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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MJSP - POLÍCIA FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 174 -DG/PF, DE 20 DE AGOSTO DE 2020

Estabelece os procedimentos
rela vos ao Sistema
Nacional de Armas e a
aquisição, registro, posse,
porte, cadastro e
comercialização de armas de
fogo e munições.

O DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V


do art. 36 do Regimento Interno da Polícia Federal, aprovado pela Portaria nº 155, de 27 de setembro de
2018, do Senhor Ministro de Estado da Segurança Pública, publicada na seção 1 do Diário Oficial da
União nº 200, de 17 de outubro de 2018; e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003; no Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019; no Decreto nº 9.847, de 25 de junho
de 2019; e no Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019; resolve:

CAPÍTULO I
DA FINALIDADE

Art. 1º Estabelecer os procedimentos relativos:

I - ao Sistema Nacional de Armas - Sinarm; e

II - à aquisição, registro, posse, porte, cadastro e comercialização de armas de fogo e


munições.

CAPÍTULO II
DO SINARM

Seção I
Da abrangência do Sinarm

Art. 2º O Sinarm — ins tuído no Ministério da Jus ça e Segurança Pública, no âmbito da


Polícia Federal — tem circunscrição em todo o território nacional.

Art. 3º Devem ser registradas no Sinarm:

I - as armas de fogo institucionais:

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a) da Polícia Federal;

b) da Polícia Rodoviária Federal;

c) da Força Nacional de Segurança Pública;

d) do Departamento Penitenciário Nacional - Depen;

e) das polícias civis dos estados e do Distrito Federal;

f) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a que se referem,
respec vamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII docaput do art. 52 da Cons tuição
Federal;

g) das guardas municipais;

h) dos órgãos públicos aos quais sejam vinculados: os agentes, os guardas prisionais, e
os integrantes das escoltas de presos dos estados e das guardas portuárias;

i) dos órgãos do Poder Judiciário, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
pessoais que efe vamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma do regulamento
estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça;

j) dos órgãos dos Ministérios Públicos da União, dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efe vamente estejam no
exercício de funções de segurança, na forma do regulamento estabelecido pelo Conselho Nacional do
Ministério Público;

k) da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia,


adquiridas para uso dos integrantes da carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, compostos
pelos cargos de auditor-fiscal e analista-tributário;

l) do órgão ao qual se vincula a carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho, adquiridas para


uso de seus integrantes;

m) dos órgãos públicos cujos servidores tenham autorização, concedida por legislação
específica, para portar arma de fogo em serviço e que não tenham sido mencionados nas alíneas "a" a
"l";

n) do Poder Judiciário e do Ministério Público, adquiridas para uso de seus membros; e

o) das polícias penais, quando devidamente regulamentadas, na forma do art. 4º da


Emenda Constitucional nº 104, de 4 de dezembro de 2019;

II - as armas de fogo particulares de uso civil:

a) dos integrantes da Polícia Federal;

b) dos integrantes da Polícia Rodoviária Federal;

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c) dos integrantes do Depen;

d) dos integrantes das polícias civis dos Estados e do Distrito Federal;

e) dos integrantes dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
que se referem, respec vamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII docaput do art. 52 da
Constituição Federal;

f) dos integrantes das guardas municipais;

g) dos integrantes dos quadros efe vos dos agentes e guardas prisionais, das escoltas
de presos dos Estados e das guardas portuárias;

h) dos integrantes do quadro efe vo dos órgãos do Poder Judiciário que efe vamente
estejam no exercício de funções de segurança, na forma do regulamento estabelecido pelo Conselho
Nacional de Justiça;

i) dos integrantes do quadro efe vo dos órgãos dos Ministérios Públicos da União, dos
Estados e do Distrito Federal e Territórios que efe vamente estejam no exercício de funções de
segurança, na forma do regulamento estabelecido pelo Conselho Nacional do Ministério Público;

j) dos integrantes dos quadros efe vos da Carreira de Auditoria da Receita Federal do
Brasil da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia, composta pelos
cargos de Auditor-Fiscal e Analista-Tributário, e da Carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho;

k) dos integrantes dos quadros efe vos dos órgãos públicos cujos servidores tenham
autorização, concedida por legislação específica, para portar arma de fogo em serviço e que não
tenham sido mencionados nas alíneas "a" a "j";

l) dos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público;

m) dos integrantes das empresas de segurança privada e de transporte de valores; e

n) dos integrantes das polícias penais, quando devidamente regulamentadas, na forma


do art. 4º da Emenda Constitucional nº 104, de 4 de dezembro de 2019;

III - as armas de fogo dos instrutores de armamento e ro credenciados pela Polícia


Federal; e

IV - as armas de fogo adquiridas por qualquer cidadão autorizado na forma do disposto


no § 1º do art. 4º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.

Parágrafo único. O disposto nos incisos I, II e III aplica-se também às armas de fogo de
uso restrito.

Seção II
Dos processos no Sinarm

Art. 4º Devem ser realizados por meio de formulários disponibilizados no sí o eletrônico


da Polícia Federal (www.gov.br/pf):

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I - os requerimentos de aquisição, registro, transferência, renovação de registro, porte e
guia de trânsito de arma de fogo; e

II - os pedidos de segunda via de documentos e a comunicação de ocorrências com


armas de fogo.

§ 1º O requerente deverá — no prazo de trinta dias contados da emissão do


requerimento — apresentar os originais ou cópias autenticadas dos documentos exigidos na unidade da
Polícia Federal responsável pelo controle de armas de fogo para conferência, ainda que eles tenham
sido enviados em meio eletrônico.

§ 2º Os requerimentos e comunicações a que se referem o caput só serão analisados


após a conferência dos documentos apresentados em meio eletrônico com os documentos originais ou
cópias auten cadas, quando serão considerados efe vamente protocolados para fins de contagem de
prazos.

§ 3º O requerente se compromete — por meio de termo de responsabilidade firmado no


formulário — a acompanhar o andamento do processo no sí o eletrônico da Polícia Federal na Internet,
na opção “Consultar Andamento de Processos”, sendo que todas as comunicações e no ficações se
darão por meio eletrônico.

§ 4º Ato do coordenador-geral de Serviços e Produtos poderá dispensar a apresentação


de documentos em meio sico na unidade da Polícia Federal responsável pelo controle de armas de
fogo, caso os documentos tenham sido apresentados em meio eletrônico.

§ 5º A Polícia Federal poderá proceder à iden ficação biométrica dos interessados em


adquirir arma de fogo, a qual consiste na coleta de fotografia e impressões decadac lares para
cadastramento e individualização em seus bancos de dados.

§ 6º Poderá ser dispensado de apresentar a documentação em meio físico na unidade da


Polícia Federal o requerente que:

I - possua certificado digital; ou

II - tenha se submetido à identificação biométrica.

§ 7º O Sinarm emi rá seus documentos em meio eletrônico e sua auten cidade deverá
ser confirmada na página da Polícia Federal na Internet.

Seção III
Do gerenciamento do Sinarm

Art. 5º O gerenciamento do Sinarm compete à Divisão Nacional de Controle de Armas de


Fogo - DARM/CGCSP/DIREX/PF, com sede em Brasília/DF, com auxílio das delegacias responsáveis pelo
controle de armas de fogo.

CAPÍTULO III
DA AQUISIÇÃO, TRANSFERÊNCIA, EMISSÃO E RENOVAÇÃO DO CERTIFICADO DE REGISTRO DAS ARMAS

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DE FOGO

Seção I
Da aquisição de arma de fogo e munição

Subseção I
Da aquisição de armas de fogo de uso permitido por pessoa física

Art. 6º A aquisição de arma de fogo de uso permi do por pessoa sica no comércio
especializado — diretamente na indústria ou por meio de importação — somente é permi da mediante
prévia autorização expedida pela Polícia Federal, observado o limite de até quatro armas de fogo de uso
permitido por proprietário.

§ 1º Excepcionalmente, presentes outros fatos e circunstâncias que o jus fiquem, não


dispensada a caracterização da efe va necessidade, poderá ser ultrapassado o limite previsto
no caput.

§ 2º As armas de fogo registradas no período da anis a terão seu registro renovado,


ainda que ultrapassado o limite previsto no caput, desde que atendidos os requisitos previstos no art.
3º do Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, não será autorizada a aquisição de nova arma de


fogo, salvo na situação excepcional prevista no § 1º.

§ 4º O limite de armas de fogo previsto no caput poderá ser ultrapassado em caso de


transferência de propriedade de armas de fogo por:

I - herança;

II - legado; ou

III - interdição do proprietário anterior.

Art. 7º O interessado em adquirir arma de fogo de uso permi do deverá preencher o


requerimento de aquisição disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal e atender aos seguintes
requisitos:

I - ter idade mínima de vinte e cinco anos, ressalvados os casos previstos no art. 28 da
Lei nº 10.826, de 2003;

II - apresentar o requerimento padrão — disponibilizado na página da Polícia Federal na


Internet — preenchido, datado, assinado e com o endereço eletrônico que será u lizado
nas comunicações oficiais;

III - declarar no formulário eletrônico do requerimento:

a) que necessita efetivamente de arma de fogo;

b) que não responde a inquérito policial ou a processo criminal; e

c) que possui lugar seguro para armazenamento das armas de fogo das quais seja

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proprietário, de modo a adotar as medidas necessárias para impedir que menor de dezoito anos de
idade ou pessoa com deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que
seja de sua propriedade, nos termos do disposto no art. 13 da Lei nº 10.826, de 2003;

IV - apresentar original e cópia ou cópia autenticada de documento de identidade e CPF;

V - apresentar cer dões nega vas de antecedentes criminais fornecidas pela Jus ça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, conforme especificado no sítio eletrônico da Polícia Federal;

VI - apresentar original e cópia ou cópia auten cada de documento comprobatório de


ocupação lícita;

VII - apresentar original e cópia ou cópia auten cada de documento comprobatório de


residência fixa em nome do interessado ou, caso o comprovante esteja em nome de terceiro, deverá
também ser apresentada declaração de que o interessado reside no endereço informado, firmada pelo
terceiro e acompanhada de cópia de seu documento de identidade;

VIII - apresentar laudo de ap dão psicológica e comprovante que ateste a capacidade


técnica para manuseio de arma de fogo de calibre igual ou superior ao que se pretende adquirir,
emi do por profissional credenciado pela Polícia Federal, ambos com prazo não superior a um ano,
contado da data da avaliação; e

IX - apresentar comprovante do pagamento da taxa respectiva.

§ 1º Presume-se a veracidade do teor das declarações previstas no inciso III do caput.

§ 2º As cer dões mencionadas no inciso V que não verem prazo de validade só serão
aceitas se tiverem sido emitidas nos últimos sessenta dias.

§ 3º Os documentos mencionados nos incisos VI e VII deste ar go deverão ser


apresentados pelo interessado em até sessenta dias, contados da data de sua emissão.

§ 4º O interessado em adquirir arma de fogo que possua porte válido para arma da
mesma espécie daquela a ser adquirida estará dispensado de se submeter a nova avaliação psicológica
e técnica, desde que tenha realizado as avaliações em período não superior a um ano.

Art. 8º O requerimento de aquisição será submetido ao seguinte:

I - apresentada a documentação pelo requerente, a delegacia responsável pelo controle


de armas de fogo processará o pedido, orientando-o, quando for o caso, da necessidade de
complementação da documentação;

II - verificação nos bancos de dados disponíveis, informando a existência ou não de


antecedentes criminais das Jus ças Federal, Estadual, Eleitoral e Militar e de inquérito policial em
andamento;

III - durante a análise, caso seja verificada a falta de qualquer documento previsto no art.
7º, o interessado será notificado por correio eletrônico, sob pena de arquivamento do processo, a:

a) complementar a documentação; ou

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b) prestar esclarecimentos no prazo de dez dias;

IV - estando o processo regularmente instruído, a unidade responsável deverá:

a) manifestar-se acerca do preenchimento dos requisitos; e

b) encaminhar o processo para o chefe da delegacia responsável pelo controle de armas


de fogo para decisão;

V - em caso de deferimento, o interessado:

a) será informado do deferimento por correio eletrônico; e

b) deverá imprimir a autorização de aquisição — com validade de noventa dias contados


da emissão — diretamente na opção "Consultar Andamento de Processos", disponível na página da
Polícia Federal na Internet; e

VI - em caso de indeferimento, o interessado:

a) será cientificado da decisão via correio eletrônico; e

b) poderá apresentar recurso, presencialmente ou por meio eletrônico, nos termos do art.
70 desta Instrução Norma va, por meio do sí o eletrônico da Polícia Federal na Internet, na opção
“Consultar Andamento de Processos”.

Art. 9º A autorização de aquisição de arma de fogo — dentro do prazo de validade


previsto no inciso V do art. 8º desta Instrução Norma va — poderá ser u lizada para aquisição de arma
de fogo no comércio especializado, diretamente na indústria ou por meio de importação.

§ 1º No caso de aquisição de arma de fogo por importação — ob da a autorização de


aquisição emi da pela Polícia Federal — a importação deverá ser previamente autorizada pelo Exército
Brasileiro.

§ 2º As armas de fogo adquiridas por importação — pertencentes aos órgãos,


ins tuições e pessoas elencados no art. 3º desta Instrução Norma va — serão registradas no Sinarm,
caso em que o prazo previsto no inciso V do art. 8º desta Instrução Normativa poderá ser ampliado.

Art. 10. Os servidores policiais da Polícia Federal, das polícias estaduais e das polícias
do Distrito Federal deverão:

I - preencher os requisitos previstos nos incisos II e IX do art. 7º desta Instrução


Normativa; e

II - apresentar original e cópia ou cópia auten cada da iden dade funcional e de


documento que comprove o vínculo ativo.

§ 1º Poderá a autoridade competente solicitar à ins tuição do requerente, em


complemento, a apresentação de atestado ou outro documento equivalente que comprove o vínculo
ativo do servidor.

§ 2º Os policiais aposentados deverão apresentar:

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I - documento emi do pela ins tuição de vinculação que comprove o preenchimento do
requisito previsto no art. 30 do Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019; e

II - comprovante de pagamento da taxa para emissão do registro.

§ 3º Os policiais aposentados que optarem por não fazer uso da prerroga va prevista no
parágrafo anterior deverão preencher todos os requisitos previstos no ar go 7º desta Instrução
Normativa.

§ 4º Terão suas armas de fogo par culares registradas no Sistema de Gerenciamento


Militar de Armas - Sigma:

I - os militares das forças armadas;

II - os militares das forças auxiliares;

III - os integrantes da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN; e

IV - os integrantes do Gabinete de Segurança Institucional - GSI.

§ 5º Os instrutores de armamento e ro credenciados pela Polícia Federal deverão


registrar no Sinarm as armas des nadas às avaliações de capacidade, ainda que sejam integrantes das
categorias listadas no inciso II, do §2º do art. 4º do Decreto nº 9.847, de 2019.

Art. 11. Os magistrados e membros do Ministério Público deverão;

I - preencher os requisitos previstos nos incisos II, III, V, VII, VIII e IX do art. 7º desta
Instrução Normativa; e

II - apresentar original e cópia ou cópia auten cada da iden dade funcional e documento
que comprove o vínculo com a instituição de origem.

Parágrafo único. Os requisitos a que se refere o inciso VIII do art. 7º desta Instrução
Norma va poderão ser atestados pela própria ins tuição, conforme modelo estabelecido por ato do
coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos.

Art. 12. Os integrantes das ins tuições descritas nos incisos III a VII, X e XI do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, ao adquirir arma de fogo, deverão cumprir os requisitos previstos no art. 7º
desta Instrução Norma va, sendo que a capacidade técnica e a ap dão psicológica para o manuseio de
arma de fogo poderão ser atestadas pela própria ins tuição, conforme modelo estabelecido por ato do
coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos, depois de cumpridos os requisitos técnicos e
psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal, observadas as isenções legais.

§ 1º As pessoas e ins tuições a que se referem os incisos I a VII e X e o § 5º do art. 6º


da Lei nº 10.826, de 2003, estão isentas do pagamento da taxa de emissão de registro de arma de fogo.

§ 2º Os integrantes das en dades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do
caput
do art. 6º da Lei 10.826, de 2003 poderão adquirir arma de fogo ainda que sejam menores de vinte e
cinco anos.

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Art. 13. A aquisição de munição de uso permi do ficará condicionada à
apresentação pelo proprietário da arma do CRAF válido, ficando restrita ao calibre correspondente à
arma registrada.

§ 1º A quan dade de munição que poderá ser adquirida obedecerá aos limites fixados
em ato conjunto do Ministro de Estado da Defesa e do Ministro de Estado da Jus ça e Segurança
Pública.

§ 2º A aquisição de acessórios observará a regulamentação do Exército Brasileiro,


conforme art. 76 do Decreto nº 10.030, de 2019.

Subseção II
Da aquisição das armas de fogo e de munições de uso permitido por instituição pública

Art. 14. A aquisição de arma de fogo de uso permi do por ins tuição pública será
autorizada pela Polícia Federal mediante a apresentação de ofício contendo:

I - a identificação do órgão;

II - as razões do pedido;

III - a quantidade de armas de fogo que pretende adquirir, informando tipo e calibre;

IV - o número de servidores com autorização de porte de arma de fogo;

V - o número de armas de fogo que a ins tuição já possui, discriminadas por po e


calibre;

VI - informações sobre o local de armazenamento das armas de fogo; e

VII - a metodologia de controle do uso das armas em serviço.

§ 1º O disposto no caput — conforme art. 26 do Decreto nº 10.030, de 2019 — não se


aplica aos seguintes:

I - Polícia Federal;

II - Polícia Rodoviária Federal;

III - GSI;

IV - ABIN;

V - Depen e os órgãos do sistema penitenciário federal ou estadual;

VI - Força Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança


Pública;

VII - órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem,
respectivamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição;

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VIII - polícias civis dos estados e do Distrito Federal;

IX - polícias militares dos estados e do Distrito Federal;

X - corpos de bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal; e

XI - guardas municipais.

§ 2º Será realizada pesquisa no Sinarm para confirmar o número de armas de fogo que a
instituição possui.

§ 3º Deferida a solicitação, será expedida autorização de compra.

§ 4º No caso de indeferimento do pedido, aplica-se o disposto no art. 70 desta Instrução


Normativa.

Art. 15. Os órgãos, ins tuições e corporações elencados no art. 3º desta Instrução
Normativa, após a aquisição, deverão registrar suas armas de fogo no Sinarm.

§ 1º Para a expedição dos registros, deverão ser apresentados os seguintes


documentos:

I - nota fiscal;

II - planilha eletrônica, conforme modelo estabelecido por ato do coordenador-geral de


Controle de Serviços e Produtos; e

III - comprovante de pagamento da Guia de Recolhimento da União - GRU, observando-se


as hipóteses de isenção do art. 11, § 2º da Lei nº 10.826, de 2003.

§ 2º No caso previsto no § 1º do art. 14 desta Instrução Norma va, também deverá ser
apresentada a comunicação de aquisição ao Exército Brasileiro.

§ 3º Juntamente com o CRAF, será expedida a guia de trânsito correspondente, em favor


da ins tuição pública interessada, para o transporte das armas e munições do estabelecimento
comercial até o local onde serão armazenados.

Art. 16. A aquisição de munições de uso permi do para os órgãos e as ins tuições
públicas será mediante trata va diretamente com o fornecedor, independentemente de autorização da
Polícia Federal

§ 1º A aquisição será comunicada à Polícia Federal.

§ 2º As munições de uso permi do comercializadas devem constar do Sistema de


Controle de Venda e Estoque de Munição - SICOVEM.

§ 3º As munições comercializadas para os órgãos referidos no art. 6º da Lei nº 10.826,


de 2003, devem ser identificadas conforme norma vigente acerca do assunto.

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Subseção III
Da aquisição e transferência de arma de fogo e munição por empresas de segurança privada, de
segurança orgânica e de transporte de valores

Art. 17. A aquisição e a transferência de propriedade de arma de fogo e munição de


empresas de segurança privada e possuidora de serviço orgânico de segurança serão autorizadas
pela Coordenação-Geral de Controle de Serviços e Produtos - CGCSP/DIREX/PF, nos termos da
legislação e ato normativo próprios.

Art. 18. Para o registro das armas de fogo adquiridas nos termos do ar go anterior,
deverão ser apresentados, pela empresa adquirente, os seguintes documentos:

I - o requerimento padrão disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal,


preenchido, datado e assinado;

II - a nota fiscal de compra, termo de doação ou contrato de compra e venda, assinado


por ambas as partes; e

III - a GRU com a comprovação de pagamento da taxa para registro.

§ 1º Ao analisar os requerimentos de registro de arma de fogo, o analista deverá


consultar o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada - GESP, para conferir os dados rela vos
ao representante da empresa.

§ 2º As guias de trânsito, quando necessárias, serão expedidas nos termos fixados pela
CGCSP/DIREX/PF.

§ 3º A transferência de armas de fogo entre matriz e filial ou entre filiais da mesma


empresa obedecerá aos norma vos próprios da CGCSP/DIREX/PF, com posterior atualização do Sinarm,
dispensada a expedição de novo certificado de registro.

§ 4º Na hipótese de desfazimento consensual do negócio jurídico, a Polícia Federal


somente realizará o cancelamento dos CRAFs mediante contrato das partes, expondo expressamente:

I - os motivos da desistência; e

II - o interesse da rescisão total ou parcial do previamente acordado.

§ 5º Ocorrendo o previsto no parágrafo anterior;

I - não será devolvido o tributo pago;

II - constará no histórico da arma de fogo no Sinarm que a arma chegou a pertencer à


empresa desistente;

III - o processo de cancelamento ocorrerá mediante novo processo, com a comprovação


de recolhimento das taxas devidas em razão da expedição de novo registro.

Subseção IV

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Da aquisição de armas e munição de fogo de uso restrito

Art. 19. A aquisição de arma de fogo par cular e munição de uso restrito por integrante
dos órgãos mencionados no art. 3º:

I - será autorizada pelo Exército Brasileiro; e

II - deverá a arma de fogo ser registrada no Sinarm.

§ 1º Se o adquirente for policial federal, o requerimento instruído nos termos do art. 10


desta Instrução Norma va será encaminhado à DARM/CGCSP/DIREX/PF para envio ao Comando
Logístico, devendo estar instruído com a seguinte documentação:

a) formulário específico disponibilizado pelo Exército Brasileiro, devidamente preenchido


com a justificativa para a aquisição; e

b) autorização do superintendente regional, no caso de servidores lotados nas


descentralizadas, ou do diretor respectivo, no caso dos servidores lotados no órgão central.

§ 2º O registro das armas de fogo no Sinarm observará o previsto nos arts. 10, 11 e 12,
conforme o caso.

Seção II
Da transferência de propriedade de arma de fogo

Subseção I
Da transferência de armas de fogo de uso permitido

Art. 20. A transferência de propriedade de arma de fogo de uso permi do entre pessoas
sicas — por qualquer das formas admi das em direito — fica sujeita à prévia autorização da Polícia
Federal, aplicando-se ao interessado as disposições relativas à aquisição.

§ 1º O interessado em receber a arma de fogo deverá:

I - cumprir os requisitos previstos no art. 7º desta Instrução Normativa;

II - apresentar documento de identificação do atual proprietário; e

III - apresentar documento que comprove a intenção do atual proprietário em transferi-la,


no qual deverão constar as respectivas assinaturas.

§ 2º Deferida a transferência, serão emitidos:

I - o certificado de registro em nome do adquirente; e

II - a guia de trânsito para o transporte da arma.

§ 3º Em caso de indeferimento do pedido de transferência de arma de fogo, o


proprietário originário permanecerá responsável pela posse da arma de fogo pelo prazo inicialmente

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concedido, até regular renovação.

§ 4º Na hipótese de falecimento ou interdição do proprietário da arma, o pedido de


transferência deverá ser instruído com:

I - original e cópia ou cópia autenticada do alvará judicial; ou

II - autorização assinada por todos os herdeiros, desde que maiores e capazes, nos
termos do art. 47 do Decreto nº 9.847, de 2019, acompanhado de seus documentos de identificação.

Art. 21. Quando a arma a ser transferida es ver registrada no Sigma e o requerente
desejar registrá-la no Sinarm, o processo deverá ser instruído com a autorização de transferência Sigma
– Sinarm válida e com a cópia do registro da arma emi do pelo Sigma ou do mapa de armas do
proprietário no Exército Brasileiro, efetuando-se, no Sinarm, os procedimentos de transferência.

§ 1º A autorização de transferência Sigma – Sinarm que não ver prazo de validade, só


será aceita se tiver sido emitida nos últimos noventa dias.

§ 2º Nos processos de transferência a que se refere o caput, poderá ser solicitado ao


interessado que apresente o histórico de sua arma constante do Sigma, o qual deverá ser incluído no
Sinarm.

§ 3º Se a transferência da arma de fogo para o Sinarm implicar também em transferência


de proprietário — além da documentação constante do caput —, deverão ser observados os requisitos
rela vos ao requerimento de transferência de arma de fogo, conforme art. 20 desta Instrução
Normativa.

§ 4º Se a transferência da arma de fogo para o Sinarm não implicar em transferência de


proprietário — além da documentação constante do caput —, deverão ser observados os requisitos
rela vos ao requerimento de renovação de registro de arma de fogo, conforme art. 26 desta Instrução
Normativa.

Art. 22. No caso de arma de fogo registrada no Sinarm cujo interessado pretenda
registrá-la no Sigma, autorização de transferência Sinarm-Sigma será expedida pela Polícia Federal,
conforme modelo estabelecido por ato do coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos,
mediante solicitação do proprietário, que apresentará:

I - requerimento padrão de transferência, individualizado por arma, preenchido e


assinado pelo proprietário da arma no Sinarm;

II - original e cópia ou cópia auten cada do Cer ficado de Registro - CR válido do


adquirente emitido pelo Exército Brasileiro ou da carteira funcional, se servidor militar; e

III - original e cópia ou cópia auten cada do documento que comprove a intenção de
compra e venda ou doação, quando a transferência para o Sigma implicar alteração do proprietário.

§ 1º Se a transferência para o Sigma não implicar alteração do proprietário, ela só


poderá ser efetivada após o transcurso do prazo de um ano, a partir da aquisição da arma de fogo.

§ 2º Concluída a transferência para o Sigma, o interessado deverá preencher o


requerimento de registro de ocorrência de apos lamento disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia

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Federal, ao qual deverá ser anexada cópia do registro da arma de fogo no Sigma.

§ 3º A delegacia responsável pelo controle de armas de fogo que, por qualquer forma
idônea, receber informação atualizada de que a arma de fogo está cadastrada e registrada no Sigma,
deverá proceder à atualização do Sinarm, quanto ao atual proprietário e o lançamento do
“APOSTILAMENTO”.

Subseção II
Da transferência de armas de fogo de uso restrito

Art. 23. Somente poderá ser realizada — mediante prévia autorização do Exército
Brasileiro — a transferência de propriedade de arma de fogo par cular de uso restrito já registrada no
Sinarm pertencente:

I - a integrante dos órgãos mencionados no art. 3º desta Instrução Normativa; e

II - aos órgãos que possuam porte de arma de fogo em decorrência de legislação própria.

Seção III
Do registro e da renovação de Registro de Arma de Fogo

Art. 24. É obrigatório o registro de arma de fogo.

Parágrafo único. A Polícia Federal expedirá o CRAF, o qual:

I - terá validade de dez anos; e

II - será disponibilizado em formato digital.

Art. 25. O requerimento de registro de uma arma de fogo nova observará as seguintes
disposições:

I - após a aquisição da arma de fogo — previamente autorizada pela Polícia Federal e


após emi da a nota fiscal —, o adquirente terá o prazo de quinze dias para solicitar o seu registro à
delegacia de Polícia Federal responsável pelo controle de armas de fogo mediante o preenchimento de
formulário próprio, disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal, o qual deverá ser
acompanhado da respectiva nota fiscal;

II - ul mado o procedimento mencionado no inciso I deste ar go, será expedido o CRAF e


a guia de trânsito em nome do proprietário para o transporte da arma de fogo do estabelecimento
comercial até o local de sua guarda.

Parágrafo único. A não observância do prazo previsto no inciso I implicará no


indeferimento do registro, cabendo ao interessado, se desejar, ingressar com novo pedido de aquisição,
cumprindo novamente os requisitos do art. 7º desta Instrução Normativa.

Art. 26. O requerimento de renovação de registro de arma de fogo deverá ser feito na
delegacia de Polícia Federal responsável pelo controle de armas de fogo — por meio de formulário
específico disponibilizado no sítio eletrônico da Polícia Federal —, devendo:

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I - ser atendidos os requisitos estabelecidos nos incisos IV, V, VI, VII, VIII e IX do art. 7º
desta Instrução Normativa; e

II - ser observados os arts. 8º , 9º, 10, 11 e 12 desta Instrução Normativa, no que couber.

§ 1º Não serão renovados ou transferidos os registros federais de arma de fogo em


relação aos quais conste ocorrência de apreensão, furto, roubo ou perda/extravio, exceto mediante
apresentação de documento que comprove a liberação da arma de fogo pela autoridade competente.

§ 2º Caso haja divergência entre os dados preenchidos no requerimento e as


caracterís cas da arma con das no Sinarm, o chefe da delegacia responsável pelo controle de armas
de fogo deverá converter o expediente em diligências, decidindo ao final pela alteração ou não dos
dados constantes do sistema.

§ 3º Caso o requerente não cumpra os requisitos para a renovação do registro de arma


de fogo, o chefe da delegacia responsável pelo controle de armas de fogo indeferirá o pedido e
determinará a no ficação do interessado a proceder nos termos do art. 8º do Decreto 9.845, de 2019,
contando-se a par r da no ficação o prazo para interposição do recurso nos termos do art. 70 desta
Instrução Normativa.

§ 4º Caso o interessado não cumpra a determinação con da no art. 8º do Decreto 9.845,


de 2019, será comunicada a autoridade competente para as providências de polícia judiciária.

§ 5º Na análise do requerimento de renovação de registro — caso seja constatada a


existência de arma de fogo com registro vencido —, o proprietário será no ficado para, no prazo de
sessenta dias, providenciar a renovação, a transferência ou a entrega da arma nos termos do art. 32 da
Lei 10.826, de 2003, e o não cumprimento de uma das providências não impedirá o deferimento do
pedido original de renovação do registro, mas a unidade responsável pelo controle de armas
comunicará a autoridade competente para as providências de polícia judiciária.

§ 6º Na análise do requerimento de renovação de registro — caso seja constatada a


existência de arma de fogo com registro irregular —, o proprietário será no ficado para, no prazo de
sessenta dias, proceder nos termos do art. 32 da Lei 10.826, de 2003, e caso não realize a entrega das
armas irregulares, será comunicada a autoridade competente para as providências de polícia judiciária.

Art. 27. Os servidores policiais federais, estaduais e do Distrito Federal — ao renovarem


o Cer ficado de Registro de suas armas de fogo — ficam dispensados do cumprimento dos requisitos
de que tratam os incisos, I, III, V, VI, VII, e VIII do art. 7º, aplicando-se, no que couber, os disposi vos do
art. 9º.

§ 1º O disposto no caput se aplica aos integrantes dos órgãos, das ins tuições e das
corporações de que tratam o inciso III ao VII do caput do art. 6º, da Lei nº 10.826, de 2003.

§ 2º O disposto no § 2º do art. 10 desta Instrução Norma va aplica-se à renovação de


registro de armas de fogo pertencentes a policiais aposentados.

Art. 28. Para renovação dos registros de arma de fogo de propriedade das empresas de
segurança privada, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

I - requerimento disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal, preenchido, datado

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e assinado; e

II - GRU original com a comprovação de pagamento da taxa para renovação de registro


de arma de fogo.

Parágrafo único. Ao analisar os requerimentos de registro de arma de fogo, o analista


deverá consultar o GESP, para conferir os dados relativos ao representante da empresa.

Art. 29. Possuem prazo de validade indeterminado os registros das armas de fogo de
propriedade das ins tuições previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, X e XI do
caput do art. 6º da Lei
nº 10.826, de 2003.

Art. 30. A expedição de segunda via do CRAF deverá ser solicitada pelo proprietário da
arma mediante o preenchimento de requerimento disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal,
ao qual deverão ser anexados:

I - cópia do Bole m de Ocorrência de extravio, perda, furto ou roubo do documento de


registro da arma; e

II - comprovante de pagamento da taxa, ressalvadas as hipóteses de isenção previstas no


§ 2º do art. 11 da Lei nº 10.826, de 2003.

CAPÍTULO IV
DA GUIA DE TRÂNSITO E DO PORTE DE ARMA DE FOGO

Seção I
Da Guia de Trânsito de Arma de Fogo

Art. 31. A guia de trânsito para o transporte de arma de fogo será expedida pela Polícia
Federal — mediante solicitação do proprietário e desde que o cer ficado de registro esteja válido
— nos casos de:

I - mudança de domicílio;

II - manutenção da arma em armeiro credenciado;

III - restituição de arma apreendida; e

IV - treinamento ou outra situação que implique o transporte da arma.

§ 1º A guia de trânsito para o transporte de arma de fogo terá validade temporal e


territorial delimitada.

§ 2º Para a emissão da guia de trânsito, o proprietário deverá apresentar — com pelo


menos dez dias de antecedência — requerimento disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal,
expondo:

I - os motivos do trânsito;

II - a data do trânsito; e

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III - os endereços dos locais de origem e de destino.

§ 3º Nos termos do parágrafo anterior e pelo prazo necessário ao deslocamento, a Guia


de Trânsito para treinamento poderá ser fornecida:

I - observando-se a necessidade de apresentação do documento de regularidade do


estande de tiro; e

II - restringindo-se ao limite de uma guia a cada trinta dias.

§ 4º O limite de prazo mencionado no parágrafo anterior refere-se ao requerente,


fazendo-se constar na Guia de Trânsito todas as armas de fogo de sua propriedade que serão u lizadas
no treinamento e que foram arroladas no pedido.

§ 5º A Guia de Trânsito não autoriza o porte de nenhuma das armas nela listadas, mas
apenas o seu transporte, desmuniciada e acondicionada de maneira que não possa ser feito o seu
pronto uso e, somente, no percurso nela autorizado.

§ 6º A Guia de Trânsito de arma de fogo de propriedade de empresa de segurança


privada será expedida nos termos fixados pela CGCSP/DIREX/PF.

§ 7º Não será exigida Guia de Trânsito para o transporte de munição recém adquirida
até o seu local de guarda, desde que acompanhada:

I - da nota fiscal de compra datada;

II - de documento de identificação do proprietário; e

III - do Certificado de Registro válido.

§ 8º O disposto no caput não se aplica às armas pertencentes a:

I - militares das Forças Armadas;

II - militares das forças auxiliares;

III - integrantes da ABIN;

IV - integrantes do GSI;

V - colecionadores;

VI - atiradores;

VII - caçadores;

VIII - representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no


território nacional; ou

IX - as demais armas de fogo registradas no Sigma.

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Seção II
Do porte de arma de fogo

Art. 32. Ressalvados os casos de porte funcional e aqueles previstos em legislação


federal própria, a autorização de porte de arma de fogo é excepcional, nos termos do caput do art. 6º e
do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003.

Subseção I
Do porte de arma de fogo para defesa pessoal e para caçador de subsistência

Art. 33. O porte de arma de fogo de uso permi do, nas categorias defesa pessoal e
caçador de subsistência:

I - será expedido pela Polícia Federal para brasileiros e estrangeiros permanentes,


maiores de vinte e cinco anos;

II - terá abrangência territorial estadual, regional ou nacional; e

III - eficácia temporal de, no máximo, cinco anos.

§ 1º A circunscrição será fixada em razão do local de domicílio do requerente.

§ 2º Protocolizado o pedido em circunscrição diversa, o processo será reme do à


circunscrição competente.

Art. 34. O pedido de porte de arma de fogo para defesa pessoal deverá ser apresentado
de forma eletrônica, mediante preenchimento de requerimento de porte disponibilizado no sí o
eletrônico da Polícia Federal e cumpridos os seguintes requisitos:

I - apresentar o requerimento padrão — disponibilizado na página da Polícia Federal na


Internet — preenchido, datado, assinado e com o endereço eletrônico que será u lizado para
comunicações oficiais;

II - demonstrar a efetiva necessidade de portar arma de fogo:

a) por exercício de atividade profissional de risco; ou

b) por ameaça à sua integridade física;

III - declarar no formulário eletrônico do requerimento que não responde a inquérito


policial ou a processo criminal;

IV - apresentar original e cópia ou cópia autenticada de documento de identidade e CPF;

V - apresentar cer dões nega vas de antecedentes criminais fornecidas pela Jus ça
Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, conforme especificado no sí o eletrônico da Polícia Federal por
unidade da federação;

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VI - apresentar original e cópia ou cópia auten cada de documento comprobatório de
ocupação lícita;

VII - apresentar original e cópia ou cópia auten cada de documento comprobatório de


residência fixa em nome do interessado ou, caso o comprovante esteja em nome de terceiro, deverá
também ser apresentada declaração de que o interessado reside no endereço informado, firmada pelo
terceiro e acompanhada de cópia de seu documento de identidade; e

VIII - apresentar laudo de ap dão psicológica e comprovante que ateste a capacidade


técnica para o manuseio de arma de fogo de calibre igual ou superior ao que se pretende portar,
emi dos por profissionais credenciados pela Polícia Federal, ambos com prazo não superior a um ano,
contado da data da avaliação.

§ 1º O requisito a que se refere o inciso II deverá ser atendido por meio de declaração
no próprio formulário eletrônico do requerimento, onde constem:

I - descrição detalhada dos fatos e circunstâncias que o fundamentem; e

II - comprovação documental de cada jus fica va, dispensada caso sejam fatos públicos
e notórios.

§ 2º O risco e a ameaça a que se refere o parágrafo anterior devem ser concretos e


atuais, não bastando a mera alegação de perigo abstrato ou ameaça potencial.

Art. 35. O pedido de porte de arma de fogo para caçador de subsistência deverá ser
restrito a uma arma de uso permi do, de ro simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a dezesseis, e deverá ser apresentado de forma eletrônica, mediante preenchimento de
requerimento de aquisição de arma de fogo para a categoria caçador de subsistência —
requerimento disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal — e cumpridos os seguintes
requisitos:

I - comprovação de que depende do emprego de arma de fogo para prover sua


subsistência alimentar familiar, por meio de:

a) declaração pormenorizada com os fatos e circunstâncias justificadoras do pedido; e

b) documentos comprobatórios para cada alegação;

II - apresentação de original e cópia ou cópia autenticada dos seguintes documentos:

a) identificação pessoal;

b) CPF; e

c) comprovante de residência em área rural ou cer dão equivalente expedida por órgão
municipal; e

III - apresentação de atestado de bons antecedentes.

§ 1º O porte de arma de fogo para caçador de subsistência está isento do pagamento de


taxa e deverá seguir o trâmite previsto no art. 8º desta Instrução Normativa.

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§ 2º A autorização de porte conferida ao caçador de subsistência está inserida no CRAF.

Art. 36. O requerimento de porte de arma de fogo para defesa pessoal ou para caçador
de subsistência seguirá o disposto nos incisos de I a IV do art. 8º, no que couber, bem como as
seguintes disposições:

I - o chefe da delegacia, ou pessoa por ele designada, poderá entrevistar o requerente


acerca das alegações formuladas, a fim de formar sua convicção;

II - o chefe da delegacia emi rá parecer preliminar acerca do pedido,


sugerindo motivadamente a abrangência territorial e a eficácia temporal para o caso de deferimento;

III - os autos do processo seguirão para análise e decisão da autoridade competente, nos
termos do art. 63 desta Instrução Normativa;

IV - proferida a decisão pela autoridade competente, o interessado será no ficado por


meio eletrônico;

V - em caso de deferimento, o requerente deverá apresentar o comprovante de


pagamento da taxa do porte, ressalvada a isenção de pagamento da taxa prevista para:

a) o porte de caçador de subsistência; e

b) os casos previstos no § 2º do art. 11 da Lei nº 10.826, de 2003;

VI - comprovado o pagamento da taxa, será expedida a cédula de porte de arma de fogo


em meio eletrônico; e

VII - em caso de indeferimento, será observado o disposto no art. 70 desta Instrução


Normativa.

§ 1º Ao tular de porte de arma de fogo compete observar as obrigações e condições


previstas no § 2º do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003 e nos arts. 19 e 20 do Decreto nº 9.847, de 2019,
sob pena, respec vamente, de suspensão temporária ou cassação do porte, observado o procedimento
previsto no art. 69 desta Instrução Normativa.

§ 2º A expedição de segunda via da cédula de porte deverá ser solicitada pelo


proprietário da arma mediante o preenchimento de requerimento disponibilizado no sí o eletrônico da
Polícia Federal, ao qual deverá ser anexada:

I - cópia do Bole m de Ocorrência de extravio, perda, furto, roubo ou dano do documento


de porte; e

II - GRU com o respec vo comprovante de pagamento da taxa, ressalvadas as hipóteses


de isenção previstas no § 2º do art. 11 da Lei nº 10.826, de 2003.

§ 3º Ressalvada a alteração de entendimento decorrente do uso da via recursal, não


configuram hipóteses de expedição de segunda via:

I - pedidos de extensão do prazo de validade;

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II - pedidos, já deferidos, de extensão da abrangência territorial do porte de arma de
fogo; ou

III - pedidos de autorização de porte com fundamento no art. 18 do Decreto nº 9.847, de


2019.

§ 4º Qualquer outra hipótese que configure alteração do documento de porte original


— pressupondo a expedição de outro documento — dependerá de prévia concessão de novo porte de
arma de fogo.

Art. 37. Expirado o prazo de validade da autorização de porte de arma de fogo — caso o
interessado pretenda manter o porte — este deverá:

I - protocolizar novo pedido; e

II - preencher novamente todos os requisitos previstos nos arts. 34 e 35, conforme o


caso, procedendo-se nos termos do artigo anterior.

Art. 38. Os integrantes dos órgãos, ins tuições e corporações previstos no art. 6º da Lei
nº 10.826, de 2003 — não contemplados com o porte funcional fora de serviço —, poderão pleitear o
porte de arma de fogo para defesa pessoal, desde que comprovem os requisitos constantes do art.
34 desta Instrução Normativa.

Parágrafo único. A comprovação da capacidade técnica e da ap dão psicológica para o


manuseio de arma de fogo poderão ser atestadas pela própria ins tuição, conforme modelo
estabelecido por ato do coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos.

Subseção II
Do porte funcional das Guardas Civis Municipais

Art. 39. Os superintendentes regionais — mediante acordo de cooperação técnica com


as prefeituras com vigência de dez anos — poderão conceder porte de arma de fogo funcional aos
guardas civis municipais, desde que atendidos os requisitos mencionados nos arts. 29-A a 29-D do
Decreto nº 9.847, de 2019.

§ 1º O porte a que se refere o caput será autorizado em serviço e fora dele, dentro dos
limites territoriais do respectivo estado, com validade de dez anos.

§ 2º Os guardas civis municipais autorizados a portar arma de fogo, nos termos do § 1º,
poderão portá-la nos deslocamentos para suas residências, mesmo quando localizadas em município
situado em estado limítrofe.

Art. 40. O chefe do Execu vo municipal deverá solicitar a celebração do acordo de


cooperação técnica mediante o cio endereçado ao superintendente regional, que indicará os dados
pessoais do prefeito e de duas testemunhas, devendo ser preenchidos os seguintes requisitos:

I - comprovação do limite de efe vo previsto no art. 7º da Lei nº 13.022, de 8 de agosto


de 2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais);

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II - comprovação da criação de corregedoria própria e independente, para apuração de
infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do quadro da Guarda Municipal;

III - apresentação de cópia da portaria de nomeação do corregedor;

IV - comprovação da existência de Ouvidoria, como órgão permanente, autônomo e


independente, com competência para fiscalizar, inves gar, auditar e propor polí cas de qualificação
das atividades desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais;

V - apresentação de cópia da portaria de nomeação do ouvidor do município ou da


Guarda Civil Municipal;

VI - documento informando os nomes dos psicólogos credenciados que realizarão as


avaliações para comprovação da ap dão psicológica, bem como diplomas dos instrutores de
armamento e tiro aptos a ministrarem a matéria e a atestarem a capacidade técnica dos alunos;

VII - informações acerca do local para armazenamento das armas e da metodologia de


controle do uso em serviço, bem como cópia do regramento próprio do município que atenda à norma
do art. 26 do Decreto nº 9.847, de 2019;

VIII - apresentação de plano de trabalho rela vo à disciplina de armamento e ro no


curso de formação — conforme currículo estabelecido por ato do coordenador-geral de Controle de
Serviços e Produtos — especificando, dentre outros dados:

a) parcerias firmadas;

b) local e data de realização do curso de formação;

c) coordenador pedagógico curso de formação;

d) indicação dos psicólogos credenciados pela Polícia Federal; e

e) indicação dos instrutores de armamento e tiro que atuarão no curso de formação; e

IX - apresentação de “ Termo de Compromisso”, firmado pelo prefeito, se


comprometendo, sob pena de responsabilidade de seus agentes, a comunicar imediatamente o órgão
policial acerca da existência de eventual decisão judicial que reconheça a ilegalidade ou a
inconstitucionalidade da formação de sua guarda municipal.

Art. 41. O porte de arma de fogo aos integrantes das guardas municipais será concedido
somente mediante comprovação de treinamento técnico de, no mínimo:

I - 60 horas para armas de repetição, e

II - 100 horas para arma de fogo semiautomática.

§ 1º O treinamento de que trata o caput des nará no mínimo 65% de sua carga horária
ao conteúdo prático.

§ 2º A delegacia da Polícia Federal responsável pelo controle de armas de fogo — ou a


delegacia da circunscrição a pedido daquela — poderá realizar inspeção in loco a fim de verificar:

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I - condições de armazenamento e controle das armas de fogo pelas guardas municipais;
e

II - demais requisitos rela vos ao porte de arma de fogo dos integrantes das guardas
municipais.

§ 3º O estágio de qualificação profissional anual, será de, no mínimo, 80 horas,


atendendo à proporção de 65% de conteúdo prá co, podendo ser u lizados os instrumentos oficiais de
ensino a distância para a parte teórica.

Art. 42. O processo para celebração do acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura
Municipal e a Superintendência Regional tramitará na delegacia responsável pelo controle de armas de
fogo, que analisará o cumprimento dos requisitos mencionados no artigo anterior.

§ 1º O chefe da delegacia responsável pelo controle de armas de fogo:

I - emi rá parecer preliminar e não vinculante pela celebração ou não do acordo de


cooperação técnica; e

II - encaminhará o processo para decisão do superintendente regional, observada a


cadeia hierárquica.

§ 2º Havendo decisão favorável, será elaborado acordo de cooperação técnica para fins
de concessão de porte de arma de fogo de natureza funcional para os integrantes das guardas civis
municipais, devendo ser observados os modelos estabelecidos por ato do coordenador-geral de
Controle de Serviços e Produtos.

§ 3º Após assinado pelo superintendente regional e por uma testemunha, o acordo de


cooperação técnica será encaminhado para assinatura do prefeito e da segunda testemunha, devendo a
Prefeitura providenciar a sua publicação em Diário Oficial no prazo de 20 dias, contados do
recebimento.

§ 4º Caso o pedido de celebração do acordo de cooperação técnica seja indeferido, será


dada ciência à Prefeitura.

Art. 43. Após a publicação do acordo de cooperação técnica, o dirigente da Guarda Civil
Municipal solicitará à Superintendência da Polícia Federal o porte de arma de fogo funcional para os
integrantes da corporação, anexando ao pedido o seguinte:

I - requerimentos individualizados, em formulário próprio, preenchidos pelos guardas


municipais e contendo uma foto 3x4 recente;

II - cer dões nega vas individualizadas de antecedentes criminais fornecidas pela


Jus ça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a
processo criminal, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico; e

III - cer ficados de curso de formação profissional ou de capacitação nos moldes


previstos pelo Ministério da Jus ça e Segurança Pública, constando aprovação nos testes de ap dão
psicológica e de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo, vinculados à espécie u lizada,
realizados por profissionais credenciados pela Polícia Federal.

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Parágrafo único. A apresentação dos documentos constantes dos incisos II e III poderá
ser dispensada, desde que a Guarda Civil Municipal mantenha tais documentos arquivados e ateste,
mediante ofício, o cumprimento dos referidos requisitos.

Art. 44. O processo tramitará na delegacia responsável pelo controle de armas de fogo,
seguindo o procedimento descrito nos itens I a IV do art. 8º desta Instrução Normativa.

§ 1º Deferida a solicitação, o chefe da delegacia a que se refere o caput determinará a


inclusão no Sinarm:

I - dos dados pessoais dos guardas municipais; e

II - da autorização do porte.

§ 2º Não preenchidos os requisitos legais para emissão do porte, o chefe da delegacia a


que se refere o caput emitirá parecer e encaminhará para decisão do superintendente regional.

§ 3º A delegacia responsável pelo controle de armas de fogo expedirá o cio ao


Comando da Guarda Municipal, informando o número de porte de cada guarda municipal, o qual deverá
constar do documento de identificação funcional.

§ 4º Deverão constar na carteira funcional do guarda civil municipal:

I - o número do porte de arma gerado pelo Sinarm;

II - os limites;

III - o prazo de validade; e

IV - a abrangência territorial, em conformidade com o § 1º do art. 39 desta Instrução


Normativa.

§ 5º Indeferida a solicitação, será dada ciência à Guarda Civil Municipal.

§ 6º A renovação da autorização de porte de arma de fogo dos guardas civis municipais


— desde que vigente o acordo de cooperação técnica previsto no art. 39 desta Instrução Norma va
— será processada nos termos do art. 43 desta Instrução Normativa.

§ 7º Para reu lização dos laudos de ap dão psicológica e de capacidade técnica para
manuseio de armas de fogo realizados por guardas municipais na vigência do acordo de cooperação
técnica, em processos de renovação, aquisição ou transferência de arma de fogo par cular, somente
serão aceitos documentos dentro de um limite máximo de um ano da data de sua aplicação ou
mediante atestado da própria ins tuição, conforme modelo estabelecido por ato do coordenador-geral
de Controle de Serviços e Produtos.

Art. 45. Após a celebração do acordo de cooperação técnica — caso a guarda municipal
deixe de cumprir os requisitos previstos no art. 40 e 41 —, ele poderá ser rescindido, o que acarretará a
cassação dos portes concedidos a todos os seus integrantes.

§ 1º Durante a vigência do acordo de cooperação técnica, as próprias corporações

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poderão suspender ou cassar o porte de arma de fogo funcional dos respec vos guardas municipais,
nos termos do art. 16, parágrafo único da Lei nº 13.022, de 2014, o que deverá ser prontamente
informado à delegacia da Polícia Federal responsável pelo controle de armas de fogo para efeito de
atualização do Sinarm.

§ 2º A reprovação no estágio de qualificação profissional previsto no § 3º do art. 41


desta Instrução Norma va configura hipótese de cassação do porte de arma de fogo do guarda
municipal.

§ 3º O disposto nos §§ 1º e 2º desta Instrução Norma va não impede a instauração do


processo de cassação de porte dos guardas municipais no âmbito da Polícia Federal, com fundamento
nas hipóteses legais e observando o disposto no art. 69 desta Instrução Normativa.

Subseção III
Do porte funcional das Guardas Portuárias

Art. 46. O chefe da delegacia responsável pelo controle de armas de fogo da Polícia
Federal poderá conceder porte de arma de fogo aos guardas portuários, desde que comprovadas a
capacidade técnica e a aptidão psicológica.

§ 1º As avaliações da capacidade técnica e ap dão psicológica serão realizadas por


profissionais credenciados pela Polícia Federal.

§ 2º A comprovação dos requisitos mencionados no caput poderá ser atestada pela


própria ins tuição, obedecendo o modelo estabelecido por ato do coordenador-geral de Controle de
Serviços e Produtos.

Art. 47. Os integrantes do quadro efe vo de guardas portuários poderão portar arma de
fogo fornecida pela ins tuição, sendo a autorização de porte emi da com abrangência estadual e
validade de dez anos.

Art. 48. O dirigente da Guarda Portuária solicitará à Superintendência da Polícia Federal


o porte de arma de fogo funcional para os integrantes da corporação, anexando ao pedido os
formulários individualizados, preenchidos pelos interessados e acompanhados de uma foto nas
dimensões de 3x4 recente.

§ 1º As solicitações protocolizadas na Polícia Federal serão subme das ao seguinte


processamento:

I - verificação dos antecedentes nos bancos de dados corpora vos da Polícia Federal e
em outros disponíveis;

II - estando regularmente instruído o processo, a unidade responsável deverá:

a) manifestar-se acerca do preenchimento dos requisitos; e

b) encaminhar o processo para o chefe da delegacia responsável pelo controle de armas


de fogo para decisão;

III - deferida a solicitação, o chefe da delegacia responsável pelo controle de armas de

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fogo determinará a inclusão no Sinarm:

a) dos dados pessoais dos guardas portuários; e

b) da autorização do porte;

IV - a delegacia responsável pelo controle de armas de fogo expedirá o cio à Guarda


Portuária, informando o número de porte de cada guarda portuário, bem como os limites, o prazo de
validade e a abrangência territorial em conformidade com o art. 46, que deverão constar do documento
de identificação funcional; e

V - indeferida a solicitação, será dada ciência à Guarda Portuária.

§ 2º A renovação da autorização de porte de arma de fogo dos guardas portuários


obedecerá aos mesmos requisitos e processamento previstos nesta Subseção.

Subseção IV
Do porte dos policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais e civis dos Estados

Art. 49. É deferido por prerroga va de suas funções ins tucionais o porte de arma de
fogo dos integrantes:

I - da Polícia Federal;

II - da Polícia Rodoviária Federal;

III - da Polícia Ferroviária Federal; e

IV - das polícias civis dos estados

Parágrafo único. Cada ins tuição policial regulará, em norma própria, os termos e
condições do porte de arma de fogo de seus integrantes, respeitados os limites legais.

Art. 50. O policial federal tem livre porte de arma de fogo ins tucional ou par cular, em
todo o território nacional, ainda que fora de serviço.

§ 1º O porte de arma de fogo ins tucional ou par cular será, sempre que possível, não-
ostensivo em locais onde haja aglomeração de pessoas em virtude de evento de qualquer natureza,
como no interior de igrejas, em escolas, em estádios desportivos ou em clubes.

§ 2º As armas de fogo par culares e as ins tucionais não brasonadas deverão ser
conduzidas com o seu respec vo Cer ficado de Registro ou termo de cautela decorrente de autorização
judicial para uso e com a identidade funcional do servidor.

Art. 51. Para conservar a autorização de porte de arma de fogo, os integrantes dos
órgãos e ins tuições mencionados no art. 30 do Decreto nº 9.847, de 2019, quando aposentados,
deverão submeter-se a avaliação de aptidão psicológica a cada dez anos.

§ 1º O cumprimento dos requisitos a que se refere o caput será atestado pelos órgãos,
instituições e corporações de vinculação.

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§ 2º Cada instituição regulará, em norma interna, o controle previsto no caput.

§ 3º O policial federal aposentado cumprirá a exigência do caput por ocasião da


subs tuição de sua iden dade funcional, nos termos disciplinados pelo Ins tuto Nacional de
Identificação - INI.

Art. 52. Poderá ser concedido o porte de arma de fogo para defesa pessoal ao servidor
do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, desde que atendidos os requisitos constantes dos arts.
10 e 11 da Lei nº 10.826, de 2003.

Subseção V
Do porte funcional para os servidores no exercício de funções de segurança dos Tribunais do Poder
Judiciário e dos Ministérios Públicos da União e dos Estados

Art. 53. Os integrantes das ins tuições descritas no inciso XI do art. 6º da Lei nº 10.826,
de 2003, deverão cumprir todos os requisitos previstos no art. 7º desta Instrução Norma va, sendo que
a capacidade técnica e a ap dão psicológica para o manuseio de arma de fogo poderão ser atestadas
pela própria instituição, conforme modelo definido em ato do coordenador-geral de Controle de Serviços
e Produtos, após emissão dos laudos por profissionais credenciados pela Polícia Federal.

§ 1º O procedimento para expedição do porte previsto no caput observará o disposto


nos arts. 43 e 44 desta Instrução Normativa, no que couber.

§ 2º As armas de fogo u lizadas pelos servidores das ins tuições descritas no inciso XI
do art. 7º desta Instrução Norma va serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respec vas
ins tuições, somente podendo ser u lizadas quando em serviço, devendo estas observarem as
condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o cer ficado de
registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da ins tuição, com validade
de dez anos.

Subseção VI
Do porte para diplomatas em missões diplomáticas e consulares acreditados no governo brasileiro e
para agentes de segurança de dignitários estrangeiros

Art. 54. O requerimento de porte de arma de fogo para diplomatas em missões


diplomá cas e consulares acreditados no Governo brasileiro e para agentes de segurança de
dignitários estrangeiros, durante sua permanência no Brasil, será encaminhado às delegacias
responsáveis pelo controle de armas pela DARM/CGCSP/DIREX/PF após recebimento de comunicação
do Ministério das Relações Exteriores.

§ 1º Não serão expedidas autorizações de porte, na modalidade prevista no parágrafo


anterior, para armas de fogo não incluídas na lista encaminhada pelo Ministério das Relações
Exteriores.

§ 2º O chefe da DARM/CGCSP/DIREX/PF poderá restringir o número de portes constante


da lista enviada pelo Ministério das Relações Exteriores.

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CAPÍTULO V
DO CADASTRAMENTO

Seção I
Das armas de fogo produzidas, importadas, exportadas e vendidas no País

Art. 55. O cadastramento no Sinarm das armas de fogo importadas, produzidas e


comercializadas no país, de uso permi do ou restrito — exceto aquelas pertencentes às Forças
Armadas e Auxiliares, ao GSI e à ABIN — deverá ser providenciado pelo fabricante ou importador, na
Polícia Federal, por meio de arquivos eletrônicos.

§ 1º O cadastramento das armas de fogo em estoque nas empresas autorizadas a


comercializar armas de fogo deverá ser providenciado pelo fabricante ou importador, na Polícia Federal,
por meio de arquivos eletrônicos.

§ 2º Para atendimento ao disposto no caput, as empresas deverão alimentar o Sinarm,


por meio de acesso externo, com arquivo que contenha a descrição das armas de fogo que devam
constar do sistema, informando os seguintes dados:

I - número da arma;

II - espécie;

III - marca;

IV - modelo;

V - calibre;

VI - país de fabricação;

VII - capacidade de cartuchos;

VIII - número de canos;

IX - comprimento do cano;

X - tipo de alma (lisa ou raiada);

XI - quantidade de raias;

XII - sentido das raias;

XIII - tipo de funcionamento; e

XIV - acabamento.

Seção II
Do cadastramento das ocorrências relacionadas a armas de fogo

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Art. 56. O proprietário de arma de fogo é obrigado a comunicar imediatamente à unidade
policial local, o extravio, o furto ou o roubo de arma de fogo, bem como a sua eventual recuperação.

§ 1º O proprietário da arma de fogo deverá fazer a comunicação por meio do


preenchimento de formulário disponibilizado no sí o eletrônico da Polícia Federal, ao qual deverá ser
anexada cópia do Bole m de Ocorrência, para atualização da situação da arma no banco de dados do
Sinarm.

§ 2º Na hipótese de arma de fogo não cadastrada, a unidade responsável pelo controle


de armas deverá inclui-la no sistema por ocorrência.

Art. 57. Os superintendentes regionais e a Divisão Nacional de Controle de Armas de


Fogo deverão estabelecer procedimentos, juntamente com os Órgãos de Segurança Pública e das
Jus ças Federais e Estaduais, obje vando o cadastro de ocorrências das armas de fogo, para fins de
controle e localização.

§ 1º Deverá ser priorizada a celebração de acordo de cooperação técnica com os órgãos


de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal para possibilitar a integração de seus sistemas
correlatos ao Sinarm.

§ 2º No âmbito da Polícia Federal, a Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo


deverá promover a interoperabilidade entre o sistema Siscrim e o sistema ePol ao Sinarm, juntamente
com a Diretoria Técnico Cien fica - DITEC/PF, a Corregedoria-Geral - COGER/PF e a Diretoria de
Tecnologia da Informação e Inovação - DTI/PF.

Art. 58. As ins tuições previstas no art. 6º, inciso XI, da Lei nº 10.826, de 2003, deverão
registrar a ocorrência de perda, furto, roubo ou extravio de arma, de acessório ou de munição de sua
propriedade, e comunicar à Polícia Federal em vinte e quatro horas.

Art. 59. Em caso de apreensão ou arrecadação de arma de fogo decorrente de CRAF


vencido, o proprietário será no ficado para proceder a sua regularização no prazo máximo de sessenta
dias.

§ 1º No caso do não atendimento dos requisitos previstos para a renovação do CRAF, o


proprietário deverá declarar intenção de entregar a arma à Polícia Federal, mediante indenização na
forma do art. 48 do Decreto nº 9.847, de 2019, ou providenciar a sua transferência para terceiro,
observado o prazo máximo concedido no caput, aplicando-se ao interessado na aquisição as
disposições do art. 8º desta Instrução Normativa.

§ 2º Não havendo manifestação do proprietário no prazo assinalado, a Polícia Federal


procederá à sua destruição ou encaminhará ao Exército Brasileiro para destruição ou doação aos
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas.

Seção IV
Dos impedimentos

Art. 60. Mediante comunicação de inap dão psicológica ou técnica por profissional
credenciado, será incluído no Sinarm registro de impedimento para aquisição, transferência, renovação
e porte de arma de fogo.

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§ 1º Respeitado o interstício definido em ato normativo próprio, o impedimento do caput
será retirado do Sinarm com o recebimento de laudo retificador.

§ 2º Enquanto pendente CRAF com prazo de validade vencido, ou em situação irregular,


não será autorizada a aquisição de outra arma de fogo registrada em nome do mesmo proprietário.

Art. 61. Havendo no cia de policial federal com restrição psiquiátrica ou psicológica,
será registrado o impedimento no Sinarm, com suspensão da posse e/ou porte de arma de fogo.

§ 1º Nas superintendências regionais, caberá aos setores de recursos humanos e à


Corregedoria Regional comunicar os casos previstos no caput às delegacias responsáveis pelo controle
de armas de fogo.

§ 2º Nas unidades centrais, caberá à Divisão de Recursos Humanos e à Corregedoria


Geral comunicar os casos previstos no caput à Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo.

§ 3º Declarada por junta médica a inap dão psicológica do policial federal, serão
adotados os procedimentos para alteração de sua carteira funcional e do CRAF, devendo o servidor ser
notificado para entrega das armas de fogo de que tiver posse e propriedade, para guarda provisória.

§ 4º A entrega das armas será feita à chefia imediata do servidor ou a delegado


indicado pelo superintendente regional, procedendo-se, em qualquer caso, ao regular armazenamento
da arma de fogo entregue.

§ 5º Havendo inércia ou recusa na entrega voluntária das armas de fogo, deverão ser
adotadas e esgotadas todas as diligências possíveis para o recolhimento.

§ 6º Exauridas sem êxito as diligências para recolhimento das armas, o delegado de


polícia federal indicado para o recolhimento da arma de fogo deverá comunicar a corregedoria.

§ 7º As armas par culares recolhidas do policial federal permanecerão acauteladas na


sua unidade de lotação até eventual restabelecimento ou solicitação de transferência.

§ 8º Tratando-se de policial que possua cer ficado de registro de colecionador, a rador


ou caçador ob do no Exército Brasileiro, sua inap dão psicológica será comunicada à Diretoria de
Fiscalização de Produtos Controlados - DFPC ou aos Serviços de Fiscalização de Produtos Controlados -
SFPC, nas respectivas regiões militares, com vistas à adoção das providências cabíveis.

Art. 62. No caso de aposentadoria do policial federal por inap dão psicológica, adota-se
o procedimento previsto no art. 8º do Decreto nº 9.845, de 2019.

Art. 63. Nas hipóteses de decisão judicial envolvendo suspensão ou cassação da posse
ou do porte de arma de fogo, deverão ser adotadas as seguintes providências:

I - lançamento de cancelamento de eventuais registros ou portes de arma e de


impedimento no Sinarm; e

II - comunicação à autoridade judicial sobre a existência ou não de arma de fogo em


nome do impedido, para as providências cabíveis das autoridades policiais locais.

Parágrafo único. No caso de revogação da ordem judicial anterior, os registros ou portes

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cancelados deverão ser reativados.

CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA

Art. 64. São autoridades competentes para autorizar a aquisição, a renovação do registro
e a transferência de propriedade de arma de fogo:

I - nas unidades centrais:

a) o diretor-executivo;

b) o coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos; e

c) o chefe da Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo;

II - nas superintendências regionais:

a) os superintendentes regionais;

b) os delegados regionais executivos;

c) os chefes das delegacias responsáveis pelo controle de armas de fogo; e

d) os chefes das delegacias de polícia federal descentralizadas e seus subs tutos, no


âmbito de suas respectivas circunscrições, sendo vedada a delegação.

§ 1º A circunscrição será fixada em razão do local de guarda da arma de fogo.

§ 2º Protocolizado o pedido em circunscrição diversa, o processo será reme do à


circunscrição competente.

Art. 65. São autoridades competentes para autorizar o porte de arma de fogo para defesa
pessoal:

I - nas unidades centrais:

a) o diretor-executivo;

b) o coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos, nas unidades centrais; e

II - nas unidades descentralizadas, os superintendentes regionais, no âmbito de suas


respectivas circunscrições, sendo vedada a delegação.

Art. 66. Compete aos superintendentes regionais celebrar acordo de cooperação técnica
com as prefeituras municipais para a concessão de porte de arma de fogo funcional aos guardas civis
municipais, observando-se os arts. 39 a 42.

Art. 67. São autoridades competentes para autorizar o porte funcional aos guardas
municipais, guardas portuários e servidores do Poder Judiciário e dos Ministérios Públicos da União e

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dos Estados que efe vamente estejam no exercício de funções de segurança, bem como dos portes
concedidos a diplomatas em missões diplomá cas e consulares acreditados junto ao governo brasileiro
e para agentes de segurança de dignitários estrangeiros, durante sua permanência no Brasil:

I - nas unidades centrais:

a) o diretor-executivo,

b) o coordenador-geral de Controle de Serviços e Produtos, nas unidades centrais; e

c) o chefe da Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo;

II - nas unidades descentralizadas:

a) os superintendentes regionais;

b) os delegados regionais executivos; e

c) os chefes das delegacias responsáveis pelo controle de armas de fogo.

Parágro único. Às autoridades constantes das alíneas "a", "b" e "c", do inciso II deste
artigo, é vedada a delegação.

Art. 68. A emissão das Guias de Trânsito e dos Registros de Arma de Fogo serão de
competência do chefe da delegacia responsável pelo controle de armas de fogo, nas superintendências
regionais, ou das delegacias de polícia federal descentralizadas, nas respec vas circunscrições,
podendo ser delegada, mediante portaria.

CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO E DA CASSAÇÃO

Art. 69. Nas hipóteses legais de suspensão ou cassação de posse ou porte de arma de
fogo, tais como as constantes no art. 10, § 2º da Lei nº 10.826, de 2003; nos arts. 14 e 19, parágrafo
único e art. 20, §§ 1º e 2º, do Decreto nº 9.847, de 2019; e no art. 7º do Decreto 9.845, de 2019; será
observado o seguinte procedimento:

I - o servidor que tomar conhecimento dos fatos deverá comunicar ao chefe da delegacia
responsável pelo controle de armas de fogo, nas superintendências regionais, ou ao chefe
da delegacia descentralizada, que instaurará processo administra vo, mediante portaria na qual
constará o resumo dos fatos;

II - após a instauração do processo de cassação de porte de arma de fogo, o chefe da


delegacia responsável pelo controle de armas de fogo, nas superintendências regionais, ou o chefe
da delegacia descentralizada poderá determinar, jus ficadamente, a suspensão cautelar da autorização
de porte até o término do procedimento, caso em que o interessado deverá ser notificado;

III - instruído o processo com os documentos per nentes e cumpridas as diligências


determinadas, o interessado será in mado para apresentar defesa em dez dias, prorrogáveis uma única
vez por igual período;

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IV - após a apresentação da defesa, poderão ser determinadas novas diligências,
facultada a abertura de novo prazo para apresentação de defesa complementar, observando-se, se o
caso, o disposto no art. 41 da Lei nº 9.784, de 1999;

V - ul madas as diligências e apresentada a defesa, o servidor responsável emi rá


parecer preliminar em quinze dias e remeterá os autos à autoridade competente, conforme arts. 64,
65 e 67, para decisão no prazo de trinta dias, prorrogáveis por igual período;

VI - caberá recurso administra vo da decisão, nos termos do art. 70 desta Instrução


Normativa;

VII - man da a decisão de cassação de posse e/ou porte da arma de fogo em caráter
defini vo, o interessado será in mado a entregar a respec va arma de fogo na Campanha Nacional do
Desarmamento, mediante indenização, ou a providenciar sua transferência no prazo máximo de
sessenta dias;

VIII - não havendo entrega ou transferência da arma de fogo, deverá ser comunicada a
autoridade de polícia judiciária competente para as providências cabíveis.

CAPÍTULO VIII
DOS RECURSOS

Art. 70. Das decisões administra vas cabe recurso, no prazo de dez dias após a decisão
proferida no processo, nos termos do art. 4º, § 3º desta Instrução Normativa.

§ 1º São competentes para a apreciação de recurso administra vo, conforme o caso, o


delegado regional execu vo, o superintendente regional, o coordenador-geral de Controle de Serviços e
Produtos, o diretor-executivo e o diretor-geral da Polícia Federal.

§ 2º O recurso será dirigido à autoridade policial que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior competente, nos termos
deste capítulo.

§ 3º O recurso tramitará por duas instâncias administrativas.

§ 4º Não serão conhecidos recursos interpostos fora do prazo, propostos por quem não
seja legitimado ou após exaurida a esfera administrativa.

§ 5º Os recursos não conhecidos, na forma do parágrafo anterior, deverão ser


arquivados na unidade de origem, de pronto.

§ 6º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de o cio o


ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 71. As regras referentes ao credenciamento, avaliações, instrumentos, formas de


correção, fiscalização, local, descredenciamento e outras a nentes a psicólogos, instrutores de

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armamento e tiro e armeiros são estabelecidas em ato normativo próprio.

Art. 72. Os laudos de inap dão psicológica deverão ser encaminhados pelo psicólogo
credenciado à delegacia de polícia federal responsável pelo controle de armas de fogo da circunscrição,
para inclusão no Sinarm.

Art. 73. No exercício da a vidade de controle, compete às delegacias de polícia federal


responsáveis pelo controle de armas de fogo receber e, se o caso, requisitar os mapas mensais de
vendas de armas de fogo, na forma do art. 10 do Decreto nº 9.847, de 2019, no ficando, para esse fim,
as lojas que atuam no comércio especializado.

Art. 74. Os procedimentos previstos nesta Instrução Norma va poderão ser realizados
por meio eletrônico a critério e na forma prescritos em orientação específica do coordenador-geral de
Controle de Serviços e Produtos.

Art. 75. As dúvidas suscitadas na aplicação desta Instrução Norma va, bem como os
casos omissos, serão dirimidos pela Diretoria-Execu va, podendo ser delegada ao coordenador-geral
de Controle de Serviços e Produtos.

Art. 76. Os modelos dos documentos e formulários a serem adotados no âmbito do


Sinarm e na a vidade de controle de armas de fogo serão definidos em ato do coordenador-geral de
Controle de Serviços e Produtos.

Art. 77. Serão observadas as disposições constantes da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de


1999, para fins de procedimentos e decisões administrativas.

Art. 78. Fica revogada a Instrução Norma va nº 131-DG/PF, de 14 de novembro de 2018,


publicada no Boletim de Serviço nº 220, de 16 de novembro de 2018.

Art. 79. Esta Instrução Norma va entra em vigor na data de sua publicação em Bole m
de Serviço.

ROLANDO ALEXANDRE DE SOUZA

Documento assinado eletronicamente por ROLANDO ALEXANDRE DE SOUZA, Diretor-Geral, em


20/08/2020, às 17:57, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


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acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador
15780380 e o código CRC CB3E1A8F.

Referência: Processo nº 08211.001516/2019-16 SEI nº 15780380

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