Normatização 500Hz Peate Fe Tone Burst PDF
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RESUMO
Desde a década de 1970, o estímulo inicialmente diagnóstico preciso da perda auditiva. Sabe-se
utilizado no PEATE para diagnóstico audiológico de que, diante de um perfil audiológico mais preciso,
neonatos e lactentes foi o clique5. Atualmente, nos a criança poderá se beneficiar com dispositivos
protocolos internacionais, ele é utilizado apenas para eletrônicos de amplificação sonora individual e
verificar a integridade das vias auditivas, avaliando reabilitação apropriados mais precocemente e
a sincronia da função neuronal do VIII par craniano com maior efetividade. E assim, diminuir os danos
e vias auditivas do tronco encefálico, uma vez que causados pela privação sensorial que a perda
não apresenta especificidade de frequência. Um auditiva causa11.
estudo realizado no ano de 2011 descreveu que o O objetivo deste estudo foi determinar os níveis
clique representa a frequência com melhor limiar, mínimos de resposta (NMR) do PEATE-FE e a
entre 500 a 8000 Hz. Assim, esse estímulo não latência da onda V em neonatos ouvintes normais
deve ser utilizado na rotina clínica para estimar os nas frequências de 0.5, 1, 2 e 4 kHz por via aérea e
limiares auditivos6. via óssea e determinar valores normativos.
Poucas são as avaliações que diagnosticam
com exatidão a perda auditiva em crianças que MÉTODOS
ainda não são capazes de responder à avaliação
comportamental com o uso de procedimentos
condicionados. Nos dias de hoje, utiliza-se nessa A presente pesquisa foi realizada num serviço de
população o registro do PEATE com estímulos referência em Saúde Auditiva de alta complexidade
de frequência específica (PEATE-FE), também da cidade de São Paulo. O estudo foi aprovado
chamado de PEATE com estímulo tone burst. Para pelo comissão de ética em pesquisa da instituição
o Joint Committee on Infant Hearing, o PEATE-FE e obteve aprovação sob o protocolo número
é o método escolhido para a estimativa dos limiares 134/2010. Todos os responsáveis pelos sujeitos do
auditivos em crianças com idade inferior a seis estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre
meses7. e Esclarecido (TCLE).
O estímulo tone burst é uma onda sinusoidal, Este é um estudo transversal, descritivo de
com duração breve, caracterizado por um espectro caráter quanti-qualitativo.
de frequência com energia centrada na frequência Participaram deste estudo neonatos com audição
de estimulação, predizendo com maior segurança dentro dos padrões de normalidade, encaminhados
o grau e configuração audiométrica. Além disso, o de um hospital estadual da cidade de São Paulo
registro do PEATE-FE pode ser realizado tanto por para realização da Triagem Auditiva Neonatal,
VA como por VO8. uma vez que este hospital não disponibiliza este
Há fortes evidências de que, quando o serviço antes da alta hospitalar. Os neonatos foram
protocolo de exames é adequado, o nível mínimo encaminhadas pelo neonatologista do hospital em
de resposta (NMR) do PEATE-FE por VA pode questão, com agendamento prévio no serviço de
predizer os limiares da audiometria convencional alta complexidade. Após a realização da triagem
com boa acurácia para uma grande variedade de auditiva, os responsáveis pelos neonatos que
configurações de perdas auditivas em adultos e obtiveram resultados satisfatórios, ou seja, que
crianças3,6. As evidências para a estimativa precisa passaram na triagem auditiva, foram convidados a
dos limiares auditivos por VO ainda são escassas, participar deste estudo.
porém o Ontario Infant Program (IHP)9 indica que o Definiu-se que seria necessário o número de
PEATE-FE por essa via pode fornecer informações doze orelhas, sendo seis orelhas direitas e seis
úteis, diferenciando perdas auditivas condutivas, orelhas esquerdas. Este número foi suficiente para
mistas e sensorioneurais10. Poucos estudos a coleta de dados, uma vez que não há variações
realizaram a normatização dos níveis mínimos de significantes entre sujeitos no registro do PEATE.
respostas e tempo de latência da onda V para a Foram estudadas as frequências de 500, 1000,
via óssea. As principais frequências estudadas 2000 e 4000 Hz. Para tanto, participaram do estudo
são as de 500 e 2000 Hz, enquanto que para as 18 neonatos.
frequências de 1000 e 4000 Hz ainda não existem Os critérios de inclusão deste estudo foram:
normatizações em recém-nascido. neonatos a termo e pré-termo, com idade gesta-
Estudo realizado no Canadá, apresentou cional corrigida (IGC) acima de 39 semanas; os
evidências de que o PEATE-FE pode estimar neonatos deveriam ter passado na triagem auditiva
diferentes graus e configurações de perdas com o método PEATE-clique, na intensidade de
auditivas. Assim, esse método, por VA e por VO, 35 dBnNA; apresentar timpanometria do Tipo
pode ser considerado o mais adequado para a A 12 com sonda de tom teste de 226 e 1000 Hz;
avaliação de crianças, uma vez que possibilita um não apresentar diagnóstico ou suspeita de outras
Frequências
500 Hz 1000 Hz 2000 Hz 4000 Hz
Polaridade Alternada Alternada Alternada Alternada
Janela de análise 24 ms 24 ms 24 ms 24 ms
Duração do estímulo 6 ms 5 ms 2.5 ms 1.25 ms
Ciclos 3 5 5 5
Envelope Blackman Blackman Blackman Blackman
Taxas de repetição 27.1/s 27.1/s 27.1/s 27.1/s
Filtros 100-3000Hz 100-3000Hz 100-3000 Hz 100-3000Hz
Figura 1- Características dos estímulos utilizados no registro do PEATE-FE
Para a análise dos resultados, foram obtidas • Frequência de 2000Hz: Latência prevista=
estatísticas descritivas, sendo analisadas as 11,874 – 0,077 x Intensidade + 0,0003 x
latências para as diferentes intensidades e nas Intensidade 2.
quatro frequências estudadas. Além disso, para os • Frequência de 4000Hz: Latência prevista =
tempos de latências, foram construídos Intervalos 9,867 – 0,038 x Intensidade.
de Confiança com coeficiente de 95%, utilizando a • Via óssea
distribuição t-Student. • Frequência 500Hz: Latência prevista = 15,696
Para a descrição dos níveis mínimos de – 0,122 x Intensidade .
resposta não foram realizadas análises estatísticas • Frequência 1000Hz: Latência prevista = 13,846
inferenciais, pois não houve variação significante – 0,069 x Intensidade.
entre os sujeitos, estas foram apenas descritivas.
• Frequência 2000Hz: Latência prevista = 13,328
Já, para determinar a relação existente entre
– 0,094 x Intensidade.
latência e intensidade em cada frequência, foram
• Frequência 4000Hz: Latência prevista = 9,941
estimadas curvas de crescimento, as quais
– 0,053 x Intensidade.
descrevem o comportamento da latência em função
da intensidade. O modelo de curva ajustada foi
dado por15: RESULTADOS
Tabela 1 - Estatística descritiva para a idade gestacional corrigida (semanas) dos neonatos para cada
frequência estudada (n=12 orelhas)
Nas tabelas a seguir, são apresentadas as Foram construídas curvas ajustadas de cresci-
estatísticas descritivas dos tempos de latências das mento da latência em função da intensidade nas
ondas V e os intervalos de confiança de 95% nas quatro frequências para VA e VO as quais são
intensidades e frequências estudadas tanto por VA apresentadas nas Figuras 2 e 3.
(Tabela 3) e (quanto por) VO (Tabela 4).
Tabela 3 - Estatística descritiva e intervalo de confiança de 95% para o tempo de latência (ms) da
onda V para cada intensidade por via aérea nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz, obtidos no
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico por Frequência Específica (n=12 orelhas para cada
frequência)
Intensidade
500Hz 1000 Hz 2000 Hz 4000 Hz
dBnNA
Média 8,53 Média 8,61 Média 7,75 Média 6,91
Mediana 8,53 Mediana 8,77 Mediana 7,64 Mediana 7,00
80 DP 0,17 DP 0,38 DP 0,29 DP 0,38
LI 8,42 LI 8,37 LI 7,57 LI 6,67
LS 8,64 LS 8,86 LS 7,93 LS 7,16
Média 10,11 Média 9,76 Média 7,75 Média 7,49
Mediana 10,13 Mediana 9,74 Mediana 7,64 Mediana 7,60
60 DP 0,55 DP 0,49 DP 0,29 DP 0,38
LI 9,75 LI 9,26 LI 8,11 LI 7,24
LS 10,46 LS 9,78 LS 8,58 LS 7,73
Média 12,22 Média 10,95 Média 9,34 Média 8,22
Mediana 12,17 Mediana 10,97 Mediana 9,40 Mediana 8,27
40 DP 0,55 DP 0,47 DP 0,24 DP 0,45
LI 11,87 LI 10,62 LI 9,18 LI 7,93
LS 12,57 LS 11,04 LS 9,49 LS 8,50
Média 13,73 Média 12,35 ---- ---- ---- ----
Mediana 13,51 Mediana 12,20 ---- ---- ---- ----
30 DP 0,57 DP 0,33 ---- ---- ---- ----
LI 13,36 LI 11,53 ---- ---- ---- ----
LS 14,09 LS 13,40 ---- ---- ---- ----
---- ---- Média 12,50 Média 10,44 Média 7,49
---- ---- Mediana 12,47 Mediana 10,47 Mediana 7,60
20 ---- ---- DP 1,18 DP 0,38 DP 0,38
---- ---- LI 11,79 LI 10,20 LI 8,86
---- ---- LS 12,67 LS 10,68 LS 9,57
DP – desvio padrão; LI – limite superior; LS – limite superior; ---- - não realizado
Tabela 4 - Estatística descritiva e intervalo de confiança para o tempo de latência (ms) da onda
V para cada intensidade por via óssea nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz, obtidos no
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico por Frequência Específica (n=12 orelhas para cada
frequência)
Intensidade
500Hz 1000 Hz 2000 Hz 4000 Hz
dBnNA
---- ---- Média 9,72 ---- ---- ---- ----
---- ---- Mediana 9,74 ---- ---- ---- ----
50 ---- ---- DP 0,47 ---- ---- ---- ----
---- ---- LI 8,97 ---- ---- ---- ----
---- ---- LS 10,46 ---- ---- ---- ----
Média 10,89 Média 11,07 Média 9,61 Média 7,84
Mediana 10,97 Mediana 11,04 Mediana 9,47 Mediana 8,00
40 DP 0,96 DP 0,74 DP 0,53 DP 0,59
LI 10,28 LI 10,60 LI 9,27 LI 7,47
LS 11,50 LS 11,54 LS 9,94 LS 8,21
Média 11,91 ---- ---- Média 10,48 ---- ----
Mediana 11,87 ---- ---- Mediana 10,27 ---- ----
30 DP 1,21 ---- ---- DP 0,97 ---- ----
LI 10,90 ---- ---- LI 9,86 ---- ----
LS 12,92 ---- ---- LS 11,10 ---- ----
Média 13,33 Média 12,46 Média 11,48 Média 8,89
Mediana 13,30 Mediana 12,10 Mediana 11,27 Mediana 9,07
20 DP 1,05 DP 1,03 DP 1,00 DP 0,43
LI 12,66 LI 11,80 LI 10,84 LI 8,62
LS 14,00 LS 13,11 LS 12,12 LS 9,16
DP – desvio padrão; LI – limite superior; LS – limite superior; ---- - não realizado
Frequência
15 500
1000
14 2000
4000
13
12
Latência (ms)
11
10
6
20 30 40 50 60 70 80
Intensidade (dBNA)
Figura 2 - Curvas ajustadas da Latência da onda V X Intensidade obtidas nas quatro frequências
estudadas por via aérea (n=12 orelhas para cada frequência)
15
Hz
500
14 1000
2000
13 4000
12
Latência (ms)
11
10
6
20 25 30 35 40
Intensidade (dBNA)
Figura 3 - Curvas ajustadas da Latência da onda V X Intensidade obtidas nas quatro frequências
estudadas por via óssea (n=12 orelhas em cada frequência)
estudos, o NMR foi encontrado em 35 e 25 dBnNA Um estudo realizado em 1997 enfatiza ser
para essa frequência20,23. fundamental a realização do registro do PEATE-FE
Para a frequência de 2000 Hz, todas as na frequência de 500 Hz por via óssea, para
orelhas apresentaram respostas bem definidas na estabelecer a presença de fatores condutivos, uma
intensidade mínima pesquisada, ou seja, 20 dBnNA. vez que esta é a mais afetada por fluídos presentes
Alguns estudos encontraram NMR inferiores a 20 na orelha média29.
dBnNA 10,14,19-21. Uma pesquisa realizada no Brasil Apenas dois estudos foram encontrados que
no ano de 2009, encontrou o NMR médio em avaliaram a frequência de 1000 Hz por via óssea.
32.5dBnNA para orelha direita e 32.2dBnNA para No presente estudo, observou-se que todas as
a esquerda, e a autora acredita que tais resultados orelhas avaliadas apresentaram respostas bem
se justifiquem por diferenças metodológicas, tais definidas na intensidade de 20 dBnNA em 1000 Hz,
como: falta de juízes experientes na marcação mostrando uma linearidade nos resultados. Estudo
da onda V, utilização de poucos estímulos e uso realizado no ano de 1993 avaliou esta frequência por
de fone supra aurais e não de inserção como na VO e constataram que os resultados no PEATE-FE
maioria dos estudos24. estavam entre 10 a 20 dB mais elevados que na
Igualmente como ocorreu em 2000Hz, na audiometria comportamental30.
frequência de 4000 Hz, todas as orelhas apresen- No presente estudo, foi observado o registro da
taram resposta na intensidade de 20 dBnNA. Esta onda V na intensidade de 20 dBnNA na frequência
frequência foi recentemente recomendada por de 2000 Hz, em todas as orelhas testadas. Em um
Stevens, para iniciar o diagnóstico audiológico, estudo internacional, foi observado que 94% das
por meio do PEATE-FE25. Os NMR encontrados crianças apresentaram resposta em 30dBnNA26.
na literatura para essa frequência, mostraram Para os autores deste estudo26, bem como para
respostas em intensidades menores que 20 dBnNA outros autores 3,27, a intensidade de 30 dBnNA pode
10,14,19-22
. Porém, vale ressaltar que na presente sugerir sensibilidade coclear normal. Pesquisa
pesquisa, os neonatos se encontravam em sono realizada em 1993 encontrou NMR médios de
natural, e não sob sedação como ocorreu em 8.46 e 13.75 dBnNA para adultos e crianças,
alguns estudos citados acima. Foi por este motivo, respectivamente28.
como descrito na metodologia, que se optou pela
Diretriz internacional sugere a utilização
intensidade mínima de 20 dBnNA.
da frequência de 4000 Hz por via óssea no
Apesar de a pesquisa do limiar eletrofisio- PEATE-FE para o diagnóstico audiológico de
lógico ser um procedimento que demanda tempo, lactentes, neonatos e crianças, porém, há pouca
principalmente nas frequências mais baixas, que literatura sobre a realização de PEATE-FE nesta
normalmente são afetadas por ruído e possuem frequência25. No presente estudo, observou-se
a morfologia da onda V não tão bem definida, os presença de onda V até a intensidade de 20 dBnNA
resultados encontrados neste estudo, não diferiram em todas as orelhas testadas. Autores salientaram
dos achados na literatura e dos sugeridos por que é importante a realização da pesquisa em 4000
diretrizes internacionais, mostrando assim, que Hz, pois, fornece informações sobre as frequências
a utilização do PEATE-FE, por via aérea, possui mais altas, úteis para o diagnóstico audiológico29.
grande aplicabilidade.
Diante dos resultados do presente estudo,
observa-se que a utilização do PEATE-FE por via
Via óssea óssea é viável nas quatro frequências, conseguindo
Em 500 Hz, todas as orelhas apresentaram assim, avaliar a sensibilidade coclear. Além disso, a
respostas presentes em 20dBnNA para a via óssea, detecção da onda V não se mostrou mais difícil em
assim como sugerido por estudos e programas relação à via aérea, mesmo em fracas intensidades.
internacionais, que estabeleceram esta inten- A única limitação encontrada para a realização da
sidade como padrão de normalidade3,14,26. Em outro VO foi a intensidade máxima do equipamento que
estudo 27, 100% dos sujeitos obtiveram respostas varia entre 50 e 40 dBnNA.
na intensidade de 30 dBnNA e 80% em 20 dBnNA.
Autores salientam que é mais difícil a detecção
Função Latência X Intensidade
da onda V nessa frequência quando comparado
a 2000 Hz, por esta ser morfologicamente mais Via aérea
arredondada. Estes mesmos autores ainda salien- Com relação à função latência X intensidade,
taram que os NMR por via óssea em crianças podem pôde-se observar que houve um aumento da
ser mais elevados, uma vez que a anatomia do latência com a diminuição do nível de intensidade
crânio dos adultos possui mais massa e, portanto, utilizado para desencadear a resposta, bem como,
um maior osso temporal28. uma diminuição da latência com o aumento da
ABSTRACT
Purpose: to determine the minimum response and the latency of V wave in the Frequency-specific
auditory brainstem responses (FS-ABR) in normal hearing neonates at the frequencies: 0.5, 1, 2
and 4 kHz by air and bone conduction and to determine normative values. Methods: normal hearing
neonates were assessed with FS-ABR at 0.5, 1, 2 and 4 kHz, air and bone conduction. Twelve ears
were assessed in each frequency, totalizing 18 neonates. Results analysis considered the latency
and the presence of wave V until 20 dB nHL in air and bone conduction, for four intensities. Results:
it was observed an increase of wave V latency with the decrease of intensity, and greater latencies
at lower frequencies in both air and bone conduction. Nevertheless, there was no difference between
the latencies at 0.5 and 1 kHz with strong intensity stimuli in both conditions, contrasting to literature
findings. Considering air conduction, wave V was present at 0,5 kHz at 30 dB nHL in all ears and at 1
kHz 11 ears (91,66%) presented it at 20 dB nHL. All subjects (100%) presented responses to the other
frequencies at 20 dBn HL. Considering bone conduction, all subjects presented wave V at 20 dB nHL
in all frequencies. Conclusion: the found values can be used in clinical practice in order to guide the
differential diagnosis of hearing loss, complementing the evaluation as for hearing neonates.