Gestao de Projetos e Equipes - Livro - Completo
Gestao de Projetos e Equipes - Livro - Completo
Gestao de Projetos e Equipes - Livro - Completo
Palhoça
UnisulVirtual
2006
Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho.
Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também
será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da
UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade,
seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Ambiente Virtual
de Aprendizagem. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo,
pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo.
Equipe UnisulVirtual.
Design instrucional
Daniela Erani Monteiro Will
Maria Isabel Orofino
Palhoça
UnisulVirtual
2006
658.404
F12 Faccioni Filho, Mauro
Gestão de projetos e de equipes : livro didático / Mauro Faccioni Filho ; design
instrucional Daniela Erani Monteiro Will, Maria Isabel Orofino; [Flavia Lumi
Matuzawa, Karla Leonora Dahse Nunes, Leandro Kingeski Pacheco] — 3. ed. rev. e
atual – Palhoça : UnisulVirtual, 2006.
295 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
Créditos
Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina
UnisulVirtual - Educação Superior a Distância
Campus UnisulVirtual Charles Cesconetto Silvana Denise Guimarães Djeime Sammer Bortolotti
Rua João Pereira dos Santos, 303 Diva Marília Flemming Tade-Ane de Amorim Carla Cristina Sbardella
Palhoça - SC - 88130-475 Elisa Flemming Luz Vanessa de Andrade Manuel Grasiela Martins
Fone/fax: (48) 3279-1541 e 3279-1542 Itamar Pedro Bevilaqua Vanessa Francine Corrêa James Marcel Silva Ribeiro
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Site: www.virtual.unisul.br Jucimara Roesler Viviani Poyer Liana Pamplona
Lauro José Ballock Maira Marina Martins Godinho
Reitor Unisul Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Logística de Encontros Presenciais Marcelo Pereira
Gerson Luiz Joner da Silveira Luiz Otávio Botelho Lento Caroline Batista (Coordenadora) Marcos Alcides Medeiros Junior
Marcelo Cavalcanti Aracelli Araldi Maria Isabel Aragon
Vice-Reitor e Pró-Reitor Acadêmico Mauri Luiz Heerdt Graciele Marinês Lindenmayr Olavo Lajús
Sebastião Salésio Heerdt Mauro Faccioni Filho José Carlos Teixeira Priscilla Geovana Pagani
Nélio Herzmann Letícia Cristina Pinheiro Silvana Henrique Silva
Chefe de gabinete da Reitoria Onei Tadeu Dutra Kênia Alexandra Costa Hermann
Fabian Martins de Castro Patrícia Alberton Marcia Luz de Oliveira Secretária Executiva
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Pró-Reitor Administrativo Rafael Peteffi da Silva
Marcus Vinícius Anátoles da Silva Ferreira Raulino Jacó Brüning Logística de Materiais Tecnologia
Jeferson Cassiano Almeida da Costa Osmar de Oliveira Braz Júnior
Campus Tubarão e Araranguá Design Gráfico (coordenador) (coordenador)
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Diretora adjunta: Alexandra Orseni (coordenador) Rodrigo de Barcelos Martins
Adriana Ferreira dos Santos Monitoria e Suporte
Campus Grande Florianópolis e Alex Sandro Xavier Rafael da Cunha Lara (coordenador)
Norte da Ilha Evandro Guedes Machado Adriana Silveira Edição – Livro Didático
Diretor: Ailton Nazareno Soares Fernando Roberto Dias Zimmermann Caroline Mendonça
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Pedro Paulo Alves Teixeira Francielle Arruda Mauro Faccioni Filho
Campus UnisulVirtual Rafael Pessi Gabriela Malinverni Barbieri
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Diretora adjunta: Jucimara Roesler Josiane Conceição Leal Daniela Erani Monteiro Will
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Angelita Marçal Flores Simone Andréa de Castilho Flavia Lumi Matuzawa (2ª ed. rev.)
Equipe UnisulVirtual Carmen Maria Cipriani Pandini Vinícius Maycot Serafim Leandro Kingeski Pacheco (3ª ed.
Carolina Hoeller da Silva Boeing rev. e atual.)
Administração Cristina Klipp de Oliveira Produção Industrial e Suporte
Renato André Luz Daniela Erani Monteiro Will Arthur Emmanuel F. Silveira (coordenador) Projeto Gráfico e Capa
Valmir Venício Inácio Dênia Falcão de Bittencourt Francisco Asp Equipe UnisulVirtual
Elisa Flemming Luz
Bibliotecária Enzo de Oliveira Moreira Projetos Corporativos Diagramação
Soraya Arruda Waltrick Flávia Lumi Matuzawa Diane Dal Mago Rafael Pessi
Karla Leonora Dahse Nunes Vanderlei Brasil
Coordenação dos Cursos Leandro Kingeski Pacheco Revisão Ortográfica
Adriano Sérgio da Cunha Ligia Maria Soufen Tumolo Secretaria de Ensino a Distância Revisare
Ana Luisa Mülbert Márcia Loch Karine Augusta Zanoni
Ana Paula Reusing Pacheco Patrícia Meneghel (secretária de ensino)
Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
10
o livro didático;
o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem – EVA;
as atividades de avaliação (complementares, a distância
e presenciais);
o Sistema Tutorial.
Ementa
Análise de requisitos do cliente. Análise de custos, recursos
e prazos. Descrição do escopo do problema. Planejamento e
gestão de recursos materiais e humanos. Divisão de tarefas
e etapas, considerando riscos. Criação de plano com fluxo
de trabalho e sincronismo de equipe e recursos. Controle da
qualidade em projetos para Web. Encerramento de projetos.
Verificação da satisfação do cliente. Feedback.
Objetivo geral
Apresentar os conceitos básicos da área de gestão de
projetos.
Fornecer subsídios para a avaliação de riscos de um
projeto, com ênfase nos projetos de base tecnológica.
Apresentar técnicas de planejamento, execução e
controle de projetos, formação de equipes e seu
gerenciamento de reuniões.
Descrever um modelo para gestão de projetos.
Verificação dos softwares disponíveis para auxílio no
gerenciamento de projetos.
Utilização de software livre para gestão de projetos.
Conteúdo programático
12
Unidade 4: Planejamento
As principais metodologias de planejamento de projeto são
apresentadas nesta unidade, bem como técnicas para sua aplicação
em problemas práticos. Métodos como Gráfico de Gantt, PERT/
CPM, estimativa de recursos e cronogramas físico-financeiros são
desenvolvidos e aplicados em projetos típicos.
13
14
Atividades atividades
15
Objetivos de aprendizagem
Compreender diferenças entre projetos e atividades
rotineiras e contínuas.
Seções de estudo
Seção 1 História e evolução da gestão de projetos.
Seção 2 O que é Projeto?
Seção 3 O que é Gestão?
Seção 4 Prazo, Recursos, Custos e Grupos de
Trabalho.
18
Unidade 1 19
20
Unidade 1 21
os aquedutos;
as estradas calçadas em pedras, que cruzaram a Europa
em todas as direções e que até hoje têm alguns trechos
mantidas (quando as pedras não foram roubadas!).
22
Unidade 1 23
Figura 1.4 - O Cavalo de Tróia sendo puxado para dentro da cidade, segundo o pintor
Giovanni Battista Tiepolo.
Você sabia?
Passados muitos séculos, já no final da Idade Média e
quando os países ocidentais começaram a se definir
como nações, houve um país que ficou com uma área
territorial muito restrita, impedindo seu crescimento
e riqueza.
Deu-se início então a um enorme projeto, que na
verdade ficou dividido em inúmeros subprojetos, que
consistiram em aumentar o território da Holanda,
conquistando espaço do mar. Como?
24
Unidade 1 25
26
Unidade 1 27
28
Unidade 1 29
30
Nas próximas seções, você vai conhecer alguns conceitos que vão
estar presentes em toda a disciplina e que certamente vão ajudá-lo
muito, seja em seus trabalhos educacionais ou profissionais.
Unidade 1 31
Bem, você não vai encontrar essa discussão nesta disciplina, mas
vamos trabalhar alguns conceitos importantes e se manter perto
deles. Começemos pelo conceito de projeto.
Prazos.
Objetivos.
Custos.
Recursos.
32
Unidade 1 33
A internet é um projeto?
Assim, como você já estudou na disciplina Introdução à Internet,
no início houve um projeto para constituir uma grande rede,
interligando computadores com finalidades bem definidas. A sua
expansão, a inclusão das transações comerciais, a interligação
de redes de pesquisa, de telecomunicações, os negócios, os
empreendimentos pessoais, enfim, todas as comunicações
que hoje usam a Internet como meio, fizeram dela uma
infra-estrutura de telecomunicações mundial. Hoje pode ser
considerada uma atividade de uso rotineiro, base para outros
projetos, que se superpõem a ela.
34
planejar o projeto;
organizar todos os recursos;
integrar os diversos elementos durante a execução do
projeto;
medir o andamento das atividades e
revisar o plano para corrigir eventuais discrepâncias,
para alcançar o objetivo do projeto.
Unidade 1 35
Prazo
Prazo é a palavra do momento. Como você já leu, no passado
muitas vezes não havia uma preocupação com os prazos
dos projetos. Porém, hoje ela é enorme pois os recursos são
sempre escassos, e colocar um produto no mercado antes que a
concorrência pode ser o fator do sucesso ou do fracasso.
36
Recursos
Muitas vezes se confunde recursos com dinheiro, ou recursos
com custos. Porém vamos usar uma definição mais abrangente,
pois as condições financeiras possibilitam obter diversos recursos,
mas não todos.
Custos
Idéias maravilhosas, projetos visionários, nada disso
pode ir além se não houver condições de pagar os
custos de desenvolvimento. Recursos são necessários, os
equipamentos custam dinheiro, materiais de consumo
também, cada vez mais caras são as horas de trabalho
das pessoas e dos especialistas em particular.
Grupos de trabalho
O principal elemento de um projeto, não interessa sua dimensão
ou importância, é o conjunto de pessoas responsáveis pela sua
consecução. Isso não quer dizer que as pessoas tenham seu valor
considerado adequadamente, basta ver os exemplos históricos
que mencionamos. Impossível seria construir as Muralhas da
China sem os milhares de operários que lá estiveram. No entanto
Unidade 1 37
38
Síntese
Unidade 1 39
Atividades de auto-avaliação
40
Desafios e sintomas
Média nacional EUA (1998)
típicos de projetos
Unidade 1 41
Software
Indústria Automobilística
Bancos
Governo
42
Saiba mais
Unidade 1 43
Nascimento do projeto
Objetivos de aprendizagem
Compreender como nascem os projetos e como
detectar oportunidades de nascimento de projetos,
sejam individuais ou em ambientes empresariais e
industriais.
Seções de estudo
Seção 1 Inovação tecnológica: fonte de novos
projetos.
Foi com essas idéias que esta unidade foi escrita. Convido você a
participar e contribuir!
46
1. necessidades;
Necessidades
Desenvolvimento Uso e
Novas idéias Seleção
do projeto difusão
Conhecimento
e Tecnologia
Unidade 2 47
48
Unidade 2 49
50
Unidade 2 51
Você Sabia?
Unidade 2 53
54
Unidade 2 55
Quadro 2.1 – Painel sobre diferentes modelos de pesquisa, suas entradas e saídas.
56
+$
Tempo
-$
. Pesquisa . Investimento e . Introdução no . Maturação . Saturação . Crise
. Desenvolvimento Produção mercado
. Engenharia
Unidade 2 57
+$ A
B
Tempo
58
- Bem, até aqui você tive uma visão geral das fontes de conhecimento
científico e tecnológico, e como eles se desenvolvem para gerar mais
conhecimento e mais tecnologia. Na seção 2 você vai identificar onde
pode haver oportunidades de novos desenvolvimentos, pois essas
oportunidades poderão ser as fontes de novos projetos.
Unidade 2 59
- Sobre isso discutiremos mais tarde. Agora estude um pouco mais sobre
como as oportunidades surgem dentro do campo das tecnologias.
60
Unidade 2 61
Conhecimentos Necessidade
existentes Social
Pesquisa e Novos
IDÉIA conhecimentos Oferta
Desenvolvimento tecnológicos tecnológica
Técnicas de Demanda
engenharia de Mercado
Necessidade Conhecimentos
Social existentes
Técnicas de
engenharia
Demanda
de Mercado
Unidade 2 63
Conhecimentos
existentes
Necessidade
Social
Pesquisa e
Competidores Desenvolvimento IDÉIA
Demanda
de Mercado
Técnicas de
engenharia
Produção e
Fornecedores Distribuição
64
Geração de
idéias
Escolha de
alternativas
Estudos de
Mercado
Estudos de
viabilidade
Elaboração Obtenção de
Início do projeto
de projeto recursos
Unidade 2 65
66
Unidade 2 67
68
Chamamos de chão
Novas versões de software e novas formas de entrega de fábrica o ambiente
para o consumidor. onde geralmente estão
instaladas as máquinas
da indústria, e onde o
Industriais: muito próximos dos projetos do tipo processo operacional de
produção acontece; não
“comercial”, também estão objetivando diferencial inclui, por exemplo, as
competitivo; no entanto são desenvolvidos no interior áreas de administração,
da indústria buscando melhorias no processo produtivo vendas, compras e
do chão de fábrica, sem um relacionamento direto com projetos.
perspectivas comerciais (apesar de estar claro que tais
melhorias vão colaborar na qualidade de todo o sistema);
são projetos que vão desde uma modificação de leiaute
no chão de fábrica, passando por projetos de introdução Do inglês lay-out,
de automatismos em máquinas até a criação de novas representa um esboço
ou modelo genérico de
máquinas-ferramenta. disposição de peças,
móveis e equipamentos
Governamentais: os governos são grandes geradores de num ambiente.
projetos, e alguns envolvem toda a sociedade e podem
até mesmo mudar os rumos de uma região ou de um
país; em tese nascem das necessidades sociais e em visões Máquina-ferramenta é
estratégicas para buscar suprir tais necessidades, mas o aquela que é usada para
que se vê geralmente são as vaidades políticas e a visão fabricar outras máquinas,
limitada como geradores de tais projetos, que muitas mais especificamente para
dar forma a objetos sólidos
vezes acabam por gastos inúteis do dinheiro público; mas como madeira e metal,
certamente há também os projetos de sucesso, muitas os quais serão usados
vezes polêmicos, que são capazes de modificar todo um como peças em outras
panorama histórico, e para não ir muito longe lembro máquinas.
aqui da construção de Brasília como nova capital do
nosso país praticamente no sertão da região Centro-
Oeste, redirecionando o fluxo do capital e das decisões
para o centro da nação, redirecionando os pólos de poder
em direção ao interior; e há também os projetos de pequeno
porte, igualmente importantes que mudam, por exemplo,
o trânsito de um bairro ou introduzem ali uma área verde e
de preservação, ou por exemplo a introdução de um sistema
informatizado de pagamento de impostos e taxas.
Unidade 2 69
70
Unidade 2 71
Complexidade
Incerteza
Prazos
Figura 2.10 – Modelo UCP para classificação de projetos (DVIR et al., 2004).
72
Unidade 2 73
Tecnologia
Baixa Média Alta Super
Alta
Incerteza
Figura 2.11 – Eixo das Incertezas no Modelo UCP (DVIR et al., 2004).
74
Complexidade
Super-sistemas
Sistemas
Montagem
Unidade 2 75
Regulares
Competitivos
Prazos Críticos
Figura 2.13 – Eixo dos Prazos no Modelo UCP (DVIR et al., 2004).
76
Complexidade
Super-sistemas
Requisitada
Sistemas
Montagem Incerteza
Posição atual
Tecnologia
Unidade 2 77
Síntese
78
Atividades de auto-avaliação
Necessidades
Desenvolvimento Uso e
Novas idéias Seleção
do projeto difusão
Conhecimento
e Tecnologia
Unidade 2 79
2) Na figura a seguir você pode ver que tecnologia e ciência são atividades
diferentes, porém interligadas. E isso se estabelece na base da revolução
tecnológica atual, impulsionada por projetos de grande impacto. Como você
diferencia “tecnologia” e “ciência”?
Faça uma pesquisa ou debate, e comente sobre alguns produtos que tenham
sido substituídos por outros devido a mudanças tecnológicas ou de consumo.
80
(A) A construção de uma casa e classifique esse projeto segundo o modelo UCP,
marcando no desenho com eixos “complexidade x incerteza” a posição relativa
do projeto.
Complexidade
Super-sistemas
Sistemas
Montagem Incerteza
Tecnologia
Unidade 2 81
Saiba mais
Links úteis
Alguns links são muito úteis para a comunidade de ciência e
tecnologia. Dê uma olhada nesses:
82
Objetivos de aprendizagem
Compreender os aspectos práticos iniciais de um
projeto, sendo que a determinação exata do escopo do
projeto é o primeiro passo para seu sucesso.
Seções de estudo
Seção 1 Identificação e avaliação inicial.
Seção 2 Requisitos do cliente e solução de
problemas.
Bom estudo!
84
Unidade 3 85
86
Unidade 3 87
Visão ampla
88
Caso 1
Falha de monitores
Há alguns anos atrás, atuando em uma empresa de projetos e
consultoria em engenharia elétrica, fui chamado para apresentar
uma solução para problema que estava intrigando diversos
técnicos de uma grande empresa cerâmica.
Em determinado setor administrativo da indústria, um conjunto
de monitores, que ficava na lateral de uma das salas, oscilava
continuamente, variando porém a intensidade da oscilação
durante o dia. Às vezes, à noite, oscilava menos e até chegava a
não ser notado.
Esse problema afetava seriamente os usuários, chegando a
causar irritação nos olhos e grande cansaço. Os engenheiros e
técnicos eletricistas da fábrica foram chamados para resolver o
problema.
A primeira solução (restrita)
que apresentaram foi trocar o
circuito de alimentação elétrica
daqueles computadores, mas os
monitores continuaram oscilando.
Acusaram então o aterramento
como causador do problema e a
segunda solução apresentada, e
implementada, foi construir uma
malha de aterramento nova para
esse circuito e todos os outros
do departamento. Mas os monitores continuaram oscilando.
SEGUE
Unidade 3 89
Caso 1 - continuação
90
- E então? Viu agora? A seguir trago mais um caso para que você
compreenda melhor, veja:
Caso 2
Implantação de um ERP
ERP – Sigla para
Conheci uma empresa que tinha várias filiais espalhadas por extenso
Enterprise Resource
território e mais de mil e quinhentos funcionários. Não vou contar
Planning, sistema
aqui a novela e os dramas que aconteceram na escolha do software
informatizado para
ou na sua implantação. Vou iniciar o caso no momento em que uma
planejamento e
rede de comunicação IP foi contratada de uma grande empresa de
apoio à operação
telecomunicações. Qual era o problema?
dos recursos de uma
Antes do contrato dessa grande rede IP, todos os usuários reclamavam empresa, tais como
de imensos problemas de demora para resolver qualquer coisa com financeiro, estoque,
o tal software ERP, que tinha vindo para ser “a salvação do sistema de pessoal, linha de
informações” dessa empresa. O usuário evidentemente achava que produção etc.
isso seria um novo problema para ele, tão acostumado em preencher
papeizinhos. Mas cada vez que fazia uso do novo sistema, o mesmo não
respondia ou demorava demais para dar uma resposta, muitas vezes “travando”.
Então surgiu a primeira solução (restrita) do
problema: era a infra-estrutura de rede que não
funcionava bem. Foi contratada, então, a nova
rede IP e a esperança surgiu no coração de todos.
Nesse momento, fiz a minha primeira análise e
relatei a todos: o problema está no sistema, e a rede
não vai alterar seu comportamento. Bem, eu não queria frustrar as esperanças de
ninguém. Veio a nova rede e tudo continuou como era antes (e minha equipe já
tinha apresentado todos os gráficos de performance, antes e depois da existência
da rede, mas ninguém estava disposto a abandonar suas crenças até que cada um
visse novamente, em sua própria máquina, que tudo continuava igual).
Chegou a vez da segunda solução (restrita): se o sistema não funciona bem
deve ser problema com o servidor, então a solução é trocar o servidor (isso foi
feito). Acredito que tenha melhorado um por cento (é uma crença particular,
baseada na redução proporcional de reclamações). Fiz as seguintes perguntas:
o sistema é lento em todas as solicitações? Apenas das filiais? Poderia haver
problemas nas rotinas implementadas para acesso ao banco de dados? Quanto
mais as perguntas foram cercando diferentes aspectos do sistema, cada vez mais as
respostas indicaram que o problema estava na própria construção do sistema.
Bem, se essas perguntas tivessem sido feitas numa etapa muito anterior, talvez
as coisas fossem diferentes, mas na vida real a empresa deixou por isso mesmo
e passou a conviver com o ERP, como se fosse uma espécie de filho defeituoso,
vivendo para sempre dentro de casa.
Unidade 3 91
Caso 3
Encomenda de um novo site corporativo
Site corporativo:
espaço virtual de Estive em uma determinada companhia onde a cultura tecnológica
determinada empresa remontava ainda à época da segunda revolução industrial, ou seja, a
no ambiente da cultura tinha conseguido evoluir do ambiente das máquinas a vapor
“World Wide Web” para as máquinas elétricas. Isto não é uma crítica à companhia, pois
na internet – em ela estava adequada ao seu mercado, que a enxergava como capaz de
português algumas entregar produtos tradicionais (e conservadores) e nisso era muito boa.
vezes se usa a palavra
No entanto seu problema é que o discurso da nova direção era de
“sítio”, que aos poucos
remodelagem dos seus objetivos, e nisso o foco era estar a par com as
está se tornando
novas tecnologias e com os novos processos de qualidade, tanto é que
corrente no Brasil.
fazia questão de participar dos concursos de qualidade regionais, e
para ganhar alguns pontinhos nisso, sabia inteligentemente manipular
referenciais comparativos (e é por isso que os concursos de Qualidade
não têm valor, a não ser para os ignorantes sobre o assunto).
Pois bem, uma das suas iniciativas era a de
aumentar a interatividade com os clientes
e melhorar a imagem junto ao mercado, e
reformular o site da empresa era um dos
planos. Já havia um site em funcionamento,
mas era tão fraco e desestruturado que o
número de visitas era muito baixo, e mesmo
menor que o de alguns sites especializados
de algumas de suas seções industriais, que
tinham feito os seus de forma independente.
O gerente geral de marketing da empresa, que surpreendentemente
também acumulava a função de gerente técnico geral, resolveu
mudar essa situação contratando um novo ambiente, de tal forma que
embutisse os sites das seções, não permitindo assim que tivessem tal
independência de relacionamento com o mercado.
Esse era o clima geral do negócio e tal era o problema a resolver:
um novo site corporativo com esse conjunto de premissas, sejam de
marketing, sejam de política. Tanto esse gerente quanto seu diretor,
ambos tendo conquistado suas posições a partir de negociações
políticas (e não por talento empreendedor ou por conhecimento do
mercado), desprezavam as novas tecnologias, a tal nível que o primeiro
escrevia e-mails como se fossem ofícios e o segundo mal conhecia as
regras do português escrito.
92
Caso 3 - continuação
Unidade 3 93
Caso 4
Uma gigante da telefonia celular
Assim como nos três casos anteriores, verídicos, também neste não vou nominar
a empresa onde o fato ocorreu (apesar de ser muito fácil adivinhar). E apesar de
ter vivido o dia-a-dia daqueles três casos, neste último, infelizmente, não. Bem,
mais ou menos no meio dos anos 70 a empresa vivia uma crise no seu mercado,
sendo que os grandes compradores de seus produtos, voltados à área elétrica e
eletrônica, estavam perdendo o poder de compra.
A empresa tinha um grande problema nas mãos, que era o da sua própria
sobrevivência no futuro. Começou então a tomar um partido amplo para analisar
o problema, e iniciou um conjunto de ações em seqüência, sempre com soluções
criativas e tomadas por uma visão de conjunto.
Em primeiro lugar, não mudou completamente de ramo, para não desperdiçar
seu conhecimento técnico em eletrônica e sua cultura de fabricação de produtos
com excelência. Ao mesmo tempo assumiu como solução (de ampla visão) não
competir diretamente com empresas orientais que tinham preços baixos em
produtos eletrônicos.
Outra solução foi competir num mercado nascente e de alto valor
agregado, que naquele momento ainda consistia numa promessa: o da
Commodities: telefonia celular. No início dos anos noventa a empresa já detinha um
palavra da língua razoável conhecimento na área, e um domínio consistente do seu mercado
inglesa que indica local que, no entanto, era de dimensão restrita.
que o produto ou Também com uma visão ampla e estratégica do mercado mundial,
sistema é de uso previu que a produção de aparelhos de telefonia celular teria valor
ou conhecimento agregado quando inserisse qualidade no software, e não no hardware do
genérico, tendo equipamento. Adotou uma solução (ampla) de pesquisar e desenvolver
poucas diferenças de novas interfaces e aplicativos, voltados à facilidade de manuseio por parte
valor, independente do usuário, muito mais do que desenvolver simplesmente a miniaturização
de quem os fabrica dos aparelhos ou a qualidade de baterias, o que considerou como
ou fornece. commodities.
Na época um dos líderes mundiais nesse mercado era uma empresa
americana, que valorizava a robustez do aparelho. O que aconteceu foi que em
aproximadamente cinco anos essa empresa assumiu a liderança mundial na
venda de aparelhos, partindo de uma simples empresa de eletrônica periférica,
sendo atualmente copiada pela enxurrada de novos fabricantes orientais, que
para disputar o mercado insistem numa estratégia de preços reduzidos. A série de
soluções (amplas) adotadas pela empresa, sempre com uma visão geral sobre o
seu mercado e sobre os costumes, tendências e interesses dos seus clientes finais,
fez com que conquistasse e mantivesse a posição de líder. Essa mesma visão é que
criou um ambiente aberto de discussão com desenvolvedores de software de todo
o mundo, que continuam colaborando para sua expansão e liderança.
94
Unidade 3 95
Por fim, para completar esta seção, cabe dizer que as estratégias
são definidas e implementadas com uma visão de partido amplo,
e as questões operacionais estão definidas sobre questões restritas,
ou partes de uma estratégia. O momento em que uma ou outra
devem acontecer é que define o tipo de visão a tomar.
96
Unidade 3 97
98
Problema
definido
ou
Figura 3.3 – Diagrama do nascimento do projeto com coleta de informações e requisitos do cliente.
Unidade 3 99
planejamento;
definição e organização dos recursos;
acompanhamento da execução;
medição dos resultados obtidos; e
revisão, quando então o ciclo reinicia, se necessário.
Objetivos do projeto
Planejamento
Ferramentas de apoio
das atividades
Definição dos
recursos
Obtenção dos
recursos
Integração dos
recursos
SIM
Encerramento do projeto
100
Unidade 3 101
102
Replanejamento
Os sub-objetivos
Revisão da etapa
foram alcançados?
NÃO
SIM
Próxima etapa
Unidade 3 103
104
Unidade 3 105
106
Unidade 3 107
108
a) “Racionalização do desejo”
Page-Jones considera que esse primeiro fator se dá
quando alguém, que tem poder sobre a equipe, imagina
um prazo qualquer e, conforme seu desejo, impõe uma
data final aleatória. Isso pode acontecer, por exemplo,
quando um político define a data para uma inauguração,
sem ter a mínima noção do tempo e das questões legais que
envolvem a contratação e a execução da respectiva obra. Ou
quando o diretor de uma empresa determina que tal software
deverá estar funcionado em sua empresa em determinado
momento, sem buscar saber se tal software sequer existe ou é
adaptável. Partindo dessa data estabelecida por um desejo, aquele
que vai gerenciar o projeto tenta dividir as tarefas em prazos
menores para adaptar ao prazo global.
b) “Estimativa prematura”
Se a estimativa do prazo total for feita muito no começo da
análise do que será o projeto, tal data pode parecer imutável
(para os membros da equipe) e muito provavelmente será irreal.
Ora, muitas das particularidades do projeto serão percebidas
conforme se aprofunda a discussão e o planejamento do projeto,
e só então será possível prever com maior acuidade os prazos
das diversas etapas, culminando com um prazo global mais
próximo da realidade de execução. A estimativa prematura
acontece no afã de se ter uma data final para o projeto ficar
Unidade 3 109
c) “Compromisso progressivo”
Page-Jones atribui uma conotação bastante negativa para esse fator,
por considerar de procedimento não-ético. Consiste em estabelecer
um escopo de projeto reduzido para a equipe, que então define um
prazo para tal escopo. A partir do início da execução o contratante,
ou mesmo o gestor, vai ampliando o escopo e mostrando sua
verdadeira composição, com constantes incrementos de necessidades
e de compromissos. Não dando mais para voltar atrás, a equipe tenta
ajustar as novas necessidades dentro do planejamento, estressando
dessa forma todo o trabalho. Perdas e danos podem ser irreparáveis,
nesse caso, especialmente pelo sentimento de ter sido enganado, e
certamente não haverá prazo cumprido.
110
d) “Escala de valores”
O que Page-Jones chama de escala de valores está apresentado
na figura 3.6 a seguir. O projeto tem um determinado custo
para ser desenvolvido, que está representado pela linha tracejada,
enquanto os ganhos a serem auferidos com o projeto finalizado
estão representados pela linha contínua. A definição da melhor
data para entregar o projeto está relacionada com o melhor valor
agregado possível. Parta do princípio que tal “primeira data”
seja exeqüível, e que todas as análises levaram a definir essa
data como adequada. Os atrasos que ocorreram farão a data de
entrega escorregar para a direita no gráfico, e o valor adicional
de vantagens vai diminuindo proporcionalmente, até atingir um
ponto onde não há mais valor agregado, e os prejuízos começarão
a aumentar progressivamente.
Unidade 3 111
$
Curva dos
custos do
projeto
112
Unidade 3 113
custos prazo
recursos benefícios
Benefícios
Os benefícios são os resultados positivos esperados do projeto
depois de finalizado. Alguns dos benefícios são facilmente
mensuráveis e outros não. Os mensuráveis são aqueles que
poderemos comparar com o que se tinha antes do projeto ter sido
realizado.
114
Recursos
Considere os recursos como sendo materiais (equipamentos,
instalações, softwares etc.) e humanos (a equipe do projeto).
Projetos que envolvem o desenvolvimento de novas máquinas, por
exemplo, exigirão como parte dos recursos o acesso a laboratórios
de testes.
Unidade 3 115
Custos
Considerando os recursos materiais e humanos necessários para o
desenvolvimento do projeto, recursos financeiros serão necessários
para custeá-lo. A esses recursos damos o nome de custos do
projeto, geralmente considerada a sua parte mais delicada.
116
Prazo
A questão da definição de prazos você já estudou na seção
anterior, e aqui cabe ressaltar seu papel fundamental na análise
da viabilidade de um projeto.
Voltando agora à figura 3.7, você pode observar que esses quatro
fatores são elementos inter-relacionados. Considerando tais
relações é possível aprofundar o estudo de viabilidade.
Unidade 3 117
118
SEGUE
Unidade 3 119
120
Uma delas diz que, “se várias coisas podem dar errado,
elas darão, e na pior seqüência possível”!
Unidade 3 121
122
Unidade 3 123
Estudo de viabilidade
<nome do projeto>
Equipe de estudo:
Local e data:
Benefícios: Descrição:
quais são as vantagens mensuráveis que o projeto trará?
Benefícios: Descrição:
que vantagens intangíveis ele trará?
como se poderá verificar?
Recursos: Descrição:
quais os recursos materiais necessários para o projeto?
esses recursos estão disponíveis?
Recursos: Descrição:
quais os recursos humanos necessários para o projeto?
Custos: Descrição:
considerando os recursos necessários, quanto dinheiro será
necessário para desenvolver o projeto?
esse montante está disponível?
Custos: Descrição:
há fontes de financiamento?
Prazo: Descrição:
qual o prazo pré-definido pelo “cliente” para o projeto?
Prazo: Descrição:
considerando a experiência da equipe, qual o prazo estimado para o
projeto? É igual ao pré-definido?
Recomendações:
124
Unidade 3 125
Risco externo
Equipamentos defeituosos;
Equipe despreparada para trabalho em grupo;
Falta de domínio tecnológico;
Gastos excessivos;
Estouro de prazo devido a falhas de desenvolvimento;
Estouro de prazo devido a erros no gerenciamento;
Necessidades tecnológicas desconsideradas durante o
planejamento das etapas;
A complexidade do sistema, não devidamente percebida
nas etapas iniciais;
Alterações no escopo do projeto.
126
causas/fenômenos naturais;
crises políticas de uma região ou país;
crises econômicas;
doenças;
problemas do financiador do projeto ou do fornecedor de
insumos/recursos;
alterações na legislação;
pressões da organização, da sociedade, do cliente;
alterações no mercado quanto às suas necessidades ou
capacidade de compra.
Unidade 3 127
Identificação de riscos;
Análise;
Planejar ação sobre esses riscos;
Controlar/eliminar os riscos;
Nova etapa do projeto e nova identificação de riscos.
Analisar os riscos
Planejar ação
sobre os riscos
Eliminar ou
administrar
os riscos
128
Identificação de riscos
Este é o primeiro passo na administração dos riscos, e consiste
em sua identificação. O modelo apresentado no quadro 2,
abaixo, aponta diversas causas de riscos e proporciona uma
visão do projeto sob a perspectiva de suas ameaças. Esse tipo de
identificação deve ser feita reunindo a equipe do projeto, e a sua
experiência será fator-chave para perceber proativamente os riscos
possíveis. Eles devem ser colocados nas suas respectivas categorias
(quanto a recursos, quanto a custos, quanto a benefícios, quanto
a prazos) de tal maneira que a risco seja o melhor conhecido
possível. A partir da sua identificação, deve ser descrito com
clareza, declarando sua origem e a conseqüência que trará ao
projeto, caso aconteça.
Análise
Partindo da identificação e da expressão clara e objetiva dos
riscos do projeto, o segundo passo consiste em analisá-los, seja
quanto à probabilidade, seja quanto ao impacto. Se o risco tiver
probabilidade de 100%, será uma certeza, e não apenas um
risco. Se o risco tiver probabilidade próxima de zero, poderá ser
desprezado.
Unidade 3 129
Conhecemos o risco?
Podemos conviver com ele, se acontecer?
Como é possível atenuar seu impacto?
O que é possível fazer para evitá-lo?
Controlar/eliminar os riscos
Identificados os riscos, analisados e criados os planos de ação, é a
hora de colocar as coisas para andar. As ações devem ter data para
começar, e uma vez colocadas em andamento, os riscos devem ser
monitorados. Se determinada ação teve sucesso, o risco pode ter
sido eliminado. Caso não tenha sido eliminado e surja no meio
do projeto, deve então ser controlado para determinar o mínimo
impacto possível no projeto. Se havia o risco de um atraso,
por exemplo, e o atraso aconteceu, o plano de contingência
de ampliar a equipe ou terceirizar partes do projeto deve ser
colocado em prática, buscando a todo custo manter a data final de
entrega em garantia.
Unidade 3 131
Estudo de riscos
<nome do projeto>
Equipe de estudo:
Local e data:
Resumo do projeto (escopo, objetivos, estratégias)
Riscos quanto aos benefícios: Descrição:
- o cliente tem uma idéia exata do resultado a ser obtido?
- ou tem uma idéia aproximada?
- é possível medir os benefícios?
Riscos quanto aos benefícios: Descrição:
- qual a probabilidade desse tipo de riscos?
- qual o seu impacto?
Riscos quanto aos recursos: Descrição:
- há equipamentos de reserva?
- há pessoal de reserva?
- a tecnologia empregada é inteiramente dominada?
Riscos quanto aos recursos: Descrição:
- qual a probabilidade desse tipo de riscos?
- qual o seu impacto?
Riscos quanto aos custos: Descrição:
- o financiamento de todo o projeto está garantido?
- há um montante de reserva?
Riscos quanto aos custos: Descrição:
- qual a probabilidade desse tipo de riscos?
- qual o seu impacto?
Riscos quanto ao prazo: Descrição:
- há fatores internos ou externos, não considerados, que podem
afetar o prazo do projeto?
Riscos quanto ao prazo: Descrição:
- a equipe de projeto é experiente?
Riscos quanto ao prazo: Descrição:
- qual a probabilidade desse tipo de riscos?
- qual o seu impacto?
Lista dos 10 riscos mais importantes:
Podemos conviver com eles?
É possível atenuá-los?
É possível evitá-los?
Conclusões quanto aos riscos do projeto:
Anexos (tabelas, demonstrativos, estatísticas, reportagens, tendências tecnológicas e comerciais etc.)
132
Síntese
Unidade 3 133
134
Atividades de auto-avaliação
Unidade 3 135
Problema
definido
ou
136
Unidade 3 137
$
Curva dos
custos do
projeto
138
Unidade 3 139
Saiba mais
1 - www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=177 -
link para estudo da SOFTEX, Sociedade para Promoção
da Excelência do Software Brasileiro, sobre os mercados de
software do Brasil, China e Índia.
2 - http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=37 ,
neste link há um conjunto de estudos e artigos sobre a situação
do software no Brasil, constantemente atualizados e que
permitem uma visão ampla das oportunidades de negócio no
mercado da informática.
140
Planejamento
Objetivos de aprendizagem
Compreender os diversos modelos que representam o
desenvolvimento de projetos, especialmente aqueles
voltados para as inovações tecnológicas.
Seções de estudo
Seção 1 Modelagem do fluxo de atividades.
Seção 2 Metodologias de planejamento – Gráfico de Gantt.
Seção 3 Metodologias de planejamento – PERT/CPM.
Seção 4 Estimativa de recursos.
Seção 5 Estimativa de custos.
142
Unidade 4 143
144
Unidade 4 145
146
Unidade 4 147
Execução,
Idéias, Preparação, Piloto,
MODELO Engenharia
Tempo
Pesquisa Desenvolvimento
SEQUENCIAL
MODELO
SEQUENCIAL
COM Tempo
SOLAPAMENTO
MODELO
COM Tempo
SOLAPAMENTO
148
Unidade 4 149
MODELO SEQUENCIAL
Pesquisa
Desenvolvimento
Engenharia
150
Pesquisa
Desenvolvimento
Engenharia
Figura 4.5 – Diagrama de modelo seqüencial com solapamento, inspirado em Sáenz (2001).
Unidade 4 151
Pesquisa
Desenvolvimento
Engenharia
Figura 4.6 – Solução radical: modelo com solapamento (inspirado em Sáenz, 2001).
152
Projeto EXEMPLO
Etapa 1
• Definições
• Compra materiais
• Organiza equipe
• Documentação
• .....
Etapa 2
• Desenho
• Montagem
• Documentação
• .....
Etapa 3
• Teste 1
• Teste 2
• Documentação
• Encerramento
• .....
Figura 4.7 – Tabela com divisão de tarefas de um projeto “Exemplo”.
Unidade 4 153
Projeto EXEMPLO
Etapa 1 Etapa 2
Etapa 3
Figura 4.8 – O mesmo projeto da figura 4.7 em uma divisão por árvore de decomposição.
Gráfico de Gantt;
Diagramas PERT e
Método do Caminho Crítico – CPM.
São métodos que vêm sendo desenvolvidos nos últimos cem
anos, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, tendo tido
grande ênfase nos anos recentes com os projetos que envolvem
desenvolvimento de software e sistemas de alta tecnologia.
154
Gráfico de Gantt
Unidade 4 155
156
Unidade 4 157
Projeto CHURRASQUEIRA
Etapa 1 – Preparação do terreno
• Limpeza do terreno
• Medições e marcações
• Escavações
Etapa 2 – Fundações
• Montagem das madeiras de caixaria
• Montagem das ferragens da fundação
• Concretagem
Etapa 3 – Alvenaria
• Construção das paredes
• Montagem da churrasqueira
• Rebocos
Etapa 4 – Telhado
• Montagem da estrutura de madeira
• Colocação de Telhas
Etapa 5 – Piso
• Concretagem do piso
• Assentamento da Cerâmica do piso
Etapa 6 – Carpintaria
• Colocação de janelas
• Colocação de portas
Etapa 7 – Instalação Hidráulica
• Tubulações de água
• Colocação da caixa dágua
• Montagem de torneiras, descargas, acessórios
• Esgoto
Etapa 8 – Instalação Elétrica
• Instalação das Tubulações
• Passagem dos cabos alimentadores
• Montagem das tomadas, luminárias e quadros
Etapa 9 – Pinturas e acabamento
• Pintura externa
• Pintura interna
• Limpeza final e entrega da obra
158
Unidade 4 159
160
Algo que você pode notar neste gráfico é que, para adequar o
projeto ao prazo total, é necessário colocar algumas atividades em
paralelo, e isso é muito natural. O serviço do telhado começou
mais ou menos no meio das atividades de alvenaria, e o piso está
dividido em duas fases, sendo que a segunda fase aparece apenas
após o encerramento de todo o trabalho da alvenaria. Da mesma
forma as instalações hidráulicas e elétricas estão divididas em
duas etapas.
Unidade 4 161
Figura 4.13.2 – Gráfico de Gantt do projeto “Churrasqueira” (assumimos a sequência de atividades definidas pelo
“mestre de obras”).
162
Unidade 4 163
164
Unidade 4 165
Atividade A
Atividade B
Atividade A
Atividade B
Atividade A
Atividade B
Atividade A
Atividade B
FOLGA
Figura 4.17 – Dependência Fim-Início com folga num Gráfico de Gantt, onde B depende de A.
166
Na figura 4.18 você pode ver uma tela gerada pelo jxProject de
um projeto exemplo. Na figura 4.19 há outro projeto, onde a tela
foi gerada pelo Microsoft Office Project.
Unidade 4 167
168
Unidade 4 169
Figura 4.20 – Diagrama de setas simples com nós, que denotam a conclusão de atividades.
170
A preparação do terreno
B fundações
C alvenaria - paredes
D alvenaria - reboco e cerâmicas
E telhado
F piso
G carpintaria
H tubulação hidráulica
I instalação hidráulica
J tubulação elétrica
K instalação elétrica
L pintura externa
M pintura interna e acabamento
Unidade 4 171
Figura 4.21 – Diagrama de setas com escala e acima o Gráfico de Gantt do projeto “Churrasqueira”.
172
Unidade 4 173
174
Você sabia que este diagrama pode ser simplificado mais uma
vez? Veja a seguir como isto pode acontecer:
Unidade 4 175
176
Unidade 4 177
178
Com isso você obterá dt70 = 48, o que coincide com a data mais
cedo desse mesmo nó. Veja a figura 4.31, a seguir.
Unidade 4 179
180
Unidade 4 181
182
Unidade 4 183
te = ( to + 4tm + tp ) / 6
Onde:
te = ( to + 3tm + 2tp ) / 6
Na seção anterior você viu que para o projeto ser iniciado era
preciso analisar sua viabilidade quanto aos recursos, custos,
prazo e benefícios. Tendo o planejamento realizado e os
prazos estimados, é preciso agora estimar os recursos e custos
necessários ao projeto.
184
Unidade 4 185
Etapa 2 – Fundações
XX dúzias de madeira para caixaria;
• Montagem das madeiras de caixaria
Pessoal para montagem da caixaria;
• ........ ...........
186
Unidade 4 187
188
Síntese
Unidade 4 189
190
Atividades de auto-avaliação
1) Considere o seguinte problema: será implantado um novo sistema
de qualidade na EMPRESA, e uma equipe interna foi designada para
montar o projeto de implantação, o qual não deve superar dois meses,
e que deve ser primeiro implantado no setor administrativo e somente
depois no setor de produção da empresa. O projeto tem as seguintes
atividades: reuniões do grupo do projeto para definir o programa;
redação do programa de qualidade; treinamento do pessoal do
setor administrativo; treinamento do pessoal do setor de produção;
implantação do programa de qualidade no setor Administrativo;
implantação do programa no setor de produção; avaliação dos
resultados e conclusão, com entrega dos relatórios à direção. Faça sua
análise e, com base nela, preencha o quadro a seguir:
Unidade 4 191
26 / out
SD
25 / out
24 / out
23 / out
22 / out
21 / out
20 / out
19 / out
SD
18 / out
17 / out
16 / out
15 / out
14 / out
13 / out
12 / out
SD
11 / out
10 / out
09 / out
08 / out
07 / out
06 / out
05 / out
SD
04 / out
03 / out
02 / out
01 / out
30 / set
29 / set
28 / set
SD
27 / set
26 / set
25 / set
24 / set
23 / set
22 / set
21 / set
SD
20 / set
19 / set
18 / set
17 / set
16 / set
15 / set
14 / set
SD
13 / set
12 / set
11 / set
10 / set
09 / set
08 / set
07 / set
SD
06 / set
Projeto Qualidade
05 / set
04 / set
03 / set
02 / set
01 / set
D
G
B
A
192
26 / out
SD
25 / out
24 / out
23 / out
22 / out
21 / out
20 / out
19 / out
SD
18 / out
17 / out
16 / out
15 / out
14 / out
13 / out
12 / out
SD
11 / out
10 / out
09 / out
08 / out
07 / out
06 / out
05 / out
SD
04 / out
03 / out
02 / out
01 / out
30 / set
29 / set
28 / set
SD
27 / set
26 / set
25 / set
24 / set
23 / set
22 / set
21 / set
SD
20 / set
19 / set
18 / set
17 / set
16 / set
15 / set
14 / set
SD
13 / set
12 / set
11 / set
10 / set
09 / set
08 / set
07 / set
SD
06 / set
05 / set
04 / set
03 / set
02 / set
01 / set
D
G
B
A
E
F
Unidade 4 193
194
Unidade 4 195
5) No exercício anterior, onde há uma Folga Livre (FL)? O que isso significa
para o gestor do projeto QUALIDADE?
196
Saiba mais
Veja em www.gestiopolis.com/recursos/documentos/fulldocs/
ger/pertcpm.htm um artigo bastante completo e com exemplos
variados do uso de PERT/CPM, em espanhol. Casos práticos e
exercícios, bem como exemplos de tabelas e relatórios.
Unidade 4 197
Estruturando a equipe
Objetivos de aprendizagem
Compreender aspectos da formação e estruturação de
equipes, conforme cada tipo de projeto discutido nas
unidades anteriores.
Seções de estudo
Seção 1 Estruturando a equipe.
Seção 2 Recursos humanos e perfis.
Seção 3 Treinamento.
Seção 4 Responsabilidade e divisão de tarefas.
Seção 5 Terceirização.
200
Cada jogador tem sua função, sabemos mais ou menos sobre suas
qualidades e alguns são reconhecidos por sua competência. No
entanto em cada partida há um comportamento diferente, há
um jeito diferente de jogo, e simultaneamente encantamentos e
decepções.
Unidade 5 201
202
Unidade 5 203
204
Unidade 5 205
206
Unidade 5 207
208
SEGUE
Unidade 5 209
210
Perfil e necessidades Conhecer Conhecer Conhecer Dominar Exp. de Exp. de Disp. de Novo na
tecnologia tecnologia tecnologia uso de trabalho trabalho tempo empresa
Membro da equipe “1” “2” “3” “X” em equipe em equipe
Profissional A X X X
Profissional B X X X X
Profissional C X X
Profissional D X X X X
Profissional E X X X X
Profissional F X X X
SEÇÃO 3 – Treinamento
A educação é anterior ao treinamento. Para que haja algum
treinamento é necessário que os membros da equipe tenham uma
educação prévia e apropriada.
Unidade 5 211
212
Unidade 5 213
2. Estruturas híbridas.
3. Estruturas matriciais.
4. Estruturas modulares.
5. Estruturas horizontais.
Estruturas exclusivas
Projetos de pequeno porte, que consigam ter seu próprio pessoal
e recursos exclusivos, e têm pequena complexidade, podem
montar estruturas organizacionais simples e funcionais. Esse
tipo de estrutura é direta em seus procedimentos e fácil de ser
compreendida pelos membros da equipe. Pequenas empresas
de engenharia da construção, por exemplo, trabalham desta
maneira, onde o gestor do projeto trabalha com um conjunto
de técnicos e pessoas de apoio administrativo, e ele reporta
diretamente ao cliente final. A figura 5.3 apresenta o diagrama
desse modelo, que é chamado de estrutura exclusiva porque os
membros do projeto são dedicados a um projeto apenas.
Cliente
/ proprietário do projeto
Gestor
/ líder do projeto
Apoio administrativo
214
Estruturas híbridas
Em projetos internos às empresas maiores, onde vários projetos
ocorrem ao mesmo tempo, as estruturas híbridas passam a
ocorrer com maior freqüência. Veja a figura 5.4, onde um
organograma típico desse modelo de estrutura é apresentado. O
gestor do projeto conta com membros dedicados exclusivamente
àquele trabalho, mas precisa paralelamente recorrer a outras
pessoas, que não estarão dedicadas a esse projeto, mas que são
importantes para ele e que simultaneamente se dedicam a outras
áreas dentro da empresa. Se o gestor do projeto tiver liberdade
de trabalho para recrutar tais pessoas, e dispuser de parte do seu
tempo, o projeto terá sucesso. Empecilhos ocorrem quando essa
liberdade não lhe é permitida, o que levará o projeto a atrasos e
dispersões.
Gerência geral
da empresa
Gestor
/ líder do projeto
Membro Membro
TÉCNICO 1 TÉCNICO n
Estruturas matriciais
Estruturas matriciais são bem mais complexas e exigem grande
maturidade de trabalho, tanto por parte da empresa quanto por
parte dos membros das diversas equipes. A figura 5.5 apresenta
esse tipo de estrutura, onde vemos que diversos projetos ocorrem
ao mesmo tempo, sendo que os membros fazem parte das áreas
da empresa, e não dos projetos exclusivamente, ou seja, cada
funcionário está inserido em determinado setor da empresa e
Unidade 5 215
Gerência geral
da empresa
Projeto 1
Projeto 2
Projeto 3
Projeto n
Estruturas modulares
Estruturas modulares ocorrem quando, dentro da empresa, há
grupos com relativa autonomia e determinada especialização, que
realizam determinado tipo de serviço. O gestor de determinado
projeto emprega esse grupo modular para desenvolver parte
do projeto, e vai distribuindo assim as atividades conforme
as especializações. Internamente o grupo (ou módulo de
desenvolvimento) tem autonomia para gerenciar aquela etapa,
sendo que o gestor geral do projeto percebe a entrada e a saída do
módulo, mas não propriamente o que acontece em seu interior.
Projetos de software, por exemplo, envolvendo grandes equipes
com diferentes conhecimentos, podem usar esse tipo de estrutura.
216
Gestor
/ líder do projeto
:
Desenvolvimento Grupo DESIGN
HARDWARE TÉCNICO 4 gráfico
Estruturas horizontais
As estruturas horizontais geralmente são formadas por poucos
membros, onde há uma grande maturidade no trabalho em
conjunto. As relações se dão em rede, onde todas as pessoas se
relacionam com todas as outras. O líder do grupo tem a função
de acompanhar o andamento das atividades, e ele mesmo muitas
vezes é membro ativo do desenvolvimento do projeto, como
por vezes acontece em trabalhos de pesquisa e desenvolvimento
reunindo pesquisadores diversos. Projetos que usam esse tipo
de estrutura reúnem especialistas e, por esse motivo, o líder
geralmente é também um especialista técnico ou científico, de tal
forma que sua ascendência sobre o grupo seja inequívoca.
Unidade 5 217
Cliente
/ contratante
/ diretoria
Gestor
/ líder do projeto
Especialista Especialista
TÉCNICO 1 TÉCNICO 2
Engenheiro Designer
SOFTWARE GRÁFICO
Especialista
TÉCNICO 3
SEÇÃO 5 – Terceirização
A palavra terceirização entrou na moda há uns dez ou vinte anos
atrás, e foi uma solução adotada na indústria para otimizar seus
modelos de produção. Basicamente consistia em contratar partes
da produção com empresas externas, ou terceiras, em vez de
produzir com equipes próprias.
218
Unidade 5 219
220
Unidade 5 221
2. Perda de produtividade
Pelo menos inicialmente, os prestadores de serviços offshore
tendem a não apresentar a mesma produtividade que a companhia
mantinha internamente. De acordo com o Gartner, em mercados
emergentes muitos programadores são jovens e não possuem a
mesma experiência que a companhia encontra em seu país de
origem.
222
4. Diferenças culturais
Estilos de comunicação e atitudes de autoridade mudam
conforme a região e estas diferenças podem trazer
problemas. Em algumas culturas, o ato de questionar a
autoridade de determinada pessoa é considerado falto de
respeito. Empresas interessadas na terceirização offshore
devem realizar treinamento entre equipes para evitar esse
tipo de situação, alerta o Gartner.
Unidade 5 223
Síntese
224
Unidade 5 225
Atividades de auto-avaliação
1) Quais são as quatro fases de estruturação da equipe e, em sua
opinião, qual a mais problemática? Por que a fase escolhida é a mais
problemática?
226
Gerência geral
da empresa
Projeto 1
Projeto 2
Projeto 3
Projeto n
Unidade 5 227
Saiba mais
228
Executando o projeto
Objetivos de aprendizagem
6
Compreender aspectos do início de um projeto e
como o seu bom entendimento permite a gerência e o
controle eficaz da qualidade.
Seções de estudo
Seção 1 Preparação e início dos trabalhos.
Seção 2 Liderança versus gestão.
Seção 3 Tomada de decisões.
Seção 4 Motivação e comunicação.
Seção 5 Reuniões.
Seção 6 Gerenciando qualidade, tempo e recursos.
Seção 7 Gestão de conflitos.
Seção 8 Simulação, testes e validação.
230
muitos pensam que ‘alguém’ tem que dar as ordens e que esse
‘alguém’ é que tem todo o projeto na cabeça, bastando seguir
seus passos. Provavelmente há um ‘alguém’ responsável e líder
num projeto, no entanto esse responsável certamente não tem o
projeto todo na cabeça;
não existe um “ser sagrado” que sabe tudo sobre o
trabalho a ser realizado, e o responsável depende
inteiramente da sua equipe;
Unidade 6 231
232
Unidade 6 233
234
integridade pessoal,
sensibilidade,
capacidade de estabelecer objetivos,
capacidade de cumprir objetivos,
tenacidade,
capacidade de inspirar,
disposição de servir,
coragem de delegar,
competência técnica,
capacidade para comunicar a realidade,
capacidade de pensar e ser inovador,
coragem de tomar decisões.
Unidade 6 235
a) Conhecimentos desejáveis
Em relação ao conhecimento organizacional o gestor
necessita:
a) ter conhecimento do sistema administrativo e
financeiro da organização onde trabalha;
236
b) Habilidades desejáveis
Em relação às habilidades de comando o gestor
necessita:
a) ter a capacidade (e isso deve ser perceptível)
de planejamento, organização e controle das
atividades do projeto;
Outras habilidades:
a) trabalhar em equipe, habilidade esta que já
comentamos muitas vezes ao longo deste livro e
que está relacionada à capacidade de cooperar e
gerenciar conflitos;
Unidade 6 237
c) Atitudes
Posicionamento em relação a aspectos internos e
externos:
a) interesse por questões administrativas, que
implicam conhecer e se posicionar em relação
aos diversos aspectos do trabalho, na empresa e
no projeto, mesmo que não sejam suas funções
as atividades executivas da administração
empresarial;
238
Estratégias de ação:
a) hábito de começar o ataque ao problema pela
revisão da literatura, pela revisão dos projetos da
mesma área que o antecederam, seja na empresa
ou outros locais e, principalmente, a capacidade
de exercitar sempre uma visão geral do problema
e do ambiente de negócios onde o projeto está
envolvido;
Unidade 6 239
LIDERANÇA GERÊNCIA
Interessado nas pessoas Interessado nas coisas
Trabalha na espontaneidade Trabalha com a estrutura
Liberação e fortalecimento das idéias Controle das atividades e das idéias
Eficácia Eficiência
Prefere planejar e programar Prefere trabalhar sob um programa
Considera gasto como investimento Considera gasto como despesa
Trabalha baseado em princípios Trabalha baseado em técnicas
Procura transformação Procura transação
Poder centrado em princípios Poder centrado em utilidade
Procura resolver por discernimento Procura resolver por medição
Fazer a coisa certa Fazer certo as coisas
Resolve baseado numa direção Resolve baseado em rapidez
Pensa numa linha superior Pensa em resultados
Tem propósitos Tem métodos
Decide baseado em princípios Decide baseado em práticas
Busca algo acima das coisas Busca algo dentro dos sistemas
Para o líder a pergunta é: “a escada está Para o gestor o que importa é: subir
junto da parede certa?” rapidamente a escada
240
Unidade 6 241
experiência anterior;
treino em decidir e executar (as jogadas, os chutes);
o exercício da visão ampla (do jogo);
coragem de, após um erro, calibrar os movimentos para
tentar de novo até acertar.
Quem ama os esportes já viu algum desses momentos mágicos
quando o atleta resolve arriscar um difícil movimento, muitas
vezes num momento crítico onde a chance da derrota era enorme
e, cheio de confiança, decidir uma partida.
242
Unidade 6 243
244
SEÇÃO 5 – Reuniões
1. Antes da reunião:
o grupo de trabalho ou o gestor/líder, deve definir um
lugar conveniente para a reunião;
os participantes devem ser selecionados conforme o
assunto em pauta e não simplesmente reunir todos do
grupo;
antes de marcar uma agenda, é importante verificar se
todos podem, de fato, participar;
se há consenso sobre uma data e horário, fazer então o
aviso com antecedência;
a pauta de reunião deve ser bem definida e levada aos
participantes com antecedência;
o número de itens em pauta deve ser restrito, evitando
dispersão e superficialidade.
Unidade 6 245
2. Durante a reunião:
deve ser designado um moderador capaz de organizar/
gerenciar as falas e questões propostas pelos indivíduos
do grupo;
também deve ser designado um secretário que anote os
pontos principais discutidos, bem como, as resoluções
adotadas, criando então uma ata;
o grupo deve prender-se à pauta, evitando entrar em
assuntos diversos;
definir regras de procedimento conforme o objetivo dos
itens de pauta (planejamento, comunicação, resolução de
problemas, decisão).
3. Depois da reunião:
todos os itens de ação devem ser anotados e devem ser
atribuídas responsabilidades por item de ação;
distribuir a ata da reunião.
246
Unidade 6 247
248
2. Fase de encerramento
Definição e comunicação dos benefícios reais entregues
para o cliente;
expressão de reconhecimento aos participantes;
entregar prêmios quando há méritos especiais (evitando
aquele tipo de mediocrização que evita prêmios para não
“magoar” os mais fracos).
Unidade 6 249
250
Quer ser recompensado com base em seu Recompensa conforme o interesse da organização
desempenho
Unidade 6 251
252
Unidade 6 253
254
Síntese
Unidade 6 255
Atividades de auto-avaliação
1) Dos quatro tipos de líderes definidos por Christenson (o que considera
os indivíduos, o que estimula intelectualmente, o que influencia os
ideais, e o que motiva inspirações), qual é, na sua opinião, o mais
importante? Justifique.
256
Unidade 6 257
Saiba mais
http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/reconectando/
ambiente/334/reuniao.htm
258
Finalizando o projeto
Objetivos de aprendizagem
7
Compreender aspectos relativos à finalização do
projeto, à dissolução das equipes e aos registros
documentais do trabalho.
Seções de estudo
Seção 1 Fase de finalização.
Seção 2 Planos de contingência em caso de problemas.
Seção 3 Atendendo as expectativas do cliente.
Seção 4 Sobre o sucesso (ou fracasso) do projeto.
Seção 5 Desfazendo a equipe.
Seção 6 Documentação.
Seção 7 Lições aprendidas.
Seção 8 Idéias para um novo projeto.
260
Unidade 7 261
262
Unidade 7 263
264
Unidade 7 265
266
Unidade 7 267
Estudo de Caso
268
Unidade 7 269
SEÇÃO 6 – Documentação
Documentação é um ponto falho em quase todos os projetos.
Quando Joãozinho e Mariazinha entraram pelo caminho
desconhecido na floresta, a trilha de pedras que eles deixaram
foi seu documento principal, o documento que permitiu que
voltassem para casa. Esse era o “caminho das pedras”. No
entanto, quando o único material que ele tinha, para documentar
o caminho, na segunda vez que entrou pela floresta, eram
pedaços de miolo de pão, os pássaros comeram sua marcação e
eles se perderam. Essa documentação era efêmera. A memória é
uma documentação efêmera.
270
Unidade 7 271
Quadro 7.1. Problemas em projetos de software e seus antídotos, adaptado de (Fairley &
Willshire, 2003).
PROBLEMA ANTÍDOTOS
· Estimativas objetivas de prazo
Pressão excessiva de prazos · Mais e melhores recursos
· Priorizações
· Desenvolvimento interativo
Mudanças no escopo e nas necessidades
· Modificar gestão de controle e planejamento
· Desenvolvimento de especificações prévias
Falta de especificações técnicas · Atualização das especificações com base em eventos
· Indicação de um arquiteto de software
· Uso de protótipos
Falta de métodos científicos · Desenvolvimento incremental
· Uso de métricas de medição da performance técnica
272
Unidade 7 273
274
Administração
Suporte
Gestão dos
Processos de
Negócio
Processos de
Suporte a
Produto
Processos de
Desenvolvimento Processos de
Chão-de-Fábrica
Projeto de
produto
Produção
Unidade 7 275
Síntese
276
Atividades de auto-avaliação
1) Quais são os passos para implantar um plano de recuperação, em um
projeto em crise? Exemplifique com projetos de sua experiência.
4) Quais lições você tira do fracasso do projeto VASA para seus próprios
projetos?
Unidade 7 277
Administração
Suporte
Gestão dos
Processos de
Negócio
Processos de
Suporte a
Produto
Processos de
Desenvolvimento Processos de
Chão-de-Fábrica
Projeto de
produto
Produção
278
Saiba mais
Unidade 7 279
282
284
Unidade 1
5)
Exemplo de tarefa de
Área Exemplo de projeto rotina ou atividade
contínua
Concessionária de Projeto de nova hidrelétrica Operação da hidrelétrica
energia elétrica
Software Nova plataforma de e-commerce Manutenção de aplicativo
Indústria Desenho de novo lançamento Linha de montagem
Automobilística
Criar nova linha de
Bancos financiamento e lançar Operar carteiras de crédito
no mercado
Desenvolver sistema de
Governo Emissão de títulos eleitorais
eleição eletrônica
Unidade 2
1)
• Necessidade: um sistema de marcação do tempo que fosse portátil;
• conhecimentos: tecnologia mecânica dominada;
• idéias: relógio de pulso, de bolso;
• seleção: de pulso;
• desenvolvimento: artesãos suíços;
• uso de difusão: relógios de quartzo, com ponteiros e com visor
digital, etc.
288
4)
Complexidade
Sistemas
CASA SOFTWARE
Montagem Incerteza
Tecnologia
Unidade 3
2)
• Listar as informações que estão no enunciado, na tentativa de
detalhar o melhor possível suas partes;
• descrever todos os efeitos conhecidos do produto, quando for o
caso, e enumerar todas as possíveis causas;
289
• listar o que deve ser determinado pela solução, ou seja, definir com a
maior clareza possível o que está sendo buscado;
• criar modelos e esquemas de representação, permitindo uma melhor
visualização do conjunto;
• desenvolver desenhos esquemáticos, diagramas e fluxogramas;
• verificar as leis físicas associadas e também outros impeditivos e
limitantes, tais como questões jurídicas, restrições técnicas, restrições
ambientais, etc;
• usar simuladores como ferramentas de apoio.
290
Unidade 4
1)
2)
3)
291
4)
Unidade 5
1) As quatro fases são “Formação, Turbulência, Normalização e
Desempenho”. Geralmente a mais problemática é a segunda fase, pois
há a formação de sub-grupos de poder, as chamadas “panelinhas”, que
podem fazer a equipe dispersar suas energias.
292
Unidade 6
1) Resposta subjetiva. O que considera os indivíduos tem o perfil de
“humano”, o intelectual é o que lança desafios, o que influencia ideais e
inspirações é o motivador das pessoas.
Diferenças
Quer ser recompensado com base em seu desempenho Recompensa conforme o interesse da organização
293
Unidade 7
1) Os passos são:
294
295