1992 - Lei 28.91 PDF

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TeIl=8-feira, 31 de Dez3mbl'o de 1991 I SERlE - Numero 52

BOLETIM DA REPIIBLICA
PUBUCAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MDCAM8IQU£

4. 0SUPLEMENTO

.~

IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE CAPITULO I

AVISO Derini~oes

A materia a publicar no -Boletlm da Republica- deve ARTIGO 1


ser remettda em copra devidamente autenticada, uma
por cada assunto, donde conste, alern das indicar;oes Para efeitosda presentelei, entende-se por:
necessaries para esse efelto, 0 averbamento seguinte,
assiilado e autenticado: Para publica~io no .Boaetim a) Agencia_dependencia a nfvel de distrito, de uma
da Republica». institui~lio de creditocom sede em Mocambique;
b) Bancos de investimentos _ instituicoesque exercem,
por objecto exclusive e com fins lucrativos,
fun~oes bancarias e financeiras, nomeadamente a
SUMARIO emissao de emprestimos por obrigacoes e a
recepcao de fundos por meio de dep6sitos a prazo
Assembleia da Republica: superiora urn ano e outras operacoes devidamente
lei no- 28/91 : autorizadas e, bern assim, a colocacno dos capitals
pr6prios ou alheios por sua coma e risco, em
Lei das inst:tui~oes de c,redito. participacoes no capitalde empresas,em operacoes
activas de credito a medic e longo prazos, e em
outras que a lei expressamente lhes nao proiba,
podendo ainda prestar os services de colocacao e
administracao de capitais e outros analogos, nao
ASSEMBLEIA DA REPUBLICA vedados par lei;
c) Banco off-shore _ instituicao de credito sedia~a no
Lei nil 28/91 estrangeiro, autorizadaa operar no pais, aceitando
de 31 de Dezembro dep6sitos de bancos estrangeiros e de outros
bancos off-shore e com plena liberdadede realizar
As ttansforma~s politicas e econ6micasem curso no pais operacoes fmanceiras no mcrcado internacional nao
recomendam que se procedaa uma reformado sector financeiro. podendo, porem,aceitardepositos intcrnos;
A tomada de medidaspara a cria~ de novosbancos no pais e a d) Bolsas de valores _ instltuicoes auxiliares dc credito
consolidacao dos existentes, aumentando a competicao no que tern por objecto a realizacao de operacocs
sector, contribuira para a melhoria da prestacao de services sobre valores mobiliarios;
a
bancarios, reforcando assim capacidade de captacao da e) Caixas econ6micas _ pessoas colectivas de dircito
poupancae de outrosrecursosfinanceiros necessaries para apoio privado que exercem uma actividade bancaria
e dinamizal;OO da actividade econ6mica nacional. restrita, norneadamente recebendo sob forma de
Tal reforma nAo passa pela revisao da legisla~Ao em vigor, depositos aordem e depositos a prazo ate urn ano,
em particular a relativa a constituicao e funcionamento de disponibilidades rnonetarias que empregam, por
institui~oes de credito a qual se encontra dispersa e
desacmalizada sua propria conta e risco, em emprestimos e
outras operacoesactivas de crcdito 3. curto e medic
Nestes termos, ao abrigo do disposto no nil 1 do artigo 135 prazos que lhcs scjam permitidas por lei;
da Constituicao, a Assembleia daRepiiblica detennina:
1 SP.RIE-NOMERO 52
----_...__ ._-~_._---------------------_._-------------

j) Casas bancarias _ instituicoes de credito nao urna instituicao de credito scdiada em


constiundas sob a forma de sociedades an6nimas e Mocambique.
equiparadas, em termos de funcionamento, a
bancos cornerciais;
g) Comissao de confianca _ funcoes que os bancos CAPfUJLOII
comerciais exercem por conta de outrem tais como
as de meros depositaries nos tennos da lei geral, Diposi~80 Geral
administradores ou hquidatarios de bens alheios,
cobranca de creditos.compra ou venda de tftulos e ARTIU02
mais valores mobiliarios, recebimento de juros,
dividendo ou rendas e representacao de AMBITO OA LEI
proprietaries de tftulos e outros bens;
h) Cooperativas de credito _ sociedades cooperativas, 1. A presente lei aplica-se as instituicoes de credito, as
constitufdas nos termos das leis vigentes e tem instituicoes auxiliares de credito e as instituicoes de
por objecto 0 exercfcio de uma actividade bancaria intermediacao financeira nao monetarias, e regula a constituicao
restrita, em. beneficia exclusivo dos seus e condicoes de funcionarnento das mesmas institui~(')es com
associados; sede na Republica de Mocambique. bern como a abertura e
i) Correspondente _ entidade com domicilio no condicoes de funcionamento de sucursais, agendas e delegacoes
territorio nacional a quem uma instituicao de de instituicoes de creditosediadas no estrangeiro.
credito confere poderes para, em seu nome, conta e 2. A constituicao e as condicoes de funcionamento de
risco, exercer funcoes de cobranca de valores ou sucursais no estrangeiro de insutuicoes de credito com sede em
pagamento de ordens ou ainda realizar detenninadas Mocambique, bern como a aquisicao e alienacao (
operacoes bancarias no ambito da eompetente participacoes sociais em instituicoes de credito cstrangeiras o~
autoril~Aoconcedida a instituicoes de credito: de obrigacoes convertfveis em accoes por estas emitidas, estao
j) Delegacao _ dependencia que em regra s6 realiza condicionadas a autorizacao especial e previa do Govemo.
operacoespassivas;
k) Dependencia _ designacao generica por que sl'io
conhecidas as filiais, agencias e delegacocs; CAPf11JLO III
i) Filial _. estabclecimento principal, a nivel de
provincia, de urna instituicao de credito com sede Exerclclo do credlto
em Mocambique;
m) lnstituicoes auxiliares de credito _ as que tern por ARTIG03
actividade, de forma exclusiva, a exploracao de
balsas de valores, corretores de fundos e efunbios e Sao rcgulados pela presente lei 0 cxercfcio das funcoes de
as casas de cambios; credito e a pratica dos demais actos increntes a actividade
11) Insntuicac de credito _ ernpresa cuja actividade bancaria.
consiste em receber do publico, depositos ou
outros fundos reembolsaveis e em conceder credito ARTlG04
por sua pr6pria conta;
0) Instituicoes de credito estrangeiras _ aquelas que tern Alem do Tesouro do Estado, s6 as institulcoes de credito
a sede no estrangeiro; . i>odem exercer as fun<;ocs e praticar os aetas a que se refere 0
p) Instituicoes de intermediacao financeira nao artigo anterior.
monetarias _ as que nao sendo instituicoes de
credito ou auxiliares de credito, exercem alguma ARTIG05
flm~l'io de credito ou qualquer actividade que possa
afectar de fonna especiaf 0 funcionamento do 1. Para efeitos da presente lei sao consideradas instituicoes
ruercado rnonetario ou financeiro, tais como de credito:
sociedades gestoras de fundos de investimentos
mobiliarios ou irnobiliarios, sociedades que a) Os institutos de credito do Estado;
tenham por objecto a gestae de uma carteira de b) Os bancos comerciais:
tftulos (holdings e outras sociedades financeiras e c) As instituicoes especiais de credito.
de investimentos), as entidades que tenham por
objecto 0 financiamento de vendas a prazo e as 2. As instituicoes de credito que nllo se constituam nos
entidades que tenham por objccto a efectivacao da tennos da alinea a) do nll I do artigo 13 denominam-se "casas
cobranca de creditos de terceiros; bancarias", as. quais sao equiparadas aos restantes bancos
q) Moutepio ou associacao de socorros mutuos _ comerciais.
instituicao de previdencia social cujo capital 3. As instituicoes especiais de credito abrangern,
provem da quotizacao dos associados; designadamente, osbancos de investimento, as caixas
I) Mutualidades _ designacao generica por que sao economicas e as cooperativas de credito.
conhccidas as associacocs de socorros rmituos; 4. Nenhuma crnpresa constituida sew a autonzacao a que se
s) Sucursal __ ~ estabelecimento principal em Mocam- refere 0 artigo 11 da prescnte lei podera incluir na sua
hiquc, de uma instituicao de crMito cstrangeira, denominacno as palavras banco, b;mqueiro ou bancaria, ou outra
ou estabelccimento principal no estrangciro, de que sugira a ideia de excrdcio cia actividade lY.mcaria.
31 DE" DEZEMBRO DE 1991

ARTIG06 SUBSECc;AO I

Bxereemfuncoes auxiliares de credito; Requisitos de constUui~io

a) As bolsas e os corretoresde fundose cambios; ARTIGO 13


b) As casas de cambio.
I. A autonzacao de constimicso de bancos comerciais e de
ARTIG07 estabelecimentos especiais de credito so pede ser concedida desde
que a sua criacao satisfaca a necessidades economicas e
1. 0 exercfcio de fun~Oes de credito podera ainda ser financeiras nacionais e os seus promotoresse comprometam:
permitido, com as necessarias restricoes, a pessoas singulares
ou colectivas nliocompreendidasna enumeracao do artigo 5 da a) A adoptar a forma de sociedade anonima de
presentelei. , responsabilidade limitada; .
2. As institui~oes que forem autorizadas a exercer fun~oes de b) A dotar a sociedade com urn capital socia! nao
credito nos termos do numero anterior sao consideradas inferior ao minimo estabelecido nos termos do
institui~oes de interm~llo financeira nllomonetarias, nil 1 do artigo 33, subscrito e realizado nos termos
do nil 2 do mesmo artigo;
ARTIG08 .. c) A que 0 conselho de administracao ou a direccao da
sociedade seja constituido por urn mfnimo de 3
Os bancos comerciais e as instituicoes especiais de credito membros, com idoneidade e reconhecida
r--terao por exclusivoobjecto 0 exercfcio da actividade bancaria, competencia em materia monetaria e financeira,
.Jor forma geral ou restrita, nomeadamente 0 exercfcio de econ6mica ou juridicae de gestae.
fun~ de credito,
2.Na aprec~ da necessidade e oportunidade da instimicao
ARTIG09 cuja autoriza~l1o se requer, ter-se-no em conta,designadamente,
os seguintescriterios:
Os institutos de credito do Estado so poderso exercer, para
alem das fun~oes indicadas no artigo anterior, aquelas funcoes a) \ Adequa~l1o dos objectives a polftica economica do
que lhes forem expressamente atribuidas em diplomaespecial, pais;
b) Idoneidade dos accionistas fundadores, no que for
ARTIGO 10 susceptivelde, directa ou indirectamente, exercer
influencia significativa na actividade da
Os bancos comerciais, as institui~oes especiais .decredito e instituicao;
as pessoas singulares ou colectivas .referidas no artigo 7 sao c) Possibilidade de a instituicao melhorara diversidade
obrigados a satisfazera requisites, variaveiscom a sua natureza, ou a qualidadedos services prestadosao publicoe
relativamente a capital social, fundos de reserve, categorias de garantir a seguranca dos fundos que lhe forem
operacoes, aplicacao de fundos e garanttas.Jimites de credito, confiados;
adminis~ao, getenciae coetabilidade.: ., d) Suficiencia dos meios tecnicos e recursos financeiros
relativamente ao tipo de operacoes que pretenda
realizar;
CAPITIJLO IV e) Compatibilidade entre as perspectivas de desenvol-
vimento da instituicao e a manutencaode uma sa
Constitui~io, altera~io, transforma~io concorrencia nos mercados em que se propoe
e 'liquida~io de institui~Oes de cr~dito exercer a suaactividade.

SECc;AO I ARTIGO 14

CONSTITUH;A:O o pedido de autorizacao de constituicaode bancos comerciais


e estabelecimentos especiais de credito sera apresentado ao
ARTIGO 11 Banco de Mocambique, 0 qual, depois de ernitir parecer e
cumprimento do disposto no nil I do artigo II da presente lei, 0
1. A constituicao de bancos comerciais, de instituicoes remetera ao Ministerio das Financas,
especiais de credito e de institui~(')es auxiliares de credito na
Republica de Mocambique, dependede autorizacao do Conselho
de Ministros, precedida de parecerdo Bancode Mocambique, SUBSECc;AO II
2. A consdnucao de institui~oes de credito sob a forma de
empresas publicas6 determinada pelo Conselho de Ministros. CADUCIDADE DA AUTORIZACAo
3. A autorizacao da constituicao referida nos mimeros
anteriores econcedida pot' meiode decreto, ARTIGO 15

ARTIGO 12 A autorizacao da constituicaode instituicao de credito caduca


se os requerentes '3 eia expressamente renunciarem ou se a
" 0 Conselho de Ministrosregulamentara 0 estabelecimento e
funcionamento de bancos off-shore em Mocambique,
292-(286) 1 SCRIE-NOMERO 52
---_.- ----------------
insutuicao nan se constituir Iormalmcnte no pram de noventa SEC<;Ao III
dias Oll se naoiniciar a actividadc no prazo de doze meses.
Transformacao
ARTlGO If!
ART'lGO 18
I. A autorizacno podcra SCI' rcvogada quando se verifiquc
algurna das scguintes suuacoes: 1. A fusao, cisao ou a modif icacao do objecto das
insutuicoes de credito, podcrao SCf autorizadas pelo Governo,
a) Tcr sido obtida por Olein de falsas declaracoes ou em condicoesespeciais, e sob parccer do Banco de Mocambique.
outros meios ilicitos, scm prcjufzo das sancoes 2. As autorizacoes a que se refere 0 nQ I do presente artigo
pcnais que ao caso couhcrcm; revestiraoa forma de decrcto do Conselho de Ministros.
h) A instituicao ccssar ou reduzir significativamente a
actividadc pur perfodo superior a cento ~ oitenta SECCAO IV
dias;
c) Dcixar de vcrificar-sc alguma lias condicoes exigidas Liquida4;ao
nas alfncas a), h) c c) do nQ I do artigo 13 dcsta
lei; ARTlGO 19
d) ScI' recusado, pOI' falta de idoneidadc ou experiencia, 0
rcgisto da designacao de mcmbros do conscIho de o processo de liquidacao das instituicoes de credito sera
udministracno, salvo sc, no prazo que 0 Banco de regulado pela lei comurn, no que for aplicavel, e pelo diploma
Mocarnbiquc cstabelecer, a instituicao tiver regulamcntarespecffico.
proccdido ~ designacao de outros administradores
cujo registo seja accite:
e) Verilicurem-se infraccocs graves na adrninistracao. na CAPiTULO V
organizacao coruabiltstica ou na fiscalizacao
interna da instituicu«; Dependencias e correspondentes
j) Nao dar a instituicao garantias do curnprimemo das das instituicdes de credito
suas obngacoes para com os credores, em especial
quanto il scguranca dos Iundos que the tiverern SEc<;Ao I
sido confiados:
X) A instituicno nno cumprir as leis, regulamentos c Dependencias
insrrucoes que disciplincm a sua actividade.
ARTIG020
2. Quando for revogada a autorizacao de instituicao ja
constitutda, scra nomcada urna comissao liquidataria nos tennos I. A abertura e enccrramento de filiais, agencias e delegacoes,
c para os efcitos prcvistos na lei. tratando-se de instirulcoes de credito com sede na Republica de
3. /\ revoga~ao da autorizacao revistiraa forma de decrcto do Mocambiquc, e de agencias e delegacoes, no caso de instituicoes
Consclho de Ministros. de credito com scde no estrangeiro, carecem de autorizacao
4, Da dccisao de rcvogacao cabe recurso contencioso para 0 especiale previa do Banco de Mocambique.
Tribunal Administrative. com clcito meramente devolutivo, 2. A abertura ao publico da dcpeudcncia a que a autorizacao
5. No C~ISO de recurso contcncioso da dccisao, a interpor a disser respeito devera verificar-sc no pram que for dcfinido pelo
instancia judicial compctente nos termos legals. a instituicao Bancode Mocarnbiquc.
em causa sera adrninistrada pelo Banco Central ou por quem for
designado, atc que seja ditada a scntenca definitiva do rccurso. SEC<;Ao II

SEccAo II Correspondentes

Alterucao de estatutos ARTlG021

ARTIGO 17 1. Nenhuma instituicao de credito podera, scm previa


autorizacao do Banco de Mocambiquc, conferir aos seus
I. As altcracocs dos estatutos das instuuicoes de credito correspondentes poderes para a realizacao de operacoes bancarias
cstao sujeitas a previa aurorizucaodo Banco de MO\ambique. que nao sejarn de simples cobran<;a de valores e pagamento de
2. A dccisao cleve ser proferida no prazo de noventa dius a ordcns.
cOlllar da data da cntrega, no Banco de Mo<;ambique, dos 2. As instiluicOCs rcquerentes devcrao indicar nos pedidos de
elementos necessarios ;1 aprccia~ao do IlCdido. autorizal;ao referida no numero precedenle, atero do nome,
domicflio e actividade do corrcspolldt:nte, as operalrocsque pol'
intermedio deste pretendem realizar.
31 DE DEZEMBRO DE 1991 292-(287)

CAPtruLoVI . ARTIG028

Registo das institui~6es de credlto e Publica~io Como orientador e controlador da politica monetaria,
dos seus retatorles e contas competeao Banco de.Mocambiqueregular 0 funcionamento do
mercado monetario,
SECc;AO I
ARTIG029
Registo
Para efeitos de fiscalizacao referida no artigo 26 da presente
ARTIG023 lei, os bancos comerciais, as instituicoes especiais de credito,
bern como as instituicoesauxiliares de credito sao obrigados a
As instituicoes de credito e as instituicoes auxiliares de apresentar balancetes, balances, contas de ganhos e perdas,
credito fieam sujeitas a registo especial no Banco de inventarios da carteira de tftulos, alem de quaisquer outros
Mocambique, elementos de informacao julgados necessaries.

ARTIG024 ARTIG030

1. 0 Banco de Mocambique fixara as taxas devidas pelo As informacoes sobre materia financeira, monetaria e
registoe respectivosaverbamentos. cambial, dadas em boletins ou relat6rios dos bancos comerciais,
2. As taxas referidas no rnimero anterior constituirllo receita instituicoesespeciais de credito e das instituicoes auxiliares de
,-- Bancode Mocambique,
do credito ficam sujeitas a regras especiais a fixar pelo Banco de
M~ambique.
SECc;AOII
ARTIG031
Publicaeao de retatortos e contas
o Banco de Mocambique promovera a centralizacao dos
ARTIG025 elementos informativos respeitantes ao risco da concessao e
aplicacao de creditos os quais poderao ser facultados as
1. Os bancos comerciais e as instituicoes especiais .de instituicoes de credito, nos termos que vierem a ser
credito publicarao, ",o"Ro/etim da Republica e num dos jomais estabelecidos em regulamento especffico.
mais lidos da localidade da sua sede, os seus balances e contas
de lucros e perdas anuais, acompanhados dos respectivos ARTIG032
relatorios da administracao, bern como 0 parecer do conselho
fiscal. Evedado aos bancos comerciais, as instituicoes especiais de
2. Os balancetes, balances e contasde lucros e perdas creditoe as instituicoes auxiliaresde credito:
deverao obedecer aos modelos oficiais fixados pelo Banco de
Moeambique. 11I Celebrar entre si contratos ou acordos de qualquer
3. Os balances, contas de lucros e perdas, relat6rios da . natureza que os coloquem numa situacllo de
administracaoe pareceres do conselho fiscal a que se refere 0 domfnio sobre os mercados monetario, cambial e
presente artigo serao remetidos ao Banco de Mocambique no financeiro ou provocar alteracoes nas condicoes
prazo de quinzedias a contar da datada sua aprovacao, normaisdo seu funcionamento.
,- 211 Adquirir as suas pr6prias accoes ou parte de capital,
ou accoes ou parte de capital de outras instituicoes
CAPfTuLO VII de credito,salvo nos casos de:

Defesa do credito a) Aquisicao de accoes dos bancos de investimento,


quando as instituicoes adquirentes sejam doutra
ARTIG026 natureza;
. b) Fusao de bancos comerciais e de estabelecimentos
A supervisao, coordenacao e fiscalizacao da actividade dos especiais de credito;
bancos comerciais e instituicoes especiais de credito sao da c) Reembolsode credito pr6prio por qualquer meio legal
competencia do ~anco de Mocambique, de aquisicao,

ARTIG027 CAPfTIJLO VITI

No uso das atribuicoes mencionadas no artigo anterior cabe, Capital Minimo


em especial, ao Banco de Mocambique fixar directivas ou
adoptar providencias tendentes a: . ARTIG033

a) Promover uma polftica de credito consentaneacom 0 1. Compete ao Banco de Mocambique fixar, actualizar e
ritmo da actividade econ6mica; alterar os capitais mfnimos para as instituicoes referidas no nll I
b) Promover a mobilizacao das poupancas e a sua do artigo 2 desta lei.
orientacao com vista ao financiamento do
desenvolvimento econ6mico.
292-(288) I SERIE-NOMERO 52

2. Na data da constituicao das referidas instituicoes 0 capital ARTIG039


social devers estar inteiramente subscrito e realizado em
montante nao inferior ao mfnimo estabelecido, devendo 0 A nomeacao dos membros do conselho de administracao e do
restante ser realizado no prazo de cento e oitenta dias a contar da conselho fiscal devera incidir sobre pessoas que reunarn os
mesmadata. requisitos da alinea c) do nQ I do artigo 13 desta lei.

ARTIG040
CAPITULO IX
Os membros do conselho de administracao sao
Adminlstracao das lnstltulcoes de credlto solidariamente responsaveis por todos os actos das respectivas
a
instituicoes de credito contraries lei e aos estatutos nos quais
ARTIG034 tenham participado sem manifestarem a sua oposicao ou
discordfulcia.
I. As instituicoes de credito e os seus administradores,
directores, gerentes, membros do conselho fiscal ou presidentes ARTIG041
das mesas da assembleia geral, advogados privativos, auditores,
inspectores, consultores especiais , quadros de chefia c outros A assembleia geral das instituicoes de credito nao pode ser
tecnicos nao podem fazer dos corpos gerentes de outras constituida por mais de trezentos accionistas.
instituicoes de credito nem exercer nela quaisquer funcoes, salvo
quando em representacoes nos termos do nQ 2 deste artigo. "
2. 0 disposto no mimero anterior do presente artigo nao se CAPITULO X
aplica aos casos de bancos de investimento em cada urn de cujos
corpos gerentes poderao participar em proporcao ate dois tercos, Instituicoes de credito do Estado
instituicoes de credito de diferente natureza.
ARTIG042
ARTIGO 35
Fica 0 Conselho de Ministros autorizado a criar institutos de
Os responsaveis pela falencia de empresas singulares ou credito para 0 fomento ao desenvolvimento nacional.
colectivas e. bern assim, os condenados por furto, roubo, burla,
abuso de confianca ou falsidade, ficam inibidos de desempcnhar ARTIG043
nas instituicoes de credito as funcocs rcferidas no nQ I do artigo
34 da prcsente lei. I. A disciplina da organizacao dos institutos de credito do
Estado sera estabelecida nos competentes diplomasda sua
ARTIGO 36 criacao.
2. 0 funcionamento dos institutos de credito do Estado
Nao podem fazer parte dos conselhos de administracao ou obedecera 0 disposto no artigo 9 desta lei.
fiscal ou da gerencia de uma instituicao de credito os que
pertencam aos corpos gerentes de uma mesma sociedade
anonima ou sejam associados em sociedades de outras especies, CAPInnnXI
nem mais .de dois parentes consanguineos ou afins ate.
respcctivamente, 0 39 e 2Q graus, inclusive. Bancos comerciais

ARTIG03? SEc(Ao I

e
I. Nao permitida a concessao de credito ou a prcstacao de OBJECTO
garantias por uma instituicao de credito, sob qualquer forma ou
modalidade, aos membros dos seus orgaos sociais e aos seus ARTIG044
directores, consultores e gerentes ou mandataries.
2. Exceptuam-se do disposto no ruimero anterior os creditos Os bancos comerciais tern por objecto exclusivo 0
de caracter ou finalidade social. visando, norneadamente, facilitar cxerctcio com fins lucrativos da actividade bancaria e das
aos seus trabalhadores a aquisicao de bens movcis, construcao, funcoes de credito, nomeadamcnte a recepcao, sob a forma de
aquisicao, ampliacao ou beneficiacao de habitacao propria. nas depositos ou outras analogas, tic disponibilidades monetarias
condicocs que vierem a ser estabelecidas pelos respectivos que empreguem, por sua propria conta e risco. em operacoes
conselhos de administracao. activas de crcdito, 0 exerclcio do comercio de cam bios e a
prestacao dos services de transfcrencia de fundos, de guarda de
ARTIGO 38 valorcs c de intermediario nos pagamentos e na colocacao e
administracao de capitais eo de outros services da mesma
Os administradores, directores, gercntes ou membros do natureza que 'a lei nao Ihes proiba.
conselho fiscal de uma instituicao de credito nao podem
participar na discussao e dclibcracao de propostas sobre
operacoes relativas a empresas em que tenham interesscs, directa
ou indirectamente. de ordem comcrcial, finance ira, agricola.
i.idustrial ou de qualquer outra natureza.
31 DE DEZEMBRO DE 1991 292-(289)

SECCAOll .ARTIGO 49

Dep6sito de numer'rio No casode suspenslio de pagamentos ou de Iiquidacao do


banco comissionario, as suas comissOes de conf'UlIl~ podem sec
ARTIG04S trarisferidas pelo Banco de ~bique para outra institui~ de
credito.
1. Os dep6sitos de disponibilidades monetmias revestirao
urnadas seguintes fmnas: SECCAOV

a) dep6sitos tl ordem; Opera~Oes de crfdito e financeiras


b) dep6sitos a prazo.
ARTIGOSO
2. Os dep6sitos tl otdem slio imediatamente exigfveis,
podendo, todavia, os depositmios acordar com os depositantes Compete ao Banco de M~ambique, relativamente a todas
que os levantamentos, quando excedem deterntinada instituicoes sujeitas Ii· sua supervisao, estabelecer os seguintes
importancia, dependam de aviso dado com a antecedeneia de limites prudenciais tl reali~lio de ope~lio que as mesmas
omcerto mimem de dias. estejam auJorizadas a praticar:
3. Os dep6sitos a prazo apenas serao exigiveisfindo 0 prazo
pelo qual foram constitufdos e se considera automaticamente a) Limites 4 tomada finne de emissoes de tftulos e 4
prorrogado por igoal periodo salvo manifes~ de vontadeem su~ indirecta de~;
contrnrio pelo depositante att 4 data de vencimento. b) Limitese formasde cobertura dos recursos alheios e de
".--- 4. Os depositos a prazo podem incluir a clausula de pre- quaisquer outras responsabilidades peranteterceiros;
-aviso, destinadaa torna-losexigfveis antes do prazoestipulado. c) Limites ~ emissOes de obrigaf;Cies;
d) Limites tl concentraf;Ao de riscos em umas6 entidade,
ARTIG046 em um s6 sector de actividade, em uma 56 regiao
ou em urn s6 pais;
o periodo de vigencia dos depositos a prazo sem acordado e) Limites mfnimos para as provisoes destinadas ~
pelas partes contratantes noacto da constitui~ dos mesmos. cobertura de riscos de creditoou de quaisquer outros
riscos.
SECCAOlll
ARTIG051
Valores a guarda e em penhor
Compete,de iguaI modo, ao Banco de M~ambique fixar os
ARTIG047 elementos que podem integrar os fundos pr6prios das
instituicoes sujeitas ~ sua supervisao, bem como definir as
I. Os Bancoscomerciais sao obrigadosa consertaremordem caracteristicas que os mesmosdevemrevestir.
os papeis de credito, 0 OUFO amoedado,em barra ou em lingote,
a platina, a prata, as j6illS e outros objectos ou valores ARTIG052
depositadosou entregues em penhor e a escritura-los, em livro
especial, com a designacao dos seus proprietaries e demais Epermitidoaos bancoscomerciaistomar firme, ate ao limite
elementos de identificacao, incluindoos nnmeros dos tftulos a ser fixado nos termos do artigo 50 desta lei, a emissao de
,.... 2. Os bancos comerciais, medianteprevia declaracao escrita accoes e obrigacoes de outras institui~oes de credito ou de
assadapelos proprietaries, podem entregar a estes, em vez dos empresas de qualquer natureza a fim de serem colocadas
valores depositados ou recebidos em penhor, outros similares mediante subscricao pUblica.
ou equivalentes, ou dispor deles.
3. Se um banco comercial depositar titulos alheios noutra SECCAoVI
institui~ao decredito nacional ou estrangeira, olio podera
contrair sobre eles qualquerencargo ou aliena-los, salvoquando Taxas de juros
autorizado pelos respectivos proprietaries a dispor desses
ntulos, nos termos do mimero anterior deste artigo. ARTIG053

SECt;Ao IV o Bancode Mocambique definira 0 regime das taxas de juro,


comissoes e quaisquer outras formas de remuneracao para as
Comissoes de confian~a operacoes efectuadas pelas instituiCoes de credito,
ARTlG048 SECt;AOVII

1. Os bancos comerciais poderao exercer comissoes de Contas e balan~os


confianca nos termosda alfneag) do artigo 1 da presentelei.
2. Os capitais que forem objecto de comissoes de confianca ARTIG054
ou que delas resultarem so poderao ser aplicados conforme as
instrucoes recebidas ou, na falta destas, em depositos sem juro, I. A contabilidade dos bancos comerciais devera ser
a simples guarda, organizada de acordo com a classificacaoe nomenclatura de
contasfixadas pelo Bancode M~ambique.
292-(290) 1 SERlE - NOMERO 52

2. A organizw;Ao dos balances anuais e os cri~rios a adoptar sua conta e risco. em participacoes no capital de empresas, em
na valoriza~Ao dos diversos elementos patrimoniais deverao operacoes activasde creditoa medio e longo prazos e em outros
obedecer as ins~~s.do Bancode Moeambique. que a lei expressamente lhes nlio proiba.
2. Poderao ainda prestar services de cotocacao e
ARTIG055 administracao de capitais e outros analogos que interessem ~
actividade econ6mica do pais e Ihes nao sejam legalmente
Os bancos comerciais sao obrigados a enviar ao Banco de vedld>s.
M~ambique, elaborados segundoa classific~ao de contasa que 3. Para constituicao dos bancos de investimento aplicar-se-a
se refere 0 artigo precedentee assinados por urn administrador e o dispostono artigo 11 da presente lei.
pelochefede contabilidade:
ARTlG060
a) At~ ao dia 15 de cada mes, 0 baJancete do "Razao"
referido ao ultimo dia do mes anterior, acom- Aos valores h guarda e em penhor e ascomlssoes de
panbadodos desdobramentos de contasque se mos- confian~a dos bancos de investimento seraaplicavel 0 disposto
lrarem necessaries; nos artigos 47 a 49 da presente lei.
b) A~ 31 de Maio do ano seguinte, 0 balanco, 0 desen-
volvimento das contas de lucros e perdas e 0 ARTIG061
inventario da carteira de titulos, devidamente cerli-
ficados poeauditores independentes. As disposieoes dos artigos 48, 50 a 52 da presente lei silo
aplic~veishs operacoes de identica natureza a realizar par bancos
ARTIG056 de investimento.

Os bancos comerciais enviarao tambem ao Banco de ARTIG062


Mocambique, logo que a assembleia geral tenha aprovado all
contas de exercfcio, a lista dos accionistasou s6cios presentes 1. Os bancos de investimento constituirao os seguintes
e urn extracto da acta da referida assembleiana parte relativa a fundos:
discussao de contas, a respectiva aprovacao e a aplica~lio dos
lucros. a) Fundode reservalegal. formado por del.por eentodos
lucros anuais;
ARTIG057 b) Fundo de reserva especial, formado por cinco por
cento dos lucros anuais e por quaisquer outras
1. Dos lucros lfquidos dos bancos comerciais, uma frac~l1o importancias que forem atribufdas pela assembleia
olio inferiora vintepoecento seradestinada ~ formacao do fundo geral do banco. 0 qual sera destinado a cobrir as
de reserva legal, a~ ~ concorrencia de cern por cento do capital depreciacoes do activo que a conta de ganhos e
social. perdas naocomportar;
2. Os bancos comerciais nl10 poderao distribuir pelos c) Fundode garantia, formado por uma percentagem de
accionistas ou socios, como dividendo ou a qualquer outro todos os juros e comissoes que a admlnistracao do
tltulo, importancias que reduzam de qualquer forma a banco determinar, mas que nunca podera ser
importancia do respectivo capital ou do fundo de reserva legal inferior a cinco por eento do valor desses juros e
abaixodo minima fixado para este fundono presente artigo, comissoes, bern como pelas importancias que lhe
forem atribuidas pela assembleia geral do banco e
ARTIG058 pelosrendimentos pr6priosdo fundo.

Al~m das provisoes para creditos de cobranca duvidosa e para 2. Os fundos de garantia serao exclusivamente destinados ;;-
outras depreciacoes do activo, devem os bancos comerciais suportar prejufzos das operacoes decorrentes de dfvidas
constkuir, independentemente do fundo de reserva legal, as incobraveis e serao aplicadosem tttulos de obrigacoes emitidos
provisoes que prudentemente se considerem necessarias para ou garantidos pelo Estado.
fazer face aos riscos de depreciacao ou prejufzo a que
determinadas especies de valores ou operacoes estiverem ARTlG063
especialmentesujeitas.
Os bancosde investimento praucarao, nas suas operacoes, as
taxasde juro de acordocom 0 definidono artigo 53 desta lei.
CAPITuLo XII
ARTIG064
Bancos de investimento
Aos bancos de investimento e ainda aplicavel 0 disposto nos
ARTIG059 artigos54 a 56 desta lei.

1. Os bancos de investimento tern por objecto exclusivo 0


exercicio com fins lucrativos das funcoes bancarias e
fin~nceiras. nomeadamente a emissao de emprestimos por
obrigacoes e a recepeaode fundos por meiode depositos a prazo
superior a urnano e outrasoperacoes devidamente autorizadas e.
bern assim, a colocacao dos capitais proprios ou alheios, por
-:
31 DE DEZEMBRO DE 1991 292-(291)

CAPITuLo xm ARTIG072

Caixas econ6micas, Cooperativas Relativamente as cooperativas de creditosao apUcaveis ainda


de crfdito, Montepios e Mutualidades as disposiceesdos artigos 45, 46, 50, 54, 55, 56, e 58 desta
lei.
SEC~AOI
SECc;AO ill
Caixas Econ6micas
Montepios e Mutualidades
ARTIG065
ARTIG073
As caixas econ6micas tern por objecto 0 exercfcio da
actividade bancaria restrita, nomeadamente a recepcao, sob Osmontepios e mutualidades, na parte em que funcionam
formade depositos a ordem e de depositosa prazo aW urn ano, como institui~s de depositos e de credito, sAo equiparados as
, disponibilidades monetarias que empregam, por sua propria caixas econ6rnicas. '
conta e risco, em emprestimos e outras operacoes activas de
credito a curto e medio prazos que lhes sejampennitidaspor lei
e prestando, por outro lado, servicesbancarios compativeis com CAPiTuLo XIV
a sua natureza e que a lei expressamente lhes nAo proiba
Institui~oes auxiliares de Credito
ARTIG066
ARTIG074
Sem.prejuizo do disposto no nil 1 do artigo 11 da presente
lei, as caixas econ6rnicas obedecerao ainda a requisitos especiais A Organiza~ao, 0 funcionamento e as operacoes das
a serem definidos pelo Banco de Mocambique relativos ao institui~~s auxiliares decredito serao regulados por diploma
capital e fundoS de reserva, gran de liquidez, composicao da propriodo Conselho de Ministros.
cobertura das suas responsabilidades e taxasde juro a aplicar nas
suas operacoes activase passivas.
CAPfTuLoxv
ARTlG067
Institui~oes de Credito Estrangeiras
Relativamente as caixas economicas sao aplicaveis as
disposi~~ dos artigos 45 a 50, 54, 55, 56, e 58 desta lei. ARTIG075

ARTIG068 Asmstituicoes de credito estrangeiras estao sujeitas' a


Iegtslacao mocambicana e a jurisdi~ao dos tribunais
E vedada as caixas econ6micas a reariz~ao' das operscoes mocambicanos e sao-lhes aplicaveis as disposicoes desta lei,
indicadas no artigo52 desta lei. salvo asexcepcoes queforem preceituadas.

SECC;A.OII ARTIG076
_. Cooperatlvas de" Credito Nenhuma institui~ao de creditoestrangeirapodera funcionar
na Republica de Moeambique sem que 0 seu estabelecimento
ARTIG069 principal neste pais disponha de urn capital nile inferior ao
ftxadonos tennos do rP 1 do artigo 33 desta lei.
As cooperativas de credito tern por objecto 0 exercicio de
actividade bancaria restrita, em beneffcioexclusivo dos seus ARTlG077
associados.
A gerencia dos estabelecimentos em Mocambique das
ARTIG070 tnstituicoes de credito estrangeiras devera ser conftada a uma
direccao com poderesplenos e Ilirnitados para tratar e resolver
A constituicao de cooperativas de credito depende da defmitivamente com 0 Estadoe com osparticulares no pais.
autorizacao previado Ministrodas Financas, mediante parecer
do Governador do BancodeMocambique. ARTIG078

ARTIG071 1. As institui~ de credito estrangeirasdeveraocontar nos


seus orgsos sociaise no quadro de pessoal, com a participacao
As cooperativas de credito obedecerao ainda a requisitos decidadaos mocambicanos,
especiais a seremdefinidos pelo Bancode Mocambique relativos 2. Compete ao Conselhode Ministrosfixar, periodicamente,
ao capitale fundos de reserva, grau de liquidez, composicao da as percentagens de participacao referida no ndmeroanterior,em
cobertura das suasresponsabilidades e taxasdejuro a aplicarnas fun~nO da evol~ilo do mercado de trabalho no pais.
suasoperacoes activase passivas.
292-(292) I SSRIE - NOMERO 52

ARTIG079 ARTIG084

Para 0 funcionamento na Republica de Mo<;ambique das Compete ao Conselho de Ministros fixar limites de multas a
institui<;,&s de credito estrangeiras sao aplicaveisas disposi<;OCs que se refere a alfuea a) do nil 1 do artigo 83.
dos artigos 11, 13 e 14 desta lei.
ARTIG08S
ARTlG080
Pelo pagamentode multas, selos e emolumentos respondem,
1. 0 capital da institui~Ao de credito estrangeira responde individual e solidariamente, os socios-gerentes ou adminis-
pel as operaeoes que esta realizar atraves dos seus tradores das institui~OCs de credtto e auxiliares de credito
estabelecimentos em Mo<;ambique. respectivas, ainda que ~data da condenacao tenham sido
2. 0 activo dos estabelecimentos referidos no numero dissolvidas, estejam em liqui~!o ou se encontrem em estado
precedente aplicado em Mo<;ambique s6 responde pelas defalmcia.
obriga~OCs assumidas noutros pafses pela sede ou agencias da
institui~1o principal depois de satisfeitas todas as obrigecoes ARTIG086
contraidas em Mo<;ambique.
A pena referida na alfnea b) do nil 1 do artigo 83 ~ aplicavel
ARTIG081 80S administradores, directores, gerentes, membros do conselho
fiscal e empregados com fun~oes de direccao ou chefia das
A sentence estrangeiraque decretara falenciaou a liqui~llo institui<;OCs de creditoou auxiliaresde credtto que:
de uma institui~Ao de credito domiciliada no estrangeiro s6
podera aplicar-se aos estabelecimentos que ela tenha em a) Pratiquem ou ordenem os actos referidos no corpo d_
Mo<;ambique, mesmo quando revista pelos tribunais nil 1 do artigo 83 da presente lei;
mocambicanos competentes, depois de cumprido 0 disposto na b) Ordenem au colaborem na falsific8!rAo da escrita; "
parte final do nil 2 do artigo anterior desta lei. c) Prestemfalsas intormacoes 80 Banco de Mocambique;
d) Aceitem comissoes ou qualquer outra especie de
ARTIG082 remuneracao dos clientes da institui~llo de credito
onde exercem as suas fun~oes;
Os estabelecimentos em Mocambique das instituictes de e) Cometam transgressees de que resultem, para a
cr~ito estrangeiras 810 obrigados ao uso da lingua oficial do institui~Ao de credito onde exercam funcoes,
~ na escritUl'8lj;Io dos livros da sua contabilidade,nas contas e prejufzosgraves.
avisospatenteados ao pUblico e na correspondencia com clientes
residentesno pals. ARTIG087

A pena prevista na alfnea c) do nil 1 doartigo 83 ~ aplicavel


CAPiTULO XVI quando a transgressao assume especial gravidade,
designadamente nos casosde:
SaD~oes
a) Exercfcio por parte dos bancos COmerC181S,
ARTIG083 estabelecimentos especiais de credito de outras
actividades comerciais alem da que Ihes ~ permitida
1..Sem prejufzo das sancoes previstas na lei geral, as pelo artigo 8 desta lei; .
transgressoes hs disposi!;Oes da presente lei e de outros b) Contravencao ao disposto no paragrafo 111 do artigo ~
regulamentos do comercio bancario ou cambial, ?is desta lei;
determi~Oes de natureza regulamentaremitidaspelo Bancode c) NAo permissao de exame aescrita;
Mo<;ambique, e, bern assim, a pratica de quaisquer aetos que d) V icia!;llo da escrita, sem prejufzo das sancoes penais
perturbem ou tendam a perturbar 0 sistema de credito ou a' aplicaveis;
falsear as condicoes normais do funcionamento dos mercados e) recusa da apresentacao ou falsificacao de elementos
monetario, cambial e financeira, sao punfveis com: solicitados pelo Bancode Mocambiaque.

a) Multa; ARTIG088
b) lnibi~1o temporaria ou permanente do exerctcio de
cargos em instiiui~OCs de credito ou auxiliares de 1. A suspensao ou cassacao das autorizacoes implica,
credito; consoante 0 caso, 0 encerramento temporario ou definitivo do
c) S uspensao .ou cassacao, total ou parcial das estabelecimento onde se exerciamas funcoos atingidas.
autoriza~OCs necessarias 80 exercicio de tuncoes 2. A cassacao total das autorizacoes acarreta a imediata
de credito ou auxiliares de credito. liqui~lk> da institui9llo atingida,

2. A inibi<;!o temporaria e a suspensao total ou parcial ARTIG089


referidas nas alfneas b) e c) do nil I do presente artigo, nllo
poderao uItrapassar urn ano. Quaisquer pessoas singulares ou colectivas que, sem
3. As penas referidas no mimeroanterior SlIo cumulaveis. autorizacao previstanesta lei, pratiquemregulannente operacoes
inerentes?i actividade bancaria ou cambial, alem de incorrerem
31 DE DEZEMBRO DE 1991 292-(293)

na pena de multapreVista no artigo83 da presentelei e na perda - 1; O~Ministmo das Financas definrr~· a percentagem da
do capital aplicado nas mesmas -operacoes, poderao ser receitareferidano nOmero anterior a ser consignada ao Banco de
suspensas do exercfciodo comercio a~ urnano.se penamaior MO!rambique.
na.o couber.
ARTIG093
ARTIG090
As mfraccoes ao regimede taxas de juro referido no artigo 53
1. A aplic~Ao das penas referidasnos artigosanteriores ~ da e as in~Oes ao dispostona presentelei em materiade registo
competeneia do Govemador do Banco de MO!r8IDbique. sao punfveis
----- - - com aspenas previstasno artigo 83 desta lei.
--- --- - ---- -
2. S110 da competencia dos tribunais comuns:
-_.~--_.--------- ~----

a) A pena de inibi!rAo superior a um ano ou permanente,


referida naallnea b} do nll 1 do artigo83;
b) A suspensao superior a um ano ou cassacao das CAPfruLo xvn
autorizacoes referidas na alfnea c) do nll I do artigo
83; Disposi~6es transitorias e rinais
c) A suspensao por mais de um ano do exercfcio do
comercio referidono artigo 89. ARTIG094

ARTIG091 Os poderes conferidos ao Bancode MO!raIDbique nos termos.


desta lei sao exercidos mediante avisodo Governador do Banco,
r-- I. Todas as infraccoes ~s disposicoes desta lei serao publicado no Boletim da RepUblica.
verificadas peloBancode MO!r3ffibique.
2. Instaurado 0 processo, sera 0 arguido notificado para ARTIG095
apresentar a sua defesa,por escrito, no prazo de dez dias.
3. A notific~Ao far-se-a pot carta registadae com aviso de As actuais institui~oes de credito deverao, nos prazos que
recepcao, ou por editos de dez dias publicadosno Boletim da vierem a set fixadospelt> Bancode MO!r3ffibique, harmonizar as
RepUblica e no jornal de maior circulacao quando 0 arguido condi~Oes de funcionamento com as disposi~ aplicaveis desta
nAo seja encontrado, se recuse a receber a notificacao ou for lei.
desconhecida a suamorada.
ARTIG096
4. Instrufdo 0 processo, sera mesmo concluso 80
0
Governador do Banco de MO!rambique para decisao, cabendo Compete ao Conselho de Ministros regulamentar as materias
recurso contencioso, nos termos gerais, para 0 Tribunal contidas na presente lei.
Administrative, a set interposto no prazo de quinzedias ap6s a
notifica~Ao, ou enviado aos tribunais comuns quando da ARTIG097
compet!ncia destes. .
5. 0 recurso contencioso tera efeitos suspensivos quando 0 Erevogada toda a legis)a{;ao anteriorque contrarie a presente
arguido deposite, previamente, no Banco de Mocambique, a lei.
importAncia da multa aplicada,
6. 0 processo de recurso previsto nos mimeros anteriores Aprovada pela AssembleiadaRepublica
~ca sujeitoao pagamentodp imposto do selo que sera liquidado
~ pago por meio de guia passada a favor do Ministerio das o Presidenteda Assembleiada Republica, Marcelino dos
Finan~as, ficando os arguidos que forem ou que tenham sido Santos.
notificados por editosobrigadosao pagamento da despesafeita
com a sua publicacao. Promulgadaem 31 de Dezembrode 1991.

ARTIG092 Publique-se.

I. 0 produto das multas cominadas nos termos dos artigos o PRESIDENTE DA REPUBLICA, JOAQUIM ALBERTO
83 e seguintes desta lei constituirao receitado Estad9~ CHISSANO. .

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