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Curso de Pedagogia

Projeto e Práticas de Ação Pedagógica


Supervisão Escolar

Postagem 2: Atividade 2
Projeto de Intervenção Pedagógica

O Papel da Supervisão na Formação Continuada na Educação

ELISABETE CRISTINA JULIÃO RA: 1109580

Polo Butantã II
Ano 2019
1- Tema: A Supervisão Escolar como a mediadora da Formação continuada

2- Título: O papel da supervisão na formação continuada.

3- Situação problema:

O fenômeno da educação se completa, quando os elementos que se associam a concepção


pedagógica, se interligam na ação de ensinar e aprender com base na gestão e na supervisão
que visa a consolidação social com as políticas públicas e a formação da educação,
desenvolvendo o aluno para a prática da cidadania e condições para o trabalho e o estudo
(LDB 1996 Cap. II da educação básica art.22).
Há tempos questiona-se a qualificação profissional dos agentes de educação, as altas taxas de
evasão escolar e o fracasso escolar. Essas taxas sempre constantes na educação brasileira, têm
colocado em evidência, ao longo da história a preocupação dos profissionais que trabalham
com pesquisa e projeto de intervenção. Podemos então se questionar como se fundamenta as
ações do supervisor e do professor na docência? Qual o desafio do supervisor na formação
docente, e como o supervisor pode organizar os momentos de formação do professor na
educação?
Cabe ao professor de forma conjunta com a supervisão escolar possibilitar práticas reflexivas
que consolidam e possibilitam oportunidades para a promoção efetiva da aprendizagem do
aluno, de modo a respeitar a sua capacidade e individualidade.
A alfabetização no ensino infantil como uma das etapas do processo, proporciona a criança
maior autonomia, essa condição ocorre gradativamente, na qual a criança supera e avança os
estágios cognitivo. Embora não seja obrigatória nesta fase, pode ser inserida em forma de
brincadeira e não autoritária.
A questão da ação supervisora, está na parceria e no desenvolvimento da formação continuada
dos professores e equipe escolar, pois requer competência, preparação, planejamento, assim
como, comprometimento com o processo de ensino-aprendizagem.
Um supervisor reflexivo trabalha em equipe promovendo a troca de experiências, refletindo
sobre a ação, sugerindo e contribuindo com os novos métodos de trabalho, além de possuir
uma visão global sobre o processo pedagógico precisa estar atualizado e em consonância com
o projeto político da escola, pois é seu papel integrar os programas, métodos e procedimentos
do ensino, a avaliação, recuperação, auxilio para os alunos nos estudos e nas relações
interpessoais.
Os supervisores são instituídos de elevada importância, em especial na formação continuada,
nos momentos de intervenção e nas reuniões, de modo a incentivar e mobilizar o planejamento
participativo, com atividades de formação e atualização em coletividade.
O mediador supervisor atua diretamente com os pais, alunos e com os professores de forma a
transformar os problemas em debates que giram em torno do projeto pedagógico.
Como elaborar então, ações por parte da supervisão em conjunto com a escola?
A formação continuada tem por meios dos estudos dos problemas práticos e de conceitos
teóricos e de situações de interesse , superar a dicotomia e os entraves tecnicistas, incluindo
assuntos sobre princípios de ensino que contribuam com a aprendizagem e as dinâmicas das
aulas , com fundamentos e processos , conceitos e procedimentos de avaliação, recuperação
de aprendizagem, sobre o potencial de informática educativa, estudos sobre leitura nos
diversos contextos , na interpretação e produção de texto, nos estudos em relação á educação
inclusiva com seus direitos e dificuldades ,assuntos estes, que requer maior interesse e
demandam discussões entre os profissionais , em termos de inovações imediatas e novas
tecnologias de ensino, para com isto contribuir com as mudanças que se fazem urgentes para
a melhoria da ação pedagógica e integrar assuntos de ordens pertinentes ao espaço escolar.
Dessa forma, o supervisor tem como suporte as diretrizes, os referencias nacionais de
educação, os parâmetros curriculares e o plano de desenvolvimento para trabalhar a favor da
melhoria da qualidade do ensino. Todos como meio de realização do trabalho pedagógico,
com o objetivo de alcançar os interesses e melhores resultados dos alunos, que são
considerados como público alvo do ensino.
Mantém-se o foco portanto, na elaboração de diagnósticos das necessidades formativas do
professorado, no que se refere as competências exigidas para atingir o almejado intento
definido no projeto educativo da instituição. Bem como, elaborar um projeto geral de
formação para a instituição, determinar indicadores de qualidade da educação, meios mais
eficazes de controlar e avaliar os resultados qualitativos e quantitativos da formação e
introduzir novos elementos formadores. Morin: “aponta a interdisciplinaridade como medida
qualificadora para a integração das aprendizagens da sociedade do conhecimento. 4-
Justificativa:
Para pelo menos minorar esses efeitos e melhorar a prática docente, vários estudiosos apontam
como alternativa a capacitação de professores. Segundo Schnetzler ( 1996) para justificar a
formação continuada , três razões têm sido apontadas: [...]a necessidade de contínuo
aprimoramento profissional e debates , pois efetiva a melhoria do processo educacional , ele
só acontece pela atitude do professor , necessidade de superar a distância entre as
contribuições das pesquisas educacionais e a sua utilização para a melhoria da sala de aula ,
o que significa que o docente seja também pesquisador da sua própria ação como educador ,
em geral têm-se um olhar simplista sobre suas atividades , ao conceberem que para ensinar
basta conhecer o conteúdo e usar algumas técnicas pedagógicas (Schnetzler e Rosa 2003
p.27).
Essa formação continuada conforme Caldeira (1993), citado por Cunha e Krasilchek, não se
esgota somente em um curso de atualização, mas deve ser encarada como um processo
construído no cotidiano escolar de forma constante e contínua (Cunha, Krasilchek 2000, p.23).
O que para Schon, Rosa e Schnetzler (2003) defende que para romper com a racionalidade
técnica uma possibilidade é a ideia de parceria colaborativa. Nesta parceria, a partir da
interação entre pares que assumem papéis específicos no processo, a reflexão e a intervenção
na realidade se viabilizam. De fato podemos concluir que o diferencial se encontra em bons
profissionais e na perspectiva de professores capacitados, o que é necessário para a educação.

5-Embasamento teórico:

A formação não se adquire pelo acúmulo de cursos, conhecimentos ou técnicas, mas por
reflexão crítica sobre as práticas constantes de desconstrução e reconstrução do saber. Por
isso, é demasiado importante investir na pessoa docente e dar um estatuto de saber a
experiência, (Nóvoa 1992 p.25). Além da dinamicidade e competência, necessita-se de leitura
constante, que se informe o tempo todo e busque repassar ao grupo docente atualidades mais
precisas que possam corrigir erros que prejudicam os avanços da educação. Quanto ao
professor, a formação inicial é muito relevante, ou seja, é considerado o início da formação
pois tem como fatores, assimilar novos métodos e entender como os alunos aprendem, quais
competências devem ser ensinadas, a adaptação dos processos e a busca para atingir o máximo
de desenvolvimento dos educandos.
Acredita-se que, o supervisor tenha criatividade afim de encontrar em seus momentos
oportunos para agir e provocar o trabalho cooperativo dos professores (Fernandes 1997
p.117).
O supervisor tem a função de coordenar o trabalho da equipe pedagógica, ser por natureza
pesquisador e criador de estratégias acerca da realidade da escola e da comunidade, sempre
em busca da superação.
Para isso, é necessário criar e recriar, associar a teoria e a prática, fundamentando seu trabalho
e revendo a sua opção política (...) analisando enquanto educador e agente transformador (..)
Miziara 2005 b, p.13). Com essa visão o supervisor não é revestido de “superpoder”, mas sim
a pessoa que se constrói com os professores seu trabalho diário (medina 1997 p.21).
Diante disso, pensar em educação é pensar na formação continuada dos professores e na
necessidade de assegurar o diálogo com e entre os diferentes contextos implicados na ação do
educador e que esta, deve se estender para além da escola. Essa construção da intelectualidade
acontece pela proximidade da escola e a universidade. É possível, então questionar como vem
sendo criado as políticas públicas de formação inicial dos professores? De acordo com os
dados do IBGE “Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa, relata a péssima qualidade do
ensino brasileiro. As conclusões constatam que as pesquisas e avaliações realizadas pelo
MEC, informam que apesar do aumento de alunos na escola, a qualidade de ensino ainda deixa
a desejar.
Muitas são as causas que levam a esse problema, não há como questionar a importância da
formação inicial e continuada, como um dos fatores a se construir um diferencial na conquista
de melhores padrões de qualidade. Faz-se prioridade a formação por meio de políticas públicas
que dêem suporte, é preciso oferecer condições para trabalhar, garantindo tempo para a
atualização permanente e qualificada.
Esse caminho possível é a realização de um conjunto de ações concretas que articulem o todo
e as partes, com ênfase na oportunidade de o professor ser dispensado pelo tempo necessário
para a participação de cursos e palestras, aulas, seminários e conferências.
Portanto, ao analisar as considerações de Zeichner (1993) e Elliot (1993) que se encontra na
prática, a que Fiorentini Sousa Jr e Melo (2003 p.311) afirmam que: [...] o problema do
distanciamento e estranhamento entre os saberes científicos práticos produzidos pela
academia e aqueles praticados e produzidos pelo professor na prática docente, parece residir
no modo como os professores mantém relação com esses saberes.
6- Público alvo
Professores do ensino fundamental e o Supervisor

7-Objetivo:
Objetivo do trabalho da supervisão escolar dentro do mecanismo de avaliação externa no qual
se encontra dentro da prática pedagógica, política e cultural ressalta a eficiência da
comunicação entre o supervisor e o professor, onde seu efeito é gerar e colaborar para a
formação do professor, servindo como ação de apoio, potencializando seu trabalho de
educador. Além de possuir critérios intrínsecos psicopedagógicos de criatividade, inovação e
flexibilidade, procura-se alternativas, caminhos e recursos para progredir, pautado em ações
e forças para resolver problemas baseados na confiança da equipe escolar e no bem estar de
todos os envolvidos.
De forma ampla e global a formação continuada objetiva exercitar as reflexões pedagógicas
e propor discussões teóricas que possam colocar os profissionais atualizados em termos de
novas tecnologias e metodologias de ensino aprimorando a consciência dos colaboradores da
escola e, com isto, contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da
ação pedagógica no espaço escolar e integrar questões acerca do conhecimento e da
importância da escola e assim, contribuindo na construção de uma escola para o futuro.
Assim, o supervisor tem na sua função a responsabilidade de se inteirar sobre as diretrizes e
metas, e os meios de realização do trabalho focando no que se pretende atingir, colaborando
e favorecendo para a formação do educador, bem como alcançar bons resultados na
aprendizagem dos educandos e da escola.
8- Percurso metodológico:
-Dialogar com a equipe administrativa, pedagógica e de apoio e ao professor com novos
métodos e estratégias para elevar o nível do ensino,
-Ações realizadas pelo supervisor em colaboração com os professores e a equipe escolar, -
Avaliação diagnóstica dos alunos,
- Construção do planejamento anual com base nas habilidades leitoras e escritoras, através da
observação e intervenção das atividades realizadas pelos professores,
-Orientar o professor a formular objetivos de ensino adequados ao currículo, a sua disciplina,
ao educando e ao meio.
- Auxiliar o professor a escolher os objetivos desejáveis e os que pretende defender,
-Participação nos grupos de estudos (formação continuada) e nos conselhos de classe,
- Conduzir a intervenção com base nas relações interpessoais que possibilitam constituir boas
equipes para a melhoria do ensino-aprendizagem.
9-Recursos:
Observação e reflexão,
Contato com trabalho de projetos
Palestras motivacionais
Leitura individual e coletiva
Período específico de formação continuada
Estudo constante de novos métodos e técnicas de aprendizagem
Conselho de classe,
Avaliação de conteúdo, das ações docentes
Trabalho coletivo
Suporte psicopedagógico- Avaliação das dificuldades de aprendizagem.

10-Cronograma:
A duração será anual, as atividades serão executadas de acordo com o calendário escolar,
conforme a organização do supervisor e a necessidade do projeto, ficando em alternância com
a equipe docente de professores e revezamento entre si.
11-Avaliação:
Deve- se conceber procedimentos e análises sem critério de exclusão. Os resultados obtidos
da avaliação positivos ou não, devem ser considerados de modo antecipatório aos
planejamentos seguintes, desde que o processo de ensino adquira mais qualificação. Ela é
contínua e sistemática e deve focar-se no aluno de forma direta e imediata.

12-Produto Final
Como resultado da execução deste projeto, foram desenvolvido slides sobre ações a serem
realizadas pelo supervisor:
- Acompanhamento dos professores, (11-35)
-Atendimento aos alunos, (15-22)
- Burocracias, (17-8)
-Formação continuada, (7-8)
-Planejamento, execução de reuniões pedagógicas e conselho de classe, (5-6)
-Simulados e avaliações diagnósticas, sondagem, acompanhamento da entrada, recreio e saída
dos alunos, atividades de intensificação, (9-19)
-Substituição, (10-22)
Fonte :Questionário de pesquisa “Trabalho do Supervisor Escolar”.

Analisando as constatações apresentadas, percebemos que 97% (35) dos supervisores têm
acompanhado os professores, ou seja, que a supervisão na Rede Municipal de Ensino realiza
sua principal função, o atendimento aos professores, tendo como referência a fase construtiva,
ou, a supervisão orientada, na qual se preocupa com o trabalho de orientação dos professores
corrigindo as falhas que possam apresentar e informando sobre os procedimentos mais
adequados (Urbanetz 2013, p42-43).
O acompanhamento de professores é a atividade que mais exige atenção dos supervisores
escolar, na opinião de 31% (11) dos entrevistados, um índice baixo considerado que essa é a
sua principal função.
O Segundo item mais presente na rotina é o atendimento aos alunos, presente no dia a dia dos
61% (22) dos entrevistados. Nérici (1976, p.213) descreve, [...] A supervisão escolar não se
interessa pelo aluno propriamente em si, que é tarefa da orientação escolar, mas se interessa
pelo educando em conjunto.
Assim, o rendimento escolar de um determinado educando pode ser de interesse da orientação
escolar e não da supervisão. Porém, se toda uma classe for mal numa disciplina, o supervisor
passará a interferir no problema, afim de solucionar o problema ocorrido naquela disciplina.
Também são registrados pelos supervisores atividade de atendimento aos pais, como segue:”
corro todo o dia e os problemas são diversos, desde alunos, pais, professores e secretaria”,”
contato com famílias (conversas), “mediação de conflitos entre os docentes, pais e professores,
“amenizar conflito(aluno-aluno, professor-aluno, pais-professores).Já a substituição em sala
de aula , faz parte da rotina de 61% (22) dos supervisores e exigem a atenção de 28% (10)
deles, fato que já foi alertado em outras pesquisas realizadas por mestrandos em educação, na
mesma rede de ensino.
Outras falas que constam na rotina de 53%(19) e que nos chamam atenção, são as atividades
que chamaremos de, intensificação do trabalho. Na intensificação do trabalho, podemos
perceber que o mesmo ocorre, também com a do supervisor, pois ele realiza atividades que
não estão descritas em suas atribuições, mas que estão correlatas com a sua função, conforme
o art.14, item XIX, do Regimento Único das Unidades Escolares (2011, p170). Percebe-se que
a intensificação não ocorre com o professor em sala de aula, mas reflete também, na gestão
escolar, inclusive no trabalho do supervisor. Um dos exemplos refere-se ao atendimento no
horário do recreio e, na entrada/saída dos alunos da escola como uma das atividades que está
atribuída ás responsabilidades do diretor, no art.8º, item XII do regimento (20011, p.12),
“organizar o recreio, estabelecendo escala de acompanhamento pela equipe gestora “, no
entanto, o cumprimento da tarefa perpassa para a rotina da supervisão.
O item formação continuada, aparece na rotina de 22%(8) dos supervisores e 19%(7) tem
atividade como sendo as que mais exigem atenção. Consultando o regimento, no art.14(2011),
que se refere à formação continuada: -V, cuidar da própria formação, socializando o saber
docente, estimulando a troca de experiências entre segmentos da comunidade escolar e a
sistematização da prática pedagógica.
As formações continuadas ocorrem individualmente dependendo da necessidade de cada
docente, outras precisam ser trabalhadas coletivamente e acabam por serem abordadas na
reunião pedagógica e, ou conselho de classe, atividades estas que fazem pare da rotina de 17%
(6) dos supervisores e exigem uma dedicação para a preparação de14% (5) dos pesquisados.
Por fim, todas as atividades passam por uma organização documental, bastante burocrática,
mas fundamental para manutenção do sistema educacional, de acordo com Nérici (1976,
p.262),” todas as atividades de supervisão devem ser documentadas, afim de serem evitados
mal entendidos e esquecimentos que podem prejudicar os trabalhos, indicados também no
regimento da escola (2011) quando recomenda em seu art. 14, item IV, “registrar
sistematicamente sua práxis como instrumento de reflexão, documentação e vínculo com o
corpo docente”, como ocorre no processo burocrático de 22% (8) dos supervisores.
13-Referências Bibliográficas:
EVN-Programa Escola Via Net- Sistema de gestão educacional online utilizado pela
Secretaria Municipal de Educação.
Https://pedagogiaaopedaletra.com/projeto-de-intervenção-pedagógica-nas-sériesiniciais.
Https://mundoeducação.bol.uol.com.br/educação/a-importância-da-formação-
contínua.htm.
https://www.monografias.com/pt/trabalhos3/supervisor-escolar-diferentes-
papeisespaco/supervisor-escolar-diferentes-papeis-espaco2.shtml
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/o/17155

Livro Unip: Supervisão Escolar e Orientação Educacional 2011


Supervisão e Gestão na escola –Conceitos e práticas de mediação, Mary Rangel 3ª
edição2011.

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