A Arte Grega - Atividade 1

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PROFESSOR


FRANCISCO DE ASSIS PEDROSA – CEEP

A ARTE GREGA – ATIVIDADE 1

Olá, pessoal, como estão? Estes tempos de Pandemia nos colocam em uma dinâmica
bem diferente da que estamos acostumados, mudou a nossa rotina e a forma como
enxergamos o mundo, não é mesmo?
Vamos iniciar as nossas atividades escolares, não da forma ideal, mas da forma que hoje
nos é possível.
Nesta primeira atividade, sobre a arte grega, vamos ver as influências e as fases que
compõem a arte da Grécia.
Teremos no SIGEDUC um link para uma vídeo – aula sobre a arte grega que poderá
ajuda-los a entender melhor o assunto e, logo após terem lido o texto abaixo e assistido
a vídeo-aula, vocês estrão aptos à responder o questionário que está disponível no
SIGEDUC.
Tenhamos fé e confiança em Deus de que isso tudo vai passar.
Um grande abraço, fiquem com Deus!
Prof. Flávio Jr.

ARTE GREGA
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência,
pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos, que se dedicavam ao
bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente.

Os gregos (ou helenos, como eles preferiam-se designar-se) eram, mais do que um povo
homogêneo, uma série de tribos que tinham em comum a língua, os principais deuses e
a noção de que descendiam de antepassados em comum.

Nessa civilização predomina o racionalismo, o amor pela beleza entendida como


suprema harmonia das coisas, o interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a
medida de todas as coisas”. Ali nasce a democracia, o governo do povo.

A mitologia cria um conceito religioso, pois os gregos não possuem um conceito


científico das suas origens, então usam a sua criatividade. Os deuses possuem as
qualidades e os defeitos humanos.

Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte,


exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria
uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a
harmonia ideal. Tudo isso provoca consequências fundamentais na história da arte que
determinam a sobrevivência de muitos conceitos e formas desde então até hoje.

ARQUITETURA

Ainda que as suas cidades tivessem necessidade de muralhas, de casas e palácios, de


praças, de ruas e aquedutos, ainda que todas essas necessidades tivessem sido satisfeitas
a sua investigação apontou para um só tipo de edifício: o templo, a casa dos deuses.

A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada
e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais
elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas
sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e
a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem
dórica, jônica e coríntia.

ORDEM DÓRICA

A ordem dórica é austera e maciça. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o
pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por
sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência.

O fuste da coluna da ordem dórica é monolítico, composto de uma série de tambores de


pedra sobrepostos, não é liso, possui em toda a sua longitude, com uma série de
caneluras verticais, cujo número varia de dezesseis a vinte e quatro, conforme o templo
e a época, mas que tende a fixar-se em vinte na época clássica, por volta do século V
a.C. Outra característica é a sutileza com que trata a proporção do fuste, o qual arranca
do estilóbata  com um certo diâmetro, que vai aumentando até atingir a máxima
espessura a um terço médio da sua altura, para se estreitar logo, à medida que ascende
até o capitel. A coluna adquire assim perfil bojudo, quase parece que se acachapa
elasticamente sob o peso do teto. Esse efeito era chamado pelos gregos de êntasis,
engrossamento. A coluna termina com o capitel que se parece com uma almofada de
pedra. Ele compreende três partes: um colarinho, canelado, mas separado do fuste por
um pequeno corte; um pequeno coxim de mármore chamado equino; e um dado
achatado, o ábaco. Essa sucessão de diferentes elementos serve para evitar as transições
bruscas.

As partes do entablamento estão também graduadas de maneira semelhante. Assim, os


capitéis sustentam uma arquitrave, isto é, um bloco de pedra lisa. Sobre este, apoia-se
uma parte muito mais decorada, o friso, que se compõe de uma série de blocos
retangulares com tripla canelura vertical, os tríglifos, separados entre si pelas métopas,
pequenas lousas quase quadradas e que muitas vezes têm decoração esculpida. Em cima
do friso está colocada a cornija, saliente, para desviar, quando chove, a queda da água.
Finalmente, a cobertura é em duas vertentes e forma dois triângulos nos dois lados
menores do templo: os frontões.

ORDEM JÔNICA
A ordem jônica representa a graça e o feminino em contraste com a austeridade e a
masculinidade da ordem dórica. A coluna apresenta fuste mais delgado e não se firma
diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel torna-se muito
mais complicado. As suas faces não são todas iguais, mas apenas de duas em duas. As
paralelas à fachada do templo, e por isso destinadas a verem-se melhor, apresentam
duas volutas ou espirais unidas por linhas curvas: exatamente como um rolo de papel
que se tivesse estendido pelo meio, enquanto as extremidades se enrolavam.  As
fachadas secundárias expõem a parte exterior do rolo, isto é, praticamente lisas. Na
época helenística, apareceu a solução de colocar um par de volutas de cada lado do
capitel, tornando-o simétrico. Mas na arte grega propriamente dita, não se encontra um
capitel assim.

A arquitrave é composta por três faixas, cada uma um pouco mais saliente do que a
inferior. O friso é contínuo à volta de todo o templo e costuma ser ornamentado com
decoração escultórica. Na fachada, as colunas são mais esbeltas do que as dóricas, tem
uma êntase muito menor, e estão colocadas a maior distância uma das outras.

ORDEM CORÍNTIA

A terceira ordem grega, depois da dórica e da jônica, é a coríntia, variante decorativa da


jônica. De fato, muitos pormenores são quase idênticos, exceto as proporções. Em
contrapartida, são diferentes a base da coluna, muito mais trabalhadas, e principalmente
o capitel, onde aparecem as volutas da ordem jônica, aplicadas nas quatro faces, mas
elas são agora um elemento menor, em forma de sino invertido, envolvido por duas filas
de folhas de acanto – uma planta herbácea de folhas grandes e muito decorativas. É
mais decorativa do que funcional, sugerindo luxo e ostentação.

Um pouco antes tinha aparecido, ainda um exemplo quase único, mas famosíssimo, uma
variante ainda mais decorativa da ordem jônica: a substituição da coluna por uma
estátua, que se chamou cariátide como reminiscência de uma antiga lenda alusiva às
mulheres de Cária, na Ásia Menor, que haviam sido condenadas a trabalhos forçados
por um sátrapa persa, governador de província.

TEATRO
Se há um povo atento à análise de si próprio, à sua própria representação, era o povo
helênico cujas tragédias e comédias foram as primeiras expressões daquilo a que
chamamos de teatro. Era necessário, para isso, um lugar adequado que, coerentemente à
concepção grega, não foi um espaço fechado, mas a encosta aberta de uma colina.
Composto de três partes: cena,  skéne, em grego, para os atores;  a orquestra, konistra,
em grego, destinado às evoluções , danças e cantos do coro; arquibancada, koilon, em
grego, para os espectadores.

Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre,


composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma
inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se
famoso por sua acústica perfeita.

GINÁSIO
São os edifícios destinados à cultura física.
PRAÇA
Chamado de Ágora, era um espaço de convivência onde os gregos se reuniam para
discutir os mais variados assuntos, principalmente a filosofia.

PINTURA 

A pintura grega encontra-se na arte cerâmica, porque, infelizmente, tivemos quase o


desaparecimento total da pintura maior.  Os vasos gregos são também conhecidos não
só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e
o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses
vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e
mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que fossem destinados.
Como por exemplo, a ânfora, uma vasilha em forma de coração, com o gargalo largo
ornado com duas asas;  a hidra, que como o nome indica,  (derivado de ydor, água) era
utilizado para recolher água das fontes e caracterizava-se por três asas, uma vertical para
segurar enquanto corria a água e duas para levantar;  a  cratera, com uma boca muito
larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o
vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro); o oinokoe (nome que provém de oinos,
vinho e chêin, verter), quer dizer, jarro para o vinho, o lekithos que era um vaso para
óleos ou perfumes, etc.

As primeiras pinturas tinham caráter geométrico, séculos VIII e VII a.C., e as figuras
humanas e de animais eram bem estilizadas. As pinturas dos vasos representavam
pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras
negras foi Exéquias.

A pintura grega apresenta cerâmicas com figuras negras sobre o fundo vermelho, as
figuras eram dadas pelas linhas de contorno cheia de cor, sem nenhuma profundidade ou
perspectiva. Por volta de 500 a.C., o esquema decorativo se inverte, agora o fundo do
vaso é negro e sobre este fundo homogêneo destaca-se, em vermelho, a figura. Esta
inversão não foi uma simples variante gráfica, porque realizar a figura reservando uma
parte do fundo vermelho, natural, que podia ser enriquecido com traços negros, constitui
o ponto de partida para dar movimento à simples silhueta, mediante linhas que sugerem
volumes. Finalmente, chegou-se à aplicação de novidades como o escorço (a
representação com simples linhas da profundidade espacial das três dimensões) e a
perspectiva, são as cerâmicas com figuras vermelhas sobre o fundo branco.

ESCULTURA 

Das obras originais, muito pouco nos chegou, talvez porque foram realizadas com
materiais preciosos (como por exemplo, a grande estátua da deusa Atena, esculpida por
Fídias para o interior do Paternon, toda em ouro e marfim) e, portanto, incitavam ao
roubo; ou porque desapareceram no decurso dos séculos, devido às pequenas dimensões
e maior fragilidade em relação à arquitetura.

O que conservamos, sobretudo da época clássica, são as cópias que os romanos ricos
encomendaram para o adorno das suas residências. Cópias que se revelam, ao compará-
las com os poucos originais que sobreviveram, de qualidade decadente. Realizadas
muitas vezes em mármore, quando o original era em bronze, ou vice-versa, trazem
consigo todas as adaptações necessárias à mudança de material, sendo brancas da cor do
mármore, enquanto que os originais gregos estavam vivamente decorados: negro para os
cabelos e para os olhos, vermelho para os lábios, várias cores para o vestuário, até em
tons contrastados de vermelho e azul nas inúmeras obras do período mais antigo.
Contudo, frequentemente sobressaem nas cópias precisamente os detalhes formais mais
úteis para o nosso objetivo: reconhecer o estilo.

A estatuária grega nasceu para venerar os deuses. Mas os deuses gregos, contrariamente
dos egípcios ou persas, são concebidos à imagem e semelhança do homem, têm paixões
e pensamentos humanos. Na escultura, o antropomorfismo – esculturas de formas
humanas – foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das
formas, o movimento.

As esculturas também ocupavam os tímpanos dos templos. Nas métopas colocavam-se


cenas míticas com dois ou três personagens, com histórias de heróis, gigantes e
centauros. No friso jônico, o artista tinha maior liberdade criativa, desenvolvendo uma
ação sequenciada, numa secessão narrativa sem interrupção. Os temas mais utilizados
eram as procissões, os desfiles e as corridas de cavalos.

Dividimos a escultura grega em três períodos:

No Período Arcaico, séculos VIII-VI a.C., os gregos começaram a esculpir, em


mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente, aparecem esculturas simétricas,
em rigorosa posição frontal, braços e pernas colados ao corpo, com o peso do corpo
igualmente distribuído sobre as duas pernas ou um dos pés ligeiramente avançado, uma
postura estática e, sobretudo por uma expressão facial conhecida como o sorriso grego.
Essa expressão, na verdade, era fruto de um domínio restrito na exploração das feições
humanas, que fazia com que o escultor arcasse as sobrancelhas, repuxasse os lábios,
mas não fizesse com que as maxilas acompanhassem o sorriso. Percebe-se a influência
egípcia em virtude da frontalidade e rigidez das formas. Esse tipo de estátua é chamado
Kouros, palavra grega que significa homem jovem, simboliza o deus da juventude e da
plenitude.

A versão feminina é chamada de Koré, representam jovens virgens, graciosas e


encantadoras, com longas túnicas pregueadas, que eram pintadas cde cores vivas,
luminosas e cintilantes.

Período Severo, 500-450 a.C., é um período transitório entre os estilos Arcaico e o


Clássico. Caracteriza-se pela severidade e sobriedade no tratamento dos corpos e rostos,
há um congelamento da ação em movimento e, também pelo abandono da rigidez e
atitude estática do corpo, aparece maior naturalismo e um estudo bem mais detalhado da
anatomia.

No Período Clássico, século V a.C., passou-se a procurar movimento nas estátuas, há


maior uso do bronze, mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento
sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram
esculpidas sempre vestidas. As principais características desse período são o realismo
idealizado, o naturalismo, o equilíbrio e a serenidade.
Período Helenístico, século IV-I a.C., podemos observar o crescente naturalismo: os
seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade,
mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O desafio e a
grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma
figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e
fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Além disso, aparece
o pathos muito pronunciado, a composição desequilibrada para valorizar o dramatismo,
a expressão da dor física através do rosto e na tensão muscular e o abandono do
realismo idealista e da serenidade.

Os principais mestres da escultura clássica grega são:

 Fídias (c. 500-c-432 a.C.), talvez o mais famoso de todos. Suas obras-primas


foram a estátua de Atena, no Paternon, e a de Zeus, no templo de Zeus Olímpico.
Além disso, ele projetou e supervisionou a execução dos relevos do Paternon: as
esculturas dos frontões, métopas e frisos.
 Míron, um dos mais renomados escultores do século V, autor da estátua
Discóbolo (homem arremessando disco) prezava pela glorificação dos corpos
atléticos.
 Praxíteles, célebre  por suas representações de divindades humanizadas, com
corpos esguios  e graciosos, pela lânguida pose em “S”, como na estátua Hermes
com Dionísio menino. Foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino.
 Escopas, contemporâneo mais velho de Praxíteles, ganhou fama como escultor
emocional. Uma das suas melhores criações foi a estátua de um religioso em êxtase,
um adorador de Dionísio, em estado de exaltação mística.
 Policleto, estabeleceu um manual chamado Cânone, um sistema de relações
matemáticas estabelecidas entre todas as partes do corpo, no qual descrevia suas
noções de beleza, das proporções e conhecimentos do corpo humano. Ele afirmava 
que a cabeça seja a sétima parte da altura total da figura, o pé três vezes o
comprimento da palma da mão, enquanto que a perna, desde o pé até o joelho,
deverá medir seis palmos, e a mesma medida deverá haver também entre o joelho e o
centro do abdômen. Para demonstrar com exatidão o seu cânone, esculpiu uma
estátua que chegou até nós em inúmeras cópias romanas: o Doríforo, que significa o
portador de lança. O contraposto é uma característica do período clássico, onde o
corpo da escultura dispõe-se a ¾, levemente torcidos, com o peso assente numa das
pernas e a outra semiflexionada.
 Lisipo, último dos grandes escultores da arte helênica e artista predileto de
Alexandre Magno, ele introduziu na escultura qualidades ainda mais fortes de
realismo e individualismo. Representava os homens “tal como se vêem” e “não como
são” (verdadeiros retratos). No século IV a.C., ele introduziu que a altura ideal do
corpo humano deveria ter a medida de oito vezes o tamanho da cabeça. Isto traduz-se
no alongamento e sinuosidade da figura humana, as figuras são mais torcidas e
precisam de apoio, por exemplo, uma coluna ou um tronco de árvore.

MITOLOGIA: Zeus: senhor dos céus; Ateneia: deusa da guerra; Afrodite: deusa do
amor; Apolo: deus das artes e da beleza; Poseidon: deus das águas; entre outros.
OLIMPÍADAS: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os
primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para
marcar o tempo.
TEATRO: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de
Sófocles.
MÚSICA: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional.

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