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ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Professor: José Antonio S. Corbacho


ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO - CORRENTES

Elementos de transmissão, geralmente metálicos,


constituídos de uma série de anéis ou elos.
A transmissão por correntes consiste basicamente de
um par de rodas dentadas e uma corrente.
A roda que transmite movimento e força é chamada
roda motora.
A roda que recebe movimento e força é a roda
movida.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO - CORRENTES

A transmissão ocorre por


Os acionamentos de maior
meio do acoplamento dos
sucesso têm razão (ou
elos da corrente com os
relação) de transmissão (i)
dentes da roda dentada. de 6:1, porém pode-se
utilizar razões mais
elevadas com sacrifício da
vida útil da corrente.

n1 = número de rotações por minuto


(rpm) da roda dentada menor.
n2 = número de rotações por minuto
(rpm) da roda dentada maior
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO - CORRENTES

A transmissão por corrente normalmente é utilizada quando não se podem


usar correias por causa da umidade, vapores, óleos, etc.
Deve ser tomado cuidado com a lubrificação do conjunto corrente e roda
dentada.
Uma boa lubrificação é condição essencial para um funcionamento suave
e duradouro.
Ex: se não houver lubrificação da corrente da bicicleta, vai ser mais difícil
para o ciclista pedalar, pois ele terá que empregar mais força durante essa
ação.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO - CORRENTES

Vantagens da transmissão por corrente:


Não deslizam, portanto mantém a relação de
transmissão;
Garantem rendimento de 96% a 98%;
Podem transmitir potência em locais de difícil acesso;
Permitem montagens com grandes distâncias entre
centros;
Permitem o acionamento simultâneo de vários eixos;
Em geral, não necessitam de tensores ou esticadores;
Podem ser usados em locais onde haja poeira, com
temperaturas elevadas e locais úmidos.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE BLOCO

Corrente de blocos:
Cada par de rolos, com seus elos, forma um sólido
(bloco).
Esse tipo de corrente apresenta mais resistência,
também se desgasta mais rapidamente e provoca
mais ruído do que a corrente de rolos.
É usada em esteiras transportadoras.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE DENTES INVERTIDOS

Corrente de dentes invertidos:


Também são chamadas de correntes silenciosas,
devido à sua operação relativamente sem ruído.
Consistem em uma série de placas de ligação
dentadas que são conectadas por pinos para permitir
a articulação.

Devido à sua operação mais


suave e silenciosa, as correntes
de dentes invertidos podem
operar à velocidades maiores do
que as correntes de rolos.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE DENTES INVERTIDOS

A parte mais crítica da corrente


é a conexão por pinos.
As correntes e rodas dentadas
de dentes invertidos são
padronizadas pela norma ANSI
(American National Standards
Institute) e ASME (American
Society of Mechanical
Engineers):
ANSI/ASME B29.2M-1982,
reiterada em 2004.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ELOS

Corrente de elos: possui os elos formados de


vergalhões redondos soldados, podendo ter um
vergalhão transversal para esforço.
É usada para suspensão de cargas pesadas, por
exemplo, em talhas manuais.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ELOS LIVRES

Corrente de elos livres:


É usada em esteiras transportadoras.
É empregada quando os esforços são pequenos.
Sua característica principal é a facilidade de retirar
qualquer elo, sendo apenas necessário suspendê-lo.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Composta por elementos internos e externos, talas


ligadas através de pinos e buchas, e sobre as
buchas são colocados rolos.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Uma corrente de rolos é formada por elos externos e internos


que se repetem alternadamente.
Os pinos e as buchas são os principais componentes sujeitos
a desgaste.
As placas internas e externas suportam as cargas de tensão
aplicadas na corrente e estruturalmente mantêm pinos e
buchas no lugar.
Os rolos absorvem os choques, reduzindo o impacto do
engrenamento da corrente na roda dentada.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Esse sistema assegura um rendimento de 98% em


condições corretas de trabalho, obtendo-se uma
relação de velocidade constante entre a engrenagem
motriz e a movida.
Várias correntes podem ser ligadas em paralelo,
formando correntes múltiplas.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

As correntes simples satisfazem a maioria das exigências e


têm menor custo.
Recomenda-se usar o menor passo possível capaz de
transmitir a potência e a carga na velocidade exigida pela
aplicação.
Correntes múltiplas, de passo pequeno, devem ser usadas
para transmitir potência a altas velocidades ou quando se
desejar um baixo nível de ruído, desde que possam ser
usadas rodas dentadas com grande número de dentes.
Normas para correntes de rolos:
Internacional: ISO 606 (International Organization for
Standardization).
Americana: ANSI B29.1 (American National Standards Institute).
Brasileira: NBR 6390.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

As correntes de rolos são tão flexíveis quanto as correias e tão eficientes


quanto as engrenagens, elas fornecem resistência a choques, facilidade
de instalação e confiabilidade na transmissão.
Vantagens das correntes de rolos:
Não escorregam: mantêm constante a relação de transmissão;
Rendimento de 98%: esta eficiência se mantêm ao longo de toda
sua vida útil;
Versatilidade de operação: eficiência em vários ambientes de
trabalho;
Absorvem choques: a sua inerente elasticidade mais a película de
óleo entre seus componentes, reduz os efeitos danosos de choques
e impactos;
Leves e compactas: menor espaço e peso por HP transmitido
Maior durabilidade: a distribuição de carga entre vários dentes da
roda, garante uma longa vida útil.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

A corrente de rolos é utilizada em:


Locais de difícil acesso;
Grandes distâncias entre centros;
Condições abrasivas ou sujas.
Ao longo da trajetória da corrente, existem diversos locais
potencialmente críticos:
Na interferência entre o dente da roda dentada e o rolete da
corrente ocorre uma tensão de contato;
Ocorre impacto quando cada novo dente entra em contado
com a roda dentada, a intensidade desse impacto aumenta
significativamente com o aumento da velocidade da corrente;
As placas de ligação ficam sujeitas a uma carga de tração
variando de zero até um valor máximo.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

As correntes de rolos ou roletes são projetadas de modo que


raramente se rompem, porém eventualmente elas precisam
ser substituídas devido ao desgaste entre os pinos e as
buchas.
Esse desgaste faz com que o passo, a distância entre os
centros de roletes adjacentes, aumente.
Quando o desgaste alonga a corrente em cerca de 3%, o
passo aumentado faz com que os roletes se movam de forma
indesejada, fazendo com que seja preciso a substituição da
corrente e também da roda dentada, se esta apresentar
desgaste.
Uma corrente lubrificada corretamente normalmente possui
uma vida útil de cerca de 15.000 horas.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

As correntes de rolos foram padronizadas com respeito às


suas dimensões pela ANSI (American National Standards
Institute).
Nomenclatura utilizada:

Passo: é a distância
linear entre os centros
dos Roletes.

Largura: é a distância
entre as placas internas
de conexão.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Dimensões de
correntes de rolos,
fileira única
padronizadas de
acordo com norma
ANSI:
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Exemplo de utilização:
Aplicado na movimentação do eixo
do comando de válvulas do Toyota
Corolla. Este automóvel tem duplo
comando de válvulas (16 válvulas).
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

O tipo mais comum de tensionador de corrente em


automóveis é o tensionador de almofada, que fica
preso ao bloco do motor e se mantém em contato
com a corrente pela pressão de uma mola.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Para o funcionamento suave em velocidades altas


ou moderadas é considerado aconselhável o uso
de rodas dentadas com, no mínimo, 17 dentes,
sendo que rodas dentadas com 19 ou 21 dentes,
por exemplo, fornecem maiores durabilidade e
suavidade de operação.
Quando as limitações de espaço são
predominantes ou quando a velocidade é muito
baixa, pode-se usar um número de dentes menor
com o conseqüente sacrifício para a vida útil da
corrente.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Em geral, uma maior capacidade de carga de


corrente é necessária quando ocorrer qualquer uma
das seguintes condições:
A roda menor possui menos de 9 dentes para
velocidades baixas de acionamento ou menos de
16 dentes para velocidades altas de acionamento;
Ocorrem cargas de choque, ou há freqüentes
reversões de carga;
Há três ou mais de três rodas no conjunto;
A lubrificação é deficiente;
A corrente trabalha em presença de sujeira ou
poeira excessivas.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

O aumento do passo da corrente faz com que não


haja engrenamento perfeito da corrente com os
dentes da roda, obrigando a substituir a corrente
mesmo sem estar com desgaste excessivo.
As rodas conduzidas não são padronizadas para
números de dentes acima de 120, porque surgem
problemas com o alongamento do passo da
corrente.
Alguns autores dão como 150 o número máximo de
dentes que uma roda dentada pode ter.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Os roletes de uma corrente raramente falham por


falta de resistência à tração e sim porque foram
submetidos a um número muito grande de horas de
trabalho.
A causa real de uma falha tanto pode ser devido ao
desgaste dos roletes nos pinos como por fadiga de
suas superfícies.
Os fabricantes de correntes tabelaram valores de
capacidade de potência correspondentes a uma
vida esperada de 15.000 horas para várias
velocidades de rotação da roda dentada.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

A capacidade de correntes é baseada no seguinte:

15.000 horas;
Fileira única;
Proporções ANSI;
Fator de serviço unitário;
100 passos no comprimento;
Lubrificação recomendada;
Máxima elongação de 3%;
Eixos horizontais;
Duas rodas dentadas de 17 dentes.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Tem-se três tipos de lubrificação diferentes para correntes de rolos:


Tipo A (Manual; Conta-gotas).
Tipo B (Banho de óleo).
Tipo C (Alimentação forçada).

Tipo A
Manual: (Baixas
velocidades)
O óleo é aplicado
periodicamente, com
uma escova ou com
um bico de
lubrificação, a cada 8
horas de
funcionamento.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Tem-se três tipos de lubrificação diferentes para correntes de rolos:


Tipo A (Manual; Conta-gotas).
Tipo B (Banho de óleo).
Tipo C (Alimentação forçada).

Tipo A
Conta-gotas: (Baixas e médias
velocidades; ambientes limpos)
As gotas de óleo caem diretamente
entre as bordas das placas, perto do
ponto de entrada da roda dentada.
Deve-se tomar cuidado para evitar o
deslocamento das gotas por vibração
do sistema, deslocamento do ar, etc.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Tipo B

Banho de óleo (Médias e altas


velocidades)
Com a lubrificação de banho de óleo,
a linha mais baixa da corrente gira
através de um reservatório de óleo.
O nível deve alcançar a linha de
passo da corrente nos seus pontos
mais fundos, durante a operação.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

Tipo C
Alimentação forçada (Altas
velocidades e altas cargas)
O lubrificante é bombeado
uniformemente entre s fileiras de rolos
da corrente, através de toda a sua
largura.
Regularmente devem ser feitas
inspeções no sistema de lubrificação,
durante a operação do equipamento,
para se ter certeza que os níveis de
óleo estejam corretos.
Assim, como da ausência de
entupimento no filtro, ralos de
aspiração e no sistema em geral.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO – CORRENTES DE ROLOS OU ROLETES

O ajuste da folga ou flecha da corrente é de fundamental importância


para o seu correto funcionamento.
Ao contrário das correias, as correntes não requerem tensão inicial na
montagem.
Uma flecha de 2 a 3%, da distância entre centros, que permita sua flexão
com a mão, é a folga recomendada na montagem da corrente nas rodas
dentadas.
TORÇÃO SIMPLES

Uma peça encontra-se submetida a esforço de torção,


quando sofre a ação de um torque (Mt) em uma das
extremidades e um contratorque (M’t) na extremidade
oposta.
MOMENTO TORÇOR OU TOQUE (Mt)

É definido por meio do produto entre a carga (F) e a


distância entre o ponto de aplicação da carga e o centro da
seção transversal da peça.
TOQUE NAS TRANSMISSÕES

Para transmissões mecânicas, o torque é definido por meio


do produto entre a força tangencial (Ft) e o raio (r) da peça.
POTÊNCIA (P)

A Potência é definida como o trabalho realizado um uma


unidade de tempo.
POTÊNCIA (P) – HP ou CV

No século XVIII, James Watt realizou uma demonstração


para o público com a intuito a equivalência de trabalho da
sua máquina a vapor em relação a quantidade de cavalos
utilizados para o mesmo propósito.
Fazendo um cavalo puxar uma carga máxima em 1 m/s.
POTÊNCIA (P) – HP ou CV

A experiência foi repetida e atualizada para CV – Cavalo


Vapor, passando a ser adotada como medida no SI –
Sistema Internacional.
TORQUE X POTÊNCIA

Relação das fórmulas:


FORÇA TANGENCIAL (Ft)

Relação das fórmulas:


MOMENTO TORÇOR OU TOQUE (Mt)

1 - Determinar o troque de aperto na chave que movimenta


as castanhas na placa do torno. A carga aplicada nas
extremidades da haste é F = 68N, o comprimento da
haste é = 300mm.
MOMENTO TORÇOR OU TOQUE (Mt)

2 - Determinar o troque de
aperto no parafuso da roda
do automóvel. A carga
aplicada pelo operador em
cada braço da chave é de
60N e o comprimento dos
braços é de 200mm.
TOQUE NAS TRANSMISSÕES

3 - A transmissão por correias, composta por uma polia


motora com diâmetro de 100mm e uma polia movida
com diâmetro de 240mm.
A transmissão é acionada por uma força tangencial de
600N.
Calcular os torques nas polias motora e movida.
POTÊNCIA (P) – CV

4 - Um elevador foi projetado


para suportar a carga
máxima de 7000N, ou seja,
lotação máxima de 10
pessoas.
O peso do elevador é igual a
1kN e o contrapeso com
mesma carga.
Determinar a potencia do
motor para que o elevador se
desloque com uma
velocidade constante de 1
m/s.
POTÊNCIA (P)

5 – Uma pessoa empurra o carrinho de supermercado,


aplicando uma carga de 150N, deslocando em um percurso
de 42 metros no tempo de um minuto.
Determine a potência que o veiculo se movimenta.
EXERCÍCIOS

6 – A transmissão por correias, é acionada por um motor


elétrico com potencia de 5,5kW e rotação de 1720rpm,
chavetado a polia do sistema. As polias possuem
respectivamente: 120mm – motora // 300mm movida.
As perdas devem ser desprezada.
EXERCÍCIOS

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