei, artigo 48 n o 2alinea c) estabelece que "os
que praticam um facto cuja criminalidade provem somente das circunstâncias especiais,
que concorrem no ofendido ou no acto, se ignorarem e não tiverem obrigações de saber
a existência dessas circunstâncias especiais. "

Devem porem fazer-se certas excepções acentuando-se deste, logo que os elementos a
que nos referindo não abrangem as condições de imputabilidade. Ex: um indivíduo esta
enganado da sua idade ou do seu estado mental e supõe não imputável nem por isso
deixa de ser punido se de facto o é. e que a censura não tem por objecto a
imputabilidade, mas a pratica de um facto, desde que aquela não seja excluída.

Igualmente esta excluída a necessidade da representações chamadas condições


objectivas de punibilidade e de procedibilidade. Estas, de facto, nada tem que ver com a
censura, mas com a possibilidade desta se tirarem os efeitos unidos. [CITATION Edu03 \p
372 \l 2070 ]

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Dolo 3 Ano

1.5. Conhecimento de outras circunstâncias do facto


Para que se possa imputar o agente as chamadas circunstancias modificativas
agravantes, é necessário que estas tenham sido representadas pelo agente. Se, por isso,
se um agente não sabe que aquele que mata e seu pai, não se lhe poderia, salvo
disposição expressa na lei, imputar o crime de parricídio art. 164 CP mas só o crime de
homicídio simples.

Para que certas circunstâncias atenuem a pena, impõe-se que sejam representadas. Mas
se agir na convicção de que elas existem o dolo e geralmente atenuado. Isso resulta
sobre os princípios gerais sobre o dolo2.

A representação de certas circunstâncias, que possam diminuir a imputabilidade, não


pode, todavia, tal qual dissemos para a própria existência da imputabilidade, ser tomada
em conta.

1.6. Elemento intelectual do dolo: elementos normativos, especialmente


jurídicos, do tipo legal de crime.
Um particular problema que se levanta relativamente ao conhecimento dos elementos
constitutivos da infracção, que o dolo exige, põe-se relativamente aos elementos
normativos e especialmente jurídicos, usados pela lei.

Assim a lei fala em documento, escritura pública, em letra do câmbio, em estado civil,
em direitos conjugais, em direitos da família ou matrimónio, em autoridade ou agentes
de autoridade, em magistratura judicial ou administrativo, em moeda etc.

Ora para que exista dolo e evidentemente necessário que o agente conheça estes
elementos. De outra forma noutras hipótese só um jurista poderia praticar um crime
doloso, mas se não e possível que se exija um conhecimento preciso e pelo menos
necessário que tenha um conhecimento e avaliação jurídica desse factos.

Mais precisamente, BELEZA DOS SANTOS exige que o agente tenha conhecimento
dos efeitos práticos usuais ligados aos elementos jurídicos empregados. Assim, será
necessário de que o agente tenha conhecimento de que o documento produz uma certa
fé no mundo jurídico, se a lei utiliza a expressão autoridade, será preciso que o agente

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A este princípio fazem naturalmente excepção, contudo, aqueles casos em que os delitos são
objectivamente agravados pelo evento, como, numa certa visão das coisas.
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Dolo 3 Ano

saiba que quem lhe da uma ordem tem poder legal de mandar. [CITATION Edu03 \p 373 \l
2070 ]

1.7. Conhecimento da significação ou ilicitude dos elementos constitutivos do


crime.
A questão aflorada nesta rubrica reconduz-se ao problema da necessidade de conhecer o
significado e o sentido do facto como um todo. Será este conhecimento necessário a
existência do dolo? A posição que tomamos relativamente a sede em que se situa o
direito criminal e a natureza de juízos de valor, de conceitos teológicos, dos tipos legais
de crime, só pode conduzir a uma resposta que numa primeira aproximação, tal
conhecimento e essencial para o conhecimento do dolo.

Pela mesma razão e nos mesmos termos por que se exige, para que haja dolo, o
conhecimento de diversos elementos constitutivos do delito, deve exigir-se o
conhecimento dos valores que encarnam dos sentidos que representam. Separar no
crime coisas que são inseparáveis, indivisíveis. Pode porem dizer-se que por assim o
problema e comprometer toda a segurança jurídica. E comprometer toda a capacidade
intimidativa e repressiva do direito criminal.

O problema liga-se directamente ao da relevância a atribuir em direito criminal ao erro


sobre a proibição, pelo que nos remetemos para as indicações que a este respeito serão
dadas.

1.8. O elemento volitivo ou emocional do dolo: haja dolo quando o agente


quis o facto criminoso.
Ao do momento intelectual, cujos termos analisamos, e necessário, para que haja dolo,
um outro elemento, o volitivo, ou melhor o emocional. E este consiste, justamente numa
certa conexão do facto com a personalidade do sujeito, numa certa posição do agente
perante o facto.

Ora pretendem certos autores que esta conexão se traduza numa relação psicológica,
numa volição pelo agente do facto. Havia dolo na medida em que o agente tivesse
querido o facto criminoso. Esta concepção psicológica, que aliás apela para o aspecto da
representação ou da determinação como elemento da vontade, não pode, como porem
como magistralmente demonstrou BELEZA DOS SANTOS3, ser aceite. A culpa e as

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Crimes de moeda falsa
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Dolo 3 Ano

formas da culpa na medida em que se estruturam como juízos de valor, não podem
nunca fazer-se coincidir com meros acontecimentos naturais. Estes podem quando
muito, ser pressupostos pontos de apoio ou referencia daqueles juízos.

E é justamente este o nosso caso, seguramente que o ter-se querido um certo facto que
se conhece. Mas e assim justamente porque querendo o facto criminoso, o agente revela
claramente, com uma conduta que traduz bem a sua personalidade que não repugna a
produção desse facto. Mostra assim que sobrepõe conscientemente os próprios
sentimentos e interesses ao dano ou perigo de danos dos interesses alheios que o direito
criminal quer evitar por via de sanções criminais.

Se o direito criminal estabelece pois formas de culpa, se quer reunir num grupo os casos
em que a censura pode fazer-se mais fortemente, para especialmente os punir. Então a
hipótese em que o agente põe como fim da sua actividade a produção de um facto
criminoso deve justamente pertencer a esse grupo e o facto, assim objecto da intenção
do agente, deve-lhe ser imputado a título de dolo.[CITATION Edu03 \p 378 \l 2070 ]

1.9. Também há dolo quando o agente previu o resultado criminoso como


consequência necessária da sua conduta.
Pode também suceder que o agente não tenha querido o facto como fim a que se dirige,
mas o tenha previsto como consequência necessária da sua conduta, o tenha pensado
como consequência certa da sua acção. Ora aqui pode colocar-se o problema da
existência ou não de um facto querido, pode colocar-se o problema de saber se o efeito,
que assim se representa como consequência necessária de um acto, e ou não abrangido
pela volição. E um terreno psicológico.

O agente, com efeito, representando o resultado como consequência necessária da sua


actividade e não renunciando a ela, pode dizer-se que o aceita, e revela, igualmente a
falta de repugnância pela realização consciente de factos que representam um dano ou
perigo de dano que o direito reprova. Mostra da sua forma, que sobrepõe a satisfação
dos sentimentos ou interesses próprios a produção daquele dano ou perigo de dano.

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Dolo 3 Ano

1.10. O problema do dolo eventual


O agente pode todavia não dirigir a sua actividade a produção de um facto, nem o
representar como consequência necessária, mas apenas o representar como possível
consequência da sua actividade. Ora devera nesta hipótese considerar-se existente dolo
eventual? Ou devera remeter-se a hipótese para o domínio da negligência?

Diversas soluções têm sido dadas ao problema.

1.10.1. A teoria da verosimilhança


Segundo uns, a existência de dolo eventual nos casos agora configurados, dependeria do
grau de probabilidade com que a possibilidade da verificação do resultado e
representado pelo agente (teoria da verosimilhança)

Não da porem esta teoria uma solução satisfaria ao problema, logo porque, tal como o
dolo directo, pode um agente representar um resultado como de verificação pouco
provável, e, todavia expressamente afirmar a sua indiferença perante tal resultado ,
quando este efectivamente se produza.

O agente pensa, por exemplo: aconteça o que acontecer, eu não deixarei de levar a cabo
a minha conduta. E neste caso a posição do agente e perfeitamente equiparável aquela
em que o agente representa resultado como necessário pois revela uma sobreposição dos
seus interesses a proibição da forma e ao desvalor do resultado proibido. Por outro lado,
o critério da probabilidade não da qualquer indicação precisa sobre qual o quantum de
possibilidade que, a representar-se implicaria a existência de um dolo eventual.

1.10.2. A fórmula positiva de FRANK e a teoria de aceitação.


Segundo uma outra teoria, haveria dolo quando o agente expressamente tivesse
consentido ou aderido a resultado. O agente deveria, na hipótese de ter representado o
resultado como possível tê-lo expressamente consentido, pensando: aconteça o que
acontecer eu não deixo de praticar a minha conduta. Neste sentido coincide com a
fórmula positiva de FRANK.

E porem possível opor varia objecções a esta construção. Antes de tudo o seu acento
volitivo torna impossível aplica-la aqueles elementos de facto criminoso que não
dependem da vontade do agente mas preexistem a sua conduta. A formula todavia não
pode ainda abranger aquelas hipóteses em que embora não haja uma aceitação expressa

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Dolo 3 Ano

do resultado, todavia se pode afirmar que isso deriva de um acordo entre a


personalidade do delinquente e esse resultado.

1.10.3. Formula proposta pela moderna doutrina alemã.


Segundo a teoria sustentada na doutrina alemã havia dolo quando o agente suporta a
possibilidade de verificação do resultado. Havia dolo eventual, antes de tudo quando o
agente aceita ou consente na produção de resultado. Quando pois diz: aconteça o que
acontecer, eu não me desviarei da minha conduta.

Não haveria dolo no caso oposto, ou seja, quando o agente só actua porque vem a
convencer-se de que o resultado não terá afinal lugar. Naquelas hipóteses, todavia em
que o agente representa o resultado como possível, mas não toma seguidamente
qualquer destas atitudes, ainda poderá haver dolo eventual de harmonia com a fórmula
exposta, se o agente, em face da representação do resultado como possível, executa a
conduta sem tomar qualquer consideração a prevenção que tal representação deveria
exercer no seu espírito. Nesta hipótese mostra-se que o agente esta inteiramente de
acordo como resultado4.

Quando se pode, porém dizer que o agente não toma qualquer consideração a prevenção
do resultado como possível deveria ter no seu espírito?

Aqui apelam os autores para várias teorias anteriormente enunciadas, agora como
índices, nunca decisivos daquela falta de consideração 5. E assim recorrerem umas vezes
a verosimilhança do resultado, outras vezes ao fim do agente ex: no caso de um medico
operador que embora representado a morte como possível, actua justamente para a
evitar.

Só assim oferece-se que ou abrange no dolo todos os caso de representação como


possível do resultado, pois em todos eles o agente não tomou em conhecimento a
consideração a prevenção que dai resultava, ou se lança mão de vários índices, quem em
ultima analise, fazem reviver as antigas formulas e que merecem, por isso, a mesma
critica. [CITATION Edu03 \p 382 \l 2070 ]

4
Num sentido próximo deste, diz o art 16 do projecto do código penal alemao1962 «actua
dolosamente… quem representa como possível a realização do tipo legal se conforma com ela»
5
Sobre os casos duvidosos de dolo eventual, alem da BELEZA DOS SANTOS fala muito desses
casos e defende a sua tese.
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Dolo 3 Ano

1.10.4. Solução proposta


Há que concordar com ENGISCH quando afirma que, entendida a fórmula hipotética de
FRANK apenas como «meio de conhecimento» da posição do agente perante o facto,
desaparecem as mais fortes críticas que contra ela se têm levantado.

Simplesmente, e desde logo, a explicação que dela resulta pode não corresponder a
verdadeira situação íntima do agente. Caso que a punição sobrevinda se referira mais a
personalidade do agente de que o seu facto quando e certo que o problema a resolver,
põe-se e deve pôr-se no domínio deste.

A isto acresce que a fórmula referida, tal que deixamos entendida, na esteira de
BELEZA DOS SANTOS, pode funcionar mal em certos casos limites, justamente
naqueles em que o simples facto do agente aceitar o risco de produção do resultado deve
logo conduzir mesmo quando ele não tenha tomado a posição perante o resultado, a
afirmar que ele sobrepôs os seus interesse do desvalor do ilícito e da pena e portanto a
sua punição por dolo6.

2. Tipos de dolo

1.1. Dolo objectivo e dolo subjectivo

a) Tipo objectivo
De acordo com F, C.(2015, p.444) diz que o tipo objectivo tem como uma única função
descrever elementos que devem constatados nos planos de factos capazes de identificar
e delimitar o conteúdo da proibição penal. Tudo aquilo que estiver previsto no tipo
objectivo devera ser objectivado no mundo exterior. Os elementos que compõem o tipo
objectivo são: autor da acção, uma acção ou uma omissão, um resultado, nexo causal e
imputação objectiva.

b) Tipo subjectivo
Reúne todas as características subjectivas direccionadas a produção de um tipo pena
objectivo. Os elementos que formam o tipo objectivo são: o dolo na condução de
elemento geral e os elementos acidentais também denominados elementos subjectivos
especiais.

6
No caso de mendigos que estropiam crianças para melhor explorarem a caridade publica. Com
efeito na hipótese dos mendigos representarem a morte das crianças como necessária. A fórmula
hipotética não se poderia servir para os seus fins e não teriam portanto praticado as actividades
de mutilação.
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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Dolo 3 Ano

O tipo subjectivo tem como finalidade investigar o ânimo do sujeito que praticar um
tipo, penal objectiva, ou seja, na sua função e averiguar o ânimo e a vontade do agente.
O dolo como elemento subjectivo geral, resume-se a consciência e vontade do agente
direccionar a realização da conduta descrita em um tipo penal objectiva. O dolo em
suma, e a vontade de realizar um tipo objectivo orientada pelo conhecimento de todos
os elementos componentes do tipo objectivo constatada no caso concreto.

3. Requisitos de Dolo
O dolo leva a um delito e para que seja considerado um caso jurídico deve apresentar
dois requisitos básicos: um intelectual e outro volitivo.

O requisito intelectual: estabelece que o delinquente saiba de antemão que a sua acção
delitiva será punitiva por lei.

O requisito volitivo: estabelece que a pessoa que comete um delito tem a vontade de o
fazer. Podemos encontrar no código penal artigo 4.o

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Dolo 3 Ano

Conclusão
Tendo desenvolvido o trabalho o grupo constatou que o dolo é a consciência e vontade
de realizar uma conduta típica. E a vontade realizadora do tipo objectivo, quando pelo
conhecimento deste no caso concreto. É saber e querer realizar os elementos objectivos
de um tipo penal e um querer obviamente pressupõe um conhecer. Analisando o dolo a
luz da teoria de acção, o dolo consiste no propósito, na vontade de praticar certos actos
descritos na lei penal.

Por via disso o dolo traduz-se na existência de que o agente conheça o tipo legal da sua
vontade pretende realizar. Isto é: o agente precisa, para que a sua actuação se possa
dizer dolosa, de conhecer aquelas circunstancias de facto que pertencem ao tipo legal.
Donde resulta, pois, que o desconhecimento de uma só daquelas circunstancias exclui o
dolo.

Em suma depois de termos desenvolvido o tema concluímos que o dolo é a vontade e a


consciência do agente de praticar actos delitos, típicos, ou seja, o agente prática a acção
com intuito de esperar um resultado.

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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Dolo 3 Ano

Referência Bibliográfica

Eduardo Correia, F. D. (2003). Direito Criminal. Lisboa: Almeida.

Carlos, T.(2008). Direito penal parte geral. Lisboa: Coimbra

F,C.(2015). Curso de Direito penal. Lisboa: Saraiva.

Legislação: código penal

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Trabalho realizado pelo 1 Grupo
Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Curso de Direito

3o Ano

2o Grupo

Cadeira: Direito Penal II

Tema: Dolo

Discentes:

Anucha Pedro Fazenda

Edmilson Manuel Ribeiro Jardim

Edson Lázaro Mateus Camuchowiro

Geraldo Francisco Giroth

Neusia Manjate

Tobias Crispim Diruai

Chimoio, Março de 2019


Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Curso de Direito

3o Ano

2o Grupo

Cadeira: Direito Penal II

Tema: Dolo

Docente: Dr Rui Miguel

Discentes:

Anucha Pedro Fazenda

Edmilson Manuel Ribeiro Jardim

Edson Lázaro Mateus Camuchowiro

Geraldo Francisco Giroth

Neusia Manjate

Tobias Crispim Diruai

Chimoio, Março de 2019

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