PET 4 Noturno
PET 4 Noturno
PET 4 Noturno
II
SUMÁRIO
III
HISTÓRIA ............................................................................................... pág. 100
Semana 1: Primeiro Reinado.............................................................. pág. 100
Semana 2: Período Regencial............................................................ pág. 104
Semana 3: Segundo Reinado............................................................. pág. 107
Semana 4: Primeira República........................................................... pág. 110
IV
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
1
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem e língua.
TÓPICO:
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
HABILIDADE (S):
Reconhecer a organização temática de um texto, identificando a ordem de apresentação das informações no
texto; o tópico (tema) e os subtópicos discursivos do texto.
Reconhecer informações explícitas em um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Interpretação de texto.
ATIVIDADES
Olá pessoal, como vocês estão? Espero que estejam bem e saudáveis. Neste PET vamos falar um pou-
quinho sobre as diferentes formas de se comunicar. Com as mudanças advindas do mundo digital, mu-
damos também a forma de interagirmos. Se antes precisávamos estar frente a frente para bater aquele
papo, hoje podemos nos comunicar de forma muito dinâmica através das redes sociais, utilizando letras,
números, sons, imagens e uma infinidade de outros recursos. Qual tem sido o principal meio de você se
comunicar com seus colegas, parentes e, agora mais do que nunca, com as pessoas distantes?
Veja este exemplo de uma comunicação virtual:
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/bad-bad-server/dia-internacional-emoji-7-pessoas-que-estao-usando-os-emojis-errados/.
Acesso em: 19/07/2020.
2
1 — Onde podemos encontrar esse tipo de texto?
2 — Com que frequência você utiliza emojis para escrever uma mensagem?
4 — Você considera que uma imagem vale por mil palavras? Justifique.
5 — A pessoa que escreveu a mensagem teve resposta? É comum as pessoas não responderem as
mensagens?
Com as novas formas de nos comunicarmos, percebemos que nem sempre recebemos resposta a
uma mensagem quando a enviamos, esse tipo de comunicação é chamada de comunicação assín-
crona. Leia o texto abaixo:
3
No fragmento: “Embora eu ache que o trabalho remoto seja o futuro, acredito que a comunicação
assíncrona é um fator ainda mais importante na produtividade da equipe, independentemente de
sua equipe ser remota ou não.” O papel do narrador neste fragmento evidencia:
a) um narrador neutro que não declara a sua preferência.
b) um jornalista que narra os fatos sem colocar sua posição.
c) um espectador que não deixa o leitor perceber sua presença.
d) um narrador que transmite seu ponto de vista e participa da narrativa.
4
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem e língua.
TÓPICO:
Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...).
HABILIDADE (S):
Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
Reconhecer o sentido como produto de interação verbal (efeito discursivo).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Funções de linguagem.
ATIVIDADES
Em nossa última aula, falamos sobre as diferentes formas de comunicar. Vimos que a comunicação no
meio virtual pode acontecer de forma assíncrona ou síncrona. Vimos também que uma imagem pode
dizer mais do que algumas palavras e pode até expressar sentimentos e emoções. Sabemos que a lín-
gua evolui e acompanha as necessidades dos falantes, sua cultura, seu meio social e características.
As variações linguísticas constituem a diversidade social e cultura de uma comunidade. Precisamos
tomar alguns cuidados para não exagerar e correr o risco de não sermos entendidos, uma boa comuni-
cação precisa ser clara. Veja na tirinha abaixo:
5
3 — Por que o tio não entendeu o que seu sobrinho escreveu?
6
3 — Qual a crítica que o autor faz para as pessoas que estão no shopping?
6 — Por que o autor afirma que “as pessoas me olham como se eu fosse um ser primitivo, o homem das
cavernas que fala”.
A comunicação pelo meio virtual está cada vez mais comum. Entretanto, algumas pessoas não con-
seguem manter uma relação amigável e com respeito ao outro. Veja no texto a seguir, algumas dicas
de etiqueta.
http://praiadoguarau.eco.br/2017/06/20/whatsapp-para-que/
Você já vivenciou algum constrangimento em grupos de WhatsApp ou nas redes sociais? imagine que
você tenha que criar um grupo com os colegas de sua sala. Proponha algumas regras, registre aqui e
compartilhe com seus colegas.
7
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem e língua.
TÓPICO:
Organização temática.
HABILIDADE (S):
Reconhecer a organização temática de um texto, identificando a ordem de apresentação das informações no
texto; o tópico (tema) e os subtópicos discursivos do texto.
Reconhecer informações explícitas em um texto.
Inferir informações (dados, fatos, argumentos, conclusões...) implícitas em um texto.
Correlacionar aspectos temáticos de um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Interpretação de texto.
ATIVIDADES
DOCUMENTÁRIO: MALALA
UMA GAROTA (NADA) COMUM
Todos conhecem a história de Malala Yousafzai. Mas talvez muitos não saibam a origem de seu nome,
uma homenagem à Malalai de Maiwand, maior heroína do Afeganistão. Em uma batalha, ela ergueu seu
véu como bandeira e incentivou os afegãos a lutarem contra os invasores britânicos. No confronto,
Maiwand foi morta por se rebelar contra a dominação colonial, assim como Malala foi baleada por en-
frentar as proibições do grupo Talibã, contrário à Educação para meninas. Mas a paquistanesa sobrevi-
veu e hoje dá voz a muitas outras jovens na luta pelo acesso ao ensino.
No documentário Malala, de Davis Guggenheim, agora disponível na Netflix, a mais jovem ganhadora
do Prêmio Nobel mostra que, para além do ativismo internacional, há o cotidiano comum de uma aluna,
que, ao chegar da escola, precisa fazer a lição de casa.
Em um mundo globalizado, parece estranho que meninas ainda sejam proibidas de estudar. Mas
a realidade mostra que, mesmo onde elas têm acesso ao sistema educacional, há outras barreiras a
superar. Na Olimpíada Internacional de Matemática de 2017, elas somavam somente 10% entre os com-
petidores. Pesquisas também revelam que o desempenho de garotas é inferior ao dos meninos em Ci-
ências Exatas e Tecnologia.
Esses dados nos dizem duas coisas: é urgente combater a desigualdade de gênero na Educação.
Precisamos também de mais Malalas. Não por ela ser excepcional, mas por ser uma garota comum que
conseguiu fazer sua voz ser ouvida. Perdoado o clichê, sua história prova que meninas comuns podem
fazer coisas extraordinárias. E, quando isso ocorre, a igualdade entre homens e mulheres fica mais
perto de existir.
Retirado do site: https://novaescola.org.br/conteudo/10269/um-documentario-uma-exposicao-dois-
livros-e-um-site-para-aproveitar-em-marco. Acesso em: 19/07/2020.
8
Responda:
4 — No texto vimos alguns problemas que foram enfrentados por Malala Yousafzai. Em cada problema
abaixo, escreva uma solução:
Problema Solução
“Uma das razões pelas quais eu vim ao Brasil é porque aqui há 1,5 milhão de meninas que não podem
ter acesso à Educação, e vocês sabem que eu acredito na Educação”.
“Eu também fui privada da Educação quando tinha 11 anos, quando os extremistas chamados Talibã
vieram ao norte do Paquistão e proibiram as meninas de frequentar as escolas. Eles entenderam que
o poder de uma mulher vem da Educação, por isso eles proibiram esse acesso. Educação tem a ver
com emancipação das mulheres. Quero que as meninas tenham acesso a Educação de qualidade no
mundo inteiro”.
Retirada do site: https://novaescola.org.br/conteudo/12014/malala-a-educacao-para-as-meninas-deve-ser-prioridade-do-brasil.
Acesso em: 20/07/2020.
1 — Você concorda que ainda hoje é difícil para muitas meninas estudarem no Brasil? Justifique.
2 — Você conhece outras mulheres que lutam por justiça e igualdade? Faça uma pesquisa e escreva os
nomes dessas mulheres e suas causas.
3 — Faça uma redação sobre a afirmativa: A violência contra a mulher deve ser uma luta de todos:
mulheres e homens.
9
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Linguagem e língua.
TÓPICO:
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
HABILIDADE (S):
Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção
textual, produtiva e autonomamente.
Construir coerência temática na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Interpretação de texto.
ATIVIDADES
No último encontro, conhecemos um pouco mais sobre a história e luta de Malala. Aqui no Brasil temos
muitas mulheres que lutaram e que continuam lutando por igualdade e justiça. Você conhece Carolina
Maria de Jesus?
10
Não é difícil encontrá-los rolando no chão em brigas ocasionadas por fatos ordinários ou mantendo
relações sexuais para todo mundo ver.
Durante a leitura é persistente perceber que tais características aproximam Quarto de Despejo de
outro livro: O Cortiço, de Aluísio Azevedo. O romance naturalista realista encontra, aqui, paralelo por
também transformar a maioria dos personagens em bestas que agem por impulso.
E se estamos falando de personagens, não se pode deixar de lado um que é, praticamente, o elo que
une todos os “núcleos”: a Fome. Dizer que a Fome é apenas um personagem abstrato seria pura tolice.
Em Quarto de Despejo ela toma forma — mesmo que ironicamente impalpável — de um carrasco sangui-
nário. Tal carrasco corrói, gera inimizades, destrói laços, provoca suicídios e assassinatos.
Carolina Maria de Jesus não hesitou em transcrever uma dura realidade do Brasil do modo que deve
ser feito. Não “colocou açúcar” naquilo que, muitas vezes, é suavizado para não chocar. Precisamos
ficar chocados, pois só assim nos questionamos. Aliás, Quarto de Despejo proporciona isso: reflexão.
Somos levados a pensar nos maniqueísmos cotidianos e na falha deles. Acima de tudo, essa é uma
obra que mais do que livro de cabeceira, deveria ser bibliografia recomendada em grades curriculares
da educação.
Retirado do site: https://falauniversidades.com.br/resenha-quarto-de-despejo-diario-de-uma-favelada/
1 — Através do texto, a autora Carolina Maria de Jesus dá voz à sua condição étnica, social e feminina.
A autora descreve alguns problemas que ela enfrenta, quais são eles?
2 — Leia o fragmento abaixo extraído do livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.
“1 DE JULHO...
Eu percebo que se este Diário for publicado vai magoar muita gente. Tem pessoa que quando
me ver passar saem da janela ou fecham as portas. Estes gestos não me ofendem. Eu até gosto
porque não preciso parar para conversar. (...) Quando passei perto da fábrica vi vários tomates. Ia
pegar quando vi o gerente. Não aproximei porque ele não gosta que pega. Quando carregam os
caminhões os tomates caem no solo e quando os caminhões saem esmaga-os. Mas a humanidade
é assim. Prefere vê estragar do que deixar seus semelhantes aproveitar.” (JESUS, 1997, p. 69.)
(UNIMONTES-2014) Sobre o excerto acima e sobre o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de
Jesus, a única afirmativa INCORRETA é:
a) Para a autora, os papéis colhidos nas ruas são sua fonte de sobrevivência e, mais tarde, a
matéria-prima para a escrita dos seus diários.
b) Os diários, além de uma forma de extravasamento da raiva e de fazer-se conhecer, eram, para
a autora, um registro da memória.
c) A dimensão social e humanística do romance é perceptível por meio da confissão diarística
da narradora.
d) A linguagem de norma culta e singular da escritora do povo legitima o lugar social de sua autora.
3 — (IFSULDEMINAS-2011) Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, tem como traço recorrente,
EXCETO:
a) denúncia contra o racismo
b) crítica ao descaso do governo com a favela
c) linguagem padrão
d) repetição da rotina da autora
11
4 — (UNIMONTES-2014) Sobre o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, todas as afirmati-
vas abaixo estão corretas, EXCETO:
a) A autora — mulher, negra, mãe solteira — assinala a sua escrita com a consciência do que é
estar no “quarto de despejo” da grande cidade de São Paulo.
b) O ato cotidiano de recolher resíduos da sociedade paulistana é uma evasão de uma mulher
que se sente marginalizada.
c) O diário Quarto de despejo é constituído de fragmentos de vida reunidos em cadernos encon-
trados nas ruas.
d) Os relatos diários são marcados por um olhar de denúncias e pela descrição da rotina marginal
de sua autora.
5 — Através de sua obra, Carolina denuncia os problemas comuns enfrentados pela população, o pre-
conceito, as injustiças contra as mulheres e negros. Apesar de ser uma obra publicada em 1960,
ainda hoje, as desigualdades sociais ignoram uma grande parte da população. Veja a imagem a
seguir e escreva uma carta para Carolina. Faça uma reflexão sobre o texto Quarto de Despejo e a
imagem abaixo.
https://www.dw.com/pt-br/a-viol%C3%AAncia-policial-contra-negros-como-pol%C3%ADtica-de-estado-no-brasil/a-53729007.
Acesso em: 22/07/2020.
12
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO I:
Funções elementares e modelagem.
TEMA 5:
Funções.
TÓPICO:
9. Progressão aritmética.
HABILIDADE(S) DO CBC:
9.1. Reconhecer uma progressão aritmética em um conjunto de dados apresentados em uma tabela,
sequência numérica ou em situações-problema.
9.2. Identificar o termo geral de uma progressão aritmética.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Sequências numéricas e Progressão aritmética.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia e Ciências Sociais.
Olá estudantes!
Em nosso processo de conhecer a Matemática e aprender como ela pode explicar o mundo, vamos
explorar mais alguns casos nos quais as funções são usadas para compreensão de fenômenos
naturais e sociais.
13
Para introduzir o nosso tema desta semana, vamos começar com um problema que foi apresentado
no século XIII, por Leonardo Pisano, mais conhecido como Fibonacci. Ele propôs o seguinte problema:
Pares de coelhos
14
No caso das plantas, vários estudos de filotaxia confirmam a presença dos números da sequência de
Fibonacci na constituição de certas espécies. Veja o exemplo a seguir:
15
Uma sequência numérica é uma lista (finita ou infinita) de números, na qual cada termo ocupa uma
posição bem definida nessa lista. Por exemplo, as sequências (2, 10, 50) e (2, 50, 10) são duas sequên-
cias finitas formadas pelos mesmos três números: 2, 10 e 50. No entanto, essas duas sequências são
distintas, pois o segundo termo da primeira sequência é 10, enquanto que o segundo termo da segunda
sequência é 50.
É comum representarmos, genericamente, uma sequência numérica por:
(a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7, …, a(n-1), an, a(n+1), …)
Note que, nessa representação, o subíndice do termo indica a posição do termo na sequência. Assim,
ao indicarmos o termo a6, estamos nos referindo ao 6o termo da sequência.
Alguns tipos de sequências numéricas auxiliam nas soluções para problemas de nosso cotidiano e por
isso são mais conhecidas. A seguir, vamos estudar um tipo especial de sequência.
Progressão Aritmética é uma sequência numérica, em que a diferença entre um termo e seu
antecessor na sequência, a partir do segundo, é um número constante, que é chamado de razão
da progressão.
16
De fato:
10 — 5 = 15 — 10 = 20 — 15 = 25 — 20 = 30 — 25 = ... = 5
Essa sequência é, portanto, uma progressão aritmética (PA), na qual r = 5.
• (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, ...) — Sequência dos números primos.
Ao calcularmos as diferenças entre o segundo e primeiro termos e entre o terceiro e segundo termos,
percebemos que essas diferenças são distintas:
3—2≠5—3
Logo, essa sequência não é uma progressão aritmética.
Em função do valor da razão, as progressões aritméticas podem ser classificadas em:
• crescente, quando r > 0.
• constante, quando r = 0.
• decrescente, quando r < 0.
Assim, partindo do 1o termo, podemos obter qualquer outro termo da PA, bastando, para isso, somarmos
a razão, uma quantidade adequada de vezes, ao 1o termo.
17
Exemplo 1: Determine o 70o termo da seguinte PA: (5, 13, 21, 29, 37, 45, 53, 61, …)
Note que: a1 = 5 e r = 13 — 5 = 8. Deseja-se obter o termo a70 dessa sequência. Basta fazermos
a1 = 5, r = 8 e n = 70 na fórmula do termo geral an = a1 + (n — 1) r:
a70 = 5 + (70 — 1) 8
a70 = 5 + 69 8
a70 = 5 + 552
a70 = 557
Exemplo 2: (ENEM 2016 — 1ª AZUL — 165) Sob a orientação de um mestre de obras, João e Pedro
trabalharam na reforma de um edifício. João efetuou reparos na parte hidráulica nos andares 1,
3, 5, 7, e assim sucessivamente, de dois em dois andares. Pedro trabalhou na parte elétrica nos
andares 1, 4, 7, 10, e assim sucessivamente, de três em três andares. Coincidentemente, termi-
naram seus trabalhos no último andar. Na conclusão da reforma, o mestre de obras informou,
em seu relatório, o número de andares do edifício. Sabe-se que, ao longo da execução da obra,
em exatamente 20 andares, foram realizados reparos nas partes hidráulica e elétrica por João
e Pedro.
Qual é o número de andares deste edifício?
a) 40 b) 60 c) 100 d) 115 e) 120
Para resolver essa questão, primeiro temos que identificar quais os andares em que João e
Pedro trabalharam juntos, ou seja, os números comuns nas sequências que representam os
andares nos quais João e Pedro trabalharam.
Sequência de andares que João trabalhou: (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, …, an)
Sequência de andares que Pedro trabalhou: (1, 4, 7, 10, 13,…, bn)
Os andares em que João e Pedro trabalharam juntos formam a sequência (1, 7, 13, 19, …, c20), que
é uma PA de razão r = 7 — 1 = 6.
Assim, usando a fórmula do termo geral da PA, temos:
c20 = 1 + (20 — 1) 6
c20 = 1 + 19 6
c20 = 1 + 114 = 115
Resposta: letra D.
18
ATIVIDADES
2 — Determine o 1o elemento de uma PA com 120 termos, na qual o último termo é 570 e a razão é 4.
3 — Considere a sequência (8, 11, 14,...). Determine o termo geral dessa sequência, sabendo que se
trata de uma PA.
4 — (ENEM 2019 — 1a AZUL — 149) O slogan “Se beber não dirija”, muito usado em campanhas publici-
tárias no Brasil, chama a atenção para problemas graves da ingestão de bebidas alcoólicas por
motoristas e suas consequências para o trânsito. Um problema grave pode ser percebido como
um assunto tratado pelo Código de Trânsito Brasileiro. Em 2013, a quantidade máxima de álcool
permitida no sangue do condutor de um veículo, que já era pequena, foi reduzida, e o valor da mul-
ta para motoristas alcoolizados foi aumentado. Em consequência dessas alterações, o número de
acidentes registrados em uma rodovia suposta nos anos em que ocorreram alterações após 2013
foi alterado, conforme dados no quadro.
Suponha que a tendência de redução no número de acidentes nessa rodovia para os anos subse-
quentes seja igual à redução absoluta observada em 2014 para 2015.
Com base na situação, o número de acidentes esperados nessa rodovia em 2018 foi de:
a) 150.
b) 450.
c) 550.
d) 700.
e) 800.
19
5 — (PORTAL OBMEP) A sequência dos números pentagonais está ilustrada na figura abaixo:
Figura 4: https://mathworld.wolfram.com/PentagonalNumber.html
Fazendo apenas a contagem de pontos em cada borda externa (perímetro) em cada pentágono
chegaremos a:
a1 = 5
a2 = 10
a3 = 15
a4 = 20
Sendo assim, qual o valor de a20?
6 — (ENEM-2013, adaptada) As projeções para a produção de arroz no período de 2012 a 2021, em uma
determinada região produtora, apontam para uma perspectiva de crescimento constante da pro-
dução anual. O quadro apresenta a quantidade de arroz, em toneladas, que será produzida nos
primeiros anos desse período, de acordo com essa projeção.
2012 50,25
2013 51,50
2014 52,75
2015 54,00
20
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO I:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA 5:
Funções.
TÓPICO:
11. Progressão Geométrica.
HABILIDADE(S) DO CBC:
11.1. Identificar o termo geral de uma progressão geométrica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Sequências numéricas e Progressão geométrica.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia, Ciências Sociais, Economia, Estatística.
Olá!
Esta semana vamos conhecer mais uma sequência que ajuda a explicar o mundo em que vivemos e
auxilia nas soluções de problemas.
Progressão Geométrica é uma sequência numérica, na qual a razão entre um termo e seu an-
tecessor na sequência, a partir do segundo, é um número constante, que é chamado de razão
da progressão.
21
De fato:
4 8 16 32 64 128
= = = = = =2
2 4 8 16 32 64
Essa sequência é, portanto, uma progressão geométrica (PG) e sua razão vale 2, isto é, q = 2.
• (—2,—4, —8, —16, —32, —64, —128, —256)
Calculando as razões entre cada termo e o seu antecessor nessa sequência, obtemos sempre o mesmo
número: 2.
De fato:
—4 —8 —16 —32 —64 —128 —256
= = = = = = =2
—2 —4 —8 —16 —32 —64 —128
Essa sequência é, portanto, uma progressão geométrica (PG), na qual q = 2.
8 8
• (—72, 24, —8, , — )
3 9
Calculando as razões entre cada termo e o seu antecessor nessa sequência, obtemos sempre o mesmo
1
número: q = — .
3
De fato:
8 8
—
24 —8 1
= = 3 = 9 =—
—72 24 —8 8 3
3
1
Essa sequência é, portanto, uma progressão geométrica (PG), na qual q = — .
3
• (7, 7, 7, 7, 7)
Ao calcularmos as razões entre cada termo e o seu antecessor nessa sequência, percebemos que todas
serão iguais a 1:
7 7 7 7
= = = =1
7 7 7 7
Logo, essa sequência é uma progressão geométrica de razão q = 1.
Em função do valor da razão, as progressões geométricas podem ser classificadas em:
• crescente, quando q > 1.
• constante, quando q = 1.
• decrescente, quando 0 < q < 1.
• alternadas, quando q < 0.
22
a6
q= ⇒ a6 = a5 q
a5
a
q = n ⇒ an = an — 1 q
an — 1
Assim, partindo do 1o termo, podemos obter qualquer outro termo da PG, bastando, para isso, multipli-
carmos pela razão, uma quantidade adequada de vezes, o 1o termo.
Vamos praticar!
23
ATIVIDADES
1 — Considerando a progressão geométrica (3, 15, 75, 375, 1 875, 9 375, …), determine sua razão e
expresse o termo geral dessa sequência em função do seu primeiro termo e de sua razão.
6 — (PORTAL OBMEP) Para fazer a aposta mínima na Mega-Sena uma pessoa deve escolher 6 núme-
ros diferentes em um cartão de apostas que contém os números de 1 a 60. Uma pessoa escolheu
os números de sua aposta, formando uma progressão geométrica de razão inteira. Quais os
números da aposta feita?
24
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO I:
Funções elementares e modelagem.
TEMA 5:
Funções.
TÓPICO:
12. Função exponencial.
HABILIDADE(S) DO CBC:
12.1. Identificar exponencial crescente e exponencial decrescente.
12.2. Resolver problemas que envolvam uma função do tipo y(x) = kax.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Representar graficamente a função exponencial.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia, Ciências Sociais, Economia, Estatística.
Olá! Nesta semana e na próxima, vamos estudar sobre a função exponencial. Preparado para mais
uma semana de estudos?
Função exponencial é uma função da forma f (x) = abx, com a, b ∈ , sendo a ≠ 0, b > 0 e b ≠ 1, definida
para todo número real x.
Características importantes da função exponencial.
• Seu domínio é o conjunto de
todos os números reais ().
• Seu conjunto imagem é o con-
junto dos números reais positi-
vos (*+), se a > 0, e o conjunto
dos números reais negativos
(*—), se a < 0.
•
O gráfico sempre intercepta o
eixo das ordenadas (eixo y) no
ponto (0, a) e não intercepta o eixo
das abscissas (eixo x).
25
ATIVIDADES
3 — O alcance das redes sociais na vida cotidiana trouxe alguns fenômenos que muitas vezes trazem
impactos, positivos ou não. Podemos citar os boatos e os chamados “virais” ou “memes” que são
vídeos ou imagens replicados de forma rápida e acessados por milhares de pessoas.
Você sabe que podemos fazer uma previsão do número de acessos a esses vídeos ou imagens
utilizando a função exponencial? Observe o “meme” abaixo que viralizou em 2016:
26
Considere que esse post viralizou via redes sociais da seguinte forma:
x (min) x (visualizações)
1 3
2 27
3 81
4 243
4 — (ENEM-2015 — 2a AZUL — 167) O sindicato de trabalhadores de uma empresa sugere que o piso sa-
larial de classe seja de R$ 1 800,00, propondo um aumento percentual fixo por cada ano dedicado
ao trabalho. A expressão que corresponde à proposta salarial (s), em função do tempo de serviço
(t), em anos, é s (t) = 1 800 (1, 03)t.
De acordo com a proposta do sindicato, o salário de um profissional dessa empresa com 2 anos de
tempo de serviço será, em reais,
a) 7 416,00.
b) 3 819,24.
c) 3 709,62.
d) 3 708,00.
e) 1 909,62.
27
5 — (ENEM-2017 — 2a AZUL — 148) Ao abrir um negócio, um microempresário descreveu suas vendas,
em milhares de reais (unidade monetária brasileira), durante os dois primeiros anos. No primeiro
ano, suas vendas cresceram de modo linear. Posteriormente, ele decidiu investir em propaganda,
o que fez suas vendas crescerem de modo exponencial.
Qual é o gráfico que melhor descreve as vendas em função do tempo?
a)
b)
c)
d)
e)
28
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO I:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA 5:
Funções.
TÓPICO:
12. Função exponencial.
HABILIDADE(S) DO CBC:
12.3. Reconhecer uma progressão geométrica como uma função da forma y(x) = kax definida no conjunto dos
números inteiros positivos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Progressão geométrica e função exponencial.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia, Ciências Sociais, Economia, Estatística.
lá! Nessa semana, vamos explorar a função exponencial e sua relação com Progressão
O
Geométrica.
A partir dessa comparação é possível visualizar que a progressão geométrica, pode ser representada
também como uma função exponencial, mas devemos nos atentar para o domínio das relações com
que trabalhamos.
• Na função exponencial, o valor f (x) da função pode ser definido para todo x real.
• Na progressão geométrica, o termo geral só é definido para n inteiro positivo, uma vez que estamos
considerando uma PG, e n representa a posição do termo na sequência, que, obviamente, só pode ser
um número inteiro positivo.
Ou seja, uma progressão geométrica pode ser considerada uma função do tipo exponencial, na qual o
domínio é o conjunto dos números inteiros positivos.
29
Exemplo:
Uma obra de arte foi comprada por um investidor, por R$ 8 000,00. O investidor espera uma valorização
de 10% ao ano, num regime de juros compostos.
a) Determine a lei de formação da função que fornece o valor V da obra de arte, em reais, em função do
tempo t, em anos, contado a partir do instante da compra dessa obra de arte.
b) Seis anos após a compra, qual será o valor da obra?
c) Esboce o gráfico da função V.
d) Observando o esboço gráfico da função V, determine quanto tempo levará para que o valor da obra
de arte duplique de valor.
Fonte: Função exponencial e sua relação com a Progressão. Disponível em: www1.educacao.pe.gov.br.
Acesso em: 20/07/2020 (adaptado).
Resolução:
a) Determine a lei de formação da função V.
Como a valorização será de 10% ao ano, tem-se que:
b) Para obtermos o valor da obra de arte, 6 anos após sua compra, basta fazermos na função obtida
na letra (a), t = 6:
V(6) = 8 000 1,16 = 8 000 1,771561 = 14 172,49
30
c)
d) Observando o gráfico acima, pode-se perceber que a obra de arte duplicará seu valor, isto é, valerá
16 000 reais, pouco antes de se completar 8 anos de sua compra.
Vamos praticar?
31
ATIVIDADES
1 — (ENEM-2016 - 2a AZUL – 137) O governo de uma cidade está preocupado com a possível epidemia
de uma doença infectocontagiosa causada por bactéria. Para decidir que medidas tomar, deve
calcular a velocidade de reprodução da bactéria. Em experiências laboratoriais de uma cultura
bacteriana, inicialmente com 40 mil unidades, obteve-se a fórmula para a população:
p (t) = 40 × 23t
em que t é o tempo, em hora, e p (t) é a população, em milhares de bactérias. Em relação à quanti-
dade inicial de bactérias, após 20 min, a população será
a) reduzida a um terço.
b) reduzida à metade.
c) reduzida a dois terços.
d) duplicada.
e) triplicada.
2 — Um dos perigos da alimentação humana são os microrganismos, que podem causar diversas
doenças e até levar a óbito. Entre eles, podemos destacar a Salmonella. Atitudes simples, como
lavar as mãos, armazenar os alimentos em locais apropriados, ajudam a prevenir a contamina-
ção pelos mesmos. Sabendo que certo microrganismo se prolifera rapidamente, dobrando sua
população de 100 microrganismos a cada 20 minutos, determine:
a) a lei da função que fornece o número de indivíduos da população desse microrganismo, em fun-
ção do tempo, em minutos, contado a partir do instante em que a população é de 100 indivíduos.
b) em quanto tempo a população de microrganismos será de 3 200 indivíduos?
32
REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. SEE. Conteúdo Básico Comum de Matemática. 2005. Educação Básica — Ensino
Fundamental e Médio.
MEC/WEBEDUC. Guia do Professor. Volume 03. Conteúdos Digitais. Disponível em: http://webeduc.mec.gov.
br/portaldoprofessor/matematica/condigital3/guias/guia_audiovisual_3.pdf. Acesso em: 20/07/2020.
MIRANDA, Tiago. ASSIS, Cleber. Material Teórico — Módulo Função Progressões Geométricas: Definição
e Lei de Formação. Disponível em: https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/
material/bprbczvjpgggw.pdf. Acesso em: 20/07/2020.
MIRANDA, Tiago. ASSIS, Cleber. Material Teórico — Progressões Aritméticas: Definição e Lei de
Formação. Disponível em: https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/
material/d8ialpjidz40k.pdf. Acesso em: 20/07/2020.
SOUSA, ISABELA RAMOS DA SILVA DE. Relação Entre Função Exponencial E Progressão.
Geométrica. Dissertação. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. RJ. 2016. Disponível
em: https://uenf.br/posgraduacao/matematica/wp-content/uploads/sites/14/2017/09/24112016I-
sabela-Ramos-da-Silva-de-Sousa.pdf. Acesso em: 20/07/2020.
Sites Consultados
GeoGebra — Aplicativos Matemáticos. Disponível em: https://www.geogebra.org/. Acesso em: 20/07/2020.
OBMEP. Disponível em: https://portaldosaber.obmep.org.br/. Acesso em: 20/06/2020.
TV ESCOLA. Percursos Educativos. Site: http://hotsite.tvescola.org.br/percursos/matematica/algebra-
-e-funcoes/funcao-exponencial/.
GESTÃO EDUCACIONAL. Sequência de Fibonnaci. O que é? Para que serve? Exemplos e Aplicação.
Disponível em: https://www.gestaoeducacional.com.br/sequencia-de-fibonacci/. Acesso em:
20/07/2020.
CONTEÚDOS DIGITAIS. O Número de Ouro. Disponível em: http://www.cdme.im-uff.mat.br/rza/rza-html/
rza-br.html. Acesso em: 20/07/2020.
CONTEÚDOS DIGITAIS. Flores e a Sequência de Fibonacci. Disponível em: http://webeduc.mec.gov.
br/portaldoprofessor/matematica/matematica_e_%20natureza/matematicaenatureza-html/
audio-flores-br.html. Acesso em: 20/07/2020.
UNICAMP. Recursos Educacionais multimídia para a Matemática do Ensino Médio. Disponível em:
https://m3.ime.unicamp.br/. Acesso em: 20/07/2020.
33
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
A linguagem da vida.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Composição do citoplasma e as organelas que compõem as células e suas funções.
HABILIDADE (S):
H.19. Organização celular.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
H.19.1. Comparar a organização e o funcionamento de diferentes tipos de células estabelecendo identidade
entre elas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.
34
TEMA: Citoplasma e suas organelas
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você estudará sobre a composição do citoplasma e a função das
organelas.
Citoplasma
O citoplasma é um compartimento da célula onde se encontra o núcleo (nas eucariotas) e as orga-
nelas, além de outras estruturas com funções específicas. É constituído de substância fluida denomi-
nada citosol.
O modelo básico de célula que se conhece desde os primeiros estudos da citologia é composto des-
sas 3 estruturas: membrana, citoplasma e núcleo.
A membrana é o que delimita a substância fluida e viscosa, chamada citoplasma, onde ficam as or-
ganelas e o núcleo, que por sua vez contém o material genético (DNA e RNA). Não devemos esquecer
que nas células procariontes, típicas de bactérias e arqueas, não há delimitação de núcleo e o material
genético fica espalhado pelo citoplasma.
Atualmente, com a evolução da biologia molecular, já se sabe que o citoplasma de células eu-
cariontes pode conter diversas estruturas com funções específicas. Desse modo, sabemos que
há duas compartimentalizações no citoplasma: o citosol e o citoesqueleto. A região que é mais
fluida chamada hialoplasma, é onde ficam mergulhadas muitas estruturas membranosas chama-
das organelas citoplasmáticas, além de grânulos compostos de RNA e proteínas, os ribossomos.
E na estrutura denominada citoesqueleto, está presente uma complexa malha de redes formadas
por microtúbulos e microfilamentos, que podem ser compostos de moléculas de proteínas espe-
cíficas como actina (no caso dos músculos).
No citosol acontece a maior parte das atividades celulares, geralmente associado às atividades
das organelas. A síntese (produção) de proteínas, por exemplo, é uma das reações mais importan-
tes. No processo de produção da cadeia polipeptídica, participam ainda o ribossomo e as moléculas
de DNA e RNA (ácidos nucléicos). Outra atividade essencial ao metabolismo eucarionte é a respiração
35
celular que produz a energia que será utilizada pelas células do corpo humano (por exemplo), parte
desse processo ocorre no citoplasma (glicólise) e outros dentro das mitocôndrias ( ciclo de Krebs e
cadeia transportadora de elétrons). Os filamentos do citoesqueleto são uma espécie de armação ou
malha estrutural que tem como funções dar forma à célula e permitir movimentos tanto de organelas
como da célula como um todo.
O citoplasma é composto em grande parte por água, mas também por moléculas orgânicas, em es-
pecial macromoléculas como proteínas e enzimas. Além disso, também estão presentes lipídios e po-
lissacarídeos. As enzimas têm papel essencial catalisando diversas reações que acontecem no citosol.
Figura 2: Quadro comparativo das organelas e suas funções. A letra V representa o que está presente
na célula e o X o que é ausente na célula.
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PARA SABER MAIS — Veja o vídeo “principais organelas celulares e suas funções”, disponível no
endereço a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=gCnQvlHrFTI, tempo de duração do vídeo 5 min.
37
ATIVIDADES
1 — Nas células eucarióticas, o citoplasma representa a região localizada entre a membrana plasmáti-
ca e o envoltório nuclear. O material que forma essa região é viscoso, rico em água e íons e recebe
o nome de:
a) suco celular.
b) citosol.
c) organela celular.
d) cisterna.
e) líquido intracelular.
2 — No citoplasma de uma célula eucarionte é possível observar diversas estruturas com funções varia-
das que garantem a sobrevivência da célula. Essas estruturas são chamadas genericamente de:
a) partículas celulares.
b) enzimas.
c) substâncias extracelulares.
d) material genético.
e) organelas citoplasmáticas.
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4 — Quais das estruturas apresentadas abaixo são comuns no citoplasma de células procariontes e
eucariontes.
a) Mitocôndria e ribossomo
b) Núcleo e lisossomos
c) Cloroplasto e complexo de Golgi
d) Somente o ribossomo
e) Plasmídio e ribossomo
REFERÊNCIAS
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SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
A linguagem da vida.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Composição do núcleo celular e suas funções.
HABILIDADE(S):
H.19. Organização celular.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
H.19.1. Comparar a organização e o funcionamento de diferentes tipos de células estabelecendo identidade
entre elas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.
40
Imagem 1. Representação do processo de síntese proteica que começa
no núcleo e depois acontece no citoplasma.
O núcleo é como o “centro de comando” da célula, pois é a partir dele que partem as “decisões”.
É onde se localizam os cromossomos compostos de moléculas orgânicas como proteínas e ácido
desoxirribonucleico (DNA). Nos eucariontes os cromossomos carregam a maior parte da informação
sobre as características da espécie e participa dos mecanismos hereditários. Cada região do DNA é
composto por genes que codificam as informações para a síntese (produção) de proteínas, que ocor-
re nos ribossomos. De acordo com o gene codificado, será sintetizada um tipo de proteína, que será
usada para fins específicos.
41
Além disso, quando o organismo precisa crescer ou se reproduzir a célula passa por divisões
que acontecem também no núcleo. O núcleo contém nucleoplasma, substância onde fica mergu-
lhado o material genético e as estruturas que são importantes para que desempenhe suas funções,
como os nucléolos. E também há a carioteca ou membrana celular, que delimita o núcleo e envolve
o material genético.
1. Carioteca
A membrana que envolve o núcleo é chamada de carioteca, tem natureza semelhante às restantes
membranas celulares, ou seja, dupla camada de lipídios e proteínas. A membrana mais externa está
ligada ao retículo endoplasmático e muitas vezes possui ribossomos aderidos. No lado interno da mem-
brana interior há uma rede de proteínas (lâmina nuclear) que ajudam na sustentação da carioteca e par-
ticipam do processo de divisão celular, contribuindo para a fragmentação e reconstituição do núcleo.
Existem poros na carioteca que são importantes para controlar a entrada e saída de substâncias.
2. Cromatina
As moléculas de DNA associadas às proteínas histonas compõem a cromatina. A cromatina pode
estar mais densa, mais enrolada, sendo chamada heterocromatina que se diferencia da região de
consistência mais frouxa, a eucromatina. O conjuntos dos cromossomos que constituem cada espé-
cie é o cariótipo; no ser humano, por exemplo, são 22 pares de cromossomos autossômicos e 1 par de
cromossomos sexuais.
Os cromossomos humanos, por exemplo, têm forma e tamanho típicos o que facilita a sua identificação.
3. Nucléolos
Os nucléolos são corpos densos e arredondados compostos, principalmente por RNA ribossômico
e proteínas, e em pequena quantidade, DNA, provavelmente correspondente a cromatina que contém
os genes para a síntese dos ribossomos. É nessa região do núcleo onde são fabricadas as moléculas
de RNA ribossômico que se associam a certas proteínas para formar as subunidades que compõem os
ribossomos. Essas subunidades ribossômicas ficam armazenadas no nucléolo e saem no momento de
realização da síntese proteica.
4. Divisão Celular
Nos organismos unicelulares a divisão celular representa a reprodução desses seres. Já nos multi-
celulares a divisão é importante para o crescimento e desenvolvimento do organismo. O surgimento de
uma nova célula e todo processo de divisão é chamado de ciclo celular.
A divisão celular em que a célula origina duas células-filhas idênticas é denominado mitose. Os
cromossomos se tornam tão condensados que podem inclusive ser vistos ao microscópio. Depois
ocorrem diversas fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase até que são originadas duas novas
células. Já quando na divisão a célula origina células-filhas com a metade do número de cromosso-
mos o processo é chamado de meiose. Na meiose acontecem dois ciclos de divisões consecutivas,
chamadas de Meiose I e Meiose II.
PARA SABER MAIS — Veja o vídeo “Núcleo Celular”, disponível no endereço a seguir: https://www.youtube.
com/watch?v=beux6yzGzeQ, tempo de duração do vídeo 3 min.
42
ATIVIDADES
1 — (Cesgranrio-RJ) Dos constituintes celulares a seguir relacionados, qual está presente somente
nos eucariontes e representa um dos critérios utilizados para distingui-los dos procariontes?
a) DNA.
b) Membrana celular.
c) Ribossomo.
d) Envoltório nuclear.
e) RNA.
3 — A maioria das células eucarióticas apresenta um núcleo, entretanto, algumas podem apresentar
dois ou até múltiplos núcleos. Existem ainda aquelas que, depois de especializadas, tornam-se
anucleadas, como:
a) os leucócitos.
b) as hemácias.
c) as células musculares.
d) os neurônios.
e) as células epiteliais.
43
4 — Sabemos que o núcleo das células eucariontes é delimitado por uma membrana chamada
carioteca. A respeito dessa estrutura, marque a alternativa incorreta.
a) A carioteca é formada por uma única membrana que apresenta diversos poros.
b) Os poros da carioteca selecionam o que entra e o que sai do núcleo.
c) A carioteca permite que o núcleo e o citoplasma sejam diferentes quimicamente.
d) A carioteca comunica-se com o retículo endoplasmático.
5 — Podemos dizer que o núcleo de uma célula eucariótica possui quatro componentes básicos. São eles:
a) carioteca, RNA, DNA e nucleossomo.
b) carioteca, nucleossomo, histonas e nucleoplasma.
c) carioteca, cromatina, nucléolo e nucleoplasma.
d) carioteca, DNA, nucléolo e nucleossomo.
REFERÊNCIAS
44
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
A linguagem da vida.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Composição dos ácidos nucléicos, função dos ácidos nucléicos e localização dos ácidos nucléicos.
HABILIDADE(S):
H.19. Organização celular.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
H.19.1. Comparar a organização e o funcionamento de diferentes tipos de células estabelecendo identidade
entre elas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.
Os ácidos nucléicos são macromoléculas constituídas por nucleotídeos e que formam dois
importantes componentes das células, o DNA e o RNA. Eles recebem essa denominação pelo fato
45
de possuírem caráter ácido e por serem encontrados no núcleo da célula. Os ácidos nucleicos são
essenciais para todas as células, pois é a partir das moléculas de DNA e RNA que são sintetizadas as
proteínas, as células se multiplicam e ainda ocorre o mecanismo de transmissão das características
hereditárias. Além disso, os nucleotídeos são importantes em diversos processos, como a síntese de
alguns carboidratos e lipídios e a regulação do metabolismo intermediário, ativando ou inibindo enzimas.
Como vimos, os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, os quais apresentam três com-
ponentes básicos: um grupo fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada. Os nucleotídeos unem-se
através de ligações fosfodiéster entre o açúcar e o grupo fosfato. A pentose é um açúcar com cinco
carbonos, a do DNA é chamada de desoxirribose, enquanto a do RNA denomina-se ribose.
Quando existe apenas uma base nitrogenada ligada a um carboidrato do grupo das pentoses,
forma-se um nucleosídeo. Graças à adição do grupo fosfato aos nucleosídeos, as moléculas passam
a ter cargas negativas e tornam-se nucleotídeos, apresentando o caráter ácido. As bases nitrogena-
das são estruturas cíclicas e existem em dois tipos: as púricas e as pirimídicas. Tanto o DNA como
o RNA possuem as mesmas purinas: a adenina (A) e a guanina (G). A mudança ocorre em relação às
pirimidinas, a citosina (C) é comum entre os dois, mas varia a segunda base, no DNA há timina (T) e no
RNA há uracila (U).
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Imagem 3. Dois tipos de ácidos nucleicos: o ácido desoxirribonucleico ou DNA (desoxirribonu-
cleic acid) e o ácido ribonucleico ou RNA (ribonucleic acid). Ambos são macromoléculas compos-
tas por cadeias de centenas ou milhares de nucleotídeos ligados.
PARA SABER MAIS – Veja o vídeo “O que é DNA?”, disponível no endereço a seguir: https://www.youtu-
be.com/watch?v=yUPy5yh-2jI, tempo de duração do vídeo 4 min. Veja o vídeo “Diferenças entre DNA
e RNA”, disponível no endereço a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=b0cZLgTA7hs, tempo de
duração do vídeo 2 min.
47
ATIVIDADES
3 — Os nucleotídeos são monômeros que formam os ácidos nucleicos. Analise as alternativas abaixo e
marque aquela que cita os componentes básicos de um nucleotídeo.
a) uma ribose, um grupo fosfato e uma timina.
b) uma pentose, uma base nitrogenada e um grupo fosfato.
c) uma pentose, um grupo fosfato e uma base pirimidina.
d) uma ribose, um grupo fosfato e uma base purina.
e) uma proteína, um carboidrato e um lipídio.
4 — (Uece) Os ácidos nucléicos são macromoléculas que compõem o material genético de todos os
seres vivos. Sobre os ácidos nucléicos, assinale o correto.
a) O DNA é replicado por meio de um processo denominado transcrição gênica.
b) O RNA mensageiro (RNAm) é sintetizado a partir do RNA transportador (RNAt).
c) Uma cadeia polipeptídica é o resultado da união de aminoácidos em função da sequência de
códons do RNA mensageiro.
d) Os vírus são seres unicelulares e seus ácidos nucleicos são muito importantes para estudos
microbiológicos.
48
5 — (Uece) Sobre os ácidos nucléicos, são feitas as seguintes afirmações:
I. São macromoléculas, de elevada massa molecular, que possuem ácido fosfórico, açúcares e
bases purínicas e pirimidínicas, em sua composição.
II. Ocorrem em todas as células vivas e são responsáveis pelo armazenamento e transmissão da
informação genética e por sua tradução, que é expressa pela síntese proteica.
III. Encontram-se presentes no núcleo dos procariotos e dispersos no hialoplasma dos eucariotos.
IV. Encontram-se, normalmente, organizados sob a forma de fita simples ou dupla.
REFERÊNCIAS
49
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
A linguagem da vida.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Síntese de proteínas.
HABILIDADE(S):
H.19. Organização celular.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
H.19.1. Comparar a organização e o funcionamento de diferentes tipos de células estabelecendo identidade
entre elas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.
50
TEMA: Síntese Proteica
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nessa semana você estudará sobre a produção e a importância das proteínas para
os seres seres vivos.
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3. Tradução Gênica
A cadeia polipeptídica é formada pela união de aminoácidos segundo a sequência de nucleotíde-
os do RNAm. Essa sequência do RNAm, denominada códon, é determinada pela sequência de bases da
fita do DNA que serviu de molde. Desse modo, a síntese de proteínas é a tradução da informação conti-
da no gene, por isso se chama tradução gênica.
52
4. Formação da Cadeia Polipeptídica
A síntese da proteína começa com a associação entre um RNAt, um ribossomo e um RNAm. Cada
RNAt transporta um aminoácido cuja sequência de bases, chamada anticódon, corresponde ao códon
do RNAm. O RNAt trazendo uma metionina, orientado pelo ribossomo, se liga ao RNAm onde se encon-
tra o códon (AUG) correspondente dando início ao processo. Em seguida se desliga e outro RNAt se liga
trazendo outro aminoácido.
Essa operação é repetida várias vezes formando a cadeia polipeptídica, cuja sequência de aminoá-
cidos é determinada pelo RNAm. Quando enfim o ribossomo chega a região do RNAm onde há um códon
de parada, é determinado o fim do processo.
PARA SABER MAIS — Veja o vídeo “Do DNA a proteína”, disponível no endereço a seguir: https://www.
youtube.com/watch?v=6nxRxoGME_I, tempo de duração do vídeo 3 min.
53
ATIVIDADES
1 — (UFSCAR) Um pesquisador, interessado em produzir em tubo de ensaio uma proteína, nas mesmas
condições em que essa síntese ocorre nas células, utilizou ribossomos de células de rato, RNA
mensageiro de células de macaco, RNA transportador de células de coelho e aminoácidos ativos
de células de sapo. A proteína produzida teria uma sequência de aminoácidos idêntica à do:
a) rato.
b) sapo.
c) coelho.
d) macaco.
e) macaco e do rato.
2 — (UFTM) O conhecimento que agora se acumula rapidamente sobre os ribossomos está alimen-
tando a esperança de que sejam encontrados antibióticos mais eficientes que os atuais. Muitos
antibióticos agem sobre ribossomos, paralisando a produção de proteínas vitais, mas as bactérias
têm oferecido uma crescente resistência à ação desses medicamentos. O organismo humano é
formado por aproximadamente 1014, (o número 1 seguido de 14 zeros), células. Cada célula – as do
fígado, por exemplo — pode conter 6 milhões de ribossomos, que produzem proteínas de modo
contínuo e preciso. Uma bactéria pode conter cerca de 100 mil ribossomos em incessante fun-
cionamento. Os antibióticos se infiltram nos ribossomos das bactérias e não nos do organismo
humano por causa de sutis diferenças nas estruturas desses componentes celulares. As molé-
culas dos antibióticos são bem menores que os ribossomos, mas podem entupir os túneis dos ri-
bossomos e impedir a produção de proteínas, essenciais à manutenção dos seres vivos. (Pesquisa
Fapesp, 21.01.11. Adaptado.)
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3 — (UFT) As atividades celulares são orientadas pelas informações contidas no DNA, que são deco-
dificadas em proteínas através dos mecanismos de transcrição e tradução. O que faz uma baleia
parecer uma baleia são suas proteínas. Assim, as proteínas determinam as funções vitais da ba-
leia, como de todos os seres vivos. Para ditar o desenvolvimento de um organismo, a informação
do DNA deve, de algum modo, ser convertida em proteínas. Esta conversão ocorre porque o DNA
contém um código genético para os aminoácidos que compõem as proteínas. Neste código, cada
aminoácido é representado por uma sequência de pares de bases, e esta sequência refletida na
sequência de aminoácidos reunidos em uma cadeia proteica. Assim, traduzir o código genéti-
co significa passar o código de sequência de bases para uma sequência de aminoácidos. Deste
modo, o DNA é decodificado na forma de uma proteína estrutural ou enzimática que, por sua vez,
É responsável por uma característica do organismo. Podemos afirmar que:
4 — (UFC) Células animais com função secretora apresentam abundância de retículo endoplasmático
granuloso (rugoso) e complexo golgiense, estruturas que se localizam próximas uma à outra e que
trabalham em conjunto. Neste trabalho em parceria, o retículo endoplasmático granuloso:
a) libera proteínas digestivas em vesículas denominadas lisossomos, que atuarão em conjunto
com os tilacóides do complexo golgiense.
b) produz fosfolipídios de membrana que serão processados no complexo golgiense e liberados
no citoplasma para formação de novos ribossomos.
c) sintetiza proteínas e as transfere para o complexo golgiense, que as concentra e as libera em
vesículas, que terão diferentes destinos na célula.
d) funde-se ao complexo golgiense para formar o acrossomo dos espermatozóides, responsável
pela digestão da parede do óvulo e pela penetração nesse.
e) acumula os polissacarídeos de parede celular, produzidos no complexo golgiense, e os pro-
cessa, antes de liberar as vesículas que se fundirão com a membrana plasmática.
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5 — Na etapa de finalização da síntese proteica, a produção da proteína é interrompida quando se
encontra um códon denominado de códon de terminação. Assim que esse códon é encontrado, o
fator de liberação atua liberando a cadeia formada. Dentre os códons abaixo, qual não representa
um códon de terminação?
a) AUG.
b) UAG.
c) UGA.
d) UAA.
REFERÊNCIAS
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
— Modelos — Modelo atômico de Bohr.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Distribuição Eletrônica.
HABILIDADE(S):
5.5. Compreender o Modelo de Bohr.
5.5.7. Distribuir os elétrons de átomos neutros e de íons de acordo com o Modelo de Rutherford-Bohr.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Estrutura dos átomos; Modelo de Bohr; Distribuição de elétrons de átomos neutros e de íons no Modelo de
Rutherford-Bohr.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nas habilidades acima estabelecem conexões com os outros componentes curriculares,
dentre eles a Biologia e a Física, quando trabalhados de forma problematizadora.
Reflexão
TABELA PERIÓDICA: CONHEÇA A HISTÓRIA E O FUTURO INCERTO DO SISTEMA
No dia 17 de fevereiro de 1869, o russo Dimitri Ivanovich Mendeleiev (1834-1907) adormeceu sobre
a sua mesa. Na manhã seguinte, traçou linhas e colunas que mudaram a história da química. “Vi em
um sonho uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido. Ao despertar, escre-
vi-a imediatamente numa folha de papel”, declarou tempos depois. Nascia a tabela periódica.
No 150o aniversário deste acontecimento, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU) e da Unesco instituíram 2019 como o ano internacional da tabela periódica. Enquanto as contri-
buições do sistema para a ciência são indiscutíveis, a celebração levanta questionamentos políticos
sobre sua origem e como o uso dos elementos afeta o meio ambiente.
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Antes dela, cientistas trabalhavam sem que houvesse um agrupamento unificado das substâncias.
Isso tornava o entendimento das ligações químicas, por exemplo, menos democrático e dificultava até
o descobrimento de novos componentes. Um cenário caótico!
“À medida que os químicos foram sofisticando as teorias sobre propriedades elétricas, começaram
a melhorar os métodos de quantificar os dados. Até que chegou o momento em que havia mais de 50
elementos conhecidos — e era preciso organizá-los”, conta Guilherme Marson, professor do Instituto de
Química da Universidade de São Paulo (USP). “A tabela periódica é o instrumento mais poderoso para
trafegar das coisas materiais para o mundo das ideias químicas.”
Evolução
Desde a primeira publicação, a tabela passou por várias mudanças. Mendeleiev havia separado os
elementos pela massa atômica, mas agora a ordem é pelo número atômico (número de prótons no nú-
cleo). A versão inicial continha 63 elementos; atualmente, são 118 — entre naturais, aqueles encontra-
dos na natureza, e sintéticos, que são produzidos artificialmente. A alteração mais recente ocorreu
em 2015, com a adição de nihônio (Nh), moscóvio (Mc), tennessino (Ts) e oganessono (Og), elementos
sintéticos que têm, respectivamente, os números atômicos 113, 115, 117 e 118.
Em Português, os nomes dos novos elementos foram padronizados em: Tennesso (Ts) e Oganessônio (Og).
Fonte: Disponível em: https://www.tabelaperiodica.org/. Acesso em: 20 Ago 2020.
Entretanto, enquanto alguns elementos são adicionados, outros podem desaparecer. Segundo a
Sociedade Europeia de Química (EuChemS, na sigla em inglês), 45 elementos naturais correm risco de
extinção. Para Toma, da USP, as comemorações dos 150 anos da tabela periódica são uma oportunida-
de de destacar e enfrentar esse problema. “É um recado para o mundo acordar e pensar nos elementos
como um bem da natureza”, reflete.
“Os elementos não são eternos.” Os mais comprometidos são os usados na fabricação de eletrô-
nicos. David Cole-Hamilton, vice-presidente da EuChemS, chegou a declarar publicamente que o su-
primento de índio, metal prateado usado para criar telas sensíveis ao toque, como as de celulares e
tablets, está “extremamente pouco distribuído” no mundo. Suas principais ameaças são o consumo e o
descarte excessivos de equipamentos.
“A lógica, na verdade, não é que o elemento em extinção está desaparecendo. O problema é consu-
mir e não reciclar, pois o descarte incorreto espalha o elemento, que ficará tão diluído na Terra que será
praticamente inviável ou caríssimo concentrá-lo novamente”, explica Marson. Para minimizar os impac-
tos há vários caminhos: redução do consumo, produção de aparelhos mais duráveis ou com elementos
menos raros e investimento na cultura de reaproveitamento.
Fonte: Conheça a história e o futuro incerto do sistema. Revista Galileu. Disponível em:https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/
noticia/2020/03/tabela-periodica-conheca-historia-e-o-futuro-incerto-do-sistema.html. Acesso em: 10 de julho de 2020.
Conceitos Básicos
Distribuição Eletrônica
Bohr propôs que a eletrosfera atômica era constituída por sete camadas —1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, as quais
também poderiam ser representadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q. A camada 1 (ou K) era
mais próxima do núcleo e de menor energia, e a 7 (ou Q), a mais distante e de maior energia.
58
A forma como os elétrons estão distribuídos ao redor do núcleo, em camadas, ou níveis de energia,
é denominada distribuição eletrônica.
Níveis energéticos
São os sete níveis por onde os elétrons têm um conteúdo de energia crescente. Esses níveis cor-
respondem às sete camadas (K, L, M, N, O, P e Q) do modelo de Rutherford-Bohr. Atualmente, eles são
identificados pelo chamado número quântico principal (n), que é um número inteiro, variando de 1 a 7.
Podemos fazer uma analogia dos níveis às “escadas”.
Subníveis energéticos
São os “degraus” de cada escada existente no diagrama a seguir. De cada degrau para o seguinte
há, também, aumento no conteúdo de energia dos elétrons. Esses subníveis são identificados pelo
chamado número quântico secundário ou azimutal (l), que assume os valores 0, 1, 2 e 3, mas que é
habitualmente designado pelas letras s, p, d, f, respectivamente. Note que, no diagrama abaixo, nós já
escrevemos um “endereço” sobre cada degrau. Assim, por exemplo, se for mencionada a posição 3p,
devemos saber que se trata do segundo degrau da terceira escada, no tocante ao nível de energia.
Fonte: FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 96.
59
Orbitais
Completando o modelo atual da eletrosfera, devemos acrescentar que cada subnível comporta um
número diferente de orbitais, de acordo com o diagrama energético mais completo que mostramos
a seguir:
Figura 2 — Diagrama energético
Fonte: FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 97.
Fonte: FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004.v.1, p. 101
60
Consideremos, como exemplo, a distribuição dos 26 elétrons de um átomo de ferro (Z = 26). Aplican-
do o diagrama de Pauling, temos:
Figura 4 — Diagrama de Pauling
Fonte: FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004.v.1, p. 101
O que foi feito? Apenas o seguinte: percorremos as diagonais, no sentido indicado, colocando o nú-
mero máximo de elétrons permitido em cada subnível, até atingir os 26 elétrons que o ferro possui. De
fato, veja que, no último orbital atingido (3d), nós colocamos apenas seis elétrons, com os quais com-
pletamos a soma 26 elétrons, e não 10 elétrons, que é o máximo que um subnível pode comportar. Essa
é a distribuição dos elétrons num átomo de ferro considerado em seu estado normal ou estado funda-
mental. Para indicar, de modo abreviado, essa distribuição eletrônica, escrevemos:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
61
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se que as pesquisas e consultas ao livro didático
são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
2 — (Unirio-RJ) “Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas interna-
cionais de qualidade. O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos para-
fusos e pinos de titânio que compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são
usadas para fixar coroas dentárias, aparelhos ortodônticos e dentaduras nos ossos da mandíbula
e do maxilar”. Jornal do Brasil, outubro, 1996. Considerando que o número atômico do titânio é 22,
sua configuração eletrônica será:
a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2
e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6
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5 — (Unaerp) O fenômeno da supercondução de eletricidade, descoberto em 1911, voltou a ser objeto
da atenção do mundo científico com a constatação de Bednorz e Müller de que materiais cerâ-
micos podem exibir esse tipo de comportamento, valendo um prêmio Nobel a esses dois físicos
em 1987. Um dos elementos químicos mais importantes na formulação da cerâmica supercon-
dutora é o ítrio: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d1. O número de camadas e o número de elétrons
mais energéticos para o ítrio, serão, respectivamente:
a) 4 e 1.
b) 5 e 1.
c) 4 e 2.
d) 5 e 3.
e) 4 e 3.
Fonte:Exercício sobre Distribuição Eletrônica FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo:
Editora: Moderna, 2004. v.3, p. 103.
Fonte: Exercícios sobre Distribuição Eletrônica.Mundo Educação.Disponível em: https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/
exercicios-quimica/exercicios-sobre-distribuicao-eletronica.htm. Acesso em: 08 julho 2020.
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SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Representação para os átomos.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Evolução Histórica da Tabela Periódica.
HABILIDADE(S):
6.1. R
epresentar um elemento químico qualquer a partir de seu símbolo e número atômico.
6.1.1. Identificar o símbolo dos principais elementos químicos na Tabela Periódica; relacionar suas proprieda-
des com a sua posição na Tabela.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Símbolos, códigos e nomenclatura próprios da química.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nas habilidades acima estabelecem conexões com os outros componentes curriculares,
dentre eles a Biologia e a Física, quando trabalhados de forma problematizadora.
Conceitos Básicos
As tríades de Dobereiner
Johann Wolfgang Döbereiner (1780-1849), químico alemão, tentou estabelecer, em 1817, uma
correlação entre a massa e as propriedades de alguns elementos. Inicialmente, ele percebeu que o
cálcio, estrôncio e bário se apresentavam em ordem crescente de massa atômica e com proprieda-
des químicas semelhantes. Em 1829, Dobereiner já havia registrado o mesmo comportamento para
outros dois grupos de três elementos: cloro, bromo e iodo; lítio, sódio e potássio. A cada um desses
conjuntos ele deu o nome de tríade. O maior mérito de Dobereiner foi tentar agrupar os elementos
seguindo critério lógico.
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O parafuso Telúrico de Chancourtois
O geólogo e mineralogista francês Alexandre de Chancourtois (1820-1886) também fez tentativas de
organizar os elementos. Em 1862, colocou-os em ordem crescente de massa atômica, em uma espiral
conhecida como parafuso telúrico. Em cada volta do parafuso, elementos com diferença de, aproxi-
madamente, 16 unidades de massa eram verticalmente alinhados. De Chancourtois foi quem primeiro
percebeu que as propriedades eram comuns a cada sete elementos. Por meio de seu parafuso telúrico,
ele foi capaz de prever as fórmulas de diversas substâncias.
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Classificação dos elementos
Na tabela periódica atual, os elementos estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z)
de modo a formar sete períodos (linhas) e dezoito grupos ou famílias (colunas).
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Fonte: Tabela 2 — Tabela Periódica.Disponível em: https://www.tabelaperiodica.org/imprimir/. Acesso em: 29 jul. 2020.
Fonte: FONSECA,Martha Reis Marques da. Química – Ensino Médio. 2 ed. — São Paulo: Ática, 2016 v.3, p.178.
Fonte: Evolução Histórica da Organização dos Elementos. LISBOA, Julio Cesar Foschini/Organizador. SER PROTAGONISTA.
Química — 1 ed. — São Paulo: Editora: SM, 2010. II Série. P. 143
Fonte: SOUZA, Líria Alves de. “Classificação dos elementos”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/
classificacao-dos-elementos.htm. Acesso em: 07 de julho de 2020.
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ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas, consultas ao livro didático e à
tabela periódica são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — Decida se os elementos lítio (massa atômica =7), sódio (massa atômica = 23) e potássio (massa
atômica = 39) formam uma tríade. Justifique.
2 — Que ordem Mendeleev seguiu,para colocar os elementos químicos em uma de suas primeiras
tabelas? Como ficou estabelecida essa ordem na Tabela Periódica atual?
3 — (Uerj) Um dos elementos químicos que tem se mostrado muito eficiente no combate ao câncer de
próstata é o selênio (Se). Com base na tabela de classificação periódica dos elementos, os símbo-
los de elementos com propriedades químicas semelhantes ao selênio são:
a) Cl, Br, I
b) Te, S, Po
c) P, As, Sb
d) As, Br, Kr
4 — (UFPA) Um átomo, cujo número atômico é 18, está classificado na tabela periódica como:
a) metal alcalino
b) metal alcalino-terroso
c) metal terroso
d) ametal
e) gás nobre
5 — (U. F. Santa Maria-RS) Entre os pares de elementos químicos, o par que reúne elementos com
propriedades químicas mais semelhantes é
a) Na e K
b) Cl e Ar
c) Ca e Cu
d) F e Ba
e) H e I
Fonte: Exercício sobre Tabela Periódica atual. LISBOA, Julio Cesar Foschini/Organizador. SER PROTAGONISTA.
Química — 1 ed. — São Paulo: Editora: SM, 2010. II Série. P. 150.
Fonte: Exercício sobre Evolução Histórica da Tabela. LISBOA, Julio Cesar Foschini/Organizador. SER PROTAGONISTA.
Química — 1 ed. — São Paulo: Editora: SM, 2010. II Série. P. 146.
Fonte: Exercício sobre Tabela Periódica. FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004.v. 1, p. 118 – 119.
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Para Saber Mais — Conheça o site: https://www.tabelaperiodica.org/ e descubra diversas informações
interessantes sobre a Tabela Periódica.
Você sabia que a Universidade Federal de Viçosa tem um espaço que contém uma tabela periódica de
mais de três metros? A Sala Mendeleev fica situada no Prédio das Licenciaturas da UFV e recebe esco-
las de várias regiões para conhecer mais deste símbolo da Química.
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modelos — Representação para átomos — Tabela Periódica.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Propriedades Periódicas.
HABILIDADE(S):
6.4. Usar a Tabela Periódica para reconhecer os elementos, seus símbolos e as características de substân-
cias elementares.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Símbolos, códigos e nomenclatura próprios da química.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nas habilidades acima estabelecem conexões com os outros componentes curriculares,
dentre eles a Biologia e a Física, quando trabalhados de forma problematizadora.
Conceitos Básicos:
De maneira geral, podemos dizer que muitas propriedades dos elementos químicos variam Periodi-
camente ao longo da Tabela Periódica, sendo por isso chamadas propriedades periódicas. Como exem-
plos, podemos citar o raio atômico,a afinidade eletrônica e a energia de ionização.
Fonte: FELTRE, RICARDO. Química Geral — 7 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v. 1, p. 162.
Raio atômico
É difícil medir o raio de um átomo, pois a “nuvem de elétrons” que o circunda não tem limites bem
definidos. Costuma-se então medir, com o auxílio de raios X, a distância (d ) entre dois núcleos vizinhos
e dizer que o raio atômico (r) é a metade dessa distância. De um modo mais completo, dizemos que o
raio atômico (r) de um elemento é a metade da distância internuclear mínima (d) que dois átomos desse
elemento podem apresentar, sem estarem ligados quimicamente.
O raio atômico dos elementos é uma propriedade periódica, pois seus valores variam periodicamen-
te (isto é, aumentam e diminuem seguidamente) com o aumento do número atômico.
Fonte: Imagem 1 — Raio Atômico. FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo:
Editora: Moderna, 2004. v. 1, p. 124.
70
Potencial de ionização
Chama-se potencial ou energia de ionização a energia necessária para “arrancar” um elétron de um
átomo isolado no estado gasoso. Essa energia é, em geral, expressa em elétron-volt (eV), que é a ener-
gia ou trabalho necessário para deslocar um elétron contra uma diferença de potencial de 1 volt. Na
prática, o mais importante a ser considerado é o primeiro potencial de ionização, isto é, a energia ne-
cessária para “arrancar” o primeiro elétron da camada mais externa do átomo. O primeiro potencial de
ionização aumenta conforme o esquema de Tabela Periódica a seguir.
Fonte: Imagem 2 — Energia de Ionização. FELTRE, RICARDO. Química Geral – 6 ed. – São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 127.
Fonte: Imagem 3 — Afinidade Eletrônica. FELTRE, RICARDO. Química Geral – 6 ed. – São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 127.
Eletronegatividade
Determinados elementos possuem tendência a perder elétrons (como os metais), ou ganhar elé-
trons (como os ametais). Essa tendência determina se quando ligado a outro átomo esse elemento irá
atrair ou repelir elétrons. Isso pode ser verificado experimentalmente em função das substâncias com-
postas que eles formam.
Eletronegatividade é a tendência que um átomo possui de atrair elétrons para perto de si, quando
se encontra “ligado” a outro átomo de elemento químico diferente, numa substância composta. Linus
Pauling procurou quantificar essa tendência, estabelecendo uma escala de eletronegatividade.
Com base na variação do raio atômico dos elementos, temos;
• Quanto menor o raio atômico, maior será a atração do núcleo pelos elétrons do nível de energia
mais externo e, portanto, maior a eletronegatividade.
• Quanto maior o raio atômico, menor a atração do núcleo pelos elétrons do nível de energia mais
externo e menor será a eletronegatividade.
A eletronegatividade do átomo de um elemento químico aumenta conforme o raio atômico diminui.
A propriedade inversa à eletronegatividade é a eletropositividade, que é a capacidade que um átomo
possui de se afastar de seus elétrons mais externos ao formar uma substância composta.
Fonte: FONSECA,Martha Reis Marques da. Química – Ensino Médio. 2 ed. — São Paulo: Ática, 2016 v.3, p. 192.
Fonte: Propriedades periódicas. FELTRE, RICARDO. Química Geral — 6 ed. — São Paulo: Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 123 – 127.
71
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se que as pesquisas, consultas ao livro didático e
à tabela periódica são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — Responda.
a) O raio atômico é baseado em qual característica do átomo? Justifique sua resposta.
b) De modo geral, como varia o raio atômico na Tabela Periódica?
2 — Responda.
a) Qual a principal diferença entre os termos “afinidade eletrônica” e “energia de ionização”?
b) De modo geral, como essas propriedades variam na tabela periódica?
5 — (Unifor-CE) Do leite ao peixe, os minerais estão presentes em todos os alimentos. São fundamen-
tais para o corpo humano, atuando como poderosos coadjuvantes da saúde física e psíquica ao
manter bem ajustado um sem-número de funções. Pela sua importância, são classificados: Ma-
crominerais: Ca, Fe e P Microminerais antioxidantes: Cu, Mg, Zn e Se Microminerais dos recursos
hídricos: K e Na. É correto afirmar que:
a) Na, Cu, Zn e Se pertencem ao mesmo período da Classificação Periódica.
b) Fe possui em seu estado fundamental o subnível d incompleto.
c) Mg, Ca e K são metais alcalino-terrosos e, portanto, apresentam as mesmas propriedades
químicas.
d) com relação à afinidade eletrônica, a ordem correta é P > Se > Na > Cu.
Fonte: Exercício sobre Propriedades Periódicas. FELTRE, RICARDO. Química Geral – 6 ed. – São Paulo:
Editora: Moderna, 2004. v.1, p. 129.
Fonte: Exercício sobre Propriedades Periódicas.LISBOA, Julio Cesar Foschini/Organizador. SER PROTAGONISTA. Química — 1 ed. –
São Paulo: Editora: SM, 2010. II Série. P. 164.
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Modelos — Ligação.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Teoria do Octeto.
HABILIDADE(S):
Compreender a ligação química como resultado de interações eletrostáticas que associam átomos e molé-
culas, de forma a dar às moléculas resultantes maior estabilidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Elementos químicos, Substâncias simples e compostas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Os conceitos tratados nas habilidades acima estabelecem conexões com os outros componentes curriculares,
dentre eles a Biologia e a Física, quando trabalhados de forma problematizadora.
Conceitos Básicos
Estabilidade e regra do octeto
Na Natureza, a maioria dos átomos dos elementos químicos não é encontrada isoladamente. Os úni-
cos elementos estáveis na forma isolada são os gases nobres. Com exceção dos gases nobres, os áto-
mos dos demais elementos se apresentam ligados uns aos outros formando as inúmeras substâncias
simples e compostas que conhecemos.
A formação de substâncias ocorre geralmente com liberação de energia. Concluímos, então, que a
maioria dos átomos são mais estáveis, ligados uns aos outros do que isolados. Uma vez que todas as
propriedades químicas dos elementos estão relacionadas às suas configurações eletrônicas, os cien-
tistas concluíram que a estabilidade dos gases nobres estava relacionada ao fato de os átomos desses
elementos possuírem o último nível de energia (camada de valência) completo no estado fundamental.
Isso significa ter 2 elétrons quando a camada de valência for o 1 nível de energia, e 8 elétrons quando
for o 2º, 3º, 4º, 5º ou 6º nível de energia para os elementos químicos conhecidos.
Essa ideia, chamada de teoria eletrônica de valência, foi enunciada pela primeira vez em 1916 pelo
químico alemão Walther Kossel (1888-1956).Mais tarde, essa ideia foi aperfeiçoada, independente, pelos
químicos norte-americanos Gilbert Newton Lewis (91875-1946) e Irving Langmuir (1881-1957), que criou
o termo regra do octeto.
Os átomos dos diferentes elementos estabelecem ligações, doando, recebendo ou compartilhando
elétrons para adquirir uma configuração igual a de um gás nobre no estado fundamental: 8 elétrons no
nível de energia mais externo ou, então,2 elétrons se o nível mais externo for o primeiro.
73
Naturalmente, todos os sistemas tendem a procurar uma forma de adquirir a maior estabilidade
possível, e isso não é diferente com o átomo. Os átomos são “partículas-base” de qualquer matéria e
cada um tem em sua estrutura uma eletrosfera. Essa eletrosfera foi dividida por Linus Pauling em níveis
e subníveis de energia. Pauling desenvolveu um diagrama para demonstrar como seria a distribuição
dos elétrons em torno do núcleo de um átomo.
Cada nível e subnível comportam uma quantidade de elétrons. Fazendo uma analogia, podemos
dizer que cada nível é uma prateleira, e cada subnível é uma caixa. Em cada caixa, cabem dois elétrons.
O átomo encontra-se estável quando acontece o emparelhamento de todos os seus elétrons, isto é,
quando estão todas as caixas com dois elétrons cada.
Exemplo:
Façamos a distribuição eletrônica do oxigênio (O), que possui oito elétrons em seu estado natural.
Perceba que, na camada de valência (a camada L, no subnível p), temos dois elétrons desempa-
relhados. São esses elétrons que estabelecem ligação química com outros elementos para formar
pares eletrônicos.
A teoria do octeto baseia-se na matemática da somatória dos elétrons. Se todos os subníveis da
última camada eletrônica estiverem com dois elétrons cada, a camada de valência terá oito elétrons no
total e, consequentemente, o átomo estará estável.
Fonte: FONSECA,Martha Reis Marques da. Química — Ensino Médio. 2 ed. — São Paulo: Ática, 2016 v.3, p. 198.
Fonte: ARAÚJO, Laysa Bernardes Marques de. “Teoria do octeto”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
quimica/teoria-octeto.htm. Acesso em: 07 de julho de 2020.
Fonte: Exercício sobre o Uso da radioatividade na Medicina. LISBOA, Julio Cesar Foschini/Organizador. SER PROTAGONISTA.
Química — 1 ed. — São Paulo: Editora: SM, 2010. II Série. P. 133. (Adaptado).
74
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas ao livro didático
são permitidas e bem vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — (Mackenzie-SP) Para que átomos de enxofre e potássio adquiram configuração eletrônica igual à
de um gás nobre, é necessário que:
(Dados: número atômico S = 16; K = 19).
a) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
b) o enxofre ceda 6 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
c) o enxofre ceda 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
d) o enxofre receba 6 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
e) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
3 — Seguindo a teoria do octeto, qual íon é formado pelo átomo de cálcio (Ca) para que ele fique mais
estável? (Dado: Número atômico do Ca = 20).
a) Ca—3
b) Ca—2
c) Ca—1
d) Ca+1
e) Ca+2
4 — A configuração eletrônica do cloro (Z = 17) fica igual a de qual gás nobre quando ele segue a regra
do octeto, formando compostos para ficar estável?
a) He.
b) Ne.
c) Ar.
d) Kr.
e) Xe.
5 — Sabendo que a Tabela Periódica é fruto de trabalhos inter-relacionados por diferentes pessoas e
com base no texto introdutório e conteúdos abordados durante todo o processo das atividades
e pesquisas, explique e aponte estratégias para que não haja extinção dos elementos químicos.
Faça uma pesquisa sobre o impacto dos elementos químicos ao meio ambiente.
Fonte: Fonte: Exercício sobre Teoria do Octeto.Brasil Escola. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/
exercicios-quimica/exercicios-sobre-teoria-octeto.htm. Acesso em: 10 de julho de 2020.
75
Para aprender mais, Vamos colocar a mão na massa.
Leia atentamente o texto com a finalidade de contribuir para melhor compreensão da Tabela Periódica
e, sobretudo reflita sobre o preconceito contra a mulher na ciência.
As mulheres “invisíveis” que participaram da criação da tabela periódica
Pouca gente comentou sobre isto, mas a tabela periódica completou 150 anos em 2019. No entanto,
o que pouquíssimas pessoas sabem é que diversas mulheres participaram da criação dela, essencial
não somente para vestibulandos, como para nossa própria compreensão dos elementos presentes na
natureza. Em thread publicado no dia 8 de março — em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Pris-
cila Rubim nos revelou diversas mulheres “invisíveis”, que tiveram enorme importância na ciência, mas
foram deixadas em segundo plano. O motivo a gente sabe (alô, patriarcado!).
Por exemplo, Marie Curie — talvez a mais conhecida neste grupo, descobriu o Polônio e o Rádio e foi a
primeira mulher a ganhar um Nobel. Já a química francesa Marguerite Perey, assistente de Curie, des-
cobriu o Frâncio.
Algumas envolvidas em controvérsias, outras relegadas à assistentes de seus maridos, a verdade é que
a ciência hoje não seria a mesma sem as descobertas feitas por estas mulheres.
Fonte: GLETTE Gabriela. Site Hypeness. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2020/03/
as-mulheres-invisiveis-que-participaram-da-criacao-da-tabela-periodica/. Acesso em: 07 julho 2020.
Desafio
Pesquise sobre o preconceito contra a mulher na ciência no século XXI e escreva se houve avanço em
relação às mulheres consideradas “invisíveis” mencionadas no texto acima. Aponte estratégias para
romper o preconceito e evidencie a ampliação da participação das mulheres no cenário e decisões que
sejam importantes para a sociedade.
76
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Eixo Temático V: Força e Movimento – Tema 12: Equilíbrio e Movimento.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
35. Quantidade de movimento.
HABILIDADE(S):
35.1. Compreender o princípio de conservação da quantidade de movimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A relação entre os conceitos de impulso e de quantidade de movimento.
Um impulso modifica a quantidade de movimento de um corpo.
Problemas envolvendo quantidade de movimento.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
77
Q=mv
Q — Quantidade de movimento [kg.m/s].
M — massa [kg];
V — velocidade [m/s].
Alterações na quantidade de movimento de um corpo podem significar que sua velocidade e sua massa,
foram alteradas. Normalmente, a massa se mantém constante e a velocidade do objeto varia. A mudan-
ça de velocidade de um corpo se deve a uma aceleração. De acordo com a 2a lei de Newton, o que produz
aceleração em um corpo é a força. Quanto maior a força que atua em um corpo, maior é a variação de
sua velocidade, resultando em uma maior variação da quantidade de movimento desse corpo. A quan-
tidade de movimento também varia com o tempo de atuação da força. À variação da quantidade de
movimento dá-se o nome de impulso (I).
I = F t e I = Q
F t = m(vfinal — vinicial)
I — Impulso [kg.m/s ou N.s];
F — Força [N];
t — Tempo de aplicação da força [s];
Q — Variação da quantidade de movimento [kg.m/s];
m — Massa do corpo [kg];
Vfinal — Velocidade final do corpo [m/s];
Vinicial — Velocidade inicial do corpo [m/s].
Figura 1 – A força que a jogadora de futebol aplica na bola faz com que ela seja impulsionada em uma
determinada direção. O tempo de contato do chute entre o pé e a bola pode aumentar a velocidade da
bola, por isso os jogadores precisam treinar esse movimento.
A relação do impulso com a quantidade de movimento pode ser vista, por exemplo, quando um jogador
de futebol chuta a bola, aplicando sobre ela uma força de intensidade igual a 500 N durante um inter-
valo de tempo de 0,1 s. O aumento do tempo de contato do pé do jogador com a bola pode aumentar o
impulso causado na bola. Assim, no nosso exemplo, o valor do impulso da força aplicada pelo jogador é
de 50 N.s.
78
ATIVIDADES
1 — Uma força de 14 N atuando sobre um objeto em movimento altera sua quantidade de movimento
em 7 kg.m/s. Durante quanto tempo essa força atuou sobre esse objeto?
a) 1 s d) 0,50 s
b) 2 s e) 7 s
c) 0,25 s
2 — Para uma mesma variação de quantidade de movimento (mesmo impulso), podemos ter, na rela-
ção F t, diferentes valores de F e t. Esse fato é utilizado por boxeadores experientes, na tenta-
tiva de diminuir, sobre eles, os efeitos dos socos desferidos pelos seus adversários. Um boxeador
experiente é capaz de recuar e escapar (ou amenizar os efeitos) de alguns golpes. Vamos consi-
derar uma situação em que é desferido um soco sobre um boxeador. O soco pode ser interpretado
como uma força (ou força média) F atuando sobre alguma parte do corpo do boxeador (a cabeça,
por exemplo) durante algum tempo t. Seja F = 1500 N, t = 0,08 s e I = 120 N.s o impulso produzido
por F t, nesse soco. Se o boxeador é inexperiente e move-se na direção do punho do adversário,
diminuindo pela metade o tempo t de contato entre sua cabeça e o punho, qual seria o valor da
força F para que o mesmo impulso seja produzido? Essa foi uma boa escolha de movimento para o
boxeador? Descreva uma boa estratégia para o boxeador diminuir a força do golpe do adversário,
baseado no princípio de impulso.
4 — O airbag e o cinto de segurança são itens de segurança presentes em todos os carros novos fabrica-
dos no Brasil. Utilizando os conceitos da Primeira Lei de Newton, de impulso de uma força e variação
da quantidade de movimento, analise as proposições em F para FALSA e V para VERDADEIRA.
a) ( ) O airbag aumenta o impulso da força média atuante sobre o ocupante do carro na colisão
com o painel, aumentando a quantidade de movimento do ocupante.
b) ( ) O airbag aumenta o tempo da colisão do ocupante do carro com o painel, diminuindo, as-
sim, a força média atuante sobre ele mesmo na colisão.
c) ( ) O cinto de segurança impede que o ocupante do carro, em uma colisão, continue se des-
locando com um movimento retilíneo uniforme.
d) ( ) O cinto de segurança desacelera o ocupante do carro em uma colisão, aumentando a
quantidade de movimento do ocupante.
e) ( ) O cinto de segurança impede que o ocupante do carro em uma colisão continue o movimen-
to por inércia, diminuindo e até mesmo anulando a quantidade de movimento do ocupante.
79
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Eixo Temático V: Força e Movimento — Tema 12: Equilíbrio e Movimento.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
35. Quantidade de movimento.
HABILIDADE(S):
35.1. Compreender o princípio de conservação da quantidade de movimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O princípio da conservação da quantidade de movimento é uma consequência da 3ª Lei de Newton.
As condições para que a quantidade de movimento se conserve.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
80
PARA SABER MAIS
Pesquise e entenda melhor como o impulso e quantidade de movimento se relacionam nas equações
vistas, use também seu livro didático de Física.
Como sugestão seguem alguns links de vídeos sobre isso:
https://www.youtube.com/watch?v=J4yPrPnN-Cg&feature=emb_logo
Quantidade de Movimento Linear — https://www.youtube.com/watch?v=0y7pM3jhoTY
Conservação da Quantidade de Movimento — https://www.youtube.com/watch?v=6z7w3YMADDA
ATIVIDADES
1 — Um torcedor de futebol, durante uma partida de seu time na Libertadores, resolveu utilizar seus
conhecimentos de Física para explicar algumas jogadas. Nessa perspectiva, leia com atenção as
afirmações a seguir e marque V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS:
a) ( ) A força que o jogador exerce sobre a bola, ao chutá-la, é igual à força que a bola exerce
sobre o pé do jogador.
b) ( ) A quantidade de movimento em uma colisão inelástica, como o jogador chutando a bola a
gol, não se conserva, pois as condições do sistema não são ideais.
c) ( ) Em colisão entre dois jogadores cabeceando a bola, o impulso que os jogadores sofrem é
igual em valor, direção e sentido.
d) ( ) Na cobrança de um pênalti, o jogador altera a quantidade de movimento da bola, que, por
sua vez, é novamente alterada quando a bola se choca com a rede.
e) ( ) O goleiro continuou em repouso após fazer uma defesa, não conseguiu agarrar a bola, que
bateu em suas mãos e voltou na mesma direção com a mesma velocidade. Com base nes-
ses dados pode-se considerar que a quantidade de movimento do sistema goleiro-bola
antes e depois da colisão é igual.
2 — Um atirador de uma agência federal, cuja massa é 70 kg, está com uma metralhadora de massa 2,0 kg.
Ambos podem sofrer (atirador junto à metralhadora) um recuo ao atirar. As balas têm massa 40 g cada
uma e saem da metralhadora com velocidade de 800 m/s. Qual é, aproximadamente, a velocidade de
recuo do sistema atirador-metralhadora ao disparar uma bala? Considere um sistema isolado de for-
ças externas e o atirador, junto ao seu equipamento, inicialmente em repouso.
a) 0,44 m/s.
b) 0,05 m/s.
c) 300 m/s.
d) 0,8 m/s.
e) 18,0 m/s.
81
3 — Dois patinadores de massas iguais a 80 kg, na última
volta de uma final de competição de patinação de ve-
locidade, movem-se com velocidades 54 km/h e 63
km/h. Em uma tentativa de ultrapassagem, os patina-
dores colidem, e seguem juntos até a linha de chega-
da. Qual a velocidade com que os patinadores cruzam
a linha de chegada?
82
SEMANAS 3 e 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Eixo Temático V: Força e Movimento — Tema 13: Força e Rotação.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
37. Força Centrípeta.
HABILIDADE(S):
33.1. Compreender a 2a Lei de Newton.
37.1. Compreender o movimento circular uniforme e as grandezas envolvidas nele.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Problemas envolvendo força, massa e aceleração.
O movimento circular uniforme, MCU, as grandezas: velocidade tangencial, raio, período e aceleração centrípeta.
Problemas envolvendo a velocidade escalar no MCU, o raio e o período ou a frequência.
O conceito de força e aceleração centrípeta.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
83
As equações do MCU e as unidades de medida das grandezas estão definidas a seguir:
1 2π v2
T= v = ω R ω = acp = = ω2 R
f T R
T — Período, tempo que o corpo leva para dar uma volta completa [s];
f — Frequência, no de voltas por segundo [Hz — hertz];
v — Velocidade linear [m/s];
ω — Velocidade angular, ângulo em radianos percorrido pelo corpo por segundo [rad/s];
R — Raio da circunferência [m];
acp — Aceleração centrípeta [m/s2].
De acordo com a 2a lei de Newton, a aceleração centrípeta se deve às forças que atuam no corpo, sendo
a força centrípeta (Fcp) a resultante dessas forças e tem a mesma direção e o mesmo sentido da ace-
leração centrípeta.
m.v2
Fcp = m acp Fcp =
R
Figura 2 — Um motociclista ao percorrer o globo da morte descreve um MCU em que a resultante das
forças em cada posição é a força centrípeta.
Referência da figura: Força centrípeta. Toda Matéria, 2020. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/forca-centripeta/.
Acesso em: 10 jul. 2020.
84
ATIVIDADES
1 — Em um carrossel, cada cavalo executa movimento circular uniforme, efetuando cinco rotações
(voltas) completas a cada 20,0 segundos. A frequência em hertz (rotação por segundo) de um ca-
valo é igual a:
a) 0,25.
b) 8,0.
c) 2,0.
d) 4,0.
e) 0,5.
2 — Uma bicicleta tem rodas de raio igual a 0,4 m e giram com velocidade angular igual a 20,0 rad/s.
A velocidade linear do ciclista em m/s e a distância percorrida, em metros, num intervalo de tem-
po de 10 segundos será:
a) 30,0 e 80.
b) 20,0 e 50.
c) 8,0 e 80.
d) 5,0 e 50.
e) 3,0 e 8.
3 — A Terra leva 24 h (período do movimento) para completar uma rotação em torno do seu eixo.
Considerando o raio da Terra no equador, aproximadamente, R = 6.400 km, a velocidade linear
aproximada de rotação da Terra em m/s e a aceleração centrípeta, em m/s2, associada ao movi-
mento de rotação da Terra é (considere π = 3,14):
a) 1700 e 0,60.
b) 75 e 5,00.
c) 365 e 9,78.
d) 465 e 0,03.
e) 28 e 10,00.
85
5 — Um carrinho de brinquedo de 60 g é preso a uma corda de 0,08 m de comprimento e colocado para
girar em torno de um prego que se encontra fixo a uma superfície perfeitamente horizontal. Sa-
bendo que a velocidade do carrinho é de 0,2 m/s, determine a intensidade da força de tração que
é feita pela corda, em N, desconsidere a ação de quaisquer forças dissipativas.
Explique o que acontece com o carrinho se a corda se romper durante o movimento. Faça um
esquema e represente a velocidade linear do brinquedo instantes após o rompimento da corda.
REFERÊNCIAS
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
A Relação Sociedade e Natureza em Questão/ Dinâmica Terrestre.
HABILIDADE(S):
28.1.2. Explicar os fenômenos relacionados à litosfera, hidrosfera e atmosfera.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A formação e composição da atmosfera terrestre.
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorecerá o desenvolvimento da Competência Específica da área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas na BNCC de número 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar e
avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distri-
buição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas
que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional, nacional e global.
TEMA: ATMOSFERA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nesta semana você estudará sobre a atmosfera terrestre, analisando a importância
dessa camada e de suas subcamadas para a vida em nosso planeta.
O QUE É ATMOSFERA?
A atmosfera (do grego atmos: gases e sphaira: esfera) é a camada formada por uma mistura de gases
que envolve a superfície terrestre, de forma a ser mantida ao redor do planeta em função da força da
gravidade. Trata-se de um dos principais elementos responsáveis pela difusão e manutenção das for-
mas de vida da Terra.
87
Ela é composta predominantemente por nitrogênio, responsável por 78% de seu volume, somado a 21%
de oxigênio e 1% de outros gases, como o argônio, o hélio, o neônio e o dióxido de carbono. Esses últi-
mos, por serem menos abundantes, são também chamados de gases raros.
Sabe-se que atualmente a atmosfera é composta de cinco camadas, diferenciada pela composição fí-
sico-química, pela variação da temperatura e pelas cotas altimétricas em que se situam, sendo assim
divididas em:
A Troposfera: é a camada mais próxima da superfície terrestre. É muito importante para os estudos
geográficos e para as práticas humanas, pois é nela que se sucede a maioria dos fenômenos meteoro-
lógicos, como as chuvas e as variações de umidade. A sua extensão chega a atingir 15 km de altitude.
Estratosfera: é a camada que se estende do fim da troposfera até a mesosfera e chega a atingir 50 km
de altitude. Sua importância encontra-se no fato de abrigar a Camada de Ozônio, cuja composição tem
a importância de filtrar os raios solares.
Mesosfera: é a camada que se estende do fim da estratosfera até a termosfera e chega a atingir 80 km
de altitude. Por se encontrar distante do calor médio da Terra e relativamente distante dos raios sola-
res, é a camada que apresenta as menores temperaturas atmosféricas.
Termosfera: é a camada que se estende do fim da mesosfera até a exosfera e chega a atingir 500 km de
altitude. Sua importância para o ser humano encontra-se no fato de abrigar gases ionizados que ajudam
a refletir e propagar ondas de rádio.
88
Exosfera: é a camada que se estende do fim da termosfera até o espaço exterior camada onde os saté-
lites artificiais costumam se posicionar.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — Explique como a atmosfera se formou e como ela chegou a sua composição atual.
I Coluna II Coluna
1) Troposfera ( ) É a última camada atmosférica, onde o ar é extremamente rarefeito. É o
2) Estratosfera limite, a fronteira entre a atmosfera e espaço cósmico, ou sideral, onde
não existe ar.
3) Mesosfera
( ) É nessa camada que ocorre a aurora austral, fenômeno luminoso avista-
4) Termosfera do na Terra nas regiões próximas aos polos Norte e Sul.
5) Exosfera ( ) É nessa camada que formam os fenômenos meteorológicos como, chu-
vas, tempestades, neve, vento, raios e outros.
( ) Camada na qual existe maior concentração de um gás chamado ozônio.
( ) Ocorrem nessa camada temperaturas baixas, chegando a —120 °C.
3 — Caracterize o ciclo hidrológico e explique como as atividades humanas podem alterar o seu fun-
cionamento.
89
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
A Relação Sociedade e Natureza em Questão/ Dinâmica Terrestre.
HABILIDADE(S):
28.1.2. Explicar os fenômenos relacionados à litosfera, hidrosfera e atmosfera.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A formação e composição da atmosfera terrestre.
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorecerá o desenvolvimento da Competência Específica da área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas na BNCC de número 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar e
avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distri-
buição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas
que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional, nacional e global.
ELEMENTOS CLIMÁTICOS…
Os elementos do clima são os atributos básicos que servem para definir o tipo climático de uma deter-
minada região como a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
Temperatura: medida em graus Celsius (°C), registra o calor da atmosfera de um lugar, cuja variação
depende da sua localização e da circulação atmosférica. O calor pode ser definido como a energia em
trânsito, ou seja, transferência de energia térmica de um corpo ou ambiente para outro. Na natureza
essa transferência ocorre de maneira espontânea de um ambiente mais quente para outro mais frio.
A temperatura pode ser medida pelo termômetro.
Umidade: está relacionada à quantidade de vapor de água presente na atmosfera em determinado ins-
tante e pode ser expressa em valores absolutos ou relativos: A umidade absoluta do ar é a quantidade
(em gramas) de vapor d’água. A umidade relativa do ar é obtida através da relação entre a umidade ab-
soluta (a quantidade de vapor de água do ar) e o ponto de saturação (a quantidade máxima de vapor de
água que o ar consegue reter), em determinado local e momento. Ela é expressa em porcentagem (%).
Quando, na atmosfera, a umidade atinge o ponto de saturação, ela libera água que cai sobre o solo em
forma de chuva, neve ou granizo. A quantidade de chuva que ocorre ao longo de determinado período
em um local é medida pelo pluviômetro, essa medida é dada em milímetros (mm).
Pressão atmosférica: é a força provocada pelo peso do ar sobre uma superfície, cujo valor é expresso mi-
libares (mb). Em regiões onde as temperaturas são mais baixas a pressão atmosférica é maior, pois as mo-
léculas de ar estão mais concentradas. No entanto, em regiões mais elevadas, de menor temperatura, tam-
bém há menor concentração de moléculas de ar (ar mais rarefeito) e, neste caso, menor será a pressão.
90
FATORES CLIMÁTICOS
Os fatores climáticos são as condições que determinam ou interferem nos elementos climáticos e os
climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o porquê de uma região ser quente e úmida e
outra ser fria e seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos são: latitude, altitude, maritimidade
e continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e até o relevo.
Latitude: está intrinsecamente ligada às diferenças da radiação solar sobre a Terra, as zonas climáti-
cas. Assim, quanto mais próximo à Linha do Equador (baixas latitudes), mais as temperaturas tendem
a aumentar. Por outro lado, à medida que nós direcionamos rumo às zonas polares (altas latitudes),
menores tendem a ser as temperaturas.
Altitude: em regiões mais altas, a pressão atmosférica costuma ser menor, além do fato de a irradiação
também ser mais diminuta. Assim a temperatura costuma ser inferior, o que nos faz concluir que quanto
maior a altitude, menores as temperaturas e, quanto mais próximo ao nível do mar, maiores as temperaturas.
Maritimidade e continentalidade: são termos que designam, respectivamente, a proximidade de um
local do mar ou a sua posição em uma região mais continental, o que interfere diretamente sobre o
clima. Isso ocorre porque o solo costuma se aquecer ou se resfriar mais rapidamente do que a água, o
que acarreta uma maior amplitude térmica (diferença entre a maior e menor temperatura) ao longo do
ano em regiões continentais e o inverso em regiões litorâneas que mantém menor amplitude térmica
devido ao calor liberado pelo oceano.
Massas de ar: Designam as porções de ar que se deslocam no planeta influenciando diretamente no cli-
ma da região, o movimento sempre acontece das zonas de alta pressão para as zonas de baixa pressão
e determinam, assim, a dinâmica geral da circulação atmosférica e as formações dos diferentes tipos
climáticos. Elas podem ser continentais, marítimas, quentes e frias, dependendo de seu local de atua-
ção e das temperaturas. Assim, as massas de ar quente se formam em regiões tropicais e equatoriais,
enquanto as massas frias, nas regiões polares. Além dessa classificação básica, a latitude influencia
diretamente as massas de ar que são classificadas em: equatorial, tropical, ártica e antártica e polar.
As massas de ar frio e úmido, por exemplo, são responsáveis por diminuírem as temperaturas e aumen-
tarem a umidade. O encontro entre duas massas diferentes forma as frentes de ar.
Vegetação: interfere no clima de várias formas diferentes. As principais delas são a contenção ou ab-
sorção dos raios solares, minimizando os seus efeitos, e a elevação da umidade por meio da evapo-
transpiração, o que ajuda a diminuir as temperaturas e elevar os índices de chuva.
Correntes marítimas: apresentam condições específicas de temperatura, influenciando diretamente o
clima. Em regiões em que o mar é mais quente, por exemplo, a evaporação aumenta e eleva a umidade,
que se dispersa para outras regiões. Quando as correntes são mais frias, a umidade local diminui e a
pressão atmosférica e a umidade passam a ser menores, o que faz com que essa região acabe “sugan-
do” as massas de ar de outras localidades, que passam a sofrer alterações em seus climas.
Relevo: influencia o clima de acordo com a sua altitude, quanto mais alto o relevo em relação ao nível do
mar, mais fria será a região. Outra maneira em que o relevo influencia no clima é quando as regiões mais
altas impedem a passagem de massas de ar, fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas
ou até desérticas, como é o caso do planalto da Borborema, no nordeste brasileiro.
Além de todos esses fatores, que são os de ordem natural, também é preciso lembrar que o homem
acaba se tornando um dos agentes mais intensos de transformação do clima. Ele pode ser responsável
tanto por fenômenos climáticos mais localizados (ilhas de calor, inversão térmica e outros) quanto por
processos mais amplos e diversificados.
PARA SABER MAIS — Assista ao vídeo: ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS — GEOGRAFIA — ELEMEN-
TOS, FATORES, ALTITUDE, LATITUDE. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yzb53JphT9M.
Acesso em: 10/07/20.
91
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
A imagem representa três cidades do Estado de São Paulo são elas: Santos, São Paulo capital e
Campos do Jordão.
a) Explique por que há variação da temperatura entre elas.
b) Qual fator climático interfere na variação da temperatura? Por quê?
2 — Por que Santa Cruz do Sul e cidades próximas “submergiram” nesta quinta-feira? Conforme a Met-
Sul Meteorologia, o que causou o verdadeiro dilúvio foi o encontro de ar mais seco e frio vindo de
Sul e Oeste, que encontrou a atmosfera quente e saturada de umidade sobre o vale.
Conforme a meteorologista Estael Sias, o ar mais frio condensou a grande quantidade de umidade
que havia na região e as nuvens despejaram enorme volume de água [...].
Gaz (21/11/2013). Meteorologia explica o que causou forte chuva. Disponível em: http://www.gaz.com.br/
De acordo com a explicação realizada pelo meteorologista, marque a opção que caracteriza o
fenômeno climático mencionado pelo texto:
a) com a formação de duas frentes frias na região.
b) com o encontro entre duas massas de ar distintas.
c) com o choque entre duas frentes quentes.
d) com a formação de duas frentes de ar de características distintas em uma mesma região.
e) com a precipitação espontânea resultante do acúmulo de água na atmosfera.
92
3 — Observe a imagem a seguir e responda:
Quais fatores climáticos e elementos climáticos interferem no clima da imagem abaixo?
Paisagem montanhosa
93
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
A Relação Sociedade e Natureza em Questão/ Dinâmica Terrestre.
HABILIDADE(S):
28.1.2. Explicar os fenômenos relacionados à litosfera, hidrosfera e atmosfera.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A formação e composição da atmosfera terrestre.
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorecerá o desenvolvimento da Competência Específica da área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas na BNCC de número 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar e
avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distri-
buição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas
que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional, nacional e global.
TEMA: CLIMA
DURAÇÃO: 1h40 (2 horas/aula)
Caro (a) estudante! Nesta semana iremos analisar e entender os conceitos de clima e tempo e zonas
térmicas além de desenvolver uma maior consciência da intervenção sobre o meio em que se vive.
Compreender como o clima e o tempo interfere no planejamento das atividades humanas.
TEMPO E CLIMA
É comum ver o uso dos termos “tempo” e “clima” para designar um mesmo estado atmosférico. Tempo
e clima são elementos que se complementam na descrição do ambiente atmosférico. Esses conceitos,
porém, referem-se a condições diferentes do ambiente, e usá-los como sinônimos é um equívoco.
Tempo: é o estado momentâneo das condições atmosféricas, ou meteorológicas de um dado lugar, em
um determinado momento e está sujeito a variações. Quando alguém pergunta: “Como está o tempo
hoje?”, pretende saber se está frio ou quente, seco ou úmido, chuvoso ou ensolarado. O tempo é, por-
tanto, a condição atual da atmosfera, que pode mudar de um instante ao outro. As variações de tempe-
ratura, umidade relativa do ar, pluviosidade são responsáveis pelo dinamismo das condições meteoro-
lógicas, portanto, do tempo.
Clima: é uma condição duradoura do ambiente atmosférico e equivale ao conjunto dos tipos de tem-
pos mais comuns em um determinado lugar ao longo de um período de aproximadamente 30 anos. Re-
presenta, portanto, um padrão geral das condições meteorológicas (variações anuais de temperatura,
umidade, pressão do atmosférica, ventos), que se alteram de acordo com as estações do ano. Quando
alguém diz que Minas Gerais é um estado muito quente e com períodos úmidos e secos, refere-se ao
clima desse estado, que é tropical. Contudo, ao longo dos dias, Minas Gerais pode apresentar uma va-
riedade de tempos.
94
ZONA CLIMÁTICA
O planeta Terra tem uma forma aproximadamente esférica. Por isso, os raios solares não incidem da
mesma maneira e com a mesma intensidade, em todos os pontos do nosso planeta. Esse é um dos fato-
res mais significativos na determinação da localização dos diferentes tipos de climas e da distribuição
da temperatura sobre o globo. Com a intenção de identificar as regiões que apresentam semelhanças
na incidência dos raios solares, o globo terrestre foi dividido em cinco Zonas Climáticas ou Zonas Tér-
micas. Para isso utilizamos as linhas imaginárias (paralelos) que dividem a Terra em: zonas polares,
temperadas e intertropical. A distância entre esses paralelos é medida em graus, que partem do Equa-
dor, em direção aos pólos.
Zona polar ou glacial (sul e norte): Região que está localizada do Círculo Polar Ártico até o ponto 90°
no polo Norte e do Círculo Polar Antártico até o paralelo/ponto 90° Sul. Nas zonas polares, os raios so-
lares incidem de forma muito inclinada e com baixa intensidade. A radiação solar atinge a superfície
sempre próxima do horizonte: pouco acima ou abaixo desta linha. São as regiões menos aquecidas
e apresentam as mais baixas temperaturas do planeta. Predomina o Clima Polar. Na zona polar, em
função do eixo de inclinação da Terra há uma grande variação na distribuição dos períodos de dura-
ção do dia claro e da noite. Há períodos longos de noite e de dia, que ocorrem respectivamente nas
estações do verão e ao inverno.
Zona temperada (sul e norte): Localizadas entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico no hemis-
fério Norte e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico no hemisfério sul, portanto em
latitudes médias. Recebem a incidência dos raios solares de forma mais direta no verão e mais inclinada
no inverno. Essa particularidade provoca quatro estações do ano bem definidas, cada qual com suas
especificidades. Enquanto é inverno no hemisfério norte, é verão no hemisfério sul. São típicos dessa
faixa os climas: Frio, Temperado, Subtropical e Mediterrâneo.
Zona intertropical: Está localizada entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Os raios so-
lares atingem esta região de forma quase perpendicular à superfície, com grande intensidade. Apenas
dentro desta faixa é que o sol se posiciona a pino algumas vezes no ano. A incidência dos raios solares é
direta, praticamente todo o ano. Em razão desta característica, essa faixa possui as temperaturas mais
elevadas do globo terrestre, com muita chuva, garantindo a maior biodiversidade do planeta. Os climas
típicos dessa faixa são o Equatorial, Tropical, Semiárido e Desértico.
CLIMOGRAMA
Os climogramas são gráficos utilizados para representar as variações climáticas de uma determinada
região ao longo do ano. Além de serem úteis para entendermos as variações de elementos atmosféri-
cos no decorrer do ano (tais como chuvas e temperaturas), eles servem para comparar as dinâmicas cli-
máticas de diferentes localidades. Ele nos permite também avaliar a amplitude térmica de uma região,
ou seja, a diferença entre a temperatura máxima e mínima registradas em um mesmo lugar durante
certo período.
95
Do lado esquerdo, estão os valores indica-
dos para as médias de precipitação, em mi-
límetro (mm), ou seja, a quantidade mensal
de chuvas que equivale às medições indi-
cadas pelas respectivas barras, sendo uma
barra para cada mês. Do lado direito do cli-
mograma estão os valores para as tempe-
raturas, em grau Celsius (°C), indicados pela
curva que aparece no meio do gráfico, tam-
bém variando de mês a mês.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
96
4 — Observe o mapa abaixo e responda.
5 — Observe atentamente os dois climogramas e assinale “V” para as informações verdadeiras, e “F”
para as frases falsas:
a) (
) O gráfico 1 representa uma cidade mais chuvosa do que a cidade representada no gráfico 2.
b) (
) O gráfico 1 apresenta grande amplitude térmica.
c) (
) O gráfico 2 apresenta grande amplitude térmica.
d) (
) O gráfico 2 representa uma localidade localizada no hemisfério sul.
e) (
) O gráfico 2 representa uma localidade localizada no hemisfério norte.
f) (
) A variação de temperatura é maior na localidade representada no gráfico 2.
g) (
) No gráfico 2, as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.
h) (
) Pode-se deduzir que os dados do gráfico 1 representam uma localidade do Sertão Nor-
destino, com clima semi-árido.
i) ( ) As chuvas estão melhores distribuídas no gráfico 1.
j) ( ) A temperatura está mais equilibrada, com poucas variações, ao longo do ano no gráfico.
97
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
A Relação Sociedade e Natureza em Questão/ Dinâmica Terrestre.
HABILIDADE(S):
28.1.2. Explicar os fenômenos relacionados à litosfera, hidrosfera e atmosfera.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A formação e composição da atmosfera terrestre.
INTERDISCIPLINARIDADE:
O trabalho com a habilidade favorecerá o desenvolvimento da Competência Específica da área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas na BNCC de número 3 que pressupõe que o estudante seja capaz de analisar e
avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distri-
buição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas
que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional, nacional e global.
CLIMA
Clima é o termo utilizado para definir as condições atmosféricas que caracterizam uma região, eles são
influenciados pela pressão atmosférica, correntes marítimas, circulação de massas de ar, latitude, alti-
tude, precipitação pluviométrica e inclinação solar — a quantidade de luz que incide sobre a superfície
terrestre. Os principais tipos de clima são:
98
CLIMAS DE MÉDIAS LATITUDES — CONTROLADOS POR MASSA
DE AR TROPICAIS E POLARES
Clima Temperado: Presente em áreas de médias altitudes, é o único tipo de clima que possui as quatro
estações bem definidas: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Possui temperaturas mais amenas, com
médias anuais que variam em torno de 8 °C e 15 °C, e umidade que varia de acordo com a sua localização
(quanto mais próximo ao litoral, mais úmido). Esse tipo de clima é dividido em:
Clima temperado oceânico, mais úmido e que apresenta invernos menos rigorosos em virtude da in-
fluência da umidade oceânica. Como a água demora mais tempo para se resfriar, ela mantém a tempe-
ratura atmosférica por mais tempo, diminuindo, assim, a amplitude térmica entre o verão e o inverno.
Clima temperado continental, como não é influenciado pela umidade oceânica, é mais seco e apresen-
ta invernos mais rigorosos.
Subtropical: Presente em áreas de transição entre o clima tropical e o clima temperado. Apresenta
temperaturas mais amenas e grande amplitude térmica anual, com temperaturas negativas no inverno
e acima dos 30 °C no verão. As estações do ano, apesar de não serem tão bem definidas como as do cli-
ma temperado, já começam a se delinear. As chuvas são bem distribuídas durante o ano e apresentam
maior ocorrência durante o verão.
Mediterrâneo: Ocorre, principalmente, nas regiões próximas ao Mar Mediterrâneo. Apresenta duas es-
tações bem definidas: verão (quente e seco) e inverno (chuvoso e menos quente). As médias de tempe-
ratura assemelham-se muito às do clima tropical, mas a quantidade de chuvas é ligeiramente menor no
clima mediterrâneo.
CLIMAS DAS BAIXAS LATITUDES — CONTROLADOS POR MASSAS
DE AR EQUATORIAIS E TROPICAIS
Clima Equatorial: Presente nas zonas tropicais (Amazônia, África e Indonésia), próximas à Linha do
Equador. Apresenta temperaturas elevadas, com médias anuais em torno de 25 °C, pequena amplitude
térmica (diferença entre a maior temperatura registrada e a menor) e muita umidade, com médias plu-
viométricas superiores a 2.000 milímetros por ano.
Clima Tropical: Ocorre na maior parte das regiões localizadas entre os trópicos de Capricórnio e de
Câncer. Apresenta elevadas temperaturas, com médias anuais em torno de 20 °C, e duas estações bem
definidas: uma estação quente e úmida (verão) e outra mais fria e seca (inverno). A quantidade de umi-
dade varia conforme a sua localização. Regiões tropicais próximas ao litoral, que são influenciadas pela
maritimidade, são mais úmidas do que as regiões localizadas no interior do continente, na qual são in-
fluenciadas pela continentalidade. Assim, as médias de pluviosidade variam entre 1.000 e 2.000 por ano
e dependem da região em que se encontram. Em virtude dessa variação de umidade, o clima tropical
pode ser dividido em: Clima tropical úmido ou litorâneo e Clima tropical continental ou clima tropical
típico. As áreas mais elevadas do clima tropical apresentam temperaturas mais amenas em razão da
variação de altitude, o que configura o clima tropical de altitude.
Desértico: Presente tanto em regiões temperadas quanto em regiões tropicais (norte da África, Orien-
te Médio, oeste dos Estados Unidos, norte do México, litoral do Chile e do Peru, Austrália e noroeste da
Índia), geralmente em regiões de depressões. Apresenta uma grande amplitude térmica durante o dia
(com temperaturas próximas aos 50 °C durante o dia e temperaturas negativas durante a noite), baixa
umidade, chuvas escassas e irregulares e índices pluviométricos inferiores a 250 mm por ano.
Semiárido: Localiza-se nas bordas dos desertos da América do Norte, América do Sul, Austrália, África
e na região Nordeste do Brasil, que, embora não esteja próxima a um deserto, também possui esse tipo
de clima em virtude da baixa umidade existente na região. O semiárido caracteriza-se pela presença de
altas temperaturas, com médias anuais em torno de 27 °C, baixa umidade, chuvas escassas e irregula-
res e médias pluviométricas que variam em torno de 300 a 800 milímetros por ano.
99
Frio de Montanha: Ocorre em todas as latitudes do planeta, em regiões com grandes cadeias de mon-
tanhas, como os Andes, Himalaia, as Montanhas Rochosas e os Alpes. Caracteriza-se pelas baixas
altitudes, com uma grande variação de temperatura conforme a altitude (quanto maior a altitude,
menor a temperatura), e a presença de neves eternas (que nunca derretem).
PARA SABER MAIS — Assista ao vídeo: Tipos de Clima do Brasil e do Mundo — Climograma
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ri0FMSEcv-4. Acesso em: 10/07/20.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos, lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
1 — Como podemos dividir tipos de clima de acordo com a latitude? O que muda nas característi-
cas desses climas?
2 — Ocorre em regiões de latitudes elevadas, próximas aos círculos polares Ártico e Antártico, onde,
por causa da inclinação do eixo terrestre, há grande variação na duração do dia e da noite e, con-
sequentemente, na quantidade de radiação absorvida ao longo do ano. Aí também os raios solares
sempre incidem de forma oblíqua.
Essas são as características de qual clima?
3 — Clima de transição, caracterizado por chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do ano. Ocorre
tanto em regiões tropicais, onde as temperaturas são elevadas o ano inteiro, quanto em Zonas
temperadas, onde os invernos são frios.
Essas são as características de qual clima?
5 — Após estudar sobre os tipos de clima e suas características descreva sobre a relação clima e ati-
vidade realizadas pelo homem, como estão ligados e se influenciam.
Caro (a) estudante! Chegamos ao fim de uma trilha de aprendizagens composta por quatro semanas.
Espero que você tenha aprendido muito. Guarde suas anotações e atividades para compartilhá-las
com seu professor e colegas no retorno às aulas. Até a próxima...
100
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).
TEMA:
Embates Políticos e Culturais no Processo de Construção e Afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S):
Confrontar as periodizações históricas tradicionais a partir das noções de múltiplas temporalidades, perma-
nências, mudanças e simultaneidade de processos históricos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Estrutura Constitucional, agrupamentos políticos, forças sociais e simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia, Sociologia, Filosofia.
101
Primeiro Reinado — (07/07/1822 — 07/07/1831) refere-se ao período, entre 07 de setembro de 1822
quando foi declarada a Independência do Brasil, até a abdicação de Dom Pedro I ao trono brasileiro,
que ocorreu em 07 de abril de 1831.
Os principais fatos ocorridos nesse período foram: a independência do Brasil, o reconhecimento
internacional desta independência, a elaboração da constituição de 1824 e a abdicação do trono
com aumento das tensões políticas e sociais.
102
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos! Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
O PRIMEIRO REINADO
O Primeiro Reinado teve início com a independência brasileira declarada em 07 de setembro de 1822,
mas ainda era necessário consolidar a mesma no país. Dom Pedro I garantiu o fim das lutas provinciais
rebeldes que eram contrárias à autonomia política do Brasil em relação a Portugal. O Brasil obteve o
reconhecimento internacional, por parte da Inglaterra, Estados Unidos, México e Portugal com media-
ção da Inglaterra. Nesse acordo o Brasil pagaria uma indenização a Portugal, além de ceder o título de
imperador honorário do país a dom João VI e não incentivaria as colônias portuguesas na África a lutar
pela independência.
O período monárquico é caracterizado por rupturas lentas e graduais, buscando a conciliação sem
radicalizações. Nas políticas sociais e culturais observamos vários elementos de continuidade.
As instituições brasileiras sólidas e moralmente contra a radicalização e a fragmentação, de certa for-
ma, impediram o avanço de mudanças desejadas pela sociedade em romper com o equilíbrio da ordem.
D. Pedro I elabora a primeira constituição brasileira nesse ponto de tensão social, onde o objetivo
era manter a ordem, a hierarquia social e política sem liberdades, além de conservar a propriedade,
a unidade territorial, o tráfico de escravos, a escravidão, o distanciamento da participação política
dos excluídos da sociedade da constituição de 1824, que eram esses: mulheres, escravos, indígenas
e homens pobres, estabelecido pelo voto censitário, e a visão da agricultura para o progresso no sis-
tema de plantation.
O sentido de nação e liberdade está relacionado no ideal de unidade dos interesses das elites, na
garantia de uma continuidade cultural, política e econômica hegemônicas na sociedade.
As elites brasileiras disputavam a descentralização do poder político no país, enquanto D. Pedro I e
as elites portuguesas buscavam a centralização política. Fato que levou ao fechamento da assembleia
constituinte e a outorga da primeira constituição do país em 1824.
As classes dominantes temiam o poder central, mas tinham pavor da desordem. Por esse motivo
conservadores e liberais desejavam a ordem e a escravidão, e traziam a ideia do branco civilizado que
era livre e proprietário de escravos.
Assim aceitaram a outorga da Constituição e a monarquia como forma de governo, pois temiam a
fragmentação do império para garantir a unidade territorial, a manutenção das tradições dominantes
sem transformações sociais.
O aumento das tensões políticas, o agravamento da crise financeira do Brasil, a derrota na Guerra da
Cisplatina, a criação da República Oriental do Uruguai e a questão sucessória com a morte de dom João
VI, foram os motivos que levaram Dom Pedro I a abdicar ao trono em 07 de abril de 1831.
103
2 — O que foi outorgado em 1824? Qual era o principal objetivo do documento constitucional?
104
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).
TEMA:
Embates Políticos e Culturais no Processo de Construção e Afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S):
Analisar as configurações das elites brasileiras no Império, seus interesses e grupamentos políticos partidários.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Estrutura Constitucional, agrupamentos políticos, forças sociais e simbologia do poder.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia, Sociologia, Filosofia.
Período Regencial — (1831 a 1840) A abdicação do trono por D. Pedro I modificou a ordem político-ins-
titucional do Brasil, pois seu sucessor, então com 5 anos de idade, não poderia assumir o trono. Não
havia um outro príncipe com idade superior a 25 anos que pudesse assumir a Regência do país durante
o impedimento do herdeiro legítimo. Diante desse fato, competia ao parlamento, composto pelo Sena-
do e pela Câmara dos Deputados, de acordo com a constituição de 1824, escolher a regência brasileira.
105
Aclamação de D Pedro II em 9 de abril de 1831, por Debret
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aclama%C3%A7%C3%A3o_de_D_Pedro_II_em_1831_by_Debret.jpg.
Acesso em: 14/07/2020.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos! Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
PERÍODO REGENCIAL
No Período Regencial as disputas políticas tornaram-se mais violentas, com a revolta dos malês, a
cabanagem, a farroupilha, a sabinada e a balaiada. Pois lutavam para conquistar direitos políticos cons-
titucionais e melhorias sociais.
É importante compreender que a população brasileira nesse período apresentava ausência de direi-
tos pelo Estado, onde não era garantido acesso à educação, devido à falta de escolas, o que dificultava
a integração nacional, cultural e a formação da identidade do povo brasileiro.
As revoltas desequilibravam a unidade territorial do Brasil e as elites sentiam medo e ameaças na
reivindicações populares.
As disputas em jogo no Período Regencial eram: o fortalecimento do poder central ou autonomia
das províncias e a descentralização, adotar a monarquia ou a república como forma de governo, manter
ou abolir a escravidão.
No período da regência trina foi criada a guarda nacional, para defender a propriedade, impedir re-
voltas e agitações. Os fazendeiros que tinham título de “coronel” comandavam a guarda nacional, o que
aumentou o poder local e acentuou o processo de descentralização.
O Ato Adicional de 1834 cria a Regência Una, as Assembleias Provinciais que descentralizavam o po-
der e garantiam maior autonomia para as províncias e a suspensão do conselho de estado.
Em 1840 foi criada a Lei Interpretativa do Ato Adicional que reduziu o poder dos governos provinciais,
centralizava o poder político e garantia a repressão do governo.
Com a disputa do poder pelas elites brasileiras e o aumento da instabilidade política no Brasil, prin-
cipalmente com a participação popular nas revoltas, foi declarada, pelo poder legislativo, a maioridade
de dom Pedro II em 23 de julho de 1840 o que decreta o fim do Período Regencial.
106
Responda segundo o texto.
2 — O que foi a Lei Interpretativa do Ato Adicional? Em que ano foi criada?
107
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).
TEMA:
Embates Políticos e Culturais no Processo de Construção e Afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S):
Analisar as posições das elites brasileiras frente ao ideal de civilização nos trópicos e sua opção pelo sistema
monárquico: acentuar a singularidade dessa opção no contexto latino-americano.
Analisar o movimento abolicionista e republicano, suas características e efeitos sobre a sociedade brasileira.
Relacionar as políticas de imigração com o processo de abolição da escravatura.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Confrontos: fim da monarquia no Brasil e início da República.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia, Sociologia, Filosofia.
Segundo Reinado — (1840 a 1889) É o período da história brasileira que se inicia com o “golpe da maiori-
dade” quando dom Pedro II assume o poder como imperador do Brasil com 15 anos de idade, incomple-
tos. E perdura por 49 anos com a Proclamação da República.
108
O imperador Dom Pedro II, aos 15 anos
incompletos, é emancipado e declarado apto a
governar o Brasil, dando fim à regência
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dom-pedro-II-crianca.jpg. Acesso em: 14/07/2020.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos! Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
SEGUNDO REINADO
Aos 15 anos Pedro II tornou-se símbolo de um Estado centralizado, forte, estável e garantidor da or-
dem, com afastamento da sociedade da participação política e do desejo de mudança.
As elites desejavam uma administração imperial que eliminasse as rebeliões e garantisse a unidade
nacional, sem alterações das estruturas sociais, desejado por conservadores e liberais.
As “eleições do cacete” mostraram a violência das elites conservadoras ou liberais onde as tensões
e disputas levariam à agressões a eleitores, ameaças a adversários, a fraudes e à concessão de favores
a amigos e aliados.
Em 1847 o Império adotou o parlamentarismo, o imperador nomeava o primeiro ministro que esco-
lhia os membros do ministério.
O Brasil passou por transformações que levam o Império para o seu auge e o seu desgaste ao
mesmo tempo.
A diversificação econômica do país com a exportação do café, do cacau, do açúcar, do fumo, e a
crescente industrialização do país ficou conhecida como a Era Mauá. Esta era recebeu este nome devi-
do à figura de Irineu Evangelista de Sousa, comerciante, armador, industrial e banqueiro brasileiro. Ao
longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império, dos
títulos nobiliárquicos primeiro de Barão e depois de Visconde de Mauá.
Em 1831 foi proibido o comércio de escravos no Atlântico, que foi efetivamente cumprido em 1850,
com a Lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de escravos para o Brasil. Como consequência ime-
diata para o país, o dinheiro utilizado no tráfico de escravos, passou a ser usado para financiar a vinda
de imigrantes, a industrialização, a construção de ferrovias, o tráfico interno de escravos e o início da
substituição da mão de obra escrava pela livre.
Os cafeicultores começaram a optar em contratar imigrantes, muitas vezes preferiam essa mão de
obra, ao invés do trabalho do escravo ou ex escravo. Isso aprofundou a exclusão social, o preconceito e
a discriminação.
109
Nas décadas de 1840, 1850 e 1860, prevaleceu o sistema de parceria, onde parte da colheita ficava
com o dono da terra, e a outra parte com o trabalhador. Esse sistema agravou as questões sociais do
país, pois o imigrante chegava nas fazendas com dividas, devido aos custos da viagem, alimentação,
ferramentas de trabalho e aluguéis das casas. Os imigrantes insatisfeitos revoltaram-se com a situa-
ção, os países de origem condenaram o sistema de parceria, que acabou por fracassar.
Na década de 1870 os imigrantes trabalharam pelo sistema de colonato, onde recebiam salário para
o plantio e outra remuneração de acordo com a colheita, além de poder plantar artigos de consumo
próprio e até vender o excedente.
Com isso acelera o desenvolvimento industrial brasileiro, além dos investimentos feitos pelos pro-
dutores do café e a tarifa Alves Branco, que aumentava o preço dos produtos importados.
A Lei de Terras estabelecia que para possuir terras, era preciso comprar do Estado ou de particula-
res. Essa lei contribuiu na elevação dos preços das terras, com isso restringiu o acesso dos imigrantes,
escravos e os mais pobres, as terras. As mesmas dificuldades atingiram também os indígenas, pois
eles tinham que comprovar a posse por documentos ou adquirir a altos valores. Como não dispunham
dos recursos necessários para a comprovação da posse, eram expropriados de forma violenta, com a
expansão da produção agrícola.
É importante salientar, que os escravos libertos, ou alforriados, não conseguiam trabalho. Não eram
tratados como cidadãos no pós abolição. A pobreza, a violência, o desemprego e baixos salários, afe-
tam mais os negros que os brancos no Brasil, devido a essas questões históricas.
Os brasileiros diante da falta de direitos, das desigualdades, do direito à vida e à liberdade, tinham
dificuldade em se reconhecer como membros de uma sociedade unida por laços culturais. Com o de-
senvolvimento do país, aumentaram as complexidades sociais, o que gerou um desgaste do Estado e o
fim da monarquia, devido: Abolição da escravatura, onde os donos de escravos abolidos e sem a inde-
nização aos proprietários, levou a um rompimento com o governo imperial e muitos passaram a apoiar
a causa republicana; O conflito com a igreja; o movimento republicano; e o conflito com o exército, que
passou a apoiar o movimento republicano e o abolicionismo, o que gerou um desgaste na relação com
o imperador. Esses fatores contribuíram para a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
110
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).
TEMA:
Embates Políticos e Culturais no Processo de Construção e Afirmação do Estado Nacional.
HABILIDADE(S):
Relacionar as políticas de imigração com os processos de abolição da escravatura.
Debater inserção/exclusão das camadas populares no processo político.
Analisar o conceito de liberalismo, suas apropriações no Império e suas reapropriações ao longo da história
brasileira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Confrontos: fim da monarquia no Brasil e início da República.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia, Sociologia, Filosofia.
Primeira República — (1889 a 1930) É o período da história brasileira que se inicia com a Procla-
mação da República em 15 de novembro de 1889, é também conhecida como República Velha, ou
República Oligárquica.
111
Charge do cartunista Storni, publicada
na revista Careta em 1925, referindo-se
à política do café com leite.
http://miriandossantos.blogspot.com/2018/05./. Acesso em: 15/07/2020.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos! Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
PRIMEIRA REPÚBLICA
Os embates políticos e culturais na construção da república e do Estado Nacional, de 1889 a 1930,
revelam o aprofundamento da exclusão de mulheres, indígenas, pobres e negros.
Devemos salientar o lema positivista colocado na bandeira nacional “Ordem e Progresso”, a partir
disso surge as perguntas: por que o Amor foi suprimido? Sendo que o lema positivista era “Amor, Ordem
e Progresso”. Foi um tipo de censura? O que isso revela?
O Estado Republicano tinha por princípio garantir, segurança, ordem pública, propriedade, além de
ter mudado a forma de governo sem alterar ou conceder direitos a uma sociedade excluída desde a mo-
narquia, ou seja, um estado autoritário e excludente.
O liberalismo político que se consolida na república, desde a monarquia ganhava espaço, um libera-
lismo escravocrata. Já o liberalismo republicano aprofunda essa relação quando opta pelo branquea-
mento e a exclusão do negro do mundo do trabalho, ou seja era um liberalismo para a elite branca que
aprofundou o racismo.
A política de imigração tinha como objetivo garantir esse branqueamento, com dinheiro público fo-
ram enviados muitos imigrantes para o Brasil. Os negros foram libertos, mas não foram indenizados
pelo trabalho escravo, a república não promoveu o acesso à educação, a terra e ao trabalho, o que apro-
fundou a exclusão, o preconceito e o racismo. Diziam os senhores cariocas: os imigrantes não tinham
“o cheiro de preto”.
O Marechal Deodoro, primeiro presidente, mandou queimar todos os documentos relativos aos es-
cravos.
O governo provisório instituiu o federalismo, os estados adquiriram autonomia, houve a separação
entre igreja e estado e a convocação da Assembleia Constituinte.
Com o fim do governo de Deodoro e Floriano inicia-se a política do “café com leite” (alianças entre
grupos políticos de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco),
112
ou república oligárquica. A república dos coronéis, o chamado coronelismo, onde fazendeiros, chefes
políticos de uma região, consolidam um sistema de dominação e aliança dos coronéis.
Nessa perspectiva o coronelismo, através do clientelismo e do voto de cabresto, entendido a partir
da frase, “os amigos do coronel recebem pão e os inimigos pau”, garantiam o poder de uma minoria na
vida política do país.
Devemos lembrar que o voto era aberto e a sociedade não tinha como rejeitar o clientelismo e o voto
de cabresto. As opções para a população nessa república eram limitadas, o que contribuiu para a for-
mação dos “currais eleitorais”.
É importante ressaltar a política dos governadores, onde os governos estaduais apoiavam o governo
federal em uma troca de favores políticos, para a manutenção de poder dessas oligarquias.
Para garantir os mesmos grupos foi criada a comissão de verificação, conhecida como degola, pois
os resultados das eleições era questionado quando o adversário das oligarquias ganhava.
Os embates políticos e sociais da época culminaram na chegada ao poder de Getúlio Vargas, o que
representa o fim da Primeira República no ano de 1930.
113
REFERÊNCIAS
BANDEIRA DE MELO, Ciro Flávio C.B. Senhores da História e do esquecimento: a construção do Brasil
em dois manuais didáticos de História na segunda metade do século XX. São Paulo: USP, 1997.
(Tese de doutoramento).
BENDIX, R. Construção nacional e cidadania. São Paulo: EDUSP, 1996.
BITTENCOURT Circe M. Fernandes. Livro didático e conhecimento histórico: uma história do saber
escolar. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Pau-
lo, 1993. (Tese de doutoramento).
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ministério da Educação. Parâmetros Curricula-
res — Ensino Médio. Bases Legais. Brasília, 1998.
. Parâmetros Curriculares — Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias, 2003.
BRAUDEL, F. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
SANTOMÉ, Jurno, Torres, Globalização e Interdisciplinaridade. Porto Alegre. Editora Artes Médicas,
1998.
SIMAN, Lana Mara de Castro e FONSECA, Taís Nívia de Lima (orgs). Inaugurando a história e construin-
do a nação. — discurso e imagens no ensino de História. Belo Horizonte. Autêntica, 2001.
HOBSBAWN, Erick. Era dos Extremos: breve século XX. 1914-1991. São Paulo.
Textos Complementares:
NEVES, Daniel. Primeiro Reinado. Brasil Escola UOL. História do Brasil. Disponível em https://brasiles-
cola.uol.com.br/historiab/primeiro-reinado.htm. Acesso em: 14 de julho de 2020.
NEVES, Daniel. Segundo Reinado. Brasil Escola UOL. História do Brasil. Disponível em https://brasiles-
cola.uol.com.br/historiab/segundo-reinado.htm. Acesso em: 14 de julho de 2020.
NEVES, Daniel. Primeira República. Brasil Escola UOL. História do Brasil. Disponível em https://brasi-
lescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm. Acesso em: 15 de julho de 2020.
114
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ACOLHIMENTO AO ESTUDANTE
Olá estudantes, sejam bem vindas/os ao PET 04 de Sociologia, nele falaremos sobre alguns temas relati-
vos à educação escolar e aos modos como ela interfere na nossa organização social. Nesse sentido, na
primeira semana, discutiremos o papel da educação como um todo. Na segunda semana você encontrará
uma discussão acerca da relação entre educação escolar e desigualdades sociais. Na terceira semana, o
assunto abordado será a relação entre educação escolar e projeto de vida. E, por fim, na quarta semana nos
dedicaremos a um estudo sobre a relação entre educação escolar e o mercado de trabalho. Esperamos que
nessas quatro semanas você possa refletir sobre o lugar que a escola ocupa na organização da sociedade
contemporânea, e sobre como ela pode ser fundamental no desenvolvimento da sua vida e dos seus proje-
tos de futuro. Vamos então para a 1a semana?
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Educação e Escola.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
O lugar da Educação na formação dos seres humanos e na organização da sociedade.
HABILIDADE(S):
Desenvolvimento de análises sobre instituições sociais, em especial sobre a Educação e a Escola.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Sociologia da Educação.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia, História, Matemática, Literatura e Língua Portuguesa.
115
EDUCAÇÃO E ESCOLA
Liliane da Conceição Rosa da Silva
Existem coisas na vida que são muito bonitas!! Não existem?! Veja se você concorda: uma criança
começando a dar os primeiros passos e a falar; um filme que assistimos quando estamos tristes e que
nos enche de esperança; alguém aprendendo a ler e a escrever as primeiras palavras; uma música que
reflete exatamente o modo como nos sentimos sobre determinado assunto e que nos ajuda a compre-
ender que não estamos sozinhas/os; um abraço forte, que damos em uma pessoa de quem sentimos
saudades. Todas essas situações tornam ou não a vida mais bonita? Mas, e se nos perguntássemos o
que elas têm em comum? O que poderíamos encontrar como resposta? Evidente que não é possível
saber o que você pensou agora, só você o sabe, mas veja, queremos, aqui, apontar uma coincidência
entre todas essas situações, e essa coincidência tem a ver com uma palavra específica: Educação.
Educação??!! Sim, isso mesmo, Educação!
A Educação tem a ver com aprender a andar e a falar; tem a ver com compreender e produzir textos
em uma determinada língua, no nosso caso o português; tem a ver com o modo como aprendemos a
manifestar nossos sentimentos e sonhos em gestos, palavras e imagens; tem a ver com como estabe-
lecemos relações com as outras pessoas. Esses são apenas alguns exemplos para que você compreen-
da o seguinte: Educação é algo muito amplo, e é a partir dela que nos tornamos humanos, ou seja, que
aprendemos tudo aquilo que nos caracteriza como humanos, visto que essa não é apenas uma condi-
ção biológica, sendo também, sobretudo, uma condição social.
Quando nascemos, pouco sabemos fazer para além de mamar, chorar, fazer xixi, cocô e dormir, mas,
aos poucos, vamos aprendendo a sorrir, a engatinhar, a ficar em pé, a balbuciar as primeiras palavras, a
falar frases inteiras. Nada disso é automático, é o fruto da interação com outras pessoas, que nos en-
sinam e nos dão suporte para que desenvolvamos cada novo movimento, pessoas que também foram
ensinadas e amparadas quando eram bebês. É evidente que isso não se encerra quando aprendemos
a falar e a andar. Nada disso! Dia após dia, ano após ano, estamos em um movimento constante de en-
sino e aprendizagem relativo à vida, movimento que ocorre direta e indiretamente nos mais diversos
espaços que ocupamos: o familiar, o grupo de amigos, os grupos políticos, os lugares de fé, a internet,
e, entre todos esses, um espaço muito especial, o escolar.
Pois bem, até aqui fizemos uma pequena introdução para que você compreenda o quão importante
é a Educação na nossa vida e na formação de quem nós somos. A partir de agora, falaremos mais sobre
a escola e sobre a educação escolar. Você, que está no primeiro ano do Ensino Médio, já parou para
pensar no porquê de se arrumar para ir à escola todos os dias? Já parou para pensar no porquê de seus
pais ou responsáveis a/o obrigarem a ir para escola, mesmo quando você não quer fazer isso? Já parou
para pensar se a escola, tal como conhecemos hoje, sempre existiu? E se todas e todos sempre tiveram
acesso a ela?
Educação escolar:
A escola, como nós a conhecemos, é fruto da sociedade moderna e do desenvolvimento do ca-
pitalismo. É do século XIX e XX esse modelo de ensino que, de modo geral, tem como objetivo alfa-
betizar em línguas e em matemática e transmitir conteúdos desenvolvidos no campo das Artes, da
Filosofia e das Ciências Naturais e Humanas. A importância social da escola cresceu muito nesses
últimos três séculos (XIX, XX e XXI), de tal forma que, hoje, em grande parte do mundo, tem-se o en-
tendimento de que, por ela, devem passar todas as crianças, independente da classe social, raça ou
gênero a que pertençam.
116
Yemen Brasil Cuba
Fonte: Julian Germain. Fotógrafo inglês registra salas de aula ao redor do mundo. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/
educacao/fotografo-ingles-registra-salas-de-aula-ao-redor-do-mundo,7a68febb0345b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html.
Acesso em: 16 de jul. de 2020.
Fonte: PNUD/IPEA, 1996. Acesso através do documento: Estatística da Educação Básica no Brasil.
117
Para além dos dados apresentados, você pode comprovar as dificuldades que já existiram no país
para o acesso à escola a partir de um exercício simples: pergunte aos seus pais ou avós sobre o que era
necessário fazer para garantir uma vaga na escola pública nas décadas de 1970, 80 e 90. Muito provavel-
mente eles te dirão da necessidade de enfrentar longas horas em filas intermináveis, a fim de garantir
uma vaga para suas/seus filhas/os estudarem.
Para além dessa discussão relativa à educação escolar como direito relativo à construção do co-
nhecimento, devemos nos atentar, também, à importância da escola como espaço de sociabilidade e
estabelecimento de vínculos. Na escola formamos laços de afeto, fazemos amigos (e às vezes inimigos
118
também) e aprendemos a conviver com quem é diferente de nós. No ambiente escolar se estabelecem
relações dos mais diversos formatos e conteúdos, harmônicas e divertidas ou tristes e violentas. Na
escola podemos ser acolhidas/os e nesse caso, nos sentir bem e pertencentes a algo, ou, pelo contrá-
rio, podemos ser excluídos e, com isso, nos sentir sozinhos e infelizes. Ambas as situações produzem
efeitos sobre nossa autoestima e autoconfiança e sobre os projetos que desenhamos ou deixamos de
desenhar para nossas vidas. Lembrando sempre que, do mesmo modo como podemos ser acolhidos e/
ou excluídos, nós também acolhemos e/ou excluímos às/aos colegas.
Devemos falar, ainda, sobre as relações que se estabelecem entre alunas/os e professoras/es; é
comum encontrarmos relatos de agressões verbais e físicas, proferidas ora por alunas/os, ora por pro-
fessoras/es, e que produzem efeitos terríveis em quem as sofre, dado que a pessoa agredida se sente
humilhada, desvalorizada e desrespeitada. Entretanto, também é comum que encontremos relatos de
ajuda mútua e incentivo, em que alunas/os e professoras/es se encorajam mutuamente. Quantas vezes
ouvimos dizer sobre professoras/es que, ao elogiarem suas/seus alunas/os, as/os fazem acreditar em si
mesmas/os e em suas melhores capacidades? Noutra ponta, quantas vezes encontramos professoras/
es que dizem de uma manifestação de carinho das/os alunas/os, que as/os fizeram ver sentido, beleza
e importância na profissão que desenvolvem? Essas são possibilidades das relações e devemos nos
atentar a elas.
Dado que a escola é um lugar de encontros, é importante que possamos pensar no papel que ela
tem desempenhado na formação de quem somos e dos valores que defendemos. Como lidamos com as
diferenças de gênero, idade, raça, religião, território geográfico e pertencimento cultural que habitam
o ambiente escolar? Como somos tratados em relação às nossas especificidades? Como a escola está
nos formando para lidar com essas diferenças nos mais diversos espaços sociais? Essas, são perguntas
sociológicas!!!
Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. IDEB - Apresentação. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/conhe-
ca-o-ideb. Acesso em: 22 de julho de 2020.
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber às práticas educativas. São Paulo. Cortez.2013.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e direito à educação no Brasil: um histórico pelas Constituições.
Belo Horizonte. Mazza Edições, 2014.
IBGE. PNAD Contínua 2018: educação avança no país, mas desigualdades raciais e por região persistem.
Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-no-
ticias/releases/24857-pnad-continua-2018-educacao-avanca-no-pais-mas-desigualdades-raciais-e-
-por-regiao-persistem. Acesso em: 20 de julho de 2020.
INEP. Estatísticas da Educação Básica no Brasil. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/docu-
ments/186968/484154/Estatísticas+da+educação+básica+no+Brasil/e2826e0e-9884-423c-a2e4-
658640ddff90?version=1.1. Acesso em: 19 de julho de 2020.
119
ATIVIDADES
A partir da leitura desta semana e de suas memórias sobre suas vivências na escola, escreva um texto
(05 a 15 linhas) respondendo às seguintes questões:
I. Como você avalia o papel da escola na sua vida e na organização da sociedade em que você
encontra-se inserida/o?
II. Como a escola influenciou na construção de quem você é?
III. Qual a relação entre aquilo que você aprende na escola e o mundo que te rodeia?
120
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Educação e Desigualdade.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Importância da Educação num contexto de desigualdade.
HABILIDADE(S):
Entender a relação entre Educação e desigualdade e compreender o cenário atual.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Sociologia da Educação e Desigualdade Social.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia, História, Matemática, Literatura e Língua Portuguesa.
EDUCAÇÃO E DESIGUALDADE
Lorena Rodrigues Abrantes
Olá estudantes! Nessa semana vamos refletir sobre a importância da educação e da escola na
diminuição das desigualdades e também vamos pensar o efeito da desigualdade social no acesso e
permanência das/dos estudantes na escola. Vamos pensar nos desafios educacionais impostos pela
pandemia e de que maneira as diferentes classes sociais estão tendo acesso à educação.
Primeiramente devemos ter como ponto de partida que não é possível, por enquanto, termos au-
las presenciais e que o acesso das/dos alunas/os aos materiais e às/aos suas/seus professoras/es é,
até então, exclusivamente online. Partindo desta premissa, podemos refletir sobre alguns aspectos
deste processo:
— Quem são as/os alunas/os que possuem total acesso às plataformas virtuais?
— De que forma o processo educacional tem alcançado as/os alunas/os?
— Quais as possíveis consequências para aquelas pessoas que não possuem acesso?
— Como se dá o processo de ensino e aprendizagem longe do/da professor/a?
A primeira pergunta podemos responder com base nos dados do governo federal de Maio de 2020:
“No Brasil, 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet
em casa. Eles correspondem a 17% da população nessa faixa etária [...]. Aqueles que não acessam a
internet de nenhuma forma, no entanto, chegam a 11% da população nessa faixa etária. A exclusão é
maior entre crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais, onde a porcentagem daqueles que não
acessam a rede chega a 25%. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual é 21% e, entre os domicílios
das classes D e E, ou seja, entre os mais pobres, 20%.” As informações foram coletadas entre outubro
de 2019 e março de 2020. (Agência Brasil, 17 de Maio de 2020)
Quando pensamos na realidade da maioria das/os alunas/os brasileiras/os, estudantes da rede pú-
blica de ensino, esses números são ainda maiores, pois, segundo a pesquisa, no interior da população
brasileira, 17% das pessoas que não tem acesso à internet são crianças e adolescentes entre 9 e 17
anos. Essa porcentagem aumenta muito se levarmos em conta apenas os estudantes da rede pública
onde se concentram as classes sociais com menor renda.
121
E como as diferentes classes sociais estão vivenciando essa experiência do ensino remoto?
Mesmo as/os estudantes que possuem acesso à tecnologia estão enfrentando diversos problemas.
Estudar pela internet não é tão simples: Requer além do esforço pessoal da/o estudante em buscar o
material, estudar sozinha/o todas as matérias, assistir e entender as aulas, é importante também ter
um espaço tranquilo e silencioso para o estudo. Muitas casas não possuem quartos individuais para
as/os filhas/os, muitas vezes não há nem mesmo uma mesa onde a/o jovem possa estudar e fazer os
deveres enviados pela escola.
CHARGE 1 Fonte: Coletivo Foque. Charge produzida por Brum. Disponível em: https://foque.com.br/2020/06/19/
ensino-remoto-em-tempos-de-pandemia-no-rn-manifesto-do-coletivo-educacao-pela-base/. Acesso em: 19 de jun. de 2020.
Quando pensamos nas classes altas e médias, a realidade é bem diferente: não há problemas de
acesso como falta de celulares ou computadores, as casas possuem internet wifi e os celulares contam
com planos de internet melhores. Muitas escolas privadas inclusive já possuíam plataformas para aulas
remotas antes mesmo da pandemia. Claro que há famílias destas classes que também estão passando
por problemas financeiros como consequência da pandemia, porém, em termos gerais, conseguem ter
acesso ao ensino remoto.
Finalmente, algumas considerações sobre as possíveis consequências da pandemia em relação aos
estudantes da rede pública:
Como sabemos, muitos estão sem acesso às plataformas e isso pode gerar uma defasagem na
aprendizagem e atrasos nos conteúdos estudados o que aumenta o abismo da desigualdade educacio-
nal entre os brasileiros.
Outro grave problema é o aumento do abandono, da evasão escolar. Muitas/os estudantes no decor-
rer do ano vão parando de frequentar as aulas e acabam por abandonar a escola. Isso ocorre tanto no
fundamental quanto no ensino médio (neste, a desmotivação e a necessidade de trabalhar são fatores
importantes para compreendermos a evasão, falaremos mais a respeito).
Com a pandemia, como já falamos, muitas/os alunas/os se veem desestimuladas/os porque não têm
acesso às aulas e aos materiais online, o que dificulta o processo de escolarização, junta-se a isso o
fato de que em muitas famílias (especialmente as de baixa renda) algum membro da família perdeu o
emprego ou está em situação financeira difícil (como trabalhadores informais que estão impedidos de
trabalharem nas ruas). Nestas situações, muitas/os alunas/os, especialmente aqueles do ensino médio,
abandonam a escola para trabalhar e assim poder ajudar nas despesas familiares.
E como consequência da evasão escolar, tem-se a maior dificuldade em conseguir empregos que
exigem escolaridade mínima, o que acarreta, além do aumento do desemprego entre os jovens, a baixa
autoestima por não concluir a educação básica.
122
Outro impacto negativo é a desigualdade no acesso às universidades entre as classes sociais mais
altas e as mais baixas. O sistema de avaliação meritocrático não leva em conta as dificuldades de aces-
so à educação básica. Jovens que desejam ingressar no ensino superior gratuito no Brasil são avalia-
dos por meio do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e o impacto da pandemia ainda não pode ser
mensurado, mas certamente impactará no acesso das classes sociais mais baixas às universidades
públicas nos próximos anos.
Mesmo entre jovens oriundos de escola pública há desigualdade, principalmente em relação ao
acesso remoto durante a pandemia.
Observe a charge produzida pelo chargista Lézio Júnior e reflita sobre as desigualdades no acesso à
educação principalmente durante este período de pandemia:
CHARGE 2 Fonte: Diário da Região. Charge produzida por Lézio Júnior. Disponível em: https://www.diariodaregiao.com.br/
secoes/blogs/blog_do_lezio. Acesso em: 17 de maio de 2020.
123
Imagine agora que você está saindo desta escola e ao chegar em casa, após almoçar, pode descan-
sar um pouco e depois vai ligar seu computador e fazer a pesquisa que seu/sua professor/a de Sociolo-
gia passou. Além disso, há uma videoaula na plataforma da escola e indicação de um filme, disponível
no Youtube. De acordo com o/a professor/a, isto irá te auxiliar a escrever a redação sobre um possível
tema do Enem. Esta é a realidade de diversos estudantes que possuem uma situação socioeconômica
favorável aos estudos. Será esta a realidade de alunas/os de escolas públicas?
Voltando a questão do acesso ao ensino superior, podemos comparar estes dois jovens, que pos-
suem realidades socioeconômicas muito diferentes, e entender como funciona a desigualdade esco-
lar, como as experiências educacionais serão diferentes e consequentemente haverá desigualdade de
acesso entre classes sociais diferentes.
Para diminuir esta desigualdade, é preciso que o governo invista na educação pública, na infraes-
trutura das escolas, na formação de professores, nos auxílios e programas sociais para permitir que as/
os jovens tenham condição de estudar de forma adequada. É preciso diminuir as desigualdades sociais
para que haja equidade de acesso à educação básica e superior. E é necessário que haja acesso à edu-
cação básica de qualidade para que as desigualdades sociais sejam reduzidas permanentemente.
REFERÊNCIAS
124
ATIVIDADES
1 — No texto desta semana apresentamos duas charges. Escreva uma redação com o tema: “Desi-
gualdade e Educação em tempos de Pandemia”.
Sua redação deve ter entre 15 e 30 linhas. Não esqueça que o seu texto deve apresentar elementos
presentes nas duas charges. Bom trabalho!
125
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Educação e Projeto de Vida.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Educação.
HABILIDADE(S):
Entender a relação entre Educação e projeto de vida.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade e Processo de Socialização.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Projeto de Vida, Filosofia, Matemática, História, Geografia, Literatura e Língua Portuguesa.
Olá estudantes! Nesta semana vamos discutir sobre a relação entre a educação e projeto de vida.
Oi?
Isso mesmo! Você já parou para se perguntar “por que eu estou na escola?”, “por que é importante
estudar?”, “como o que eu aprendo na escola me ajudará no futuro?” ou “quero ser um profissional res-
peitado na minha área?”
Vocês que já estão no 1º ano do Ensino Médio já vivenciaram algumas etapas do ensino da Educa-
ção Básica. Concluíram o Fundamental 1 e depois veio o Fundamental 2. Concluíram o Fundamental 2 e
agora estão no Ensino Médio. E depois do Ensino Médio, vem o quê? Há, no mínimo, oito anos que vocês
frequentam a escola e esses pensamentos e/ou planejamentos de traçar seu projeto de vida, a cada
etapa concluída, se faz necessário. E ao pensar nos seus objetivos, no seu projeto de vida, consegue me
dizer o que ele tem a ver com a escola? Ou como a escola te permitiria alcançá-lo?
A partir das discussões feitas nas semanas anteriores já entendemos a educação como um direito
de todas e todos, mas ainda percebemos que há desigualdades nos processos educacionais, ou seja, há
maneiras diferentes e desiguais de vivenciar experiências no contexto escolar dependendo do seu gê-
nero, cor/raça, orientação sexual, entre outros aspectos da identidade. Dessa forma, podemos concluir
que não depende única e exclusivamente da pessoa traçar seus objetivos para seu projeto de vida, mas
é necessário levar em consideração toda a estrutura social que privilegia, ou não, determinados grupos.
A partir dessas colocações, vamos refletir juntas e juntos?
Para começar, é importante sabermos o que é projeto de vida. Então, “projeto é lançar-se para o
futuro, com orientação, é a procura por respostas para uma interrogação que provoca interesse e inco-
moda”. No entanto, para buscar respostas ou para se propor a fazer algo é necessário que você saiba do
que gosta, com qual disciplina mais se identifica, quais assuntos te provocam curiosidade e vontade de
saber mais, enfim, é preciso se conhecer.
O autoconhecimento e as escolhas ao longo da vida não processos fáceis, mas ao estudar a
sociologia entendemos que somos o que somos e gostamos do que gostamos porque a socialização
(conceito trabalhado no PET 1) nos proporcionou e proporciona determinadas experiências. Voltemos
a falar da estrutura social que privilegia, ou não, determinados grupos. Como comparar as vivências de
uma criança que nasce em um bairro nobre com outra criança que nasce na periferia? Como igualar as
experiências de um/a adolescente que faz aulas de língua estrangeira, que toca um instrumento mu-
126
sical, pratica algum esporte, tem mesada, viaja todas as férias, com outro/a adolescente que tem que
trabalhar para contribuir com o sustento da casa ou é “arrimo de família”? Que se preocupa se terá algo
para comer mais tarde?
A partir dessa desigualdade de condições materiais e oportunidades você pode se questionar: como
as pessoas que não possuem posições privilegiadas podem fazer para mudar a situação de sua vida?
Será que é querer demais planejar seu futuro, ter um projeto de vida? Querer ser um bom profissional,
viajar pelo mundo, construir uma família? Ou será que, como o destino, “todo mundo já conhece é que
o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre” (lembram dessa música? Xibom Bom-
bom do grupo As Meninas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XFEU05audmc)?
Um caminho possível para transgredir certos determinismos sociais é por meio da educação. Isso
não é clichê (e eu posso provar!). Disponibilizo a seguir um gráfico que relaciona tempo de estudo com
salário. Em outras palavras, em média, quanto mais a pessoa estuda maior será seu salário, essa é uma
relação proporcional e direta. Veja:
127
pessoas tinham poucos anos de escolaridade, com isso a baixa qualificação era uma realidade o que
ocasionava em uma baixa remuneração.
Esse panorama mencionado tem cerca de 60 anos. Mas o que mudou nos dias atuais? Veja qual é a
situação atualmente no Brasil e em Minas Gerais, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios — PNAD:
Neste gráfico podemos perceber que os dados a nível nacional e estadual estão muito próximos.
Por exemplo, mais da metade da população do Brasil e de Minas Gerais, possui, no máximo, o ensino
fundamental completo. Em todo o Brasil 26,3% das pessoas estudaram até o ensino médio, enquanto
em Minas Gerais a porcentagem é de 23,7%. Em nosso país 15,3% da população tem ensino superior
completo, já em Minas Gerais esse dado é de 14,3%. 7,2% da população brasileira é analfabeta e em MG
6,2%. Muitas/os jovens que estão na sua sala possivelmente serão as primeiras pessoas da família a
completar o Ensino Médio.
Precisamos refletir sobre a frequência na escola. A educação é um direito de todas e todos, por isso
é dever do Estado garantir seu acesso e sua permanência. Você não deveria frequentar a escola porque
sua mãe obriga, mas sim porque a escola faz parte do seu projeto de vida. A escola é o caminho possível
para minimizar a desigualdade social existente em nosso país e romper com o ciclo vicioso das dificul-
dades que insistem em estagnar os/as menos favorecidos/as economicamente.
Inclua a escola em seu projeto de vida! Não há atalhos para encurtar o caminho para a ascensão e
sucesso em sua vida profissional. Não caia no discurso da meritocracia “se você se esforçar, consegue”,
“tal pessoa ocupa uma boa posição porque mereceu”, tenha consciência de que as oportunidades são
desiguais, por isso, você precisa ter muito mais determinação do que outros para atingir seus objetivos,
mas não deixe que isso te desanime ou te paralise.
“Quando você nasce pobre, o maior ato de rebeldia contra o sistema é você ser estudioso.”
(Autor desconhecido)
128
REFERÊNCIAS
ATIVIDADES
1 — Elabore um texto sobre quem é você, quais são os seus desejos e tudo que faz sentido para você.
Sugestões:
• Qual é seu nome?
• Por que seus pais lhe deram esse nome?
• Quando e onde você nasceu?
• Conte sobre seu pai, mãe ou responsável.
• Entre os seus familiares, com quem você mais se parece?
• Tem algum filme ou livro que marcou a sua infância?
• Alguma história que te influenciou de alguma forma a ter as suas características que você
tem hoje?
• Você gosta de séries de TV?
• Como foi sua vida escolar durante o ensino fundamental, você sofreu algum tipo de bullying
(preconceito)?
• Você concluirá os estudos com 18 anos? Se não, por quê?
• Quais são os seus planos quando encerrar o ensino médio?
• Você trabalha?
• Qual foi o momento mais feliz que teve em toda a sua vida?
• Que tipo de música você costuma ouvir?
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• A religião é uma parte importante de sua vida familiar? Em caso afirmativo, qual é a religião de
sua família e o que isso significa para você? Em caso negativo, por qual razão?
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Educação.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Educação e Tecnologias.
HABILIDADE(S):
Entender a relação entre Educação e mercado de trabalho.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Impactos das Tecnologias na Vida Social, Globalização, Terceirização.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia, História, Matemática, Literatura e Língua Portuguesa.
EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS
Carlos Andrés Otto
Bem-vindas/os estudantes para a última semana do PET IV. Vamos entender a importância da edu-
cação formal e da escola para a sua entrada no mercado de trabalho, mercado este que necessita cada
vez mais de uma mão de obra altamente qualificada. Dessa forma, as pessoas devem exigir uma educa-
ção pública de qualidade para todas as crianças, adolescentes e jovens.
Um estudo publicado em 2015 indicava que o mercado da indústria educativa girava em torno de
quatro mil trilhões de dólares por ano. Outra pesquisa de 2016 apontava que a educação em plataformas
digitais mobilizou cento e sessenta e cinco bilhões de dólares, com um crescimento esperado de 5%
até 2021. Trata-se de um novo mercado educativo baseado em metodologias de ensino remoto e Ensino
à Distância (EaD), constantemente em expansão.
Contudo, temos sempre que levar em conta que esse investimento é feito nas plataformas da rede
de ensino privada, ou seja, são serviços pagos. Apenas pessoas que podem pagar conseguem acessar
tais serviços, ou o governo precisa pagar por tais serviços para aquelas pessoas que não podem pagar.
A Pandemia do COVID-19 acelerou um processo que vinha crescendo cada vez mais, o EaD — Ensino
à Distância. Para que o sistema EaD funcione bem, é preciso uma adaptação de professoras/es e alu-
nas/os para uma realidade diferente do ensino presencial.
Existem pontos negativos que com certeza estão dificultando este teletrabalho, como discutimos
nas semanas anteriores. Por outro lado, existem também pontos positivos, principalmente para aque-
las/es estudantes com um bom acesso às tecnologias.
Esta nova estrutura de ensino por meio das tecnologias pode promover a proliferação de empresas,
startups (empresas jovens que tem como objetivo desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio) e
em experimentos de filantropia em um fluxo interminável, tudo isso para fazer face a cada vez maior
presença de novas tecnologias no mercado de trabalho, principalmente do uso cada vez maior de In-
teligência Artificial, que deixou de ser uma coisa de ficção científica e já é uma realidade. Ano passado
no jornal New York Times foram publicadas mais de 350 matérias escritas por robôs, robôs esses que já
fazem parte da indústria automotiva há vários anos.
Um trabalhador com ensino superior completo recebe um salário 5,7 vezes maior que as/os pro-
fissionais que não cursaram faculdade. Apesar do diploma não garantir uma vaga, ele garante às/aos
trabalhadoras/es maiores chances de serem capacitadas/os e consequentemente se estabelecerem
em vagas mais qualificadas.
131
Todas essas transformações tecnológicas são um grande desafio para as novas gerações. Profissões
como desenvolvedor de aplicativos, arquiteta/o de big data, Youtubers, cientista de dados, designer de
interfaces, especialista em marketing digital, operadores de drones, pessoas que gerenciam redes
sociais das empresas, todas essas, não existiam há 10 anos.
Isto nos leva a confirmar a importância fundamental de uma boa formação educacional em um país
que atualmente registra quase 13 milhões de pessoas desempregadas.
No Brasil falta mão de obra qualificada, que é quando o trabalhador possui formações específicas
em determinadas áreas, garantidas através de cursos técnicos ou de graduação ou pós-graduação.
Há poucos investimentos no ensino profissional público, ou seja, sem uma educação de qualidade, a
parcela mais pobre do país não tem acesso a empregos com melhores salários e qualidade laboral, as
desigualdades aumentam.
Como vimos nos PET 2, o Brasil é um país muito desigual, possuindo altas taxas de violência e falta
de investimentos em estruturas de serviços básicos aliados à falta de apoio governamental para a Edu-
cação vão influenciar diretamente no tempo de escolaridade e o abandono escolar que também se dá
pela necessidade do sustento familiar.
Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que a média
de escolaridade no Brasil é de apenas 7,8 anos, a menor da América do Sul, liderada pelo Chile, com
9,7 anos, Argentina, com 9,3 anos e Bolívia, com 9,2 anos.
A Educação Brasileira enfrenta muitos desafios, além da dificuldade de permanência dos estudan-
tes na escola, podemos destacar o número expressivo de analfabetos, os entraves na universalização
do acesso, principalmente, na Educação Infantil e no Ensino Médio, a necessidade de melhoria da infra-
estrutura das redes públicas de ensino, e a formação e atratividade da carreira de professor.
O reconhecimento das demandas e a busca por estratégias de resolvê-las são crucias. O Plano Nacional
de Educação (PNE) representa o instrumento de planejamento da educação brasileira que busca resolver
esses desafios, por meio da apresentação de diretrizes e metas para serem cumpridas no espaço temporal
de 10 anos. O PNE em vigor foi homologado pela Lei nº 13.0005/2014 e tem validade até 2024. Duas, das dez
diretrizes presentes no PNE merecem a nossa atenção são elas: universalização do atendimento escolar
e a valorização dos (as) profissionais da educação, pois delas desdobram metas e ações que resultam na
reforma do Ensino Médio — EM, e na qualificação dos profissionais da educação. A primeira ação direciona-
da para o EM busca estratégias de garantir não só o acesso, mas também a permanência e o aprendizado
dos estudantes nessa etapa, compreendendo ela como importante para formação integral dos estudantes.
A segunda que visa melhorar a qualificação do professor, apresenta ações de formação inicial e continuada,
além de definir percentuais para qualificação dos educadores nos níveis de especialização, mestrado e dou-
torado. Cabe ressaltar, que o PNE é uma lei, dinâmica que deve ser lida, revisitada por todos os interessados,
e o seu cumprimento é objeto de monitoramento contínuo pelo Ministério da Educação, pelas comissões de
educação, pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Fórum Nacional de Educação.
As metas e ações apresentadas pelo PNE, começam a ser percebidas, por meio da melhoria do Índi-
ce de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que tem apresentado médias crescentes ao longo
dos anos. Em 2015, por exemplo, a média das notas nos anos iniciais do Ensino Fundamental ficou em
5,5, ultrapassando a meta que era de 5,2. A melhoria é incipiente, mas já indica um avanço.
Contudo, é preciso oferecer cursos de formação e atualização para nossos educadores, dando
condições para que eles desenvolvam aulas mais completas e ricas de conteúdo, tendo, inclusive, a
tecnologia como aliada. Eles precisam ter acesso às metodologias inovadoras de ensino, moderna e
instigante, que contribua não só para construir os conceitos, teorias e conteúdos didáticos tradicio-
nais, mas que proporcionem aos alunos desenvolverem também, a criatividade, a vontade de ler e de
buscar novos conhecimentos, habilidades cognitivas e sócio emocionais fundamentais para prepará-
-los como cidadãos e para o novo mundo do trabalho.
132
REFERÊNCIAS
ATIVIDADES
Esta semana nosso exercício propõe a você desenvolver uma atividade que muitas sociólogas/os
fazem constantemente: entrevistar pessoas!
Entreviste uma/um amiga/o ou uma pessoa da família, uma/um vizinha/o, alguém que você tenha
liberdade e que esteja em alguma vaga no mercado de trabalho, ou seja, que esteja trabalhando,
em qualquer função. Pergunte a ela:
— Que tipos de tarefas você desenvolve no seu dia a dia do trabalho?
— Como a escola te ajudou no trabalho que faz atualmente?
— O que você mudaria na escola para que ela possa te ajudar ainda mais no seu trabalho?
— Se você pudesse dar um conselho para você mesma/mesmo quando estava no Ensino Médio ou
Fundamental, que tipo de conselho você se daria?
Registre as suas respostas no caderno e escreva um parágrafo refletindo sobre as respostas da pes-
soa entrevistada.
133
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
Compreensão escrita (leitura).
TEMA 8:
Escuta (compreensão oral).
Já pensou em quantos provérbios a língua Portuguesa tem, envolvendo comida? Exemplos: O apressa-
do come cru; Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza; Estou comendo o pão que o diabo
amassou; É preciso saber comer o mingau pelas bordas; A fome é má conselheira; e tantos outros, que
podem nos ensinar muitas coisas.
Nós, mineiros, temos paixão por comida. Ela está presente em diferentes momentos no nosso dia a
dia. Existem vários programas que falam sobre comida. Esse será o tema deste PET, com todas as
suas delícias.
134
ATIVIDADES
a) What is your first idea you have when you see these pictures?
b) Do you like fast food or do you prefer healthy food, like vegetables and fruits?
135
ATIVIDADE 2 Vamos conhecer a música de Victoria Justice, Favorite Food, disponível em:
https://www.letras.mus.br/brilhante-victoria/1822264/. Acesso em: 13 jul. 2020.
FAVORITE FOOD
Brilhante Victoria
But then here’s what I’ll do,
What I like about cheese, Here is what I’ll do,
is that you can put it on veggies, Share some of mine with you.
and it tastes, (Yummy, yummy,)
Mmm mmm so good (Ooohh, in my tummy)
[Cat] (Ooohh, yummy yummy.)
(Yeah!) All of my favorite foods
I like to talk about food, (Yummy, yummy)
‘Cuz it’s my favorite thing to do, (Ooohh, in my tummy)
Every treat from yellow to blue, (Ooohh, yummy yummy.)
red to green, so lets all sing! Well, I like noodles in a bowl,
[Chorus] Chicken nuggets make me lose control,
Tell me all about your favorite foods, ‘Cause they taste
[Robbie] Mmm, mmm, so good
(Mine is pizza!) [Cat]
[Jade] (Yeah!)
And I like hamburgers, too. [Chorus]
[Cat and Andre]
I’ll eat ice-cream cake,
till my tummy aches
2 — Que tipo de comida é muito consumida nos Estados Unidos? Justifique sua resposta com trechos
da música.
4 — Nem sempre, o problema é apenas a qualidade daquilo que se come, mas, sim, a quantidade.
Em que versos da música essa afirmativa fica bem evidente?
5 — Sabemos que o texto de Victoria Justice é uma música. Nela podemos identificar algumas carac-
terísticas do discurso oral como: traços de informalidade, hesitações, indicadores de interrup-
ção, coloquialismo. Identifique e liste esses traços.
136
SEMANA 2
EIXO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
Compreensão escrita (leitura).
Noodles é um macarrão instantâneo, conhecido no Brasil como “miojo”. No Japão e Estados Unidos,
ele é tão consumido, que há restaurantes e máquinas para venderem esse tipo de comida. Além de
ser cozido na panela, pode-se acrescentar água quente no próprio pote e comê-lo nesse recipiente
mesmo, por isso é considerado prático para quem vai comer na rua. Há quem escolha as comidas
rápidas pela praticidade. Além disso, existe muita publicidade envolvendo os restaurantes fast food
ao redor do mundo.
137
ATIVIDADES
138
SEMANA 3
EIXO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
Compreensão escrita (leitura).
TEMA 2:
Produção Escrita.
ATIVIDADES
1 — Ainda sobre a publicidade dos restaurantes fast food, vamos ler trechos de um texto. A versão
encontra-se disponível em: https://awgsalesservices.com/2016/04/21/color-psychology-in-food-
-marketing/. Acesso em: 13 jul. 2020.
a) Observe bem essas logomarcas. O que elas têm em comum? (Após ler o texto a seguir, volte a
essa questão e verifique sua resposta).
139
IN BLOG, GRAPHIC DESIGN, LISA
Já os tons e
são usados por restaurantes que vendem comidas mais ,
, ,
, pois para as pessoas que se preocupam em comer saudavel-
mente, essas cores são .
140
A cor é usada por ,
porque essa cor não . Por que isso acontece? Porque não há
.
3 — Agora que você aprendeu sobre as cores que devem ser usadas na publicidade de diferentes tipos
de comida, faça uma propaganda. Crie uma frase atrativa em inglês para convencer as pessoas
a comprarem seu produto (volte nas frases usadas desde o início do material). Desenvolva uma
logomarca com as cores apropriadas para o tipo de comida que vai vender, crie um nome atrativo
para sua empresa e escreva os produtos que serão comercializados num menu para ser circulado
na internet.
141
SEMANA 4
EIXO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA 1:
Compreensão escrita (leitura).
ATIVIDADES
FOOD | HEALTH
OUTRAGEOUS EATS: SOME FAST FACTS ON FAST FOOD
BY FAZE STAFF
Convenience comes at a price. Fast food may be cheap, but your body and your health are paying for it,
big time. Here are some stats that may surprise you.
142
FONTE: FAZE TEEN, disponível em: https://fazeteen.com/fast-facts-fast-food/.
Acesso em: 14 jul. 2020.
1 — De acordo com a matéria, por qual motivo a comida rápida é tão consumida?
2 — Essa é uma das situações que se pode dizer que “o barato sai caro”? Retire do texto a frase que
reforça sua resposta.
3 — Em qual seção da revista está veiculada essa matéria? Qual o principal objetivo dela?
4 — De acordo com o quadro nutricional, responda se as frases são VERDADEIRAS ou FALSAS e jus-
tifique sua resposta:
a) Como os tacos possuem salada, eles têm poucas calorias.
c) O sanduíche de bacon do A&W’s possui a maior taxa da gordura já proibida em alguns países
por ser extremamente prejudicial à saúde, pois aumenta os níveis de colesterol ruim e diminui
a taxa de colesterol bom.
d) Os tacos têm quase metade de calorias que é tido como referência diária para um homem
adulto e mais da metade que o recomendado para uma mulher adulta.
e) O quadro nos mostra que todas as comidas apresentadas, exceto os sanduíches de frango e
os que contêm salada, são prejudiciais à saúde, pois podem causar doenças cardiovasculares,
aumento do colesterol ruim e obesidade.
143
5 — Sabe-se que a má alimentação contribui muito para a obesidade. Esse problema está presente em
várias partes do mundo. Analise as imagens a seguir e responda as questões:
3 — Qual é o órgão responsável pelo fornecimento dessas informações? Pode-se dizer que é uma ins-
tituição que tem autoridade para falar do assunto? Justifique sua resposta.
144
FONTE: WORLD HEALTH ORGANIZATION, disponível em: https://www.who.int/images/
default-source/maps/global_obesity_2016_female.png?sfvrsn=8e0dfc1d_0. Acesso em: 14 jul. 2020.
REFERÊNCIAS
Texto da 3a SEMANA:
LISA. Color Psychology in Food Marketing. In: Blog. Sales Services. April 21, 2016. Disponível em: https://
awgsalesservices.com/2016/04/21/color-psychology-in-food-marketing/. Acesso em: 14 jul. 2020.
Texto da 4a SEMANA:
ARAN, Kristen. Outrageous Eats: Some Fast Facts On Fast Food. In FazeTeen Magazine. Disponível em:
https://fazeteen.com/fast-facts-fast-food/. Acesso em: 14 jul. 2020.
145
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ACOLHIMENTO AO ESTUDANTE
Nas próximas quatro semanas estudaremos sobre atividades pertinentes ao componente curricular de
Educação Física.
• 1a SEMANA — Será abordado o novo conceito da Organização mundial da Saúde sobre o “processamento” dos
alimentos, estes serão divididos em alimentos in natura até alimentos ultraprocessados.
• 2a SEMANA — Será desenvolvido o conceito sobre jogos cooperativos que são as dinâmicas de grupo que
promovem, a cooperação, o espírito de equipe e a ajuda mútua entre os integrantes dos times. Como desen-
volver as habilidades socioemocionais por meio dos jogos cooperativos.
• 3a SEMANA — As mulheres no esporte. O simples fato de ser mulher é um desafio muito grande. Pouca inser-
ção no mercado de trabalho, cargos e salários desiguais aos dos homens, poucas oportunidades, falta de
respeito, violência, feminicídio, assédio, entre tantos outros percalços fazem parte da vida das mulheres até
hoje. E no esporte isso é diferente?
• 4a SEMANA — Educação Física e Inclusão. Compreender qual a importância da inclusão na Educação Física esco-
lar, os mitos e desafios enfrentados pelas pessoas com deficiências na busca pelo respeito e autonomia.
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
GINÁSTICAS.
Temas: Ginástica Geral, Ginástica Localizada, Ginástica de Academia, Caminhada.
TÓPICO:
13. Balanço calórico.
HABILIDADE(S):
13.1. Compreender a relação entre a atividade física, dieta, balanço calórico e saúde.
13.3. Avaliar a importância da atividade física na prevenção e tratamento da obesidade.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Alimentação.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Todas as disciplinas.
146
Texto elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais/ Coordenação de Promoção da
Alimentação Adequada e Saudável e Atividade Física, com base no Guia Alimentar para a População
Brasileira. O Guia Alimentar para a População Brasileira se constitui como instrumento para apoiar e
incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, e propõem que alimentos in
natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal,
sejam a base da alimentação.
são obtidos diretamente de plantas ou animais sem que tenham sofrido qualquer
Alimentos in natura:
alteração. Ex: frutas, legumes, hortaliças, castanhas, carnes, leite, ovos.
são alimentos in natura que passam por alguns processos (como remoção de
partes não comestíveis ou indesejáveis, fermentação, pasteurização ou congela-
Alimentos minimamen- mento) para chegarem com qualidade ao consumidor. As alterações são mínimas.
te processados: Esses alimentos não recebem sal, açúcar, óleos, gorduras, nem outros ingredien-
tes. Ex: arroz, feijão, farinhas, frutas secas, suco de frutas pasteurizado sem açú-
car, leite pasteurizado, suco de água potável, café, etc.
são alimentos in natura ou minimamente processados que recebem sal, açúcar, vina-
gre ou óleo para, principalmente, durar mais tempo. Ex: vegetais em conserva (pre-
Alimentos processados:
servados em salmoura ou solução de sal e vinagre), frutas em calda, carne seca, sar-
dinha e atum enlatados, queijos, pães feitos de farinha de trigo, leveduras, água e sal.
147
Como exemplo, na figura abaixo, temos o abacaxi como alimento in natura, o abacaxi em calda (abacaxi
adicionado de açúcar) como alimento processado e, como um alimento ultraprocessado, o suco em pó
de abacaxi, que possui uma grande lista de ingredientes, entre corantes, aromatizantes, espessantes,
com alta concentração de açúcar e baixa quantidade de abacaxi.
As principais recomendações para uma alimentação adequada e saudável apontadas pelo Guia
(BRASIL, 2014, p. 49) são:
148
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1 Reflita!
Para que se tenha uma alimentação saudável, não basta saber o significado dos nutrientes e o valor nu-
tritivo dos alimentos. É necessário saber utilizar essas informações no dia a dia, a começar pela escolha
do alimento a ser consumido até o momento em que será preparado e ingerido. Para isso, torna-se de
extrema importância conhecimentos como seleção, preparo, rotulagem e conservação dos alimentos.
Para auxiliar na reflexão sobre como estamos nos alimentando, voltaremos no tempo para repensar
como era a alimentação em cada período vivenciado pelo ser humano. Escreva no quadro abaixo:
1 — Quais os tipos de alimentos consumidos?
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Periodiza%C3%A7%C3%A3o_da_hist%C3%B3ria>.
Acesso em: 17 de julho de 2020.
149
ATIVIDADE 2
1 — (VUNESP — 2019 — adaptada) O Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde,
2014) é um importante instrumento norteador para a aquisição de gêneros alimentícios. Neste
contexto, o Guia Alimentar supracitado propõe a redução da ingestão de alimentos ultraproces-
sados.Assinale a opção em que o alimento é ultraprocessado.
a) ervilha congelada.
b) queijo prato.
c) biscoito recheado.
d) açúcar demerara.
e) carne seca.
2 — (FUNDEP — 2016 — adaptada) Sobre as novas diretrizes para uma alimentação saudável destacadas
no Guia Alimentar da População Brasileira, assinale a alternativa CORRETA.
a) O novo Guia recomenda que não haja consumo de gorduras, óleos e sal.
b) Os alimentos processados que são alimentos adicionados de açúcar, sal ou óleo, como con-
servas de legumes, compota de frutas e queijos são produtos relativamente simples e devem
ser consumidos com moderação.
c) Os alimentos ultraprocessados são feitos em geral por indústrias de grande porte, envolvem
diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes e podem ser consumi-
dos normalmente, pois favorecem o comércio e afetam de forma desfavorável a cultura e o
meio ambiente.
d) Os alimentos ultraprocessados podem ser consumidos por serem boas fontes de micronutrientes.
150
3 — São exemplos de alimentos in natura, processados e ultraprocessados, respectivamente:
a) Peixe, fruta em calda e sardinha enlatada.
b) Pêssego em calda, macarrão instantâneo e salgadinho de pacote tipo “chips”.
c) Batata, salsicha e leite pasteurizado.
d) Banana, queijo e peixe empanado tipo “nuggets”.
REFERÊNCIAS
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015 —
PeNSE 2015. Rio de Janeiro: IBGE. 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. — 2. ed., 1. reimpr. — Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil
/ IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. — Rio de Janeiro: IBGE, 2011.
Campanha 1,2, 3 e já! Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/obesidadeinfantil/
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Acesso em: 1 de junho de 2020: https://sisaps.
saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/index.
Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável:
Ensino Fundamental I [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade do Estado do Rio
de Janeiro. — Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável:
Ensino Fundamental II / Ministério da Saúde, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. — Brasília:
Ministério da Saúde, 2019.
151
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
JOGOS E BRINCADEIRAS.
Temas: JOGOS DE RUA, JOGOS DE SALÃO E CAPOEIRA.
TÓPICO:
8. A diversidade cultural dos jogos e brincadeiras.
HABILIDADE(S):
8.1. Vivenciar jogos e brincadeiras de cada tema.
8.3. (Re)criar jogos e brincadeiras em função dos sujeitos, espaços e materiais.
8.4. Avaliar a participação coletiva e compartilhada nos jogos e brincadeiras.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cooperação, gentileza, colaboração, participação, convívio social.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Todas as disciplinas.
Os jogos Cooperativos têm por objetivo unir pessoas e reforçar a confiança em si mesmo e nos outros.
As pessoas geralmente participam verdadeiramente, pois ganhar ou perder não é o que realmente im-
porta, e sim o processo como um todo.
152
Neste sentido entende-se jogos cooperativos como:
“Dinâmicas de grupo que tem por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de coopera-
ção, isto é, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável no campo das relações so-
ciais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em
que os jogos são eles próprios, experiências cooperativas.” (BARRETO, 2000 apud SOLER, 2008, p.68)
Fonte: TEXTO PRÓPRIO — Projeto Jogos Cooperativos: uma proposta para mediação de conflito, apresentado por Idelcio Fernandes
Ferreira para participação da Capacitação de Professores de Educação básica no Canadá, 2019.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
“Entendo Cooperação e Competição como processos distintos, porém, não muito distantes. As
fronteiras entre eles são tênues, permitindo um certo intercâmbio de características, de maneira que
podemos encontrar em algumas ocasiões, uma competição-cooperativa e noutras, uma cooperação-
competitiva.
Admitindo essas aproximações, faz-se necessário redobrar a atenção sobre a dinâmica Coopera-
ção-Competição, pois sendo menos rigorosa a distinção entre elas, poderemos estar ainda mais sujei-
tos a cometer equívocos.”
Fonte: Brotto, 1999, p. 28
153
ATIVIDADE 2 Responda as questões
1 — (CETRO - 2013) Os jogos cooperativos ajudam as pessoas a aprender a trabalhar em grupos e não
se destinam à uma faixa etária específica em cada jogo, participam desde crianças até adultos.
Sobre seus objetivos, é correto afirmar que:
a) se aprende a considerar o outro não como adversário, mas como participante. Apesar disso,
cada um pode, se quiser, priorizar o seu lado e desenvolver a individualidade.
b) reforçam a confiança em si mesmo e nos outros, porque ganhar e perder são apenas referên-
cias para o contínuo aperfeiçoamento pessoal e coletivo.
c) devem ser o único tipo de jogo a ser aplicado em aulas para crianças entre 7 e 12 anos, pois aju-
dam a compreender que competir não é saudável, sobretudo na sociedade contemporânea,
onde os valores de compartilhamento não são considerados importantes.
d) trouxeram inovação às aulas de Educação Física, cujo acervo de atividades estava restrito aos
esportes e às ginásticas.
e) o objetivo maior é agir em conjunto para superar um desafio ou alcançar uma meta melhor do
que o outro time/ equipe.
https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/578744. Acesso em: 11/07/2020.
2— (FUNIVERSA—2015) Nos jogos cooperativos, o resultado representa a ideia de que todos ganham
e que não há perdedores. Já os jogos competitivos, quando bem ensinados, representam uma
preparação para enfrentar desafios, enfocando auto superação, perseverança e determinação.
Em relação a esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) Competição é um processo de interação social em que as ações são compartilhadas e os ob-
jetivos são comuns, uma vez que todos tentam alcançar uma meta.
b) Cooperação é um processo de interação social, em que os objetivos se excluem mutuamente
e as ações são isoladas ou se opõem umas a outras.
c) Competição e cooperação são determinadas por fatores inerentes ao ser humano.
d) Cooperação e competição são partes do mesmo todo, o que permite certo intercâmbio de
características entre esses dois conceitos.
e) Em jogos cooperativos, no final de uma partida, a equipe vencedora ensina à equipe perdedo-
ra as estratégias ou táticas de sucesso utilizadas.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/16ee43bc-ad. Acesso em: 11/07/2020.
154
3 — Elaborar um jogo
Elabore um modelo de jogo cooperativo com lógica solidária, que possa ser executado no retorno
das atividades escolares presenciais, levando em conta: participação de todos os estudantes de
sua turma, regras simples, inclusão. Elencando os elementos orientadores da estrutura e organi-
zação do mesmo.
155
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
ESPORTE.
Temas: Handebol, Basquete, Voleibol, Futsal, Atletismo, (Corridas e Saltos), Peteca.
TÓPICO:
5. Esporte, lazer e sociedade.
HABILIDADE(S):
5.3. Compreender o esporte como direito social.
5.5. Relacionar os princípios da competição esportiva com a competição na sociedade capitalista.
5.7. Analisar o esporte na perspectiva da inclusão /exclusão de sujeitos.
5.8. Analisar a profissionalização do esporte de alto rendimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
A inclusão da participação feminina no esporte de rendimento.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Todas as disciplinas.
TEXTO 1
A cultura persistente que considera a existência de uma hierarquia entre gêneros, dissemina a cren-
ça de que “esporte não é coisa de mulher”... tal crença se tornou uma máxima que vigorou durante mui-
tos e muitos séculos no mundo. Na Grécia Antiga, por exemplo, acreditava-se que as mulheres ficariam
masculinizadas com a prática de exercícios. Além de ser exclusiva aos homens, as mulheres eram proi-
bidas até mesmo de assistir aos jogos, sob a pena de morte, já que geralmente os atletas estavam nus
durantes as disputas.
Durante a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, as mulheres conti-
nuavam sendo proibidas de participar. Como forma de protesto, a grega Stamati Revithi realizou
o percurso da maratona do lado de fora do estádio. Ela completou o percurso em 4 horas e meia,
conquistando índice menor que muitos homens que disputavam a prova, mas apesar disso, não teve
o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Fonte: Esporte-iG @ https://esporte.ig.com.br/maisesportes/2017-03-08/10-mulheres-historia-esporte.html (adaptado).
Acesso em: 17 de julho de 2020.
156
TEXTO 2
PARTICIPAÇÃO FEMININA NO ESPORTE
Bate-papo com a presença da ex-futebolista Juliana Cabral e da jornalista esportiva Roberta Nina
debate a representatividade das mulheres no esporte
Nos dias 9 e 10 de agosto, o I Congresso de Educação Esportiva: O Esporte e seu potencial trans-
formador recebeu a ex-futebolista Juliana Cabral e a jornalista esportiva Roberta Nina para a oficina
“Participação feminina no esporte”. Apesar dos grandes avanços que a luta pela equidade de gênero
tem proporcionado, as mulheres ainda vivenciam dificuldades no acesso ao esporte, recebendo menos
investimento e menores salários.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Relatório Na-
cional de Desenvolvimento Humano do Brasil de 2017, mulheres praticam menos atividades físicas que
os homens. A pesquisa também revela que a renda das mulheres é 28% inferior, mesmo apresentando
níveis educacionais mais elevados e que essas desigualdades têm um peso decisivo na distribuição da
prática de atividades físicas e esportivas na população.
Enquanto 41,4% dos homens praticam futebol, apenas 2,7% das mulheres estão envolvidas com a
modalidade. Para Roberta Nina, jornalista na página “Dibradoras”, o futebol é um exemplo fundamental
na hora de falar sobre a participação feminina. “Havia um decreto que impedia as mulheres de atuar. Até
1941, uma lei proibia mulheres de jogar futebol. Quando abordamos a participação feminina no esporte,
temos que falar da história das mulheres. Temos feitos recentes que ninguém lembra, como em 2007
quando o futebol feminino foi finalista da Copa do Mundo. Hoje, as pessoas estão vendo que existe fu-
tebol e esporte feminino. A Copa deste ano vai mudar essa visão com a cobertura da TV aberta e outros
países investindo”, diz.
Em 2019, a Copa do Mundo Feminina foi transmitida na TV aberta pela primeira vez, o que abre um
horizonte promissor quanto a participação das mulheres no esporte. Na visão de Roberta Nina, é fun-
damental que as novas gerações reforcem o posicionamento de igualdade: “A gente já ouviu de muitas
meninas a reclamação de que, por muitas vezes na própria escola, elas eram impedidas de jogar fute-
bol. Que era um esporte de meninos. A mudança no comportamento vai passar por essa geração. Eu
mesma, quando tinha 14 e 15 anos, sempre queria jogar futebol com os meninos e nunca tive acesso.
A minha relação com o futebol começou fora do ambiente escolar. Falta a instituição oferecer o esporte
como algo para ambos os sexos. A gente tomou conhecimento de coletivos de alunas que têm se movi-
mentado para a igualdade”, conta.
O ambiente criado com o despontar de referências com Marta, seis vezes melhor jogadora do mun-
do e maior artilheira da história das Copas, incluindo a masculina, reforça a necessidade de igualda-
de entre homens e mulheres no esporte. “A representatividade de ver uma Marta, uma Formiga e uma
Cristiane jogando bola, reforça a vontade de que as meninas pensem em chegar onde essas jogadoras
estão. Agora é obrigatório que os clubes grandes tenham times femininos. Foram anos de lacuna em
que os ídolos homens se perpetuaram. Agora temos referências femininas. Essa lógica está mudando.
A geração atual já nasceu empoderada. A perspectiva é muito boa”, conclui.
Fonte: Impulsiona. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/participacao-feminina-no-esporte/>.
Acesso em: 16 de julho de 2020.
157
A seguir, são apresentadas algumas representatividades femininas, em alguns esportes. São mulhe-
res que foram campeãs em campeonatos internacionais e olímpicos.
Com apenas 17 anos, brasileira Maria Lenk foi a primeira sul-ame-
ricana a participar de uma Olimpíada, em 1932. Mesmo não chegando
ao pódio, o feito é considerado um marco para a história do esporte
nacional. Ela é, até hoje, vista como a principal nadadora brasileira
da história e única mulher do país a entrar para o Hall da Fama da
natação.
158
ATIVIDADES
REFLITA!
1 — Após a leitura dos textos e da apreciação das imagens das atletas brasileiras, responda às ques-
tões abaixo com objetivo de refletir sobre a prática, de homens e mulheres, nos diversos esportes
e a participação destes em campeonatos nacionais, internacionais e olimpíadas.
a) Existem esportes só de homens? Quais?
b) Existem esportes só de mulheres? Quais?
c) Em quais esportes as mulheres sobressaem aos homens? Por quê?
d) Em quais esportes os homens sobressaem às mulheres? Por quê?
e) Existe violência nos esportes? Em quais modalidades?
f) Você conhece algum esporte misto, que seja praticado por homens e mulheres?
A partir da leitura dos dados apresentados, aponte 5 possíveis motivos que contribuem para que
as mulheres sejam mais sedentárias e 5 possíveis soluções para essa questão.
Motivos Solução
159
3 — (UEL — 2011) Leia o texto a seguir:
A participação feminina em competições esportivas de alto rendimento teve início, somente,
nas primeiras décadas do século XX. Depois de proibidas de participar da primeira Olimpíada da
Idade Moderna, realizada em Atenas (1896), as mulheres participaram da Olimpíada de Paris (1900)
com 16 representantes nas modalidades de golfe e tênis, correspondendo a 1% dos atletas pre-
sentes. Ao longo do século, apesar do imenso progresso industrial e do desenvolvimento urbano
que implicou numa participação mais ativa da mulher na esfera pública, o esforço para vencer
barreiras e conquistar espaço no esporte foi imenso, a ponto da marca de 40% da representação
feminina em Olimpíada só ter sido alcançada nos Jogos de Sydney em 2000.
(GOELLNER, S. V., O esporte e a espetacularização dos corpos femininos. Labrys, estudos feministas, nº 4, ago./dez. 2003.)
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a resistência à participação das mu-
lheres nos esportes, considere as afirmativas a seguir:
I. A resistência à participação feminina no esporte decorreu da construção social que associava
esporte à ideia de força e agressividade pertinentes ao papel masculino.
II. Assim como ocorreu no esporte, o mercado de trabalho tem registrado um crescimento signi-
ficativo da participação feminina em vários ramos de atividade.
III. O desenvolvimento industrial foi fundamental para a participação das mulheres nos esportes
ao criar drogas químicas que nivelaram os índices esportivos femininos aos dos homens.
IV. As mulheres são menos competitivas do que os homens nas diversas modalidades esportivas,
sobretudo naquelas envolvendo força.
Saiba mais:
História da mulher no esporte.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M5-CgYXJoUQ. Acesso em: 11 de junho de 2013.
Duração: 7min 44seg.
Mulher no futebol.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=5vBp2oOZueo. Acesso em: 11 de junho de 2013.
Duração: 25min 37seg.
160
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
ESPORTE.
Temas: Handebol, Basquete, Voleibol, Futsal, Atletismo, (Corridas e Saltos), Peteca.
TÓPICO:
5. Esporte, lazer e sociedade.
HABILIDADE(S):
5.3. Compreender o esporte como direito social.
5.7. Analisar o esporte na perspectiva da inclusão /exclusão de sujeitos.
5.8. Analisar a profissionalização do esporte de alto rendimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Inclusão, educação física inclusiva, esportes adaptados e esportes paralímpicos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Todas as disciplinas.
161
ATIVIDADES
VAMOS REFLETIR...
2 — Um aluno cego pede para participar de uma partida de futebol na escola. Apresente aqui uma
solução para inclusão desse aluno na partida.
3 — Cite e exemplifique uma situação de exclusão que você já viveu ou viu em uma aula de educação
física.
1 — Qual das situações abaixo representa a exclusão nas aulas de Educação Física.
a) Um aluno por não ser bom jogador não é permitido fazer a de fora.
b) O professor coloca todos os melhores jogadores sentados para que somente os com mais
dificuldade participem.
c) Um aluno com deficiência física não pode fazer aula porque a quadra tem muitos lances de
escada.
d) Todas as situações anteriores.
2 — Uma aluna gosta de jogar futebol com os meninos, qual orientação o professor pode dar aos alu-
nos para que a aluna participe e não se sinta privilegiada ou excluída na atividade.
a) Pedir aos meninos que só dêem 2 toques na bola.
b) Só valerá gol se a bola passar pelos pés da aluna.
c) O professor explica aos alunos que no futebol, o excesso de uso da força é falta, independente
do tamanho, força ou gênero e que não há problema algum na participação mista na partida.
d) O professor deve colocá-la somente no gol para que ela participe.
162
3 — Produção de Texto
No contexto social brasileiro, o país representa um quadro panorâmico enorme de deficientes que
necessitam de acessibilidade. Constitui-se essa lacuna o direito de ir e vir. Devido a isso surge a
necessidade de desenvolver um Brasil que seja acessível para todos, onde estes tenham possibi-
lidades de locomoção independentes de suas limitações.
Baseado na imagem onde se apresenta a falta de acessibilidade, elabore um texto argumentativo
apresentando sugestões para a melhoria da acessibilidade para as pessoas com deficiência seja
na escola ou em outros espaços públicos.
L
L A E STADUA
ESCO
163
4 — A inclusão de estudantes com deficiência em educação física ou esportes deve ser gradual ini-
ciando por exercícios leves, simples e básicos. A inserção desses estudantes nas modalidades
adaptadas além dos impactos positivos para inserção social desses estudantes e da melhoria
na qualidade da relação consigo mesmo, tem probabilidade de trazer inúmeros benefícios para a
saúde física e para a evolução em alguns tratamentos.
Você já vivenciou algum destes esportes na Educação Física escolar? Qual? Descreva sua ex-
periência e se lembrar escreva algumas regras.
1 2
3 4
164
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
AULA 18:
A vida em paz e o “melhor mundo do mundo” (Parte 1).
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Relações dos conflitos.
HABILIDADE (S):
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
— Mediação de conflitos;
— Solidão e individualismo.
INTERDISCIPLINARIDADE:
— Administração de conflitos;
— Participação em projetos comuns e compreensão do outro – possíveis de serem explorados em todos os
componentes da BNCC.
Caro estudante,
Na aula anterior: Ética e moral: São coisas da Filosofia? Você refletiu sobre os valores que orientam o
comportamento das pessoas e o que é ética e moral. Certo? Além disso, você aprendeu que as atitudes
humanas, o que é certo ou errado advém do que é moral e dos bons costumes de uma sociedade. Você
lembra disso?
Nesta aula você vai pensar sobre a Paz como valor pertencente a cada pessoa. Você vai refletir sobre
os conflitos ocasionados pela convivência e como a paz pode estar presente nas pequenas ações do
cotidiano: no jeito de se comunicar com os outros, na forma de lidar com os conflitos e sentimentos –
como a frustração e raiva, na sua capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças e ser tolerante.
164
Por falar em Paz, você sabia que pode ser um construtor da Paz? É, isso mesmo! Cada pessoa pode
influenciar com sua maneira de agir um grupo de pessoas que têm contato para sejam construtoras
da Paz. Isso é uma questão de escolha e o único caminho para a construção de uma paz verdadeira
e duradoura.
O que deixa você em Paz? Você sabe como viver em Paz? Vamos refletir?
Bons estudos!
ATIVIDADES
Muitas vezes as pessoas falam sobre a Paz como um modo de viver, como se tivessem
pessoas que vivem em Paz e outras que não tem essa mesma “sorte”. É difícil pensar
que alguém viva em Paz o tempo inteiro ou que existam pessoas que não consigam ter
Paz. Para entender o que estas pessoas pensam a respeito da Paz, é necessário saber
o significado e assim buscar compreender todas as possibilidades em relação a este
assunto que rodeia a sociedade o tempo todo.
Uma das coisas mais importantes em relação à Paz é saber que exis-
te uma Paz que está dentro de cada uma das pessoas, a tão desejada
“paz interior”e que é a partir desta Paz interior que a Paz no mundo
pode de fato existir. Não dá para pensarmos em um mundo sem con-
flitos, sem violência se as pessoas, nas suas individualidades não
conseguem estar em Paz, não é mesmo?
Viver em Paz consigo mesmo é uma escolha, um movimento espiri-
tual, uma atitude de vida e que exige estar disposto a se conhecer
de verdade.
O autoconhecimento permite que as pessoas não se prendam a coi-
sas que são inúteis e passem a aceitar as suas emoções. Cada um é
o único responsável por buscar esta Paz dentro de si e acreditar que
o mundo possa se transformar em lugar agradável.
É claro que cada ser humano tem um mundo dentro de si. Então
então imagine só quantos mundos têm no mundo?! É muita coisa,
não é? Mas cada um desses mundos convive todos os dias, se en-
tende, pensa diferente, se aceita, não se entende, é igual nas suas
diferenças. É intolerante... quanta coisa acontece nesta grande con-
vivência humana! É por isso que os conflitos existem e que todos
precisam saber que mesmo não concordando em tudo, a Paz deve
ser uma busca diária por todas as pessoas. Se cada um procura fazer
sua parte de buscar a sua Paz, teremos todos os mundos buscando
algo comum! Olha que legal!
165
1 — Existem pessoas que dizem que ter saúde as deixam em paz, dormir, comer, rezar, ver sua família
bem, estar com quem ama... tudo isso pode deixá-las em paz! E você, o que te dá Paz?
Então, já sabe a resposta? Mas o mais interessante é que não existe uma resposta única, ou resposta
correta. Cada um tem uma visão de si próprio e se conhecendo bem, sabe o que o deixa em Paz. E para
que cada um se conheça bem, nesta busca pela Paz interior, é necessário que cada um consiga viver a
sua solidão. A solidão permite que cada pessoa se escute e se compreenda melhor.
Agora que já pensou sobre o que te deixa em Paz, é o momento de refletir sobre o que NÃO te dá Paz,
o que lhe tira a paz.É necessário pensar nos dois lados, até para que muitos sentimentos que às vezes
podem surgir, sejam compreendidos.
É muito importante que você consiga enxergar ações, momentos, fatos que não promovem Paz para
você! Da mesma forma que a descoberta da Paz é individual e ultrapassa cada um, chegando à convi-
vência humana, as coisas que não promovem Paz também acontecem desta forma. As pessoas podem
ficar tristes nas suas individualidades ou a partir do que acontece, por exemplo, na sociedade. É comum
ver relatos de algumas pessoas sobre o quanto conflitos, sejam eles violentos ou não, que a desigualda-
de social, preconceito e a solidão tiram a Paz.
3 — Pensando em solidão, você sabia que existem dois tipos de solidão? A verdadeira e a falsa solidão?
Você tem ideia de quais são as diferenças entre elas? Escreva o que vem a sua cabeça sobre isso
e depois veja o que cada uma delas significa:
166
PARA SABER MAIS
A solidão verdadeira – é a que traz paz espiritual, generosidade, proporciona o bem aos outros, é rica
em silêncio e humildade. É quando estamos sozinhos para nos entendermos melhor e não nos sentimos
abandonados pelas outras pessoas.
A falsa solidão – é egocêntrica, pobre e refúgio do orgulho. É quando se tem o desejo de ficar só, mas
não se aproveita este tempo para evoluir, apenas para dar a falsa impressão de que consegue se virar
sozinho e não precisa de outras pessoas.
4 — Pode-se dizer então, que uma leva à paz e a outra não! A paz implica, sobretudo, a
relação de cada pessoa consigo mesma e com o meio em que vive. Acontece a par-
tir de um estado de quietude e calma que existe no interior de cada pessoa. Sobre
isso, leia a crônica de Clarice Lispector e responda às perguntas que seguem:
167
a) “E quanto mais cada indivíduo desenvolve e descobre as fontes secretas de sua própria per-
sonalidade incomunicável, mais ele pode contribuir para a vida do todo”. Fazendo um paralelo
entre a frase mencionada e a paz tida como um estado interior de “estar e viver em paz consigo
mesmo” explique o que você entende sobre isso?
c) “A falsa solidão é quando o indivíduo ao qual foi negado o direito de se tornar uma pessoa, vinga-se
da sociedade transformando sua individualidade numa arma destruidora”. Sobre isso, cite algumas
situações em que a falta de respeito ao ser humano ocasionou algum tipo de conflito violento na
sociedade na qual você vive:
d) Sobre as situações que você mencionou na alternativa anterior, para cada uma delas, sugira
uma maneira pacífica de resolvê-la:
168
PARA SABER MAIS
Thomas Merton (1915–1968) Nascido em Prades, nos Pirineus franceses foi um escritor católico e estu-
dioso das religiões, que abordava em suas obras os grandes problemas sociais de sua época, como a
violência política e religiosa e o seu empenho em promover a paz.
Então, estudante, gostou da aula? Espera-se que nesta aula você tenha conseguido pensar sobre as
relações entre a Paz no mundo e a Paz interior. É muito importante refletir sobre a Paz, a que você leva
consigo e de que forma ela contribui para a Paz no mundo! Até a próxima.
169
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
AULA 18:
A vida em paz e o “melhor mundo do mundo” (Parte 2).
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Necessidade de Paz em conflitos que envolvem a sociedade.
HABILIDADE (S):
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
— Mediação de conflitos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
— Administração de conflitos;
— Participação em projetos comuns e compreensão do outro — possíveis de serem explorados em todos os
componentes da BNCC.
Caro estudante,
Na aula anterior: A vida em Paz e o “melhor mundo do mundo” (Parte 1), você refletiu sobre como as
pessoas buscam a PAZ para viver em um mundo melhor, como ela é importante para cada pessoa e o
que deixa você em Paz! Você lembra disso?
Nesta aula você vai pensar sobre a importância da Paz para a resolução de conflitos gerados na socie-
dade. Como a Paz pode contribuir para o fim dos conflitos entre as pessoas. Vamos nessa?
Bons estudos!
ATIVIDADES
170
IMAGINE IMAGINE (Tradução)
(John Lennon - 1971) (John Lennon - 1971)
You may say I’m a dreamer Você pode achar que sou um sonhador
But I’m not the only one Mas não sou o único
I hope someday you’ll join us Espero que algum dia você se una a nós
And the world will be as one E o mundo irá viver como um
a) Você imagina um mundo como o que é descrito na letra da música? Justifique sua resposta.
171
b) Embora a música seja da década de 70, ela remete as pessoas a pensar em diferentes con-
flitos armados vivenciados pela sociedade ao longo da História. A respeito disso, cite alguns
conflitos que você conhece que eclodiram no mundo e se enquadram em algum tipo de dispu-
ta, como territorial, por autonomia e/ou por recursos:
2 — Em relação a quais conflitos citados na resposta anterior, você assume uma postura de tolerância
ou desacordo? Justifique sua resposta.
172
3 — Não se pode negar o direito de todas as pessoas manifestarem, se posicionarem e quererem mu-
danças melhores para as suas vidas. Entretanto, as pessoas não podem viver ameaçadas pela
existência de conflitos violentos e por isso, deve-se lutar pela construção de um mundo de Paz.
Sobre isso, responda:
a) Como é possível melhorar as relações entre as pessoas, o homem e a natureza?
b) Em sua realidade, seja na família, escola ou comunidade em que vive, o que precisa ser melho-
rado por você para a promoção da Paz?
173
c) Quais as organizações de cooperação, defesa da Paz ou de luta pelos Direitos Humanos que
você conhece?
Então estudante, gostou da aula? A Paz é tão necessária e importante para a vida das pessoas em so-
ciedade, que é fundamental refletir como a complexidade dos conflitos gerados no mundo precisam de
uma cultura de Paz, de cada um e de todos!
Até a próxima.
174
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
AULA 19:
Viver entre gerações.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Diferenças entre gerações, seus conflitos e possibilidades de troca de experiências.
HABILIDADE (S):
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
— Mediação de conflito por meio do diálogo;
— Avanços tecnológicos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
— Sociabilidade (Necessária a todos os componentes curriculares).
Caro estudante,
Na aula anterior você refletiu sobre a PAZ como valor, que quando internalizada por cada pessoa, é
capaz de mudar atitudes em conflitos gerados, por exemplo, pela convivência e contribuir para a cons-
trução de um mundo melhor. Sobre isso, você lembra quais as relações que estabeleceu entre a paz no
mundo e a paz interior? Ou melhor, sobre os conflitos gerados no mundo e a necessidade de paz?
Dando sequência às reflexões das aulas anteriores, essa aula aborda o que é viver entre gerações, ou
seja, como as gerações lidam com as suas diferenças. Sobre isso, você já ouviu falar no chamado “con-
flito de gerações?” É aquele conflito que acontece entre os mais novos e os mais velhos em função
de diferenças culturais, de comportamento, de pensamento, de crenças, entre outras. Esse assunto
é sempre atual, pois não é raro encontrar alguém que já tenha passado por algum momento no qual
não foi entendido pelos mais novos ou mais velhos, ou não compreendeu algum valor daqueles que não
pertencem à mesma geração.
Dessa forma, será que existem mesmo diferenças na forma de pensar e agir dos seus pais, avós e tios?!
Você já observou algumas diferenças entre eles? Alguma vez você já chamou alguém de “careta” ou “an-
tiquado?” E... Será mesmo que as gerações são tão diferentes como se pensa? Esses são alguns ques-
tionamentos trazidos nesta aula para que você possa construir uma visão mais ampla sobre a própria
realidade e a do outro. Vamos lá?
Bons estudos!
175
ATIVIDADES
1 — Você já deve ter escutado alguma pessoa mais velha que você dizendo: — “Isso não
acontecia na minha época!”, “No meu tempo, as pessoas não faziam isso!” Não é ver-
dade? Pensar sobre as gerações é pensar sobre como o tempo contribui com a evo-
lução da sociedade e mais diretamente, como cada pessoa muda com o passar dos
anos! Falar das gerações é falar da evolução da tecnologia, da forma como as pessoas
vivem, dos novos valores que são construídos com a convivência, de como cada pes-
soa pensa e age levando em conta o aprendizado que as outras pessoas o ajudam a
construir. Partindo disso, responda:
a) Se você tivesse a oportunidade de voltar no tempo,
o que será que você acharia da forma de viver dos
seus avós?
b) Se existisse uma máquina para te levar até o futuro, o que você acha que iria pensar sobre
todas as mudanças que ocorreram?
176
PARA REFLETIR
É muito importante entender a variação de comportamento das pessoas em relação a diversos temas
de acordo com cada geração e buscar perceber o valor dessas mudanças de comportamento.
2 — De acordo com o quadro apresentado na sequência, pense nas mudanças que ocorreram em sua
cultura desde o tempo em que seus pais ou avós tinham a sua idade. Converse com as pessoas
mais velhas que convivem com você e preencha a planilha a seguir marcando com um X de acordo
com as respostas:
OBS: Sobre a sua cultura, você pode inserir mudanças que achar necessário no quadro apresentado.
1. Gosto musical
2. Modos à mesa
3. Namoro
4. Vestimenta
5. Pontualidade
6. Formas de tratamento
9. Outros
Total SIM:
177
3 — De acordo com as suas respostas na questão anterior, cite três exemplos de mudanças que você
julga mais marcantes. Vale salientar que não tem problema se você escolher uma mudança posi-
tiva e/ou de impacto negativo na sua vida e/ou na vida das pessoas.
Quais foram as mudanças mais marcantes Qual foi o impacto na sua vida e/ou na vida
na sua vida e/ou na vida das pessoas? das pessoas em relação a essas mudanças?
1. 1.
2. 2.
3. 3.
b) Para você qual é a idade que se começa a ser uma pessoa de idade e o que significa ser uma
pessoa mais velha?
178
PARA REFLETIR
Nós exigimos:
5. Exigimos espaços em que pessoas de todas as idades se encontrem para viver e aprender.
6. Que nosso presente não existisse sem o que os idosos sonhassem, que o futuro dos jovens
não existirá se não soubermos o que eles lutaram.
7. Que entre velhos e jovens não há distância. Que juntos construímos um novo cenário de diálo-
go e respeito.
8. Que um dia, mesmo que os mais jovens não imaginem, você será como nós.
9. Que juntos trabalharemos, a partir de hoje, para que, quando esse dia chegar, todos apreciem
nossa experiência.
10. Hoje assinamos, todos juntos, que estamos começando um novo caminho, de mãos dadas.
Tradução da autora.
Manifiesto por el Día Europeu de la Solidariedad Intergeneracional. Afundación Obra Social ABANCA. 29 de abril de 2019.
Disponível em: https://www.afundacion.org/es/agenda/evento/dia-europeo-da-solidariedade-interxeracional-2019.
Acesso em: maio de 2020.
179
NA ESTANTE
E aí, o que você achou dessa aula? Espera-se que você tenha conseguido reconhecer e valorizar as
contribuições provenientes da troca de experiências com outras gerações. É importante que você
saiba que uma geração não é mais importante do que a outra, mas todas podem conviver de manei-
ra saudável, respeitando todas as opiniões, costumes que cada pessoa tem. O mais importante na
convivência entre as gerações é o diálogo e o respeito, pois é conversando que a gente se entende,
não é mesmo?
180
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
AULA 20:
A organização da vida e das coisas começa em mim! (Parte 1).
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Organização pessoal.
HABILIDADE (S):
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
— Ócio criativo;
— Automatização do tempo.
INTERDISCIPLINARIDADE:
— Regulação do tempo;
— Planejamento e organização pessoal.
Caro estudante,
Na aula anterior você pensou sobre as diferenças que existem entre as gerações, sobre como elas po-
dem conviver respeitando todos os conhecimentos que cada uma pode oferecer e como aprendizados
de pessoas que já viveram um pouco mais que você, ajudam no seu conhecimento, lembra? Agora, o
assunto dessa aula é bem diferente disso! É sobre como a organização pessoal impacta no seu Projeto
de Vida.
Pois bem, você já deve ter escutado alguém falar que tempo é dinheiro, certo? Mas o que isso quer di-
zer? Já parou para pensar o que o tempo representa para você? Como você tem utilizado o seu tempo?
Estas perguntas são fundamentais para começar a entender a importância do tempo não só para mar-
car as horas, minutos e segundos, mas principalmente para o seu Projeto de Vida.
Nesta aula você vai refletir sobre como o tempo pode ser aproveitado para realizar boa parte das ações
do seu Projeto de Vida. Afinal, é necessário utilizar o tempo a seu favor, aproveitando cada instante para
planejar o que será feito no presente com o olhar no futuro. O tempo passa rápido, então utilizá-lo da
melhor maneira é uma boa estratégia para o seu Projeto de Vida.
Vamos lá?
Bons estudos!
181
ATIVIDADES
Observando a forma de vida das pessoas, você pode perceber que nem todo mundo consegue apro-
veitar bem o tempo. Muitas pessoas hoje em dia estão cansadas, sobrecarregadas e falam sempre
que não tem tempo para nada! Será mesmo que elas não têm tempo? O dia permanece com 24 horas
para todas as pessoas. A grande questão é como elas estão utilizando as horas do seu dia.
O tempo e seus sonhos! O cronômetro já deu a largada! Em quanto tempo você atinge
a linha de chegada?
De nada adianta pedir que o tempo não passe tão rápido ou que o dia tenha mais horas para poder
dar conta de tudo o que é preciso. Muito mais importante é que você faça uma análise de como está
aproveitando e em quais ações está gastando ou desperdiçando o seu tempo. Será que o tempo
para ler, para estudar um pouco mais está sendo trocado por alguma ação que não ajuda no alcance
dos seus sonhos? Isso é algo para pensar!
É importante refletir sobre a sua organização pessoal. É através de mudanças nas suas atitudes do
dia a dia e no comportamento, que você pode ter regulação e autonomia. O planejamento de ativida-
des diárias exige a administração do tempo, mas para isso é preciso fazer escolhas, tomar decisões e
estabelecer prioridades que lhe ajudarão no cumprimento de metas do seu Projeto de Vida. Por isso é
importante pensar no que é bom para você!
1 — O que é bom para você? Já parou para pensar nisso? Reflita sobre isso.
2 — Será que as pessoas conseguem se organizar em relação ao tempo e às ações, quando não sabem
o que querem para si mesmas? Leia e reflita sobre os textos a seguir para responder às perguntas
que seguem:
182
Texto 1
BOM PRA VOCÊ – Zélia Duncan
Faça o que é bom
Sinta o que é bom
Pense o que é bom
Bom pra você
A organização da vida está intrinsecamente ligada ao saber elencar o que é prioridade para as pessoas,
seja no âmbito pessoal ou no profissional. Durante a infância, muitas das escolhas são realizadas pelos
pais, por eles se apresentarem como os maiores interessados no bem-estar dos filhos. Entretanto,
será que eles sempre acertam? Dúvidas sobre as boas intenções dos pais não existem, mas não seria
importante que as pessoas fossem educadas para a autonomia, sendo estimuladas desde a infância a
dizer o que as agrada?
183
Texto 2
Trecho do Livro – Os sete hábitos das pessoas mais eficazes
Minha esposa Sandra e eu, há alguns anos, enfrentamos este tipo de situação. Um de nos-
sos filhos passava por um período difícil na escola. Ia mal nos estudos, não sabia nem mesmo
seguir as instruções para fazer uma prova, como poderia ir bem nela? Socialmente era imatu-
ro, com frequência criando constrangimentos para a família.
Nos esportes, era fraco — pequeno, magro e sem coordenação —, por exemplo, dava taca-
da, no beisebol, antes mesmo de a bola ser jogada. Os outros riam dele.
Sandra e eu vivíamos atormentados pela vontade de ajudá-lo. Pensávamos que o “sucesso”
era importante em todos os setores da vida, principalmente em nosso papel de progenitores.
De forma que nos dedicamos a melhorar nossas atitudes e comportamentos em relação a ele,
estimulando-o a fazer o mesmo. Tentamos estimulá-lo através de uma postura mental positiva:
— Vamos lá, filho! Você vai conseguir! Sei que vai. Ponha as mãos um pouco mais para cima,
no taco, e mantenha os olhos fixos na bola. Não bata antes de ela chegar perto. Se ele conse-
guia melhorar um pouco, procurávamos valorizar isso ao máximo:
— Parabéns, filho. Continue tentando.
Quando as outras pessoas riam, nós reagíamos:
— Deixem o menino em paz. Parem de amolar. Ele está aprendendo.
Mas nosso filho chorava, teimava, dizia que nunca aprenderia e que não gostava mesmo
de beisebol.
Nenhuma das nossas atitudes funcionava, pelo jeito. Estávamos muito preocupados. O efeito
geral da situação em seu amor-próprio era patente. Tentamos estimular, ajudar, encorajar, mas,
depois de repetidos fracassos, paramos e procuramos analisar o problema em outro nível.
Você pode encontrar um PDF do livro, disponível em: <http://www.buscadaexcelencia.com.br/wp-content/
uploads/2010/08/Os_7_H%C3%A1bitos_das_Pessoas_Altamente_Eficazes-Stephen_Covey.pdf>.
Acesso em: junho de 2020.
184
c) Relate como se deu a escolha e organização de algo em sua vida. Como você planejou e exe-
cutou tudo? Que estratégia(s) você utilizou para não esquecer detalhes importantes?
d) Liste algumas atividades que auxiliam sua organização pessoal diária, mensal ou anual.
e) Com vista ao alcance de um Objetivo do seu Projeto de Vida, cite uma decisão que você tomou
que exigiu de você muita organização pessoal.
E aí, o que você achou dessa aula? Gostou de refletir um pouco a organização pessoal e como como
ela é fundamental na sua vida? É necessário que você continue a organizar seu tempo, estabelecendo
prioridades para tudo o que faz durante o dia. Isso vai te ajudar a alcançar etapas importantes do seu
Projeto de Vida.
Até a próxima!
185
SEMANA 4 (Parte 2)
UNIDADE TEMÁTICA:
Valores.
AULA 20:
A organização da vida e das coisas começa em mim! (Parte 2).
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Identificar e cultivar atitudes que favorecem a organização pessoal.
HABILIDADE (S):
Relacionamento interpessoal e social.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
— Prioridades e metas do Projeto de Vida.
INTERDISCIPLINARIDADE:
— Regulação do tempo;
— Planejamento e organização pessoal.
Caro estudante,
Na aula anterior você refletiu como anda a sua organização pessoal e a utilização do
seu tempo. Pensou também sobre o que o tempo representa para você, como você
tem utilizado o seu tempo e como ele move as ações do presente com o olhar no futu-
ro, pensando no seu Projeto de Vida.
Nesta aula você continuará a pensar sobre a organização pessoal e o tempo, mas através da organi-
zação e da disciplina. Você verá como a organização pessoal pode te ajudar a qualificar o seu tempo e
colocar em prática as metas e objetivos do seu Projeto de Vida.
Vamos lá?
Bons estudos!
ATIVIDADES
O tempo, se ele é vilão ou mocinho da história não podemos afirmar com certeza, mas ele é um dos
aspectos que protagonizam o show e tem que ser levado em consideração quando o assunto é organi-
zação pessoal, disso não se tem dúvidas. Não é mesmo?
1 — As imagens a seguir referem-se às mensagens sobre o tempo que se ouvem diariamente.
Observe-as e responda às perguntas:
a) Qual a sua opinião sobre elas?
b) Quais as mensagens contidas nelas?
186
c) Relate como você incorpora cada uma das imagens em sua vida e explique a relação que pos-
suem com organização pessoal.
a)
b)
c)
a)
b)
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a)
b)
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Cada pessoa tem uma relação com o tempo e com as ações de seu dia a dia. Pensar na organização pes-
soal é uma forma de planejar o seu Projeto de Vida. Tem muita gente que diz não ter tempo e há quem
diga que não sabe o que fazer com o tempo que tem. São essas relações que fazem parte do processo
de organização pessoal, para que assim não haja conflitos com o tempo.
2 — Pensando sobre a relação com o tempo, descreva que tipo de relação você tem com o tempo!
Essa relação é tranquila ou você tem dificuldades de organizar o seu tempo?
3 — Se sua relação com o tempo não é como gostaria, o que você poderia fazer para melhorar isso?
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5 — Que características pessoais você diria que são essenciais a uma pessoa disciplinada? É possível
aprender a ser disciplinado? Como?
Você se acha uma pessoa disciplinada? Consegue realizar e completar suas tarefas diárias dentro do
tempo? Vamos fazer um teste?
6 — A proposta é simples: faça uma lista das suas atividades diárias mais comuns, como por exemplo,
estudar, se divertir ou até mesmo tirar aquela sonequinha após o almoço. Coloque-as no papel e
indique quanto tempo você leva para realizar cada uma. Depois classifique-as como mais ou me-
nos importante e por quê. Escreva isso no seu caderno ou aproveite as informações para atualizar
a sua agenda de estudo!
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7 — Leia atentamente as informações que você chegou na questão anterior e faça uma breve análise
de como você administra o seu tempo. Para isso, busque responder qual a sua impressão ao com-
parar o tempo, o grau de importância de cada atividade e o que você poderia melhorar de modo a
ter satisfação com a realização de todas elas?
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PARA REFLETIR
O Valor do Tempo
Para entender o valor de um ano:
Pergunte a um estudante que não passou nos exames finais;
Agora que você já praticou bastante sobre como organizar melhor o seu tempo com disciplina, espera-
se que estas aulas sirvam para que você aproveite melhor cada segundo do tempo precioso que você
possui, principalmente pensando no seu Projeto de Vida!
Até a próxima!
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REFERÊNCIAS
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