Exercício Prático - Balanced Scorecard - BSC
Exercício Prático - Balanced Scorecard - BSC
Exercício Prático - Balanced Scorecard - BSC
Do começo ao Fim
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FICHA CATALOGRÁFICA
Inclui Bibliografia.
ISBN: XX-XXX-XXXX-X
I. Título.
CDU<99999>
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Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se
define, não se define o que não se entende, não há sucesso no
que não se gerencia.
Eike Batista
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Dedico este livro aos meus filhos Júlia e Luiz Felipe, assim como a
todos os meus alunos, em quem deposito toda a minha fé e
esperança na construção de um mundo melhor. Esta é a minha
contribuição.
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Lista de figuras
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Sumário
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1. BALANCED SCORECARD (BSC)
Não faz muito tempo, uma organização avaliava o seu desempenho por meio de resultados
financeiros e de eficiência dos seus processos internos. No entanto, este tipo de avaliação deixou de ser
adequada porque não considerava um dos aspectos mais importante para existência de uma empresa, o
cliente. O Balanced Scorecard (BSC) permite a empresa criar uma metodologia onde todas as suas unidades
funcionais e funcionários trabalhem de forma integrada em prol do cumprimento da Missão da empresa e
realização de sua Visão de Futuro, transformando a estratégia em tarefa de todos.
O BSC pode ser traduzido para o português como Indicadores Balanceados de Desempenho. O
termo “Indicadores Balanceados” se dá devido que os indicadores de uma organização não se restringirem
somente na perspectiva econômico-financeira, as organizações também se utilizam de outros indicadores
focados em ativos intangíveis como: desempenho de mercado junto a clientes, desempenhos dos processos
internos e pessoas, inovação e tecnologia. A somatória destes fatores alavanca o desempenho das
organizações criando valor futuro.
A pesquisa que deu origem ao BSC foi patrocinada pelo Instituto Nolan Norton, ligado à empresa
de consultoria KPMG, atualmente Bearing Point. Esta pesquisa teve duração de um ano com a participação de
doze empresas e como hipótese que os métodos existentes de avaliação do desempenho empresarial
baseados nos indicadores contábeis e financeiros prejudicavam a capacidade das empresas de criar valor
econômico.
Com o passar do tempo, Kaplan e Norton observaram que as organizações estudadas não
estavam mais utilizando a metodologia como indicadores, mas sim como um sistema de gestão (FGV, 2014).
Norton define o BSC como:
Segundo Kaplan e Norton (1997), o BSC reflete o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazo,
entre indicadores financeiros e não-financeiros, entre indicadores de tendências e ocorrências e, ainda, entre
as perspectivas interna e externa de desempenho. Este conjunto abrangente de indicadores serve de base
para o sistema de medição e gestão estratégica por meio do qual o desempenho organizacional é mensurado
de maneira equilibrada sob quatro perspectivas. Dessa forma contribui para que as empresas acompanhem o
desempenho financeiro, monitorando, ao mesmo tempo, o progresso na construção de capacidades e na
aquisição dos ativos intangíveis necessários para o crescimento futuro.
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A partir do BSC é possível:
Cada uma das perspectivas pode ser explicada por uma questão-chave, as respostas a cada
questão-chave constituem os objetivos estratégicos associados a essa perspectiva. Uma forma de comunicar o
desempenho dos objetivos estratégicos é a confecção de um Mapa Estratégico, ver Figura 6.
Portanto, a operacionalização da estratégia é realizada pela concretização dos seus objetivos. Por
isso, para cada objetivo deve ser definido um indicador que controlará o seu desempenho por meio do
progresso da sua execução, comparado com a meta estabelecida. Os objetivos são realizados pela execução
dos Planos de Ação confeccionados. Veja a Figura 1 para entender como é realizado o acompanhamento dos
objetivos e na Figura 3 é apresentado um modelo de Plano de Ação.
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Figura 1 – Representação do desempenho.
Fonte: ESCOL@ VIRTUAL (2013).
Repare que o objetivo é avaliado pelas setas que representam o desempenho dos indicadores e
possuem sentidos para sinalizar a sua situação, veja a Figura 2Figura 2 para saber o significado das setas. Para
ficar mais nítida o significado das setas, também podem ser coloridas para aumentar o destaque.
O BSC é uma ferramenta de gestão que propõe um novo modelo organizacional chamado de
Organização Orientada à Estratégia. Nessas organizações, o BSC é utilizado para alinhar as unidades de
negócio, as unidades de serviço compartilhado, as equipes e os indivíduos em torno das metas organizacionais
gerais, ou seja, alinhá-los à estratégia da empresa.
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Um projeto típico de formulação e implantação de BSC pode durar, aproximadamente, 16
(dezesseis) semanas, porém, nem todo esse tempo é ocupado com as atividades do BSC. Grande parte do
tempo é determinada pela disponibilidade dos executivos para entrevistas, workshops e reuniões.
Após a construção do BSC, a organização terá a definição clara das responsabilidades, tanto no
nível de análise e tomada de decisão, como no nível de acompanhamento e inserção de dados referentes aos
indicadores, metas e evolução dos projetos.
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1.2. COMO FAZER O MAPA ESTRATÉGICO
A tradução da estratégia em termos operacionais deve ser balizada pela descrição de objetivos,
indicadores, metas e iniciativas. Os objetivos descrevem aquilo que, sendo crítico para o sucesso da
organização, deve ser alcançado. Os indicadores mostram como as trajetórias rumo aos objetivos serão
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medidas e acompanhadas. As metas indicam o nível de desempenho necessário para o cumprimento dos
objetivos. As iniciativas representam o Plano de Ação elaborado por meio de programas de ação essenciais
para o cumprimento dos objetivos.
O BSC foi escolhido pela Harvard Business Review como uma das práticas de gerenciamento mais
importantes dos últimos 75 anos. A sua criação ocorreu para solucionar o problema de comunicação do
planejamento estratégico das organizações. E desde sua criação demonstrou ser uma ferramenta capaz de
atender às novas exigências de gerenciamento dentro dos cenários econômicos em constantes mutações.
Desde que foi criado vem sendo utilizado por centenas de organizações do setor privado, público e em ONG no
mundo inteiro.
O BSC não traz qualquer conceito novo, mas repensa temas antigos, chamando a atenção para
pontos que estavam esquecidos ou mal compreendidos, mostrando a vinculação entre estratégia e operação.
Este modelo de gestão facilita a definição de uma estratégia, sua tradução em termos operacionais e o
alinhamento de todas as pessoas envolvidas nos objetivos da organização. Portanto, é considerado a evolução
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de uma prática e não de uma teoria, é um processo de mudança e não um projeto de indicadores de
desempenho.
A partir de uma visão balanceada e integrada de uma organização, o BSC permite descrever a
estratégia de forma muito clara, por meio de quatro perspectivas: financeira; clientes; processos internos;
aprendizado e crescimento. Sendo que todos se interligam entre si, formando uma relação de causa e efeito.
Espera-se que o BSC venha a fazer parte das ferramentas utilizadas pelos administradores para
gerirem de maneira eficiente e eficaz as empresas e construírem organizações de grande sucesso.
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SOBRE O AUTOR
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