Revelacoes Padre Exorcistas
Revelacoes Padre Exorcistas
Revelacoes Padre Exorcistas
As Revelações
Através dos Padres Exorcistas
Bonaventur Meyer
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A REALIDADE DO MALIGNO
(Nota à edição portuguesa)
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Os documentos no princípio e no fim desta obra,
servem para mostrar que não se trata de uma história
fabricada por alucinados na Suíça. É uma história
real, verificável, inquietante, misteriosa, que nos
lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de
Fátima: “Vão muitas almas para o inferno porque não
tem quem reze por elas”. Esse sítio existe e desse poço
infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as
instituições e a Terra. Leiamos com atenção e, como
diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o
que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode
ajudar na nossa vida de todos os dias.
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1 - PREFÁCIO
A MINHA EXPERIÊNCIA
(Testemunho do editor Bonaventur Meyer)
A par do grande número de casos de possessão,
que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são
muitos os textos literários que através dos séculos dão
testemunho de tais fatos. O holandês W. C. Van Dam,
na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch
Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes,
que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso
de possessão e pude verificar como da mesma pessoa
se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com
água benta provocava uma imediata reação de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas
possessas, numa Igreja na Itália. Presenciei as reações
dos pobres possessos durante o exorcismo. Além
disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos
Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua
capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As
pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua
livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre
piedoso, “porque procuravam um alívio, que ninguém
mais lhes poderia dar”, como elas próprias me
confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se
comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me
cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante
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25 anos consultara médicos e professores de Medicina,
mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser
aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um
exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma
fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que
o Episcopado, por causa do ataque da imprensa
atualmente generalizado em quase todo o mundo, não
autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam
os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior
silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes ao
inferno e mais vezes ainda ao demônio, encontramos
na Igreja atual Bispos competentes, professores de
Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do
demônio, e com ela, a existência do inferno e também
a existência de todo o mundo Angélico.
SOBRE A POSSESSA
A propósito da possessa que este livro se refere,
chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que
no caso desta mulher e mãe se trata de uma alma
reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por
pavorosos estados de angústias e períodos de insônia
total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da
Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito
permanências em clínicas. Quando, depois do mais
rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a
como um caso inexplicável, um exorcista conhecido
comprovou casualmente a possessão de um modo
inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a
colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar
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de Aparições da Virgem (Fontanelli Montichiari, na Itália),
tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas
(pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da
Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações
dirigidas à Igreja atual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes
da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um
exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da
Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram
em minha casa, para a realização do exorcismo, seis
Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G.
Mouret, diretor clínico do hospital psiquiátrico de
Limoux (França) possuidor de grande experiência em
tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas
revelações saídas da boca da possessa antes e após o
exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu
testemunho, afirmando que no caso presente não se
tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim
do controle da pessoa por uma força exterior, que a
Igreja Católica apelida possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos, é
continuamente atormentada até ao limite das suas
forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor
possível os seus deveres familiares. O fardo
monstruoso, os tormentos causados pelos demônios
que lhe perturbam o sono noturno, as continuas
revelações feitas pelos espíritos, significam um
martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles
Sacerdotes que, contrariando as tendências atuais, se
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compadecem do seu estado, lhe ministram os
Sacramentos e recitam o Exorcismo.
* * *
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da
Divina Providencia, tinha visitado a possessa e
assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado
Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como
docente, formara gerações de Sacerdotes e também
como teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um
grande número de trabalhos científicos, de tal modo
que o físico de renome mundial, o cristão evangélico
Pascal Jordan, qualificou-o como um dos filósofos e
teólogos mais importantes da atualidade. Sem tomar
posição relativamente ao conteúdo das revelações
demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo:
“Relativamente à pessoa, estou convencido de que não
se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata
ou de uma doente psíquica, o que, aliás, já foi também
confirmado por médicos especialistas. Os seus
fenômenos de possessão, como eu próprio pude
observar, dão a impressão de se tratar de possessão
autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois
que a autoridade competente, impede uma
verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás,
compreensíveis, numa época em que reina a negação
do espiritual”. No seu testemunho, o Prof. Siegmund
refere-se ao número sempre crescente de pessoas,
mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam
a existência de satanás e dos Anjos. A esta atitude
segue-se a destronização do Altíssimo.
Bonaventur Meyer
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2 - A VIDA DA POSSESSA
Embora a senhora em causa, devido ao seu
estado de saúde e à grande distância e isolamento da
sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola
primária, possui inteligência acima da média,
compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia,
que ela própria escreveu à máquina, extraímos as
seguintes passagens (por motivos compreensíveis
omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço,
abreviamos as descrições).
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ACEITAR A VONTADE DE DEUS
“Era o começo da insônia total e, o mais simples era
aceitar a vontade de Deus. Mais tarde, compreendi
que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade,
sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu
quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A
minha madrinha acompanhou-me ao médico, que
ficava muito distante. Ele disse que eu tinha
apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que
isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me
medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo
depois, o médico mandou-me para o hospital”.
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde
os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os
anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos,
sendo essa atividade apenas interrompida pelos
tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital.
Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que
mandar arrancar os dentes porque um médico pensou
que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto,
porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado;
foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem
fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora
a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer.
Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à
luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez
e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos
seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais
enfraquecida que nunca foi levada para clínicas e casas
de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica
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de grande fama, mandaram-na para casa, como uma
pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso
inexplicável. Injeções, electrochoques e outros
tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis
sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios
de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou
ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
“ Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total
de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de fato
registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até
que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de
Deus que me dava finalmente alívio? Não sei!
Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a
um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo
melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada
vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia
já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O
meu marido andava radiante, mas não havia
ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu.
Podia ter novamente os dois filhos comigo, o que me
dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o
Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por
isso deixei de compreender que o sofrimento, por
maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre
uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele
sabia a razão de ter-me conduzido através desta
noite.”
EXORCISMOS E REVELAÇÕES
Em 1974, sobreveio uma grave recaída. “A minha irmã
levou-me a casa de um bom homem que já tinha
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prestado ajuda a muitas pessoas. Na sua presença,
senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que
eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente:
”Penso que a senhora está possessa”. Em seguida, fui
ter com um Sacerdote, que se mostrou muito céptico,
mas que apesar disso, fez um exorcismo. Então, ele
declarou-me que todos os sinais indicavam que se
tratava de possessão.” Finalmente, depois de difíceis
exorcismos e de muitas orações, um exorcista
experimentando conseguiu romper a barreira. Depois
de vários exorcismos, os demônios e as almas
condenadas, com certos intervalos, foram-se
revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação
temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se
a um Bispo para dar autorização a um exorcismo
oficial e para tomar a responsabilidade. No dia 8 de
Dezembro de 1975, cinco exorcistas obtiveram
autorização para o Grande Exorcismo. Seguiram-se
outros, de carácter mais limitado, em que estiveram
presentes, no máximo, três Padres. As revelações
feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios,
sob as ordens da Santíssima Virgem, são as que se
encontram na presente obra.
SITUAÇÃO PRESENTE
Os pais confirmaram, em algumas frases
escassas e sucintas, certas datas da vida da sua filha.
Tanto eles como ela ignoram até 1974 a origem dos
seus indizíveis sofrimentos. Tudo tentaram, quer
através da Medicina, quer da Psiquiatria, para que a
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filha pudesse ter alívio e curar-se. Tudo em vão.
Restou-lhes unicamente o caminho da oração.
O que mais impressiona na casa paterna é a
simplicidade e o horror a qualquer idéia de
maravilhoso e espetacular. A origem dos sofrimentos
da filha é para eles inexplicável e entregam-se
confiantemente à oração, numa submissão total à
vontade de Deus. Os numerosos documentos, como
cartas, registros gravados e fotografias tiradas durante
os exorcismos, estão à disposição da Igreja, para uma
investigação canônica.
A Divina Providência nem sequer permitia os seus
amigos ou vizinhos se interessarem sobre o que estava
a passar-se. A sua possessão só se manifesta na sua
vida interior e, embora seja cruelmente atormentada
durante noites inteiras, pode durante o dia
desempenhar as suas tarefas domésticas.
Desde 1975 que não freqüenta a Igreja e é
horrivelmente assediada pelos demônios, em diversas
partes da Santa Missa, à benção ou quando se encontra
em contato com relíquias ou objectos benzidos.
Sempre que possível, é semanalmente visitada por um
Sacerdote que lhe ministra os Sacramentos.
OS PLANOS DE DEUS
Os sofrimentos expiatórios que esta mulher
aceita com tanta generosidade, a miséria interior que
suporta e o total abandono em que vive,
particularmente nos dias que se seguem aos
exorcismos, em união com os sofrimentos de Cristo,
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com a sua agonia e abandono, decerto muito
contribuirão para a salvação das almas. A grande
preocupação desta alma reparadora é a de não
entravar, por sua culpa, as revelações feitas ao nosso
tempo, pelos demônios, sob as ordens da Rainha do
Céu e da Terra, e não permitir assim que, por
negligência e descuido, muitas almas, que poderiam
salvar-se, sejam condenadas para sempre.
Pedimos a todos os leitores destas linhas uma
oração muito especial por intenção desta alma tão
sacrificada.
3 - TESTEMUNHOS
TESTEMUNHO DO REV. PADRE RENZ *
Devido ao empenhamento de um irmão espiritual da
Companhia de Jesus, o Padre Rodewyk SJ, acedi a um
convite para me deslocar à Suíça onde, juntamente com
outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método de
S.S. Leão XIII, de 10 de Junho à 13 de Julho de 1977, à
possessa.
De acordo com a minha experiência nestes assuntos
estou convencido de que, no presente caso, se trata de
possessão e que as revelações feitas pelos demônios
resultam do comando e da coacção evidente de um poder
superior. Isso não impede que os demônios resistam
continuamente a essa imposição. O calvário extremamente
doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua
aceitação dos sofrimentos enviados por Deus, as muitas
orações de um grande número de pessoas e o conteúdo das
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revelações feitas, são garantias de que elas são queridas por
Deus e por Maria, Mãe da Igreja.
Naturalmente que todas as comunicações sobre a
verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação atual, têm que
ser examinadas. A oposição levantada contra as revelações
presentes, denuncia a vontade destruidora dos demônios.
O conteúdo do livro tem como objetivo uma sólida
renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que Deus e
a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos
demônios, como o prova a conhecida obra Sermões do
Demônio, de Niklaus.
TESTEMUNHO DE DENKINGER,
JOVEM TEÓLOGO
ALGUMAS OBSERVAÇÕES
E ESCLARECIMENTOS
OS EXORCISMOS
1 - EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975
Contra: Akabor, demônio do Coro dos Tronos (A)
Allida, demônio do Coro dos Arcanjos (AL)
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_Exorcista (E): Demônio Akabor, nós, Sacerdotes,
representantes de Cristo, ordenamos-te, em nome da
Santa Cruz, do Preciosíssimo Sangue, das Cincos
Chagas, das catorze estações da Via Sacra, da
Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição,
de Lurdes, de Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
de Nossa Senhora do Monte Carmelo, de Nossa
Senhora da Grande Vitória de Wigratzbal, das Sete
Dores de Maria, de São Miguel Arcanjo, dos nove
Coros Angélicos, do Anjo da Guarda desta mulher, de
São José terror dos espíritos malignos; dos Santos
Padroeiros desta mulher, de todos os Santos Anjos de
Guarda e Anjos dos Sacerdotes, de todos os Santos do
Céu, especialmente de todos os Santos Exorcistas, do
Santo Cura d'Ars, de São Bento, dos servos e servas
de Deus, Padre Pio, Teresa de Konnersreuth, Catarina
Emmerich, de todas as Almas do Purgatório, e em
nome do Papa Paulo VI, ordenamos-te, então,
Akabor, como Sacerdotes de Deus, em nome de todos
os Santos que acabamos de invocar, em nome da
Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito
Santo, volta para o inferno.*
O INFERNO É HORRÍVEL
A JUVENTUDE É ENGANADA
COMUNHÃO NA BOCA
A - .Devem receber convenientemente os sacramentos...
fazer uma confissão verdadeira e não apenas
participar nas cerimônias penitenciais e na Comunhão.
A Comunhão, o celebrante deve dizer três vezes
“Senhor eu não sou digno”, e não uma vez só. Devem
receber a Comunhão na boca, e não na mão.
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E - Diz só a verdade em nome do Preciosíssimo
Sangue, da Santa Cruz, da Imaculada Conceição...
A - Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo
(aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão
na mão fosse posta em prática. A comunhão na mão é
muito boa para nós, no inferno; acreditai!
E - Nós te ordenamos, em nome (...) que digas
somente o que o Céu te ordena! Diz só a verdade, a
verdade total; tu não tens o direito de mentir. Sai
desse corpo! Vai-te!
A - Ela (aponta para cima) quer que eu diga...
E - Diz a verdade, em nome (...).
A - Ela quer que eu diga... que se Ela, a grande Senhora,
ainda vivesse, receberia a Comunhão na boca, mas de
joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim
(mostra como procederia a Santíssima Virgem).
E - Em nome da Santíssima Virgem (...) diz a verdade!
A - Tenho que dizer que não se deve receber a
Comunhão na mão. O próprio Papa, dá a Comunhão na
boca. Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na
mão. Isso vem dos seus Cardeais.
E - Em nome (...) diz a verdade!
A - Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos
pensaram que era matéria de obediência, que deviam
obedecer aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos
Sacerdotes e também eles pensaram que tinham de se
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submeter, porque a obediência se escreve com
maiúsculas.
E - Diz a verdade. Tu não tens o direito de mentir, em
nome (...).
A - Não se é obrigado a obedecer aos maus. É ao Papa, a
Jesus Cristo e à Santíssima Virgem, que é preciso
obedecer. A Comunhão na mão não é de modo algum
querida por Deus. – (mas tolerada se com devido respeito)
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
IMITAÇÃO DE CRISTO
A - ...antes disto tenho que dizer que o mundo de hoje,
mesmo o mundo católico, esqueceu por completo esta
verdade: é preciso sofrer pelos outros. Caiu no
esquecimento que todos vós formais o Corpo Místico
de Cristo e que deveis todos sofrer uns pelos outros
(chora como um miserável e geme como um cão). Cristo
não realizou tudo na Cruz. Abriu-vos as portas do
Céu, mas os homens devem reparar uns pelos outros.
As seitas bem dizem que Cristo fez tudo, mas isso não
corresponde à verdade. A Paixão de Cristo continua;
em Seu Nome, ela continuará até ao fim do mundo
(resmunga).
SENTIDO DO SOFRIMENTO
E - Continua, em nome da Santíssima Virgem, diz o
que Ela manda que digas.
A - É preciso que ela (a Paixão de Cristo) continue. Têm
que sofrer uns pelos outros e oferecer os sofrimentos
em união com a Cruz e os sofrimentos de Cristo.
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Deve-se sofrer em união com a Santíssima Virgem e
com todas as renúncias que Ela suportou durante a
Sua vida, unir os próprios sofrimentos, nos horríveis
sofrimentos de Cristo na Cruz e na Sua Agonia, no
Jardim das Oliveiras. Esses sofrimentos foram mais
terríveis do que aquilo que os homens poderão pensar.
Cristo, no Jardim das Oliveiras, não sofreu apenas
como podereis talvez pensar. Ele foi esmagado pela
Justiça de Deus, como se Ele próprio tivesse sido o
maior dos pecadores, como se estivesse condenado ao
inferno. Teve que sofrer por vós, homens; de
contrário, não teríeis sido salvos. Teve de suportar
os mais terríveis sofrimentos a ponto de pensar que
iria para o inferno. Os sofrimentos foram então tão
fortes que Ele se sentiu completamente abandonado
pelo Pai Celeste, suou sangue, porque Se sentiu
totalmente perdido para o Pai e abandonado por Ele.
Sentiu-Se esmagado como se fosse um dos maiores
pecadores.
Eis o que Ele fez por vós, e vós deveis imitá-Lo.
Estes sofrimentos têm um valor imenso. Esses
sofrimentos, esses momentos obscuros, esses
terríveis abandonos, quando se está convencido de que
tudo está perdido, e que o melhor é pôr termo à vida.
Eu não quero dizer mais, não...(respira com grande
dificuldade).
ACEITAÇÃO DO SOFRIMENTO
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - Muitos, a maioria, suicídam-se quando se crêem
abandonados por Deus e pensam ser as criaturas mais
miseráveis. Por mais escura que seja a noite, Deus
esta próximo deles, embora eles já não O sintam!
Deus está então como se já não estivesse. De facto,
momentaneamente, a Sua presença deixa de lhes ser
perceptível, mas apesar disso devem imitar os
sofrimentos de Cristo, sobretudo os que Ele chamou a
sofrer muito. Há muitos que, então, pensam que já
não são normais, a maior parte o é e então capitulam,
capitulam muito mais facilmente. Pensam então que
têm que se suicidar, porque já ninguém os
compreende. É o nosso triunfo. A maioria vai para o
Céu, mas apesar disso, é o nosso triunfo, porque...
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E - Continua em nome (...).
A - Não cumpriram a sua missão, deveriam ter
continuado a viver.
E - Continua em nome (...).
A - No mundo de hoje há cruzes extremamente pesadas.
É Ela que o manda dizer (aponta para cima). Essas
cruzes são muitas vezes mal suportadas. Cruzes
visíveis, como o cancro, defeitos físicos ou outras
enfermidades, são muitas vezes mais fáceis de
suportar que as angústias ou noites do espírito que
muitas pessoas têm de agüentar actualmente.
Ela, lá em cima (aponta para cima), manda dizer o que já
uma vez transmitiu através duma alma privilegiada:
“Eu enviarei aos Meus filhos sofrimentos tão
grandes e profundos como o mar.” * Esses a quem
foram destinadas cruzes tão pesadas - alguns são
escolhidos de há muito - não devem desesperar.
E - Em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho
e do Espírito Santo, diz Akabor, o que a Santíssima
Virgem te manda transmitir!
A - Estas cruzes que acabo de referir, são cruzes que
parecem inúteis e absurdas. Podem levar ao
desespero. Muitas vezes, parecem impossíveis de
suportar, mas são essas as mais preciosas. Eu,
Akabor, quero ainda acrescentar: Ela (aponta para o
alto) quer gritar a todos esses que carregam uma Cruz:
“Coragem! Não desanimeis!” Na Cruz está a
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salvação, na Cruz está a vitória. A Cruz é mais forte
que a guerra.
E - Continua em nome (...).
* Trata-se aqui da mensagem de Marienfried, dada na
Alemanha em 1945. Cfr. o livro “A Paz de Maria” das
edições ACTIC, que apresenta essas Mensagens.
O MODERNISMO
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que este Segundo Concílio do Vaticano não foi tão bom
como se pensa. Em parte, foi obra do inferno.
E - Diz a verdade, em nome (...).
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E - Akabor, diz a verdade, em nome e sob as ordens
da Santíssima Virgem! Nós ordenamos-te que
digas tudo o que Ela te encarregou de dizer!
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O ECUMENISMO
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Abanaram a cabeça, voltaram as costas e foram-se.
E muitos de entre vós, católicos, são suficientemente
estúpidos para ir ao encontro deles. Mas eles não dão
um passo na vossa direcção. Quero ainda acrescentar
mais qualquer coisa.
E - Diz a verdade, em nome (...).
A LITURGIA
A - Na Missa Tridentina fazia-se o Sinal da Cruz trinta
e três vezes, mas agora faz-se muito menos vezes:
duas, três, quando tudo vai pelo melhor. E na última,
na benção final, já não é necessário ajoelhar (grita e
chora de desespero). Podereis imaginar como nós
ajoelharíamos ... Como nós cairíamos de joelhos, se
porventura pudéssemos? (geme e chora).
E - É correcto fazer o Sinal da Cruz trinta e três vezes,
durante a Santa Missa? Diz a verdade, em (...).
A - Não é só correcto, como também obrigatório. É que
assim nós não conseguiríamos ficar, pois seriamos
obrigados a fugir da Igreja. Mas, assim, ficamos.
Devia também restabelecer-se a cerimônia da
aspersão. A aspersão com água benta obriga-nos a
fugir e o mesmo se passa com o incenso. Era também
preciso voltar a queimar-se incenso. Era bom que
depois da Santa Missa se recitasse a Oração a São
Miguel Arcanjo, três Ave-Marias e a Salve Rainha.
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E - Diz a verdade, diz o que tens a dizer, em nome (...).
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E - Continua a falar! Em nome da Santíssima Virgem
fala! Diz o que Ela te ordena, em nome (...).
A - Porque disse tudo isso, porque fui obrigado a dizê-lo.
Ela concede-me ainda uns momentos. Tens que recitar
três vezes: “ Santo, Santo, Santo...”. (As pessoas
presentes recitam a oração).
A - Sim!
EXPULSÃO DE AKABOR
E - Nós te ordenamos agora, Akabor, em nome da
Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito
Santo, da Santíssima Virgem Maria, do Coração
Imaculado de Maria, dos Santos Arcanjos, dos
Coros Angélicos, que digas se nos revelastes tudo o
que o Céu te tinha mandado dizer! Diz a verdade
em nome do Preciosíssimo Sangue!
A - Se Ele tivesse sido também derramado por nós,
teríamos sido homens. Mas nós não éramos homens.
Se fossemos homens, não teríamos sido tão estúpidos.
No fundo, ainda tendes mais sorte que nós...
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A - Isso não é possível...!
E - Akabor, vai-te em nome (...)! O teu discurso
acabou, a tua missão está cumprida. Grita o teu
nome e volta para o inferno!
A - Não sou obrigado a ir já. Ela ainda me permite um
certo tempo.
E - Tem que sair outro demônio contigo?
A - Não! Eu, Akabor, tenho de ir primeiro, mas tendes
que rezar ainda sete Ave-Marias em honra das 7
Dores de Maria. É sob as suas ordens (aponta para o
alto) que eu as vou dizer:
1ª - A primeira, pela sua dor na profecia de Simeão: “Uma
espada de dor te trespassara o coração.”
2ª - Depois, a fuga para o Egito, considerando as lágrimas e
os tormentos que Ela então sofreu.
3ª - Perda do Menino Jesus no Templo: imaginemos a
angústia que Ela padeceu, pois que Ele era o Filho de
Deus.
4ª - Ela encontra Jesus no caminho do Calvário; a
humilhação em que Ela viu o Seu Filho.
5ª - A horrível, a mais horrível dor: na Crucificação e
morte na Cruz. Quanto Ela não padeceu: lágrimas,
angústias, desânimo.
6ª - A descida da Cruz: Aquele Corpo horrivelmente
desfigurado, que em conjunto levaram para o túmulo.
Em que estado de espírito não terá Ela assistido a tudo
isto.
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7ª - Finalmente, a deposição no túmulo. A Sua Dor
imensa, a sua tristeza. Ela sofreu horrivelmente.
(Terminadas as orações, grita com uma voz cheia de ódio):
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E - Vai para o inferno e não voltes mais, nunca mais,
em nome (...).
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E - Em nome desta Rainha que tu recusaste, em nome
de Nossa Senhora do Monte Carmelo tens que voltar,
agora para o inferno!
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J - (Durante os cânticos, solta gritos horríveis de desespero):
Se me tivesse arrependido! Se me tivesse arrependido!
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E - Tu não quiseste, tu não lhe obedeceste. Ela queria
salvar-te para a eternidade, para o Céu. Ela desejou
o melhor para ti. Agora vai-te, em nome de Nossa
Senhora de Fátima!
A REALIDADE DO INFERNO
J - Se eu não tivesse perdido a esperança! O inferno é
horrível! Se eu não tivesse perdido a esperança! (gritos
de desespero, que metem medo).
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E - Vai-te agora, Judas Iscariotes, em nome de Nossa
Senhora do Monte Carmelo. Ela te ordena que vás
para o inferno, para a condenação eterna!
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J - Lúcifer, tu é que me mandaste, tens portanto que me
ajudar!
E - Nós te ordenamos, Judas Iscariotes, em nome (...).
J - (grita desesperado): Eles vêm... Vão chegar em breve...
Sabeis como os temo, sabeis? (refere-se a Lúcifer e aos
seus ajudantes).
- 46 -
Não fazeis a mínima idéia de como é medonho lá
embaixo! Não sabeis como é!
E - A culpa foi tua. Vai-te, Judas Iscariotes, em (...).
J - (grita e suspira): Tenho um lugar horrível! Um canto
horrível, lá embaixo. Oh ... oh! Dizei a todos que tenho
um canto horrível!... Vivei honestamente! Vivei
honestamente!... É pavoroso!... Por amor ao Céu fazei
tudo para alcançar o Céu, mesmo que para isso seja
preciso ser torturado por instrumentos de suplício
durante mil anos (grita).
Escutai, devo dizer ainda isto: se tivésseis que passar
mil anos de suplício, agüentai, agüentai! O inferno é
terrível, é terrível! Ninguém sabe como o inferno é
horrível. É muito mais atroz do que pensais... É
medonho!... É pavoroso! (Judas pronuncia todas estas
palavras com uma voz que faz tremer, entre cortada, de um
desespero indiscutível).
E - Em nome de Jesus disseste tudo agora?
J - Tenho ainda que acrescentar uma coisa, mas
prefiriria não o fazer: há tantas pessoas... que já não
crêem no inferno... mas... mas... (ameaçador)... ele
existe! O inferno existe. É horrível!
E - Sim, o inferno existe.* Diz só a verdade, em (...).
J - Oh... ele existe... o inferno! É medonho! Tenho que me
ir em breve, mas tenho que dizer ainda isto (grita e
gane como um animal).
- 47 -
E - Mas, agora, é preciso que te vás embora. Em
nome (...) sai desta mulher!
J - O inferno é muito mais medonho do que se pensa... O
inferno é muito mais horrível do que se pensa...! O
inferno é muito mais horrível do que se pensa...! (os
seus gritos são de ensurdecer).
E - Fala, em nome (...)!
J - (Grita e geme): Oh!... se eu pudesse ainda voltar
atrás... se eu pudesse ainda voltar atrás!... Oh... Oh!
(chora dum modo inexprimível).
E - Sai desta mulher, sai, em nome (...)!
J - Oh! Eu não quero ir lá para baixo. Tende piedade...
Deixai-me continuar nesta mulher!
E - Não! Não! Em nome (...) vai-te embora!
J - (geme): estava bem melhor nela. É que assim ela teria
que carregar com grande parte do meu desespero.
Deixai-me ainda ficar nesta mulher... É horrível para
mim. para mim é horrível estar no inferno (geme com
voz ofegante). Oh! Deixai-me ficar ainda nesta mulher!
E - Não! Em nome (...).
J - Ela ainda pode agüentar-me (com um imenso
desespero). Ela pode muito bem agüentar-me.
E - Sai dela, em nome (...).
J - Que pensais!... Lá em baixo é muito mais horrível!...
Oh! Oh!! (geme). Dizei isto... dizei isto a todos os
jovens, a todos os heréticos, absolutamente a todos: o
- 48 -
inferno existe. (a voz é penetrante, capaz de causar
calafrios). Oh! (grita), é “lixadamente” horrível! Se
tivesse escutado a Santíssima Virgem e não tivesse
passado a corda à volta do pescoço! Se tivesse mantido
a esperança. Se não a tivesse perdido (fala com uma voz
desesperada...) Mas todos dizem isso, todos os
condenados dizem o mesmo quando chegam lá abaixo.
Mas, então, já é demasiado tarde. Só acreditam quando
já é demasiado tarde.
E - Vai-te, em nome da Santíssima Trindade, em
nome de todos os Santos Anjos e Arcanjos e do
Arcanjo S. Miguel!
J - E Miguel é terrível para nós. Miguel é terrível! (grita
com uma voz odiosa).
E - Vai-te, em nome do Santo Cura d'Ars, em nome de
todos os Santos exorcistas e em nome da Igreja
Católica!
J - (grita): JU-DAS IS-CA-RI-O-TES! Tenho que partir!
(solta rugido terrível).
E - Agora, vai-te Judas Iscariotes, em nome da
Santíssima Trindade, volta para o inferno para
sempre, volta para a condenação eterna!
J - Eles aí vêm, aí vêm (geme e chora cheio de desespero).
Eles aí estão... Adeus, adeus, felizes homens... Felizes!
Vou-me embora... porque a isso me obrigam. (chora e
lança rugidos de fender a alma).
E - Nós te ordenamos, em nome (...) vai para o
inferno!
- 49 -
J - (ruge desesperado como um leão): Vou! JU-DAS IS-CA-
RI-O-TES!
E - Sai e vai para o inferno, em nome (...)
J - (lança gritos penetrantes, ofegantes, desesperados, de
repente, aponta para cima com o dedo, e diz): Ela ainda me
concede um curto espaço de tempo. A sua missão (da
possessa) ainda não está acabada.
- 50 -
E - Isso é verdade? Em nome (...)!
J - Sim!
E - Não estás a mentir? Em nome (...)!
J - Não! Pensas que digo isto de boa vontade?
E - Obrigaram-te a dizê-lo? Em nome (...), diz a
verdade!
J - Sim.
E - Em nome de quem?
J - No d'Ele, nesse maldito (aponta para cima)...
Infelizmente!
E - Quando é que te vais embora? Diz a verdade, em
nome da Santíssima Trindade!
J - Tenho ainda algumas coisas a revelar.
E - Então fala agora. Diz tudo o que tens a dizer, em
nome de Jesus!
J - Entre os Bispos de hoje há quem seja tão traidor
como eu. Se não são...
E - Nem todos. Diz a verdade, em nome (...).!
J - Nem todos, mas muitos. É mais fácil cair nas suas
malhas do que nas minhas.
E - Continua, Judas, diz o que tens a dizer, em (...)!
- 52 -
E - Continua, Judas Iscariotes, em nome de Jesus!
Que é que tens ainda a acrescentar, relativamente ao
Papa? Diz o que tens a dizer, da parte do Céu! Só
queremos saber o que o Céu e a Mãe do Céu querem
que digas!
J - Pensas que direi outras coisas! Pensas que me agrada
revelar isto?
E - Fala, em nome de Jesus, diz apenas a verdade, que
o Céu e a Mãe do Céu querem que digas!
- 53 -
conhecem Ecône, mas que procuram a verdade, também
o estão.
E - Continua, em nome (...) diz o que tens a dizer!
J - Monsenhor Lefébvre terá ainda de sofrer, mas ele é
bom.
E - A Liturgia que ele segue é boa? Diz a verdade, em
nome de Jesus!
J -A Liturgia que ele segue é a única boa.
E - Em nome de Jesus, isso é verdade?
J - É a pura verdade.
E - Em nome da Santíssima Trindade, mentiste?
J - Não! É a pura verdade.
E - Donde é que ela vêm? Quem te ordenou que
dissesses isto? Fala, em nome (...).
J - Foi Ela (aponta para cima) que o disse: São Eles, lá em
cima, que o dizem. A verdade vem do alto. Eles, lá em
cima, não gostam da nova Liturgia. Não era preciso
modificar o antigo Missal... Digo isto bem contra
minha vontade (geme e grita). Nos dias de hoje já não
há a obrigação de obedecer a todos os Bispos.
E - Ainda há Bispos bons? Em nome de (...) diz só a
verdade!
J - Ainda há Bispos a quem se pode obedecer, mas não a
todos! Akabor já falou desse assunto (geme e quase
não consegue respirar).
- 54 -
4 - EXORCISMOS DE 31 DE AGOSTO DE 1975
E - Judas Iscariotes, nós, Sacerdotes, ordenamos-te,
em nome da Santíssima Trindade (...) diz-nos: sois
realmente obrigados a partir? Diz a verdade, só a
verdade em nome (...). Pelo poder de todas estas
invocações deves dizer a verdade e só a verdade, e
também em nome das sagradas relíquias que estão
sobre a tua fronte.
J - Tenho que dizer, tenho que dizer! Em certa medida,
faço parte dos demônios. É a eles que estou agregado.
Eu tinha uma posição elevada, tinha uma posição
elevada, era Bispo.
E - Continua! Diz o que tens a dizer, em nome (...)!
J - Eu ocupo uma posição superior em relação às outras
almas condenadas. Já aqui disse que me deram um
canto horrivelmente obscuro no inferno. Como eu
invejo... os outros condenados humanos! Os outros... em
comparação comigo, estão bem. Eu tenho um canto
sujo.
E - Continua! Diz o que tens a dizer, em nome (...)!
J - Ela (aponta para cima) bem me avisou. Ela avisou-me. E
eu que não lhe dei ouvidos, eu que não lhe dei ouvidos
(lança gemidos medonhos).
E - Continua! Diz a verdade, diz o que tens a dizer, em
nome da Santíssima Virgem!
J - Se eu a tivesse escutado! Seja como for, desprezei-a. Eu
não gostava d'Ela! Eu não gostava dessa...
- 55 -
E - Continua a dizer a verdade, em nome da
Santíssima Virgem! Diz a verdade Judas, diz o que
tens a dizer da sua parte!
J - Para falar a verdade, desde o princípio, não me juntei
a eles só por causa de Jesus. Eu sonhava com o poder e
a realeza, e como nada disso se realizou, fiquei
desiludido!
E - Continua a falar. Diz o que a Virgem Santíssima,
Mãe de Deus, quer que digas, sobre a Igreja. Diz o
que tens a dizer, toda a verdade, em nome (...)!
A SITUAÇÃO NA IGREJA CATÓLICA
J - A Igreja Católica encontra-se numa situação grave.
Se Eles lá em cima (aponta para cima) não interviessem,
não poderia salvar-se. Mas é preciso que estas
palavras se cumpram: “ Eu estarei convosco todos os
dias, até o fim do mundo” (Mt. 28, 20). Haverá uma
depuração total, uma depuração terrível, que não nos
agrada, ouvis?
E - Continua! Diz a verdade em nome (...)!
J - A nossa ação no mundo, especialmente nos
últimos tempos, atingiu uma intensidade nunca
vista.
E - Continua! Diz a verdade em nome (...) !
J - Pelo menos, desde há mil anos.
E - Continua! Diz a verdade e só a verdade! Em nome
das Santíssima Virgem diz a verdade sobre a Igreja!
- 56 -
SITUAÇÃO DO PAPA PAULO VI
J - O Papa, o Papa... é um mártir. De certo modo poder-
se-ia dizer que jaz por terra, que deseja morrer. Não
deseja morrer na situação em que se encontra.
Tortura-o o pensamento de que o que diz não é
publicado no mundo, e é precisamente aquilo que ele
não queria, que é publicado pelos seus Cardeais. Em
todo o caso, muitos Cardeais, não todos, lá continuam.
O Papa tem imensa dificuldade em atuar. Está numa
situação muito pior que uma verdadeira prisão. Nós,
nós agitamo-nos, fazemos tudo o que podemos. Aliás,
já fizemos muito.
E - Continua, diz a verdade, em nome (...) e só a
verdade!
J - Privaram-no da sua liberdade... e assim pouco pode
fazer. É por isso que falamos dele como um réptil, só
capaz de rastejar, e que já não tem uma palavra a
dizer, nem à direita, nem à esquerda, nem à frente,
nem atrás. São os outros que o fazem, os falsos, os
que gostariam de vê-lo desaparecer.
E - Continua, diz a verdade, toda a verdade e só a
verdade, da parte da Santíssima Virgem! Continua
a dizer o que tens a dizer da parte do Céu!
É UM GRANDE PAPA
- 57 -
É um grande Papa, apesar de estar forçado ao silêncio.
Carrega uma cruz. Poucos são os que atingem a sua
altura, embora passe por pequeno e impotente.
A princípio cometeu alguns erros, mas há muito que os
reconheceu. Agora, porém, tem os pés e as mãos
atados e até a língua. Ele clama ao Céu que queria
restaurar a Ordem, deseja-o, mas os seus pés e as
suas mãos estão atados. Já nada pode fazer.
E - Diz a verdade, em nome (...)!
O PRÓPRIO DEUS INTERVIRÁ
- 58 -
E - Diz a verdade, em nome da Santíssima Virgem,
sobre a Igreja e sobre o Papa! Continua a dizer o que
tens a dizer, mas só a verdade!
J - O mais doloroso para o Papa é verificar como
mesmo os Sacerdotes “Tradicionalistas” duvidam
do seu pensamento, da sua vontade. Ele já não pode
fazer. Rodeiam-no de subtilezas. Mesmo que ele
quisesse publicar alguma coisa, isso nunca chegaria
a sair porque controlam tudo.
E - Por que é que o Papa não fala nas audiências, nas
audiências públicas? Aí poderia falar livremente.
J - Muitas vezes já nem sequer o pode fazer, já não
pode. Muitas vezes mal sabe o que está a dizer. É
assim que, então, se dão esses erros e confusões
horríveis. É um pobre Papa. A Virgem Santíssima e
Cristo têm pena dele. Mas é preciso que ele viva o seu
martírio. Há muito que ele prefiriria ser morto pelos
seus próprios Cardeais a viver assim! Sabe que todos
estão contra ele. Sente-o, ele é dotado de uma grande
sensibilidade. Tem os nervos muito sensíveis. Não é um
Papa enérgico, mas nesta altura também não seria
preciso um Papa enérgico. Há muito que o teriam
derrubado.
E - Continua a falar a verdade, em nome da
Santíssima Virgem. Em nome (...) nós te proibimos
de mentir!
- 59 -
J - Fazia parte dos planos de Deus a eleição de um Papa
humilde, submisso, abnegado, agora que as coisas estão
assim. É preciso que se cumpram as Escrituras. Por
isso é que era preciso que viesse agora o Papa Paulo VI.
Ele foi realmente o escolhido. Só Eles (aponta para o
alto) têm compaixão dele. Mas esta situação não se irá
manter durante muito tempo.*¹ O seu martírio em
breve terá fim. Mas, para ele, já dura há muito tempo.
É que para ele os dias são como semanas, como meses.
É preciso rezar por ele, rezar muito mais. É-lhe
imensamente penoso ver como a Igreja descarrila e
como tudo fica sem consistência. Podeis ter a certeza
de que ele prefiriria que tudo se fizesse segundo o
antigo estilo. Ele desejaria que este Concílio nunca
tivesse sido convocado. Ele bem se apercebe que tem
conseqüências terríveis, devastadoras, catastróficas,
que já não poderão ser eliminadas. Nem a oração
poderá deter os seus efeitos funestos.
E - Continua, diz o que tens a dizer da parte da
Santíssima Virgem, sobre a Igreja e o Santo Padre!
J - Era preciso dizer a todos os Bispos que o Papa é
influenciado. Mas eles não acreditarão, porque também
eles estão cegos. De que lhes serve a erudição e a
inteligência, se estão cegos e não crêem. Neste
aspecto, nós sabemos ainda mais, sabemos ainda mais
que os Bispos.
- 60 -
E - Diz a verdade e só a verdade, em nome da
Santíssima Virgem!
J - Eles temem-se mutuamente e têm medo do povo: têm
medo de serem rejeitados. Por isso querem dançar ao
som do violão do povo, mesmo que ele toque notas
falsas.
E - Continua: diz a verdade em nome da Santíssima
Virgem!
J - E este violão está de tal modo desafinado que, em
breve, já não se poderá tirar das suas cordas qualquer
som. E é a isto que se pretende chamar Igreja!
Compreendeis? Isto, quer ainda chamar-se Igreja! Uma
Igreja maldita, perversa, confusa. Será isto uma
Igreja... que em breve ninguém ousará, nem deverá,
chamar Igreja! *²
E - A frase que disseste “ É uma Igreja maldita”, não é
da Santíssima Virgem!
J - Não, essa frase é nossa.
E - Diz a verdade e só o que a Santíssima Virgem quer!
J - Apesar de tudo, é a verdade. E decerto modo Ela é
que quer que eu diga.
E - Fala em nome da Santíssima Virgem e diz somente
a verdade, toda a verdade!
J - Chegamos a um ponto em que, em breve, até as
seitas serão melhores que o vosso catolicismo. As
seitas, em breve, estarão em melhor posição, pois não
- 61 -
possuem a ciência e não são guiadas pelo Espírito
Santo, como a Igreja sempre foi. Elas dizem que é o
Espírito Santo, mas na realidade o que elas
propagandeiam pelo mundo são as suas próprias idéias,
da forma que mais lhes agrada. Há ainda alguns que
não querem difundir este gênero de catolicismo; esses
gostariam que as coisas se orientassem pela tradição.
Eles bem o desejariam, mas são demasiado covardes.
A sua covardia é de bradar aos Céus (aponta para cima)!
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...)!
J - Se rezassem muito, alguns ainda compreenderiam,
mas para muitos já é demasiado tarde. Como o Céu, a
Santíssima Virgem e o Santo Padre o lamentam! Os
três, Cristo, Santíssima Virgem e o Santo Padre, estão
de acordo. Só eles é que estão de acordo.
Os Cardeais (pelo menos muitos) não estão. O seu modo
de agir e proceder é contrário à vontade d'Eles lá em
cima (aponta para cima) e contrário à vontade do Papa.
O Papa encontra-se numa situação terrível, terrível!
E - Continua a dizer a verdade, em nome da
Santíssima Virgem! Diz tudo o que tens a dizer, em
nome (...)!
- 62 -
*² Em vez de uma Igreja de Deus, Divina, ficar-se-ia com
uma “igreja” humana, dos homens e para os homens. Se
tal se concretizasse, já não se poderia falar em igreja.
A OBEDIÊNCIA NA IGREJA
E - Diz a verdade sobre a Igreja, continua, em nome
(...). Tu não tens o direito de mentir, em nome (...)!
J - É divertido: a obediência jamais foi elevada tão alto,
como actualmente. De repente, a obediência ficou na
moda (ri sarcástico).
E - Diz a verdade, somente a verdade, da parte da
Santíssima Virgem!
J - Subitamente, todos apelam à obediência, agora, que
ela é fácil!
E - Diz a verdade Judas Iscariotes, não aquilo que te
apetece, em nome (...)!
J - Isto vem lá de cima. Nós somos obrigados a dizer a
maldita verdade. Agora, que é muito fácil - para
aqueles que têm a mentalidade moderna, que gostam de
- 64 -
ter muito dinheiro e tudo o mais - a obediência veio de
súbito à baila como bala de canhão! Antigamente, não
tinha de modo nenhum a atualidade que agora
subitamente adquiriu!
E - Diz a verdade da parte da Santíssima Virgem e só
a verdade!
J - Isso agrada-nos. O que é preciso é que continuem
assim. Mas a Eles lá em cima, isso não agrada. Os
Seus planos são outros e, no fundo, seriam outros, mas
é preciso que o Evangelho se cumpra. Todos os Seus
planos têm de se realizar, mesmo no meio de grandes
catástrofes, mesmo no meio das maiores confusões e
conflitos dos povos.
E - Diz a verdade! Continua a dizer a verdade, da
parte da Santíssima Virgem!
J - Todos se apóiam no Bispo, mas os Bispos não podem
apoiar-se no Papa, pois nada vem do Papa. Creio que vou
terminar.
E - Diz a verdade, toda a verdade, da parte da
Santíssima Virgem, diz o que Ela nos quer transmitir
por teu intermédio, Judas Iscariotes! Continua a
falar, diz tudo o que tens a dizer e só a verdade da
parte da Santíssima Virgem!
OS RITOS LITÚRGICOS
J - Em 14 de Agosto, Akabor, teve que falar do
Aspergesme, que deveria ser reintroduzido no princípio
- 65 -
da Missa. É verdade, é verdade! Assim somos
obrigados a fugir da Igreja.
E - Diz a verdade, Judas Iscariotes, diz a verdade da
parte da Santíssima Virgem!
J - Se não se fizer, permaneceremos lá dentro. O
Sacerdote deveria, como era uso antigamente, aspergir
os fiéis com o hissope, de uma ponta a outra da Igreja,
e isso obrigar-nos-ia a fugir, a fugir também do povo,
das pessoas.
E - Diz a verdade, da parte da Santíssima Virgem,
toda a verdade e só a verdade!
J - Nós também procuramos perturbar as pessoas.
Quando o Sacerdote, com o hissope, asperge de uma
ponta a outra da Igreja, então as pessoas podem rezar
melhor. Este rito expulsa também as idéias e os
poderes da magia negra.
E - Da parte da Santíssima Virgem, diz a verdade!
J - A cerimônia do Asperges-me, os trinta e três Sinais
da Cruz, a Tripla formula “Senhor eu não sou digno”, e,
no fim da Missa, a oração a São Miguel Arcanjo, as
três Ave-Marias e a Salve Rainha, deveriam ser
restabelecidos. A sua supressão foi obra nossa e, em
certa medida, obra daqueles que estão em nosso poder.
E - Continua a dizer a verdade, da parte da
Santíssima Virgem!
- 66 -
MISSA TRIDENTINA OU MISSA NOVA?
- 67 -
em línguas vulgares. Os demônios já se tinham referido
concretamente à tradução errada da formula da
Consagração. Cfr. pp. 26.
AS FESTAS CATÓLICAS
- 68 -
J - No entanto, acreditai-me, mesmo no inferno, são as
antigas festas que estão em vigor. Estão em vigor,
bem mais em vigor que no vosso mundo. Decerto já vos
apercebestes disso com a festa de Nossa Senhora do
Monte Carmelo.
OS SACERDOTES E A GRAÇA
- 72 -
AS MULHERES NA CAPELA-MÓR
E A DAR A COMUNHÃO
- 75 -
os do inferno diríamos, que o protestantismo em breve
se encontrará numa melhor posição.
- 78 -
E - Diz a verdade, Judas Iscariotes, só a verdade, sob
as ordens da Santíssima Virgem!
J - Agora há também muitos que fazem Sacrários de
qualquer maneira, em ferro. Claro que também
poderiam ser utilizados carris do caminho de ferro
(ri maldoso).
E - Diz a verdade, só a verdade, em nome (...)!
J - Um tabernáculo - Estais a ouvir-me? - Deve ser
dourado. Isto é: nem o ouro, nem as pedras mais
preciosas seriam dignas de encerrar o que ele encerra.
Estariam bem longe de ser merecedoras do que ele
abriga. É uma vergonha, mesmo nós lá em baixo, temos
de o reconhecer, é uma vergonha ver as Igrejas e
Tabernáculos que os homens constroem.
E - Diz a verdade, acaba com o riso, diz a verdade sob
as ordens da Santíssima Virgem!
- 81 -
O SANTÍSSIMO SACRAMENTO DO ALTAR
O SANTO ROSÁRIO
- 86 -
J - Só se ouvem uma vez todos os anos bissextos e,
quando isso ainda acontece, são cânticos que não
penetram até o fundo da alma, cânticos que não falam
ao espírito. Isso é-nos muito vantajoso porque já
muitas almas se salvaram e voltaram ao bom caminho
por causa dos cânticos em louvor da Santíssima Virgem.
Tomemos por exemplo o cântico “Maria zu lieben”
(Para amar Maria). Diz assim: “Tu és a Mãe, quero
ser Teu filho, só Teu, na vida e na morte!” (geme
como a um miserável). Não! Não quero dizer estas coisas!
J - Quero calar-me!
- 87 -
E - Diz a verdade, sob as ordens da Santíssima
Virgem, diz somente o que a Santíssima Virgem
quer!
- 88 -
J - Em muitos, o que falta é a humildade. Em muitos
Sacerdotes de hoje, o que falta é a humildade, porque
se fossem humildes não seriam tão covardes. Então,
teriam a coragem de proceder bem, de cumprir os seus
deveres, mesmo com risco de serem humilhados, é por
aí que nós temos domínio sobre eles. Muitas coisas
dependem dessa virtude.
Atualmente, a humildade é escrita com letras
extremamente pequenas, tão pequenas que mal se
podem ler. Está ainda escrita em poucos, mas só em
muito poucos é que está gravada com letras maiúsculas.
É claro que se esta virtude já não figura nas
pregações, como é que quereis que as pessoas a
pratiquem ou pratiquem outras virtudes? Onde é que
poderá ir buscar a matéria, a inspiração, o bom espírito
que deve reinar, a não ser às homilias?
Não foi um grande Santo que disse: “Quando o
demônio quer apoderar-se duma alma, não a deixa
ir aos sermões?” Mas às homilias que agora se fazem,
pode o demônio, tranquilamente, deixar ir as pessoas
(ri com grande satisfação).
- 91 -
E - Diz a verdade, da parte da Santíssima Virgem e só
a verdade!
J - Antigamente era diferente. Uma pessoa dessas, ou
melhor dizendo, uma “descarada”, era expulsa da
Igreja pelo Sacerdote. Antigamente havia ordem, mas
agora já qualquer “descarada” pode entrar (ri atrevido).
E - Diz o que a Santíssima Virgem te encarrega de
dizer, Judas Iscariotes. Só a verdade, só o que a
Santíssima Virgem nos quer transmitir por teu
intermédio!
J - O que depois se passa, quando estas pessoas estão na
Igreja, é absolutamente normal (interrompe-se).
E - Continua a dizer a verdade em nome (...).
J - Quando algumas pessoas deste gênero estão na
Igreja, as cabeças andam num rodopio. Viram-se para a
direita, para a esquerda, para a frente, para trás,
esticam-se e voltam-se na direção do que desejam ver
(ri alto). Com tudo isso, a oração não tarda também a
desaparecer (ri maldosamente).
E - Diz a verdade, em nome (...)!
J - Então a oração fica suspensa num prego ou presa
num mata-moscas (ri irônico).
E - Sob as ordens da Santíssima Virgem, diz a
verdade, diz o que a Santíssima Virgem nos quer
transmitir!
- 92 -
J - E assim, a oração já nem sequer se pode libertar do
mata-moscas; quando muito contorcer-se na rede do
sexo (interrompe-se).
E - Diz a verdade em nome (...)!
O TRAJE ECLESIÁSTICO
J - Não quero!
- 94 -
E - Diz a verdade em nome da Santíssima Virgem, diz
o que tens a dizer! Fala!
- 95 -
J - E a pessoa pensa para consigo: Se é verdade que
Deus existe, algo tem de mudar em mim. Que devo
fazer? E toda a noite esse pensamento vai ganhando
força na sua alma; por fim, essa pessoa decidir-se-á
pelo caminho que a conduzirá a um religioso de hábito,
a um homem de sotaina negra, ou a um Padre de hábito
beneditino... Sei lá como é que eles se chamam. Isto
só vos traria benefícios, a vós e ao mundo inteiro.
Seria imensamente vantajoso para as almas. Só por
isto, milhares e milhares de almas seriam salvas. Quer
nos comboios, nos lugares públicos, em toda a parte,
onde se encontrasse um Padre assim, quantas
mulheres, quantas pessoas, não se comportariam
melhor, menos negligentemente, ou seja, de outra
maneira (interrompe-se).
- 96 -
E - Diz a verdade Judas Iscariotes, diz o que a
Santíssima Virgem te encarrega de dizer. Lúcifer, tu
não podes impedir Judas Iscariotes de falar, nem
sequer perturbá-lo, em nome (...)!
J - ...porque é horrível quando uma mulher em mini-saia
se senta em frente dum Padre à paisana, sem saber que
ele é Padre. De fato, ela verifica, quer pelo seu olhar,
quer pelo seu comportamento, que ele tem algo de mais
elevado. Ela sente-o de certa maneira e isso leva-a a
tentar aproximar-se ainda mais dele. Nada disso
aconteceria se ele usasse o traje ou hábito religioso.
Casos como este, levaram muitos Padres a desviar-se
do bom caminho, a casarem e, conseqüentemente, a
abdicarem das suas funções sacerdotais. A Igreja
Católica está numa situação difícil. Atingiu o ponto
zero.
E - Diz a verdade Judas Iscariotes! Lúcifer tu não tens
o direito de impedir Judas Iscariotes de falar, nem
podes perturbá-lo! Judas Iscariotes, diz o que a
Santíssima Virgem te encarregou de transmitir!
J - (Só se percebem sons guturais indefiníveis e uma sensação
de estrangulamento).
E - Fala, Judas Iscariotes, em nome (...)! Lúcifer, tu
não tens o direito de perturbar; vai-te, em nome (...)!
*¹ Num Exorcismo anterior, que não se encontra publicado
nesta obra.
- 98 -
E - Continua, Judas Iscariotes! Lúcifer, tu não podes
impedir nem perturbar Judas Iscariotes quando ele
fala. Ele tem que dizer o que a Santíssima Virgem o
encarrega de dizer, em nome (...)!
J - É também um dos motivos principais...
E - Continua a dizer a verdade, o que a Santíssima
Virgem quer que digas, Judas Iscariotes!
J - ...um suporte a que nós podemos agarrar. O fato de
já não se pregar sobre o inferno, é-nos imensamente
vantajoso. Devia falar-se dos horrores do inferno, em
toda a sua extensão, e isso não bastaria ainda. Já o
disse aqui: “O inferno é muito mais horrível que
aquilo que vulgarmente se pensa (suspira e chora).
MISSÕES POPULARES
E VERDADEIRA RENOVAÇÃO
J - Se ao menos se pregassem estas coisas e se
voltassem a organizar missões populares, muitas
pessoas, milhares delas, voltariam a aproximar-se da
confissão. Agora, não o fazem. Nós já tivemos ocasião
de dizer que as cerimônias penitenciais não podem de
modo algum substituir a confissão. Nós tememos as
missões populares como a peste, pois já contribuíram
para a salvação de muitas almas. Os pregadores das
missões populares falavam sobretudo do inferno, do
Purgatório, da conversão e da morte. Isto levava luz a
muitas almas: eram como uma mecha que os Sacerdotes
colocavam junto das pessoas e em que elas se apoiavam,
- 99 -
pois ninguém ama a morte, ninguém ama o diabo. Todos
recuavam assustados e cada qual pensava para consigo:
“Se as coisas se passam assim, tenho que retomar o
caminho do bem. Ele tem razão.” Quando um Padre
segue a boa e verdadeira tradição, como Eles lá em
cima querem (aponta para cima), quando ainda celebra
convenientemente a Santa Missa, quando é guiado pelo
Espírito Santo, quando é muito piedoso, então as suas
bênçãos e a sua influência são muito maiores. O mesmo
se pode dizer dos seus sermões. As pregações de
muitos Padres são muito superficiais. As suas Missas
já não são fonte de bênçãos abundantes, talvez de
muito poucas; de qualquer modo, de menos bênção do
que no caso de um Padre piedoso. E isso é lógico.
O Céu permite que um Sacerdote que quer realmente o
bem, que se deixa guiar pelo Espírito Santo, que se
entrega totalmente a Deus e que só faz o que Ele quer
(aponta para cima), possui uma eficácia muito maior e
exerce uma influência também maior sobre as pessoas
que freqüentam a Igreja. O mesmo se passa com a
leitura do Evangelho e com as outras leituras, do
princípio ao fim da Missa: o poder de tal Sacerdote é
muito maior, muito mais extenso, que o de um
Sacerdote vulgar, morno ou quase apóstata. Esses já
não se interessam, são demasiado covardes para
celebrar a Missa e para fazer o bem como deveria ser,
segundo a vontade do Céu...
Não quero falar... Não quero continuar a falar.
- 100 -
E - Judas Iscariotes, diz a verdade, diz o que tens a
dizer sob as ordens da Santíssima Virgem! Lúcifer,
tu não podes perturbar Judas Iscariotes, tens de ir
para o inferno, lá é que é o teu lugar! Judas
Iscariotes, continua a dizer o que a Santíssima
Virgem quer, diz toda a verdade e só a verdade, diz
tudo o que tens a revelar.
J - (Judas geme).
E - Vai-te lúcifer! Tu não podes incomodar, nem
impedir Judas Iscariotes de falar! Judas Iscariotes
continua em nome (...)!
J - É preciso que apareçam Sacerdotes corajosos.
Naturalmente, era melhor que fossem os próprios
Bispos a manifestarem-se contra os abusos da Igreja.
As pessoas deviam reunir-se. Era preciso que se
voltasse a dizê-lo nas práticas, que fosse gritado do
alto dos telhados. Devia gritar-se do alto dos púlpitos
tudo o que eu, Judas, acabo de dizer. Penso, dum modo
especial, no Aspergesme e na bênção do fim da Missa,
durante a qual se deve ficar de joelhos! Naturalmente
que se deve ficar de joelhos! A posição de pé atrai
menos bençãos, pois não agrada a Deus. Ficar em pé,
de braços caídos, talvez sem rezar, durante a bênção
final, é ofensivo para Deus. É horrível. Nós, no
inferno, revoltar-nos-íamos, se pudéssemos, mas
evidentemente isso agrada-nos, isso até nos agrada.
- 107 -
E - Diz o que tens a dizer, da parte da Santíssima
Virgem!
O CELIBATO ECLESIÁSTICO
- 110 -
(ri trocista) perguntasse ao marido o que disse a fulana
de tal na confissão. Podia sentir-se terrivelmente
curiosa em saber o que disse este ou aquele, sobretudo
se tivesse interesse para o seu modo de pensar. Mas
se o Sacerdote vive e persevera no celibato, se imita a
vida virginal de Cristo, então até o mais “burro”
compreenderá e qualquer um pode pensar: “Aqui, posso
ir. Aqui posso dizer tudo. Nada passará daqui,
tudo ficará entre nós. Se eles conseguem guardar
o celibato, também são capazes de se calar.”
Mas já não pensam assim em relação aos que são
casados. Pelo contrário, a sua opinião é bem diferente:
“Este casou-se, não pode guardar o celibato, como
poderia... (ri com malvadez)... Como poderia calar o
bico se já nem é senhor do seu corpo?”
- 112 -
J - Não quero continuar a falar, não quero!
- 113 -
5 - EXORCISMO EM 12 DE JANEIRO DE 1976
Contra Veroba, demônio do coro das Potestades (V)
- 118 -
“Virão tempos em que aqueles que vos matarem
pensarão estar a render culto a Deus.” Esses tempos
chegaram. Não sereis mortos agora, muitos já o
foram, mas vós não. É preciso que suporteis algumas
perseguições. Mas ainda virão tempos piores. Esta
situação talvez já não dure mais dez anos. Nós
próprios não o sabemos ao certo. Só sabemos que já
não falta muito. O próprio Cristo disse: “Vós não
sabeis nem o dia, nem a hora, em que virá o Filho do
Homem.” Estas palavras valem não só para o fim do
mundo, como ainda para os Castigos! Referem-se ainda
aos castigos e também à morte de cada homem em
particular. O Aviso está incluído no castigo. Não será
nada ligeiro. Com o Aviso começará o Castigo - será,
por assim dizer, a primeira parte do Castigo.
A VIRTUDE E O VÍCIO
- 120 -
admitir que chegamos a esse tempo, só com alguns
pequenos sobressaltos, porque Aqueles lá em cima
ainda têm piedade.
- 121 -
Os jovens estariam melhor em campos de concentração
do que em certos centros educacionais, que mais não
fazem do que lhes inocular o sexo como um veneno.
E tudo isso é feito com um sabor a cristianismo
moderno, que aparece como complemento.
Em Sodoma e Gomorra tudo era mais visível. Nesses
tempos, a perversão não era assim inoculada gota a
gota (rosna). De fato, em Sodoma e Gomorra a
situação era grave, mas eles sabiam que pecavam.
Sentiam-no.
As crianças de hoje, muitas vezes, já nem sabem que
pecam. Só demasiado tarde é que se dão conta de que
foram precipitados para o pecado. Os grandes
responsáveis por essa situação, os Padres, professores
e educadores, não sabem senão dum modo confuso que
têm culpa na sua maneira de agir. Escutam às vezes a
voz da consciência, outras vezes pensam que é o
Espírito Santo.
AS ORIGENS DO PROTESTANTISMO
- 122 -
cisão no seio da Igreja. Os bons continuaram do bom
lado e os outros passaram simplesmente para o
Protestantismo. Mas os luteranos desse tempo eram
ainda melhores do que os maus católicos de agora. Foi,
então, para a Igreja uma grande crise, mas agora a
situação é mais funesta. Então, as pessoas, mesmo os
protestantes, tinham consciência de terem agido mal.
Quando se dividiram em três grupos, Lutero, Calvino,
Zuínglio compreenderam bem depressa que aquilo não
poderia ser a verdadeira Igreja, pois estes três
homens viviam em conflito entre si. Tinham
consciência de que o catolicismo estava em crise, no
entanto verificavam que pelo menos os bons tinham por
eles a unidade. De boa vontade arrepiariam caminho,
pelo menos Lutero, mas já era demasiado tarde.
Nós (aponta para baixo) já o tínhamos bem preso.
- 123 -
O bem é sempre mais duro e mais difícil. O bem não
cresce com tanta facilidade e mesmo quando cresce, e
o interessado pensa que já subiu bem alto, pode de
repente precipitar-se lá do alto da montanha e ser
obrigado a recomeçar do zero. O mal, ao contrário,
cresce e pulula como a erva daninha, sem sofrer
qualquer dano. Sobe e cresce e ninguém o pode deter.
A perversão assemelha-se a uma montanha sinistra.,
que tudo obscurece, tudo corrompe, tudo sufoca e
infecta. Quando o mal se instala, assemelha-se a uma
epidemia, que contamina multidões inteiras.
Pelo contrário, a virtude tem grande dificuldade em
crescer. Não é tão fácil, tão atraente, tão espalhada.
Mas nós não queremos falar disto! É horrível ser
obrigado a dizer estas coisas ! (rosna furioso)
- 127 -
J - É claro que Ela (aponta para cima) quer que digamos
outras coisas.
E - Tens que dizer a verdade, em nome (...)! Tens de
falar para a Igreja!
J - Já fiz demais pela Igreja, por esse maldito “caixote
de lixo.”
E - Fala agora para a Igreja, a Santa Igreja, que
jamais perecerá, em nome (...)!
J - Bem! Não tenho outro remédio senão falar.
E - Sim, as portas do inferno não prevalecerão contra
ela. Vós não tendes poder para destruir a Igreja.
J - Sobre a Igreja falaremos mais tarde. Primeiro
quero continuar com o tema que estava a tratar. Da
Igreja falaremos mais tarde!
E - Então fala, Judas Iscariotes, diz o que a
Santíssima Virgem quer, em nome (...)!
J - Ela quer que eu ainda acrescente mais qualquer coisa
ao assunto do sexo e aos problemas da juventude. Ela
quer que todos saibam que é preciso falar do altar,
sobre esses assuntos, que é preciso pregar sobre as
virtudes (respira com dificuldade); que é preciso que
todos saibam, como a culpa pesa... ouvis?... como pesa e
aonde conduz.
E - Que culpa, fala em nome (...)!
- 128 -
OS PECADOS DOS HOMENS
- 129 -
qualquer possibilidade de distração e podem
concentrar-se muito melhor.
A MAJESTADE DE DEUS
- 136 -
E - Continua a dizer a verdade e só a verdade! Tu não
tens o direito de mentir!
- 139 -
Virgem na Sua terrível majestade. Nem mesmo Pedro
foi encarregado de o fazer. Nem ele. Ele era a pedra,
tinha a missão geral de tudo, e a Igreja fôra fundada
sobre Ele. Contudo, a redação dos Evangelhos foi
confiada aos quatro Apóstolos, já mencionados.
E - Diz a verdade em nome (...)!
B - Então o Espírito Santo desceu sobre eles, sob a
forma de uma pomba, e foi assim que os quatro tinham
sido escolhidos. Todos viram. Mas agora não quero
continuar a falar.
E - Tens que falar, em nome do Pai (...), em nome da
Imaculada Conceição, tens de falar agora; continua
Belzebú!
B - Quando Barnabé e ainda um outro foram visitar a
Santíssima Virgem, Ela disse-lhes: “Deveis contar em
especial a vida de Cristo, compreendeis? É Ele que
deve ser glorificado, é Ele que deve estar sempre
no primeiro plano. Deixai que eu me apague.
Quanto a mim, relatareis apenas a Incarnação e o
Nascimento de Cristo, o que é indispensável.
Deixareis de lado o resto.” Embora eles estivessem
ao corrente e tivessem visto coisas extraordinárias e
elevadas não puderam escrevê-las. Isso foi para eles
um sacrifício. Mas Ela queria apagar-se por humildade,
para que o Filho de Deus, o seu Jesus Cristo, sobre o
qual a Igreja fôra fundada, ficasse no primeiro plano.
- 140 -
Mas Ela, a Mãe de Deus, é o grande sinal de Deus e, em
certa medida, simboliza também a Igreja. Ele, Jesus,
ama a Igreja como uma Esposa. Então, para os dois
Apóstolos não ficarem tristes, disse-lhes que Cristo
mais tarde haveria ainda de falar d'Ela, através da
humanidade ou através não sei de quem (lança gritos
horríveis).
E - Maria de Agreda.
O COMEÇO DA IGREJA
- 142 -
homens não procedem assim. Nada fazem em relação
ao que Ela realizou e ao que foi realizado graças a Ela...
- 145 -
visões e revelações, grandes Santos lançaram muita luz
sobre a vida e obra d'Essa que está lá em cima (aponta
para cima). Um dos maiores é a Catarina Emmerich,
que nem sequer ainda foi canonizada (ri maldoso). Ela
não foi só uma das almas mais sofredoras, mais
humildes, mais missionárias, como é também uma das
maiores Santas do Céu. A outra é Maria de Jesus
Agreda. Viveu em Agreda. Era Abadessa. Já os seus
pais se tinham retirado para um convento (rosna)...
Ttinham prometido consagrar-se à vida religiosa.
Eles é que obtiveram à sua filha, a sua predileta, a
graça de ter essas malditas visões.
- 149 -
B - Um cepo é ainda mais inteligente. Aqui e acolá,
pode apresentar ainda uma folhinha verde, mas os
homens, esses, só tem lixo e palha.
- 150 -
E - Sim, continua a dizer a verdade, em nome (...)!
- 151 -
Catarina foi uma grande alma sofredora. No seu
quarto, o frio era glacial. É que ela era muito pobre e
mesmo quando os seus lençóis estavam lisos com o frio
e, no meio deles, ardia com febre, nunca pedira para
lhos mudarem. Ela queria viver a sua Paixão e
oferecê-la humildemente. Onde é que se vêem, hoje
em dia, almas assim? Religiosas compadecidas
substituíam-lhe os lençóis. Catarina não o teria exigido
e acabaria por morrer de frio ou ficaria entorpecida.
Ela tudo suportava pelo seu Senhor Crucificado.
É inimaginável o que ela fazia por Ele.
Ela é uma poderosa Santa que nós sempre tememos.
Sentimos repugnância por estas pessoas, que
renunciam a si mesmas, seguem voluntariamente o
caminho da cruz e tudo oferecem pelos outros. Há
grandes santos que fazem muitos milagres, que são
considerados grandes aos olhos do Senhor, que têm o
dom de ler nas consciências, como ela aliás também
tinha, mas como ia dizendo, embora esses possam ser
mais conhecidos, embora a eles acorram milhares de
pessoas, embora sejam grandes santos, não se lhe
podem comparar e não se lhe comparam. Era uma alma
sofredora, humilde, apaixonada por Deus. Deus amou-a
e glorificou-a dum modo muito especial e é por isso que
Ele quer que seja canonizada.
- 152 -
B - Já há muito e não só agora, que ela o deveria ter
sido. Deve-se falar às pessoas dos seus livros e das
suas numerosas visões e revelações. É preciso que o
façais por amor à dolorosa Paixão de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Ela desejava-o e o próprio Jesus o deseja
também. Dos seus textos, devereis citar em primeiro
lugar A Dolorosa Paixão de Jesus Nosso Senhor. Este
livro também não devia faltar em nenhuma família,
sobretudo numa família que se preze de ser católica
(geme). Mas chega de conversa por agora!
- 153 -
B - ...venha a ser glorificado e conhecido e que tudo o
que deve ser revelado a meu respeito, o seja na
devida altura.” Agora já é a altura. Estamos agora
em pleno Apocalipse. E Ela é o Grande Sinal. É por
isso que as pessoas devem ler estes livros, porque em
Emmerich, mas mais especialmente em Maria de Jesus,
se fala do Apocalipse, do Grande Sinal, da Santíssima
Virgem.
- 155 -
E - Continua, em nome da Santíssima Trindade!
- 157 -
aceitação daquele sofrimento. Ao beber o Cálice, Ele
confirmava apenas que aceitava a Paixão (geme) e que
estava disposto a beber todo o cálice até o fim (geme).
Graças a isso, vós, poços de imundície, vereis um dia o
Céu, a que nós jamais teremos acesso (furioso).
- 158 -
ser o maior dos criminosos. Parecia-Lhe que fôra
abandonado e repudiado por Deus Pai, de tal modo os
seus verdugos O tinham golpeado, picado, flagelado e,
por fim, deixado a esvair-se em sangue (resmunga).
E tudo isto Ele fez por vós! Porque é que nós não o
conseguimos evitar? (chora)
- 159 -
Durante quarenta dias Ele jejuou como nenhum homem
jamais jejuou ou jejuará... E também Ele sentiu a
dureza da fome...
OS NOMES
A ESTUPIDEZ HUMANA
- 165 -
E - Continua, belzebú, em nome (...)!
A IMITAÇÃO DE CRISTO
E - Belzebú, fala por ordem da Santíssima Virgem, em
nome (...) diz a verdade!
- 168 -
B - A propósito destas virtudes, devo acrescentar que é
preciso que esse nojento livro, a Imitação de Cristo,
de Thomas Kempis, que nós lá em baixo tanto
tememos (gane como um cão), seja citado, difundido e
lido. Não deve faltar em nenhuma família católica e
deve ser lido. O melhor seria ler um capítulo todas
as noites e esforçar-se por seguir e pôr em prática os
seus ensinamentos. Na medida do possível, deveria
ler-se a antiga edição, a completa; na edição moderna
já foram feitas algumas modificações. Com o andar
do tempo acabam por mudar tudo! Por isso, deveis
procurar arranjar os livros antigos. Se houver poucos,
será preciso reeditá-los.
Em todo o caso, também deveríeis pregar sobre A
Imitação de Cristo, utilizar e desenvolver os assuntos
que nela se encontram, inculcá-los no coração dos
fiéis. A Imitação de Cristo é o verdadeiro grão e não
palha. É uma obra que vem do Céu. O Céu a quer e a
recomenda, já que ela põe a Cruz de Cristo sob os
olhos de todos, concretamente, ensinando como se
deve imitar a Cruz de Cristo. Assim, o homem
aprende como Cristo sofreu e como ele próprio deverá
sofrer se quiser avançar um passo ou um decímetro
atrás d'Ele. Deve ter sempre presente que, com tudo
isto, ainda estará longe de ser um santo e que se deve
julgar com humildade. É imprescindível que insistais
neste ponto.
- 169 -
Há milhares de pessoas, poderíamos dizer milhões,
que crêem que são boas porque fizeram isto ou aquilo.
Mas isso não basta! Só serão verdadeiramente boas
quando não se acharem ainda boas, pensando que
fizeram muito pouco e que poderiam ter feito muito
mais. Serão boas quando se julgarem com humildade
e fizerem por Cristo tudo o que estiver nas suas mãos.
OS DEVERES DA MULHER
VISTOS PELA SANTÍSSIMA VIRGEM
- 170 -
para que também as pessoas aprendessem a ser
humildes. Foi alguma vez personagem principal no
Altar ou na Missa? Quis manter-se sempre ignorada,
embora fosse a criatura mais grandiosa, a mais
universal. Ela vale mais que todos os Padres e
religiosos juntos. Ela é a maior entre as maiores,
escolhida por Deus para guiar a Igreja e para ser
Sinal, para ser o grande Sinal, a Mãe do Salvador. Ela
é também a Rainha dos Anjos. Mas é preciso dizer a
todos que, apesar disso, viveu ignorada e entregue aos
seus trabalhos caseiros.
Não compete à mulher desempenhar funções públicas,
por exemplo, como conselheira do Governo ou Doutora
de Ciências.
Não é conveniente mostrar-se assim e, por outro lado,
desprezar os deveres de dona de casa. Qualquer
trabalho, mesmo o mais insignificante e humilde de
uma dona de casa, que serve a Deus e à sua família de
todo o coração, tem mais valor do que a mais bela e
melhor conferência duma mulher doutora, ainda que o
seu discurso ressoe através de todos os microfones e
seja registrado por todos os jornais. Uma mulher
destas vale muito menos lá em cima do que uma mãe
que leva a sua Cruz cotidiana, educa bem os seus
filhos e aceita o filho que concebeu. Quando tudo
suporta com paciência, faz o seu trabalho
humildemente, alimenta, cuida e veste os seus filhos,
educa e limpa a prole, tem mais valor, perante a “malta
- 171 -
dos três, lá de cima” (refere-se a Santíssima Trindade)
do que uma mulher que só pensa em fazer figura.
Poderíamos citar aqui as palavras: “Quem se humilha
será exaltado, e voará como uma flecha.” Quando
uma mulher não aceita os seus deveres caseiros e só
aspira a grandezas, não pode conservar-se humilde.
Toda a mulher que se quiser elevar, será humilhada no
Céu. Pelo contrário, todas as que se humilham,
encontram-se no bom caminho. Obtem para as suas
famílias e para os povos muito mais graças do que
outra que só pense em brilhar.
Como resultado do orgulho surge o aborto. A mulher
já não quer ser apenas “mãe de família”, com um papel
a desempenhar: a educação dos filhos. Quer ser e
parecer algo mais. Este é um dos motivos da morte de
muitas crianças por aborto. É claro que há muitas
mães que se encontram em grande necessidade. Essas
deveriam ser auxiliadas por palavras e obras.
Deveriam deixar viver o filho, mesmo que fosse muito
duro. O seu sacrifício transformar-se-ia em fonte de
bênção.
E - Em nome da Santíssima Trindade, do Pai (...)!
B - Se as mulheres estivessem mais tempo ao fogão e
preparassem boas refeições aos maridos, decerto não
haveria tantos divórcios, como atualmente. Se as
mulheres cumprissem melhor os seus deveres de
donas de casa e proporcionassem aos maridos um
ambiente caseiro mais agradável, não haveria tantas
- 172 -
desavenças e separações. Se não existissem tantos
homens e mulheres em concubinato, haveria mais
cônjuges dotados de espírito de sacrifício e menos
lares desfeitos. Quando desaprendem, no tempo de
concubinato, o que é o sacrifício e não sabem o que é
renunciar como quereis que venham a constituir
família? Aos seus olhos, o casamento exige muitos
sacrifícios e privações. Sempre assim foi, é assim e
há de ser sempre assim.
Entre os que viveram juntos durante muito tempo,
poucos são os que vêm a casar. Além disso, é muito
difícil para uma pessoa que durante anos viveu à
vontade, voltar atrás e corrigir-se. Mesmo que essa
pessoa quisesse mudar de vida, ser-lhe-ia bem mais
difícil do que a uma outra que viveu normalmente, sem
divagações para a esquerda ou para a direita, para a
seu belo prazer colher aqui as uvas e ali os rabanetes.
E - Em nome (...) diz a verdade! Diz o que a
Santíssima Virgem quer que digas e só a verdade!
- 174 -
Seria ótimo ter destas estampas em grandes
quantidades por toda a parte, distribuí-las e mesmo...
Sim, lançá-las por todo o lado e, se isso fosse possível,
colá-las às costas de cada um. Sois tão estúpidos
como cepos! Tendes à vossa disposição essas pagelas,
essas promessas, esses privilégios e não o utilizais,
pelo menos a grande maioria das pessoas não se
servem delas! Há ainda outros folhetos deste gênero,
por exemplo, o da Santa Brígida da Suécia e do
Coração de Jesus. A devoção ao Coração de Jesus
está atualmente muito reduzida. A ela estão também
ligadas grandes promessas e o mesmo se pode dizer
da devoção ao Imaculado Coração de Maria. “A
Verdadeira Devoção”, segundo São Luiz Maria Grignion
de Montfort, também quase caiu no esquecimento.
O PAPA E A IGREJA
- 177 -
E - Porque é que o Espírito Santo permite estas
coisas? Belzebú diz a verdade (...)!
- 179 -
VERDADEIRAS E FALSAS ALMAS
PRIVILEGIADAS
- 180 -
Muitos dos “milagres” que acontecem no seio de
certas seitas e que se passam com certas almas
privilegiadas, vêm lá de baixo (aponta para baixo).
Pretende-se que tudo acontece pelo Espírito Santo,
mas na realidade tudo é realizado por nós (aponta para
baixo), em nome do inferno. Nós podemos nos
transformar em “Anjos de Luz.” Também é possível
curar doentes, em nosso nome, se isso servir duma
maneira vantajosa aos nossos objetivos. É mais fácil
aos perversos realizarem coisas extraordinárias pelo
poder do inferno e em seu nome, do que às autênticas
almas privilegiadas obterem do Céu coisas
extraordinárias e verdadeiros milagres. A estas
últimas é necessário muita oração e virtude. Por esse
motivo é que com as almas privilegiadas autênticas se
dão muito menos milagres visíveis. Além disso,
acontece às vezes também que almas privilegiadas
autênticas se desviem de Deus. É preciso estar muito
atento. Também aqui é preciso lembrar aquele aviso:
“Examinai tudo, e guardai o que é bom” (Tess. 5,21).
OS ÚLTIMOS TEMPOS
E - Em nome de (...)!
- 182 -
RESPOSTAS A ALGUMAS CRÍTICAS
PELO PADRE ARNOLD RENZ, SDS.
1- Cristo não aceitou o testemunho dos demônios e
ordenou-lhes: “Calai-vos”.
- 188 -
injuriados por lúcifer.” E os demônios acabaram
mesmo por confessar: “Se ela não foi imediatamente
para o Céu, decerto chegou bem alto, bem alto.”
- 189 -
g) Pelo desenrolar das “Confissões” verificou-se que a
Santíssima Virgem decerto, como um último
recurso, quis revelar pela boca dos demônios o que
é útil para a Igreja e para o bem das almas. Só
neste sentido, é que foram feitas perguntas e exi-
gidas novas revelações, mas “somente a verdade e
o que a Santíssima Virgem quer.”
- 190 -
Virgem, a vencedora de todos os combates de Deus
que há de esmagar a cabeça a satanás, os force a
fazer revelações mesmo contra a sua vontade, para
bem dos homens e da Igreja. Também isto é um
triunfo de Maria.
- 191 -
DOCUMENTOS
Fazemos notar que a documentação final esclarece
alguns pontos controversos do Exorcismo e dá ao
leitor a linha doutrinal da Igreja nesta matéria.
O QUE É A POSSESSÃO?
Pelo Padre Arnold Renz, SDS
A Possessão:
Embora a possessão não possa ser provada nem confirmada
pela Ciência (Psicologia) ela tenta estudá-la, saindo assim
da sua competência. A sua existência tem, no entanto, de
ser aceita. Mesmo abstraindo dos ensinamentos do
Magistério e das Sagradas Escrituras, ela foi experimentada
por Santos (por ex: São João da Cruz, o caso duma
religiosa na vida de Santa Teresa de Ávila, o Santo
- 192 -
Cura d'Ars e tantos outros). A história da Igreja fornece
um grande número de casos de possessão, que não são aqui
mencionados.
É preciso grande prudência na aceitação de certos casos de
possessão, pois existem doenças psicológicas que se
assemelham muito a possessões.
Há diferentes fenômenos, ou manifestações, que provam a
possessão. O mais evidente é a reação ao exorcismo feito
apenas mentalmente: é o chamado “exorcismus
probativus.” Mas mesmo neste caso é possível que os
demônios se escondam, que não se manifestem e não
reajam. No caso de não reagirem, isso não prova que eles
não estejam presentes. Mas se reagem, isso prova que há
possessão. Um fator importante é fornecido pelo
comportamento perante objetos benzidos, relíquias, água
benta, medalhas... Mas, neste caso, não é preciso que a
pessoa saiba previamente que os objetos estão benzidos.
O comportamento perante a água vulgar e a água benta é um
sinal da presença dos demônios. Certas pessoas tem o dom
de distinguir a água vulgar da água benta, mas a sua reação
não é uma rejeição furiosa. A reação furiosa não se pode
explicar dum modo natural.
Um outro sinal comprovativo é o sucesso do exorcismo.
Citamos apenas um caso: o dos pequenos possessos de
Illfurt (1). Estes demônios puderam ser expulsos. Depois
da sua expulsão, por exorcismos que se prolongaram
durante dois anos, as crianças ficaram absolutamente
normais.
- 193 -
O fracasso do exorcismo será um sinal negativo?
a) Se não há realmente possessão, o exorcismo não pode
resultar. Em certos casos pode até mesmo prejudicar.
b) Há casos de possessão que têm um objetivo particular:
por exemplo, a purificação de uma pessoa que vive
no pecado ou o castigo para uma vida de pecado,
mas também há especialmente casos de pessoas que
se consagram ao diabo. Tais casos são, na maior parte
das vezes, longos e exigem um esforço enorme da parte
do exorcista, mas não são casos desesperados, sobretudo
se a pessoa tiver boa vontade (o caso de Magda com o
Padre Rodewyk).(2)
c) Um caso particular de possessão é o que se chama
“possessão expiadora.” As pessoas em causa não são
pessoalmente culpadas. Podem, por exemplo, ter sido
amaldiçoadas. Porque é que num ou noutro caso a
maldição dá efeito e noutros não? Continua a ser um
mistério. Se certas pessoas aceitam sofrer por outras, tal
disposição pode traduzir-se em possessão. A possessão
obriga a um sofrimento horrível. A história mostra que
os possessos que sofreram muito tempo não chegam a
ficarem velhcos (o caso dos meninos de Illfurt).
Há possessos que sofrem pela humanidade, pela Igreja ou
por determinados grupos de pessoas, por exemplo,
Sacerdotes.
d) Quando se consideram certos casos como, por exemplo, o
de Nicolau Wolf, de Rippertschwand,(3) ou o de
Altotting,(4) pode-se pensar que estes casos têm uma
missão especial a cumprir na Igreja: não só pelos
sofrimentos evidentes, mas também pelas suas
- 194 -
revelações. Podíamos citar aqui o caso que é objeto
desta obra ou o caso Klingenberg.(5) As revelações
feitas nestes casos devem ser consideradas um testemunho
e um auxílio à Igreja nos tempos difíceis que atravessa.
Estes casos resistem ao exorcismo até se cumprirem
determinados objetivos. No caso de Klingenberg, o
sofrimento prolongou-se até à conformação com Cristo e
a morte na Cruz. Anneliese morreu de fome e sede.
O demônio declara nesta obra a propósito de Klingenberg:
“Deus submeteu esta família e a todos os que
tomaram parte no assunto, a uma prova indizível. Ele
chamou a Si essa pobre alma sofredora, para que
acabasse o seu martírio e pudesse gozar da Beatitude
eterna.” Acrescentaram depois: “Mesmo que ela
(Anneliese) não tivesse sido imediatamente elevada à
eterna Bem-Aventurança, ficou muito alto, muito alto”
(10 de Junho de 1977).
A morte de Anneliese foi permitida por Deus e não devida
a um fracasso do exorcismo.
Causas da possessão:
Resumindo: pode haver um pecado grave, que abre as
portas aos demônios. Pode acontecer que a pessoa em
causa se entregue ao demônio por um pacto assinado com o
seu próprio sangue (o caso de uma religiosa, na vida de
Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz) que essa
pessoa se entregue a práticas ocultas ou que tenha uma
intenção especial: reparação ou algo semelhante.
A possessão e a Ciência:
Satanás e a possessão pertencem ao sobrenatural.
A Ciência não tem acesso ao sobrenatural. Ela ocupa-se
dos fenômenos. Se a Ciência discute sobre satanás ou
sobre a possessão, ultrapassa os limites da sua competência
e não merece crédito. O mesmo se pode dizer quanto à
Psicologia e à Medicina.
É razoável e até aconselhável, quando se desconfia de que
há possessão, pensar em primeiro lugar, nas causas naturais
e também nas doenças psíquicas. Mas a razão exige que se
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atenda à possibilidade de uma possessão. Um exame
cuidadoso do caso deve estabelecer as causas do estado da
pessoa. O fracasso da Medicina no tratamento do caso
pode ser um sinal de possessão. Quando a Ciência desiste,
é preciso que o caminho fique aberto ao exorcismo, ao
remédio apresentado pela Igreja, conforme as ordens de
Cristo: “Expulsai os demônios” - (Mt.10,8). O erro,
segundo o qual, Cristo estaria condicionado pela
mentalidade do seu tempo, relativamente aos demônios,
contradiz a Sua Divindade e deve ser rejeitado.
Que é exorcismo?
O exorcismo é o remédio da Igreja, que se esforça por
expulsar o demônio pela oração, por leituras da Sagrada
Escritura, por adjurações*¹, intimações em nome de Jesus,
uso da água benta, bênçãos, Sinais da Cruz, a imposição da
estola, a imposição das mãos. Seria um erro pensar que
basta um único exorcismo para expulsar os demônios.
É um duro combate entre o exorcista e os demônios.
Estes repetem constantemente: “Nós não somos obrigados
a partir já.” É por isso que também aqui é válido o
aforismo: Deus tem a última palavra a dizer.
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NOTAS REFERENCIAIS DESTE CAPÍTULO:
- 198 -
CARDEAL HOFFNER:
Entrevista* sobre as possessões.
SL = entrevistador da Revista
JH = entrevistado, Cardeal J.Hoffner
- 202 -
formula a sua opinião, é a da sua filosofia moderna
e não a intérprete da Bíblia.” (10) Nas pregações
de Jesus, satanás é o grande adversário que, no
entanto, não tem qualquer poder sobre Ele (João
14,30), porque Jesus quebrou o seu poder: “O
príncipe deste mundo está condenado” (João
16,11). Sem dúvida que satanás não está no centro
da pregação de Jesus. Mas, “a luta contra o
poder dos demônios” faz parte da missão de
Jesus, que veio a este mundo, “para destruir as
obras do diabo” - (1 João 3,8).
- 205 -
NOTAS REFERENCIAIS DESTE CAPÍTULO:
- 210 -
α Ω
MIKAEL
“QUEM COMO DEUS?”