O Caminho Da Maturidade

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22 de Outubro de 2019.

TADEL – Pib Comodoro.

O caminho da maturidade.
Filipenses 3.12-16
Para pensar.
A palavra que vou compartilhar com os irmãos em nosso TADEL hoje tem o seguinte tema: “O
caminho da maturidade”.
Todos nós fomos chamados para cuidar de pessoas: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda
a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".
Mt.28.18-20 NVI
E algo fundamental para o nosso sucesso em cuidar de pessoas além do amor, é a maturidade. 1
Não seremos bem sucedidos em nossa missão de cuidar de pessoas se não estivermos dispostos a
amadurecer. A maturidade é um dos elementos que nos leva a perseverar no desafio de cuidar de
pessoas. Isso porque pessoas dão trabalho.
Mas, não é só isso. A maturidade também é fundamental para determinar a qualidade dos nossos frutos.
Pessoas infantis, imaturas vão acabar gerando pessoas iguais a elas.
Agora veja bem, maturidade não é algo natural em nossa vida. Maturidade não é algo que se atinge com
o tempo. Maturidade é provocada, gerada, é algo que precisa ser trabalhada em nossa vida. A maturidade é um
caminho que trilhamos e não apenas um destino a que chegamos um dia.
É isso que o apóstolo Paulo está nos dizendo no texto que lemos nesta noite. Maturidade é o assunto
principal do trecho que lemos nesta noite. Paulo inicia o verso com declaração importantíssima. “Não que eu já
a tenha alcançado, ou que seja perfeito”. Essas são as palavras de alguém que tem uma visão correta de si, e
do propósito da sua vida em Cristo – Crescer, amadurecer!
Além de revelar o seu propósito, o apóstolo Paulo também nos fala qual é o caminho para alcançar a
maturidade.
O primeiro passo –
É estar aberto a aprender.
“Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso
também fui alcançado por Cristo Jesus”. v.12 NVI
Paulo não se dá por satisfeito em sua vida cristã. Paulo estava satisfeito com Cristo, mas não com a sua
própria vida cristã. Havia nele uma insatisfação santa. Todo o sucesso do passado não podia deixa-lo tão
satisfeito que ele agora pudesse descansar. Uma das características da maturidade é a consciência da própria
imperfeição! O cristão maduro faz uma auto avaliação honesta e se esforça para melhorar.
Não há como amadurecermos se não estivermos abertos a continuar sempre aprendendo. Maturidade é
um caminho e não um destino a que chegamos.
Paulo é claro em dizer: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas
prossigo para alcançá-lo...”. Esta é a declaração de um cristão dedicado, consagrado, consciente de si mesmo,
do que já realizou e da grande obra que ainda falta ser realizada.
A palavra “Aperfeiçoado” significa completo, maduro, pleno. Paulo ainda não se via completo,
maduro, pleno. Paulo não se deu por satisfeito com suas realizações espirituais. É evidente que Paulo estava
satisfeito com Jesus Cristo (v.10), mas não com a própria vida cristã. Uma "insatisfação santa" é o primeiro
elemento essencial para trilharmos o caminho da maturidade.
Muitos cristãos contentam-se com a própria situação, pois comparam sua "carreira" com a de outros
cristãos, normalmente com a dos que não fazem grande progresso. Se Paulo tivesse se comparado com outros,
seria tentado a se orgulhar e, talvez, a relaxar um pouco. Afinal, eram poucos os cristãos de seu tempo que
haviam tido experiências como as dele! Mas Paulo não se comparou com outros; antes, se comparou consigo
mesmo e com Jesus Cristo!
Se Paulo se comparasse com os demais cristãos de sua época, ele, mais do que ninguém poderia achar-
se melhor do que os outros. Mas ele não deixa o orgulho dominar seu coração.

Pib Comodoro/MT
22 de Outubro de 2019.
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E nem por isso considera que o ponto que chegou era para apenas se vangloriar e deixar de prosseguir.
Ele entende que precisa continuar e alcançar aquilo para o qual foi alcançado.
Ou seja, parece que Paulo entende que quando Cristo o salvou, isto aconteceu porque Deus tinha
propósitos para sua vida. E Paulo não quer decepcionar ou frustrar os propósitos de Deus. Ele quer alegrar o
Senhor que deu a vida por ele.
Irmãos, nossa tendência humana é olhar a nós mesmos em comparação com alguém. Assim, quando a
gente se olha com alguém que é muito dedicado e consagrada, a gente se acha aquém demais do ideal, e se
desanima. E quando a gente se compara com alguém que é pior do que nós, somos tentados a ficar orgulhosos e
a descansar, pensando que o que fazemos é suficiente, já que os outros fazem menos do que eu. Os dois
pensamentos são pecaminosos. Não estamos aqui para fazer comparação entre nós ou nosso trabalho na obra de
Deus e os outros e o trabalho deles. Nosso alvo é Jesus Cristo. Nosso modelo é Jesus Cristo
2
Em várias ocasiões, a Bíblia adverte sobre o perigo de iludir-se quanto à própria condição
espiritual. É dito da igreja de Sardes: "tens nome de que vives e estás morto" Ap.3.1. Sua reputação
não correspondia à realidade. A igreja de Laodicéia vangloriava-se de sua riqueza, mas aos olhos de Deus era
"infeliz [...] miserável, pobre, [cega] e [nua]" (Ap 3:17). Ao contrário da igreja de Laodicéia, os cristãos de
Esmirna consideravam-se pobres, quando, na verdade, eram ricos! (Ap.2.9). Sansão pensou que ainda tinha
força quando, na realidade, a havia perdido (Jz.16.20).
Paulo não se enganava a respeito de si mesmo; ainda precisava "prosseguir" a fim de "conquistar aquilo
para o que também [foi] conquistado por Cristo Jesus". Uma insatisfação divina é essencial para o progresso
espiritual.
Agora veja bem, o processo de aprendizagem envolve descontruir e construir:
“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como
perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu
as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei,
mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua
ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a
ressurreição dentre os mortos”. V.7-11 NVI
Para amadurecer nos precisos descontruir:
 Valores;
 Princípios;
 Crenças;
 Práticas erradas.

Segundo passo –
Não parar de crescer.
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás
e avançando para as que estão adiante...”. v.13 NVI
A palavra “prossigo” significa esticar-se, esforçar-se com intensidade. Nossa maturidade está
relacionada à nossa capacidade de continuar crescendo. Não amadurecemos se estagnarmos aonde chegamos.
Agora sabe qual é o segredo para continuar crescendo? O segredo para continuar crescendo é sempre
está disposto a melhorar: “ ... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para
as que estão adiante...”. v.13 NVI
É interessante a palavra “esquecendo-me” aqui nesse versículo. Essa palavra não significa "deixar de
lembrar", nenhum indivíduo maduro é capaz de se esquecer do que aconteceu no passado, aqui "esquecer"
significa "não ser mais influenciado ou afetado por algo".
Quando Deus promete: "Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para
sempre" (Hb.10.17), não está sugerindo que terá uma crise conveniente de memória curta! Isso é impossível para
Deus. Antes, está dizendo: "não os acusarei desses pecados; Eles não afetam mais sua situação diante de mim
nem influenciam minha atitude para com você".

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22 de Outubro de 2019.
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Assim, "esquecendo-me das coisas que para trás ficam" não indica uma proeza mental impossível nem
um exercício psicológico por meio do qual tentamos apagar os pecados e erros do passado. Significa, apenas,
que quebramos o poder do passado sobre o futuro.
Não é possível mudar o passado, mas mudar seu significado é algo que se pode fazer. Havia coisas no
passado de Paulo que talvez servissem de peso para atrasá-lo em sua corrida (1Tm.1.12-17), mas se tornaram
inspirações para fazê-lo correr ainda mais rápido. Os acontecimentos não mudaram, o que mudou foi sua
maneira de encará-los.
Paulo diz que sua meta era conhecer Cristo, ser como ele, e ser tudo o que Cristo planejava para ele.
Esta meta absorveu todas suas energias. Isto é um exemplo valioso para nós. Com a concentração de um atleta
em treinamento, devemos pôr a um lado tudo o que é prejudicial e nos esquecer até das coisas boas que
poderiam nos distrair e impedir de sermos melhores discípulos de Cristo.
Paulo usou o termo perfeito (3.12), para significar amadurecido ou completo, não irrepreensível 3
em cada detalhe. Isso aponta para a necessidade de melhorar a cada dia.
Para amadurecer você precisa prosseguir, avançar. Talvez você se pergunte avançar, prosseguir diante
do que?
 Diante das tristezas circunstâncias:
“Digo a verdade em Cristo, não minto; minha consciência o confirma no Espírito Santo: tenho grande tristeza e constante
angústia em meu coração”. Rm.9.1-2 NVI

“Tenho grande confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Sinto-me bastante encorajado; minha alegria
transborda em todas as tribulações. Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados
de toda forma: conflitos externos, temores internos. Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com a chegada de Tito, e
não apenas com a vinda dele, mas também com a consolação que vocês lhe ministraram. Ele nos falou da saudade, da tristeza e da
preocupação de vocês por mim, de modo que a minha alegria se tornou ainda maior”. 2Co.7.4-7 NVI

 Diante das dúvidas da sua jornada:


"Agora, compelido pelo Espírito, estou indo para Jerusalém, sem saber o que me acontecerá ali, senão que, em todas as
cidades, o Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam. Todavia, não me importo, nem considero a minha vida
de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me
confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”. At.22-24 NVI

 Diante das decepções relacionais:


“Falamos abertamente a vocês, coríntios, e lhes abrimos todo o nosso coração! Não lhes estamos limitando nosso afeto,
mas vocês nos estão limitando o afeto que têm por nós”. 2Co.6.11-12 NVI

“Concedam-nos lugar no coração de vocês. A ninguém prejudicamos, a ninguém causamos dano, a ninguém exploramos.
Não digo isso para condená-los; já lhes disse que vocês estão em nosso coração para juntos morrermos ou vivermos. Tenho grande
confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Sinto-me bastante encorajado; minha alegria transborda em todas as
tribulações”. 2Co.7.2-4 NVI

“Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi
para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia”. 2Tm.4.9-10 NVI

 Parar por decepção não é para você.

 Diante das injustiças sofridas:


“Alexandre, o ferreiro, causou-me muitos males. O Senhor lhe dará a retribuição pelo que fez. Previna-se contra ele,
porque se opôs fortemente às nossas palavras. Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me
abandonaram. Que isso não lhes cobrado. Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças, para que por mim a mensagem
fosse plenamente proclamada, e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de toda obra
maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém”. 2Tm.4.14-18 NVI

 Diante das incertezas do futuro:

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“Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se
morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Por esta razão Cristo morreu
e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos”. Rm.14.7-9 NVI

Hora da decisão.

Pib Comodoro/MT

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