Aula 02 - Cargas Permanentes e Móveis PDF

CURSO DE ENGENHERIA CIVIL
Disciplina: PONTES
Cargas Permanentes e Variáveis.
Profº. M.e Paulo Alexandre de Oliveira
Anápolis – 2019.1
Associação Educativa Evangélica
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: PONTES
TEMA DA AULA
OBJETIVOS:
• Definir e diferenciar cargas permanentes de cargas variáveis.
• Calcular a carga permanente a partir do volume dos elementos constituintes da
estrutura, sejam eles estruturais ou não estruturais.
• Identificar o Veículo Tipo definido pela NBR 7188/2013 e relacionar as
correspondentes cargas características preconizadas pela norma.
• Definir e calcular os coeficientes de majoração dinâmica.
• Definir e traçar as linhas de influência para
Associação Educativa cargas em uma seção transversal
Evangélica
da ponte / viaduto.
• Determinar o trem tipo longitudinal para uma longarina de ponte / viaduto.
Cargas Permanentes
e Ações Variáveis
Elementos constituintes de pontes
Cargas Permanentes
As estruturas das pontes, assim como em qualquer obra de engenharia, tem de
suportar além das cargas externas, seu peso próprio. À solicitação oriunda desse
peso próprio damos o nome de cargas permanentes. Nela estão incluídos, além da
própria estrutura, a pavimentação, guarda corpos, guarda-rodas, lastro, dormentes,
trilhos, postes, tubulações, protensão.
Ações permanentes da estrutura
• Fixa-se as dimensões da ponte com base na
observação de estruturas anteriormente projetadas;
• Calcula-se o peso da estrutura a partir do volume de
concreto de cada peça;
• Se a discrepância entre o peso estimado e o resultante
do dimensionamento definitivo for maior que 5%
recomenda-se refazer o cálculo das ações
permanentes;
• Pesos específicos:
– Concreto simples: 24 kN/m³
– Concreto armado: 25 kN/m³
Ações permanentes – elementos não
estruturais
• Pavimentação:
– Peso específico mínimo de 24 kN/m³
– Recapeamento: carga adicional de 2 kN/m²
• Lastro Ferroviário, trilhos e dormentes:
– Peso específico do lastro: 18 kN/m³
– Carga dos dormentes, trilhos e acessórios: 8 kN/m
Gabarito 1940 – 1960
Gabarito 1960 - 19
75
Detalhe 2
Gabarito 1960 - 19
75

Gabarito 1960 - 19
75
Gabarito Após 1985

Perfil New Jersey
Cálculo do peso próprio da estrutura
A contribuição do peso próprio da OA (Obra de Arte) é muito importante e
deve ser um dos primeiros itens a serem definidos no projeto estrutural.
Exercício 1: Para a ponte rodoviária com 35 m de vão sem passeio para
pedestres, determine a carga permanente ao longo de uma longarina.
Considere G a carga concentrada devido ao peso das transversinas e g
a carga distribuída total.
Esquema da Carga Permanente

Dados:
- Espessura do pavimento: 10 cm
- Recapeamento futuro: 2 kN/m²
- Seção transversal do guarda-
rodas (New Jersey): 0,87 m²
- 6 transversinas espaçadas a
cada 7 m ao longo do vão com
seção transversal de: 40x120
cm
- Peso específico do concreto
armado: 25 kN/m³
- Peso específico do asfalto: 24
Seção Transversal da Ponte
kN/m³
1.o Seminário de Pontes
Ações Variáveis
– Carga móvel
– Força centrífuga
– Choque lateral (impacto lateral);
– Efeitos de frenagem e aceleração;
– Variação da temperatura;
– Ação do vento;
– Pressão da água em movimento
– Empuxo de terra provocado por cargas móveis
– Cargas de construção;
CARGAS MÓVEIS
Carregamento Móvel é um sistema de cargas representativo dos valores característicos dos
carregamentos provenientes do tráfego a que a estrutura está sujeita em serviço. Em pontes
rodoviárias é referida também pelo termo veículo-tipo.
Pontes:
a) A carga móvel rodoviária padrão TB-450 é definida por um veículo tipo de 450 kN, com 6
rodas com carga de 75 kN, três eixos afastados entre si em 1,5 m com área de ocupação de 18
m² circundada por uma carga distribuída constante de 5 kN/m²;
b) Para obras em anel rodoviário e obras com distância inferior a 100 km em rodovias de
acesso a terminais portuários, as cargas móveis características definidas acima devem ser
majoradas em 10%, a critério da autoridade competente.
c) Para obras em estradas vicinais municipais de uma faixa e obras particulares, a critério da
autoridade competente, a carga móvel rodoviária é no mínimo igual ao tipo TB-240 que é
definido por um veículo tipo de 240 kN, com 6 rodas com carga de 40 kN, com três eixos
afastados entre si em 1,5 m com área de ocupação de 18 m² circundada por uma carga
distribuída constante de 4 kN/m²;
Passarelas de pedestres
Classe única, na qual a carga móvel é uma carga uniformemente distribuída de intensidade de 5
kN/m² (500 kgf/m²), não majorada pelo coeficiente de impacto. Se a carga de pedestres for
concomitante com as cargas de veículos, seu valor será de 3 kN/m² (300 kgf/m²).
Veículo-tipo
De acordo com a norma brasileira NBR 7188/2013, os trens-tipo compõem-se de
um veículo e de cargas uniformemente distribuídas dispostos da seguinte maneira:
CARGAS MÓVEIS
A carga P em quilonewtons é a carga estática concentrada aplicada
no nível do pavimento com valor característico e sem nenhuma
majoração. A carga p, em quilonewtons por metro quadrado, é a
carga uniformemente distribuída, aplicada no nível do pavimento
com valor característico e sem qualquer majoração
A carga concentrada Q em quilonewtons e a carga distribuída q em

quilonewtons por metro quadrado são os valores da carga móvel
aplicadas no nível do pavimento iguais aos valores característicos
ponderados pelos coeficiente de impacto vertical (CIV), do número
de faixas (CNF) e de impacto adicional (CIA) abaixo definidos:
𝑞 = 𝑝 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

𝑄 = 𝑃 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴
COEFICIENTE DE IMPACTO VERTICAL
As cargas móveis verticais características definidas no modelo dever ser majoradas
para o dimensionamento de todos os elementos estruturais pelo coeficiente de
impacto vertical CIV:
𝐶𝐼𝑉 = 1,35 , para estruturas com vão menor do que 10,0 m;
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06 ∗ , para estruturas com vão entre 10,0 e 200,0 m
𝐿𝑖𝑣 + 50
Liv é o vão em metros para o cálculo CIV, conforme o tipo de estrutura, sendo a
média aritmética dos vãos nos casos de vãos contínuos ou o comprimento do
próprio balanço para estruturas em balanço.
Coef. Impacto Vertical - CIV
1,4
1,35
1,3
1,25
1,2
1,15
1,1
1,05
1
0 50 100 150 200
COEFICIENTE DE NÚMERO DE FAIXAS
As cargas móveis características definidas no modelo dever ser ajustadas pelo
coeficiente do número de faixas do tabuleiro CNF:
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∗ 𝑛 − 2 > 0,9
Onde
n é o número (inteiro) de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre um
tabuleiro transversalmente contínuo. Acostamentos e faixas de segurança não são
faixas de tráfego da rodovia.
Este coeficiente não se aplica ao dimensionamento de elementos estruturais

transversais ao sentido do tráfego (lajes, transversinas etc.).
COEFICIENTE DE IMPACTO ADICIONAL
As cargas móveis características definidas no modelo devem ser majorados na

região das juntas estruturais e extremidades da obra. Todas as seções dos
elementos estruturais a uma distância horizontal, normal à junta, inferior a 5,0 m
para cada lado da junta ou descontinuidade estrutural, devem ser dimensionadas
com os esforços das cargas móveis majorados pelo coeficiente de impacto
adicional CIA:
𝐶𝐼𝐴 = 1,25 , para obras em concreto ou mistas;
𝐶𝐼𝐴 = 1,15 , para obras em aço;

Identificação pública da obra
As pontes e os viadutos projetados de acordo com as premissas da

norma NBR 7188/2013 devem possuir em lugar bem visível uma placa
com as seguintes indicações ( conforme Figura 3).
LINHAS DE INFLUÊNCIA PARA REAÇÕES DE APOIO
Exercício 2: Determinar o trem
tipo longitudinal da seção
transversal da ponte TB-450
representada a seguir:
Considere o vão da ponte com
uma distância de 30 m e 2 faixas.
Coeficiente de Impacto Vertical:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06 ∗
𝐿𝑖𝑣 + 50
𝐿𝑖𝑣 =30 m
𝐶𝐼𝑉 = 1,265
Coeficiente de Número de Faixas:
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∗ 𝑛 − 2 > 0,9
𝑛 = 2 𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠
𝐶𝑁𝐹 = 1
Coeficiente de Impacto Adicional:
Para obras em concreto ou mistas:
𝐶𝐼𝐴 = 1,25
Para obras em aço:
𝐶𝐼𝐴 = 1,15

Exercício 3: Determinar o trem tipo
longitudinal da seção transversal da
ponte com duas faixas de tráfego para
o veículo tipo TB-450. Considere o vão
da ponte igual a 30 m.
Coeficiente de Impacto Vertical:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06 ∗
𝐿𝑖𝑣 + 50
𝐿𝑖𝑣 =30 m
𝐶𝐼𝑉 = 1,265
Coeficiente de Número de Faixas:
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∗ 𝑛 − 2 > 0,9
𝑛 = 2 𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠
𝐶𝑁𝐹 = 1
Coeficiente de Impacto Adicional:
Para obras em concreto ou mistas:
𝐶𝐼𝐴 = 1,25
Para obras em aço:
𝐶𝐼𝐴 = 1,15

Cargas Concentradas: 𝑃 = 75 ∗ 1,15 + 0,75 = 142,5 kN
Carga 𝐿𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙: 𝑝2 = 5 ∗ 0,65 ∗ 3,25/2 = 5,28 kN/m

1,37 + 1,25
Carga de Pedestres: 𝑝′ = 3 ∗ ∗ 0,60 = 2,36 kN/m
2
Coeficientes de Majoração sobre cargas veiculares:

Cargas Concentradas: 𝑄 = 142,5 ∗ 1,265 ∗ 1,0 ∗ 1,25 = 225,33 kN

Carga Lateral: 𝑞2 = 5,28 ∗ 1,265 ∗ 1,0 ∗ 1,25 = 8,35 kN/m
1,20∗6,0
Cargas Atrás e na Frente: 𝑝1 = 5 ∗ = 18,0 kN/m
2
1,37 + 1,20
Carga de Pedestres: `𝑝′ = 3 ∗ ∗ 0,85 = 3,28 kN/m
2
Coeficientes de Majoração sobre cargas veiculares:
Carga Atrás e na Frente: 𝑞1 = 18,0 ∗ 1,265 ∗ 1,0 ∗ 1,25 = 28,46 kN/m

Exercício 4: Considerando uma ponte rodoviária de concreto com 20 m de
vão, determine o trem tipo longitudinal ao longo das longarinas. Considere
o veículo tipo TB-450. Considere também a majoração das cargas móveis
características recomendada pela norma NBR 7188/2013.
Tabuleiro com 2 faixas de tráfego

Área da seção transversal da ponte: 5,5 m²
Espessura do pavimento: 10 cm
Recapeamento futuro: 2 kN/m²
Exercício 5: Considerando a ponte rodoviária de concreto com 35 m de vão
sem passeio para pedestres, determine o trem tipo longitudinal e a carga
permanente ao longo de uma longarina. Considere a ponte para o veículo
tipo TB-450. Considere também o coeficiente de impacto recomendado
pela norma NBR 7188/2013.
Tabuleiro com 2 faixas de tráfego

Área da seção transversal da ponte: 4,4 m²
Espessura do pavimento: 10 cm
Recapeamento futuro: 2 kN/m²
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: PONTES
TEMA DA AULA
RETOMADA DOS OBJETIVOS:
• Definir e diferenciar cargas permanentes de cargas variáveis.
• Calcular a carga permanente a partir do volume dos elementos constituintes da
estrutura, sejam eles estruturais ou não estruturais.
• Identificar o Veículo Tipo definido pela NBR 7188/2013 e relacionar as
correspondentes cargas características preconizadas pela norma.
• Definir e calcular os coeficientes de majoração dinâmica.
• Definir e traçar as linhas de influência para cargas dispostas na seção
transversal de uma ponte / viaduto.
• Determinar o trem tipo longitudinal para uma longarina de uma ponte / viaduto.
ATIVIDADE - SOCRATIVE

Aula 02 - Cargas Permanentes e Móveis PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Aula 02 - Cargas Permanentes e Móveis PDF

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Aula 02 - Cargas Permanentes e Móveis PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

CURSO DE ENGENHERIA CIVIL

Cargas Permanentes e Variáveis.

Profº. M.e Paulo Alexandre de Oliveira

Gabarito 1960 – 1975

Gabarito 1975 – 1985

Gabarito Após 1985

Esquema da Carga Permanente

A carga concentrada Q em quilonewtons e a carga distribuída q em

𝑞 = 𝑝 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∗ 𝑛 − 2 > 0,9

Este coeficiente não se aplica ao dimensionamento de elementos estruturais

As cargas móveis características definidas no modelo devem ser majorados na

𝐶𝐼𝐴 = 1,25 , para obras em concreto ou mistas;

𝐶𝐼𝐴 = 1,15 , para obras em aço;

As pontes e os viadutos projetados de acordo com as premissas da

𝑄 = 𝑃 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

𝑄 = 𝑃 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

Carga 𝐿𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙: 𝑝2 = 5 ∗ 0,65 ∗ 3,25/2 = 5,28 kN/m

𝑄 = 𝑃 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

Cargas Concentradas: 𝑄 = 142,5 ∗ 1,265 ∗ 1,0 ∗ 1,25 = 225,33 kN

𝑞 = 𝑝 ∗ 𝐶𝐼𝑉 ∗ 𝐶𝑁𝐹 ∗ 𝐶𝐼𝐴

Carga Atrás e na Frente: 𝑞1 = 18,0 ∗ 1,265 ∗ 1,0 ∗ 1,25 = 28,46 kN/m

Seção Transversal da Ponte

Tabuleiro com 2 faixas de tráfego

Seção Transversal da Ponte

Tabuleiro com 2 faixas de tráfego

Você também pode gostar