Disjuntores PDF
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Aprovado por:
______________________________________
Prof. Jorge Nemésio Sousa, M. Sc.
(Orientador)
______________________________________
Prof. Antonio Carlos Siqueira de Lima, D. Sc.
______________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
Resumo
Lista de Figuras
L
Figura 1 – Câmara de extinção de arco ............................................................................. 13
Figura 2 – Tulipa de um disjuntor de alta tensão ............................................................. 14
Figura 3 – Pino de um disjuntor de alta tensão ................................................................ 14
Figura 4 – Disjuntor a grande volume de óleo .................................................................. 18
Figura 5 – Disjuntor a pequeno volume de óleo ............................................................... 20
Figura 6 – Disjuntor a ar comprimido ................................................................................. 23
Figura 7 – Número de manobras em função da corrente interrompida para disjuntor
tipo PVO e disjuntor a vácuo ............................................................................................... 25
Figura 8 – Câmara de interrupção de um disjuntor a vácuo........................................... 26
Figura 9 – Disjuntor a SF6 tipo pressão única ................................................................... 28
Figura 10 – Modelo de disjuntor a SF6 tipo selfblast........................................................ 28
Figura 11 – Disjuntor a SF6 tipo dois ciclos ....................................................................... 29
Figura 12 – Câmara de extinção de um disjuntor a sopro magnético........................... 30
Figura 13 – Abertura de um disjuntor com sistema de duplo movimento .................... 32
Figura 14 – Circuito básico para o fechamento de um disjuntor .................................... 39
Figura 15 – Circuito de fechamento com interrupção automática da corrente ............ 40
Figura 16 – Inclusão da função selo no circuito de fechamento .................................... 42
Figura 17 – Circuito de fechamento com a função antibaque ........................................ 43
Figura 18 – Circuito de fechamento com todas as funções incorporadas ................... 44
Figura 19 – Circuito para a abertura de um disjuntor ...................................................... 47
Figura 20 – Circuito completo para abertura e fechamento de disjuntores ................. 48
Figura 21 – Circuito de controle de abertura operado a mola ........................................ 49
Figura 22 – Variação da TTR em função de 1/RC ........................................................... 52
Figura 23 – Taxa de Crescimento da Tensão de Restabelecimento (TCRT) .............. 54
Figura 24 – Formação da TTR em seguida à interrupção de uma falta terminal ........ 55
Figura 25 – Modelagem da TTR pelo método dos quatro parâmetros ......................... 57
Figura 26 – Modelagem da TTR pelo método dos dois parâmetros ............................. 58
Figura 27 – Circuito equivalente para um defeito quilométrico ...................................... 59
Figura 28 – Arco entre os contatos de um disjuntor ........................................................ 63
Figura 29 – Características dos períodos de interrupção de uma corrente de curto-
circuito...................................................................................................................................... 66
Figura 30 – Processo de interrupção de corrente em um disjuntor............................... 67
v
iii
Lista de Tabelas
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1. Proposta .................................................................................................................... 1
1.2. Motivação .................................................................................................................. 1
1.3. Objetivo do estudo ................................................................................................... 1
1.4. Relevância do estudo .............................................................................................. 2
1.5. Limitações do estudo .............................................................................................. 2
1.6. Organização do estudo ........................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO
1.1. Proposta
Este trabalho visa atender a necessidade da consolidação do material didático
para a disciplina de Equipamentos Elétricos, no que se refere aos disjuntores.
O trabalho busca trazer ao aluno de engenharia elétrica um material com
apresentação concisa e, também, facilitar a ação do professor, já que incorpora seus
apontamentos de aula.
1.2. Motivação
Este trabalho foi motivado pela necessidade de atualizar o material didático
vigente utilizado na disciplina de Equipamentos Elétricos, pelo interesse do professor
Jorge Nemésio Sousa em transformar este assunto em um tema para TCC e pelo
meu próprio interesse pelo assunto ministrado na disciplina, por já ter trabalhado em
uma das empresas líderes mundiais no setor e que buscava a valorização das
pessoas e a excelência na qualidade de seus produtos.
A falta de material didático específico apropriado para este assunto no
mercado levou à idealização deste TCC.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
vezes, este tipo de abordagem pode parecer repetitivo, mas julgou-se preferível
favorecer a didática, mesmo comprometendo a fluidez do estudo em alguns pontos.
O trabalho, de uma maneira geral, é dividido em partes concomitantemente
independentes e interdependentes, pois ao mesmo tempo em que cada uma
contempla um assunto, umas servem de base para outras, e ainda, alguns tópicos
se reafirmam em outras partes.
7
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1. Introdução
No presente capítulo é apresentada a metodologia de pesquisa implementada
na elaboração do estudo. Além disso, uma classificação da pesquisa quanto aos fins
e aos meios de investigação será também exposta.
A divisão das etapas se deu da seguinte forma:
1- Escolha do tema
2- Definição do objetivo do estudo
3- Revisão bibliográfica
4- Metodologia
5- Redação e elaboração do trabalho
6- Conclusão
Finalmente, com relação aos meios de investigação, ou, segundo GIL (apud
OLIVEIRA, 2008), aos procedimentos técnicos de coleta, a pesquisa pode ser do
tipo bibliográfica, documental, experimental, levantamento, estudo de caso, ex
post facto, pesquisa ação e participante.
• Pesquisa Bibliográfica – quando elaborada a partir de material já publicado,
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com
material disponibilizado na Internet.
• Pesquisa Documental – quando elaborada a partir de materiais que não
receberam tratamento analítico.
• Pesquisa Experimental – quando se determina um objeto de estudo,
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se
as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no
objeto.
• Levantamento – quando a pesquisa envolve a interrogação direta das
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
• Estudo de caso – quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento.
• Pesquisa ex-post-facto – quando o “experimento” se realiza depois dos
fatos.
• Pesquisa Ação – quando concebida e realizada em estreita associação com
uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo.
• Pesquisa Participante – quando se desenvolve a partir da interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas.
4. CONCEITOS BÁSICOS
4.1. Definição
Disjuntores são equipamentos de manobra cujo objetivo é de estabelecer,
conduzir, interromper e suportar correntes elétricas sob sua tensão máxima de rede
nas condições normais de serviço (por exemplo, para conectar ou desligar uma linha
em uma rede elétrica) e nas condições anormais especificadas (em especial para
eliminar um curto-circuito ou as consequências de um raio). Esses dispositivos
eletromecânicos são essenciais em qualquer sistema elétrico, seja uma simples
instalação residencial ou um sistema de grande porte como subestações e redes de
transmissão.
Os disjuntores devem sempre ser instalados associados aos relés específicos
para o projeto em questão, que são os responsáveis pelo seu acionamento na
ocorrência de correntes elétricas acima do permitido. Disjuntores não
acompanhados destes relés tornam-se simples chaves de manobra, sem
características de proteção.
Certas características são comuns a todos os tipos de disjuntores,
independentemente das classes de corrente e tensão para as quais foram
projetados, embora os detalhes variem significativamente de acordo com essas
classificações.
Primeiramente, o disjuntor deve ser capaz de detectar uma condição de falha
no sistema. Nos equipamentos de baixa tensão, geralmente isto é realizado no
interior da própria câmara de extinção. Já os disjuntores para grandes correntes e
tensões são equipados com dispositivos piloto com sensibilidade para detectar uma
situação de falta e operar o mecanismo de abertura do equipamento.
Ao ser detectada a falha, os contatos devem ser abertos utilizando alguma
forma de energia mecânica armazenada no equipamento (pela ação de molas, por
exemplo). Em alguns casos, a energia necessária pode ser obtida a partir da própria
corrente de falta. Pequenos disjuntores podem ser operados manualmente,
enquanto unidades maiores são equipadas com solenóides para disparar o
mecanismo.
Os contatos podem ser manufaturados em cobre ou ligas de cobre, ligas de
prata ou materiais altamente condutores. Sua vida útil é limitada pela erosão do
material devido ao arco elétrico que se forma ao se interromper uma corrente.
11
Disjuntores de pequeno porte são descartados quando seus contatos estão gastos,
mas disjuntores projetados para tensões superiores podem ter seus contatos
substituídos.
somado aos longos períodos de tempo sem serem acionados, devem se mostrar
capazes de atender às cláusulas de operação no momento em que forem
requisitados.
17
Principais características:
- Alta potência de interrupção: 20.000 MVA;
- Utilização em nível de tensão de até 230 kV;
- Razoável necessidade de manutenção;
- Possibilidade de uso de transformadores de corrente de bucha;
- Tempo de interrupção: 3 a 5 ciclos;
- Volume: 2.000 litros;
- Função do óleo: isolamento, extinção do arco e resfriamento.
Para efeito de comparação entre os disjuntores dos tipos GVO e PVO, Tabela
1 mostra suas vantagens e desvantagens comparativas.
10
2
4 5 3
1
7
6 8
6 7
1
4 5 3
2
também a tensão por ele dissipada. Essa alta resistência lhe confere uma grande
vantagem, pois, dessa forma, este tipo de equipamento não produz grandes surtos
de manobra, uma vez que a resistência do arco interage com o circuito, tornando-o
mais resistivo e diminuindo o valor instantâneo da TTR após a interrupção.
Outra vantagem interessante de disjuntores a sopro magnético é o fato de
não utilizarem meio extintor inflamável para o corte da corrente. Isso os torna
extremamente seguros e lhes permite serem utilizados em aplicações específicas.
tensão mais baixas. Outra desvantagem que apresentam é o alto ruído emitido, o
que também pode limitar seu uso.
W= 1
2 m V 2 , onde:
m é a massa do objeto;
V é a velocidade do movimento.
32
6. CIRCUITOS DE CONTROLE
6.1. Introdução
Neste capítulo serão abordadas as características essenciais dos circuitos de
controle às quais são aplicáveis a todos os projetos de disjuntores. Ao desenvolver
um circuito de controle, o projetista deve planejá-lo de forma a respeitar uma lista de
funções pré-estabelecidas no projeto. Tais características são obtidas pela inserção
de elementos específicos para a função definida, como chaves, solenóides e
contatores. A perda ou retirada de um desses elementos significa, também, a perda
da função pela qual ele é responsável.
São quatro os tipos de mecanismo de operação de disjuntores: a solenóide,
pneumático, a mola e a motor. Não é o objetivo de este trabalho abordar a fundo
cada um desses mecanismos e detalhá-los nos seus pormenores. Inicialmente,
serão apresentadas e explicadas as funções intrínsecas a todos os circuitos de
controle de disjuntores independentemente do mecanismo de operação. Em
seguida, para melhor exemplificar e facilitar o entendimento, será feita uma análise
dessas funções para o caso dos disjuntores operados a solenóide, incluindo
desenhos dos circuitos. Posteriormente, uma breve análise dos disjuntores operados
a mola será realizada devido à sua similaridade em muitos aspectos aos operados a
solenóide.
• Antibaque (anti-slam)
Esta função é de grande importância para os disjuntores no sentido de evitar
choques mecânicos desnecessários. Circuitos de controle com essa característica
35
que ele seja extremamente confiável e, dessa forma, opere corretamente quando
ocorrer uma falha.
Para garantir, então, esta confiabilidade, é muito comum que sua alimentação
seja feita através de baterias, principalmente no caso do controle de abertura.
Assim, pode-se assegurar que o equipamento efetuará a manobra de abertura para
eliminar ou isolar o defeito. Muitas vezes, mas em casos mais esporádicos, o circuito
de fechamento também é alimentado dessa forma.
Outra forma de aumentar sua confiabilidade é utilizar barramentos separados
para os controles de abertura e fechamento. Dessa maneira, no caso da perda do
circuito de fechamento, pela queima de um fusível, por exemplo, o circuito de
abertura não é afetado de forma alguma, garantindo a abertura do disjuntor quando
preciso.
É importante ressaltar que o emprego de fusíveis para a realização da
proteção do circuito de abertura não é muito comum. A razão de se evitar este tipo
de aplicação pode ser explicada pelo fato do fusível ficar inutilizado após seu uso.
Caso sua proteção precise atuar para proteger o circuito, o disjuntor não será mais
capaz de abrir, o que pode botar em risco toda a rede à qual está conectado. No
entanto, quando são utilizados, algumas regras devem ser respeitadas quando do
seu dimensionamento, tanto para o circuito de abertura quanto para o de
fechamento.
No caso do circuito de fechamento, deve-se ter em mente que a bobina é
projetada para um pequeno tempo de funcionamento. Durante uma operação de
fechamento, esta bobina é energizada por menos de 1 segundo. Para que o fusível
deste circuito possa ser projetado para queimar após 6 segundos e garantir da
mesma forma a proteção da bobina de fechamento, é preciso que ele seja
dimensionado ligeiramente abaixo do valor da corrente obtida pela divisão da tensão
pela resistência. Dessa forma, para que a proteção seja feita de forma adequada,
deve-se empregar um fusível cujo tamanho corresponda a um valor de corrente
menor que a máxima corrente normalmente solicitada pela bobina de fechamento.
Já para o circuito de abertura, ocorre justamente o oposto. Os fusíveis para
este tipo de proteção devem ser dimensionados para um valor de corrente muitas
vezes superior ao da corrente resultante da divisão da tensão pela resistência. Do
mesmo modo que as bobinas do circuito de fechamento, as do circuito de abertura
também são projetadas para conduzir por um pequeno tempo de operação.
38
O contato 52/aa fecha juntamente com o disjuntor, podendo ser operado tanto
pelo mergulhador do solenóide quanto pela própria mecânica do equipamento,
conforme estabelecido em projeto. No primeiro caso, quando o mergulhador se
aproxima da posição completamente fechado, uma pequena haste aciona o
fechamento do contato. Neste caso, quando o mergulhador desce, o contato é
41
Dessa forma, caso o disjuntor venha a ser aberto pela proteção ou qualquer
outra razão e o operador ainda mantiver a chave de fechamento na posição fechada,
a bobina de fechamento não será energizada, impedindo-o de tentar fechar. Para
que o operador possa emitir uma nova ordem de fechamento, é necessário que
retorne a chave para a posição aberta, restabelecendo a configuração inicial
retratada na Figura 18, para, em seguida, acionar novamente a chave de comando.
da bobina 52/C, abrindo também o contato auxiliar 52b. A expansão da mola fará
com que a chave CL1 se feche para recarregá-la e que a chave CL3 permaneça
aberta até a conclusão dessa operação.
Se por algum motivo o disjuntor for aberto, a função antibombeamento é
garantida pelo relé auxiliar 52Y com dois contatos pela chave CL2, que opera da
mesma forma que a chave CL1. Pela ação do contato normalmente fechado 52Y,
evita-se que a bobina 52/C seja reenergizada, caso o operador mantenha fechada a
chave de comando. Para realizar um novo fechamento, o operador deverá retornar a
chave à posição neutra. Isso provocará a abertura do contato CS/C e desenergizará
a bobina 52Y. Acionando, agora, novamente a chave, o disjuntor fechará outra vez.
O circuito de controle de abertura para este caso é idêntico ao que utiliza
operação a solenóide, portanto não será retratado.
51
7.1. Introdução
Quando da abertura de um disjuntor operando sob corrente alternada,
imediatamente após a extinção do arco elétrico, surge uma tensão entre seus
terminais. Esta tensão, no período transitório anterior ao amortecimento das
oscilações, é denominada Tensão Transitória de Restabelecimento (TTR) ou TRV,
do inglês, Transient Recovery Voltage.
Para que um disjuntor seja aprovado para operar em um dado sistema
elétrico, é necessário que ele se mostre capaz de suportar a TTR definida pelas
normas vigentes. Essas normas agrupam a maioria dos defeitos mais comuns que
podem ser observados nas redes elétricas. Trata-se de um parâmetro essencial para
o sucesso de um corte de corrente, particularmente nos casos de sistemas a alta e
extra-alta tensão.
Conforme mencionado, para que o corte da corrente seja realizado com êxito,
a tensão entre os contatos que o disjuntor pode suportar deve ser superior à TTR,
de forma a evitar um fracasso dielétrico do disjuntor e o reinício do arco. Com as
técnicas de corte atuais, geralmente, não é necessário alterar o valor da TTR para
que se realize o corte de correntes. Inclusive para o caso de valores elevados de
corrente, que podem atingir valores de 50 kA ou 63 kA.
No entanto, para o corte de defeitos em linha de forte intensidade, a redução
da inclinação da TTR através do emprego de capacitores em paralelo ao disjuntor ou
entre o disjuntor e a linha aérea pode ser bastante útil. Para facilitar o corte de fracas
correntes indutivas, muitas vezes são empregados, também, circuitos RC ou
varistâncias para reduzir, respectivamente, a inclinação e a amplitude da TTR.
a tensão do lado oposto (ilustrada na Figura 24) confunde-se com a própria tensão
de restabelecimento.
8. O ARCO ELÉTRICO
8.1. Definição
O arco elétrico, por definição, é uma corrente elétrica visível em um meio
isolante (ar, vácuo, gás, SF6 etc.), que ocorre a partir da ionização desta matéria.
Sejam duas superfícies condutoras que apresentem diferença de potencial. Quanto
mais próximas se encontrarem, mais fácil será a ocorrência deste fenômeno. Uma
vez o meio ionizado, estabelece-se um canal condutor que se acopla a estas
superfícies de contato. O arco não se extinguirá, portanto, mesmo que os
condutores se separem, desde que a diferença de potencial seja suficiente para
mantê-lo aceso.
O ponto em que o arco se fixa é estável. Uma vez que encontra o caminho
mais curto, ele se mantém nesse local, pois, diferentemente do meio que o circunda,
no arco, o meio já se encontra ionizado.
Geralmente, a corrente que atravessa o arco elétrico é intensa e variável, e
seu escoamento na matéria ionizada emite uma radiação cujo espectro é
característico do meio onde se encontra. Esse fenômeno provoca um barulho
intenso devido à grande expansão da matéria e emana um calor excessivo.
No caso dos disjuntores, caso o arco não seja extinto rapidamente, a alta
temperatura e os efeitos da radiação provocados por este fenômeno podem
acarretar em sérios danos ao equipamento, inclusive comprometendo sua
performance de forma definitiva.
possível que a corrente decaia até seu primeiro ‘zero’ e consuma por si só a energia
armazenada nas indutâncias do circuito. É necessário, portanto, resfriar o arco para
que o meio se torne novamente isolante.
A tensão entre os dois contatos, chamada ‘tensão de arco’, resultante da
resistência do arco e as quedas de tensão de superfície (tensões catódicas e
anódicas) depende da natureza do arco, e é influenciada pela intensidade da
corrente e pelas trocas térmicas com o meio (materiais que constituem o disjuntor).
Estas trocas térmicas, que ocorrem por radiação (50%), convecção e condução, são
características da potência de resfriamento do equipamento.
Como já mencionado, para extinguir o arco elétrico o disjuntor deve, então,
resfriar o meio. O resfriamento provoca o decrescimento tanto da ionização quanto
da condutância, a partir da recombinação dos íons e elétrons, obtendo partículas
eletricamente neutras.
A ionização diminui naturalmente conforme a corrente do arco se aproxima do
zero. Portanto, o disjuntor deve ser projetado aproveitando-se deste fato, de modo a
concentrar seus esforços de resfriamento do meio no momento em que a corrente
se aproxima do zero para ter seu trabalho facilitado. Cada tipo de disjuntor utiliza-se
de uma técnica específica para realizar este resfriamento e, consequentemente, a
extinção do arco, o que será visto, mais a frente, em detalhes.
condutância residual, ao ser aplicada uma tensão, pode surgir uma corrente de
pequena amplitude, denominada corrente pós-arco. Esta tensão é chamada de
tensão transitória de restabelecimento (TTR), que surge entre os contatos principais
quando o arco é extinto. O disjuntor deve permitir que a resistência do meio aumente
rápido o suficiente para que a potência dissipada pela corrente pós-arco seja sempre
inferior à potência de resfriamento do equipamento.
No entanto, se a potência dissipada pelo efeito Joule for superior à
capacidade de resfriamento característica do disjuntor, o meio não será mais
resfriado. Isto é, se o valor da condutância não for suficientemente baixo ou a taxa
de crescimento da tensão aplicada for elevada demais, a potência dissipada pela
corrente pós-arco pode ser suficiente para reaquecer o meio. Quando isso ocorre,
tem-se o reinício do arco entre os dois contatos, o que representa um fracasso
térmico do corte. A maioria dos disjuntores é projetada para evitar a reignição do
arco após a primeira passagem da corrente por zero depois da separação dos
contatos.
Atingir seu objetivo na fase térmica, no entanto, não garante ao disjuntor êxito
no processo de interrupção. Após a extinção no zero da corrente e o sucesso
térmico da extinção, existe ainda uma última etapa para que ele obtenha sucesso no
corte.
Esse último estágio é a ‘corrida’ dielétrica, entre as velocidades de
regeneração dielétrica e da tensão transitória de restabelecimento (TTR). Após a
fase térmica, o valor da TTR continua aumentando até atingir seu pico máximo. O
aumento da tensão entre os contatos principais do disjuntor provoca a ionização do
meio novamente. Se a velocidade de reionização devido a esta tensão for superior à
de desionização por conta do resfriamento, ocorre novamente a formação do arco,
representando um fracasso dielétrico. Renovam-se, então, os fenômenos até o
momento em que o campo elétrico não forneça mais nenhuma tensão de
reionização.
Caso contrário, se a velocidade de regeneração dielétrica for mais rápida que
a da TTR, o meio torna-se isolante e o corte é dito bem-sucedido.
O aumento da rigidez dielétrica do meio realizado através da desionização da
zona de arco pode ser obtido por dois processos distintos:
65
• 1º Caso
O disjuntor se mostra capaz de desionizar suficientemente o meio e consegue
suportar a TTR inicial. Assim, o meio torna-se isolante outra vez, extingue-se, então,
o arco elétrico e inicia-se o período pós-arco sem o surgimento da corrente pós-arco.
Figura 31 – Curvas de tensão e corrente em função do tempo para uma interrupção [10]
• 2º Caso
O disjuntor não é capaz de desionizar suficientemente o meio. A potência de
resfriamento do disjuntor é inferior à potência dissipada no meio pelo efeito Joule,
ocasionando em um fracasso térmico do corte. Ao se aplicar a TTR inicial, surge a
corrente pós-arco cuja potência dissipada provocará o reaquecimento do meio,
dando reinício ao arco entre os contatos principais do aparelho.
69
• 3º Caso
Trata-se de um caso intermediário entre os dois outros possíveis, sendo muito
raro, mas que ocorre nos ensaios em torno da corrente de zero. Ao se aplicar a TTR
inicial, surge uma corrente pós-arco. No entanto, por ter uma intensidade muito
baixa, não é capaz de dissipar uma quantidade de energia suficiente para reaquecer
o meio e provocar a reignição do arco, sendo extinta novamente pelo disjuntor.
Figura 33 – Curvas de corrente e tensão para uma interrupção de corrente pós-arco [10]
O terceiro e último intervalo que deve ser destacado se inicia juntamente com
a TTR, e continua enquanto o disjuntor se mantém aberto. Essa é a região onde
ocorre a ‘corrida’ dielétrica. Após suportar o início da tensão sem permitir a reignição
do arco, o disjuntor deve ser capaz de suportar a diferença de potencial entre os
70
contatos sem permitir que o meio volte a se tornar condutor, ou seja, sua velocidade
de regeneração dielétrica deve ser mais rápida que a da TTR.
É admissível, embora não seja desejado, que a curva de dielétrico seja pouco
inferior ao primeiro pico da TTR. Entretanto, isso não é admissível para os picos
seguintes.
• Cross Blast
A técnica do cross blast, também conhecida como cross jet ou sopro
transversal, utiliza-se do aumento da pressão no interior da sua câmara de extinção
para alongar o arco elétrico.
Conforme os contatos de arco se afastam um do outro, são descobertas
algumas aberturas instaladas somente de um lado da câmara de extinção. Com o
intuito de aliviar a alta pressão no seu interior, os gases são expelidos por essas
aberturas, alongando dessa forma o arco. O arco é, então, forçado contra as
paredes da câmara de extinção que se encontram a uma temperatura mais baixa
que a região entre os contatos principais.
No momento em que a corrente se aproxima do zero e a quantidade de
energia liberada pelo arco diminui acintosamente, ocorre uma queda de temperatura
na coluna de arco. Assim, os gases são desionizados, aumentando a
72
• Axial Blast
Sendo referida também em português pelo nome de sopro axial, a técnica do
axial blast ao invés de alongar o arco elétrico como no caso anterior, baseia-se na
expulsão dos gases ionizados da região entre os contatos principais para extinguir o
arco elétrico.
A idealização desta técnica é muito similar à anterior. Da mesma forma que
ocorre no caso do cross blast, os contatos de arco revelam aberturas no interior da
câmara de extinção ao se afastarem. A grande diferença se dá pelo fato de que as
aberturas neste caso são simétricas ao longo da câmara. Aumenta-se, desta forma,
a área de escape dos gases, favorecendo o resfriamento e a desionização da região
entre os contatos através da exaustão. O arco elétrico, no entanto, permanece na
posição axial, sem ser forçado contra as paredes da câmara.
Assim como anteriormente, reduz-se a temperatura e aumenta-se a
suportabilidade dielétrica. Ao extinguir o arco quando seu valor se aproxima do zero,
o disjuntor não permite que ele se forme novamente entre seus contatos.
73
• Mono blast
Este tipo de construção conta com uma câmara de sopro axial em uma única
direção. Esta é uma das técnicas mais simples de extinção dentre todos os
disjuntores. Conforme descrito, a partir da abertura das válvulas de sopro para a
atmosfera, o ar que se encontra pressurizado nas câmaras de ar comprimido é
canalizado em sentido longitudinal na direção do contato móvel, expelindo o ar
ionizado e resfriando o meio. Assim, o disjuntor é capaz de vencer tanto a ‘corrida’
térmica quanto a dielétrica, extinguindo o arco e interrompendo a corrente.
• Duo blast
Esta técnica, na realidade, é uma otimização do mono blast. Ao invés de
contar com um sopro em uma única direção, sua construção estabelece um sopro
duplo, tanto na direção do contato fixo quanto do móvel. Este sistema eleva
consideravelmente a capacidade de resfriamento e da taxa de crescimento da
suportabilidade dielétrica. Portanto, nos disjuntores em que é aplicada a técnica tipo
duo blast, a eficiência é bastante aumentada.
75
• Arco difuso
Este tipo de arco, que se distribui por toda a superfície dos contatos do
disjuntor, ocorre quando da interrupção de pequenas correntes (até
aproximadamente 10 kA). A formação deste tipo de arco ocorre devido à
microrrugosidade presente na superfície dos contatos. Os pontos um pouco mais
salientes serão os últimos a perderem contato quando do movimento de abertura.
Formam-se, então, diversos pequenos arcos que se fixam nesses pontos. Esses
inúmeros arcos paralelos dão origem ao chamado arco difuso.
A microrrugosidade referida é, de fato, microscópica. Para todas as análises,
os contatos de arco são considerados lisos.
• Arco contraído
Para valores de corrente superiores a 10 kA, outra forma de arco se
estabelece neste tipo de disjuntor, o chamado arco contraído. A formação deste tipo
de arco, substituindo o anterior, ocorre devido ao aumento do campo magnético dos
diversos arcos paralelos e, consequentemente, de sua atração mútua, provocada
pelo aumento da corrente. Desta forma, os focos de emissão de íons se unem,
formando um único foco e contraindo-se.
77
Para que seja atingida, então, a pressão necessária para extinguir o arco, foi
concebido um dispositivo do tipo puffer. Este dispositivo, na verdade, consiste de um
pistão e um cilindro que comprime o gás em seu interior ao se mover. Ao se iniciar a
manobra de abertura do disjuntor, o contato móvel se movimenta, juntamente com o
83
• Selfblast
A idéia principal da técnica de selfblast (autossopro, em tradução livre) é de
usar a própria energia do arco elétrico para extingui-lo. Trata-se de uma técnica que
permite reduzir significativamente a quantidade de energia operacional (mecânica)
demandada. No entanto, como depende da energia liberado pelo arco, pode ser
aplicada somente para casos de fortes correntes, uma vez que a energia do arco
depende diretamente da corrente a ser cortada.
Quando do movimento de abertura do disjuntor para cortar fortes correntes,
estabelece-se entre os contatos um arco elétrico que possui uma grande quantidade
de energia. A energia desse arco provoca um aumento da temperatura do meio e,
consequentemente, provoca também um aumento da pressão nesse local.
Uma parte do gás quente soprado devido a essa diferença de pressão entre
as regiões é conduzida através de um bocal isolante para o interior de uma câmara
denominada volume térmico. Desta forma, uma parte da energia do arco é
armazenada no interior desta câmara sob forma de pressão.
Ao aproximar-se do zero de corrente a energia do arco é visivelmente
reduzida. No momento do zero a sua energia é muito baixa e, por sobrepressão, o
gás situado no interior do volume térmico é soprado para a região intracontatos. A
temperatura do gás pressurizado é muito inferior àquela que se encontra na região
86
entre os contatos de arco. Desta forma, o fluxo de gás criado funcionará para resfriar
o meio e, assim, ajudar a extinguir o arco elétrico.
Ao passar por uma ou mais bobinas, a própria corrente a ser cortada produz o
campo magnético responsável pela condução do arco ao interior da câmara de
extinção, por isso a técnica é chamada de sopro magnético. Eventualmente, pode
haver também um sopro pneumático para auxiliar neste direcionamento do arco,
principalmente nos casos de pequenas correntes, já que, nestes casos, o campo
magnético produzido pode não ser suficiente para tal feito.
A Figura 45 a seguir ilustra a extinção de um arco elétrico conduzido ao
interior da câmara apenas por um sopro pneumático. Inicialmente, o arco passa dos
contatos principais (1) para os contatos auxiliares (2) devido ao sopro pneumático.
Em seguida, é conduzido para as inserções metálicas das placas no interior da
câmara de extinção (3). O arco é, então, subdividido em diversos arcos menores em
série em seu interior (4). Assim, o arco é alongado e resfriado (5), sendo extinto no
momento de sua passagem por zero.
87
Para solucionar esses problemas, muitos estudos vêm sendo realizados com
o objetivo desenvolver dispositivos de sincronização precisos o suficiente, reduzindo
as solicitações térmicas a que são submetidos com o objetivo de torná-los mais
competitivos.
Pode-se concluir, portanto, que as técnicas de interrupção baseadas em
elementos estáticos podem trazer inúmeros benefícios no campo dos disjuntores em
um futuro próximo. No entanto, existem ainda alguns avanços necessários para
tanto.
89
Série I: 50 Hz; 60 Hz
Série II: 60 Hz baseado nos valores utilizados nos Estados Unidos
Exemplos:
1) Um disjuntor projetado para 145 kV deve ser capaz de suportar uma tensão
de impulso atmosférico pleno de 650 kV e uma tensão de frequência industrial (60
Hz) de 275 kV. O modelo aceito pelas normas IEC, ANSI e ABNT é de uma onda
com 1,2 µs de frente de onda e 50 µs de cauda (onda 1.2 x 50 µs). Uma onda com
essas características está representada na Figura 46.
Figura 46 – Impulso elétrico padronizado para ensaio dielétrico (1,2 x 50 µs) impulso
pleno [10]
2) Um disjuntor projetado para 765 kV deve ser capaz de suportar uma tensão
de impulso de 2.100 kV devido a surtos atmosféricos, além de tensões de impulso
provocadas por surto de manobra de 1.425 kV para a terra e 1.550 kV através dos
terminais do disjuntor aberto.
200 400 630 800 1250 1600 2000 2500 3150 4000 5000 6300
% I dc = I dc
.100 = I dc
.100
I AC 2 I ac
Em função do tempo, o percentual da componente contínua vale:
−t
% I dc = 100 e τ , sendo t/τ em ciclos
I
I ass
= I ac F = CA
2
−t
Onde F = 2.(1 + e τ )
Substituindo o valor correspondente a meio ciclo na equação, temos:
t = 8,33 ms para 60 Hz ou t = 10 ms para 50 Hz, assim:
−8, 33
I ass = 2.(1 + e 53
).40.10 3 = 105kA
destacados os dados com relação à corrente, são destacados dados referentes aos
diferentes tempos do disjuntor.
o caso de um disjuntor que só pode ser aberto por uma forma de energia auxiliar, o
tempo total de separação dos contatos deve ser igual ao tempo mínimo de abertura
somado a meio ciclo do tempo de atuação da proteção. A Tabela 9 relaciona os
tempos de interrupção, de abertura e de separação dos contatos recomendados.
Todos os tempos são indicados em número de ciclos.
I = 0,83. I
dc sim
I dc
= I dc
.100 ,
I AC 2. I ac
onde Iac = Isim, obtemos:
% I dc = I dc
.100
2. I sim
Logo:
0,83. I dc
% I dc = .100 = 58,7%
2. I sim
O tempo que um disjuntor leva para eliminar uma falta que venha a ocorrer
tem relação direta com a estabilidade do sistema ao qual está conectado. A redução
do tempo necessário para que isso ocorra aumenta a estabilidade transitória e,
consequentemente, a capacidade de transmissão de uma interligação.
9.7. Corrente de estabelecimento nominal de curto-circuito
I fmáx
= I CA ( eficaz ) . F
−t
onde, como definido anteriormente, F = 2.(1 + e τ )
2 2
I eficaz = I CA
+ I CC
20 40 61 70 100 120
a) O – t – CO – t’ – CO
Sendo:
• t = 3 minutos para disjuntores em que é adotado religamento
manual, ou 0,3 segundo para disjuntores dotados de religamento
automatizado.
• t’ = 3 minutos.
b) CO – t’’ – CO
Sendo:
• t’’ = 15 segundos para disjuntores desprovidos de religamento
automático rápido.
V = E a − ( E b − I .Z )
Eb − Ec
I=
2.Z
E E E − Ec
V = Ea − b − c = Ea − b
2 2 2
Ea
Eb + Ec = −
2
Assim:
Ea
V = Ea + ,
2
ou:
V
= 1,5
Ea
Onde V é a diferença de potencial, ou seja, a componente de frequência
industrial da TTR logo após a abertura do primeiro polo do disjuntor.
Para tensões nominais com valor até 100kV, utiliza-se o fator de primeiro polo
igual a 1,5. Já para valores de tensão superiores adota-se o seguinte critério:
1. Fator de primeiro polo igual a 1,3 para sistemas com neutro efetivamente
aterrado.
2. Fator de primeiro polo igual a 1,5 para sistemas com neutro isolado.
107
CapVmin Vmax
=
CapVma x Vmin
I(kA)
CapVmin
Iop
CapVmax
(=CapVmin/k)
Vop
Vmin
Vmax
V(kV)
(=Vmax/k)
Figura 52 – Gráfico para determinação da tensão e corrente de operação
1,5 1,3
2 1,2
3 1,1
4 1,0
Hidrogeradores sem
0,75 X’’d 0,75 X’’d
enrolamentos amortecedores
11. CONCLUSÃO
ANEXOS
115
ANEXO I – ENSAIOS
1. Ensaios de rotina
Ensaios de rotina devem ser executados em todas as unidades de produção.
Seu objetivo sempre é de averiguar o bom funcionamento do disjuntor.
• Ensaio de tensão suportável a seco a frequência industrial no circuito
principal;
• Ensaio de tensão aplicada nos circuitos de comando auxiliar;
• Medida de resistência no circuito principal;
• Ensaio de operação mecânica;
• Ensaio nas buchas;
• Ensaio de vazamento (aplicável para disjuntores a óleo, a ar
comprimido e a gás);
• Ensaio de pressão (aplicável para disjuntores a ar comprimido e a gás);
• Ensaio nos ajustes mecânicos;
• Ensaio na operação mecânica;
• Ensaio dos tempos de operação (tanto para fechamento quanto para
abertura);
• Ensaio de condutividade nos elementos condutores;
• Ensaio de suportabilidade dos componentes isolantes principais à
frequência industrial.
2. Ensaios de tipo
Geralmente, ensaios de tipo são dispensados pelo comprador quando o
fabricante exibe resultados sobre disjuntores fabricados com base no mesmo
116
3. Ensaios de recebimento
Para o recebimento dos disjuntores são considerados os seguintes aspectos:
• Transporte
O transporte deve ser feito sem causar qualquer tipo de dano ao
aparelho. Inclui-se no transporte o embarque (carregamento) e o
desembarque (descarregamento).
• Inspeção visual
Antes do embarque o disjuntor é inspecionado visualmente, levando-se
em consideração os seguintes aspectos:
- Confrontar os dados de placa com os dados da ordem de compra
ou outro documento de compra qualquer;
- Verificar a existência de fissuras ou lascas nas buchas e danos no
tanque e nos acessórios;
117
Uma vez que a falta está presente na primeira etapa, a tensão entre os
terminais do disjuntor nestas condições é nula. Logo, a TTR resultante é igual à
tensão entre os contatos do primeiro polo que deve interromper a corrente calculada
na segunda fase do método da superposição.
Em sua forma trifásica, o circuito assume a configuração ilustrada através da
Figura II.3.
120
I c (t ) = 2.I .sen(wt )
I c (t ) = 2.I .( wt )
sL.Z EQ
Z ( s ) = 1,5.
sL + Z EQ
2 .I .w
I c ( s) =
s2
sL.Z EQ 2 .I .w
V ( s ) = Z ( s ).I c ( s ) = 1,5. .
sL + Z EQ s2
1
V ( s ) = 1,5.L. 2 .I .w.
⎛ L ⎞
s⎜ s. + 1⎟
⎜ Z ⎟
⎝ EQ ⎠
2 .I .w 1
V ( s) = .
2
C s⎛⎜ s 2 + s + 1 ⎞⎟
3 ⎜ Z EQ .C LC ⎟⎠
⎝
123
⎡ ⎛ t ⎞⎤
V (t ) = 1,5.L. 2.I .w.⎢1 − cos⎜⎜ ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ LC ⎠⎦