(20200509-PT) Caras PDF
(20200509-PT) Caras PDF
(20200509-PT) Caras PDF
ANDREIA RODRIGUES
CONTA COMO GERE O MEDO
E FALA DA ESPERANÇA
NO FUTURO
“ABRACAR
O MEU MARIDO
E A MINHA FILHA
E UM BALAO
DE OXIGENIO”
ISABEL MEIRELLES AVALIA A
FORMA COMO A UNIÃO EUROPEIA
ESTÁ A LIDAR COM A CRISE
CLÁUDIO RAMOS CONFESSA:
“FALTA-ME REALIZAR O SONHO
DE TER UMA FAMÍLIA”
A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E
PARE DE
PARTILHAR
REVISTAS E JORNAIS EM PDF
A C E D A A L O J A . T R U S T I N N E W S . P T E A S S I N E
FOCO
FOTO: GETTY IMAGES
Desejo de normalidade
Parece uma situação banal, mas por estes dias ver uma criança descontraída num
espaço público desperta-nos a nostalgia de toda a banalidade que preenchia
as rotinas pré-pandemia. Por isso, mais do que a beleza que emana deste aquário
de medusas na cidade chinesa de Nanjing, a imagem transporta-nos para
a vontade de ver esta normalidade regressar também às cidades portuguesas.
C
láudio Ramos sempre foi
muito focado na sua car-
reira profissional e a es-
treia como apresentador do Big
Brother foi, assume, mais um
passo em frente. “Emocionei-me
muito e cheguei a casa feliz. Feliz e
orgulhoso, satisfeito e certo de que
o caminho se faz caminhando”,
revelou à CARAS, frisando que
este programa é, sem dúvida, um
sonho realizado. “Quando o foco
é mantido, os sonhos podem acon-
tecer e a força do universo ajuda”,
acredita o apresentador, de 46
“Acredito no amor, no
entusiasmo, na vontade
à primeira vista.
Amor é uma coisa
que se vai instalando
e construindo.”
anos, que pouco tempo antes de
ter sido decretado o estado de
emergência devido à Covid-19
deu uma entrevista à CARAS a
propósito do lançamento do seu
mais recente livro, Eu Cláudio,
no qual se dá a conhecer um
pouco melhor.
– Não o assusta estar à fren-
te de um projeto ambicioso
e com história como o Big
Brother?
Cláudio Ramos – Assusta.
Se dissesse que não, era in-
consciente. Deixa-me nervoso,
ansioso, mas também sinto que
estou mentalmente preparado
para o fazer. Vou dar o meu
melhor, como sempre.
CLÁUDIO RAMOS
“FORAM-ME ROUBANDO
O BRILHO NOS OLHOS”
– Com quem celebrou esta
sua nova fase da vida?
– Honestamente? Sozinho.
– Porque é que tem medo,
como já assumiu, de se esquecer
das histórias da sua vida?
– Tenho medo que me falte
a memória. O que é que so-
mos nós se não formos uma
memória? Não há coisa mais
bonita do que ouvir um velhote
a contar histórias da vida dele,
e eu tenho muito medo de che-
gar a determinada idade e não
conseguir lembrar-me de coisas
que foram importantes para
mim. Por muito que eu escreva
e guarde as memórias, sei que
um dia posso nem as conseguir
ler. Todos os dias escrevo e vou
ver qualquer coisa antiga, uma
fotografia, um bilhete de um
espetáculo, qualquer coisa. Sou
muito saudosista.
vai retirar?
– Sim. Quero muito, a partir
dos 50, ter a capacidade de
abrandar, uma coisa que eu
já tinha metido na cabeça há
dois ou três anos, porque esta-
va com um ritmo de trabalho
muito violento. Quero fazer
televisão por prazer e não como
obrigação. Se, aos 50 anos, me
puder dar ao luxo de dizer que
estou a fazer o que quero, já
ficarei contente. E gostava de
parar aos 60, de boa saúde para
poder ainda viajar. Temos que
ter a capacidade de, chegado
o momento, sair, sem que nos
empurrem.
– Como está a sua relação
Agradecemos a colaboração de
Selllva
A atriz, de 44 anos,
garante estar
a conseguir ocupar
os seus dias
de forma bastante
proveitosa.
M
aria João Bastos decidiu
transformar os dias de iso-
lamento social numa opor-
tunidade para promover projetos
profissionais ou melhorar o seu
trabalho como atriz. E como não
sabe entregar-se aos projetos de
outra forma que não seja de alma
e coração, foi com entusiasmo que
falou da sua participação na série
A Espia, em exibição na RTP, que
se passa em Portugal durante a
II Guerra Mundial e na qual dá
vida à sedutora e misteriosa Rose
Lawson. Um papel que lhe deu
a oportunidade de contracenar
pela primeira vez com outros dois
conceituados atores portugueses,
Diogo Morgado e Daniela Ruah.
– Acredita que a cultura é
importante para que as pessoas
se abstraiam deste momento que
vivemos?
Maria João Bastos – Claro
que sim, até porque nesta altura
em que as pessoas têm de estar
mais isoladas e em casa recorrem
H
á mais de quatro anos, exigente. Já para Ana, de 40 anos, nossa vida toda. Mas estamos procedimentos, as medidas de
Pedro Reis mudou-se defi- que é proprietária da Farmácia bem de saúde, o que neste mo- contenção, foi tudo meio com-
nitivamente de Lisboa para Maria Aboim, mento é o que plexo, mas dentro de todo esse
Cabanas de Tavira, onde tem em Tavira, foi mais importa. ambiente temos estado bem
dado vida ao sonho de construir um aprender a “Tem sido desgastante Pedro – A – Ter de sair para trabalhar
uma família ao lado de Ana Faria conviver com o estar com uma criança Ana continua deixou-a de alguma forma mais
Pereira. Desde essa altura que o vírus de forma e uma bebé em casa. a trabalhar, a exposta ao vírus. Ficaram alar-
empresário, de 54 anos, apren- segura, uma vez ter de ir dia- mados?
deu a trabalhar à distância e se que continua a Chego ao fim do dia riamente para Ana – Sim, logo depois de ter
dedicou ao papel que mais prazer trabalhar. cansado, mas muito a farmácia, por sido declarado o estado de emer-
lhe dá: o de ser um pai presente − Como es- feliz.” (Pedro) isso para nós gência andei uns dias com tosse
para Carlota, de quatro anos, e tão a viver esta o isolamento e não me sentia muito bem, e
Matilde, de sete meses. Por essa fase? tem sido vivi- obviamente que fiquei com receio
razão, a adaptação a esta nova Ana – Confesso que no iní- do de forma diferente. No início, de que fosse Covid-19. Felizmente,
fase de confinamento devido à cio foi desgastante em todos os houve alguma apreensão com o não era. Acho que nesses primei-
pandemia de Covid-19 não lhe foi aspetos, psicológico, emocional facto de a farmácia continuar a ros 15 dias andávamos todos mais
muito estranha, embora seja mais e físico. Tivemos que adaptar a trabalhar, com a alteração dos aterrorizados.
VIDA EM FAMÍLIA EM TEMPO DE PANDEMIA
Pedro – Sim, mas apesar de para fazer quer que eu brinque verdade estava sempre agarrada energia e o tempo que perdíamos
haver uma tendência para afrou- com ela. É absorvente. Chego ao computador e era como se com coisas que não são impor-
xar, continuamos a manter as ao fim do dia cansado, mas ao estivesse fora. Não tinha muito tantes. O nosso foco passou a ser
regras do confinamento, para nos mesmo tempo tempo para dar o nosso bem-estar. Por exemplo,
sentirmos mais seguros. muito feliz. atenção à fa- aos fins de semana tínhamos
– Pedro, calculo que tenha – É uma “A primeira lição mília. Era uma uma agenda intensa de coisas
sido necessária uma nova logís- prova de fogo que eu tiro disto presença ausen- para fazer, o que acabava por nos
tica para gerir a vida com uma para uma re-
criança de quatro anos e um lação passar
tudo é a quantidade te, por isso não
sabemos o que
roubar tempo em família. Eu fiz
40 anos na Sexta-Feira Santa
bebé, 24 sob 24 horas... mais horas por de coisas que são é o 24 sobre 24 e, ao contrário dos outros anos,
– Com a farmácia aberta, eu dia debaixo do prescindíveis.” (Ana) horas. foi um dia superdescontraído e
fiquei com essa incumbência mesmo teto? – Há algu- teve um sabor especial. É uma
adicional de ter, além da Matilde, Ana – Nós ma lição a re- nova forma de estar e viver que
também a Carlota em casa 24 ho- gostávamos de ter tido essa prova tirar disto tudo? é muito tranquila.
ras. E sim, é desgastante, porque a de fogo. [Risos.] Houve dias em – Sem dúvida que sim. A pri- Pedro – Eu já tinha abraçado
Carlota puxa muito por mim. Tem que estive em teletrabalho devido meira é a quantidade de coisas esta nova forma de viver quan-
telescola e quando não tem coisas ao plano de contingência, mas na que são prescindíveis, depois, a do me mudei para cá há mais
Ana manteve-se a trabalhar na farmácia
da qual é proprietária e é a Pedro que
“Continuamos
cabe gerir o dia a dia de Carlota e a manter as regras
Matilde. Quando ambos podem e estão
juntos, as tarefas são bem partilhadas. do confinamento.” (Pedro)
T
al como em tantas casas supercompreensivos”, explicou a
no país, também Núria atriz à CARAS. Núria e Vasco
Madruga e Vasco Silva têm são ainda pais de Lourenço, de
tentado adaptar-se da melhor dois anos.
maneira, juntamente com os – Com dois filhos em teles-
filhos mais velhos, Salvador cola, como têm sido os dias em
e Sebastião, de oito anos, ao vossa casa?
ensino à distância, imposto pelo Núria Madruga – Tem sido
isolamento social. “Há dias me- uma aprendizagem para todos.
lhores que outros, mas sinto muito Porque a verdade é que os nossos
receio dos próximos meses, prin- filhos não estão de férias e há
cipalmente porque não há uma horários a respeitar, o que por
data para tudo terminar. Nós não vezes se torna complicado, já
escondemos nada dos nossos filhos, que existe uma tendência para
eles sabem o que se está a passar, relaxarem um bocadinho, porque
que o vírus é muito perigoso e que não estão nas salas de aula.
estão muitas pessoas a perder a – E como tem sido a adapta-
vida. Já estão em casa, sem sair, há ção do Sebastião e do Salvador
um mês e meio e até agora têm sido a esta nova vida?
E
m casa desde os primeiros
dias de março com as filhas,
Luz, de 14 anos, e Flor, de
três, Bárbara Norton de Matos
tem vivido dias desafiantes, mas
sempre repletos de amor. “Ser
mãe solteira com duas crianças em
casa não é fácil, mas mantenho a
guarda partilhada de ambas, o que
me tem ajudado bastante, porque,
principalmente a Flor, é ‘dose’. É
muito difícil explicar a uma criança
de três anos por que é que não pode
ir aos parques, estar com outras
crianças, e acho que até ela anda
“Temos de nos
habituar a esta nova
realidade, até porque
acredito que tão
cedo não voltaremos
à vida que tínhamos. ”
stressada e muito irrequieta. Não
dorme bem e confesso que têm sido
dias complicados. Há muitas birras,
eu estou mais impaciente, mas não
deixo de manter o otimismo e temos
mesmo de nos habituar a esta nova
realidade, até porque acredito que
tão cedo não voltaremos à vida que
tínhamos”, assume a atriz, que re-
conhece a dificuldade em cumprir
horários e todas as obrigações.
“É muito difícil ser uma mãe com
rotinas em quarentena. Levantar
cedo, ter o almoço pronto a horas,
enquanto ajudo a mais velha na
telescola e brinco com a mais nova,
ter tempo para mim, arrumar a
casa... Sinto-me a escrava da casa.”
Sem gravar desde setembro do
ano passado, quando terminou a
novela Nazaré, e sem projetos pro-
fissionais para já, Bárbara assume
que, mesmo após o levantamento
do estado de emergência, pretende
manter-se resguardada: “A minha
vida não vai mudar muito. Talvez
A
s críticas à forma como a
União Europeia tem gerido
a crise provocada pelo novo
coronavírus têm vindo de todo o
lado. A desunião entre os Estados-
membros, a falta de preparação
para lidar com a crise sanitária
e de solidariedade para com os
países mais afetados por este vírus
são algumas das fragilidades postas
agora a nu. Observadora atenta e
conhecedora da realidade euro-
peia, Isabel Meirelles reconhece
estes e outros erros no desempenho
da UE neste novo cenário mun-
dial. Contudo, a vice-presidente
do PSD e especialista em assuntos
europeus acredita que as medidas
já avançadas permitem manter a
esperança e vislumbrar “uma luz
ao fundo do túnel”, como expressou
nesta entrevista.
– Muitos têm criticado a atua-
ção da União Europeia neste
cenário de crise. Mesmo não
estando preparada para esta
pandemia, acha que a UE já
encontrou o rumo a seguir?
Isabel Meirelles – É verdade
que a União Europeia foi apanha-
da de surpresa com esta crise, que
não é igual à de 2008. Embora
estejamos perante uma página
ainda incerta, podemos concluir
que só com muita solidariedade
será possível pôr de pé os países
e a própria União Europeia, que
continuam a ser fustigados pela
maior tempestade do pós-guerra.
A Covid-19 pôs-nos de rastos. O
Eurogrupo obteve uma solução de
compromisso: 500 mil milhões de
euros para proteger trabalhadores,
empresas e finanças públicas. Não
é o acordo ideal, mas pode ser
uma luz ao fundo do túnel.
– Esta divergência de opiniões
entre os Estados-membros sem-
pre existiu ou considera que a
UE está mais desunida do que
nunca?
se transformou em pandemia, Estados-membros e acionar todos imediato, através do Mecanismo europeia. Com este pacote, com-
chegou à Europa de supetão, os instrumentos de cooperação, Europeu de Estabilidade, ter plementado com outras medidas
sem que nada nem ninguém o como o Mecanismo Europeu de acesso a linhas de crédito para e instrumentos, será possível ter
pudesse prever. Por isso, não é Proteção Civil. apoiar custos diretos e indiretos esperança no day after da crise
justo dizer-se que a União deveria – Recente- relacionados sanitária.
ter agido mais rapidamente, dado mente foi “Os títulos de dívida com a cura e – Com que medidas a UE
que apenas estava preparada para aprovado um t r a t a m e nt o poderia avançar neste momento?
ameaças convencionais, seja de pacote de ajuda europeia serão da Covid-19. – A União já avançou com um
guerra clássica, terrorismo ou financeira para inevitáveis e deverão É um sinal de apoio aos Estados no formato de
crise económica. A lição a tirar os Estados- ter a participação solidariedade linhas de crédito do Mecanismo
é que a cedência de soberania membros, uma europeia que Europeu de Estabilidade, o fundo
implica que, a jusante, os cida- medida que se do Banco Central rompe com de resgate da Zona Euro, desti-
dãos sintam que há instituições seguiu à apro- Europeu.” uma rigidez nadas a cobrir custos diretos e
supranacionais que intervêm vação da flexi- negocial ina- indiretos dos cuidados de saú-
quando os europeus mais preci- bilização do défice de cada país. ceitável, designadamente com a de, tratamento e prevenção da
sam, que há uma Europa que é Estas medidas são suficientes flexibilização das regras do Pacto Covid-19, cujo montante pode
capaz de comprar equipamentos para minimizar os danos da de Estabilidade e Crescimento, chegar até 2% do PIB. Quanto
e medicamentos para os pro- pandemia? que tanta austeridade trouxe a aos trabalhadores, foi aprovada a
fissionais de saúde, transportar – Para já, há um avanço, Portugal, e permite, em parte, re- proposta da Comissão Europeia
e tratar dos doentes de outros dado que os Estados poderão, no cuperar semanas de muita inércia de um instrumento temporário, o
CONSULTÓRIO JURÍDICO DA COVID-19 – RENDAS
N
o passado dia 15 de abril Os inquilinos que optarem
foi publicada a Portaria por este mecanismo devem con-
n.º91/2020 que veio definir sultar as condições específicas
“um regime excecional para as dos empréstimos e de reembolso
situações de mora no pagamento assim como preencher o reque-
das rendas” na sequência da rimento disponível em www.
pandemia da Covid-19. portaldahabitacao.pt.
Após aprovação pelo IHRU,
Quando se aplica este regime o reembolso do empréstimo será
excecional? efetuado, a partir de janeiro de
Aplica-se, desde que demons- 2021, através de prestações men-
trada a quebra de rendimentos sais, iguais e sucessivas, de valor
como consequência direta das correspondente a um duodécimo
limitações operadas em nome (1/12) da renda mensal.
da saúde pública, a situações
de incapacidade de pagamento Podem os senhorios recorrer
das rendas habitacionais devidas a alguma das medidas previstas
a partir de 1 de abril de 2020 nesta Portaria?
e até ao mês subsequente ao O mecanismo de emprésti-
termo da vigência do estado de mos do IHRU é extensível aos
emergência. senhorios que fiquem em situa-
Como pode este regime ser ção de carência económica por
vantajoso para os inquilinos falta de pagamento de rendas.
habitacionais?
Os inquilinos podem ver Quais os critérios para poder
flexibilizado o pagamento da beneficiar de apoio?
renda ao senhorio e/ou recorrer Para poderem beneficiar des-
a empréstimo para pagamento tas duas medidas (suspensão do
de rendas junto do Instituto da pagamento da renda ou emprés-
Habitação e da Reabilitação timo do IHRU) os inquilinos
Urbana, I. P. (IHRU). Tal sig- devem demostrar que durante
nifica que qualquer inquilino o período do estado de emer-
habitacional pode optar pelo gência, e em virtude do mesmo,
não pagamento da renda, duran- tiveram uma quebra no rendi-
te o estado de emergência e mês mento do seu agregado familiar
seguinte ou ir pagando as rendas superior a 20%, decorrente de
deixando apenas em dívida o facto relacionado com a situação
valor que ultrapasse a taxa de epidemiológica provocada pela
esforço de 35%. Em ambos os doença Covid-19.
casos, o valor em dívida terá Quanto aos senhorios, de-
de ser pago ao senhorio em 12 vem fazer prova que, face aos
meses, iniciando-se estes dois rendimentos do mês anterior
meses após o fim do estado de ou do período homólogo do
emergência. Para tal basta ape- ano anterior, existiu igualmente
nas comunicar por escrito ao uma quebra no rendimento do
senhorio a sua intenção. seu agregado familiar superior
Por outro lado, os inquili- a 20%. Sendo que esta quebra
nos, podem recorrer também, tem de decorrer diretamente do
junto do IHRU, a um emprés- não pagamento de rendas pelos
timo (sem juros ou comissões seus arrendatários ao abrigo do SURE, que consiste em emprés- sempre de ser reembolsados.
de avaliação) para pagamento regime excecional. timos concedidos aos Estados – Os eurobonds seriam a
de renda. Este empréstimo será com o objetivo de os ajudar a melhor solução? Como vê o
concedido durante os meses Como pode um inquilino, salvaguardar postos de trabalho. entrave de alguns países a avan-
do estado de emergência e no ao abrigo desta Portaria, sus- Finalmente, quanto às empre- çarem para esta medida?
mês seguinte. Terá como limite pender o pagamento da renda? sas, a solução passa pelo Banco – É verdade que as negocia-
máximo a diferença entre o Basta comunicar a sua inten- Europeu de Investimento, que ções na União a 27 ou a 19
valor da renda mensal devida e o ção por escrito (preferencial- permitirá mobilizar até 200 mil são sempre muito difíceis, mas
valor resultante da aplicação ao mente por correio eletrónico) milhões de euros suplementares começa a cansar esta teimosia
rendimento do agregado familiar ao seu senhorio, juntando do- para as pequenas e médias em- por parte de alguns Estados de
de uma taxa de esforço máxima cumentos que comprovem que presas em dificuldades. A única não quererem ceder um pouco
de 35%”, não podendo o restante a quebra de rendimentos mensal questão é que se trata sempre da sua capacidade e credibilidade
rendimento do agregado familiar superior a 20% resulta da apli- de empréstimos, que, mesmo financeiras para acolher e diluir
ser inferior a 438,81 euros. cação do estado de emergência. em condições favoráveis, terão o risco de alguns países vergados
pela força de uma catástrofe – Pode significar a morte da podem ficar paralisados pelo fil- Embora crítica, Isabel
global, que tem na Europa as União Europeia caso os egocen- tro do egoísmo. Neste momento Meirelles admite que teria
sepulturas de mais de 60% das trismos nacionais se mantenham, tão difícil para muitos europeus, sido difícil as instituições
vítimas mortais do vírus. Para sendo que todos ficaremos a per- eu, enquanto portuguesa, tam- europeias terem tomado
já, há um avanço, mesmo que a der. bém sou italiana, espanhola e decisões mais cedo.
mutualização da dívida da Zona – Mas esta pandemia poderá francesa. Só com determinação
Euro fique em ponderação para também ser uma alavanca para podemos dobrar este ciclo de
mais tarde. Os títulos de dívida uma UE mais unida e bem brutalidade sanitária, económica
europeia serão inevitáveis e deve- preparada? e social e manter a chama da “Só com
rão ter a participação do Banco – A União Europeia enfrenta paz e da solidariedade como os
Central Europeu. a sua maior prova de fogo. Esta grandes esteios de uma Europa determinação
– Acha que esta crise pode
significar o fim da UE tal como
crise é gigantesca e ainda nem
sequer dispomos de todos os
que mantém viva a memória que
a ajudou a crescer.
podemos dobrar
a conhecemos? dados. Os decisores europeus não TEXTO: MARTA MESQUITA FOTOS: ARQUIVO CARAS este ciclo.”
CARAS
MOMENTOS
W
ilfred Lawrie Nicholas ao colo e em que diz ainda: “Não
Johnson nasceu de boa saú- podia estar mais feliz. O meu coração
de no passado dia 29, no está cheio.”
University College London Hospital, Mais tarde, no anúncio “oficial”
e apesar de ter um nome tão gran- do nascimento do filho, o primei-
de – Wilfred era o nome do avô do ro-ministro britânico também fez
pai, Lawrie o do avô da mãe –, será questão de explicar a escolha do
tratado por Nick, em homenagem nome. Recorde-se que Johnson, que
a Nick Price e Nick Hart, os dois começou por ser a favor da imuni-
médicos do NHS (serviço nacional dade por contágio, se tornou um
de saúde) que foram decisivos na acérrimo defensor do stay at home
cura de Boris Johnson, que, devido depois de adoecer.
à Covid-19, esteve internado de 5 Nick é o primeiro filho de Carrie e
a 12 abril no St. Thomas Hospital, o quinto de Boris, que é pai de Lara
em Londres, tendo estado em perigo Lettice, de 27 anos, Milo Arthur,
de vida nos cuidados intensivos. de 25, Cassia Peaches, de 23, e
A escolha foi revelada pela mãe Theodore Apollo, de 21, nascidos
do bebé, Carrie Symonds, na sua do casamento de 25 anos com a
página do Instagram, a ilustrar uma advogada Marina Wheeler.
fotografia em que surge com Nick TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: GETTY IMAGES
Kate é a autora
das fotos partilhadas
no Instagram do
Palácio de Kensington,
da Casa Real e
de Clarence House.
Kate, uma apaixonada por
fotografia que sempre que possível
é a autora das fotos dos filhos que
divulga, consegue, sem dúvida,
captar imagens muito mais es-
pontâneas das crianças do que
quando são fotógrafos oficiais a
fazê-lo. Estas não são exceção,
e o que salta à vista nestas ima-
gens de Charlotte, adorável num
vestido de pied-de-poule preto e
branco e cabelo apanhado, é que
não só começa a trocar as feições
de bebé pelas de menina crescida,
mas também que a princesa tem
uma grande mistura de traços
dos pais quando estes tinham
aproximadamente a mesma idade.
Na mesma ocasião, tam-
bém no Insragram de Clarence
House, residência oficial do prín-
cipe Carlos, e no da Casa Real
foram partilhadas estas fotogra-
fias de Charlotte, com desejos de
um dia de aniversário feliz.
TEXTO: ANA PAULA HOMEM FOTOS: DUCHESS OF
CAMBRIDGE VIA @KENSINGTONROYAL,
GETTY IMAGES E D. R.
Mais notícias em caras.pt
FOTOS: D.R.
a progenitora com um carro de luxo, ao lado do qual
Dolores Aveiro posou na fotografia que partilhou com os fãs.
SÍLVIA RIZZO
Atriz operada de
urgência à coluna
Cerca de uma semana depois
de ter sido operada à coluna,
Sílvia Rizzo assegurou
FOTO: GETTY IMAGES
LEA MICHELE
Atriz e cantora
está grávida
Lea Michele parece
ter finalmente
encontrado
a estabilidade
emocional. Após
dois anos de vida
em comum com
o empresário Zandy
Reich, o último dos
quais casada, a atriz
FOTO: D.R.
da série musical
Glee, de 33 anos,
anunciou estar grávida
LILIANA CAMPOS do primeiro filho. A
Troca de nomes novidade foi partilhada
com os fãs através das
Na última edição da CARAS, Liliana Campos partilhou redes sociais e, apesar
algumas das suas preocupações relacionadas com de não ter revelado
o surto de Covid-19 e as novas rotinas dentro dos detalhes como o sexo
estúdios de gravação da SIC, onde conduz o programa do bebé ou o tempo de
Passadeira Vermelha. Lamentavelmente, o apelido gestação, a fotografia
FOTO: D.R.
C
om os olhos postos na filha,
Alice, que completa dois
anos a 30 de maio, Andreia
Rodrigues admite que os tempos
que aí vêm trarão muitas dúvidas,
mas também desafios. Com a
nova edição do programa Quem
Quer Namorar com o Agricultor?
a estrear-se em plena pandemia, a
apresentadora tem vivido os dias a
equilibrar trabalho e vida familiar.
Numa conversa com a CARAS,
Andreia falou-nos dos desafios
do seu trabalho, das emoções
que este tempo sem precedentes
que vivemos desencadeia e, cla-
ro, de esperança num futuro em
que reconquistaremos aquilo que
perdemos.
“Abraçar o meu
marido e a minha filha
funciona como um
balão de oxigénio.”
ANDREIA RODRIGUES
“A MINHA FILHA É A
PERSONIFICAÇÃO DA ESPERANÇA”
Andreia Rodrigues admite
que, por mais que tente
resistir, há dias mais
desafiantes, em que o medo
“Não podemos
levantar a guarda
agora, sob pena de
tudo ter sido em vão.”
– Como lida com a preocupa-
ção e a incerteza que vivemos?
– Um dia de cada vez. Tento
não deixar que o negativismo
se apodere de mim e pensar que
parte do percurso está feito, falta
menos tempo do que há dois me-
ses. Tenho todos os cuidados e
protejo os meus de todas as formas
possíveis. Não podemos levantar
a guarda agora, sob pena de tudo
ter sido em vão.
– O que diz a si própria e
a que técnicas recorre quando
precisa de se acalmar?
– O exercício em casa é um es-
cape. Ouvir música. Mas na reali-
dade é um exercício de resistência,
posso fazer uma analogia com a
corrida. Se tenho 20 km para cor-
rer, em determinada altura o corpo
começa a ficar cansado e parar ou
desistir pode ser tentador. Se nessa
altura pensar que ainda me faltam
10 km, provavelmente irei desistir
e entregar-me à exaustão, se, por
outro lado, pensar “já só faltam 10 sentimentos. A consciência do
km”, a mente gere o cansaço de que nos vai na alma é o que nos
forma diferente e algo se aciona permite mudar o foco. É isso que
que me faz continuar e não desis- tento fazer: focar-me nas coisas
tir nem deixar que o cansaço se boas. Brincar com a minha filha,
apodere. O ser humano tem uma com a minha cadela, imaginar-nos
capacidade de resistência incrível. no futuro. Abraçar o meu marido
– Não estamos apenas a en- e a minha filha funciona como um
frentar uma pandemia de saúde balão de oxigénio.
global, mas também uma catás- – Como passou a ser olhar
trofe humanitária global. Isso para o futuro pelos olhos da sua
ajuda a ver o que de verdade Alice?
importa? – É incrível.
– Acho que “Aprendi a não Ela é para mim
sim. Mas na esperar para fazer a personificação
realidade to- da esperança.
dos sabemos o um dia aquilo que Todos os dias
que importa, e posso fazer agora.” a amo mais. O
já o sabíamos. amor que tenho
Infelizmente, às vezes só temos a por ela é avassalador e esse amor
real perceção perante situações é restaurador.
destas. Não são os outros que – Como nos reposicionaremos
morrem, não são os outros que depois disto?
veem negócios a fechar, não são – Acho que os primeiros tem-
os outros que vivem guerras... pos trarão muitas dúvidas, há
Precisamos de ser mais empáticos! muitas pessoas que estão a passar
Um dia, “os outros” podemos ser por dificuldades. Se será fácil?
nós e os nossos. Acho que será desafiante, mas
– Como faz para deixar para acredito que vamos ultrapassar
trás o medo e deixar florescer a tudo isto e iremos, a seu tempo,
“Precisamos de ser mais esperança? reconquistar aquilo que perdemos
empáticos! Um dia, ‘os outros’ – O medo faz parte. Acho que ou fomos deixando para trás.
aceitar o que sentimos é essen- TEXTO: NATALINA DE ALMEIDA
podemos ser nós e os nossos.” cial para podermos gerir esses FOTOS: PAULO SIMÕES / FREMANTLE E D. R.
mu ito m a is
do q u e u m a
revista PRÓXIMA
SEMANA
NAS BANCAS
E
specialista em pediatria há incontrolável. Quanto a começar
15 anos, João Bismarck com os mais novos, a decisão
Pereira, de 47 anos, foi co- política é complexa e não fo-
fundador e é atualmente coor- ram completamente explicitados
denador da Unidade de Pediatria os motivos, mas, pessoalmen-
do Hospital dos Lusíadas Lisboa e te, ocorrem-me vários: algumas
o responsável pelo Atendimento crianças mais velhas poderão
Permanente do mesmo. Pai de ficar sozinhas em casa enquanto
três adolescentes, de 19, 14 e 11 os pais vão trabalhar, mas os mais
anos, e casado com uma médica pequenos não, e a economia exige
especialista em cirurgia plástica, que o país retome o trabalho; os
conta: “Eu e a minha mulher esta- pais destas crianças mais novas
mos a viver em quartos separados são tendencialmente mais novos
e sem tocarmos nos nossos filhos.” e é expectável que tenham um
Também por isso, o hospital tem curso de doença melhor se infe-
sido a sua casa nestes meses de tados; os grupos de crianças nas
pandemia. Tempo para dormir, creches são mais pequenos – res-
assume, “sobra muito pouco”. tringindo o contacto e facilitando
Sem rodeios e muito prag- a contenção de surtos; o facto de
mático, dá a sua opinião sobre as creches serem habitualmen-
a abertura das te mais locais
creches, ten- “As crianças sempre se reduz a distân-
tando esclare- cia atravessada
cer eventuais infetaram nas creches e a utilização
dúvidas dos e não será durante de transpor-
pais. uma pandemia que tes coletivos,
– Está pre- facilitando a
visto as cre- isso vai deixar de contenção que
ches reabri- acontecer. Tentemos é possa vir a ser
rem em maio que seja controlado.” necessária. O
e o pré-esco- que é aqui mui-
lar em junho. tíssimo impor-
Porquê expor as crianças mais tante é não esquecer os avós!
pequenas? Esses, sim, são uma população
João Bismarck Pereira – de risco e devem, infelizmente,
Antes de mais, temos de aceitar manter-se afastados dos netos que
a premissa de que não podemos andam nas creches.
estar indefinidamente em isola- – Havendo alternativa, devem
mento social, à espera de uma as crianças desta faixa etária
vacina, porque sabemos que a permanecer em casa até ao pró-
sociedade tem muito a perder. ximo ano letivo?
Relembro que o objetivo do es- – Penso que devemos assumir
tado de emergência nunca foi a creche como um direito que
aguardar a extinção da doença, está a ser reposto. A escolha é
mas evitar um pico de casos que totalmente pessoal e depende,
esgotasse a capacidade dos sis- acima de tudo, da capacidade de
temas de saúde de tratarem os cada família se manter funcional
doentes. Entretanto, o país teve e com um ambiente estimulante
tempo para se preparar. O dese- em termos psicomotores. Fora da
jável, na ausência de uma vacina época da Covid-19, se se questio-
(que parece estar ainda longe), nassem alguns pediatras sobre a
é atingir a imunidade de grupo melhor idade para, num mundo
com o mínimo de fatalidades ideal, as crianças ingressarem nos
possível, o que só se consegue se estabelecimentos de ensino, con-
não houver um pico de contágio siderando num prato da balança
de sintomas, mais higiene, mas dolar question”. Há vários estudos – Há reports a surgir de todo o com o médico. Com o seu médico
quem muda fraldas tem de dar em curso para avaliar a “vida lado. Até ao momento não há da- poderá decidir se deve ou não ir
colo. Mas vamos desistir já da após a Covid-19” e estão a ser dos que permitam concluir a cau- à urgência. Neste momento, o
ideia de que vamos pôr crianças produzidos alguns resultados. sa. Parecem surgir em populações que mais me preocupa não é a
na creche e de que elas não se Os dados em crianças são muito com muita atividade Covid-19, Covid-19, mas o aumento assus-
vão infetar. As crianças sempre poucos, porque mas em crian- tador da mortalidade por doenças
se infetaram nas creches e não as crianças têm “Os avós são, sim, uma ças tanto po- não relacionadas com o SARS-
vai ser durante uma pandemia muito raramen- população de risco sitivas como Cov-2 por atraso no recurso ao
que isso vai deixar de acontecer. te doenças gra- negativas para serviço de urgência. É igualmente
Tentemos é que seja controlado e ves. e devem manter-se, o vírus. Penso preocupante, no tema da saúde
prestando às crianças e famílias os – Em Itália infelizmente, afastados que ao longo infantil, que estejam a surgir
melhores cuidados que vão sendo e no Reino dos netos que das próximas atrasos nas vacinas do Plano
necessários. Unido foram semanas deve- Nacional de Vacinação. Num
– Este é um vírus novo e reportados andam nas creches.” mos começar a país que sempre teve uma das
desconhecido. Poderá deixar mais casos de ter respostas. mais invejáveis taxas de cobertura
sequelas nas crianças? Têm-se crianças com sintomas seme- – A que sintomas os pais vacinal, não se pode correr agora
levantado algumas questões a lhantes à síndrome de choque devem ter atenção e quando o risco de voltarmos a ter mortes
este nível que ainda não têm tóxico e à doença de Kawasaki recorrer às urgências? por tosse convulsa em bebés ou
resposta... e suspeita-se de uma correlação – Nada mudou, a sensação de um novo surto de sarampo.
– Essa é mais uma “one million com a Covid-19... doença deve levar ao contacto TEXTO: ANDREIA CARDINALI FOTOS: LUÍS COELHO
CARAS HORÓSCOPO
por Paulo
Cardoso
CARNEIRO LEÃO SAGITÁRIO
(21/3 A 20/4) (23/7 A 23/8) (23/11 A 21/12)
Nesta fase está capaz de tornar Esta semana prestará maior aten- Este é um período em que terá ne-
mais harmonioso, mais agradável ção ao que se passa com os ou- cessidade de transmitir aos outros
e leve o ambiente da sua vida tros. É uma altura em que todas as aquilo que sente. Está sensível em
quotidiana. Contacta com os outros de relações podem ser influenciadas; depen- relação ao modo como reagem as pessoas
uma forma simpática. Poderá ter alguma derá da sua atitude influenciá-las de uma que o rodeiam. Precisa de harmonia e equi-
tendência para se dispersar. Irá desejar forma positiva ou negativa. Utilize as boas líbrio nas suas relações pessoais. Há um
rodear-se de coisas bonitas e apreciar o energias de que dispõe para desenvolver maior desejo de intimidade, de expressar
que de belo existe à sua volta. Vai conseguir um relacionamento sem conflitos. Procure e de receber afeto, o que lhe trará grande
expressar-se de um modo mais emocional. fazer uma alimentação mais equilibrada. satisfação.
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CARAS CRUZADAS
HORIZONTAIS cereais (cevada, trigo, aveia). 75. Para chamar a Passar a língua sobre. 10. Sangue que escorre. Unidade de trabalho em todas as suas formas.
1. A atriz Alexandra (…) deixou a TVI e mudou- atenção, para fazer andar ou parar os animais, 11. Prefixo indicativo de movimento, direção, 76. Capital do Zimbabué. 78. Meter em mala.
-se para a SIC. 7. Fazer pressão de cima para segundo a entoação (interj.). 77. Espécie de junção. 12. Unidade monetária da África do Sul 80. Espécie de enguia. 81. Altar cristão. 82.
baixo. 13. Comboio de alta velocidade (sigla, palanquete ou coro, construído ao ar livre, para e da Namíbia. 14. Cálice místico que, segundo Haveres. 83. Imita uma detonação (interj.). 87.
fr.). 16. Mulher que não crê em Deus. 17. Cobrir concertos musicais. 79. Contusão. 81. Pranchão a lenda medieval, serviu a Jesus na última ceia Película. 89. Cerimónia pública e solene (pl.).
iguarias com um polme para as fritar. 19. Nome que cobre os topos das aposturas do navio. 84. com os apóstolos. 15. Observa. 17. Grito de 92. Artigo (abrev.). 94. Relação, lista. 96. Mau
da letra R. 20. Arte de adivinhar pela invocação Patrão (pl.). 85. Planta liliácea da China. 86. dor ou de alegria. 18. Conjunto das raízes de cheiro. 98. A mim. 100. Antes de Cristo (abrev.).
do espírito dos mortos. 24. Mulo. 25. Espécie de Género de moluscos acéfalos hermafroditas uma planta. 21. Coloca mais alto. 22. Cume. 23.
pelica muito fina e macia. 27. Coliga. 28. O m. q. que vivem encerrados numa concha bivalve. 88. Enrubesce. 26. Designação vulgar do pneumáti-
árgon. 29. Pôr sob as ordens de. 33. Estaca para Escuridão. 90. Antigo (abrev.). 91. Cólera. 93. co. 30. Designa admiração, cansaço (interj.). 31.
empar. 35. Atmosfera. 37. Dedicação ardente. Entreabrir. 95. Encher de matas ou mataduras Que move muito a cauda. 32. Diz-se do lugar SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR
38. Desenho caprichoso em cerâmica e peças (os animais). 97. Sectário do mormonismo. 99. onde cai muito orvalho. 34. Ajustamento. 36. Suf.
de charão. 40. Tornar menos assíduo. 41. Diz-se Desbravar. 101. Pancada com a roca. 102. Vela de agente ou profissão. 38. Que está imedia-
da cor azul em heráldica. 43. Contr. da prep. em latina do mastro grande. 103. Entrar no período tamente antes do penúltimo. 39. Preocupação
com o art. a. 44. Trombeta. 46. Ligam. 47. Letra da adolescência. 104. Curar. constante. 42. Coroado de louros. 45. Rio da
grega correspondente a P. 48. Mistura de farinha Suíça. 46. Relativo a larva. 47. Exprime a ideia
com um líquido, formando pasta. 49. Cano em VERTICAIS de anterioridade (pref.). 48. Observaras. 50.
que se reúnem as águas das estradas. 51. 1. Tecido forte de linho grosso. 2. Pitorra que Enfurecer. 52. Parte do boné ou da barretina
Elemento de formação de palavras que exprime se faz girar com os dedos. 3. Ação (feita ou por que cai sobre os olhos. 57. Género de batráquios
a ideia de por cima de. 53. Possuir. 54. Grande fazer) considerada na sua essência ou resultado. urodelos. 59. Nome de um mamífero (Brasil).
porção. 55. Rente. 56. Frações. 58. Emprega-se 4. Componente mínima de significação de uma 62. Contr. da prep. a com o art. o. 64. Embeber
para excitar ou animar (interj.). 60. Prender-se palavra (Ling.). 5. Mitra com três coroas que o em líquido uma substância. 65. Colheita que
com elos. 61. Sociedade anónima (abrev.). 63. Papa usa em certas cerimónias. 6. Produzir um se faz no outono. 67. De grande diâmetro. 70.
Seguro. 66. Grande nariz. 68. Margem do rio. 69. ruído áspero. 7. Categoria social. 8. Designa Fazer ver. 72. Destituído de pelos. 73. Instituto
A unidade. 71. Tenebroso. 72. Aguardente de intensidade, separação, oposição (pref.). 9. Camões (abrev.). 74. Doença das videiras. 75.
N
a impossibilidade de realizarem o seu
trabalho em televisão, João Montez,
de 29 anos, e Inês Gutierrez, de 28,
aproveitaram esta fase de confinamento para
se dedicarem aos seus respetivos projetos di-
gitais em casa. Entre os vídeos para as redes
sociais, os cozinhados e o exercício físico, os
dois apresentadores da TVI, que são namo-
rados há quatro anos e vivem juntos há dois,
muniram-se de espírito positivo e optaram
por explorar o melhor a fazer nesta altura: o
tempo para refletir e para fazer outras coisas
que até agora não lhes eram possíveis devido
à intensidade da sua vida profissional e social.
“É preciso perceber que todos nós estávamos
a precisar de parar, de estarmos connosco e
refletirmos sobre o que tem acontecido e o que
pode acontecer. Temos de tirar o lado bom, eu
sou muito otimista e gosto sempre de fazer esse
exercício na vida”, reconhece Inês.
... e aperfeiçoa as
técnicas culinárias
“Houve um grau
de dificuldade maior
no que toca a adaptarmo-nos
a estar longe das pessoas
de quem gostamos.” (João)
– Sentem que se têm apoiado mais nesta
fase, enquanto casal?
Inês – Tem de haver equilíbrio e respeito
entre o casal para manter a relação saudável. É
inegável que esta fase acaba por ser um teste,
mas estou muito feliz e orgulhosa porque eu e
o João nos estamos a superar com sucesso. Por
exemplo, ele quer estar na sala a ver um filme
e eu na cozinha a fazer um bolo, ou vice-versa,
assim tem de ser. Deve haver momentos para
tudo, para estarmos sozinhos ou juntos a fazer
alguma atividade. E ir falando com outras
pessoas sobre isso também é bom.
João – O fator determinante, de uma forma
quase inconsciente, é a disciplina e o método
que nós temos em casa, no dia a dia.
– Anseiam por voltar à normalidade?
Inês – Temos de pensar que, apesar de
tudo, somos uns sortudos por esta pandemia
estar a acontecer numa era em que a tecno-
logia nos aproxima dos que estão longe e nos
permite trabalhar a partir de casa. Temos de
continuar a ter um foco e pensar que as coisas
se irão recompor aos poucos.
João – A normalidade como nós a conhe-
cíamos deixou de existir, portanto a realidade “Somos uns sortudos por esta pandemia
será muito adaptada às circunstâncias que
estamos a viver.
estar a acontecer numa era em
TEXTO: JOANA CARREIRA FOTOS: ARQUIVO CARAS E D. R. que a tecnologia nos aproxima.” (Inês)
PEDRO HOSSI: “HÁ ALGO DE ESPECIAL EM VIVER
O ator fez um filme
para a Netflix,
“Sérgio”, que
estreou em abril,
e está a preparar
um “podcast”
de entrevistas.
C
om um coração onde cabe
tudo o que o completa,
Pedro Hossi, de 41 anos, é
um homem do mundo. Nasceu
em Luanda, mas veio para
Portugal com dois anos e foi
cá que cresceu, “sempre com o
amor dos meus avós. Tive uma
infância muito feliz, tive muita
liberdade, pude explorar, cair e
levantar-me. Vivi sempre rodeado
de muito amor”. Um amor que lhe
deu a confiança necessária para
seguir os seus sonhos. Mesmo
aqueles que pareciam mais ousa-
dos e que o levaram para Nova
Iorque, onde estudou no The
Lee Strasberg Theatre and Film
Institute. “Guardo Nova Iorque
no coração, porque faz parte de um
momento muito bonito e incrível
“Sou um grande fã
do amor e um defensor
de que devemos viver
rodeados de amor.
O amor é uma temática
da minha vida.”
“A vida acontece
mesmo com receio.
E, muitas vezes,
é a vida que nos faz
mexer, porque nos
torna desconfortáveis.”
– A vida seria muito triste não o escondi. Sempre que amei, a primeira vez que pisou um PRODUÇÃO: VANESSA MARQUES
sem amor. O amor é pensarmos quis mostrar ao mundo. Hoje palco sentiu que a representa-
Agradecemos a colaboração de
no outro muitas vezes antes tenho mais reservas em relação ção era o seu grande amor. Este O Purista e Aldo
de pensarmos em nós. Sou um a isso, porque nem sempre é tem sido um amor constante?
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Campanha válida em Portugal até 31/05/20, salvo erro de digitação. Condições exclusivas para novas assinaturas da revista VISÃO,
nas versões papel ou digital, durante 3 meses (12 edições). Pagamento na totalidade ou em prestações sem juros, TAEG 0%, de acordo com as condições da campanha em vigor.
A oferta é limitada ao stock existente e enviada após boa cobrança da assinatura. Valor da assinatura não reembolsável.
Editora: TRUST IN NEWS, UNIPESSOAL, L.DA
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CARAS
SUGERE
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www.caras.pt
Diretora: Natalina de Almeida [email protected]
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Editora Executiva: Ana Oliveira [email protected]
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Festival
Cristiana Rodrigues [email protected]
Relações-Públicas: Patrícia Pinto [email protected] "Guitarras ao Alto"
Redação: Cláudia Alegria [email protected], Joana Carreira [email protected]
Fotografia: João Lemos (Subeditor) [email protected],
Com a impossibilidade de realizar ao
João Lima [email protected], Luís Coelho [email protected] vivo o 6.º Guitarras ao Alto, evento
Gestor de Conteúdos Digitais e Internacionais:
Jorge Gonçalves [email protected] que desafia a um encontro inédito
Assistente Editorial: Maria João Bogarim [email protected] de dois músicos de estilos diferentes
Secretariado: Marina Gonçalves [email protected]
Arte: Carla Mendes (Coordenadora) [email protected], que se unem pelo amor à guitarra,
Gonçalo Tenreiro [email protected], Rute Luís [email protected]
Online: Sofia Martinho (Editora), Jorge Verdasca (Multimédia), Cláudia
a organização manteve o evento em
Sérgio, Cláudia Turpin, Filipa Bulha Pereira e Sâmia Fiates (Jornalistas) formato digital, transmitido em direto
Colaboradores: Andreia Cardinali, Andreia Montes, Inês de Brito Martins,
Joana Brandão, Joaquim Norte de Sousa, Marta Mesquita, Paulo Jorge a partir do YouTube da Antena 3. No
Figueiredo, Pedro Jorge Melo, Ricardo Santos, Rita Vilhena, Vanessa Bento,
Vanessa Marques, Victor Freitas
dia 7 de maio é a vez de Tó Trips
Centro de Documentação: Gesco e Filho da Mãe, a 14, de Bruno
Redação, Administração e Serviços Comerciais:
Rua da Fonte da Caspolima – Quinta da Fonte, Edifício Fernão
Pernadas e Mário Delgado, a 21,
de Magalhães, nº8, 2770 - 190 Paço de Arcos - Tel.: 218 705 000 de Peixe e Frankie Chavez, e a
Fax: 218 705 001 Delegação Norte: Rua Roberto Ivens, 288
4450-247 Matosinhos. Tel.: 220 993 810 28, de O Gajo (na foto) e Gwenifer
PUBLICIDADE: Raymond. Sempre às 21h30.
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Produção, Circulação e Assinaturas: Vasco Fernandez (Diretor),
Pedro Guilhermino (Coordenador de Produção), Nuno Carvalho, Nuno
Gonçalves e Paulo Duarte (Produtores), Isabel Anton (Coordenadora de
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ASSINATURAS
Ligue já
Arte•Museu do Prado
21 870 50 50 Situado no coração de Madrid, o mais importante museu de Espanha e um dos mais
Dias úteis das 9h às 19h importantes do mundo, com um acervo de valor incalculável, que reúne vários milhares
de peças, com destaque para a pintura e a escultura, e onde sobressaem nomes como
El Bosco, Tiziano, El Greco, Rubens, Rafael, Velázquez ou Goya (alguns deles
representados por mais de uma centena de obras), merece uma visita ao vivo.
Sendo isso agora impossível, pode ser descoberto virtualmente em museodelprado.es.
Série documental
“Grandes Civilizações”
Livro
Entre 6 de maio e 24 de junho, o canal História “O Doente Molière”
apresenta a série de documentários Grandes Nesta obra, Rubem Fonseca, nome
Civilizações, que recorda a Antiga Roma e o maior da literatura lusófona que morreu
Império Egípcio, tentando dar respostas a todos no passado dia 15 de abril, aos 94
os enigmas que envolvem estes dois grandes anos, extrapola sobre as misteriosas
impérios. Nos dois primeiros programas, Sarah circunstâncias da morte do conhecido
Parcak, arqueóloga americana pioneira no uso dramaturgo francês do século XVII.
da tecnologia de satélites de última geração, Em O Doente Molière o escritor brasileiro
será a protagonista, juntamente com a sua transporta-nos para a opulência e as intrigas
equipa. Sempre às quartas-feiras à noite. da corte de Luís XIV, combinando tanto
personagens reais como fictícias.
CD
Mancines
O projeto musical que
reúne Raquel Ralha
(Wraygunn, Belle Chase
Hotel, Azembla’s Quartet,
The Twist Connection),
Toni Fortuna (d3ö, Tédio
Boys, M’as Foice), Pedro
Renato (Belle Chase
Hotel, Azembla’s Quartet)
e Gonçalo Rui (produtor
musical e guitarrista)
acaba de lançar o seu
segundo álbum, II,
do qual o single Is This
a Go? é um aperitivo
de um trabalho com
uma batida imperdível.
Conversas
A Nossa Moda
Criada pelo consultor em
gestão de marcas e retalho
de moda Rafael de Sousa
Vicente (na foto), A Nossa
Moda é uma plataforma
que procura promover
todos os setores nacionais
da moda e demonstrar
o quão importante
é mantermo-nos juntos
no apoio a tudo o que
é nosso. Sempre às 18h30,
a primeira série destas
talks via instagram live em
@nossamoda.pt conta
com as participações de
Alexandra Oliveira (Pé de
Chumbo), a 6 de maio, Filipe
Faísca, a 8, Júlio Torcato,
a 11, e Nuno Gama, a 13.
A ESCOLHA DE...
Selma Uamusse
Para o novo álbum, a cantora foi ao seu Moçambique
natal, onde gravou temas em línguas nativas,
com sons tradicionais e uma mistura de influências.
DESTINOS • Botswana
Foi um dos países que mais gostei
de conhecer, pela impressionante
Natureza, respeito pela vida
animal e generosidade e imensa
simpatia da população.
LIVRO • “Afropean”,
de Johny Pitts
Estou a lê-lo. Diante da
crescente discriminação racial,
do sentimento anti-imigrante, o DISCO • “Little Girl Blue”,
Afropean é um documentário de Nina Simone
onde europeus de ascendência Uma enorme referência para mim,
africana lidam com as suas a Nina Simone e este disco, que
N
do que significa ser europeu. Never Walk Alone, I Love You Porgy
ascida em Moçambique em 1981, Selma Uamusse vive em Portugal
ou My Baby Just Cares For Me.
desde 1988 e estudou no Hot Clube de Portugal. Cantora profissional
desde os 18 anos, tem um percurso que viaja por ritmos como o rock, o
afrobeat, o gospel, a soul ou o jazz. Além de colaborações com muitos outros
músicos, em nome próprio criou os projetos Souldivers, Selma Uamusse Nu
Jazz Ensemble e Tributo a Nina Simone.
O seu novo álbum, Liwoningo, a editar este ano, foi gravado entre Portugal
e Moçambique e explora as suas raízes moçambicanas, dando voz a línguas
nativas, interpretadas com instrumentos tradicionais como o timbila e a
mbira, misturados com sons psicadélicos, eletrónicos e de todas as suas in-
fluências musicais. O single Hoyo Hoyo já passa nas rádios e está disponível
ESPETÁCULO nas plataformas digitais.
“Os Filhos do Colonialismo” RESTAURANTE
Uma peça de teatro da FILME •“ O Milagre Azenhas do Mar
companhia Hotel Europa em
cena este ano, que, através do na Cela 7” Em Colares. A vista é maravilhosa,
teatro documental, se debruça O que poderia ser um está situado mesmo em cima
sobre o olhar, a ditadura, o filme doce, ingénuo e até da praia, um lugar do qual
colonialismo e como é que tudo cheio de clichés, é um gosto muito, pois a comida
isso influencia a vida dos que filme a que é impossível é fabulosa, o ambiente é acolhedor,
nasceram depois do 25 de Abril ficar indiferente. sofisticado, mas não pretensioso,
e só podem saber das histórias Um filme turco que e o pessoal muito simpático.
pelos livros que leram ou pelas é já um dos maiores Além de ser um passeio muito
histórias que lhes contaram. sucessos da Netflix. bonito até ao restaurante...