Teste 4 Março - Correção PDF
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GRUPO I – ORALIDADE
Para responderes às questões que se seguem, vais ouvir uma notícia sobre o naufrágio de
um navio português.
http://ensina.rtp.pt/atualidade/identificado-navio-da-frota-de-vasco-da-gama/
Antes de iniciares a audição do texto, lê as questões e as respetivas alíneas. Em seguida,
ouve atentamente a notícia duas vezes e responde ao que é pedido.
1. Assinala com X (de 1.1. a 1.4.) a única opção que completa corretamente a frase de acordo
com o sentido do texto.
A. 3; B. 4; C. 1; D. 2
Grupo II – LEITURA
PRAÇA DO GIRALDO
É o coração da cidade. E reza a história que sempre assim foi. O nome vem
de Geraldo Geraldes que conquistou a cidade aos mouros em meados do
século XII. No centro, as esplanadas, sempre cheias de gente. Ao fundo,
tanto a norte como a sul da praça, dois edifícios imponentes – a Igreja de
Santo Antão e o Banco de Portugal. Mesmo em frente à igreja, o chafariz com
quase 500 anos de existência. E, claro, as arcadas que albergam lojas de
comércio tradicional e que nos dão a sombra nos dias mais quentes. E são muitos...
CAPELA DOS OSSOS
Dentro da Igreja de São Francisco encontramos uma obra sem precedentes. Com tanto
de fascinante como de oculto, a Capela do Ossos está totalmente forrada com ossadas
humanas. O objetivo desta peculiar construção, que nos recebe com a inscrição “Nós
ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”, é assinalar o quão efémera1 é a
vida, sendo apenas uma passagem para o céu (ou inferno).
RUA 5 DE OUTUBRO
A antiga Rua da Selaria é desde sempre uma referência do comércio eborense. Na
artéria que liga a Praça do Giraldo à Sé de Évora encontra uma dezena de lojas onde
predomina o artesanato – artigos em cerâmica, cortiça e ainda produtos gourmet2.
CROMELEQUE DOS ALMENDRES
Sabe o que é um cromeleque? É um conjunto de menires. E o que é um menir? É um
monumento do período megalítico de simbolismo religioso, espiritual ou astronómico.
A cerca de 15 km de Évora existe um dos mais antigos cromeleques do mundo –
reúne 95 menires – que terá sido construído há qualquer coisa como 7 mil anos.
Imperdível, portanto.
in https://www.viaverde.pt/Viagens-Vantagens/Descobrir-Portugal/Roteiros/9-sitios-que-nao-pode-perder-em-
evora (excerto adaptado, consult. 2019-04-03)
1.1.Tipo de destino: 1.2. Duração da visita 1.3. Alojamento e transporte 1.4. Tipo de programa
2. Seleciona, de 2.1. a 2.4., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.
Assim desembarcou Ulisses naquela ilha de desolação onde os Gregos acreditavam que apenas
vagueavam as almas dos mortos, as sombras. Passa por entre enormes pedras negras, terras nuas,
cinzas ainda quentes, buracos como vulcões adormecidos mas ainda fumegantes...
Na sua frente vê então a entrada de uma gruta. Olha o cão enorme de três cabeças que guarda
5 a entrada dessa gruta, a entrada dos próprios Infernos. É Cérbero, o feroz. Ele conhece um segredo
que Circe lhe revelara à partida: “Se o cão estiver com os olhos abertos, podes entrar, porque está a
dormir; mas se estiver com os olhos fechados, não entres, porque está acordado!”
Ele olha e repara que o cão tem os olhos fechados. Espera um bocado longo, e a pouco e pouco
os olhos do cão abrem-se: ele adormecera.
10 Então Ulisses entra sem medo no reino dos Infernos.
Então Ulisses entra sem medo pela gruta dentro e vê as sombras dos mortos. Elas não o sentem,
não o veem, nem o ouvem, nem lhe falam. Ulisses sabe que só comunicará com aquelas com quem
ele quiser comunicar, se lhes oferecer carne de uma ovelha negra que leva ali com ele e Circe lhe dera.
De repente vê a sombra de sua mãe, que ele imaginava ainda viva.
15 — Mãe, minha mãe!
Mas a sombra passou por ele sem o ver. Então Ulisses ofereceu-lhe a carne da ovelha negra e
a mãe por uns momentos falou com ele:
— Meu filho, tu aqui neste lugar? Porque estás aqui neste lugar de morte e de tristeza? Também
morreste já?
20 — Não, mãe, ainda não morri, mas tu...
— Foram os desgostos, a tua ausência enorme. E o teu pai está muito mal. Se não estás morto,
corre para a tua pátria, não te demores mais! Graves coisas se estão passando por lá...
— O que é, mãe? Conta-me.
— Todos te julgam morto. Há cerca de dezoito anos que saíste de Ítaca, e há muitos anos que
25 regressaram aos seus lares aqueles que, como tu, combateram na guerra de Troia. Todos te julgam
morto já, e as façanhas1 das tuas aventuras são cantadas por todo o teu povo. Ora, segundo a lei de
Ítaca, como sabes, a tua mulher tem de procurar novo marido, tem de voltar a casar, tem de dar um
novo rei à pátria...
— Penélope, casar??!! — gritou Ulisses.
30 — Ela não quer, e chora dia e noite. O teu filho Telémaco, que está um belo e vigoroso jovem,
revolve os mares para ver se te encontra, sempre sem êxito. Os pretendentes à mão da tua mulher
começam a chegar ao teu palácio, vindos de todas as partes do mundo. Estão agora reunidos no grande
salão, à espera que Penélope se decida a escolher um de entre eles...
— É inacreditável! Mas então ela já escolheu algum?
35 — Não, ela não escolheu nenhum, pois tem sempre a esperança de tu um dia voltares. Mas a
paciência dos pretendentes é que é bem pequena. Exigiram-lhe um prazo. E ela lembrou-se de lhes
dizer que escolheria um de entre eles quando acabasse de tecer uma teia2 que está fazendo para servir
de mortalha3 ao teu pai quando ele morrer.
— Mas então deve estar quase a terminá-la...
40 — Sabes, Ulisses? Ela é muito esperta, porque de dia trabalha, trabalha, e todos a veem
trabalhar na teia, mas de noite desmancha tudo o que fez durante o dia...
— Oh, deuses, mas isso não se aguenta muito tempo! Tenho de lá chegar quanto antes! Adeus,
minha mãe.
E Ulisses despediu-se da mãe e prosseguiu a sua viagem no reino dos Infernos.
1. façanha: feito heroico, proeza; 2. teia: tecido ou pano feito em tear; 3. mortalha: lençol que
envolve o cadáver que vai ser sepultado.
5. A expressão “vulcões adormecidos” (l. 3) contém uma personificação, pois atribui aos vulcões uma
característica humana: a capacidade de dormir.
5.1. Parece-te que esta expressão é mais sugestiva do que “vulcões apagados”? Apresenta uma
razão para justificares a tua opinião.
R: Sim, creio que a expressão “vulcões adormecidos” é mais sugestiva, pois, ao comparar-se o
estado dos vulcões a um sono, prevê-se a possibilidade de estes poderem “acordar”, ou seja,
voltarem a entrar em atividade.
consequência causa
O povo de Ítaca Penélope, a mulher de Pretendentes de todo o
acredita que Ulisses Ulisses, tem de se voltar a mundo aguardam a
está morto. casar para dar um novo rei à escolha de Penélope.
pátria.
Grupo IV – GRAMÁTICA
1. Atenta na frase: “Então Ulisses ofereceu-lhe a carne da ovelha negra […].” (ll. 17-18).
1.1 Reescreve-a, substituindo a expressão sublinhada por um pronome pessoal. Faz apenas as
alterações necessárias.
R: “Então Ulisses ofereceu-lha.
a.4 ; b.3;
3. Assinala com X a função sintática dos constituintes sublinhados.
Frases Comp. direto Comp. oblíquo Predicativo do sujeito
4.1 Assinala com as alíneas que contêm afirmações corretas em relação à frase acima.
a) O sujeito da frase é composto. X
b) O verbo da frase é um verbo transitivo. X
c) O verbo da frase é um verbo copulativo. X
d) A palavra sublinhada desempenha a função sintática de predicativo do sujeito. X
e) A palavra sublinhada desempenha a função sintática de complemento direto.
6. Faz corresponder cada forma verbal sublinhada nas frases da coluna A à respetiva subclasse na
coluna B.
Coluna A Coluna B
A. Ulisses não estava com medo.
1.Verbo principal intransitivo
B. Cérbero adormecera.
2.Verbo principal transitivo
C. Ulisses tinha chegado à Ilha dos Infernos.
3.Verbo copulativo
D. Os marinheiros avistaram terra.
4.Verbo auxiliar dos tempos compostos
A. 3; B. 1; C. 4; D. 2
7.Completa as frases, conjugando os verbos entre parênteses nos tempos e modos indicados.
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
a. Circe tinha revelado (revelar) a Ulisses o truque para entrar na gruta.
Condicional
b. O plano de Penélope não resultaria (resultar) durante muito mais tempo.
Pretérito imperfeito do conjuntivo
c. Se todos os seus olhos estivessem (estar) fechados, Cérbero estaria acordado!
Presente do conjuntivo
d. Ulisses disse aos companheiros: – Sejamos / sede (ser) fortes neste momento!
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Grupo V – ESCRITA
Depois da guerra de Troia, Ulisses regressa a casa (a ilha de Ítaca), realizando uma longa viagem
recheada de peripécias.
Recorda, por palavras tuas, o episódio do MAR DAS SEREIAS.
Sugestão: Podes iniciar no episódio anterior que acabaste de ler na Educação Literária – Ilha dos
Infernos.
O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve:
apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão;
apresentar um momento de descrição;
ter um momento de diálogo;
No final, faz a revisão do teu texto, verificando se:
respeitaste o tema proposto e o género indicado;
as partes estão devidamente ordenadas;
há repetições que possam ser evitadas;
usaste corretamente a pontuação.
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Bom trabalho!!