1 - A Geografia Da População-Estudo Da População PDF

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1.

Geografia da população:
estudo da população

Unidade Curricular: Dinâmica das Populações


Licenciatura: Educação Social
Ano letivo: 2019/2020
Docente: Helena Antunes
A demografia

Unidade Curricular: Dinâmica das Populações


Análise da população: a demografia
 Demografia: chamamos demografia ao estudo da população. É uma ciência que
tem como objetivo o estudo da evolução e distribuição das populações humanas.
 O termo foi inventado há cerca de um século e meio em que as nações
começaram a recolher estatísticas oficiais sobre a natureza da população e a
sua distribuição. A demografia ocupa-se da medição do tamanho das
populações e com as explicações do seu aumento ou declínio;
 Os padrões demográficos são orientados por três grandes fatores:
nascimentos, mortes e migrações;
 A demografia pode ser tratada como um ramo da Sociologia porque os fatores
que influenciam o número de nascimentos e de mortes num dado grupo ou
sociedade, bem como as migrações da população, são, em larga medida,
sociais e culturais.
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Análise da população: a demografia

 Muito do trabalho demográfico tende a ser estatístico;


 Hoje em dia, todos os países desenvolvidos reúnem e analisam estatísticas básicas
sobre a sua população – inquéritos sistemáticos delineados para conhecer a
população de um dado país – ex. os Censos;
 Ainda que os dados sejam recolhidos de forma rigorosa, as estatísticas demográficas
não são totalmente exatas – muitas pessoas não estão registadas nas estatísticas
oficiais - Razões:
 Imigrantes ilegais
 Pessoas sem abrigo
 Pessoas de passagem
 Outras que omitem o seu registo
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Análise da população: a demografia

 Em muitos países menos desenvolvidos, em particular nos


que têm registado recentemente elevadas taxas de
crescimento populacional, as estatísticas demográficas são
muito menos fiáveis.

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Indicadores demográficos

 Natalidade: total de nados-vivos ocorridos num determinado território,


num certo intervalo de tempo.
 Taxa bruta de natalidade: número de nados-vivos, por cada mil habitantes,
ocorridos num determinado território, num certo intervalo de tempo.
As taxas brutas de nascimento são estatísticas muito gerais, úteis para
estabelecer comparações entre diferentes grupos, sociedades e regiões.
 Fertilidade: número de nados-vivos que uma mulher, em média, pode ter.
A taxa de fertilidade é calculada normalmente como a média de
nascimentos, por cada mil mulheres, em idade de ter filhos.

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Indicadores demográficos
 Fecundidade: número potencial de crianças que uma mulher biologicamente capaz
pode ter.
 Índice sintético de fecundidade: número de crianças que, em média, cada mulher
tem durante a sua vida fecunda (15 a 49 anos).
Para uma mulher normal é fisicamente possível ter um filho, por ano, durante o
período em que é capaz de conceber.
Embora possam existir muitas famílias nas quais uma mulher pode ter vinte ou
mais filhos, as taxas de fertilidade são sempre, na prática, muito mais baixas do que
as taxas de fecundidade porque os fatores sociais e culturais limitam a reprodução.
 Índice de renovação de gerações: número médio de filhos que cada mulher devia
ter, durante toda a sua vida, para que as gerações pudessem ser substituídas. O
índice tem de ser de 2,1 filhos.
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Indicadores demográficos

 Mortalidade: número de óbitos ocorridos, num determinado


território, num certo intervalo de tempo.
 Taxa bruta de mortalidade: número de óbitos, por mil
habitantes, ocorridos num determinado território, num certo
intervalo de tempo.
 Taxa de mortalidade infantil: número de óbitos de crianças com
menos de um ano, por mil nados-vivos, nascidos num
determinado território, num certo intervalo de tempo.

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Indicadores demográficos
 Crescimento natural: diferença entre a natalidade e a mortalidade. Este pode ser
positivo, negativo ou nulo, consoante a natalidade seja superior, inferior ou igual à
mortalidade, respetivamente.
 Taxa de crescimento natural: diferença entre a taxa bruta de natalidade e a taxa bruta
de mortalidade.
 Esperança de vida à nascença: número médio de anos que uma pessoa, à nascença,
pode esperar viver.
A esperança de vida aumentou na maioria das sociedades em todo o mundo ao longo
do século passado.
 Duração de vida: número máximo de anos que um indivíduo pode viver.
 Índice de envelhecimento: número de indivíduos com 65 ou mais anos, por cada 100
indivíduos, com menos de 15 anos.

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Indicadores demográficos

 Movimentos migratórios: deslocação da população de uma determinada área para


outra, com o objetivo de fixação temporária ou definitiva.
 Imigração: entrada de pessoas num país, com o objetivo de fixação, temporária ou
definitiva.
 Emigração: saída de indivíduos de um país, com objetivo de fixação, temporária ou
definitiva, num outro país.
 Saldo migratório: diferença entre o número de imigrantes e emigrantes, num
determinado território, num certo intervalo de tempo.
 Crescimento efetivo: soma do crescimento natural e do saldo migratório.
 Taxa de crescimento efetivo: crescimento real, por cada mil habitantes, num
determinado período de tempo e numa dada população.
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A evolução da população mundial
Dados da população mundial
 Até ao séc. XVIII: o crescimento populacional manteve-se bastante baixo
porque existia, em geral, um equilíbrio entre natalidade e mortalidade:
 Altas taxas de natalidades
 Altas taxas de mortalidade – causas: pragas, epidemias, fome
 Revolução Industrial: provocou uma diminuição da mortalidade nos
países europeus:
 O desenvolvimento da indústria trouxe mais conhecimentos e melhores
condições de vida.
 Entre 1850 e 1950: diminuição da natalidade nos países desenvolvidos;
 A partir de 1950: explosão demográfica nos países em desenvolvimento.
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Dinâmicas de mudança na população:
o crescimento populacional
 As estatísticas revelam que a população mundial tem crescido continuamente ao longo
dos anos, contudo, com intensidade e proporções diferentes.

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Dinâmicas de mudança na população:
o crescimento populacional

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Dinâmicas de mudança na população:
países desenvolvidos vs. países em desenvolvimento

Nos países desenvolvidos:


 Alguns países europeus têm taxas de crescimento negativas – a sua
população está a diminuir;
 Os países industrializados, virtualmente, têm taxas de crescimento
inferiores a 0,5%;
 As taxas de crescimento populacional eram elevadas nos séc. XVIII
e XIX na Europa e nos EUA mas, desde então, têm estabilizado.

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Dinâmicas de mudança na população:
países desenvolvidos vs. países em desenvolvimento

Nos países em desenvolvimento:


 Todos os países industrializados têm hoje pequenas taxas de natalidade e
de mortalidade em comparação com o registado no passado;
 Então porque é que a população mundial aumentou de forma tão
dramática?
 Na maioria dos países menos desenvolvidos, houve um rápido
decréscimo da mortalidade, em virtude da introdução relativamente
rápida da medicina moderna e dos métodos de higiene – mas as taxas
de nascimento continuam elevadas – assim, a estrutura etária dos
países menos desenvolvidos é completamente diferente da dos países
industrializados;
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Dinâmicas de mudança na população:
países desenvolvidos vs. países em desenvolvimento

 A fertilidade continua a ser elevada porque se mantêm as atitudes tradicionais relativas ao


tamanho da família:
 Ter um grande número de crianças é, ainda, muitas vezes, considerado algo desejável, já
que estas são uma fonte de trabalho:
 Algumas religiões ainda se opõem ao controlo da natalidade ou proclamam como ideal
ter muitos filhos – em muitos países a contraceção é rejeitada, quer pela igreja católica,
quer pelos líderes islâmicos;
 Contudo, em alguns países menos desenvolvidos deu-se um declínio nos níveis de fertilidade.
Ex. a China – o governo chinês estabeleceu um programa de controlo da população com o
objetivo de estabilizar os números da população:
 Alguns incentivos (ex. melhor habitação, educação gratuitas, etc.) para famílias com
apenas um filho, enquanto as famílias que têm mais de uma criança têm dificuldades
particulares (ex. os ordenados são reduzidos, etc.).
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Dinâmicas de mudança na população:
a transição demográfica

Podemos dizer que o crescimento demográfico se deu em 3 fases. Estas decorrem da designada
transição demográfica que explica a tendência de equilíbrio da população mundial à medida
que diminuem as taxas de natalidade e mortalidade.
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A transição demográfica

 Os demógrafos referem-se, frequentemente, às mudanças na


proporção entre nascimentos e mortes nos países
industrializados, desde o séc. XIX, como transição demográfica;
 Este conceito foi introduzido por Warren S. Thompson que
descreveu um processo de 3 estádios no qual um tipo de
equilíbrio da população seria eventualmente substituído por
outro à medida que a sociedade atingia um nível avançado de
desenvolvimento.

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A transição demográfica
1.ª fase – regime demográfico primitivo
 Desde o início dos tempos até ao séc. XVIII;
 Aqui inserem-se as condições características da maioria das sociedades
tradicionais:
 Taxas brutas de natalidade e mortalidade elevadas;
 Taxa de mortalidade infantil alta;
 Baixa esperança média de vida;
 A população cresce pouco ou nada à medida que o número elevado de
nascimentos é mais ou menos equilibrado pelo nível de mortes;
 Resultado: baixo índice de crescimento demográfico.
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Fases do crescimento demográfico
2.ª fase – explosão demográfica
 Começou na Europa e nos EUA, no início do séc. XIX:
 Resultado: acentuado crescimento da população;
1ª
fase: taxa bruta de mortalidade desce; taxa de natalidade
mantém-se elevada;
2.ª fase: taxa bruta de natalidade começa a diminuir; taxa bruta
de mortalidade com valores baixos;
 Tanto nos países desenvolvidos como nos países em
desenvolvimento o crescimento populacional é resultado da
redução da mortalidade.
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Fases do crescimento demográfico
2.ª fase – explosão demográfica
 Países desenvolvidos:  Países em desenvolvimento:
 A 2.ª fase teve início aquando da  Iniciaram esta fase após a 2.ª Guerra
Revolução Industrial: Mundial;
 Melhoria das condições médico-  Ainda se encontram nesta fase;
sanitárias;
 Melhoria do desempenho médico-  A redução da mortalidade foi grande
hospitalar; e rápida, pois já se conheciam as
técnicas a serem utilizadas.
 Aumento da produção de
alimentos.
 A diminuição da mortalidade aconteceu
de forma gradual e com um grande
intervalo de tempo.

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Fases do crescimento demográfico
3.ª fase – regime demográfico moderno
 Com o desenvolvimento industrial assistimos a:
 Baixas taxas de natalidade e fecundidade (1,5 filhos por mulher);
 Baixa taxa de mortalidade;
 Resultado: crescimento muito baixo/quase estagnação do crescimento demográfico.
Algumas causas:
 Urbanização;

 Aumento dos níveis de escolarização;

 Integração da mulher no mercado de trabalho.

 Fim da transição demográfica - os países desenvolvidos encontram-se nesta fase com


taxas de crescimento próximas de zero ou até negativas.
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Discordâncias…
 Alguns demógrafos não concordam inteiramente quanto à
interpretação desta sequência de mudança;
 Nos países ocidentais, a fertilidade não se manteve
inteiramente estável no século passado – continuam a existir
diferenças consideráveis em matéria de fertilidade entre as
nações industrializadas, bem como entre classes e regiões;
 Apesar de tudo, aceita-se, geralmente, que esta sequência
descreve com rigor uma transformação importante no
caráter demográfico das sociedades modernas.
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Teorias demográficas
A teoria de Malthus
 Principal representante da corrente antipopulacionista conhecida por
malthusianismo;
 Crítico da solução migratória enquanto meio de aliviar as situações de
pressão demográfica ou de sobrepopulação;
 Apresenta duas leis naturais antagónicas:
 A do excessivo crescimento geométrico da população;
 A do limitado crescimento aritmético dos recursos;
 “…o poder da população é infinitamente maior que o da
terra para produzir a subsistência do Homem.”

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Teorias demográficas
A teoria de Malthus
 Formas de reduzir a população:
 Obstáculos positivos – erradicação da pobreza e da fome, do vício e da miséria;
 Obstáculos preventivos – políticas antinatalistas (diminuição do número de
nascimentos por via da restrição ou do adiamento dos casamentos);
 A emigração era um “falso remédio” para pôr cobro aos problemas de
crescimento incontrolado da população – qualquer que fosse o espaço para onde
as pessoas se deslocassem, manter-se-iam sempre inalteráveis as leis do
crescimento da população e dos recursos (era previsível uma insuficiência de
recursos em relação ao potencial número de indivíduos que a população atingiria);

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Teorias demográficas
Malthusianismo
 Pensamento assente na ideia de que a população crescerá a um
ritmo mais acelerado do que os recursos e, por isso, o desequilíbrio
entre o número de habitantes e meios disponíveis é inevitável;

 Neomalthusianismo: defende o controlo obrigatório da


fecundidade como forma de evitar o excessivo crescimento
demográfico e, ao mesmo tempo, incrementar o desenvolvimento
económico, nomeadamente dos países mais pobres;

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Teorias demográficas
Neomalthusianismo

 A explosão demográfica após a Segunda Guerra Mundial


ressuscitou as ideias de Malthus - os neomalthusianos (ou
alarmistas) aprimoraram a teoria adotando novas posturas:
 Atribuíam a culpa pela situação de miséria dos países em
desenvolvimento ao acelerado crescimento populacional;
 Concordavam que a agricultura era capaz de produzir alimentos
suficientes para todos;
 Defendiam programas rígidos de controle de natalidade.

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Teorias demográficas
Neomalthusianismo
 Consideravam que uma população numerosa seria um obstáculo ao
desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais e à pobreza;
 Propuseram a adoção de políticas de controlo da natalidade, denominadas
de “planeamento familiar”;

 Alguns países como a Índia, o Egito e o México, tentando seguir as teorias


neomalthusianas, passando a investir mais em políticas demográficas do que
em políticas económicas para resolver o problema da pobreza e da
desigualdade, contudo, não obtiveram os resultados esperados.

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Projeções do crescimento da população
mundial
 Diz-se que as alterações demográficas que terão lugar no próximo século
serão maiores do que quaisquer outras ocorridas na história da Humanidade;
 É difícil prever com precisão a taxa de crescimento da população mundial,
mas as Nações Unidas destacam alguns cenários possíveis:
 O cenário “mais extremo” coloca a população em mais de 25 mil milhões
de pessoas em 2150;
 O cenário “médio”, que as Nações Unidas consideram o mais provável,
assume que os níveis estabilizarão em apenas 2 crianças por mulher,
resultando numa população mundial de 10,8 mil milhões de pessoas.

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Projeções do crescimento da população
mundial
 Este aumento demográfico geral oculta 2 tendências distintas:
 1ª tendência: o facto da maioria dos países em desenvolvimento ir passar
pelo processo de transição demográfica descrito atrás – tal levará a um
aumento substancial da população, à medida que as taxas de mortalidade
caírem;
É provável que a população da Índia e da China atinja 1,5 mil milhões
de pessoas;
 2.ª tendência: afeta os países desenvolvidos que já passaram pela
transição demográfica – estas sociedades passarão por um ligeiro
crescimento, se é que este chegará a existir --- ao invés, terá lugar um
processo de envelhecimento, no qual o número de jovens irá diminuir em
termos absolutos e o segmento mais velho da sociedade irá crescer.
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Projeções do crescimento da população
mundial

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Políticas demográficas
Políticas natalistas
 Nos países desenvolvidos urge dar resposta ao envelhecimento demográfico e uma das
soluções passar pela adoção de políticas natalistas – algumas medidas:
 Benefícios fiscais para quem tem filhos;
 Aumento do abano de família em função do número de filhos;
 Incentivos à conciliação entre o trabalho e a família (alargamento da licença de
maternidade/paternidade…);
 Subsídios a famílias numerosas;
 Aumento da rede de equipamentos sociais (creches, infantários…) e sua
gratuitidade;
 Vacinação e assistência médica gratuitas;
 …
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Políticas demográficas
Políticas antinatalistas
 Em alguns países em desenvolvimento, dado que a TBN apresenta valores muito elevados, há a
necessidade de controlo da natalidade, com o objetivo de diminuir o crescimento da população –
políticas antinatalistas – algumas medidas:
 Promoção do planeamento familiar (distribuição gratuita de contracetivos, ações de
sensibilização…);
 Penalizações sociais para famílias numerosas;
 Aconselhamento ao casamento tardio;
 Aumento do nível de instrução das populações (incutir a ideia de que famílias pequenas têm
melhor qualidade de vida);
 Formação da mulher para ter uma carreira profissional e liberdade para decidir sobre o seu
futuro familiar;
 Legalização do aborto.
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O retrato de Portugal

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O retrato de Portugal
 Pirâmide etária de 1960:
 Reflete uma estrutura etária bastante jovem;

 Pirâmide etária de 1981:


 De 1960 para 1981 a TBN começou a diminuir, pondo em causa a
renovação das gerações;
 Diminuição do número de efetivos na classe dos 35 aos 39 anos (esta tem
um menor n.º que a classe seguinte) – esta situação ficou a dever-se a uma
forte corrente emigratória após a década de 1960, que levou muitos
adultos jovens a emigrar em busca de condições de vida que não
encontravam em Portugal;
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O retrato de Portugal

 Pirâmide etária de 2001:


 Diminuição da natalidade;

 Alargamento do grupo etário dos adultos e dos idosos;

 Esta situação resulta da diminuição da mortalidade e do aumento


da esperança de vida, fruto de uma melhoria generalizada do nível e
qualidade de vida da população portuguesa;
 Os avanços ao nível dos cuidados de saúde e da assistência médico
sanitária pré e pós parto também explicam a diminuição acentuada
da taxa de mortalidade infantil.

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O retrato de Portugal

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O retrato de Portugal
 De 2001 para 2011:
 Diminui a base da pirâmide, a qual corresponde a uma população mais jovem;
 Alarga-se o topo com o crescimento da população idosa;
 Portugal perdeu população em todos os grupos quinquenais entre os 0-29 anos;
 A partir dos 30 anos a situação inverte-se e verifica-se que:
 O escalão etário dos 30 aos 69 anos aumentou ligeiramente;
 A população com mais de 70 também registou um aumento significativo;
 Em 2011 verificou-se um agravamento da situação de envelhecimento
demográfico – envelhecimento pelo topo;
 Crescimento natural muito diminuto.

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O retrato de Portugal
Projeção

Discussão:
Com base nos
conhecimentos
adquiridos, façam um
comentário acerca desta
projeção da população
portuguesa para 2060.

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Trabalho de grupo
 Aceder à página eletrónica do PORDATA (https://www.pordata.pt/):
 Selecionar “Municípios”;
 Consultar a opção “População”;
 No ponto 6, selecionar para análise - taxa bruta de natalidade;
No ponto 7 selecionam – taxa bruta de mortalidade;
 Do lado esquerdo, selecionem a opção: “mais opções e dados”;
 Aí poderão escolher o âmbito geográfico = municípios;
 Na opção Indicador 1, selecionar o indicador (TBN e TBM);
 Fazer uma análise, por escrito (1-2 parágrafos), acerca da distribuição geográfica
desse indicador num concelho à vossa escolha (ex. concelho de residência);
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Visualização de um documentário

PORTUGAL, UM RETRATO SOCIAL:

“GENTE DIFERENTE
Quem somos, quantos somos e como vivemos”

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Documentário “GENTE DIFERENTE-Quem somos,
quantos somos, como vivemos” – Da série:
PORTUGAL, UM RETRATO SOCIAL
Trabalho de grupo:
 Façam uma resenha crítica do documentário (1-2 páginas), sem
esquecer de fundamentar com base nos conhecimentos adquiridos
nas aulas.
 Alguns tópicos de análise: Natalidade / Maternidade / Mortalidade /
Mortalidade infantil / Envelhecimento da população / Constituição das
famílias / Emigração/Imigração / Distribuição espacial da população
 Link do documentário: https://www.youtube.com/watch?v=mZNdGlTn9XA&t=16s
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Bibliografia

 Giddens, A. (2004). Sociologia. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.


 Lobo, J. (2014). Geo Descobertas. Vila Nova de Gaia. Edições ASA.
 Maia, R. (coord.). (2002). Dicionário de Sociologia. Porto. Porto Editora.
 Ribeiro, E., Lopes, R. T., Custódio. S. e Ribeiro, V. (2014). GPS. Porto. Porto Editora.

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