Material-Apoio - PV Professor PDF
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O conceito de Projeto de Vida se refere à formação de um sujeito ativo, capaz de tomar decisões e fazer escolhas
embasadas no conhecimento, na reflexão, na consideração de si próprio e do coletivo. Essa formação depende de uma
ação pedagógica constante. Isso implica na necessidade de uma metodologia que cumpra com essas exigências e se
comprometa com à proposição de situações didáticas em que os estudantes sejam desafiados a refletir, a elaborar
hipóteses, a buscar soluções e validar respostas encontradas. Ou seja, o Projeto de Vida é um componente no qual o
estudante é entendido como a centralidade da escola e sua formação constitui e amplia o seu acervo de valores,
conhecimentos e experiências – condição fundamental para o processo de escolhas e decisões que acompanhará o
estudante em sua vida em todas as suas dimensões: pessoal, social e profissional.
Assim, a prática pedagógica é reflexo do comprometimento das ações realizadas na escola que preconiza a formação
integral do estudante para a construção do seu Projeto de Vida, integrada em três eixos: Formação Acadêmica de
Excelência, Desenvolvimento Intencional de Competências Socioemocionais e Formação para a Vida. Sem predominância
de uma sobre a outra, juntas, elas provêm condições necessárias para que o estudante atue em sua vida de forma
autônoma, solidária e competente.
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Assim sendo, as capacidades cognitivas de cada etapa do desenvolvimento, os conhecimentos que os estudantes
constroem, por meio de suas experiências escolares e extraescolares, além dos procedimentos e valores, são a base do
percurso formativo de Projeto de Vida. Em linhas gerais, os eixos formativos orientam a prática pedagógica tanto no
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âmbito do currículo, dos componentes curriculares, do planejamento das aulas, da seleção dos conteúdos, temas,
atividades, estratégias, recursos e/ou procedimentos didáticos, quanto das práticas que se processam na dimensão mais
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O percurso formativo de Projeto de Vida movimenta tudo aquilo que uma sociedade considera necessário que os
estudantes aprendam ao longo da sua escolaridade. Torna-se cada vez mais evidente que viver, atuar no mundo produtivo
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de maneira responsável, ter autonomia para tomar decisões, manejar informação cada vez mais disponível, ser
colaborativo e proativo, e ser capaz de gerar soluções para problemas que sequer se pode imaginar, demanda do ser
humano uma outra condição que não a acumulação de conhecimentos. Portanto, as competências exigidas neste século e
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as competências socioemocionais tornam-se muito mais valiosas. É por isso que a estrutura lógica do componente
curricular Projeto de Vida considera o adolescente e o jovem em sua integralidade, sendo o desenvolvimento das
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A seguir, é apresentada a arquitetura do componente curricular de Projeto de Vida para o 6o ano do Ensino Fundamental;:
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● 6º Ano – Eu e o outro
No 6º ano, o percurso formativo do Projeto de Vida, se inicia tendo como base o fortalecimento de quem o estudante é e
sua capacidade de refletir sobre os seus sonhos, como processo inicial de construção de uma visão acerca de si mesmo.
Assim, no âmbito da dimensão pessoal, espera-se que o estudante se engaje no processo de autoconhecimento. Além do
desenvolvimento da dimensão pessoal, o percurso formativo contempla a dimensão cidadã, que tem como propósito a
qualificação por parte dos estudantes, das relações afetivas e sociais que estabelecem. Nesta faixa etária os estudantes,
comumente associam a experiência escolar ao desejo de produzir algo, de ser capaz de aprender e de se inserir no grupo
social.
Em uma nova etapa de vida, que são os Anos Finais do Ensino Fundamental:
“os estudantes precisam lidar com mudanças como a quantidade de professores que ministram aulas, a interação
com diferentes professores especialistas em períodos curtos, a adaptação aos níveis de exigência distintos de cada
professor, bem como a organização e didática das aulas, entre outras.
Considerando todas essas mudanças, há que se ter o cuidado para que o processo de aprendizagem não seja
fragilizado na transição dos Anos Iniciais para os Finais, o que poderia culminar em obstáculos que comprometam a
aprendizagem dos estudantes.” (Currículo Paulista, 2019, p.87)
Tendo como referência os desafios apontados no Currículo Paulista, sobre a chegada nos Anos Finais do Ensino
Fundamental, o percurso formativo de Projeto de Vida movimenta um conjunto de competências que favorece a
organização da vida escolar, oferecendo ao estudante senso de conquista, sentimento de sucesso, pertencimento à nova
escola.
Aula: PROJETO DE VIDA: O TRAÇADO ENTRE O “SER” E O “QUERER SER”
Desenvolvimento
Assim como a chegada dos estudantes em uma escola é um momento que deve ser cuidado com
bastante atenção pela Equipe Escolar, a primeira aula de Projeto de Vida também deve ser planejada
cuidadosamente para acolher calorosamente os estudantes e apresentar a eles o que é este
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componente curricular.
É natural que cada estudante traga consigo um turbilhão de sentimentos e expectativas, como fazer
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novos amigos e talvez, até o medo do novo. Assim, o professor deve pedir para que os estudantes se
sentem em uma roda de conversa de modo que todos possam ver uns aos outros. Nesta roda, o
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professor deve estar inserido, se colocando como mediador da atividade. O momento precisa ser
direcionado para um levantamento prévio a respeito do Projeto de Vida. Para isto, a conversa pode ser
iniciada fazendo as seguintes perguntas: quem já ouviu falar em Projeto de Vida? O que é Projeto de
Vida para vocês? Vocês consideram importante ter um Projeto de Vida? Por qual motivo? Quem tem um
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Projeto de Vida? Alguém que tem um Projeto de Vida pode falar um pouco sobre isso? É necessário
valorizar os conhecimentos prévios dos estudantes para a apresentação do componente curricular e
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explicar sobre a sua importância e organização para que todos se sintam estimulados a continuar seus
estudos nesta nova etapa, que agora se inicia no Ensino Fundamental. Para isso, é importante que o
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professor valorize as falas dos estudantes e vá inserindo-os na dinâmica que será praticada em muitas
das próximas atividades e que preconiza espaço de fala e escuta de todos.
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É necessário que cada estudante perceba que a partir dessa aula pode tecer a sua própria história sem
entraves devido ao estabelecimento de uma relação de confiança com o professor, algo imprescindível
para o desenvolvimento de cada um e para a construção de um Projeto de Vida. Após as discussões, em
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roda de conversa, os estudantes devem responder as questões que estão propostas no seu caderno,
correspondentes a essa aula.
Avaliação
Como toda primeira aula, é importante que os estudantes se sintam acolhidos. Sobre isso, além da observação do
professor, em roda de conversa, é importante perguntar aos estudantes como eles se sentiram nesta aula. É esperado que
eles façam comentários sobre como foi poder falar dos seus conhecimentos e expectativas a respeito do Projeto de Vida.
Bem como, se o que foi explicado pelo professor atendeu ao que esperavam e como sentiram com a possibilidade de todos
poderem expressar o quanto estão abertos a viver novas experiências para construção dos seus Projeto de Vida. Neste
momento, o professor percebe o que os estudantes entenderam das suas explicações.
É necessário destacar que a relação de confiança com o professor de Projeto de Vida é um vínculo que passa a ser
estabelecido desde esta aula. Portanto, cabe ao professor observar este aspecto. A exemplo de alguns vínculos, é possível
perceber o olhar atento de quem acolhe – que ouve e respeita o outro, a abertura no relato de algum estudante que
confidencia algo muito pessoal e muitas outras formas empática de se estabelecer trocas – como aquele que concorda com
o que outro fala, pois já viveu algo semelhante, que valida conjuntamente uma ideia e/ou incentiva o outro.
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Situação de Aprendizagem:
DESAFIO DOS SUPERPODERES!
- Tesouras e grampeadores.
A atividade DESAFIO DOS SUPERPODERES está presente em todas as séries do Ensino Fundamental Anos Finais e no Ensino
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Médio. O desafio é iniciado com, no mínimo, três aulas específicas, no 1º bimestre, mas o desenvolvimento socioemocional
proposto segue sendo acompanhado e promovido por você em todas as suas aulas, configurando o ciclo apresentado a
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seguir.
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A avaliação formativa de competências socioemocionais é uma estratégia para favorecer o desenvolvimento integral dos
estudantes. Para saber mais sobre avaliação formativa socioemocional e os impactos positivos na vida dos estudantes que se
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desenvolvem socioemocionalmente.
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A avaliação formativa é uma proposta pedagógica que visa acompanhar o percurso de ensino e de
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aprendizagem, e não apenas seu resultado ao final de um ciclo ou período. Sua metodologia consiste em
trazer ao professor subsídios necessários para que ele possa conhecer e intervir eficazmente na mediação
da aprendizagem até que o estudante alcance um objetivo determinado. Ela ocorre quando: (a) o tempo da
interpretação dos resultados da avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem
ao longo do período em que ela se dá e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer feedback
aos estudantes de modo a contribuir com seu processo formativo ao longo desse mesmo período.
As principais características da avaliação formativa se mostram como condições propícias e desejáveis para
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, conforme indicado nos tópicos a seguir:
· Ser um processo didático-educativo, uma maneira de cuidar e acompanhar o percurso, mais do que uma
definição final de desempenho, uma categorização taxativa ou a síntese do resultado desse percurso;
· Ser dinâmica, porque fornece um parâmetro sobre a qualidade do processo de ensino e aprendizagem
— as devolutivas/feedbacks tornam possível saber o que se está aprendendo em cada etapa; assim, tanto
o professor quanto o estudante podem reorientar o processo de ensino e aprendizagem;
· Ser transparente, pois a todo o momento os estudantes sabem o que se espera deles (objetivo,
progressão, critérios claros e combinados) — condição fundamental para construir uma parceria com o
estudante;
· Ser individual ou em grupo, permitindo o respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem — é possível
Além disso, a avaliação formativa permite a autonomia do professor, o protagonismo e a participação ativa
do estudante e considera diferentes oportunidades de abordagens, de condução e de desenvolvimento.
A avaliação das competências socioemocionais ainda é um tema bastante novo. Já há algumas organizações
internacionais que desenvolveram instrumentos que permitem realizar este acompanhamento tendo
como base evidências científicas. Considerando que "educar o estudante para o século XXI" é um dos
objetivos estratégicos da SEDUC-SP, é essencial que haja ferramentas que permitam acompanhar o
desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos da rede. Dessa forma, identificamos que,
no Brasil. o Instituto Ayrton Senna criou - com o auxílio de especialistas e acadêmicos - uma ferramenta
com este objetivo e que já foi implementada em redes públicas do país. Trata-se de um instrumento
baseado em rubricas que, por meio de Acordo de Cooperação não oneroso, foi adaptado às necessidades
da rede paulista.
Rubricas são definidas como “um tipo de matriz que explicita níveis de desenvolvimento ou compreensão
dimensionados para um conjunto de critérios de qualidade ou dimensões para um dado tipo de
desempenho” (Allen & Tanner, 2006, p. 197). Elas têm sido utilizadas na área educacional como método
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que favorece propostas de avaliação formativa para comunicar aos alunos e professores sobre seu
progresso e ajudá-los a acompanhar a progressão do desenvolvimento de suas competências (Panadero &
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Johnson, 2013; Reddy & Andrade, 2010). Quando compartilhadas com os estudantes, as rubricas
oferecem a oportunidade de compreender os objetivos das tarefas ou atividades, sentir-se responsáveis
pelo próprio aprendizado e orientar a melhoria de seu trabalho (Reddy & Andrade, 2010 ; Lee & Lee,
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2009).
Assim, rubricas instrucionais são métodos que embasam instrumentos de acompanhamento de processos e
são cada vez mais usadas na educação, pois permitem guiar os indivíduos envolvidos a fim de auxiliá-los
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Vale ressaltar que a trajetória de desenvolvimento das competências socioemocionais não é linear.
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Variações são possíveis tanto com relação à idade, quanto ao contexto em que o estudante está inserido.
Também é preciso levar em consideração que, quando se trata de competências socioemocionais, não há
uma expectativa de que apenas os níveis máximos de desenvolvimento sejam os desejáveis para todos os
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estudantes, pois isso seria desrespeitar e desconsiderar a individualidade e a diversidade deles. Por fim,
como as competências também estão relacionadas ao contexto e às interações do estudante com as
outras pessoas e com seu entorno, é comum que ocorram mudanças na forma como um estudante utiliza
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suas competências e se percebe com relação a elas, sem que isso signifique que deixou de desenvolvê-las.
Exemplos:
· Autogestão é importante para o resultado acadêmico. Estudos no Brasil indicam que altos níveis dessa
competência melhoram o desempenho nas disciplinas de Matemática e Química (Santos, Primi e Miranda,
2017). Para além da esfera escolar, essas competências ajudam no alcance de metas profissionais,
segundo estudo de Barros, Coutinho, Garcia e Muller (2016).
· Engajamento com os outros: os estudantes que o desenvolvem podem se adaptar mais facilmente ao
mundo do trabalho (Cattan, 2010); além disso, diminui a evasão escolar (Carneiro et al, 2007).
· Amabilidade, no contexto do Ensino Médio, está associada à diminuição da agressividade dos(as)
estudantes (Duncan e Magnusson, 2010) e à redução de indicadores de violência em geral (Santos, Oliani,
Scorzafave, Primi, De Fruyt e John, 2017).
· Resiliência emocional está associada à redução de ausências no trabalho (Störmer e Fahr, 2010), à
promoção de equilíbrio salarial (Pinger e Piatek, 2010; Rosenberg, 1965), à melhoria de desempenho no
emprego (Duckworth et al, 2011) e ao aumento nas chances de ingresso no Ensino Superior (Rosenberg,
1965). Estudos no Brasil também associam o desenvolvimento dessa competência à diminuição de
distúrbios alimentares (Tomaz e Zanini, 2009).
cognitivas, à diminuição das taxas de ausência na escola e à melhoria de notas escolares. Um estudo
realizado por Santos, Primi e Miranda (2017) indica que altos níveis dessa competência melhoram o
desempenho nas disciplinas de Português, História, Geografia, Física e Biologia.
REFERÊNCIAS
Allen, D., & Tanner, K. (2006). “Rubrics: tools for making learning goals and evaluation criteria explicit for
both teachers and learners”. CBE Life Sci Educ, 5(3), 197-203. doi:10.1187/cbe.06-06-0168.
Barros, Ricardo Paes de; Coutinho, Diana; Garcia, Beatriz Silva e Machado, Laura Muller. “O
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Carneiro, P., C.Crawford, e Alissa Goodman (2007). “The Impact of Early Cognitve and Non-Cognitve Skills on
Later Outcomes”. CEE Discussion Papers 0092, Centre for the Economics of Education, LSE.
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Cattan, S. (2010). “Heterogeneity and Selection in the Labor Market.” PhD thesis, University of Chicago.
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Duckworth, A., M. Almlund, J. Heckman e T. Kaultz. (2011). “Personality psychology and Economics”. IZA
Discussion Paper 5500.
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Duncan, G.J. and Magnuson, K. (2010). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills, Attention Skills,
and Behavior Problems”. Working paper 2010 at the Department of Education, UC Irvine.
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Duncan, Greg & Magnuson, Katherine. (2011). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
Attention Skills, and Behavior Problems". Whither Opportunity: Rising Inequality, Schools, and Children’s
Life Chances. New York: Russell Sage.
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Lee, E., & Lee, S. (2009). “Effects of Instructional Rubrics on Class Engagement Behaviors and the
Achievement of Lesson Objectives”. Students with Mild Mental Retardation and Their.
Panadero, E., & Jonsson, A. (2013). “The use of scoring rubrics for formative assessment purposes
revisited: A review”. Educational Research Review, 9, 129-144. doi:10.1016/j.edurev.2013.01.002.
Piatek, R. & P. Pinger. (2010). "Maintaining (Locus of) Control? Assessing the Impact of Locus of Control on
Education Decisions and Wages". Institute for the Study of Labor (IZA). Discussion Paper No. 5289.
Reddy, Y. M. & Andrade, H. (2010). “A review of rubric use in higher education”. Assessment & Evaluation in
Higher Education: 35(4), 435-448. doi:10.1080/02602930902862859 Urbina, S. (2007). Fundamentos da
testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed.
Rosenberg, M. (1965). “Society and the adolescent self-image”. Princeton, NJ: Princeton University Press.
Santos, Daniel; Primi, Ricardo ; Miranda, Jéssica Gagete. (2017). "Socio-emotional development and
learning in school". Relatório Técnico a ser publicado.
Stormer, S. & R. Fahr. (2010). “Individual Determinants of Work Attendance: Evidence on the Role of
Personality”. IZA Discussion Paper No. 4927.
Tomaz, R & Zanini, D.S. (2009). “Personalidade e Coping em Pacientes com Transtornos Alimentares e
Obesidade”.
A expressão “avaliação socioemocional” não será usada com os estudantes para facilitar a compreensão,
o engajamento e evitar que eles percebam a atividade como uma “avaliação em que devem alcançar a
maior pontuação possível”. Visando o desenvolvimento socioemocional e engajamento dos estudantes,
esse processo será gamificado, ou seja, as ações serão apresentadas como missões, mobilizando
aspectos lúdicos e pedagógicos.
Entenda a proposta das aulas que constituem o DESAFIO DOS SUPERPODERES
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Receba a turma em roda de conversa, apresente o objetivo da atividade e dê ênfase à proposta de gamificação, que une o
lúdico ao pedagógico, ao utilizar a metáfora dos superpoderes, por exemplo.
Oriente os estudantes a refletirem sobre si mesmos, fazendo o exercício proposto no Caderno do Estudante, reproduzido
abaixo.
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• Autoconhecimento: é um tipo de conhecimento importante para o desenvolvimento de uma pessoa, pois quanto mais
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uma pessoa sabe sobre si mesma, mais consciência tem de si, intervindo no curso da própria aprendizagem e da vida.
• O que são competências socioemocionais e sua importância para a vida: as competências socioemocionais são
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potencialidades que toda pessoa possui. Elas são desenvolvidas ao longo da vida, mas seu desenvolvimento pode ser
potencializado/estimulado quando há intencionalidade. O conceito de competência, como definido na Base Nacional Comum
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mundo do trabalho. As competências socioemocionais são as capacidades individuais que se manifestam de modo consistente
em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos. São aquelas que preparam os estudantes para reconhecer suas
emoções e trabalhar com elas, lidar com conflitos, fazer escolhas seguras e éticas, tomar decisões responsáveis, contribuir com
a sociedade, estabelecer e atingir metas de vida etc.
Atenção, professor!
Reforce junto aos estudantes a compreensão de que competências socioemocionais não são
superpoderes. Este é só um jeito de começarmos a discussão sobre o assunto, que vai durar até o final
do Ensino Médio.
Explique aos estudantes que cumprir as missões propostas contribuirá positivamente para que se conheçam melhor.
Indique que pesquisas científicas já provaram que o desenvolvimento socioemocional melhora o desempenho acadêmico, o
bem-estar, a continuidade dos estudos, a empregabilidade futura, dentre outros. Ou seja, muitas recompensas surgem dessa
trajetória de desenvolvimento!
ABERTURA AO NOVO: Diz respeito à capacidade de uma pessoa explorar o ambiente e novos
aprendizados e experiências, ser flexível e apreciativa diante de situações incertas e complexas,
relacionando-se diretamente com a disposição individual para vivenciar novas experiências
estéticas, culturais e intelectuais. Competências socioemocionais relacionadas: Curiosidade para
aprender; Imaginação criativa; Interesse artístico.
AMABILIDADE: Diz respeito ao emprego do afeto, a ser solidário, empático e respeitoso nas
relações e a acreditar que os outros podem ser dignos de confiança, ou seja, envolve ser capaz de
compreender, sentir e avaliar uma situação pela perspectiva e pelo repertório do outro,
colocando-se no lugar dessa pessoa. Competências socioemocionais relacionadas: Empatia;
Respeito; Confiança.
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Entusiasmo.
RESILIÊNCIA EMOCIONAL: Diz respeito à capacidade de lidar com situações adversas e com
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Na sequência, trabalhe os conceitos de cada uma das competências socioemocionais que foram
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enfatizadas pela rede para o 6ª série: Empatia, respeito, tolerância ao estresse, autoconfiança,
tolerância à frustração e organização. As definições das competências socioemocionais estão no
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Nas tarjetas de outra cor: escrever as descrições dessas competências, seguindo as descrições
apresentadas no “Caderno de Respostas”.
As tarjetas de cores diferentes devem estar distribuídas de modo visível para todos os estudantes. A
turma deve fazer a conexão entre os nomes das competências e suas explicações.
Após formarem todos os pares de tarjetas, contando com a mediação do professor, deve ser criado um
mural das competências socioemocionais priorizadas pela rede para a 6º ano em um lugar bem visível
na sala.
A seguir, é indicado um jogo que tem como objetivo verificar se a missão 2 foi cumprida com
sucesso, ou seja, identificar se eles entenderam o significado das competências.
Professor, você tem autonomia para propor a realização do jogo sugerido abaixo ou optar por
realizar outra dinâmica junto com os estudantes, o mais importante aqui é assegurar que o objetivo
de entendimento das competências socioemocionais em foco seja alcançado.
Peça que formem times de trabalho, composto por 6 integrantes. Cada time deve se dividir pela
metade, ficando 3 integrantes responsáveis por serem os porta-vozes do time e 3 com o papel de
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adivinhadores. Eles devem se posicionar de lados distintos da sala, de modo que não possam se
comunicar entre si. Os porta-vozes de cada time pegam um pedaço de papel (no formato de
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sorteio) em que consta uma competência socioemocional escrita, sem que os adivinhadores do seu
time saibam qual foi a competência sorteada. Os 3 porta vozes de cada time terão, no máximo, 5
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minutos para criar uma forma de descrever essa competência sem falar o nome ou palavras que
tenham o mesmo radical. Exemplo: para descrever empatia, não se pode falar a palavra empatia e
empático. Durante esse tempo os adivinhadores podem reler o texto de definição das
competências no Caderno do Estudante.
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Terminado o tempo estabelecido, nenhum grupo deve continuar pensando na definição e todos os
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Cadernos do Estudante devem ser guardados (ou seja, ninguém pode lê-los durante o processo de
adivinhação). Todos os grupos devem indicar apenas 1 integrante para ser o porta voz do grupo que
descreverá para a turma a competência. Esses porta-vozes devem se posicionar próximo ao quadro,
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sendo que cada um terá 30 segundos para apresentar a definição criada pelo seu time.
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Professor, caso você avalie que a atividade fica muito difícil para os adivinhadores descobrirem a
competência correta em 30 segundos, você pode definir que o tempo máximo seja de 1 minuto.
Enquanto o porta-voz do time vai dando a explicação, integrantes adivinhadores do seu time tentam
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acertar qual a competência está sendo descrita, ou seja, os adivinhadores daquele time podem ir
falando o nome das competências, se acertarem o time ganha 1 ponto. Caso os adivinhadores do
time em questão não tenham conseguido acertar a competência, o professor abre espaço para que
adivinhadores dos outros times tentem acertar. Mas, atenção, os adivinhadores dos outros times só
devem falar se estiverem seguros, pois caso “chutem” a competência errada de um time que não
seja o deles, perderão 1 ponto ( -1 ponto para cada competência errada). Caso ninguém adivinhe, o
porta-voz final fala a competência para que todos tenham ciência. Cada time terá direito a
apresentar a sua definição, ao final, o time que tiver acertado mais definições é o vencedor.
Lembrando que pode haver empate.
Ao final, avaliem conjuntamente se a missão 2 foi cumprida com sucesso ou não. Esse jogo é um
indicativo da compreensão ou dificuldade de compreensão dos estudantes. Caso a missão não tenha
sido cumprida com sucesso, ou seja, caso os estudantes não tenham compreendido as definições das
competências, realize mais uma rodada de conversa coletiva, para sanar as dúvidas.
MISSÃO 3: IDENTIFICANDO MINHAS COMPETÊNCIAS
Peça aos estudantes que abram o Caderno do Estudante na missão 3. Convide-os a se concentrarem
e pensarem sobre si mesmos, pois nesta aula irão realizar sua primeira identificação de competências
socioemocionais com base em rubrica.
O “Caderno de Respostas” impresso está nas páginas finais do Caderno do Estudante. O seu
preenchimento poderá ser feito na versão impressa no 1o bimestre. Haverá um espaço na SED
para inserir as informações. Um tutorial com todos os detalhes será compartilhado ainda neste
bimestre.
Professor(a), é preciso explicar algumas nomenclaturas, como a palavra rubrica. Rubrica, nesse instrumento, é a
representação geral de todos os estágios que uma pessoa pode se encontrar no desenvolvimento de uma competência. É
por este motivo que cada estágio é chamado de degrau, que vai do 1 ao 4. Os degraus 1, 2, 3 e 4 são acompanhados por
uma descrição/frases. Já os degraus intermediários (1-2, 2-3, 3-4) referem-se a situações intermediárias entre as
apresentadas nos degraus 1, 2, 3 e 4; nelas o estudante considera que o seu degrau de desenvolvimento na rubrica é maior
do que o anterior, mas não chega ao posterior (por exemplo: o aluno responderia no degrau intermediário “1-2” se
considerasse que já passou do nível descrito no degrau 1, mas ainda não chegou ao nível descrito no degrau 2).
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Informe que é importante para o sucesso da missão 3 que o estudante traga, pelo menos, uma evidência/exemplo que
justifique porque se vê num nível e não em outro. Em geral, estas evidências podem ser explicitadas a partir de perguntas
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estimuladas pelo professor que os fazem pensar em situações que vivenciaram dentro e fora da escola, quando
exercitaram a competência em questão.
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Informe o tempo em minutos que eles terão para responderem todas as competências em foco, de modo que concluam o
preenchimento ainda nesta aula.
Durante todo o exercício cabe ao professor auxiliar os estudantes a responder e esclarecer dúvidas e orientá-los sobre como
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devem apresentar os seus resultados, por meio das células intituladas: Aplicação 1 que estão logo após as rubricas nas fichas.
Essas células serão utilizadas a cada nova rodada de autoavaliação, sendo uma para cada competência avaliada.
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Reforce junto aos estudantes a importância de escreverem justificativas e comentarem os motivos que os levaram a se
avaliar nos degraus que escolheram.
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Prepare os estudantes para a próxima aula, informando que o que será considerado como plano de desenvolvimento
pessoal na próxima missão, missão 4 é a identificação: de 2 competências a serem desenvolvidas (definidas coletivamente
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com a turma); do nome de pelo menos 1 colega da turma que o/a apoiará no desenvolvimento de cada uma dessas 2
competências; e a indicação de pelo menos 1 ação que deverá ser praticada intencionalmente para o desenvolvimento das
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competências escolhidas.
A Missão 4 “ONDE ESTAMOS E PARA ONDE QUEREMOS IR!” será dividida em 5 momentos.
Momento 1: Individual
Momento 2: Consolidação dos resultados por turma
Momento 3: Devolutiva inicial
Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem desenvolvidas pela turma
Momento 5: Plano de desenvolvimento pessoal
Momento 1: Individual
Solicite aos estudantes que escolham, individualmente (neste primeiro momento), uma competência que consideram mais
desenvolvida em si mesmos e uma competência menos desenvolvida, de acordo com a identificação feita na aula anterior
(missão 3).
Momento 2: Consolidação dos resultados por turma
Para a consolidação dos resultados por turma, o professor escreve, no quadro ou em um cartaz, as competências
socioemocionais que foram enfatizadas pela rede para o ano/série. O professor solicita aos estudantes que caminhem até o
quadro e anotem um sinal de + na competência que considera mais desenvolvida em si mesmo e um sinal de - na competência
menos desenvolvida em si mesmo.
Exemplo: João foi o primeiro estudante a ir ao quadro e marcou + em entusiasmo e - em persistência, na sequência os
demais colegas da turma também irão fazer suas marcações.
Respeito
Tolerância ao estresse
Autoconfiança
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Tolerância a frustração
Organização
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ÃO
Tendo como ilustração o resultado escrito no quadro, cartaz ou slide, o professor traz uma devolutiva coletiva para a turma.
Essa é uma devolutiva inicial, ou seja, não terá o mesmo formato das devolutivas previstas para os próximos bimestres.
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- Reforçar para os estudantes, que eles não estão sozinhos nesse processo de desenvolvimento socioemocional, eles
podem contar com você (professor de Projeto de Vida) e com os demais professores e educadores da escola, além de contar
com seus colegas.
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- Promover problematização e reflexão junto aos estudantes que deverão estar em roda de conversa (com toda a turma)
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sobre:
(1) quais são as duas competências mais desenvolvidas e as duas menos desenvolvidas da turma, considerando o resultado
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consolidado da turma;
(2) como essas 4 competências (2 mais desenvolvidas e 2 menos desenvolvidas) podem interferir na aprendizagem das
outras, seja potencializando o aprendizado ou dificultando-o, ou ainda interferir no alcance dos objetivos de vida.
Esse exercício grupal visa trazer uma reflexão sobre o consolidado da turma de modo coletivo, bem como oferecer aos
estudantes possibilidade de identificarem colegas que podem apoiar e por quem podem ser apoiados, exercendo a
colaboração. Exemplo: se uma das competências mais desenvolvidas no estudante Marcelo é a empatia e a menos
desenvolvida da Ana também é a empatia, o Marcelo pode se oferecer para apoiar a Ana no processo de desenvolvimento da
empatia.
Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem desenvolvidas pela turma
Como resultado da problematização com a turma em roda de conversa, estudantes e professor, juntos, devem selecionar
duas competências relacionadas às necessidades específicas da turma para serem desenvolvidas ao longo do ano.
Critérios para escolha das duas competências que serão desenvolvidas pela turma:
(1) Recomenda-se que as duas competências escolhidas sejam de macrocompetências diferentes. Exemplo: se uma das
competências escolhidas foi a organização, que é parte da macrocompetência autogestão, a outra competência a ser escolhida
não deve ser de autogestão, mas sim de alguma das outras macrocompetências (abertura ao novo, engajamento com os
outros, amabilidade ou resiliência emocional).
(2) As duas competências escolhidas pela turma precisam, necessariamente, ter sido parte das competências
socioemocionais priorizadas pela rede para aquele ano/série.
(3) Podem ser escolhidas as duas competências menos desenvolvidas pela turma como as duas competências a serem
desenvolvidas ao longo do ano ou optar por escolhas que combinem 1 (uma) competência mais desenvolvida e 1(uma)
competência menos desenvolvida.
Feita a escolha, peça que preencham a página do Caderno de Respostas cujo o título é objetivos, escolhendo coletivamente
as duas competências que serão definidas como desafio para a turma.
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Oriente os estudantes a registrarem em seus Diários de Práticas e Vivências seu plano de desenvolvimento pessoal.
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Explique que o que está sendo considerado como plano de desenvolvimento pessoal na missão 4 é a identificaçãode: 2
competências a serem desenvolvidas (definidas coletivamente com a turma); do nome de pelo menos 1 colega da turma que
o/a apoiará no desenvolvimento de cada uma dessas 2 competências*; e a indicação de pelo menos 1 ação que deverá ser
EL
montarem trios, de modo que possam manter os diálogos com esse mesmo trio, ao longo do
ano. O trabalho em trios é mais indicado do que o trabalho em duplas, no caso do Desafio dos
Superpoderes.
Explique aos estudantes o que é a missão permanente de desenvolvimento socioemocional, ou seja, que cada um deverá
praticar o que estão propondo no seu plano e apoiar os colegas que estão contando com a colaboração deles.
Professor(a), seu papel é acompanhar a Missão permanente – Jornada de desenvolvimento. É muito importante que você
ofereça devolutivas sempre que possível, ao longo das demais aulas, estimulando os estudantes a continuarem focados e
persistentes no desenvolvimento das duas competências socioemocionais que elegeram como desafio pessoal.
Nesse sentido, para além da própria percepção individual, o estudante contará com seus colegas (principalmente os dois
que compõem o seu trio, elencados no plano de desenvolvimento pessoal como apoiadores) e com você, professor(a), que tem
papel fundamental para a ampliação dessas percepções, à medida que realizará devolutivas para ampliar o diálogo, sempre
utilizando evidências de suas observações no cotidiano escolar. É dessa conversa qualificada que cada estudante amplia seu
autoconhecimento e define o que pode fazer para seguir se desenvolvendo, se tornando mais consciente em seu modo de ser,
pensar, sentir, decidir e agir nas situações dentro e fora da escola.
Atenção, professor, as aulas de Projeto de Vida possibilitam o desenvolvimento intencional de diversas
competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com a explicitação de quais
competências podem ser intencionalmente promovidas. Em todas as aulas, você pode retomar a Missão
permanente – Jornada de desenvolvimento, incentivando e apoiando os estudantes a se atentarem para
as competências socioemocionais em foco e relacioná-las com o plano de desenvolvimento pessoal de
cada um.
Avaliação
Verifique se os estudantes sabem expressar o que será demandado deles na Missão permanente – Jornada de
desenvolvimento e se eles estão conseguindo se enxergar como protagonistas que exercem papel ativo em sua própria
aprendizagem e desenvolvimento socioemocional e em colaboração com seus colegas.
VE
Professor(a), para exercitar a sua mediação na realização de devolutivas, considere que devolutivas construtivas são
aquelas em que o professor, tendo esclarecido previamente com a turma os objetivos do DESAFIO DOS SUPERPODERES, tenta
se colocar no ponto de vista do estudante e entender porque ele falou ou se autoavaliou de determinada maneira, valoriza os
RS
Devolutiva não é conselho ou avaliação por nota. Ela é informação sobre como estamos direcionando nossos esforços em
direção ao alcance dos objetivos. Devolutivas efetivas ocorrem durante a aprendizagem, possibilitando ações para com elas.
Os estudantes precisam ter clareza sobre o que é esperado que eles alcancem, senão a devolutiva se torna somente alguém
PR
falando para eles o que fazer, não sendo efetivo no desenvolvimento da autorregulação da aprendizagem. A devolutiva
acontece a partir do nível em que o estudante se avaliou e da avaliação realizada sobre a turma, levando em consideração o
contexto da atividade, e não baseado em cenários abstratos e genéricos.
EL
IM
Desenvolvimento
Essa atividade estimula os estudantes a reconhecerem a sua realidade para que possam se situar como sujeitos ativos, não
apenas no espaço escolar, mas em todos os ambientes nos quais ocupam. É também uma preparação para a próxima aula:
UM MUNDO CHAMADO ESCOLA AO QUAL PERTENÇO, quando precisarão integrar-se a escola para se sentirem
pertencentes.
Como ponto de partida para esta atividade, considerar que cada indivíduo é singular e compõe, junto com os outros, a
totalidade deste universo. À sua maneira de ser, cada um reproduz o TODO e só tem existência real em relação a esse
TODO, o que leva a uma reflexão sobre a real dimensão dos espaços que cada um ocupa e como interage neles. Assim, em
roda de conversa, o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes é importante para perceber o que eles
consideram como espaços, pois não necessariamente precisam estabelecer correspondência física a um ambiente
específico. É possível que os estudantes percebam como espaços lugares internos. Neste sentido, essa compreensão de
espaço pode ser ainda mais abstrata, trazida pelos estudantes como um o espaço que sua família ocupa subjetivamente na
sua vida, por exemplo. Portanto, espera-se, nesse momento de troca com os estudantes, a visão de espaço extrapole
realmente o ambiente físico que um lugar tenha, sendo muito mais ampla.
Feito isso, a atividade propõe que os estudantes assumam de forma fictícia o papel de investigadores ou detetives da
“trama” da própria vida, para que possam responder à pergunta que dá título a esta atividade "Que lugares eu ocupo?".
Antes de começarem a atuar nos papéis, é preciso estabelecer alguns combinados com os estudantes como:
● É preciso ser paciente, pois é bem provável que apenas iniciem, nesta aula, o processo de pensar sobre a sua
realidade neste contexto.
● É natural ter dificuldade para pensar de forma particular e por meio disso, expandir sua visão de mundo. Por isso,
diante das dificuldades, é importante não desistir.
● É preciso pensar criticamente, buscando dados concretos e estudando a própria realidade.
● É importante ser honesto, pois não se trata de qualquer jornada de descobertas, mas a da própria vida e, se há um
atributo essencial é este, pois nada pior que enganar a si próprio.
● E, por último, é essencial ser um aprendiz em todas as etapas, buscando conhecer e entender a si próprio e os
outros sempre.
Estando tudo claro para os estudantes, de fato, a atividade se inicia. Ao formar seis grupos de estudantes com a turma,
cada estudante de posse da questão da atividade (ver questões “Minha jornada no mundo” no Caderno do Estudante)
VE
deve responder às questões individualmente para, depois, discuti-la com o seu grupo. Com o apoio do professor, ainda nos
seus grupos, os estudantes sintetizam as ideias das respostas discutidas para, posteriormente, socializá-las com o restante
RS
da turma. As questões trazem “pistas” para as reflexões dos estudantes sobre espaço físico e social, ou seja, o que na visão
deles consiste como privado e mais global. As questões, por trazerem temáticas geradoras, possibilitam refletir sobre como
ÃO
cada um se enxerga como pessoa ativa, que ocupa não apenas um espaço físico no mundo, mas que interage com outras
pessoas e interfere na humanidade. As questões, portanto, conduzem os estudantes a reconhecerem o meio em que vivem
por meio do contexto da sua própria realidade e possibilitam uma visão muito mais ampla de espaço. Cabe ao professor
conduzir as discussões e apresentações dos estudantes seguindo este foco.
PR
Avaliação
EL
É importante observar se os estudantes contemplaram nas suas falas o reconhecimento do próprio espaço, tomando
conhecimento da realidade que os engloba. Para isso, eles precisam ser capazes de falar sobre as temáticas das pistas,
estabelecendo relações não apenas com o espaço físico, mas como se situam em um espaço que se configura também
IM
como social.
IN
É importante considerar que, para o reconhecimento dos estudantes do espaço a partir da própria realidade que os insere,
é preciso que se percebam, primeiramente, como agentes ativos do meio em que vivem, responsáveis, capazes de intervir
e transformar a sua vida e o mundo. Assim, observe se eles se eles respondem as questões da atividade se posicionando
AR
diante das problemáticas que algumas situações trazem, demonstrando não serem indiferentes ao que acontece à sua
volta. Bem como, se conseguem expressar como se sentem em relação às afirmações trazidas nas questões, se estão
confortáveis pela maneira como se posicionam. É importante observar também, a capacidade dos estudantes de expressar
suas opiniões, haja vista que, a própria temática da aula exige posicionamento crítico deles.
___________________________________________________________________________
Desenvolvimento
Chegando à escola os estudantes precisam de alguma forma integrar-se a ela para se sentir pertencentes. Assim, mais do
que conhecer os ambientes de aprendizagem existentes na escola e as pessoas que fazem parte dela, é importante que
cada estudante descreva, no Diário de Práticas e Vivências, o que eles consideram como o mais importante numa escola e
que devido à presença disso, a escola tem o maior sentido na vida deles. Na sequência, solicite que os estudantes
descrevam como gostariam de ser tratados por todos os educadores da escola e porque essa forma de tratamento é
importante para si. Ainda sobre isso, peça que identifiquem uma pessoa da escola que o tratou como gostaria e qual a
situação na qual isso ocorreu. Peça ainda, que identifiquem um espaço da escola que mais gostam ou que tem mais sentido
para eles. Por último, indique para que eles socializem as suas respostas mediando as suas falas e solicite que expliquem o
motivo das escolhas que fizeram.
Até a próxima atividade, o professor deve orientar os estudantes para que eles estabeleçam mais contato com a pessoa e o
espaço que identificaram no início da atividade, como forma de se certificarem das suas escolhas. Portanto, em uma
próxima aula indicada pelo professor,, os estudantes, em roda de conversa, devem relatar se validaram suas escolhas
iniciais ou mudaram algo depois. É de se esperar que no tempo entre uma aula e outra, assim como, por meio do contato
com a pessoa e o espaço da escola identificados inicialmente, eles possam fazer novas reflexões na busca de sentido sobre
o que é pertencer a escola. É quando o professor deve conversar com os estudantes sobre como eles se apropriam dos
espaços coletivos da escola e estão estabelecendo relações com as pessoas que neles existem, como forma de perceber a si
mesmos e o mundo que os rodeia. É por meio dessas identificações nesta atividade que os estudantes podem estabelecer
VE
novas relações, fluxos, dinâmicas, experiências e possibilidades de interferências que signifiquem quem são e o que é se
sentir pessoa integrante da escola. Neste momento, cabe ao professor explicar aos estudantes como eles podem buscar
apoio nas pessoas que têm na escola para a construção de seus Projetos de Vida. E, que tudo o que existe na escola está a
RS
serviço da sua aprendizagem, fortalecimento dos seus sonhos e, portanto, da construção do seu Projeto de Vida.
Avaliação
ÃO
O ponto de partida da observação do professor deve ser como cada estudante identifica os espaços e as pessoas da escola,
ou seja, como atribuem valores para o que existe na escola e as pessoas que conhecem até agora. É esperado que cada
estudante encontre maneiras de valorizar a escola e seus educadores, seja porque se sente aceito por todos ou devido ao
PR
estabelecimento de uma relação de reciprocidade, abertura, confiança, cuidado e respeito mútuo que de certa forma,
desde o primeiro dia de aula, tiveram contato. Outro ponto importante é observar como os estudantes conseguem
EL
expressar o que significa para eles pertencer à escola. Se conseguem visualizar, mesmo que incialmente, as possibilidades
de crescimento pessoal e fortalecimento da seus sonhos por meio das oportunidades que a escola oferece. O professor
IM
percebe isso através de falas que ressignificam a tomada de consciência de si mesmos e sua relação com o mundo, como:
“eu não gostava da escola que estudava, mas dessa passei a gostar”, “aqui percebi que têm pessoas que se importam
comigo”, “cada espaço da escola é bem cuidado por todos e isso torna todos os ambientes agradáveis”, “gosto do pátio da
IN
escola porque é cheio de árvores e nele me sinto livre”, “o lugar que mais gosto nessa escola é de um banco que tem no
final do corredor, gosto de sentar nele para conversar com os meus colegas e comer algo”, “a Sala de Leitura da escola é
AR
um espaço que eu passei a gostar muito, pois nela pude conhecer muitos livros interessantes”.
Desenvolvimento
Dando sequência a aula anterior sobre a conexão dos estudantes com a escola por meio dos espaços e das pessoas que
nela existem, esta atividade estimula o estudante a refletir sobre sua expectativa de futuro com o intuito de ressignificar
ainda mais sua forma de pertencer à escola. Para isso, é preciso que o professor peça para que os estudantes retomem os
sonhos descritos na primeira semana de aula, durante o Acolhimento. Isso porque desde o primeiro dia de aula eles foram
inseridos no processo de pensar sobre si mesmos e de se projetarem no futuro. É importante ressaltar que o sonho é a
matéria prima para a construção do Projeto de Vida e é o sonho que movimentará os estudantes na direção do
desenvolvimento do seu potencial. Assim, peça para que cada estudante relembre o sonho que descreveu durante o
Acolhimento se certificando de que ele continua o mesmo ou se sente a necessidade de mudá-lo. Uma forma do professor
apoiá-los nesse processo reflexivo é perguntando se conseguem imaginar o quanto eles se sentirão felizes ao realizarem o
seu sonho. É possível complementar perguntando se conseguem imaginar o que mudaria hoje na vida deles se o sonho já
fosse realidade. A respeito dessas reflexões ver questões Nº 1 e 2 no Caderno do Estudante. O professor deve deixar os
estudantes à vontade para registrarem no seu Diário de Práticas. Aqueles estudantes que quiserem podem compartilhar
algo sobre a sua reflexão.
Na sequência, os estudantes precisam pensar no que poderia ajudá-los na realização dos seus sonhos. E, sobre isso, como
acham que a escola poderia apoiá-los. Sobre isso, ver questão Nº 3 no Caderno do Estudante. Após os estudantes
responderem à questão Nº 3 do Caderno do Estudante, o professor deve abrir espaço para quem quiser compartilhar a sua
criação. Para mediar este momento com foco no objetivo desta aula, é necessário retomar as falas dos estudantes sobre a
escola, feitas na aula anterior: UM MUNDO CHAMADO ESCOLA AO QUAL PERTENÇO, quando trouxeram suas formas de
conexão com o espaço e as pessoas da escola. As falas dos estudantes da aula anterior colaboram para as relações que
precisam fazer sobre como os espaços/ambientes escolares são oportunidades de desenvolvimento e crescimento pessoal
para a realização dos sonhos deles. Para isso, o professor deve ajudar os estudantes a identificarem o foco dos seus
VE
É preciso explicar aos estudantes sobre a importância de buscarem nos educadores da escola alguém que, possivelmente,
RS
possa ajudá-los na realização dos seus sonhos. Este suporte também se configura como um apoio que pode ser encontrado
na rede do estudante., tema este que será aprofundado na aula: O MUNDO É UMA GRANDE ALDEIA E EU NÃO ESTOU
SOZINHO. Vale ressaltar que a escola é responsável por criar espaços para que o estudante possa empreender a
ÃO
construção do seu ser, ou seja, a realização de suas potencialidades em termos pessoais e sociais.
Além disso, é importante dizer que tudo o que a escola oferece e pode vir a oferecer depende da atuação de cada um,
como sujeitos de ações. Para isso, é preciso que todos passem a decidir e fazer opções de acordo com os seus sonhos.
PR
Considerando todos estes pontos, é necessário que os estudantes descrevam, no seu Diário de Práticas e Vivências, como
pretendem atuar na escola. Sobre isso, ver questão Nº 4 proposta no Caderno do Estudante. Ao final, cabe ao professor
EL
abrir espaço para as falas dos estudantes, estimulando eles a pensarem na necessidade de iniciativa para o alcance do que
desejam, do compromisso consigo mesmo e com a escola e da responsabilidade que têm diante dos cursos alternativos de
IM
Avaliação
IN
Cabe ao educador observar e fazer registro sobre como os estudantes percebem que a escola pode apoiar na realização do
seu sonho. É importante que os estudantes tenham conseguido expressar algo que a escola oferece que contribui para a
AR
sua aprendizagem e crescimento. Assim como, saber explicar por que tal aprendizagem, crescimento são importantes para
eles. Um outro ponto a ser observado pelo professor é como a identificação disso ressignifica ainda mais o seu sentimento
de pertencimento à escola. Vale destacar que quanto mais capazes forem de estabelecerem esses tipos de relações, mais
carregada de sentido a escola passa a ser na sua vida, cabe ao professor perceber isso nas falas dos estudantes durante a
atividade. O professor também percebe isso devido ao engajamento que os estudantes já demonstram ter com os
educadores, a escola e a participação durante esta aula. O seu entusiasmo por aprender e em descobrir-se também é algo
que também deve ser observado.
_____________________________________________________________________________
Integrar-se e fazer parte de um todo significa aprender a aproximar-se com cuidado, atenção e firmeza; aprender a
comunicar-se com clareza, objetividade e sinceridade; aprender a compreender os próprios sentimentos e os dos demais; a
concordar e discordar sem romper nem agredir; a ceder em prol do coletivo e a fazer da ação um instrumento em busca da
transformação. O estudante que se conhece é capaz de unir-se a outros semelhantes, tornando-se parte integrante de um
todo. Assim, esta aula convida os estudantes a reconhecer as possibilidade de interação e atuação no contexto mais amplo
da vida como forma de qualificar o seu pertencimento não apenas em relação à escola, mas ao mundo.
Com os estudantes, organizados em grupos, solicitar que pensem e listem algumas situações da vida deles ou de outras
pessoas em que é ou foi importante considerar ou perceber a existência do outro: seja em momentos de ajuda inesperada,
de cooperação, de amor que recebeu ou praticou ou de conflito pela qual passou – ver questão Nº1 no Caderno do
Estudante . Alguns exemplos de situações que podem surgir:
● se ver em apuros com um problema sem saber como resolvê-lo e poder contar com a compreensão e amor dos pais
para enfrentá-lo;
● acompanhar o drama de vizinhos que perderam as suas casas na última chuva do inverno e poder ajudá-los
oferecendo comida e abrigo;
● receber a visita de amigos quando se esteve doente no hospital
VE
● fazer uma visita ao um ente querido, só para fazer companhia e deixá-lo se sentindo mais alegre.
RS
O importante nesta atividade é que os estudantes possam se enxergar projetando-se na necessidade do outro.
Essas situações, em princípio, podem ser difíceis de identificação por parte dos estudantes, mas basta o professor começar
ÃO
a citar os exemplos, que logo os estudantes terão suas histórias para contar. De acordo com as narrativas dos estudantes é
possível construir um raciocínio sobre a temática da atividade, pois os exemplos que os estudantes vão trazer são de sua
realidade; muitos, quem sabe, de situações que acontecem em suas próprias casas. Portanto, a atividade finaliza quando se
conclui que “ninguém vive só” ou “é uma ilha".
PR
Avaliação
EL
Observar se os estudantes são capazes de pensar nas interações com o meio em que vivem e com as pessoas como um
processo em cadeia. Nas atividades isso é demonstrado nas situações que consideram e percebem a existência do outro,
IM
seja relatando posturas de colaboração, de dependência, de empatia ou respeito, que podem ou não envolvê-los
diretamente. Nesta atividade, o professor deve observar quando os estudantes não são indiferentes ao que acontece à sua
volta, por meio de posicionamentos que expressam satisfação em poder contar com alguém na sua vida ou poder ajudar
IN
uma pessoa. São indícios que os estudantes estão desenvolvendo a empatia e virtudes como a tolerância quando
reconhecem em si necessidades e possibilidades de interação e atuação com o outro, ou seja, quando identificam o que
AR
têm de melhor em si, o que ainda não possuem e quando há disposição para trocas de experiências.
A relação que os estudantes desenvolverão com a escola e consequentemente com os seus estudos depende do quanto
são capazes de se projetar no futuro, pois é por meio da realização do sonho que encontrarão a maior motivação para
estudar. Por isso, toda ação pedagógica deve movimentar o sonho dos estudantes. É o sonho que fará com que os
estudantes estabeleçam o compromisso consigo mesmo, com a escola e se responsabilizem por sua aprendizagem.
Sabendo disso, essa atividade é o momento no qual qual os estudantes devem expressar como enxergam seus estudos. É
por meio desta conversa que o professor deve esclarecer quais as relações que existem entre estudar e a realização do
sonho. Assim, ela deve ser iniciada com os estudantes organizados em roda de conversa para que respondam o que
pensam sobre a seguinte pergunta: "por que estudar?". Sobre isso, é esperado que surjam respostas variadas sobre a
utilidade dos estudos na vida de uma pessoa, possibilitando assim um grande debate. Após as discussões no coletivo, os
estudantes devem responder a essa mesma questão, individualmente, no Diário de Práticas e Vivências, para que busquem
essa resposta dentro de si, pensando no que lhe dá mais prazer estudar. Dando sequência a atividade, é hora de inserir os
estudantes em uma nova discussão. Sobre a importância de estudar para realizar sonhos, peça para que respondam as
questões Nº 2 e 3, do Caderno do Estudante. É importante que o professor medie as discussões na roda de conversa
falando da importância de valorização dos estudos como uma forma de investimento pessoal, pois, quanto mais uma
pessoa estuda, mais chances de desenvolver o seu potencial possui. Com isso, mais condições terá para a realização do seu
sonho.
VE
Na próxima atividade, ainda sobre como realizar sonhos por meio dos estudos, o professor deve retomar a atividade
anterior: SOBRE CRIAR, APRENDER E VIVER: UMA ESCOLA PARA TODOS para tratar com os estudantes sobre como eles
RS
visualizaram a escola como espaço e ambiente de aprendizagem para o seu desenvolvimento. Dessa forma, as discussões
agora devem ser mediadas para que os estudantes alinhem suas expectativas sobre a escola com o sonho que eles têm.
Assim, peça para que, com foco no sonho, pensem:
ÃO
As respostas dos estudantes a essa pergunta deve compor a elaboração de um painel, a ser projetado conjuntamente com
PR
os estudantes, reunindo seus sonhos e expectativas em relação à escola. Ao final, o professor deve ler todas as informações
contidas no painel levando os estudantes a darem um título para ele a pensarem o quanto os sonhos dependem de uma
EL
Avaliação
IM
O professor deve convidar os estudantes para contemplação do painel com o intuito que façam uma
autoavaliação da aula. É importante que os estudantes se sintam à vontade para falar da relação que
IN
conseguiram estabelecer entre os estudos e seus sonhos. Além disso, a maneira como enxergam a escola diz
muito sobre como entendem o que é necessário para a realização do seu sonho e por isso, este ponto também
deve ser observado pelo professor.
AR
É importante observar falas dos estudante que demonstram o quanto eles percebem que podem se aproximar
cada vez mais do seu sonho por meio daquilo que estudam. A motivação nesta aula e falas sobre o que
gostariam de aprender oferece ao professor condições de verificar se o objetivo da aula foi atingido. O painel
também deve servir de base para isso.
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que possuem ou mudar alguma situação. É importante que os estudantes identifiquem também algumas características ou
qualidades próprias que os ajudam a superar os desafios. Ver questão Nº 2 no Caderno do Estudante. Vale ressaltar que os
estudantes sempre devem ficar à vontade para compartilharem ou não a sua produção. De toda forma, como a atividade é
RS
individual, é importante que o professor circule entre os estudantes, garantindo o entendimento das questões e reflexão
necessária. Ao final, o professor deve solicitar que os estudantes tentem, numa frase, dizer o que significa para eles ser
ÃO
protagonista.
Avaliação
É preciso observar como os estudantes conseguem estabelecer relações entre sonho e sua atuação
PR
protagonista na vida. O professor observa isso por meio da frase que os estudantes construíram ao final da
aula sobre o que significa para eles ser protagonista. É importante observar também como os estudantes se
EL
enxergam diante dos desafios, como por exemplo, se acreditam que são capazes de superá-los e possuem
autoestima. Assim como, quais os caminhos que identificam, inicialmente, como trajetória a ser seguida para o
IM
seu próprio desenvolvimento. Quanto mais consciência tiverem sobre como pode melhorar a si mesmo e tudo
a sua volta, mais indícios que sabem o que fazer para realização do sonho como protagonista da própria vida.
IN
Não há como tratar da temática desta atividade sem tecer considerações sobre que dizia o professor Antônio Carlos Gomes
da Costa quando falava da necessidade de uma formação voltada para o desenvolvimento humano (pautado no
desenvolvimento do ser autônomo, solidário e competente). Pensar sobre isso exige uma prática pedagógica que ofereça
condições dos estudantes empreenderem a própria construção do seu ser, pois essa é a única forma de serem capazes de
aplicarem na vida o que aprendem. Dessa forma, a atividade que segue pretende inserir os estudantes num processo de
autoconhecimento sobre quem são por meio da percepção dos talentos que possuem e das necessidades de criação de
novas oportunidades de aprendizagem. Para começo de conversa, considerar que todo mundo tem pelo menos um talento,
algo que faz muito bem, melhor que os outros, que aprendeu sem precisar dos outros e de muito esforço; o que, muitas
vezes, leva as pessoas a desconhecerem a existência do próprio talento, pois é tão natural que passa despercebido ou é
reduzido a uma compreensão que é um dom. Sobre isso, cabe ao professor abrir espaço para que os estudantes conversem
entre si sobre a questão Nº 1 do Caderno do Estudante. Ao conversarem sobre os seus talentos os estudantes, sem
perceber, vão valorizando suas próprias habilidades e por consequência, identificando necessidades de aprendizagem.
Na sequência da atividade, na próxima aula os estudantes devem buscar exercitar ou ampliar os seus talentos por meio da
realização de uma “Semana de Talentos". Sobre isso, ver questões Nº 3 e 4 propostas no Caderno do Estudante que
ajudarão no planejamento desta semana. Ao final da vivência da "Semana de Talentos" é preciso retomar a experiência dos
estudantes para que eles possam falar como foi e o que descobriram sobre si. O professor deve perguntar se alguém sentiu
a necessidade de aprender algo novo ou ainda, identificaram pontos frágeis ou fortes diante da sua atuação e gostariam de
compartilhá-los com a turma. De toda forma, cabe ao professor explicar que independe de se ter um talento ou não, todas
as pessoas são capazes de aprender e de desenvolver o potencial que têm. Portanto, uma vez identificada uma necessidade
de aprendizagem, tendo vontade e se esforçando, é possível fazer algo tão bem quanto quem faz a mesma coisa por
talento. Sobre pontos frágeis, dizer para os estudantes começarem a pensar sobre o que precisam fazer para melhorá-los,
pois isso será retomado na próxima atividade.
Avaliação
VE
É necessário observar se os estudantes são capazes de perceber os seus talentos, assim como de perceberem que
independente de talento, eles podem fazer coisas novas e desenvolver outras habilidades. Para isso, além de estar atento
às respostas dos estudantes referentes às questões da atividade, é importante abrir espaço para uma autoavaliação da
RS
aula. Dessa forma, seguem algumas perguntas a serem feitas aos estudantes que ajudam o professor se certificar se o
objetivo da aula foi alcançado:
ÃO
- Ao pensar no talento, qual a principal referência que tomaram para descobrí-lo? Foi o que sabem sobre si mesmo? Ou o
que os outros falam sobre você? Justifique a sua resposta.
PR
É importante destacar que não é verdade que uma das formas como meio de percepção seja mais importante do que a
outra, mas elas são formas para o professor descobrir o quanto os estudantes se concentraram em si mesmo, na busca de
resposta.
EL
- Ao final da experiência da "Semana de Talento"s, qual seria a imagem do seu rosto que mais representa as suas
descobertas: surpresa, alegria, tristeza ou raiva? Sobre isso, desenhe essa imagem e apresente ao seu professor.
IM
Em relação às expressões dos estudantes, é esperado que surpresa e alegria sejam as expressões que mais aparecem.
IN
Contudo, deixe os estudantes livres caso queiram se expressar de outra maneira. Assim como, caso surjam expressões
como tristeza e raiva, é necessário buscar os motivos junto aos estudantes. Essas expressões devem compor um painel
como síntese da aula e que poderá ser utilizado pelos estudantes em outros momentos avaliativos, sempre que quiserem.
AR
Desenvolvimento,
Na atividade anterior: EU E OS MEUS TALENTOS NO PALCO DA VIDA, ao refletir sobre os talentos os estudantes devem ter
despertado não apenas para muitas coisas que sabem fazer, mas algumas que gostariam de aprender mais. Sobre isso, esta
aula convida os estudantes a estabelecerem relações entre o que sabem e o que precisam aprender, com o intuito de tratar
da importância da aprendizagem ao longo de toda a vida. Dessa forma, o pilar "Aprender a Aprender" será o fio condutor
das próximas atividades que seguem neste material.
É por meio da retomada de questões da atividade anterior: EU E OS MEUS TALENTOS NO PALCO DA VIDA, que os
estudantes devem elencar algo que gostariam de saber, que surgiu durante a vivência da "Semana de Talentos". O que se
configura como um percurso inicial na construção do seu Projeto de Vida, que exige busca de conhecimento,
aperfeiçoamento pessoal e determinação. Assim, nesta atividade será proposto uma "chuva de ideias", a partir dos
interesses de conhecimento de todos os estudantes. Fica a critério do professor, juntamente com os estudantes, escolher
um assunto comum para todos discutirem ou categorizar os interesses por grupos de estudantes. Considerar que é por
meio dos interesses de conhecimento que os estudantes vão definir os assuntos a serem discutidos, dialogar sobre as suas
VE
certezas e levantar novos questionamentos. É importante que o professor tenha em mente que esta atividade se configura
como um despertar para saber mais e está longe de querer que os estudantes formulem respostas técnicas e
RS
cientificamente embasadas. Por isso, se reforça que a proposta é que possam confrontar o que sabem com o que precisam
aprender. Cada grupo pode desenhar, recortar imagens ou escrever o que vem à cabeça, fazendo uso do material
ÃO
disponível para a atividade. É importante ressaltar que para o desenvolvimento da atividade, a mediação do professor é
fundamental, pois é preciso ajudar os estudantes a esgotarem ao máximo suas respostas sobre o que sabem na tentativa
de estimulá-los a querer saber mais. Cabe ao professor, portanto, fazer perguntas disparadoras sobre os interesses dos
estudantes. À medida que os estudantes são capazes de responder as perguntas, o professor deve questioná-los sobre suas
PR
respostas com o intuito de estimular ainda mais reflexões. Para as perguntas que os estudantes não conseguiram encontrar
respostas, peça que anotem no seu Diário de Práticas e Vivências e busquem pesquisar, para na próxima aula. Dessa forma,
EL
a atividade vai desde um momento livre para os estudantes pensarem, deixarem fluir os mais diversos tipos de
pensamentos, a uma tempestade de ideias da qual eles vão precisar selecionar as melhores explicações para formatação de
um material impresso que será de uso deles próprios. Os estudantes precisam reunir suas respostas, constatações e
IM
dúvidas na folha de papel de ofício e, depois de discuti-las, passar para a folha de papel Kraft ou madeira. Esse material
servirá como um guia para as apresentações posteriores e criação do material que será impresso (pode ser um folder, um
IN
Em seguida, em roda de conversa, precisa ser feita uma reunião com toda a turma para apresentação das respostas dos
AR
estudantes. A proposta é criar um material impresso com os resultados, que é composto pela soma de ideias ou
descobertas deles ou, até mesmo, com a elaboração de mais perguntas provenientes de novas dúvidas que surgiram.
A customização do material impresso também faz parte da aula e, por isso, precisa envolver todos os estudantes na
elaboração.
Avaliação
Observar o desenvolvimento das reflexões, das argumentações e a criticidade dos estudantes sobre os assuntos que foram
tratados, bem como se eles conseguem expressar seus conhecimentos prévios sobre o que gostariam de saber mais.
Verificar se, durante a atividade e, principalmente, no momento da apresentação, os estudantes conseguiram organizar
suas dúvidas e dar tratamento a elas de acordo com o que descobriram que sabem e/ou o que precisam buscar pesquisar.
É importante observar também a postura dos estudantes durante a atividade: se se sentem desafiados, demonstram
curiosidade e têm interesse por aprender.
Desenvolvimento
Aprender é uma necessidade para sobrevivência. Sem ela, não se consegue enfrentar os desafios diários que são colocados:
desde os mais simples, como não colocar a mão em coisas muito quentes, até entender as mais complexas teorias
científicas. Todas as pessoas têm a capacidade de conhecer e aprender, com menor ou maior grau de profundidade
qualquer assunto. Tomando isto como pressuposto, esta atividade propõe que os estudantes reflitam sobre suas
aprendizagens, em diferentes campos da vida, e sobre como elas são fundamentais ao seu processo de desenvolvimento. E,
assim, poderão perceber que não é possível viver sem aprender coisas novas. Organizados em trios, devem preencher a
tabela “O que e onde aprendemos?” disponível no Caderno do Estudante. Antes de completar a planilha, eles devem
conversar sobre o questionamento sugerido pelo título da atividade para que as ideias sejam ampliadas. Durante a
conversa, devem ser incentivados a inserir em suas discussões as competências socioemocionais que estão por trás dos
avanços individuais e sociais, como: curiosidade para aprender, entusiasmo e abertura para novas experiências. Sem elas,
por mais que haja informações no mundo, não há como ultrapassar o que já está posto. Em seguida, em roda de conversa,
socializam seus apontamentos e discutem sobre a questão: “É possível parar de aprender?”. Importante que as respostas
sejam exploradas no sentido de aprofundarem a ideia sobre a impossibilidade de viver sem aprender, seja no âmbito de
VE
vida pessoal, como estudante, nas relações interpessoais e outras dimensões que ocorrerem durante a discussão. É a partir
disso que as próximas atividades vão ajudar os estudantes na organização dos seus estudos para que possam se constituir
RS
Avaliação
ÃO
Observar se os estudantes estão voltados para a reflexão, para o levantamento do que aprenderam em suas vidas e em que
âmbitos. Observe e registre se eles:
PR
Desenvolvimento
Na atividade DESAFIO DOS SUPERPODERES, os estudantes descobriram muitas coisas sobre si, principalmente,
tornaram-se mais consciente do que precisam focar para o seu pleno desenvolvimento. Dando sequência a esse
autoconhecimento, agora, é preciso explorar o que estudantes sabem sobre o seu perfil como estudante para uma criação
de uma rotina de estudos de acordo com as suas necessidades de aprendizagem. Assim, cabe ao professor, iniciar a aula
pedindo que os estudantes respondam às questões propostas no Caderno do Estudante.
Para descobrir o que precisam aprender, os estudantes devem fazer um levantamento de acordo com o que buscam
conquistar ao longo da vida escolar e que corrobora para a realização do seu sonho. Para facilitar esse exercício, os
estudantes devem elaborar uma lista de conhecimentos necessários que precisam dominar para realizar o seu sonho. Essa
estratégia ajuda os estudantes a visualizarem minimamente o que precisam e a ressignificarem os seus estudos. O tempo
dedicado para estudar é estabelecido em função da necessidade de aprendizagem de cada um. Lembrando que muito
tempo para estudar não representa, necessariamente, qualidade de estudo. O importante é que os estudantes percebam
como mantém suas rotinas voltadas à aquisição de conhecimento e quais os resultados que advém dessa postura. Fazer um
planejamento semanal ou dos estudos do dia é uma ótima maneira para organizar o tempo de estudo. Isso ajuda a
antecipar os problemas e aproveitar melhor o que será ensinado pelo professor.
Para descobrir como costumam aprender, é necessário que os estudantes identifiquem fatores internos e externos que
contribuam ou não para o avanço de suas aprendizagens. O que implica reconhecer qual é a forma de estudar que é mais
eficaz para o seu estilo de aprendizagem e se esta maneira condiz com a sua necessidade de conhecimento. Assim, é
necessário que os estudantes façam um levantamento sobre o seu estilo de aprendizagem, como por exemplo: se aprende
melhor quando faz anotações nas aulas, se faz resumos ou se realiza uma lista de exercícios; se começa a estudar sempre
pelos conteúdos que possui mais dificuldades de compreensão; se não costuma passar mais de 2 horas estudando um
mesmo componente curricular; se costuma ler o mesmo conteúdo em livros diferentes; se depende de um lugar
totalmente silencioso para estudar etc.
Após as respostas dos estudantes às questões, procure saber se algumas das situações abaixo já aconteceram com eles e
como reagiram a cada uma delas. Em caso negativo, peça para eles imaginarem as situações de estudo abaixo e suas
possíveis reações frente a elas. Peça para que pensam como agiriam diante do aparecimento de situações inesperadas
(podem ser negativas ou positivas). Sugestão de situações que podem ser usadas de exemplo estimular o debate:
VE
● Prova “surpresa”,
● nota baixa numa disciplina,
RS
Para elaborar uma rotina de estudos é preciso aprender a planejar as tarefas de acordo com as necessidades de
aprendizagem. Pois, é a partir disso que os estudantes aprendem a tomar decisões, fazer planos e estabelecer
PR
compromissos com autonomia. Na atividade passada, os estudantes tomaram conhecimento do seu perfil como estudante,
o que servirá de suporte para o desenvolvimento desta atividade. Assim, de forma lúdica, os estudantes devem ser
EL
convidados a imaginar que estão a fazer uma viagem de barco e precisam de uma carta náutica para guiar o caminho.
Necessitarão também de um guia prático para informar os possíveis obstáculos que deverão enfrentar. Fale sobre a função
do farol numa viagem náutica: ponto de referência que facilita a navegação. Uma carta náutica é um instrumento de
IM
O barco deve ser entendido como o processo de aprendizagem, enquanto o guia prático como a descrição das dificuldades
IN
de aprendizagem, obstáculos para chegar “ao porto” (objetivos) de forma mais segura. Por fim, o mar representa o
conhecimento adquirido.
AR
A carta náutica deve conter várias informações. Primeiramente, os estudantes devem começar a descrever seus rumos – o
seu sonho e se conseguirem, alguns objetivos. Importante lembrar que mais vale o processo reflexivo sobre os seus estudos
e sonhos que os estudantes estão sendo estimulados a fazer do que se sabem formular objetivos claros. Lembrar que os
estudantes precisam da mediação do professor, durante toda a atividade, para realização da questão proposta. Conseguido
definir alguns objetivos ou o que deseja realizar, os estudantes devem partir de algo mais genérico até chegar a algo mais
específico. Depois dessa parte inicial, devem fazer uma descrição detalhada do mar, ou seja, dos conhecimentos já
internalizados que deixarão a navegação mais segura. Ao longo do percurso, será possível identificar alguns pontos ou
recursos que podem facilitar ou otimizar a aprendizagem, isto é, as alavancas que os ajudarão a atingir os seus objetivos e
sonho. É importante que os estudantes passem a elaborar a carta náutica pouco-a-pouco, junto com o professor, para
facilitar as correspondências necessárias.
Para ajudar os estudantes na elaboração da sua carta náutica, escreva na lousa a seguinte legenda:
Carta Náutica – Instrumento que deve guiá-lo na realização dos seus objetivos e sonho.
Guia prático – Descrição das suas dificuldades de aprendizagem ou dos obstáculos que precisa vencer para
aprender o que necessita. Soma-se a isso a descrição das ações para superar esses desafios.
Mar – Os conhecimentos adquiridos que contribuem para atingir seus objetivos. São seus pontos fortes.
Farol – É um ponto de referência. Deve funcionar como a lembrança constante de que o caminho traçado é o
correto, pois se a mudança de rota ocorrer, haverá um distanciamento do farol, dos seus objetivos e do seu
sonho.
A partir dos dados da “carta náutica”, os estudantes devem planejar suas rotas. Essa atividade será, portanto, um
dos primeiros ensaios dos estudantes para a elaboração do seu Projeto de Vida, ou seja, por meio da carta
náutica, os estudantes, sem perceber, vão aprender a estabelecer metas e prioridades de estudo.
Em seguida, os estudantes precisam refletir sobre suas rotinas e seus hábitos de estudo com o intuito de
elaborem a sua rotina de estudo. Abaixo, seguem algumas sugestões de planilhas para organização da rotina de
estudo dos estudantes:
Planilha: Estudo x Projeto de Vida
Fazer todos os
exercícios de Ex. Matemática - Geometria
ÃO
Aprender
geometria da Plana: Paralelogramos, Das 18h – 20h.
geometria.
semana. retângulos e quadrados.
PR
EL
É um instrumento de diálogo e negociação entre estudantes e professores. Serve para a sistematização e acompanhamento
do horário de estudo dos estudantes.
IN
DIAS DA SEMANA
AR
DISCIPLINAS 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
Responder
Português questionário da
pág. 10
Resolver
Matemática Prova Bloco I exercícios do
capítulo II
Ler e resumir
História Prova Bloco I texto do
capítulo V
Fazer pesquisa
Biologia Prova Bloco I sobre os seres
vivos
AR
IN
IM
EL
PR
ÃO
RS
VE
A utilização da agenda de atividades permite que os estudantes, desde as primeiras aulas, criem o hábito de anotar as tarefas
escolares, comparar informações de todas as disciplinas e trocar informações com os professores.
Um bom planejamento permite não só que os estudantes estabeleçam objetivos ou o que desejam alcançar, mas
identifiquem, organizem e coordenem todas as suas atividades considerando os seus estilos de aprendizagem e as suas
necessidades. Por meio de uma planilha simples, como as apresentadas nesta atividade, o professor pode apoiar os
estudantes na incorporação de novos hábitos e rotinas de estudo.
Avaliação
Observe se os estudante conseguem definir o seu perfil como estudante. Assim como, se com base nas informações que
possuem, chegaram a definir uma rotina de estudo, por meio da elaboração de uma agenda semanal. É importante observar
também o compromisso, motivação e responsabilidade que os estudantes estabelecem com os seus estudos por meio da
organização da sua agenda.
VE
RS
ÃO
PR
EL
IM
IN
AR
PROJETO DE VIDA
CADERNO DO PROFESSOR – 7º Ano – BIMESTRE I
FUNDAMENTAÇÃO
O conceito de Projeto de Vida se refere à formação de um sujeito ativo,
capaz de tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na
reflexão, na consideração de si próprio e do coletivo. Essa formação depende
de uma ação pedagógica constante. Isso implica na necessidade de uma
metodologia que cumpra com essas exigências e se comprometa com à
proposição de situações didáticas em que os estudantes sejam desafiados a
refletir, a elaborar hipóteses, a buscar soluções e validar respostas
encontradas. Ou seja, o Projeto de Vida é um componente no qual o estudante
é entendido como a centralidade da escola e sua formação constitui e amplia o
VE
foco em:
- Capacidade de planejar ações com foco em um objetivo específico;
IN
- Capacidade de se organizar.
AR
Situação de Aprendizagem
O TRAÇADO ENTRE O “SER” E O “QUERER SER”
sobre como as aulas podem deixá-los ainda mais próximos dos seus Projetos
de Vida. Como conversa com os estudantes sobre isso recai em argumentos
ÃO
Avaliação
IM
Professor, observe quais são os significados que as aulas de Projeto de Vida possuem na vida
de cada estudante e quais são as expectativas deles para o componente curricular, neste
IN
ano. Para auxiliar nas observações, abra espaço para os estudantes que se sentirem à
vontade possa falar sobre isso.
É esperado que os estudantes consigam falar sobre algum conteúdo ou atividade de Projeto
AR
de Vida que teve contato e despertou o seu interesse. E, como pretende se relacionar com o
componente curricular e esperam que ele seja este ano.
É importante que o você perceba, se as expectativas sobre o componente curricular
mudaram e, se foi porque entenderam melhor o que é um Projeto de Vida ou porque
alguém mudou de sonho.
Considerar, portanto, que os estudantes estejam sempre retornando a pontos essenciais,
com nova bagagens, insights e níveis de maturidade mais elevados sobre Projeto de Vida e é
assim que tudo se integra e complementa.
Situação de Aprendizagem
DESAFIO DOS SUPERPODERES
Objetivo: Promoção de autoconhecimento e
desenvolvimento socioemocional, a
partir de atividade gamificada de
avaliação formativa de competências
socioemocionais.
para o ano/série.
Nas tarjetas de outra cor: escrever as
IM
“Caderno de Respostas”.
AR
A avaliação formativa é uma proposta pedagógica que visa acompanhar o percurso de ensino e de
aprendizagem, e não apenas seu resultado ao final de um ciclo ou período. Sua metodologia consiste
em trazer ao professor subsídios necessários para que ele possa conhecer e intervir eficazmente na
mediação da aprendizagem até que o estudante alcance um objetivo determinado. Ela ocorre
quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da avaliação permite que ela seja feita de modo
a favorecer a aprendizagem ao longo do período em que ela se dá e; (b) quando a finalidade do uso
da informação é fornecer feedback aos estudantes de modo a contribuir com seu processo formativo
ao longo desse mesmo período.
Ser um processo didático-educativo, uma maneira de cuidar e acompanhar o percurso, mais do que
uma definição final de desempenho, uma categorização taxativa ou a síntese do resultado desse
percurso;
RS
Ser dinâmica, porque fornece um parâmetro sobre a qualidade do processo de ensino e aprendizagem
— as devolutivas/feedbacks tornam possível saber o que se está aprendendo em cada etapa; assim,
ÃO
Ser transparente, pois a todo o momento os estudantes sabem o que se espera deles (objetivo,
progressão, critérios claros e combinados) — condição fundamental para construir uma parceria com
PR
o estudante;
acompanhamento tendo como base evidências científicas. Considerando que "educar o estudante
para o século XXI" é um dos objetivos estratégicos da SEDUC-SP, é essencial que haja ferramentas
que permitam acompanhar o desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos da
rede. Dessa forma, identificamos que, no Brasil. o Instituto Ayrton Senna criou - com o auxílio de
especialistas e acadêmicos - uma ferramenta com este objetivo e que já foi implementada em
redes públicas do país. Trata-se de um instrumento baseado em rubricas que, por meio de Acordo
de Cooperação não oneroso, foi adaptado às necessidades da rede paulista.
Rubricas são definidas como “um tipo de matriz que explicita níveis de desenvolvimento ou
compreensão dimensionados para um conjunto de critérios de qualidade ou dimensões para um
dado tipo de desempenho” (Allen & Tanner, 2006, p. 197). Elas têm sido utilizadas na área
educacional como método que favorece propostas de avaliação formativa para comunicar aos alunos
e professores sobre seu progresso e ajudá-los a acompanhar a progressão do desenvolvimento de
suas competências (Panadero & Johnson, 2013; Reddy & Andrade, 2010). Quando compartilhadas
com os estudantes, as rubricas oferecem a oportunidade de compreender os objetivos das tarefas ou
atividades, sentir-se responsáveis pelo próprio aprendizado e orientar a melhoria de seu trabalho
(Reddy & Andrade, 2010; Lee & Lee, 2009).
Vale ressaltar que a trajetória de desenvolvimento das competências socioemocionais não é linear.
Variações são possíveis tanto com relação à idade, quanto ao contexto em que o estudante está
inserido. Também é preciso levar em consideração que, quando se trata de competências
socioemocionais, não há uma expectativa de que apenas os níveis máximos de desenvolvimento
sejam os desejáveis para todos os estudantes, pois isso seria desrespeitar e desconsiderar a
individualidade e a diversidade deles. Por fim, como as competências também estão relacionadas ao
contexto e às interações do estudante com as outras pessoas e com seu entorno, é comum que
VE
ocorram mudanças na forma como um estudante utiliza suas competências e se percebe com relação
a elas, sem que isso signifique que deixou de desenvolvê-las.
RS
Exemplos:
Autogestão é importante para o resultado acadêmico. Estudos no Brasil indicam que altos níveis
EL
dessa competência melhoram o desempenho nas disciplinas de Matemática e Química (Santos, Primi
e Miranda, 2017). Para além da esfera escolar, essas competências ajudam no alcance de metas
profissionais, segundo estudo de Barros, Coutinho, Garcia e Muller (2016).
IM
Engajamento com os outros: os estudantes que o desenvolvem podem se adaptar mais facilmente ao
IN
mundo do trabalho (Cattan, 2010); além disso, diminui a evasão escolar (Carneiro et al, 2007).
Resiliência emocional está associada à redução de ausências no trabalho (Störmer e Fahr, 2010), à
promoção de equilíbrio salarial (Pinger e Piatek, 2010; Rosenberg, 1965), à melhoria de desempenho
no emprego (Duckworth et al, 2011) e ao aumento nas chances de ingresso no Ensino Superior
(Rosenberg, 1965). Estudos no Brasil também associam o desenvolvimento dessa competência à
diminuição de distúrbios alimentares (Tomaz e Zanini, 2009).
cognitivas, à diminuição das taxas de ausência na escola e à melhoria de notas escolares. Um estudo
realizado por Santos, Primi e Miranda (2017) indica que altos níveis dessa competência melhoram o
desempenho nas disciplinas de Português, História, Geografia, Física e Biologia.
REFERÊNCIAS
Allen, D., & Tanner, K. (2006). “Rubrics: tools for making learning goals and evaluation criteria explicit
for both teachers and learners”. CBE Life Sci Educ, 5(3), 197-203. doi:10.1187/cbe.06-06-0168.
Barros, Ricardo Paes de; Coutinho, Diana; Garcia, Beatriz Silva e Machado, Laura Muller. “O
desenvolvimento socioemocional como antídoto para a desigualdade de oportunidades”. Relatório
técnico INAF 2016. São Paulo: Instituto Ayrton Senna e Instituto Paulo Montenegro, 2016.
Carneiro, P., C.Crawford, e Alissa Goodman (2007). “The Impact of Early Cognitve and Non-Cognitve
Skills on Later Outcomes”. CEE Discussion Papers 0092, Centre for the Economics of Education, LSE.
Cattan, S. (2010). “Heterogeneity and Selection in the Labor Market.” PhD thesis, University of
Chicago.
Duckworth, A., M. Almlund, J. Heckman e T. Kaultz. (2011). “Personality psychology and Economics”.
VE
Duncan, G.J. and Magnuson, K. (2010). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills, Attention
RS
Skills, and Behavior Problems”. Working paper 2010 at the Department of Education, UC Irvine.
Duncan, Greg & Magnuson, Katherine. (2011). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
ÃO
Attention Skills, and Behavior Problems". Whither Opportunity: Rising Inequality, Schools, and
Children’s Life Chances. New York: Russell Sage.
Routledge.
Lee, E., & Lee, S. (2009). “Effects of Instructional Rubrics on Class Engagement Behaviors and the
EL
Achievement of Lesson Objectives”. Students with Mild Mental Retardation and Their
Panadero, E., & Jonsson, A. (2013). “The use of scoring rubrics for formative assessment purposes
IM
Piatek, R. & P. Pinger. (2010). "Maintaining (Locus of) Control? Assessing the Impact of Locus of
Control on Education Decisions and Wages". Institute for the Study of Labor (IZA). Discussion Paper
No. 5289.
AR
Reddy, Y. M. & Andrade, H. (2010). “A review of rubric use in higher education”. Assessment &
Evaluation in Higher Education: 35(4), 435-448. doi:10.1080/02602930902862859 Urbina, S. (2007).
Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed.
Rosenberg, M. (1965). “Society and the adolescent self-image”. Princeton, NJ: Princeton University
Press.
Santos, Daniel; Primi, Ricardo ; Miranda, Jéssica Gagete. (2017). "Socio-emotional development and
learning in school". Relatório Técnico a ser publicado.
Stormer, S. & R. Fahr. (2010). “Individual Determinants of Work Attendance: Evidence on the Role of
Personality”. IZA Discussion Paper No. 4927.
Tomaz, R & Zanini, D.S. (2009). “Personalidade e Coping em Pacientes com Transtornos Alimentares e
Obesidade”.
A expressão “avaliação socioemocional” não será usada com os estudantes
para facilitar a compreensão, o engajamento e evitar que eles percebam a
atividade como uma “avaliação em que devem alcançar a maior pontuação
possível”. Visando o desenvolvimento socioemocional e engajamento dos
estudantes, esse processo será gamificado, ou seja, as ações serão
apresentadas como missões, mobilizando aspectos lúdicos e pedagógicos.
desenvolvimento de uma pessoa, pois quanto mais uma pessoa sabe sobre si
mesma, mais consciência tem de si, intervindo no curso da própria
aprendizagem e da vida.
Atenção, professor!
Reforce junto aos estudantes a compreensão de que competências socioemocionais não são
superpoderes. Este é só um jeito de começarmos a discussão sobre o assunto, que vai durar
VE
desenvolvimento!
Após essa conversa inicial, escolha uma estratégia de leitura coletiva, que
IM
pode ser em pequenos times ou com toda a turma. Caso escolha a segunda
opção, leia, em voz alta, a definição das 5 macrocompetências: abertura ao
novo, autogestão, engajamento com os outros, amabilidade e resiliência
IN
emocional.
AR
AMABILIDADE: Diz respeito ao emprego do afeto, a ser solidário, empático e respeitoso nas
relações e a acreditar que os outros podem ser dignos de confiança, ou seja, envolve ser
capaz de compreender, sentir e avaliar uma situação pela perspectiva e pelo repertório do
outro, colocando-se no lugar dessa pessoa. Competências socioemocionais relacionadas:
Empatia; Respeito; Confiança.
AUTOGESTÃO: Está relacionada à capacidade de autorregulação e inclinação a ser
organizado, esforçado e responsável. O indivíduo é eficiente, organizado, autônomo,
disciplinado, não impulsivo e orientado para seus objetivos estabelecidos. Competências
socioemocionais relacionadas: Determinação; Organização; Foco; Persistência;
Responsabilidade.
RESILIÊNCIA EMOCIONAL: Diz respeito à capacidade de lidar com situações adversas e com
sentimentos como tristeza, raiva, ansiedade e medo. Competências socioemocionais
relacionadas: Tolerância ao estresse; Autoconfiança; Tolerância à frustração.
VE
A seguir, é indicado um jogo que tem como objetivo verificar se a missão 2 foi cumprida com
sucesso, ou seja, identificar se eles entenderam o significado das competências.
Professor, você tem autonomia para propor a realização do jogo sugerido abaixo ou optar
por realizar outra dinâmica junto com os estudantes, o mais importante aqui é assegurar
que o objetivo de entendimento das competências socioemocionais em foco seja alcançado.
VE
Peça que formem grupos de trabalho, composto por 6 integrantes. Cada grupo deve se
dividir pela metade, ficando 3 integrantes responsáveis por serem os porta-vozes do grupo e
RS
escrita, sem que os adivinhadores do seu time saibam qual foi a competência sorteada. Os 3
porta vozes de cada grupo terão, no máximo, 5 minutos para criar uma forma de descrever
essa competência sem falar o nome ou palavras que tenham o mesmo radical. Exemplo:
PR
para descrever empatia, não se pode falar a palavra empatia e empático. Durante esse
tempo os adivinhadores podem reler o texto de definição das competências no Caderno do
Estudante.
EL
todos os Cadernos do Estudante devem ser guardados (ou seja, ninguém pode lê-los
durante o processo de adivinhação). Todos os grupos devem indicar apenas 1 integrante
IN
para ser o porta voz do time que descreverá para a turma a competência. Esses porta-vozes
devem se posicionar próximo ao quadro, sendo que cada um terá 30 segundos para
AR
Professor, caso você avalie que a atividade fica muito difícil para os adivinhadores
descobrirem a competência correta em 30 segundos, você pode definir que o tempo máximo
seja de 1 minuto. Enquanto o porta-voz do grupo vai dando a explicação, integrantes
adivinhadores do seu grupo tentam acertar qual a competência está sendo descrita, ou seja,
os adivinhadores daquele grupo podem ir falando o nome das competências, se acertarem o
time ganha 1 ponto. Caso os adivinhadores do grupo em questão não tenham conseguido
acertar a competência, o professor abre espaço para que adivinhadores dos outros grupos
tentem acertar. Mas, atenção, os adivinhadores dos outros grupos só devem falar se
estiverem seguros, pois caso “chutem” a competência errada de um grupo que não seja o
deles, perderão 1 ponto ( -1 ponto para cada competência errada). Caso ninguém adivinhe, o
porta-voz final fala a competência para que todos tenham ciência. Cada grupo terá direito a
apresentar a sua definição, ao final, o grupo que tiver acertado mais definições é o vencedor.
Lembrando que pode haver empate.
Ao final, avaliem conjuntamente se a missão 2 foi cumprida com sucesso ou
não. Esse jogo é um indicativo da compreensão ou dificuldade de
compreensão dos estudantes. Caso a missão não tenha sido cumprida com
sucesso, ou seja, caso os estudantes não tenham compreendido as definições
das competências, realize mais uma rodada de conversa coletiva, para sanar
as dúvidas.
MISSÃO 3: IDENTIFICANDO MINHAS COMPETÊNCIAS
O “Caderno de Respostas” impresso está nas páginas finais do Caderno do Estudante. O seu
preenchimento poderá ser feito na versão impressa ou diretamente no sistema, conforme à
RS
eles devem preencher indicando em qual degrau se identificaram em cada uma das
competências socioemocionais priorizadas pela rede. Esse documento será escaneado e as
EL
competência. É por este motivo que cada estágio é chamado de degrau, que
vai do 1 ao 4. Os degraus 1, 2, 3 e 4 são acompanhados por uma
AR
A Missão 4 “ONDE ESTAMOS E PARA ONDE QUEREMOS IR!” será dividida em 5 momentos.
Momento 1: Individual
IN
Momento 1: Individual
Solicite aos estudantes que escolham, individualmente (neste primeiro
momento), uma competência que consideram mais desenvolvida em si
mesmos e, uma competência menos desenvolvida, de acordo com a
identificação feita na aula anterior (missão 3).
organização
VE
foco
RS
persistência
responsabilidade
ÃO
iniciativa social
curiosidade para
PR
aprender
imaginação criativa
+
EL
professor traz uma devolutiva coletiva para a turma. Essa é uma devolutiva
inicial, ou seja, não terá o mesmo formato das devolutivas previstas para os
AR
próximos bimestres.
Critérios para escolha das duas competências que serão desenvolvidas pela
turma:
PR
resiliência emocional).
(2) As duas competências escolhidas pela turma precisam,
AR
1 colega da turma que o/a apoiará no desenvolvimento de cada uma das 2 competências
escolhidas pela turma. Para facilitar a colaboração entre os estudantes, incentive-os a
RS
montarem trios, de modo que possam manter os diálogos com esse mesmo trio, ao longo
do ano. O trabalho em trios é mais indicado do que o trabalho em duplas, no caso do
Desafio dos Superpoderes.
ÃO
seu plano e apoiar os colegas que estão contando com a colaboração deles.
Professor(a), seu papel é acompanhar a Missão permanente – Jornada de
desenvolvimento. É muito importante que você ofereça devolutivas sempre
IM
com seus colegas (principalmente os dois que compõem o seu trio, elencados
no plano de desenvolvimento pessoal como apoiadores) e com você,
professor(a), que tem papel fundamental para a ampliação dessas percepções,
à medida que realizará devolutivas para ampliar o diálogo, sempre utilizando
evidências de suas observações no cotidiano escolar. É dessa conversa
qualificada que cada estudante amplia seu autoconhecimento e define o que
pode fazer para seguir se desenvolvendo, se tornando mais consciente em seu
modo de ser, pensar, sentir, decidir e agir nas situações dentro e fora da
escola.
Atenção: professor, as aulas de Projeto de Vida possibilitam o desenvolvimento intencional
de diversas competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com a
explicitação de quais competências podem ser intencionalmente promovidas. Em todas as
aulas, você pode retomar a Missão permanente – Jornada de desenvolvimento,
incentivando e apoiando os estudantes a se atentarem para as competências
socioemocionais em foco e relacioná-las com o plano de desenvolvimento pessoal de cada
um.
Avaliação
desenvolvimento.
Devolutiva não é conselho ou avaliação por nota. Ela é informação sobre como
EL
Situação de Aprendizagem
QUANDO TUDO COMEÇOU: MINHA BIOGRAFIA
Todo mundo tem uma biografia, pois ela é a história de uma pessoa. E,
toda história começa desde o nascimento ou até mesmo antes, por meio do
que se sabe da própria origem. Assim, ter uma biografia é ter uma história de
vida e, ter isso, é ter uma origem, o marco zero da própria vida.
Para começar a trabalhar este tema, peça para que os estudantes
identifiquem uma pessoa a qual admirem. A ideia é que pesquisem sobre a
VE
história de vida deste personagem. Pode ser alguém famoso ou de sua família,
por exemplo. O exercício é observar como os acontecimentos e escolhas que a
pessoa fez ao longo da sua jornada impactaram os seus sonhos.
RS
A partir desta atividade, peça para que o(a) estudante feche os olhos e
pense nos principais acontecimentos da sua vida até aqui. Estimule que a
ÃO
Em seguida, peça para que escolham dois fatos muito curiosos sobre si.
Além disso, para que criem um terceiro que não seja verdadeiro. Junto com um
IM
grupo de colegas, eles jogarão um jogo. Cada aluno deve contar os seus três
fatos. Os colegas, então, devem descobrir qual deles não é verdadeiro.
IN
trata-se de uma chance de descobrir que, muitas vezes, não sabemos de tudo
que se passa na vida de quem divide a rotina conosco.
Peça para que os grupos compartilhem alguns dos fatos mais curiosos
que descobriram sobre os colegas com os demais.
Para a próxima aula: Para a próxima aula solicitar que os estudantes tragam
peças de vestuário, objetos e acessórios como bolsas, sapatos, lenços, roupas,
maquiagens de rosto para compor uma representação de si mesmo(a). Você
deve também trazer os materiais indicados que têm disponível. Vale destacar
que quanto mais adereços, objetos e figurino, mais possibilidade de
VE
Avaliação
Observar se os estudantes possuem clareza sobre sua origem e história de vida. Assim
PR
Bem como, na medida do possível, buscar as suas possíveis causas. Por meio dos
sentimentos, o(a) professor(a) percebe se os estudantes possuem uma relação saudável
IM
com a sua família, se não gostam de falar sobre o seu passado ou o quanto são resilientes e
fortes.
IN
É observando os sentimentos que vêm à tona durante a atividade que o(a) professor(a)
observa a forma como os estudantes se posicionam diante de tudo o que sabem sobre si,
AR
sapatos.
Material necessário: - Maquiagem para rosto.
RS
Para que os estudantes organizem todas estas ideias, eles devem dedicar
alguns minutos para preencher o quadro a seguir, que consta no Caderno do
Estudante (página 59):
VE
RS
ÃO
A partir deste exercício, você pode pedir para que estudantes construam uma
representação de si mesmos, fazendo uso de algum objeto e/ou figurino que
PR
Você pode ainda, ajudar os estudantes nesta composição, pedindo que tentem
EL
Ainda com os estudantes em roda de conversa solicitar que eles falem sobre
porque chegaram a tal representação e sobre como estão se vendo agora, se
estão confortáveis, seguros ou se sentem que falta algo e, se ao perceberem
isso, conseguem identificar o que é. É importante que todos pensem sobre si e
como conseguiram fazer essa representação que pode ser ou não a projeção
de si mesmo.
Avaliação:
Em roda de conversa, realizar um momento de autoavaliação dos estudantes
sobre o que vivenciaram. É esperado que na busca de identificações entre os
objetos, figurinos e acerca das próprias percepções que foram capazes de
fazer, os estudantes tenham refletido sobre si mesmos.
Durante a atividade e no momento de autoavaliação, cabe ao(à) professor(a)
observar a percepção que cada estudante tem a respeito de si, as suas
emoções, desejos e potenciais despertados.
É importante destacar que a forma como cada um(a) procurou retratar a si
mesmo(a) e soube expressar isso traduz como cada um(a) se constitui como
pessoa e se enxerga.
Portanto, o(a) professor(a) deve estar atento(a) a participação no
desenvolvimento da atividade e a capacidade argumentativa sobre a
temática proposta, o repertório dos estudantes sobre si mesmos, a
criatividade e autoestima na identificação daquilo que os caracterizam, a
VE
Para a próxima aula: Solicitar que os estudantes tragam uma toalha grande,
esteira ou colchonete para que possam forrar no chão para deitar-se.
PR
Situação de Aprendizagem
EL
híbridas em foco:
- Música para relaxamento. Sugestão: CD Sons da
Natureza – Tranquilidade. AzulMusic Gravadora. Disponível
Material necessário: em:
<http:/
www.azulmusic.com.br/produtos/ver/25/sons-da-nat
ureza-tranquilidade.html>. Acesso em abril de 2019.
- Caixa de som para reproduzir música.
Estudante (página 60) “Uma viagem rumo ao futuro”, assim como, usar como
suporte o Diário de Práticas e Vivências, os seus pensamentos surgidos
EL
durante a “viagem”.
IM
Avaliação
Ficar atento(a) se houve os incômodos gerados pela atividade no que diz respeito à essas
reações sobre o que não é tão fácil de tornar-se realidade e os motivos que eles alegam. Isso
retrata bem como cada um(a) se vê e acredita no potencial que tem.
RS
estudantes se colocam numa direção sempre à frente daquilo que esperam no futuro ou se
conseguem, de alguma maneira, se projetarem no futuro.
Vale ressaltar que é a consciência de si que remete os estudantes aos seus desejos, vontade
PR
Situação de Aprendizagem
EU EXISTO, TU EXISTES...
IM
IN
um quer trazer. Isso vai desde a decoração do espaço ao que vão degustar no
piquenique. O(a) professor(a) deve aproveitar a oportunidade para ressignificar
IN
um novo significado que ele tem agora, que passou a ser um novo ambiente de
aprendizagem.
Avaliação
Situação de Aprendizagem
ÃO
Avaliação
PR
É por meio da autoavaliação que o(a) professor(a) percebe se os estudantes refletiram sobre
a própria vida e sua forma de pertencer ao mundo. Neste momento também, o(a)
IM
felizes.
Para isso, você pode pedir que os estudantes digam sobre como eles sabem que estão
AR
Situação de Aprendizagem
QUANDO AS COISAS NÃO FUNCIONAM MUITO BEM: MOBILIZANDO OS
MEUS RECURSOS
baixo de que braços e por cima de outros braços, até que o círculo fique
completo.
PR
da atividade.
IM
“Eu sou bom em”, para que possam refletir sobre os seus talentos e
experimentar colocá-los em prática criando um Banco de Talento.
AR
Ao final, a turma deverá ter uma lista geral dos talentos de todos os
estudantes (página 65) - Caderno do Estudante. Ao olharem para a lista,
divididos em grupos de 5, peça que criem categorias para os talentos
apresentados ( página 66) - do Caderno do Estudante).
dos talentos.
RS
que deve ficar a serviço de toda a comunidade escolar nos intervalos do recreio
escolar ou sempre que precisarem.
a realização.
Banco de Talentos:
● Reforço em Matemática;
AR
● costura;
● manutenção de computador;
● otimização do tempo;
● meditação, etc.
Avaliação
- a empatia.
Sobre o Banco de Talentos, um ponto importante é observar as possíveis dificuldades de
ÃO
identificação das habilidades e limitações pelos estudantes. Espera-se que eles sejam
capazes de identificar pontos importante referentes ao seu potencial e considerem que
podem desenvolver e a aperfeiçoar novas habilidades.
O envolvimento dos estudantes com os serviços prestados pelo Banco de Talentos, o
PR
é do seu interesse.
IM
IN
AR
PROJETO DE VIDA
FUNDAMENTAÇÃO
O conceito de Projeto de Vida se refere à formação de um sujeito ativo, capaz
de tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na reflexão, na
consideração de si próprio e do coletivo. Essa formação depende de uma ação
pedagógica constante. Isso implica na necessidade de uma metodologia que
cumpra com essas exigências e se comprometa com à proposição de situações
didáticas em que os estudantes sejam desafiados a refletir, a elaborar hipóteses, a
buscar soluções e validar respostas encontradas. Ou seja, o Projeto de Vida é um
componente no qual o estudante é entendido como a centralidade da escola e sua
formação constitui e amplia o seu acervo de valores, conhecimentos e experiências
VE
provêm condições necessárias para que o estudante atue em sua vida de forma
autônoma, solidária e competente.
EL
acredita no seu potencial e isso, só é possível por meio de uma ação educativa que
cria oportunidades para o(a) estudante envolver-se em atividades direcionadas à
RS
foco em:
AR
criação e atualização dessa ferramenta envolve organização, uma vez que o Diário
deve acompanhá-los durante toda a sua trajetória no componente curricular Projeto
IM
de Vida.
Avaliação
Espera-se que os estudantes compreendam a proposta do componente curricular Projeto de
Vida, entendo os principais pontos do percurso formativo proposto e conseguindo articular
alguns desses pontos com suas expectativas.
Situação de Aprendizagem:
para o ano/série.
Nas tarjetas de outra cor: escrever as
descrições dessas competências,
seguindo as descrições apresentadas no
“Caderno de Respostas”.
A avaliação formativa é uma proposta pedagógica que visa acompanhar o percurso de ensino e de
aprendizagem, e não apenas seu resultado ao final de um ciclo ou período. Sua metodologia
consiste em trazer ao professor subsídios necessários para que ele possa conhecer e intervir
eficazmente na mediação da aprendizagem até que o estudante alcance um objetivo
determinado. Ela ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da avaliação
permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período em que ela se
dá e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer feedback aos estudantes de modo a
contribuir com seu processo formativo ao longo desse mesmo período.
Ser transparente, pois a todo o momento os estudantes sabem o que se espera deles (objetivo,
progressão, critérios claros e combinados) — condição fundamental para construir uma parceria
com o estudante;
A avaliação das competências socioemocionais ainda é um tema bastante novo. Já há algumas organizações
internacionais que desenvolveram instrumentos que permitem realizar este acompanhamento tendo
ÃO
como base evidências científicas. Considerando que "educar o estudante para o século XXI" é um dos
objetivos estratégicos da SEDUC-SP, é essencial que haja ferramentas que permitam acompanhar o
desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos da rede. Dessa forma, identificamos que,
no Brasil. o Instituto Ayrton Senna criou - com o auxílio de especialistas e acadêmicos - uma ferramenta
PR
com este objetivo e que já foi implementada em redes públicas do país. Trata-se de um instrumento
baseado em rubricas que, por meio de Acordo de Cooperação não oneroso, foi adaptado às necessidades
da rede paulista.
EL
Rubricas são definidas como “um tipo de matriz que explicita níveis de desenvolvimento ou
compreensão dimensionados para um conjunto de critérios de qualidade ou dimensões para um
dado tipo de desempenho” (Allen & Tanner, 2006, p. 197). Elas têm sido utilizadas na área
IN
educacional como método que favorece propostas de avaliação formativa para comunicar aos
alunos e professores sobre seu progresso e ajudá-los a acompanhar a progressão do
AR
desenvolvimento de suas competências (Panadero & Johnson, 2013; Reddy & Andrade, 2010).
Quando compartilhadas com os estudantes, as rubricas oferecem a oportunidade de compreender
os objetivos das tarefas ou atividades, sentir-se responsáveis pelo próprio aprendizado e orientar a
melhoria de seu trabalho (Reddy & Andrade, 2010 ; Lee & Lee, 2009).
Exemplos:
Autogestão é importante para o resultado acadêmico. Estudos no Brasil indicam que altos níveis
VE
facilmente ao mundo do trabalho (Cattan, 2010); além disso, diminui a evasão escolar (Carneiro et
al, 2007).
REFERÊNCIAS
Allen, D., & Tanner, K. (2006). “Rubrics: tools for making learning goals and evaluation criteria
explicit for both teachers and learners”. CBE Life Sci Educ, 5(3), 197-203.
doi:10.1187/cbe.06-06-0168.
Barros, Ricardo Paes de; Coutinho, Diana; Garcia, Beatriz Silva e Machado, Laura Muller. “O
desenvolvimento socioemocional como antídoto para a desigualdade de oportunidades”.
Relatório técnico INAF 2016. São Paulo: Instituto Ayrton Senna e Instituto Paulo Montenegro,
2016.
Biagiotti, L.C.M (2005). “Conhecendo e aplicando rubricas de avaliações”. Congresso Internacional
de Educação a distância, 12., Florianópolis. Anais... Florianópolis, ABED, 2005. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/007tcf5.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2019.
Carneiro, P., C.Crawford, e Alissa Goodman (2007). “The Impact of Early Cognitve and
Non-Cognitve Skills on Later Outcomes”. CEE Discussion Papers 0092, Centre for the Economics of
Education, LSE.
Cattan, S. (2010). “Heterogeneity and Selection in the Labor Market.” PhD thesis, University of
Chicago.
Duncan, G.J. and Magnuson, K. (2010). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
Attention Skills, and Behavior Problems”. Working paper 2010 at the Department of Education, UC
VE
Irvine.
Duncan, Greg & Magnuson, Katherine. (2011). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
RS
Attention Skills, and Behavior Problems". Whither Opportunity: Rising Inequality, Schools, and
Children’s Life Chances. New York: Russell Sage.
ÃO
Lee, E., & Lee, S. (2009). “Effects of Instructional Rubrics on Class Engagement Behaviors and the
PR
Achievement of Lesson Objectives”. Students with Mild Mental Retardation and Their
EL
Panadero, E., & Jonsson, A. (2013). “The use of scoring rubrics for formative assessment purposes
revisited: A review”. Educational Research Review, 9, 129-144. doi:10.1016/j.edurev.2013.01.002.
IM
Piatek, R. & P. Pinger. (2010). "Maintaining (Locus of) Control? Assessing the Impact of Locus of
Control on Education Decisions and Wages". Institute for the Study of Labor (IZA). Discussion
IN
Reddy, Y. M. & Andrade, H. (2010). “A review of rubric use in higher education”. Assessment &
AR
Rosenberg, M. (1965). “Society and the adolescent self-image”. Princeton, NJ: Princeton University
Press.
Santos, Daniel; Primi, Ricardo ; Miranda, Jéssica Gagete. (2017). "Socio-emotional development
and learning in school". Relatório Técnico a ser publicado.
Stormer, S. & R. Fahr. (2010). “Individual Determinants of Work Attendance: Evidence on the Role
of Personality”. IZA Discussion Paper No. 4927.
Tomaz, R & Zanini, D.S. (2009). “Personalidade e Coping em Pacientes com Transtornos
Alimentares e Obesidade”.
A expressão “avaliação socioemocional” não será usada com os estudantes para facilitar a
compreensão, o engajamento e evitar que eles percebam a atividade como uma “avaliação em que
devem alcançar a maior pontuação possível”. Visando o desenvolvimento socioemocional e
engajamento dos estudantes, esse processo será gamificado, ou seja, as ações serão apresentadas
como missões, mobilizando aspectos lúdicos e pedagógicos.
competências.
O instrumento a ser utilizado é composto por rubricas que apresentam os “degraus” de
IM
socioemocionais são potencialidades que toda pessoa possui. Elas são desenvolvidas ao longo da
vida, mas seu desenvolvimento pode ser potencializado/estimulado quando há intencionalidade. O
IN
conceito de competência, como definido na Base Nacional Comum Curricular, refere-se à mobilização
de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais),
AR
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho. As competências socioemocionais são as capacidades individuais
que se manifestam de modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e
comportamentos. São aquelas que preparam os estudantes para reconhecer suas emoções e
trabalhar com elas, lidar com conflitos, fazer escolhas seguras e éticas, tomar decisões responsáveis,
contribuir com a sociedade, estabelecer e atingir metas de vida etc.
Atenção, professor!
Reforce junto aos estudantes a compreensão de que competências socioemocionais não são
superpoderes. Este é só um jeito de começarmos a discussão sobre o assunto, que vai durar até o
final do Ensino Médio.
Explique aos estudantes que cumprir as missões propostas contribuirá positivamente para que se
conheçam melhor. Indique que pesquisas científicas já provaram que o desenvolvimento
socioemocional melhora o desempenho acadêmico, o bem-estar, a continuidade dos estudos, a
empregabilidade futura, dentre outros. Ou seja, muitas recompensas surgem dessa trajetória de
desenvolvimento!
Após essa conversa inicial, escolha uma estratégia de leitura coletiva, que pode ser em pequenos
times ou com toda a turma. Caso escolha a segunda opção, leia, em voz alta, a definição das 5
macrocompetências: abertura ao novo, autogestão, engajamento com os outros, amabilidade e
resiliência emocional.
ABERTURA AO NOVO: Diz respeito à capacidade de uma pessoa explorar o ambiente e novos
aprendizados e experiências, ser flexível e apreciativa diante de situações incertas e complexas,
relacionando-se diretamente com a disposição individual para vivenciar novas experiências
VE
AMABILIDADE: Diz respeito ao emprego do afeto, a ser solidário, empático e respeitoso nas
relações e a acreditar que os outros podem ser dignos de confiança, ou seja, envolve ser capaz de
ÃO
compreender, sentir e avaliar uma situação pela perspectiva e pelo repertório do outro,
colocando-se no lugar dessa pessoa. Competências socioemocionais relacionadas: Empatia;
Respeito; Confiança.
PR
Entusiasmo.
AR
RESILIÊNCIA EMOCIONAL: Diz respeito à capacidade de lidar com situações adversas e com
sentimentos como tristeza, raiva, ansiedade e medo. Competências socioemocionais relacionadas:
Tolerância ao estresse; Autoconfiança; Tolerância à frustração.
Nas tarjetas de uma cor: escrever o nome de cada uma das competências socioemocionais
enfatizadas pela rede para o ano/série.
As tarjetas de cores diferentes devem estar distribuídas de modo visível para todos os
estudantes. A turma deve fazer a conexão entre os nomes das competências e suas
explicações.
VE
Após formarem todos os pares de tarjetas, contando com a mediação do professor, deve ser
RS
criado um mural das competências socioemocionais priorizadas pela rede para o 8º ano em
um lugar bem visível na sala.
ÃO
A seguir, é indicado um jogo que tem como objetivo verificar se a missão 2 foi cumprida
com sucesso, ou seja, identificar se eles entenderam o significado das competências.
EL
Professor, você tem autonomia para propor a realização do jogo sugerido abaixo ou optar
por realizar outra dinâmica junto com os estudantes, o mais importante aqui é assegurar
IM
Peça que formem times de trabalho, composto por 6 integrantes. Cada time deve se
dividir pela metade, ficando 3 integrantes responsáveis por serem os porta-vozes do time
AR
Professor, caso você avalie que a atividade fica muito difícil para os adivinhadores
descobrirem a competência correta em 30 segundos, você pode definir que o tempo
máximo seja de 1 minuto. Enquanto o porta-voz do time vai dando a explicação,
integrantes adivinhadores do seu time tentam acertar qual a competência está sendo
descrita, ou seja, os adivinhadores daquele time podem ir falando o nome das
competências, se acertarem o time ganha 1 ponto. Caso os adivinhadores do time em
questão não tenham conseguido acertar a competência, o professor abre espaço para
que adivinhadores dos outros times tentem acertar. Mas, atenção, os adivinhadores dos
outros times só devem falar se estiverem seguros, pois caso “chutem” a competência
errada de um time que não seja o deles, perderão 1 ponto ( -1 ponto para cada
competência errada). Caso ninguém adivinhe, o porta-voz final fala a competência para
que todos tenham ciência. Cada time terá direito a apresentar a sua definição, ao final, o
time que tiver acertado mais definições é o vencedor. Lembrando que pode haver
VE
empate.
RS
Ao final, avaliem conjuntamente se a missão 2 foi cumprida com sucesso ou não. Esse jogo
é um indicativo da compreensão ou dificuldade de compreensão dos estudantes. Caso a
missão não tenha sido cumprida com sucesso, ou seja, caso os estudantes não tenham
ÃO
Peça aos estudantes que abram o Caderno do Estudante na missão 3. Convide-os a se
EL
concentrarem e pensarem sobre si mesmos, pois nesta aula irão realizar sua primeira
identificação de competências socioemocionais com base em rubrica.
IM
O “Caderno de Respostas” impresso está nas páginas finais do Caderno do Estudante. O seu
preenchimento poderá ser feito na versão impressa no 1o bimestre. Haverá um espaço na SED para
IN
inserir as informações. Um tutorial com todos os detalhes será compartilhado ainda neste bimestre.
AR
Informe que é importante para o sucesso da missão 3 que o estudante traga, pelo menos,
uma evidência/exemplo que justifique porque se vê num nível e não em outro. Em geral,
estas evidências podem ser explicitadas a partir de perguntas estimuladas pelo professor
que os fazem pensar em situações que vivenciaram dentro e fora da escola, quando
exercitaram a competência em questão.
Informe o tempo em minutos que eles terão para responderem todas as competências em
foco, de modo que concluam o preenchimento ainda nesta aula.
Prepare os estudantes para a próxima aula, informando que o que será considerado como
plano de desenvolvimento pessoal na próxima missão, missão 4 é a identificação: de 2
VE
A Missão 4 “ONDE ESTAMOS E PARA ONDE QUEREMOS IR!” será dividida em 5 momentos.
PR
Momento 1: Individual
EL
Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem desenvolvidas pela turma
IN
Momento 1: Individual
Determinação
Organização
Foco
Persistência +
VE
Responsabilidade
Assertividade
RS
Empatia
ÃO
Iniciativa social
Interesse artístico
PR
Tendo como ilustração o resultado escrito no quadro, cartaz ou slide, o professor traz uma devolutiva
coletiva para a turma. Essa é uma devolutiva inicial, ou seja, não terá o mesmo formato das
IM
- Reforçar para os estudantes, que eles não estão sozinhos nesse processo de desenvolvimento
AR
socioemocional, eles podem contar com você (professor de Projeto de Vida) e com os demais
professores e educadores da escola, além de contar com seus colegas.
- Promover problematização e reflexão junto aos estudantes que deverão estar em roda de conversa
(com toda a turma) sobre:
(1) quais são as duas competências mais desenvolvidas e as duas menos desenvolvidas da turma,
considerando o resultado consolidado da turma;
(2) como essas 4 competências (2 mais desenvolvidas e 2 menos desenvolvidas) podem interferir na
aprendizagem das outras, seja potencializando o aprendizado ou dificultando-o, ou ainda interferir
no alcance dos objetivos de vida.
Esse exercício grupal visa trazer uma reflexão sobre o consolidado da turma de modo coletivo, bem
como oferecer aos estudantes possibilidade de identificarem colegas que podem apoiar e por quem
podem ser apoiados, exercendo a colaboração. Exemplo: se uma das competências mais
desenvolvidas no estudante Marcelo é a empatia e a menos desenvolvida da Ana também é a
empatia, o Marcelo pode se oferecer para apoiar a Ana no processo de desenvolvimento da empatia.
Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem desenvolvidas pela turma
Critérios para escolha das duas competências que serão desenvolvidas pela turma:
Feita a escolha, peça que preencham a página do Caderno de Respostas cujo o título é objetivos,
escolhendo coletivamente as duas competências que serão definidas como desafio para a turma.
PR
EL
IM
IN
AR
Explique aos estudantes o que é a missão permanente de desenvolvimento socioemocional, ou seja,
que cada um deverá praticar o que estão propondo no seu plano e apoiar os colegas que estão
contando com a colaboração deles.
Nesse sentido, para além da própria percepção individual, o estudante contará com seus colegas
(principalmente os dois que compõem o seu trio, elencados no plano de desenvolvimento pessoal
ÃO
como apoiadores) e com você, professor(a), que tem papel fundamental para a ampliação dessas
percepções, à medida que realizará devolutivas para ampliar o diálogo, sempre utilizando evidências
de suas observações no cotidiano escolar. É dessa conversa qualificada que cada estudante amplia
seu autoconhecimento e define o que pode fazer para seguir se desenvolvendo, se tornando mais
PR
consciente em seu modo de ser, pensar, sentir, decidir e agir nas situações dentro e fora da escola.
EL
Avaliação
Devolutiva não é conselho ou avaliação por nota. Ela é informação sobre como
estamos direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos.
Devolutivas efetivas ocorrem durante a aprendizagem, possibilitando ações para
com elas.
Os estudantes precisam ter clareza sobre o que é esperado que eles alcancem,
senão a devolutiva se torna somente alguém falando para eles o que fazer, não
sendo efetivo no desenvolvimento da autorregulação da aprendizagem. A devolutiva
acontece a partir do nível em que o estudante se avaliou e da avaliação realizada
sobre a turma, levando em consideração o contexto da atividade, e não baseado em
cenários abstratos e genéricos.
VE
Situação de Aprendizagem:
sensibilidade cultural.
Competências socioemocionais em Empatia, curiosidade para aprender,
EL
O líder servidor é aquele que influencia pessoas a partir de uma autoridade conquistada pelo serviço
e pela referência pessoal e profissional. Na liderança servidora, a relação de pertencimento é tão
grande que sensibiliza os líderes para o que é necessário ser feito.
Em todos os lugares do mundo, em algum momento histórico emergiram lideranças servidoras que
disseminaram o desejo de transformação do mundo e assim o fizeram. É o caso de Mahatma Gandhi,
na Índia; de Martin Luther King, nos Estados Unidos; de Malala, no Paquistão. Suas histórias são
marcadas e eternizadas pela mudança de curso da história, fortalecendo movimentos de não
violência, de garantia de direitos civis, de sustentabilidade e corresponsabilidade com o Planeta
VE
Terra. É perceptível que todos os movimentos desses líderes servidores têm como fio condutor a
sensibilidade cultural despertada, apoiada na profundidade de suas conexões consigo mesmos, com
RS
Os processos pelos quais passam um líder servidor estão intimamente relacionados à sua visão de si
ÃO
mesmo e do mundo. Buscamos nesta aula alcançar esta intimidade, o “entre”, que dá sentido ao
percurso de um líder servidor e à comunidade da qual ele participa. “O que acontece entre eu e
minha comunidade?”. Mais do que trazer o conceito de liderança servidora e apresentar aos
PR
estudantes pessoas que atuam como tais, a atividade pretende promover ações em que o conhecer e
o fazer se encontram e criam sentidos. Dessa forma, os estudantes entram em contato, inicialmente,
EL
com alguns líderes e, posteriormente, promovem ações que os fazem perceber o sentido da ação em
si e no mundo.
IM
A atividade constrói um percurso que pretende despertar a sensibilidade cultural, fio condutor dos
processos protagonistas. Para isso, será criado, junto aos estudantes, um repertório de ações
IN
coloca a serviço do mundo para transformá-lo num lugar melhor. Confia-se que essas experiências de
intervenção possam criar redes de solidariedade e autonomia, elevando o nível de consciência e
possibilitando experiências permeáveis e permeadas pelo espaço e por aqueles que os ocupam. É
esperado que, com as propostas elaboradas pelos estudantes no espaço público, eles percebam o
despertar de suas sensibilidades culturais no exercício de ações protagonistas, inspirados por líderes
e lideranças servidoras.
Para dar início a esse percurso, com os estudantes organizados em uma roda
de conversa, o(a) professor(a) pode perguntar o que eles escutam quando ouvem a
expressão "liderança servidora". Cheque como a turma o relaciona com as
lideranças que conhecem.
É esperado que algumas palavras geradoras surjam e possam alimentar a
curiosidade dos estudantes, evocando seus repertórios pessoais e mobilizando o
conhecimento coletivo. Também pode ser que surjam líderes e lideranças de suas
comunidades como referência própria dos estudantes.
intervenções coletivas e urbanas que podem ser trabalhadas com a turma, leia os
textos a seguir.
EL
que, quando os estudantes promovem uma ação, passam por eles intensidades
afetivas em que o eu e o mundo se relacionam e se revelam. Assim, recorrer a
essas experiências, como modelo de referência, comporta uma riqueza que pode
fazer a ponte do sentido à ação dos estudantes, sem que caiam no abismo da
falta, que produz seres que se sentem importantes diante das complexidades do
mundo atual.
coletivo para escolher qual vai tirar do papel. Para isso, precisam imaginar como os
demais colegas, professores e gestores da escola se sentirão diante da sua criação.
Ela contribuiu para que o ambiente escolar seja mais acolhedor, tenha mais a cara
PR
Avaliação
A avaliação desta aula tem prosseguimento a partir das observações do(a)
professor(a) acerca do conhecimento mobilizado pelos estudantes sobre os
exemplos de liderança servidora e ações que se dirigem a ela. Com a turma em uma
roda de conversa, o diálogo pode ser realizado a partir de algumas questões
disparadoras, como:
- Quais valores vocês consideram mais importantes em relação às lideranças
inspiradoras?
- As intervenções da turma refletem esses valores? Por quê?
- Todos os integrantes dos grupos atuaram de forma colaborativa? Se não, o que
pode ser melhorado nos próximos trabalhos coletivos?
Situação de Aprendizagem:
PROTAGONISMO E COMPROMISSO
menos entrosada, pode ser que demore algum tempo até que eles se arrisquem a
falar aquilo que observam de forma mais imediata: o menino, a mala, os trilhos, as
borboletas, os tanques de guerra, as torres. Essa primeira leitura traz os elementos
explícitos da cena. Em seguida, após essa fruição, encadeia-se o processo de
PR
Representam a necessidade de mudar a si e ao mundo, como um líder servidor bem o faz. Aqui
também estão a importância das fontes de energia, que simbolizam os conhecimentos que já possui
ÃO
trajetória da equipe que produziu o filme até atingir um dos mais esperados
reconhecimentos no universo do cinema: uma indicação ao Oscar (Caderno do
Estudante p. 60). A proposta é que tracem paralelos entre o protagonismo e
EL
Então, em uma movimento de fora para dentro, o(a) estudante deve refletir
sobre as suas práticas protagonistas.
Avaliação
Situação de Aprendizagem:
SER PROTAGONISTA NO MUNDO E NO MEU PROJETO DE VIDA
IM
Também são orientados a localizar no texto qual era o sonho da abelha, sua
realidade imediata; seu desafio; sua decisão e as consequências a que sua decisão
levou.
esperam vivenciar.
Avaliação
EL
O(a) professor(a) pode trazer aos estudantes um feedback de como percebem suas
atuações protagonistas diante do desafio proposto na aula. É importante observar e
destacar as relações estabelecidas, mesmo que com conversas individualizadas, em
outros momentos, de forma que eles se tornem conscientes de sua atuação e
decisões.
Situação de Aprendizagem 4:
que realizaram em cada uma delas?”, “Qual a sequência de eventos que se deram,
até o momento, para que as aulas acontecessem?”, “Quais as dificuldades
IM
ação.
RS
isso que justificará a motivação pelo(a) líder e vice. Durante todo este momento da
aula, as discussões com os estudantes consistem nisso, sem a necessidade de
RS
expor os nomes dos escolhidos, o que ficará para as próximas aulas. Para os
próximos encontros os estudantes precisam estar de posse de suas fichas.
ÃO
• Metodologia utilizada na votação: Considerar que cada estudante é responsável por seu voto, que
acontece por votação aberta, quando cada estudante cita o nome do(a) líder em que está votando.
O(a) estudante(a) mediador(a) ou professor(a) precisa ir tomando nota dos nomes e computando os
votos no quadro/lousa da sala de aula para que todos vejam. Ao final, é preciso computar o número
VE
de votos dados de cada um dos nomes surgidos e fechar a votação com o nome dos escolhidos. Não
esquecer que é importante tomar nota dos nomes que ficaram em terceiro e quarto lugar de
preferência da turma;
RS
coletar todas as fichas de escolha do líder e do vice de turma dos colegas, pois esses materiais devem
compor um arquivo importante da turma.
PR
que os candidatos tenham espaço para expressar como se sentem em relação aos
seus nomes irem surgindo entre os escolhidos e como se percebem diante da tarefa
IM
escolha do líder e do vice-líder precisa ser validada pelos escolhidos que, neste
caso, além de ser por maior número de votos recebidos, é pela aceitação da função
AR
a desempenhar.
Avaliação
- Se os estudantes respeitam as opiniões e cuidam das divergências, garantindo as expressões
individuais;
- Se estabelecem uma relação entre as situações já vividas em direção às atitudes fundamentais do(a)
líder e do(a) vice-líder de turma, baseado nas habilidades e virtudes apontadas no quadro;
- Se realizam tomadas de decisões individuais na indicação do(a) líder e do(a) vice-líder, registrando e
justificando suas decisões no preenchimento da ficha para escolha do(a) líder e do(a) vice-líder de
turma;
- Se identificam os problemas a serem enfrentados com apoio do(a) líder e do(a) vice-líder de turma
e, a partir de então, estabelecem o Contrato de Convivência;
- Se estão desenvolvendo um grau de autonomia relativo às propostas do percurso, na organização e
sistematização da votação;
- Se os estudantes escolhidos no processo de votação se sentem confortáveis e comprometidos com
a turma e as designações da função a que lhe são propostas;
- Se consolidam o processo em uma linha sequencial de eventos, consolidando a ficha de votação.
VE
RS
ÃO
PR
EL
IM
IN
AR
PROJETO DE VIDA
CADERNO DO PROFESSOR – 9º Ano – BIMESTRE I
FUNDAMENTAÇÃO
O conceito de Projeto de Vida se refere à formação de um sujeito ativo,
capaz de tomar decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na
reflexão, na consideração de si próprio e do coletivo. Essa formação depende
de uma ação pedagógica constante. Isso implica na necessidade de uma
metodologia que cumpra com essas exigências e se comprometa com à
proposição de situações didáticas em que os estudantes sejam desafiados a
refletir, a elaborar hipóteses, a buscar soluções e validar respostas
encontradas. Ou seja, o Projeto de Vida é um componente no qual o estudante
é entendido como a centralidade da escola e sua formação constitui e amplia o
VE
com maior capacidade de discernimento sobre suas escolhas, que devem ser
conscientes e consequentes, bem como com capacidade de se posicionar e
RS
`Vale ressaltar que a partir desta etapa, o(a) estudante tem condições de
EL
fazer uma análise crítica acerca das informações que dispõe sobre si
mesmo(a) para organização e gerenciamento do seu Projeto de Vida. Bem
IM
O componente Projeto de Vida apoia e prepara o estudante do 9º ano para a mudança de etapa
AR
Situação de Aprendizagem
DESAFIO DOS SUPERPODERES
foco:
ÃO
“Caderno de Respostas”.
AR
A avaliação formativa é uma proposta pedagógica que visa acompanhar o percurso de ensino e de
aprendizagem, e não apenas seu resultado ao final de um ciclo ou período. Sua metodologia consiste
em trazer ao professor subsídios necessários para que ele possa conhecer e intervir eficazmente na
mediação da aprendizagem até que o estudante alcance um objetivo determinado. Ela ocorre
quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da avaliação permite que ela seja feita de modo
a favorecer a aprendizagem ao longo do período em que ela se dá e; (b) quando a finalidade do uso
da informação é fornecer feedback aos estudantes de modo a contribuir com seu processo formativo
ao longo desse mesmo período.
r um processo didático-educativo, uma maneira de cuidar e acompanhar o percurso, mais do que uma
finição final de desempenho, uma categorização taxativa ou a síntese do resultado desse percurso;
RS
Ser transparente, pois a todo o momento os estudantes sabem o que se espera deles (objetivo,
ogressão, critérios claros e combinados) — condição fundamental para construir uma parceria com o
udante;
PR
desenvolvimento.
IN
para o século XXI" é um dos objetivos estratégicos da SEDUC-SP, é essencial que haja ferramentas
que permitam acompanhar o desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos da
rede. Dessa forma, identificamos que, no Brasil. o Instituto Ayrton Senna criou - com o auxílio de
especialistas e acadêmicos - uma ferramenta com este objetivo e que já foi implementada em
redes públicas do país. Trata-se de um instrumento baseado em rubricas que, por meio de Acordo
de Cooperação não oneroso, foi adaptado às necessidades da rede paulista.
Rubricas são definidas como “um tipo de matriz que explicita níveis de desenvolvimento ou
compreensão dimensionados para um conjunto de critérios de qualidade ou dimensões para um
dado tipo de desempenho” (Allen & Tanner, 2006, p. 197). Elas têm sido utilizadas na área
educacional como método que favorece propostas de avaliação formativa para comunicar aos alunos
e professores sobre seu progresso e ajudá-los a acompanhar a progressão do desenvolvimento de
suas competências (Panadero & Johnson, 2013; Reddy & Andrade, 2010). Quando compartilhadas
com os estudantes, as rubricas oferecem a oportunidade de compreender os objetivos das tarefas ou
atividades, sentir-se responsáveis pelo próprio aprendizado e orientar a melhoria de seu trabalho
(Reddy & Andrade, 2010; Lee & Lee, 2009).
Assim, rubricas instrucionais são métodos que embasam instrumentos de acompanhamento de
processos e são cada vez mais usadas na educação, pois permitem guiar os indivíduos envolvidos a
fim de auxiliá-los no processo de autoconhecimento e autorreflexão no que se refere ao
cumprimento de seus objetivos(s) estabelecido(s) inicialmente. Elas o fazem a partir de critérios
claros e previamente estabelecidos e ordenados em um percurso crescente de desenvolvimento de
modo que o desenvolvimento do estudante nesse percurso fique transparente à professores e
estudantes.
Vale ressaltar que a trajetória de desenvolvimento das competências socioemocionais não é linear.
Variações são possíveis tanto com relação à idade, quanto ao contexto em que o estudante está
inserido. Também é preciso levar em consideração que, quando se trata de competências
socioemocionais, não há uma expectativa de que apenas os níveis máximos de desenvolvimento
sejam os desejáveis para todos os estudantes, pois isso seria desrespeitar e desconsiderar a
individualidade e a diversidade deles. Por fim, como as competências também estão relacionadas ao
contexto e às interações do estudante com as outras pessoas e com seu entorno, é comum que
ocorram mudanças na forma como um estudante utiliza suas competências e se percebe com relação
a elas, sem que isso signifique que deixou de desenvolvê-las.
VE
Exemplos:
PR
utogestão é importante para o resultado acadêmico. Estudos no Brasil indicam que altos níveis dessa
mpetência melhoram o desempenho nas disciplinas de Matemática e Química (Santos, Primi e Miranda,
17). Para além da esfera escolar, essas competências ajudam no alcance de metas profissionais,
EL
ngajamento com os outros: os estudantes que o desenvolvem podem se adaptar mais facilmente ao
IM
ndo do trabalho (Cattan, 2010); além disso, diminui a evasão escolar (Carneiro et al, 2007).
IN
Resiliência emocional está associada à redução de ausências no trabalho (Störmer e Fahr, 2010), à
omoção de equilíbrio salarial (Pinger e Piatek, 2010; Rosenberg, 1965), à melhoria de desempenho no
prego (Duckworth et al, 2011) e ao aumento nas chances de ingresso no Ensino Superior (Rosenberg,
65). Estudos no Brasil também associam o desenvolvimento dessa competência à diminuição de
túrbios alimentares (Tomaz e Zanini, 2009).
REFERÊNCIAS
Allen, D., & Tanner, K. (2006). “Rubrics: tools for making learning goals and evaluation criteria explicit
for both teachers and learners”. CBE Life Sci Educ, 5(3), 197-203. doi:10.1187/cbe.06-06-0168.
Barros, Ricardo Paes de; Coutinho, Diana; Garcia, Beatriz Silva e Machado, Laura Muller. “O
desenvolvimento socioemocional como antídoto para a desigualdade de oportunidades”. Relatório
técnico INAF 2016. São Paulo: Instituto Ayrton Senna e Instituto Paulo Montenegro, 2016.
Carneiro, P., C.Crawford, e Alissa Goodman (2007). “The Impact of Early Cognitve and Non-Cognitve
Skills on Later Outcomes”. CEE Discussion Papers 0092, Centre for the Economics of Education, LSE.
Cattan, S. (2010). “Heterogeneity and Selection in the Labor Market.” PhD thesis, University of
Chicago.
Duckworth, A., M. Almlund, J. Heckman e T. Kaultz. (2011). “Personality psychology and Economics”.
IZA Discussion Paper 5500.
Duncan, G.J. and Magnuson, K. (2010). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills, Attention
VE
Skills, and Behavior Problems”. Working paper 2010 at the Department of Education, UC Irvine.
Duncan, Greg & Magnuson, Katherine. (2011). "The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
RS
Attention Skills, and Behavior Problems". Whither Opportunity: Rising Inequality, Schools, and
Children’s Life Chances. New York: Russell Sage.
ÃO
Lee, E., & Lee, S. (2009). “Effects of Instructional Rubrics on Class Engagement Behaviors and the
PR
Achievement of Lesson Objectives”. Students with Mild Mental Retardation and Their
Panadero, E., & Jonsson, A. (2013). “The use of scoring rubrics for formative assessment purposes
EL
Piatek, R. & P. Pinger. (2010). "Maintaining (Locus of) Control? Assessing the Impact of Locus of
IM
Control on Education Decisions and Wages". Institute for the Study of Labor (IZA). Discussion Paper
No. 5289.
IN
Reddy, Y. M. & Andrade, H. (2010). “A review of rubric use in higher education”. Assessment &
Evaluation in Higher Education: 35(4), 435-448. doi:10.1080/02602930902862859 Urbina, S. (2007).
AR
Rosenberg, M. (1965). “Society and the adolescent self-image”. Princeton, NJ: Princeton University
Press.
Santos, Daniel; Primi, Ricardo ; Miranda, Jéssica Gagete. (2017). "Socio-emotional development and
learning in school". Relatório Técnico a ser publicado.
Stormer, S. & R. Fahr. (2010). “Individual Determinants of Work Attendance: Evidence on the Role of
Personality”. IZA Discussion Paper No. 4927.
Tomaz, R & Zanini, D.S. (2009). “Personalidade e Coping em Pacientes com Transtornos Alimentares e
Obesidade”.
A expressão “avaliação socioemocional” não será usada com os estudantes
para facilitar a compreensão, o engajamento e evitar que eles percebam a
atividade como uma “avaliação em que devem alcançar a maior pontuação
possível”. Visando o desenvolvimento socioemocional e engajamento dos
estudantes, esse processo será gamificado, ou seja, as ações serão
apresentadas como missões, mobilizando aspectos lúdicos e pedagógicos.
pontos:
desenvolvimento de uma pessoa, pois quanto mais uma pessoa sabe sobre si
mesma, mais consciência tem de si, intervindo no curso da própria
aprendizagem e da vida.
Atenção, professor!
Reforce junto aos estudantes a compreensão de que competências socioemocionais não são
superpoderes. Este é só um jeito de começarmos a discussão sobre o assunto, que vai durar
até o final do Ensino Médio.
Após essa conversa inicial, escolha uma estratégia de leitura coletiva, que
PR
pode ser em pequenos times ou com toda a turma. Caso escolha a segunda
opção, leia, em voz alta, a definição das 5 macrocompetências: abertura ao
EL
AMABILIDADE: Diz respeito ao emprego do afeto, a ser solidário, empático e respeitoso nas
relações e a acreditar que os outros podem ser dignos de confiança, ou seja, envolve ser
capaz de compreender, sentir e avaliar uma situação pela perspectiva e pelo repertório do
outro, colocando-se no lugar dessa pessoa. Competências socioemocionais relacionadas:
Empatia; Respeito; Confiança.
RESILIÊNCIA EMOCIONAL: Diz respeito à capacidade de lidar com situações adversas e com
sentimentos como tristeza, raiva, ansiedade e medo. Competências socioemocionais
relacionadas: Tolerância ao estresse; Autoconfiança; Tolerância à frustração.
Nas tarjetas de uma cor: escrever o nome de cada uma das competências
socioemocionais enfatizadas pela rede para o ano/série.
IN
Professor, você tem autonomia para propor a realização do jogo sugerido abaixo ou optar
por realizar outra dinâmica junto com os estudantes, o mais importante aqui é assegurar
que o objetivo de entendimento das competências socioemocionais em foco seja alcançado.
Peça que formem grupos de trabalho, composto por 6 integrantes. Cada grupo deve se
dividir pela metade, ficando 3 integrantes responsáveis por serem os porta-vozes do grupo e
3 com o papel de adivinhadores. Eles devem se posicionar de lados distintos da sala, de
modo que não possam se comunicar entre si. Os porta-vozes de cada grupo pegam um
pedaço de papel (no formato de sorteio) em que consta uma competência socioemocional
escrita, sem que os adivinhadores do seu time saibam qual foi a competência sorteada. Os 3
porta vozes de cada grupo terão, no máximo, 5 minutos para criar uma forma de descrever
essa competência sem falar o nome ou palavras que tenham o mesmo radical. Exemplo:
VE
para descrever empatia, não se pode falar a palavra empatia e empático. Durante esse
tempo os adivinhadores podem reler o texto de definição das competências no Caderno do
RS
Estudante.
ÃO
para ser o porta voz do time que descreverá para a turma a competência. Esses porta-vozes
devem se posicionar próximo ao quadro, sendo que cada um terá 30 segundos para
apresentar a definição criada pelo seu time.
EL
Professor, caso você avalie que a atividade fica muito difícil para os adivinhadores
IM
descobrirem a competência correta em 30 segundos, você pode definir que o tempo máximo
seja de 1 minuto. Enquanto o porta-voz do grupo vai dando a explicação, integrantes
IN
adivinhadores do seu grupo tentam acertar qual a competência está sendo descrita, ou seja,
os adivinhadores daquele grupo podem ir falando o nome das competências, se acertarem o
time ganha 1 ponto. Caso os adivinhadores do grupo em questão não tenham conseguido
AR
acertar a competência, o professor abre espaço para que adivinhadores dos outros grupos
tentem acertar. Mas, atenção, os adivinhadores dos outros grupos só devem falar se
estiverem seguros, pois caso “chutem” a competência errada de um grupo que não seja o
deles, perderão 1 ponto ( -1 ponto para cada competência errada). Caso ninguém adivinhe, o
porta-voz final fala a competência para que todos tenham ciência. Cada grupo terá direito a
apresentar a sua definição, ao final, o grupo que tiver acertado mais definições é o vencedor.
Lembrando que pode haver empate.
Ao final, avaliem conjuntamente se a missão 2 foi cumprida com sucesso ou
não. Esse jogo é um indicativo da compreensão ou dificuldade de
compreensão dos estudantes. Caso a missão não tenha sido cumprida com
sucesso, ou seja, caso os estudantes não tenham compreendido as definições
das competências, realize mais uma rodada de conversa coletiva, para sanar
as dúvidas.
MISSÃO 3: IDENTIFICANDO MINHAS COMPETÊNCIAS
O “Caderno de Respostas” impresso está nas páginas finais do Caderno do Estudante. O seu
preenchimento poderá ser feito na versão impressa no 1o bimestre. Haverá um espaço na
SED para inserir as informações. Um tutorial com todos os detalhes será compartilhado
ainda neste bimestre.
competência. É por este motivo que cada estágio é chamado de degrau, que
vai do 1 ao 4. Os degraus 1, 2, 3 e 4 são acompanhados por uma
RS
nível descrito no degrau 1, mas ainda não chegou ao nível descrito no degrau
2).
EL
A Missão 4 “ONDE ESTAMOS E PARA ONDE QUEREMOS IR!” será dividida em 5 momentos.
Momento 1: Individual
VE
Momento 1: Individual
Solicite aos estudantes que escolham, individualmente (neste primeiro
PR
- Reforçar para os estudantes, que eles não estão sozinhos nesse processo de
desenvolvimento socioemocional, eles podem contar com você (professor de
RS
Esse exercício grupal visa trazer uma reflexão sobre o consolidado da turma de
AR
seu plano e apoiar os colegas que estão contando com a colaboração deles.
Professor(a), seu papel é acompanhar a Missão permanente – Jornada de
ÃO
com seus colegas (principalmente os dois que compõem o seu trio, elencados
no plano de desenvolvimento pessoal como apoiadores) e com você,
IM
Avaliação
Verifique se os estudantes sabem expressar o que será demandado deles na
Missão permanente – Jornada de desenvolvimento e se eles estão
conseguindo se enxergar como protagonistas que exercem papel ativo em sua
própria aprendizagem e desenvolvimento socioemocional e em colaboração
com seus colegas.
Situação de Aprendizagem
IM
Material
necessário:
Esse momento requer empatia, ou seja, não permite espaço para críticas,
RS
piadas ou ofensas entre os estudantes e pode ser um momento fértil para acolher as
diferenças de cada um.
ÃO
Avaliação:
Para finalizar, num momento avaliativo, professor(a), indique aos estudantes para
PR
Situação de Aprendizagem
MINHA EVOLUÇÃO NA LINHA DO TEMPO
Reflexão orientada sobre quem se é, pautada no
autoconhecimento e no estímulo para que os estudantes
Objetivo: situem a construção de si mesmos em um cenário mais
amplo, de relação com outras pessoas e com o contexto e
o tempo em que vivem.
Competências Empatia, Foco, Imaginação criativa.
socioemocionais em
foco:
- Cartolinas;
VE
refletir sobre quem eles são, como se transformaram nos últimos anos e como se
relacionam com as respostas dos colegas e com o contexto em que vivem.
EL
A questão “Como eu me transformei?” pode servir como estímulo para uma conversa
IM
que conte com a participação de toda a turma. A partir das falas dos estudantes, o
objetivo é construir um entendimento comum que contemple aspectos diversos sobre
IN
apoio para que todos completem o preenchimento. Caso seja necessário mais
espaço, o Diário de Práticas e Vivências pode ser utilizado para a reprodução
ÃO
da tabela.
As respostas não precisam ser objetivas. Caso alguns estudantes sintam-se à vontade
para contar breves histórias que ilustrem o que querem dizer, ou se quiserem explorar
AR
exemplos.
Avaliação
Após a rodada expositiva, os estudantes lançam um olhar avaliativo e tecem comentários a
partir de uma análise das linhas do tempo. Algumas questões podem instigar esse processo,
como:
1. A linha do tempo representa bem e de forma criativa as informações que o grupo
pretendia passar?
2. A produção dialoga com o debate que a turma realizou anteriormente? Como?
3. Vocês enxergam traços semelhantes ao que criaram no trabalho dos outros grupos?
Como?
4. O que há de mais interessante nas produções?
5. Há algum detalhe que poderia ser modificado? Por quê?
1. Segundo sua avaliação e observação dos grupos enquanto trabalhavam, eles conseguiram
lançar um olhar crítico para o próprio trabalho?
2. Houve estudantes que não acompanharam a atividade com o engajamento que se
esperava, seja por não se entusiasmarem pela temática, seja por não terem se apropriado
do processo de construção da linha do tempo? O que em sua mediação pode ser feito para
que, em situações futuras, todos se envolvam na atividade?
VE
RS
Situação de Aprendizagem
ÃO
RETROVISOR
Objetivo: Reconhecimento e valorização das aprendizagens que os
estudantes desenvolveram, individual e coletivamente, ao
PR
socioemocionais e Persistência.
híbridas em foco:
IN
apoiar essa tarefa. Além disso, cada estudante registra, em seu Diário de
Práticas e Vivências, aqueles aspectos da discussão que melhor dizem
respeito a suas vivências enquanto estudantes. A dinâmica se repete para
todas as áreas de conhecimento.
essa etapa, a turma estará dividida em grupos. Cada grupo de trabalho fará uma
N
proposta de painel em tamanho reduzido (folha A4). As propostas serão apresentadas
à turma e uma delas (que pode ser aprimorada com boas ideias presentes nas
demais propostas) será escolhida para ser transformada em painel, no tamanho
definitivo (uma cartolina ou papel kraft).
“Mapa mental, ou mapa da mente, é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo psicólogo
inglês Tony Buzan, voltado a diversos objetivos, entre eles: a gestão de informações, de conhecimento e de
capital intelectual; a compreensão e solução de problemas; a memorização e aprendizado de conteúdos
diversos; a criação de manuais, livros e palestras.
VE
Os desenhos feitos em um mapa mental partem de um único centro, a partir do qual são irradiadas as
informações relacionadas. Podem ser elaborados por meio de canetas coloridas sobre folhas de papel ou um
RS
No contexto educacional, mapas mentais são úteis não apenas para "decorar matéria", mas para registrar de
forma inteligente, e que permita revisões rápidas, os assuntos compreendidos em forma de resumos, que
sintetizam o entendimento das matérias.
PR
O psicólogo inglês Tony Buzan sugere as seguintes diretrizes para a criação de mapas mentais (são boas dicas,
mas não precisam ser todas seguidas à risca!):
EL
● Iniciar no centro com uma imagem do assunto, usando pelo menos três cores.
● Use imagens, símbolos, códigos e dimensões em todo o seu mapa mental.
IM
● As linhas devem estar conectadas a partir da imagem central. As linhas centrais são mais grossas,
orgânicas e afinam-se à medida que irradiam para fora do centro.
● Faça as linhas do mesmo comprimento que a palavra/imagem que suportam.
AR
● Use várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e também para codificar ou agrupar.
● Desenvolva seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
● Use ênfases e mostre associações no seu mapa mental.
● Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou contornos para agrupar
ramos.
WIKIPEDIA. Mapa mental (adaptado). Disponível em: <bit.ly/mapa-mental-1>. Acesso em: 12 jan. 2019.
trabalho
ÃO
Ainda que trabalho seja individual, eles estarão organizados em grupos de trabalho, e dessa
forma, poderão:
Avaliação
a elaboração do material?
● Foi importante olhar criticamente para os modos como vocês estudam? O que dessa
atividade levam de mais relevante para sua vida de estudante, nos próximos anos?
PR
EL
Situação de Aprendizagem
DAQUI PARA A FRENTE...
Discussão sobre as especificidades e mudanças do
Objetivo: Ensino Médio em relação ao Ensino Fundamental, para
que os estudantes reconheçam os desafios que levam
consigo para esse novo ciclo.
Competências Organização, Responsabilidade, Foco, Assertividade,
socioemocionais em Iniciativa Social.
foco:
Material necessário: Leitura prévia para o(a) professor(a): sobre a transição do
Ensino Fundamental para o Ensino Médio.
Texto de Apoio
amigos e familiares que já vivenciaram essa fase, quanto por discursos diversos que
circulam, dentro e fora da escola, sobre esse ciclo.
RS
relação à entrada no Ensino Médio, muitas vezes por não terem clareza das especificidades
que ele guarda em relação ao Ensino Fundamental. Devido ao aumento do número de
disciplinas e professores, há a noção de que terão compromissos e responsabilidades
PR
expectativas sobre a escola em que irão estudar e o receio da ruptura dos laços de
convivência que construíram com os colegas e os discentes da escola atual.
IN
● Inep divulga dados inéditos sobre fluxo escolar na educação básica (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
ível em: <bit.ly/2-transicao>.
tapa 1: início da reflexão sobre Ensino Médio, escolha dos convidados e
E
IN
escolha pode ser feita de acordo com a instituição de interesse dos estudantes
(isso demandará que o grupo contate a instituição e converse diretamente com
IN
objetivos da atividade).
Texto de Apoio:
RS
exemplo: todos os convidados participaram de uma mesma conversa ou a turma vai separar
alguns minutos para dialogar com cada um separadamente?
Contato e convite
Ficará a cargo de um(a) representante de cada grupo contatar o(a) convidado(a), apresentar
PR
conversa. Apresente quais funções são essas e pergunte quais estudantes gostariam de se
voluntariar para elas:
● Apresentação dos convidados: um(a) representante de cada grupo fará uma breve
IN
apresentação da pessoa que convidaram, contando quem é ela e porque ela foi escolhida
para estar ali.
AR
Avaliação
Em uma roda de conversa, apresente algumas questões, como:
ÃO
bem organizados?
● Se pudessem fazer algo de diferente durante o encontro, o que seria?
EL
IM
IN
Situação de Aprendizagem
PAPO RETO
Engajamento dos estudantes para que tomem as rédeas
da idealização, do planejamento e da produção de um
Objetivo: evento educativo, que permita a construção e o
aprofundamento de conhecimentos relacionados à
vivência adolescente e ampliação de repertórios.
Competências Organização, foco, determinação, responsabilidade,
socioemocionais e assertividade, iniciativa social e curiosidade para
híbridas em foco: aprender.
- Papel;
Material necessário: - Lápis/caneta;
- Reserva de laboratório de informática ou uso de
smartphones com acesso à internet para busca de
informações.
“Papo Reto”;
RS
Texto de apoio:
EL
curricular Projeto de Vida: ela é seriada, e está proposto para acontecer uma vez a cada
bimestre, ao longo do 9º ano. Sua configuração é a de um ciclo de diálogos e tem como foco
IN
eles apenas escolher o assunto de discussão e os convidados. Será papel deles trabalhar em
outras frentes de produção: realizar o convite, elaborar perguntas e pautas de discussão,
preparar o espaço, apresentar a pessoa convidada, gerir o tempo e os recursos necessários
para que tudo ocorra conforme o planejamento da turma.
Por ser uma atividade com maior grau de complexidade, em que os estudantes são
estimulados a atuar com autonomia para a solução dos desafios propostos, cabe, de partida,
evidenciar competências e saberes que estarão em foco com intencionalidade nas próximas
aulas. Durante sua mediação, não deixe de provocar os estudantes para o reconhecimento
de como estão trabalhando para o desenvolvimento da própria autonomia:
Colaboração: será necessário trabalho colaborativo, organização e esforço coletivo para
tirar o “Papo Reto” do papel e transformá-lo em um evento significativo para a turma. É
importante que todos se engajem e compartilhem a responsabilidade de construir o ciclo de
debates da melhor forma possível.
Comunicação: essa competência é central numa atividade pautada pelo diálogo e pelo
debate. No “Papo Reto”, a comunicação é trabalhada quando os estudantes expressam
pontos de vista, consideram opiniões divergentes, constroem argumentações bem
fundamentadas e se engajam para ouvir e falar em público de modo seguro e preparado.
Abertura para o novo: o “Papo Reto” é uma oportunidade de aprofundar conhecimentos
em assuntos de interesse dos próprios estudantes. Será papel da turma se mostrar disposta
a dialogar com os convidados, construir novos conhecimentos, explorar as novas
experiências estéticas, culturais e intelectuais com as quais estarão em contato.
Pensamento crítico: o “Papo Reto” proporciona momentos em que a competência do
pensamento crítico se mostra fundamental, especialmente no que diz respeito à análise das
ideias e fatos que estarão em pauta durante o debate. Seja durante o diálogo com os
convidados, seja na preparação prévia para este momento, os estudantes serão
demandados a estabelecer pontes entre seus conhecimentos prévios e os novos, que serão
construídos, formular sínteses e avaliar o processo vivenciado.
É importante que você professor(a), acompanhe o passo a passo dos grupos ao longo dos
VE
estudantes e mobilizar a atenção deles para o bate-papo que acontecerá em algum outro
momento, pois, em atividades como essas, alguns combinados podem fugir ao controle,
mesmo com todos os cuidados.
PR
Definição dos grupos que farão contato com os convidados escolhidos, chamando-os para a
visita à escola, sanando suas dúvidas, confirmando sua presença no dia anterior ao evento.
IM
Esses grupos serão responsáveis por receber e acompanhar o(a) visitante no dia em que ele
for à escola, além de fazer a apresentação do(a) convidado(a) no dia do bate-papo (para
IN
isso, será preciso pedir que os convidados enviem, com antecedência, um currículo
resumido). Oriente que os grupos tentem uma primeira abordagem para o convite por
AR
telefone ou e-mail ainda durante a aula, de modo que possam ter uma resposta prévia.
Planejamento:
São os grupos responsáveis por planejar em conjunto os aspectos logísticos do “Papo Reto”.
O encontro ocorrerá na sala de aula, no auditório ou outro espaço da escola? Serão
apresentações separadas ou uma roda de conversa? Acontecerão no mesmo dia?
Definiremos um tempo para cada convidado falar ou deixaremos a conversa fluir? Qual será
o tempo de apresentação dos convidados e qual será o tempo de debate com as questões
dos estudantes? Serão necessários equipamento de áudio e de projeção de imagens? Como
os grupos podem providenciá-los?
Para tomar essas decisões, sugira aos grupos que pesquisem por exemplos de debates,
seminários e ciclos de diálogos na internet. Assim, poderão formular e planejar boas
estratégias para que o bate-papo seja bastante proveitoso para a turma.
Importante: É imprescindível o planejamento seja acompanhado de perto e que o(a)
professor(a) seja responsável pelo aval final, juntamente com a equipe de gestão da escola.
Não deixe de lembrar aos grupos que, para as aulas com visita dos convidados, devem estar
reservados de 10 a 15 minutos para avaliação do encontro, ao final.
que os grupos estejam atentos aos combinados, pois podem ser necessários pequenos
trabalhos fora do horário dos encontros de Projeto de Vida (para trocar e-mails e conversar
ao telefone com os convidados, por exemplo).
RS
ÃO
Debate:
Todos os grupos deverão elaborar, previamente, perguntas para os convidados e pesquisar
sobre o assunto em pauta. Assim, poderão fomentar o debate no dia da visita. Não deixe de
acompanhar, junto aos estudantes, a construção das perguntas.
PR
EL
Cada grupo elegerá um(a) líder, que será responsável por reportar ao(à)
AR
questão: "Por que esse tópico é importante para a nossa turma?" , bem como
chegue ao consenso de quais serão as questões centrais que orientarão a
ÃO
escolha das duas pessoas convidadas para o “Papo Reto” do bimestre atual.
Avaliação
Etapa 3. Para finalizar as aulas dedicadas ao “Papo Reto”, peça que a turma se organize em
roda para uma conversa avaliativa sobre o processo e o resultado final. Algumas sugestões
de perguntas para fomentar o debate:
engajamento e na corresponsabilidade?
• Para vocês, quais foram os momentos mais entusiasmantes e engajadores do bimestre?
ÃO
Por quê?
• Em quais atividades consideram que poderia haver modificações na dinâmica proposta?
Por quê?
Para finalizar o encontro, busque oferecer uma devolutiva sobre a participação da turma ao
PR
longo do bimestre. Uma boa estratégia para isso é formular previamente comentários
acerca dos processos vivenciados pelos estudantes, com base nas avaliações feitas e do
acompanhamento dos times.
EL
É possível apresentar suas observações para toda a turma, em conjunto. Outra possibilidade
IM
1. Que tipo de mediação você fez no planejamento e execução de toda a atividade? Foi
necessário balizar muitas das escolhas dos grupos ou eles tomaram decisões responsáveis e
em consonância com as possibilidades estabelecidas pelas suas orientações?