Lubrificação Apostila - EDITADA
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Sumário
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 4
1. INTRODUÇÃO À LUBRIFICAÇÃO............................................................................... 5
2. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO.............................................................................................. 6
5 . TÉCNICAS DE LUBRIFICAÇÃO.................................................................................... 14
6. MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO.................................................................................... 17
7. DISPOSITIVOS DE LUBRIFICAÇÃO............................................................................. 25
8. SISTEMAS SELADO...................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS...................................................................................... 42
Mecânica
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1. Introdução à lubrificação
No deslocamento de duas peças entre si ocorre atrito, mesmo que as superfícies
dessas peças estejam bem polidas, pois elas sempre apresentam pequenas
saliências ou reentrâncias.
O atrito causa vários problemas: aumento da temperatura, desgaste das
superfícies, corrosão, liberação de partículas e, conseqüentemente, formação de
sujeiras.
Para evitar esses problemas usam-se os lubrificantes que reduzem o atrito e
formam uma superfície que conduz calor, protege a máquina da ferrugem e
aumenta a vida útil das peças.
Atrito limite
A espessura do lubrificante é muito fina e menor que a altura da parte áspera das
peças.
Atrito misto
A espessura do lubrificante é mais consistente que no caso anterior, permanece
inferior à aspereza superficial, não impedindo um contato intermitente entre as
superfícies metálicas.
Atrito fluido
Nesse caso, a espessura de lubrificante é superior à altura da aspereza
superficial: uma película separa completamente as superfícies metálicas. Obtém-
se, então, a lubrificação hidrodinâmica em que a resistência ao movimento
depende da viscosidade do lubrificante.
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2. Tipos de Lubrificantes
Óleos minerais
Segundo a fabricação:
Segundo a aplicação:
Graxas minerais
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Segundo a aplicação:
Óleos orgânicos
Essas misturas são utilizadas com vantagem nos cilindros a vapor e nos eixos
dos cilindros laminadores devido à sua capacidade emulsora na água. Além
disso, são usadas nos casos em que se necessita de uma elevada capacidade de
lubrificação (óleo para alta pressão), como em redutores de parafusos sem-fim e
em engrenagens cônicas rebaixadas.
Lubrificantes sintéticos
Lubrificantes grafíticos
Escolha do lubrificante
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Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
d) ( ) grafita.
Exercício 4
Exercício 5
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Aderência
Viscosidade
Ausência de ácidos
Pureza química
Resistência ao envelhecimento
Um bom lubrificante não varia sua composição química mesmo depois de uso
prolongado. Além disso, um bom lubrificante não se oxida, não fica resinoso nem
espesso. Em contato com água, não deve formar emulsão.
Ponto de inflamação
Ponto de congelamento
Pureza mecânica
Dissulfeto de molibdênio
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5. Técnicas de Lubrificação
Depois de escolher o tipo de lubrificação, e o lubrificante, é preciso manter a
continuidade da lubrificação por meio de uma distribuição suficiente nos pontos
marcados. Isso deve ser feito com economia, aproveitando-se, ao máximo, o
lubrificante e consumindo-se a quantidade estritamente necessária.
Para se obter uma lubrificação correta, é necessário que o lubrificante seja
adequado ao equipamento, aplicado no local correto, usado na quantidade certa e
a intervalos regulares.
Uma lubrificação eficiente só será possível se for garantido o uso do lubrificante
em quantidade e a intervalos corretos.
Esse uso deve ser contínuo e automático, evitando-se o processo manual devido
à sua baixa confiabilidade.
Os gráficos 1 e 2 mostram os dois tipos de fornecimento de lubrificante,
automático e manual, relacionado à quantidade de fluido com o tempo.
No primeiro, vê-se a inconstância do fornecimento que, geralmente, é causada
por esquecimento do operador. Notam-se, ainda, as situações de excesso de
lubrificação, rápido vazamento e falta de lubrificação.
No segundo gráfico, observa-se o uso constante, a quantidade e os intervalos
corretos. Logo, com o sistema de fornecimento automático, evita-se o atrito sólido
e prolonga-se a vida útil do equipamento.
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Sistema selado
Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
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Quando o lubrificante se torna rígido e sem fluidez, diz-se que ele atingiu o ponto
de:
a) ( ) inflamação;
b) ( ) solidificação;
c) ( ) resfriamento;
d) ( ) congelamento.
Exercício 6
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6. Métodos de Lubrificação
Conceito de sistema de perda total
Nesse sistema, o lubrificante não pode ser utilizado novamente. Por isso, usa-se
a expressão perda total, ao contrário do que ocorre no sistema selado, em que o
lubrificante pode ser reaproveitado várias vezes.
No sistema de perda total são empregados os seguintes dispositivos: almotolia,
copo graxeiro, pistola graxeira, pistola de óleo, pincel, espátula, copo conta-gotas,
copo com vareta, copo com mecha (tipo sifão), copo com mecha (tipo tampão),
lubrificador mecânico.
Vamos estudar cada um desses dispositivos.
Almotolia
Pode ser do tipo comum ou do tipo bomba. Ambas devem ser mantidas limpas e
com os bicos desobstruídos.
Na lubrificação por almotolia, é importante que os pontos de lubrificação sejam
mantidos e protegidos sempre que possível.
Copo graxeiro
O copo graxeiro pode ser manual ou automático. O copo manual faz a graxa
chegar a ponto de aplicação por meio do rosqueamento da tampa ou do êmbolo.
O copo automático usa a pressão de uma mola para a aplicação, evitando a
atenção freqüente do operador.
Além do reenchimento e da limpeza, pouca atenção é requerida por esses copos.
Porém, podem ocorrer problemas por falta de lubrificação, se o mancal aquecer a
ponto de provocar o escorrimento livre da graxa. Dessa maneira, ela vaza pelas
extremidades do mancal e o copo se esvazia rapidamente.
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Pistola graxeira
A aplicação de graxa com pistola graxeira é simples quando se usam pistolas com
acionamento manual. Entretanto, a aplicação torna-se complexa quando se usa ar
comprimido ou bombas elétricas para forçar a entrada de graxa nos mancais.
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As engraxadeiras possuem uma mola que atua numa esfera. Dessa forma, fica
vedado o escape de graxa e a entrada de sujeiras. A graxa e a entrada de
sujeiras. A graxa entra sob pressão a força à esfera para trás. Assim, vence a
força da mola. Ao cessar a entrada de graxa, a vedação é restabelecida.
Pistola de óleo
Pincel
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Espátula
Copo conta-gotas
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Lubrificador mecânico
Esse dispositivo consiste em um reservatório de óleo e vários elementos
individuais de bombeamento. Os elementos fornecem o óleo em pequenas
quantidades, sob pressão, para tubos que o conduzem a ponto de aplicação.
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Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
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Exercício 4
Exercício 5
Exercício 6
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7. Dispositivos de Lubrificação
Outros dispositivos de lubrificação
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Lubrificador hidrostático
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Mancais de cavidade
Esses mancais, geralmente, trabalhem em altas temperaturas, como os mancais
de secadores de papel. Possuem cavidades nas quais são aplicadas graxas em
bloco com conformação adequada.
A graxa de bloco deve ficar livre na cavidade. Para isso, corta-se o bloco de graxa
em tamanho ligeiramente menor que a cavidade. Por ação do próprio peso, a
graxa exerce pressão sobre o eixo. O calor do atrito das superfícies em contato
(graxa e eixo) amolece a graxa e lubrifica o mancal.
Lubrificação centralizada
reservatório de lubrificante;
válvula direcional;
rede de distribuição;
dosadores;
manômetros;
sinalizadores de defeito.
linha simples
linha dupla
progressivo
Linha simples
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Linha dupla
Esse sistema dispõe de duas linhas principais: uma para acionamento e outra
para retorno dos dosadores. Assim, a válvula direcional ora pressuriza uma linha,
ora pressuriza a outra.
O sistema centralizado por linha dupla não tem molas, gaxetas ou outras peças
facilmente desgastáveis. Por isso, opera por muitos anos, sem problemas de
manutenção. O sistema pode ser operado manual ou automaticamente.
Nos sistemas automáticos, controladores elétricos e eletrônicos programam a
freqüência dos períodos de lubrificação e monitoram o funcionamento.
As bombas usadas no sistema de linha dupla podem ser elétricas, pneumáticas
ou manuais. A ligação entre os dosadores e a linha principal é do tipo paralelo.
Sistema progressivo
Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Na lubrificação por névoa, o lubrificante pode ser usado nas seguintes formas:
a) ( ) névoa, atomização, condensação;
b) ( ) atomização, esguichamento, compressão;
c) ( ) névoa, pressurização, condensação;
d) ( ) condensação, atomização, pressão.
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
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8. Sistema selado
Os mais simples sistemas selados de lubrificação dependem das propriedades do
óleo: viscosidade e untuosidade. Assim, o óleo lubrifica as superfícies das peças
por meio de rodas dentadas, de anéis ou correntes. No primeiro caso, por
exemplo, uma ou mais rodas puxam o óleo para a parte inferior do depósito. O
óleo é projetado em volta da peça, e lubrifica também os mancais devido à força
da projeção. O nível de óleo no cárter não deve ser muito baixo, caso contrário
ele não atinge o nível das partes a serem lubrificadas. Se isso acontecer, as
partes não se resfriam e ocorre aquecimento excessivo do óleo, além de desgaste
e ruídos. Por outro lado, se o nível do óleo for muito elevado, haverá aumento
inútil de resistência ao movimento. A turbulência excessiva provocará aumento de
temperatura e maior possibilidade de perda de lubrificante nos mancais.
Para a carga e descarga do óleo usam-se tampas apropriadas. O controle do
nível de óleo é feito por meio de indicadores que podem ser fabricados em náilon
preto, com cristal incorporado, ou em resina sintética transparente. Os indicadores
de náilon são encontrados no comércio para montagem forçada com anel de
vedação tipo OR ou para montagem parafusada. Os indicadores de resina são
montados por meio de parafusos.
Nesse sistema de lubrificação, uma determinada quantidade de fluido circula
constantemente entre as partes móveis e o tanque.
Por não haver perdas, após certo tempo é necessário trocar o óleo, uma vez que
os aditivos perdem sua eficiência.
Vamos ver, a seguir, os principais sistemas de aplicação com reaproveitamento
do lubrificante.
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Nesse sistema, o óleo fica num reservatório, abaixo do mancal. Ao redor do eixo
do mancal repousa um anel com diâmetro maior que o do eixo e com a parte
inferior mergulhada no óleo. Devido ao movimento do eixo, o anel também gira e
transporta o óleo até um canal de distribuição. Pode-se usar uma corrente no
lugar do anel.
O banho com anel é muito usado em motores elétricos, bombas e
compressores.Óleos muito viscosos são inadequados a esse sistema porque
prendem o anel.
É um sistema que substitui o anel do sistema anterior por um colar fixo ao eixo do
mancal. É adequado a lubrificantes viscosos e em serviços com alta velocidade.
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Banho de estopa
O banho com almofada é um sistema que está caindo em desuso. Em seu lugar
estão sendo colocados mancais de rolamento.
Sistema circulatório
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Exercícios
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Exercício 6
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Tendo sido listadas as tarefas com base no fluxograma de processo, devem ser
identificados e, quando possível (sendo sempre desejável), quantificados os
aspectos ambientais correspondentes a cada tarefa (ou produto/serviço) do
processo.
Esta listagem não é imutável nem prescrita, devendo ser encarada como um
agente de facilitação. O desenvolvimento do processo de identificação dos
aspectos permitirá que a listagem seja periodicamente atualizada.
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CATEGORIA ASPECTOS
1. Emissão de partículas totais em suspensão –
PTS
2. Emissão de partículas inaláveis – PM10
3. Emissão de fumaça (ex.: veículos, caldeiras)
Emissões Atmosféricas 4. Emissão de fumos metálicos (ex.: soldas)
5. Emissão de gases de combustão (SOx, NOx,
(EA) CO)
6. Emissão de compostos clorados (ex.: cloretos,
clorofluorcarbono – CFC’s)
7. Emissão de compostos orgânicos voláteis –
VOC’s (ex.: solventes, tintas, desengraxantes)
8. Geração de odor
9. Emissão de outros gases (ex.: inertes
,
oxidantes, amônia, fotoquímicos, gases
1. ácidos/alcalinos) – Especificar
Geração de efluentes líquidos contendo óleos
e graxas
2. Geração de efluentes líquidos inorgânicos
Efluentes Líquidos (EL) (ex.: ácidos, bases, cianetos, metais pesados)
3. Geração de efluentes orgânicos não oleosos
(ex.: solventes, organoclorados, detergentes,
fenóis)
4. Geração de esgotos domésticos
5. Geração de outros efluentes líquidos
-
Ruído (RU) Especificar
Emissão de ruído
Vibração (VI) Emissão de vibração
Radiação (RA) Emissão de radiação (ex.: calor, ultra-som
,
Recursos Naturais e microondas)
1. Uso de água
Energéticos (RN) 2. Consumo de combustíveis fósseis (ex.: óleos
diesel e combustível, carvão, gasolina)
3. Consumo de energia elétrica
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CATEGORIA IMPACTOS
1. Alteração da qualidade do ar
Ar 2. Alteração da camada de ozônio
3. Geração de chuva ácida
4. Formação de efeito estufa
1. Alteração da qualidade da água
superficial
Água 2. Alteração da qualidade da água
subterrânea
3. Assoreamento dos cursos d’água
4. Redução da disponibilidade dos
aqüíferos
5. Eutrofização
Solo Alteração da qualidade do solo
Recursos Naturais/ Ineficiência no consumo / emprego de
Energia recursos naturais e/ou energia
1. Danos à saúde humana
Meio Antrópico 2. Incômodos ao homem – ruído,
vibração, odor
3. Danos materiais
(E N T R A D A S ) (S A ÍD A S )
M a t é r ia s - p r im a s P ro d u to s
P r o d u to s a u x ilia r e s E f lu e n t e s líq u id o s
Á gu a P R O C E S S O
A r IN D U S T R IA L E m is s õ e s p a r a a
E n e r g ia a tm o s fe r a
R ecu rso s R e s íd u o s
E n e r g ia
FLUXOGRAMADOPROCESSO
IN S U M O S A T IV ID A D E 1 O Q U E G E R A ? P A R A O N D E V A I?
C O M O G E R A ? Q U A IS S Ã O A S
C O N S E Q U Ê N C IA S
N O M E IO
A S PE CT O S
A M B IE N T A IS A M B IE N T E ?
IM P A C T O S
A M B IE N T A IS
IN S U M O S
A T IV ID A D E 2
F L U X O G R A M A A M B IE N T A L
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Referências Bibliográficas
GORDO, Nívea, FERREIRA, Joel. Telecurso 2000; Mecânica Profissionalizante –
Elementos de Máquina. São Paulo. Editora Globo. Volume 2
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