Comunicado 04.03.18
Comunicado 04.03.18
Comunicado 04.03.18
Não posso deixar de demonstrar a minha total indignação com a forma como,
sob o título de “Constatações/Factos” foram feitas acusações e insinuações
graves, algumas das quais caluniosas, contra a minha honra e contra o trabalho
sério, profissional e competente que a equipa do anterior Conselho de
Administração desenvolveu ao longo de 18 meses.
Gostaria de lhe deixar claro que não deixarei de tomar todas as medidas, e
encetar todas as providências legais, adequadas e necessárias à protecção do
meu bom nome e defesa dos meus direitos.
Sem prejuízo disso, não posso deixar de responder desde já a algumas das
acusações lançadas naquele documento:
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“Qual é o futuro da empresa? E como reforçar a competitividade do sector
petrolífero?”
Trata-se nada mais que um circo, uma encenação! Procurar buscar um bode
expiatório, para esconder o passado negro da Sonangol, e escolher fazer
acusações ao anterior Conselho de Administração! Ora, isto não passa de uma
manobra de diversão, para enganar o povo sobre quem realmente afundou a
Sonangol. E seguramente não foi este Conselho de Administração que presidi,
e que durou 18 meses que levou a Sonangol a falência!
BCG (AG, JH) PwC (IF, JM, ) VdA (PTC, RA), Wise
-2-
Importância do projecto ter um gestor transversal no projecto dada a complexidade e
abrangência do projecto;
Pôr em causa hoje as decisões tomadas pelo governo angolano em 2015 e 2016,
pôr em causa a presença de consultores, pôr suspeitas sobre o trabalho
-3-
realizado e pagamentos feitos, significa negar o facto que a Sonangol estava
falida.
-4-
Recordo o diagnóstico da situação da empresa realizada pelo Dr. Francisco
Lemos, PCA da Sonangol que me antecedeu, no relatório “Resgate da eficiência
Empresarial” com data de 15 de Maio de 2015. Nas próprias palavras do antigo
PCA Francisco Lemos, ele reconhece as debilidades da Sonangol, cito:
Perante esta óbvia redução dos custos com consultores, apenas se percebe a
insinuação e informação parcial da Conferência de Imprensa como difamatória.
Ora, a ética profissional é estabelecida pela lei e pelo estatuto de gestor publico.
-6-
A nomeação do novo CA aconteceu a 16 de Novembro de 2017, tendo as
reuniões de passagem de pasta começado nesse dia. Não existem instruções
de pagamentos, ou outras instruções com data posterior a 15 de Novembro
de 2017.
Até essa data, ou seja até dia 16 de Novembro, a empresa tem que continuar a
sua atividade e a funcionar normalmente, sendo a obrigação dos
Administradores em funções assegurar o tratamento dos assuntos sociais como
é o normal e corrente, como é o pagamentos de faturas de trabalhos prestados,
e já entregues a empresa. E, relevo que vários pagamentos a varias entidades
foram efetuados, e não apenas este, como é normal numa empresa desta
dimensão com centenas de transações por dia.
-7-
Afirmar que se tentou esconder pagamentos indevidos aos órgãos sociais e de
direção é falso!
É uma aberração afirmar que uma transação financeira ou pagamento que esta
registado em SAP esta escondida!
Foi criado a conta SAP “mandante 100” para processamento de salários, com
acessos restritos às pessoas da Direcção Recursos Humanos e CA.
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sistema contabilístico SAP, e as fichas de pagamento de salários efetuados na
Sonangol, a produzir a prova documentada sobre o que afirmou. Caso contrario
convido o, em homem de honra, a por o seu cargo a disposição.
As boas praticas de gestão, ditam que não é prudente guardar 80% dos
depósitos de uma empresa num único banco, pois é arriscado em caso de
falência, ou incumprimento deste banco. Como medida prudente, e alinhada com
as boas práticas internacionais, abrimos relações comerciais com novos bancos
em Angola e no estrangeiro, diversificando assim o risco, e também diminuindo
os custos financeiros.
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Mais chocantes, eram as comissões exorbitantes cobradas pelos bancos
de relação histórica com Sonangol, como o BAI, que cobrava taxas de
comissão elevadíssimas, e comissões financeiras sobre operações
cambiais de 7%. Comparativamente, obtivemos uma proposta do BFA de uma
taxa de 0,75% nas comissões de operações cambiais
Mercado Sonangol
BAI
BIC BPC 81%
13% 16%
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6. Participação na GALP
• Em 2006 foi formalizada uma joint venture entre a Esperaza (40% Exem
Energy BV e 60% Sonangol) e o empresário português Américo Amorim
para adquirir uma participação na Galp, através da Amorim Energia BV
(55% controlada pelo Senhor Américo Amorim e 45% pela Esperaza)
• No dia 30 de Junho de 2017 a Exem dirigiu uma comunicação à Sonangol
na qual se propunha a antecipar e liquidar, o restante dos pagamento
ao abrigo do acordo, em Kwanzas.
• No dia 31 de Agosto de 2017, a Sonangol enviou uma comunicação à
Exem, subscrita pelo então CEO da Sonangol Eng. Paulino Jerónimo, na
qual dá o seu acordo ao pagamento em AKZ dos referidos montantes,
sujeito a: (i) que o pagamento de dividendos da Esperaza não ocorra
antes de Outubro de 2017 (por questões internas da Sonangol) e (ii) que
o pagamento seja liquidado no prazo máximo de seis meses após o
acordo completo das partes.
• No dia 13 de Outubro de 2017 foi realizado o pagamento a Sonangol da
totalidade dos valores devidos pela Exem, tendo a Sonangol confirmado
a recepção do pagamento do montante em causa, e declarado que nada
mais há a pagar ao abrigo dos acordos.
• No dia 17 de Novembro de 2017 a Esperaza efectuou a distribuição dos
dividendos referentes a GAPL a Sonangol, conforme o acordado.
• No dia 15 de Dezembro de 2017 foram pagos as autoridades Holandesas
os impostos referentes aos dividendos da GALP, recebidos pela
Sonangol,
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7. Estrutura da joint venture Esperaza e dividendos da Galp
CONCLUSÃO
O problema da Sonangol não é, e nunca foi Isabel dos Santos, mas sim a
irresponsabilidade da gestão, e das entidades que beneficiarão de contratos
leoninos e ganharam milhões, e hoje esperam poder continuar a gozar e viver
desta prevaricação.
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