O Bom Conflito 2
O Bom Conflito 2
O Bom Conflito 2
Viver no século XXI, com mudanças velozes e extensas exige de nós muita
flexibilidade, capacidade de adaptação, tolerância com as diferenças e habilidades
de negociação em muitos momentos do cotidiano da casa, do trabalho, da
comunidade. A capacidade de resolver conflitos com eficácia e agilidade – por
consenso, conciliação, negociação, mediação, arbitragem – é, cada vez mais, um
recurso indispensável à nossa sobrevivência.
Mas o conflito não é algo necessariamente ruim. O que define o conflito como
destrutivo ou construtivo é a nossa maneira de lidar com ele. O conflito pode
resultar em brigas crônicas e em escalada da violência; por outro lado, pode ser
terra fértil para criar boas opções. Daí a encruzilhada e o desafio: Como
desenvolver habilidades para transformar conflitos destrutivos em caminhos
construtivos para harmonizar diferenças e criar soluções satisfatórias para todos?
Para isso, é preciso ter habilidade para separar as pessoas do problema. Em outras
palavras, aprender a atacar o problema sem atacar as pessoas. Quando as pessoas
gastam muita energia se atacando, a briga fica interminável e o problema que elas
querem resolver fica sem solução. A escuta respeitosa é o principal recurso de
comunicação porque nos permite ir mais fundo no “iceberg” do conflito. Considera-
se que 50% da construção de acordos satisfatórios dependem da escuta. A partir
daí, é possível compreender, expressar sentimentos, ter empatia. Portanto, para ir
“além das aparências” no conflito, precisamos:
Recursos da comunicação
Embora muitos conflitos nasçam de profundas diferenças de valores, de cultura ou
de estrutura de vida (sendo, por isso, mais difíceis de resolver), a falta e a
distorção da comunicação estão na raiz da maioria dos conflitos.