Cerimonial - Módulo II

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EAD - CERIMONIAL

MÓDULO II – Organizando a cerimônia


OBJETIVO
Capacitar os participantes a reconhecerem os procedimentos de organização de
eventos.

CARGA HORÁRIA
3 horas

PÚBLICO
Todos os empregados
EAD - CERIMONIAL – MÓDULO II

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final do estudo do Módulo II, esperamos que você possa alcançar


os seguintes objetivos:

Identificar os itens que compõem uma solenidade: programa, script,


locução e avaliação do porte (formal ou informal);
Identificar as formas de comunicação (verbal e escrita) pelo mestre
de cerimônias e equipe de apoio;
Orientar os componentes do cerimonial sobre atuação e posturas;
Identificar as características dos eventos e a importância do
Checklist.

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CONTEÚDO

MÓDULO II

Lição I: Roteiro e Checklist.


Lição II: Componentes do Cerimonial.
Lição III: Sequência de abertura e condução da Cerimônia.

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Roteiro e Checklist

Olá, seja bem-vindo(a) ao Módulo II do curso Cerimonial.


Neste módulo, você estudará sobre a organização da cerimônia e
identificará os itens que compõem uma solenidade e os itens que
deverão constar no roteiro e checklist. Reconhecerá também os
componentes do cerimonial, suas atribuições, perfis e orientações de
posturas adequadas.

Bons Estudos!

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Roteiros de cerimonial ou script


Certamente nos eventos que você já participou você percebeu que
existiu um rito, uma sequência no evento que o deixava organizado.
Pois então, o instrumento utilizado para garantir essa sequência e
organização é o roteiro do cerimonial ou script.

Você já percebeu que o Mestre de Cerimônias costuma


anunciar a sequência dos acontecimentos de um evento?
As fases que são anunciadas pelo mestre de cerimônias compõem o
roteiro e são importantes para evitar a monotonia em solenidades
oficiais. Em grandes eventos, o ideal é utilizar dois interlocutores, um
homem e uma mulher.
É importante que os roteiros de cerimoniais sejam objetivos. Você já
participou de cerimônia longa e cansativa? Pois então, se ela for muito
extensa, tornar-se-á desagradável aos espectadores e aos visitantes.
E aqueles currículos extensos e as apresentações que não acabam
nunca? O ideal é evitar isso nos roteiros de solenidades de posse. Caso
seja necessário citar o currículo, este deve ser resumido, constando
apenas nome, naturalidade, formação acadêmica, tempo de serviço ou
data de ingresso, os mais importantes cargos exercidos, principais
cursos de formação técnica que tenham relação com a função a ser
exercida e, se não for ficar muito extenso, principais condecorações e
medalhas.
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Para garantir a organização do evento é importante definir o tempo


para cada orador e informar aos componentes da Mesa. Não é falta de
etiqueta avisar discretamente ao orador que o tempo dele expirou.

DICA
Utilizar um pequeno cartão indicando “tempo
esgotado” para avisar ao orador que o tempo
expirou.

Você sabe em que momento devem ocorrer os


discursos em um evento?
De preferência, organize o roteiro de forma que os discursos e as falas
aconteçam na última etapa ou no final da solenidade, considerando a
ordem de chamada crescente, ou seja, da menor para a maior
autoridade.
Como já foi dito, é importante que os tempos dos oradores sejam
definidos previamente. O chefe do cerimonial deve estar ciente do
tempo de cada orador ou palestrante. Este, por sua vez, deve cumprir
rigorosamente o seu tempo, pois todo evento é cronometrado na
disponibilidade do anfitrião, do presidente da Mesa e/ou da autoridade
máxima.

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A esse respeito, Gilda Fleury Meirelles (1999, p. 191) lembra da


seguinte regra:
Quando falar em público:
 Fale alto para ser ouvido,
 Fale de pé para ser visto;
 Fale pouco para não ser chato.

Como elaborar um roteiro de Cerimônia?

Veja a seguir a sequência básica para elaborar o roteiro:

 Boas-vindas;
 Lembretes;
 Objetivo da cerimônia;
 Composição de dispositivo de honra;
 Hino Nacional;
 Procedimentos referentes à cerimônia;
 Fala de autoridades;
 Considerações finais.

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Como montar um roteiro?

Agora que você já sabe como elaborar um roteiro, veja como você deve montá-lo:

 Usar fontes grandes e espaçamento duplo para o texto ser de fácil leitura;
 Dispor os títulos de forma clara;
 Usar variedade de estilos, como negrito e itálico, para destacar trechos do
texto;
 Por fim, imprimir o documento final em um papel firme e manter pelo
menos uma cópia sobressalente, observando o seguinte:
 O título encabeça a página 1;
 O espaço marca separação de assuntos (separar em tabelas
enumeradas);
 A letra deve ser grande e clara;
 As frases às quais se quer dar ênfase devem ser destacadas;
 As pausas devem ser marcadas;
 Cada trecho deve ser numerado;
 As palavras estrangeiras devem ser aportuguesadas.

Agora que você já estudou o que é um roteiro de cerimonial, sua importância e


como elaborá-lo, você conhecerá outro instrumento importante para
organização de um evento, que é o Checklist.

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Mas, afinal, o que é um checklist?


Uma cerimônia é composta de vários acontecimentos, e para que o
cerimonialista não esqueça de algum compromisso é importante que
ele tenha em mãos o checklist, que é uma lista de providências para
a perfeita realização do evento.
Já na primeira reunião de planejamento do evento o chefe do
cerimonial deve ter em mente que, a partir dali, ele irá elaborar o
checklist. Assim sendo, é possível identificar cada atividade a ser feita
e delegar atribuições aos componentes de sua equipe. Cada
cerimonialista pode elaborar o seu checklist de acordo com suas
necessidades. O importante é que ele funcione como roteiro para todos
os procedimentos do evento.
O professor Reginaldo Rispoli, em seu livro Eventos como fazer,
chama-o de mapa de produção e acrescenta a seguinte passagem sobre
o checklist:

[...] Oferece ao profissional amplas facilidades, pois serve de


roteiro e contempla a ordenação lógica do trabalho. Posso
afirmar que o instrumento é um dos meios mais eficazes para
a obtenção de resultados favoráveis, por incluir as ideias, as
estratégias, as providências, os envolvidos, os responsáveis,
o orçamento e as prioridades. (RISPOLI, 2003, p. 41).

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Veja um exemplo de checklist de eventos nos Correios:


Checklist de eventos - Cerimonial Correios

EVENTOS INTERNOS EVENTOS EXTERNOS

( )
Espaço Reservado; ( )
Espaço Reservado;
( )
Cadeiras com a informação RESERVADA; ( )
Cadeiras com a informação RESERVADA;
( )
Nominatas para o Presidente; ( )
Nominatas para o Presidente;
( )
Fotógrafo avisado; ( )
Convite para autoridades dos Correios;
( )
Pedido de água e café (garçom); ( )
Fotógrafo avisado;
( )
Limpeza do local; ( )
Local para desembarque do Presidente;
( )
Ar-condicionado funcionando; ( )
Autorizar carros que entrarão no local;
( )
Se possível, revisar qualidade dos slides ( )
Convite aos Diretores;
com o apresentador; ( )
Mini currículo dos palestrantes;
( ) Área demandante convidou autoridades ( )
Script com o mestre de cerimônia do
internas e externas? Caso positivo, listar evento;
para o Cerimonial e reservar lugar; ( ) Som ambiente (caso seja evento dos
( ) Mini currículo dos palestrantes; Correios).
( ) Script;
( ) Som ambiente.

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Componentes da Equipe do Cerimonial

Chefe do cerimonial
Chegou a hora de você conhecer os componentes da equipe do
cerimonial! Primeiramente, vamos falar do chefe do cerimonial. Ele
deve ter contato direto com o anfitrião. Este determina quanto tempo
durará o evento. Muitas vezes o anfitrião ou seu convidado de honra
têm compromisso marcado, o que não permite que a cerimônia se
estenda por muito tempo. Sabendo do tempo estipulado pelo anfitrião,
o chefe do cerimonial pode contatar os componentes da Mesa que
usarão da palavra e determinar o tempo.
O chefe do cerimonial precisa ser perspicaz e criativo. Às vezes
surgem situações em que é preciso reduzir a cerimônia. Neste caso, o
anfitrião deve ser avisado, bem como os que forem, de certa forma,
“prejudicados”, como por exemplo: oradores, autoridades que seriam
citadas etc. Não esquecer que a redução da cerimônia não deve afetar
o seu objetivo nem tampouco a fala do presidente da Mesa de honra.
É necessário realizar reuniões periódicas, desde a autorização da
autoridade demandante até o dia do evento, para verificar se todos os
componentes da equipe estão cumprido com suas atribuições.

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Mestre de cerimônias

Já falamos um pouco sobre o mestre de cerimônias na lição I, agora


você conhecerá um pouco mais de suas atribuições e perfil. Há uma
diferença entre o mestre de cerimônias e outros tipos de oradores. O
mestre de cerimônias é o leitor de script, que você já estudou, lembra?
Ele faz o que o chefe do cerimonial do órgão ou da empresa estabelece.
Deve ter postura, equilíbrio, boa dicção e ótima apresentação. Deve
saber improvisar, quando necessário.

Sobre o papel desse profissional, assim destacou Marielza Andrade:

 Ele cuida da tarefa específica de leitura do script, que é


elaborado pelo chefe do cerimonial;
 Esse profissional não é livre. Não anuncia em seu nome nem
faz comentários ou elogios próprios. Ele não passa palavra,
pois a palavra não é dele.
 No entanto, seu papel é importantíssimo, pois toda a
cerimônia, do começo ao fim, está em suas mãos. Por isso,
é necessário que seja uma pessoa de confiança do chefe do
cerimonial. Precisa ter postura profissional e muito boa
dicção. (ANDRADE, 2002, p. 13).

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Perfil do mestre de cerimônias:

 Conhecer normas do cerimonial público;


 Possuir boa voz e dicção perfeita;
 Saber improvisar;
 Demonstrar e possuir segurança;
 Conhecer todas as etapas do evento;
 Possuir zelo com a aparência (cabelos e unhas bem cuidados);
 Ter postura correta;
 Trajar roupas discretas e adequadas.

Como você pode perceber, o mestre de cerimônias precisa ter uma boa
oratória, pois conduzirá o evento. Reconheça, no quadro abaixo, as
técnicas de oratória:

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TÉCNICAS DE ORATÓRIA
Conceito:
 Ler em voz alta exatamente o que está escrito, sem omitir letras, pular ou trocar palavras.
Pronunciar as palavras corretamente, obedecendo à pontuação e aos sinais diacríticos, que
incluem os acentos.
Por que é importante?
LEITURA  A leitura correta e bem feita é fundamental para se transmitir a mensagem exata.
CORRETA O que fazer?
 Para adquirir a habilidade de ler corretamente, é necessário treinar. Leia cada parágrafo
várias vezes, até não cometer mais erros. Por último, esforce-se a ler várias partes da matéria
sem pular, repetir ou trocar palavras. Depois, peça que alguém escute sua leitura e indique
os erros que cometeu;
 Não leia as palavras isoladamente; aprenda a ler grupos de palavras.

Conceito:
 Falar de maneira que seus ouvintes possam compreender as palavras com facilidade.
Envolve: 1 – usar corretamente os órgãos da fala e 2 – compreender a estrutura das palavras.
Por que é importante?
 Quando você articula bem as palavras, as pessoas conseguem entendê-lo e há maior
ARTICULAÇÃO probabilidade de levarem a sério o que diz.
CLARA
O que fazer?
 Fale e leia todas as palavras com clareza – com dicção apropriada, volume suficiente e em
ritmo moderado;
 Não emende as palavras de maneira que o significado do que diz fique confuso aos ouvintes;
 Mantenha a cabeça erguida e abra a boca o suficiente para falar;
 Treine para relaxar o pescoço, o maxilar, os lábios e os músculos da face e da garganta.

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Conceito:
 Proferir palavras corretamente. Isso envolve: 1 – usar os sons corretos para vocalizar as
palavras; 2 – enfatizar a sílaba certa e 3 – dar a devida atenção aos sinais diacríticos, como
os acentos, o til e a cedilha, em português.
Por que é importante?
PRONÚNCIA  A pronúncia correta confere dignidade à mensagem. Permite que os ouvintes se concentrem
CORRETA no teor da mensagem sem serem distraídos por erros de pronúncia.
O que fazer?
 Aprenda a usar o dicionário. Peça a alguém que leia bem para ouvir sua leitura e dar
sugestões;
 Preste atenção à pronúncia dos bons oradores e compare com a sua.

Conceito:
 Falar como na conversa diária, porém adaptando a linguagem aos ouvintes.
Por que é importante?
 O estilo conversante apropriado deixa os ouvintes à vontade e os ajuda a serem receptivos
ao que se diz.

ESTILO O que fazer?


CONVERSANTE  O primeiro passo é ter a atitude correta com os ouvintes. Encare-os como amigos, mas não
seja informal demais. Trate-os com respeito;
 Fale espontaneamente. Não tente usar a mesma fraseologia da matéria impressa, mas
exponha as ideias à sua própria maneira. Use sentenças curtas e varie o ritmo;
 Concentre-se no desejo de se comunicar. Fale de coração. O importante é a mensagem, não
a impressão que você causa nos outros.

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Conceito:
 Ler e falar de modo que as palavras e as ideias fluam suavemente. Quem se expressa com
fluência não fala de maneira entrecortada nem devagar demais, também não tropeça nas
palavras nem titubeia, como se não soubesse o que quer dizer.
Por que é importante?
 Quando o orador não tem fluência, os ouvintes podem deixar de prestar atenção. Além disso,
existe o risco de se transmitir ideias erradas e de a mensagem não ser expressa de forma
convincente.
FLUÊNCIA O que fazer?
 Quando encontrar palavras desconhecidas em revistas e livros, marque-as, descubra
exatamente o significado e use-as;
 Treine a leitura em voz alta pelo menos de cinco a dez minutos por dia;
 Quando for atuar como mestre de cerimônias ou palestrante, prepare-se bem. Preste
atenção especial aos grupos de palavras que transmitem ideias, entenda bem a linha de
raciocínio;
 No dia a dia, aprenda a pensar primeiro e, então, a dizer frases completas, sem interromper
a linha de raciocínio.

Conceito:
 Parar nos lugares certos durante a leitura ou proferimento. Às vezes, pode-se pausar
ligeiramente ou apenas diminuir o volume da voz por um instante. As pausas são apropriadas
quando cumprem uma função.
Por que é importante?
USO CORRETO  O uso correto das pausas é fundamental para se entender prontamente o que é dito. Pausar
também serve para ressaltar pontos importantes.
DAS PAUSAS
O que fazer?
 Ao ler em voz alta, preste atenção à pontuação;
 Escute com atenção os bons oradores e observe onde fazem pausas e qual é a duração delas;
 Ao conversar com alguém, pergunte sua opinião e ouça a resposta. Não o interrompa até
que conclua o pensamento.

 17

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Conceito:
 Enfatizar palavras e frases de maneira que os ouvintes assimilem as ideias facilmente.
ÊNFASE Por que é importante?
SEGUNDO O  Ajuda o orador a prender a atenção dos ouvintes e a persuadi-los ou motivá-los.
SENTIDO O que fazer?
 Tente usar a ênfase para indicar: 1 – mudança de pensamento e 2 – como se sente em relação
ao assunto sobre o qual está falando.

Conceito:
 Falar com suficiente intensidade de voz. Para determinar o volume adequado, leve em
conta: 1 – o tamanho e as características da assistência; 2 – os barulhos que possam desviar
a atenção; 3 – a matéria em consideração e 4 – o seu objetivo.
Por que é importante?
 A menos que os ouvintes consigam ouvi-lo com facilidade, existe a possibilidade de se
distraírem e não entenderem a mensagem.
O que fazer?
 Observe a reação dos ouvintes e fale de modo que o ouçam confortavelmente;
VOLUME  Aprenda a respirar enchendo a parte inferior dos pulmões.
APROPRIADO

ATENÇÃO
Situações que justificam aumentar o volume:

 Prender a atenção de um grupo grande de pessoas;


 Compensar distrações;
 Atrair a atenção ao dizer algo muito importante;
 Motivar à ação;
 Cativar a atenção de uma pessoa ou de um grupo.

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Conceito:
 Variar o som da voz. Este estudo trata das mudanças de volume, ritmo e tom.
Por que é importante?
 A modulação correta dá vida ao discurso, mexe com as emoções dos ouvintes e os estimula
a agir;
 A falta da modulação pode dar a impressão de que o orador não se interessa pelo assunto.
O que fazer?
MODULAÇÃO
 Ajuste o volume ao expressar ordens urgentes, forte convicção ou condenações;
 Preste bastante atenção à parte do discurso em que é necessário aumentar o volume;
 Varie o ritmo – falando mais rápido para expressar pontos secundários e mais devagar para
transmitir argumentos de peso e pontos principais. Para transmitir entusiasmo, aumente o
ritmo;
 Varie o tom, se for apropriado, para transmitir emoções e sensibilizar os ouvintes. Nas
línguas tonais, amplie ou diminua o campo de entonação;
 A modulação começa com a seleção de ideias e informações para elaborar o discurso.

Conceito:
 Falar de maneira animada, demonstrando que está plenamente convencido do valor de sua
mensagem.
Por que é importante?
 Seu entusiasmo ajudará a prender a atenção dos ouvintes e também poderá motivá-los a
agir. Se demonstrar entusiasmo pelo que diz, contagiará a assistência.
ENTUSIASMO O que fazer?
 Além de preparar as informações, prepare também o coração. Dessa maneira, conseguirá
envolver suas emoções no discurso;
 Medite nos benefícios que seus ouvintes obterão dos pontos que você abordará;
 Determine as partes que devem ser apresentadas com maior entusiasmo;
 Dê vida ao discurso e demonstre, por meio de suas expressões faciais, o que você sente.
Fale com vigor.

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Conceito:
 Falar de maneira que transmita suas emoções e que seja coerente com o que estiver dizendo.
Por que é importante?
 É essencial para conseguir tocar o coração dos que escutam.
CORDIALIDADE
E SENTIMENTO O que fazer?
 Em vez de você se preocupar demais com as palavras, concentre-se no desejo de ajudar os
ouvintes;
 Expresse no tom da voz e nas expressões faciais as emoções apropriadas à matéria;
 Aprenda observando atentamente aqueles que falam de maneira expressiva.
Por que é importante?
 Dão mais ênfase visual e emocional às palavras. Podem intensificar seus sentimentos e dar
mais vida à voz.
GESTOS E
EXPRESSÕES O que fazer?
FACIAIS  Movimente as mãos, os ombros ou o corpo inteiro para expressar ideias, sentimentos e
atitudes;
 Use os olhos, a boca e a cabeça de forma expressiva, para reforçar o que diz e para
transmitir sentimentos.
Por que é importante?
 Em muitas culturas o contato visual é encarado como indicação de interesse nos ouvintes e
CONTATO como prova de que o orador está convencido do que fala.
VISUAL O que fazer?
 Olhe nos olhos de alguns ouvintes durante poucos segundos, se os costumes locais o
permitirem. Olhe para as pessoas individualmente e não apenas para o grupo como um todo.
Por que é importante?
 Sua aparência pode influir no modo como os outros encaram os seus argumentos e sua
BOA ideologia na palestra.
APARÊNCIA O que fazer?
 Use roupa bem arrumada e limpa e cabelo bem penteado. A postura deve transmitir atitude
compenetrada.

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Conceito:
 Ser você mesmo: espontâneo, sincero e despretensioso.
Por que é importante?
 Se, ao falar, você parecer nervoso, muito formal ou desajeitado por estar preocupado
demais com a impressão que vai causar, isso talvez distraia os ouvintes.
NATURALIDADE O que fazer?
 Fale normalmente! Concentre-se! Na preparação de um discurso, preste mais atenção às
ideias do que às palavras. Ao proferir uma palestra, evite falar de forma desleixada e não
use característica de oratória para chamar atenção para si mesmo;
 Prepare-se bem para ler em público. Leia com sentimento e leve em consideração o real
sentido da matéria.

Por que é importante?


 Sua aparência pode influir em como os outros encaram os seus argumentos e sua ideologia
na palestra.
EQUILIBRIO
O que fazer?
 Use roupa bem arrumada e limpa e cabelo bem penteado. A postura deve transmitir atitude
compenetrada.

Por que é importante?


 Aquilo que se diz só pode beneficiar outros, se for ouvido com clareza.

USO DE O que fazer?


MICROFONE  Mantenha o microfone à distância de 10 a 15 centímetros da boca;
 Só fale quando o microfone estiver no lugar;
 Use um pouco mais de volume e intensidade do que em uma conversa comum;
 Se tiver necessidade de limpar a garganta, afaste a cabeça do microfone.

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Conceito:
 Mostrar discrição no que diz, no modo como o diz e em quando o diz, a fim de não dar
motivos para outros se ofenderem.

Por que é importante?


 Se você falar com tato, as pessoas encararão seu discurso com mente aberta. Essa qualidade
também o ajudará a manter boa relação com a assistência.

O que fazer?
 Converse com as pessoas em vez de dar um sermão;
FALAR COM  Pense bem em como aquilo que você pretende dizer vai soar para outra pessoa;
TATO MAS DE  Antes de falar, veja se o momento é propício para levantar o assunto;
MODO FIRME  Quando possível, elogie com sinceridade;
 Não se irrite com as objeções. Mantenha a calma.

ATENÇÃO
Evite dar a impressão de querer ser o dono da verdade.
Não julgue os outros.

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Conceito:
 Usar palavras que exprimam respeito e bondade, que sejam fáceis de entender, que
acrescentem variedade à sua palestra e transmitam vigor e sentimento apropriado;
 Usar palavras e expressões de acordo com as regras gramaticais.
Por que é importante?
 Mostra respeito pela mensagem que você apresenta e revela muita coisa sobre sua atitude
com os ouvintes. Influência a reação de outros ao que você diz.
O que fazer?
 Observe oradores capazes e anote expressões que deseja incorporar à sua linguagem;
 Não demore mais de um ou dois dias para usá-las;
 Escolha palavras simples e sentenças concisas. Aos poucos, vá intercalando algumas
sentenças mais longas;
ESCOLHA DE  Quem usa muitas palavras desconhecidas pode parecer que está falando em língua
estrangeira. Esse procedimento pode afastar grande parte do público;
PALAVRAS
 Se achar mesmo necessário usar uma palavra pouco conhecida, deve usá-la em frases simples
que deixem claro seu sentido;
 Ao ler, marque as palavras que não conhece bem e procure-as no dicionário. Selecione
algumas delas e faça um empenho especial em usá-las quando for apropriado.

DICA
Ampliar o vocabulário acrescenta variedade à sua linguagem. Mas é preciso
cautela, se a pessoa pronuncia ou emprega mal uma palavra, outros talvez
concluam que ela realmente não sabe do que está falando. O objetivo de
ampliar o vocabulário é informar, não impressionar o ouvinte. O uso de
palavras bem escolhidas, adequadas e fáceis de entender torna o nosso falar
reanimador e estimulante, em vez de monótono e desinteressante.

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Conceito:
 Falar com base em um esboço mental ou escrito, em vez de usar um manuscrito, lendo
palavra por palavra.
Por que é importante?
 Preparar um esboço ajuda a organizar as ideias. Usá-lo no proferimento torna mais fácil
USO DE falar de modo conversante.
ESBOÇO/NOTA
O que fazer?
 Conscientize-se dos benefícios de falar com base em um esboço;
 Na conversa diária, organize as ideias antes de falar;
 Faça um esboço simples e fácil de ler em um relance;
 Prepare-se para o proferimento, recapitulando ideias, não decorando palavras.

Conceito:
 Preparar bem as ideias do discurso, mas escolher as palavras de forma natural no decorrer
do proferimento.
Por que é importante?
 O proferimento espontâneo é o método mais eficaz de prender o interesse da assistência e
motivá-la.
PROFERIMENTO
ESPONTÂNEO O que fazer?
 Convença-se das vantagens do proferimento espontâneo;
 Em vez de escrever todo o discurso, faça um esboço simples;
 Prepare-se mentalmente para o proferimento, recapitulando cada ponto principal em
separado. Não se preocupe demais com palavras, concentre-se no desenvolvimento lógico
das ideias.

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EAD – CERIMONIAL – MÓDULO II

Conceito:
 Melhorar a voz, não por imitar alguém, mas por respirar corretamente e relaxar os
músculos.
Observação: a voz humana é uma maravilha, cuja versatilidade nenhum instrumento
fabricado pelo homem consegue igualar. Pode exprimir sentimentos e emoções, desde o
mais terno e meigo amor ao mais violento ódio. Se for bem desenvolvida e treinada, a voz
pode alcançar até três oitavas e produzir não apenas belos sons musicais, mas também
inspiradores padrões de linguagem.
Por que é importante?
 A boa qualidade da voz ajuda os ouvintes a relaxar e a escutar com prazer. A má qualidade
da voz prejudica a comunicação e pode frustrar o orador e a assistência.
O que fazer?
 Faça exercícios de respiração, enchendo a parte inferior dos pulmões;
 Ao falar, relaxe os músculos da garganta, o pescoço, os ombros e o restante do corpo.
QUALIDADE DA
VOZ Exercício: Fique em pé ereto, com os ombros para trás, e inspire para encher a parte
inferior dos pulmões; soltando o ar aos poucos, comece a contar lentamente, e veja até
aonde consegue chegar em um só fôlego. Daí treine a leitura em voz alta, respirando dessa
maneira.

DICA
Ao fazer o exercício, não desperdice o ar deixando-o escapar muito depressa. Solte-
os aos poucos. Não tente controlar a expiração contraindo os músculos da garganta.
Se fizer isso, sua voz logo soará forçada e anormalmente aguda. A pressão dos
músculos abdominais e dos intercostais (entre as costelas) expele o ar, ao passo que
o diafragma controla a velocidade com que é expelido. Como teste, coloque uma
das mãos em cada lado da parte inferior da caixa torácica. Respire fundo. Se respirar
corretamente, não contrairá a barriga nem erguerá os ombros. Vai sentir as costelas
se moverem um pouquinho para cima e para fora.
Técnicas de oratória (SOCIETY, 2001).
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EAD – CERIMONIAL – MÓDULO II

Componentes da equipe do cerimonial


Além do chefe de cerimônias e do mestre, a equipe do cerimonial é
composta por outros profissionais. É muito difícil escolher
componentes para a área de cerimonial. Evidentemente, o chefe do
cerimonial precisa ser cauteloso ao compor sua equipe. Para organizar
uma cerimônia é necessária uma equipe unida, competente e
comprometida. A discrição também é importante, uma vez que a
imagem que deve aparecer é a da instituição e não a do funcionário da
instituição.

Quanto a isso, Marielza Andrade assim define:

Toda equipe de cerimonial bem-sucedida é formada por


pessoas que amam o que fazem. São bem-humoradas,
discretas e flexíveis. Geralmente, pessoas que precisam ser
“puxadas para trás” são as mais indicadas, pois têm visão e
iniciativa. Só é necessário observar se o excesso de
iniciativa está voltado para o trabalho em si ou tão somente
para o brilho pessoal. Neste caso, a pessoa se torna
dispensável, pois, geralmente acredita que a sua presença
é mais do que suficiente para abrilhantar qualquer evento.
(ANDRADE, 2002, p. 14).

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EAD – CERIMONIAL – MÓDULO II

É necessário que todos os componentes da equipe estejam atentos às


suas obrigações e que não esqueçam de que se trata de trabalho de
equipe. O sucesso do evento deve ser o único objetivo de todos os
componentes. Por isso, é importante que o cerimonialista goste do que
faz.

ATENÇÃO
Os componentes precisam se preocupar com a aparência,
com a postura e com a boa educação.

Por ocasião do evento, o relacionamento com as autoridades deve ser


essencialmente profissional. Em eventos de qualquer sorte, a equipe
que trabalha atua em prol dos convidados, isto é, enquanto os
cerimonialistas trabalham, as autoridades participam do evento.

ATENÇÃO
Como a equipe do cerimonial não participa do evento, um
dos aspectos que deve ser levado em consideração é a
preocupação em não comer durante o coquetel, se for o
caso. Esta observação é importante porque é
desagradável estar com a boca cheia ao atender um
pedido de alguma autoridade ou ao surgir uma
emergência.
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EAD – CERIMONIAL – MÓDULO II

Traje da equipe do cerimonial

Uma das preocupações do chefe do cerimonial é com a aparência da


equipe.
Uma equipe organizada apresenta-se uniformizada e identificada.
Para tanto, deve ser usado, do lado esquerdo do peito, um broche de
identificação.
É importante que a equipe esteja identificada para facilitar o
reconhecimento dos recepcionistas do evento pelos visitantes, bem
como evidencia ao público uma equipe organizada e zelosa.
Lembre-se: Os cerimonialistas organizam o evento, mas não
participam dele!

ATENÇÃO

O chefe do cerimonial e o mestre de cerimônias devem


usar o mesmo traje dos demais integrantes da equipe.
Não devem se apresentar com roupas de festa.

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EAD – CERIMONIAL – MÓDULO II

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Sequência de abertura e condução de cerimônia

Sequência normal de abertura e condução de


cerimônia
Até aqui nós falamos das pessoas que organizam o evento. Agora, você
conhecerá a sequência do evento e como ele deve ocorrer.

 Os recepcionistas recebem os convidados, coordenam o livro de


presença, entregam material de apoio e registram ou recolhem o
Cartão de Registro de Autoridades, que será entregue
posteriormente ao mestre de cerimônias;
 Os participantes são encaminhados ao plenário pelas
recepcionistas;
 As duas primeiras fileiras do recinto são reservadas para
autoridades e convidados que são encaminhados pelo anfitrião.
Deve-se isolar o espaço com fita ou corda de seda, podendo ser
utilizado cartões com a designação “Reservado”;
 O mestre de cerimônias inicia a sessão solene convidando os
integrantes da Mesa diretora;
 O presidente da Mesa deve ser o primeiro a ser chamado. Na
ausência, o anfitrião pode presidir;
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 O presidente do evento (a maior autoridade) senta-se sempre ao


centro da Mesa diretora, com seu convidado especial à direita;
 Em um gesto de simpatia e elegância é correto também chamar o
anfitrião (sendo ele o presidente do evento) e seu convidado
especial junto, dizendo: “Para compor a Mesa diretora, é convidado
a Sua Excelência o Senhor Prefeito de XXXXXX, Fulano de Tal, que irá
recepcionar a Sua Excelência o Ministro XXXXX, Senhor Cicrano de
Tal, nosso convidado especial”;
 Na sequência, o mestre de cerimônias chama os demais integrantes
da Mesa, obedecendo à ordem de precedência do maior para o
menor;
 Os recepcionistas indicam as cadeiras;
 O mestre de cerimônias anuncia a execução do hino nacional.
Todos os participantes devem levantar-se e manter posição de
respeito, considerando as limitações físicas dos participantes;
 Iniciando os pronunciamentos, os de menor hierarquia falam
primeiro. A pessoa que preside o evento fala por último;
 O mestre de cerimônias inicia a cerimônia, convidando o
presidente da Mesa a declarar abertos os trabalhos e dando boas-
vindas aos presentes;
 “Agradecendo a presença de todos, declaramos aberta esta sessão
solene”;
 Encerrados os pronunciamentos, cabe ao mestre de cerimônias
conduzir o final da solenidade, desfazendo a Mesa e comunicando
as últimas informações.

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ATENÇÃO
As autoridades presentes que se identificaram na entrada com
os recepcionistas devem ser mencionadas pelo mestre de
cerimônias: “São registradas as presenças dos senhores...”

DICA

É de bom senso descartar esse registro se o número de


autoridades for muito grande.

Olá, estamos concluindo este módulo do curso Cerimonial,


e temos certeza de que ele foi muito proveitoso para você.
Lembramos ainda que, quando você for realizar um evento,
siga as orientações repassadas aqui, pois seguramente seu
evento será um sucesso.

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Fim do módulo II

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