Medição de Roscas

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E-QP-ECD-071 REV.

B 11/Abr/2005

PROCEDIMENTO DE CONTROLE DIMENSIONAL


- MEDIÇÃO DE ROSCAS EXTERNAS -
- NÍVEL BÁSICO -
ENGENHARIA
Os comentários e sugestões referentes a este documento devem ser
encaminhados ao SEQUI, indicando o item a ser revisado, a proposta e a
justificativa.

SL
Este documento normativo tem a validade de 2 (dois) anos a partir da sua
SERVIÇOS E edição, prazo máximo para a realização da próxima revisão ou haja alterações nos
LOGÍSTICA requisitos dos clientes.

ÍNDICE
SEQUI
1. OBJETIVO
CERTIFICAÇÃO 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
3. TERMINOLOGIA
QUALIFICAÇÃO E 4. INSTRUMENTOS
INSPEÇÃO 5. GRAU DE AVALIAÇÃO
6. ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
7. REGISTRO DE RESULTADOS
8. ANEXOS

Apresentação
Este documento define um roteiro, verificações e medidas a serem executadas na identificação
e avaliação simplificada de roscas externas.

GESTOR: SL/SEQUI - CI APROVADOR: SL/SEQUI - CI

Umberto

UMBERTO EZIO ENRICO TOMASI JOSÉ ANTONIO DUARTE


Matrícula 610277-1 Matrícula 572212-6

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas


A IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DESTE DOCUMENTO TORNA A CÓPIA NÃO CONTROLADA
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CONTROLE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO DATA

0 Emissão original 26/10/2004


A Substituição de todos os desenhos em Paint para Auto Cad 10/01/2005
B Revisão Geral 11/04/2005

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1. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo descrever um roteiro e os métodos para
identificar e fazer a medição simplificada de roscas externas.

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

2.1 Manual da Qualidade do SEQUI (MQ-05-SL/SEQUI-001)

2.2 Norma ABNT – NBR 6165 – Temperatura de referência para medições


industriais de dimensões lineares – Padronização

2.3 Portaria Nº 29 de 1995 do INMETRO - Vocabulário Internacional de


Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM)

2.4 Norma ABNT NBR 5876/1988 - Roscas – Terminologia

2.5 Norma ABNT NBR 9527/1986 – Rosca Métrica ISO – Procedimento

2.6 Norma ABNT CB 206/1991 – Tipos e Aplicações

2.7 Norma ASME B1.5 : 1997 – Roscas ACME

2.8 Norma ASME B1.1 : 1989 – Roscas Unificadas

2.9 Norma British Standard 93 : 1951 – Roscas B.A.

2.10 Norma British Standard 84 : 1956 – Roscas B.S.W. e B.S.F.

2.11 Norma DIN 13 – Roscas Métricas

2.12 Norma DIN 103 – Roscas Trapezoidais

2.13 Norma DIN ISO 228-1 : 1994 – Roscas G

2.14 Manual de Operação da Máquina de Medição Linear SIP 305M : 1981,


Genève Suíça.

3. TERMINOLOGIA

São adotadas as definições constantes do Manual da Qualidade do SEQUI-MQ-05-


SL/SEQUI-001, além da seguinte:

RBC: Rede Brasileira de Calibração formada por laboratórios credenciados pelo


INMETRO para realizar calibrações conforme escopo de credenciamento.

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4. INSTRUMENTOS

- Micrômetro Externo

- Arames para Medição de Roscas

- Pentes de Roscas

5. GRAU DE APLICAÇÃO
As roscas podem ser avaliadas em vários graus de detalhamento, em função da
aplicação, da finalidade e das características das roscas.
Como exemplo de aplicação, finalidade e características, pode-se citar: as
roscas extra finas, indicadas para apertos locais sujeitos a vibrações, como em
aeronaves; roscas trapezoidais ou mistas para transmissão de movimento, como
as empregadas em máquinas operatrizes; roscas cônicas para transmissão de
movimento, transmissão de torque, transmissão de flexão, aperto e vedação,
como as roscas de tubos de perfuração, etc.
Roscas especiais podem exigir a medição da rugosidade superficial, classe de
tolerância e ajuste com folgas mínimas, teste de estanqueidade, emprego de
calibradores, medição do semi-ângulo de flanco, medição do passo, etc.
Este procedimento é um método básico de medição, onde são feitas medições
básicas nas dimensões principais das roscas.

6. ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
6.1 Preparação
Limpeza – Utilizar benzina, éter ou álcool isopropílico, tecido de popeline branco,
guardanapo de papel ou papel toalha, escova e luvas de látex. Devem ser limpos
a peça roscada e os instrumentos a serem empregados nessa verificação.

Exame Visual – Utilizar luvas de látex para manusear as peças. O exame da


peça roscada consiste em fazer um controle visual, verificando desgastes ou
danos que comprometam a verificação. Verificar se a peça roscada possui
cantos vivos, rebarbas, oxidações, se os filetes não encontram-se amassados
ou quebrados. Caso constatado algum dano, anotar no registro de medição as
condições da peça medida.

Estabilização da Temperatura – Colocar as peças a serem medidas juntamente


com os padrões sobre a mesa de medição para estabilização da temperatura
(mínimo 1 hora). A temperatura do ambiente, das peças e dos instrumentos
empregados, deve ser de 20 r 2 ºC e verificada com um termômetro de
resolução máxima 1 ºC.

Verificação da calibração dos padrões – os padrões e instrumentos utilizados


devem estar calibrados por laboratórios da RBC laboratório de calibração
credenciado pelo SEQUI, e dentro do prazo de validade da calibração. Anotar os

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dados dos padrões e instrumentos e dos seus certificados de calibração no


relatório de calibração.
6.2 Medição do Diâmetro Externo
Posicionar a peça com roscado externo entre os contatos de medição do micrômetro
externo e fazer a apalpagem, observando seu alinhamento e se a medição está
ocorrendo realmente no diâmetro, e não em uma corda, conforme Figura 1. O
parafuso deve situar-se na posição central dos apalpadores. Medir o valor do
diâmetro externo “d” e anotar no relatório de medição.

Figura 1 – Medição do Diâmetro Externo do Parafuso

6.3 Verificação do Valor do Passo Nominal da Rosca Externa


Utilizar os pentes de roscas para verificar qual o passo e ângulo nominais que a
rosca externa possui. Coloca-se o pente de rosca sobre a peça roscada e
verifica-se qual a lâmina que encaixa perfeitamente sem folgas no roscado,
conforme Figura 2. Anotar os valores encontrados no relatório de medição.

Figura 2 – Verificação do Passo e Ângulo da Rosca com Pente de Rosca

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6.4 Determinação do Diâmetro Ideal, Máximo e Mínimo do Arame para


Medição de Roscas Externas
A escolha do diâmetro do arame “‡” para medição do diâmetro de flanco se faz
em função do passo e do ângulo de flanco da rosca. Os valores para algumas
roscas estão na Tabela 1 e na Tabela 2 temos o diâmetro do arame em seu valor
comercial que seria o indicado para os vários passos das diferentes roscas.
Porém se for necessário calcular devemos considerar:
P
‡ no min al
D
2 u cos
2

17 u P
‡ máx
D
32 u cos
2

15 u P
‡ mín
D
32 u cos
2

O valor do diâmetro nominal do arame deve estar dentro dessa faixa. Verificar se
existe nos jogos de arames o diâmetro desejado, senão, pegar o diâmetro mais
próximo da faixa determinada acima.

Tabela 1 – Fórmulas para Cálculo dos Diâmetros Permitidos para os


Arames

Tipo de Rosca ‡nominal ‡máx ‡mín


60° Métrica ou Unificada 0,57735 . P 0,61343 . P 0,54126 . P
55° Whitworth 0,56369 . P 0,59892 . P 0,52846 . P
47° 30´ B.A. 0,54626 . P 0,58040 . P 0,51212 . P
30° Trapezoidal 0,51764 . P 0,54999 . P 0,48528 . P
29° ACME 0,51645 . P 0,54873 . P 0,48417 . P

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Tabela 2 – Passos das Roscas em Função dos Diâmetros Padronizados dos


Arames

Rosca Rosca Rosca Rosca Rosca


Diâmetro Rosca ACME
Métrica Unificada Whitworth B.A. Trapezoidal
do Arame
Passo fios
Passo em Passo em fios Passo fios Passo em Passo em
‡ em mm por polegada
mm por polegada por polegada mm mm
0,17 0,3 80 0,31
0,195 0,35 80 – 72 72 0,35
0,22 0,4 64 64 0,39 – 0,43
0,25 0,45 56 56 0,48
0,29 0,5 48 48 0,53
0,335 0,6 44 44 – 40 0,59 – 0,66
0,39 0,7 40 – 36 36 0,73
0,455 0,75 – 0,8 32 32 0,81 – 0,90
0,53 1,0 28 – 27 28 – 26 1,00

Rosca Rosca Rosca Rosca Rosca


Diâmetro Rosca ACME
Métrica Unificada Whitworth B.A. Trapezoidal
do Arame
Passo fios
Passo em Passo em fios Passo fios Passo em Passo em
‡ em mm por polegada
mm por polegada por polegada mm mm
0,62 1,0 24 24 – 22
0,725 1,25 20 20 – 19 – 18
0,895 1,5 18 – 16 16 16 – 14
1,10 1,75 – 2,0 14 – 13 –12 14 – 13 – 12 12
1,35 2,5 11,5 – 11 – 10 11 – 10 10
1,65 3,0 9–8 9–8 3 8
2,05 3,5 7 7 4 6
2,55 4,0 – 4,5 6 6 5 5
3,20 5,0 – 5,5 5 – 4,5 5 – 4,5 6 4

Após separar o jogo de 3 arames, que serão usados na medição do diâmetro de


flanco, deve-se fazer uma medição de cada arame para verificar se não existe
troca de arames nos jogos de 3 arames, anotar os valores e calcular a média dos
3 arames. A diferença entre o diâmetro do maior arame e do menor, dentre os 3
arames, não pode ser superior a 0,002 mm.

6.5 Medição do Diâmetro de Flanco com o Método dos 3 Arames


Consiste em colocar 3 arames cilíndricos, de mesma dimensão nominal, entre os
vãos dos filetes da rosca, sendo 2 de um lado (em vãos consecutivos) e um
arame do outro lado em posição intermediária, de modo que o centro desse
arame situe-se entre os centros dos arames opostos, conforme Figura 3.

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Aproximar os contatos do micrômetro externo acionando a catraca ou fricção e


anotar o valor medido M.
Calcular o valor do diâmetro de flanco de acordo com a fórmula geral ou através
das fórmulas simplificadas, conforme Tabela 3.

Fórmula Geral – Diâmetro de flanco (d2)

§ · § ·
¨ ¸ ¨ ¸
P ¸  ‡ ˜ ¨1  1
d2 M ¨ ¸
¨ D ¸ ¨ D ¸
¨ 2 ˜ tg ¸ ¨ sen ¸
© 2 ¹ © 2 ¹
sendo
M = medida sobre os arames
‡ = diâmetro médio medido dos 3 arames
P = passo nominal verificado na rosca
D = ângulo da rosca verificado

Ø
d1
d2

M
d

Figura 3 – Medição do Diâmetro de Flanco com o Método dos 3 Arames

Tabela 3 – Fórmulas Simplificadas para Calcular o Diâmetro de Flanco

Tipo de Rosca Fórmula Simplificada do Diâmetro de Flanco


60° Métrica ou Unificada d2 M  0,8660 ˜ P  3 ˜ ‡
55° Whitworth d2 M  0,9605 ˜ P  3,1657 ˜ ‡
47° 30´ B.A. d2 M  1,1363 ˜ P  3,4830 ˜ ‡
30° Trapezoidal d2 M  1,8660 ˜ P  4,8637 ˜ ‡
29° ACME d2 M  1,9334 ˜ P  4,9939 ˜ ‡

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6.6 Avaliação dos Roscados


Utilizando as normas respectivas a cada roscado fazer a avaliação se a rosca
está aprovada ou reprovada de acordo com a classe de tolerância solicitada.

7. REGISTRO DE RESULTADOS
Deverá ser preparado um relatório de medição das peças roscadas contendo:
- características dos padrões utilizados
- condições ambientais (temperatura e umidade relativa ambiente)
- dados da inspeção visual (riscos, mossas, oxidação, outros danos)
- valores medidos dos diâmetros externos
- valores verificados dos passos e ângulos das roscas
- valores medidos sobre arames
- valores calculados dos diâmetros de flanco

8. ANEXO
Anexo I - Relatório de Medição de Roscas Externas – Nível Básico

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Procedimento
RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE E-QP-SEQ-010T
ROSCAS EXTERNAS – Nível Básico REV. 1
26/Jul/2004
1) Características do Micrômetro Externo
Faixa de Indicação: Fabricante:
Resolução: Modelo:
Nº Identificação: Nº de Série:

2) Condições Ambientais Temperatura Ambiente: ________________ Umidade Relativa: ____________

3) Medições
Nº Peça: ‡ dos Arames
ITEM Valor Padrão de Valor Medido Calculado Medido
Norma (Limites) ou Verificado ‡nominal: ‡ Arame 1:
Max.: ‡máx: ‡ Arame 2:
‡ Externo ‡ Arame 3:
Mín.: ‡mín: Média dos ‡:
Passo
Ângulo da Cálculo do ‡ de Flanco:
Rosca
Max.: Croqui do Perfil da Rosca: Exame Visual:
‡ de
Flanco Mín.:
Perfil
Sentido

Nº Peça: ‡ dos Arames


ITEM Valor Padrão de Valor Medido Calculado Medido
Norma (Limites) ou Verificado ‡nominal: ‡ Arame 1:
Max.: ‡máx: ‡ Arame 2:
‡ Externo ‡ Arame 3:
Mín.: ‡mín: Média dos ‡:
Passo
Ângulo da Cálculo do ‡ de Flanco:
Rosca
‡ de Max.: Croqui do Perfil da Rosca: Exame Visual:
Flanco Mín.:
Perfil
Sentido

Nº Peça: ‡ dos Arames


ITEM Valor Padrão de Valor Medido Calculado Medido
Norma (Limites) ou Verificado ‡nominal: ‡ Arame 1:
Max.: ‡máx: ‡ Arame 2:
‡ Externo ‡ Arame 3:
Mín.: ‡mín: Média dos ‡:
Passo
Ângulo da Cálculo do ‡ de Flanco:
Rosca
‡ de Max.: Croqui do Perfil da Rosca: Exame Visual:
Flanco Mín.:
Perfil
Sentido

5) Dados dos instrumentos e padrões utilizados

Inspetor:________________________ SEQUI:_________________ Data: ______/______/________

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