Musicoterapia - Maturidade AGERIP PDF

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Musicoterapia

Muito além do som:


os benefícios da musicoterapia
para a maturidade

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SUMÁRIO

MUITO ALÉM DO SOM: OS BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA PARA A MATURIDADE


Muito além do som: os benefícios da musicoterapia para a maturidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Coral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Música nos quartos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Saiba Mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

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MUITO ALÉM DO SOM:


OS BENEFÍCIOS DA MUSICOTERAPIA PARA A MATURIDADE
Não há como negar a importância da música em nossas vidas, seja
no nível consciente, ou inconsciente. A música transforma tudo,
socializando mundos distintos com seu incrível poder de unir os
diferentes.
Independente do estilo, a música tem várias funções na vida cotidiana
das pessoas: fomentar a cultura, relaxar, distrair, divertir, acolher,
tornar o ambiente mais equilibrado, entre outros.
Além de provocar a sensação de bem-estar, facilitar a expressão,
reduzir o estresse e melhorar as condições físicas, uma pesquisa
realizada pelo Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição
Humana de Leipzig, na Alemanha, comprovou que, uma vez que a
música está relacionada às emoções mais profundas, as letras e as
melodias são raramente esquecidas por pacientes com Alzheimer,
por exemplo.
Por outro lado, estudos feitos pela American Music Therapy
Association-AMTA, dos Estados Unidos, e pela World Federation of
Music Therapy-WFMT, da Itália, apontam que, dependendo do ritmo
a respiração fica mais branda ou ofegante, podendo influenciar ainda
nos batimentos cardíacos por causa da pressão sanguínea que fica
mais forte ou menos intensa. Prevenindo, dessa forma, doenças
cardíacas.

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A música na maturidade estimula a fala, aumenta a criatividade,


movimenta o corpo, exercita a memória, reduz sintomas de depressão,
previne doenças associadas ao aumento da idade e o início de
doenças crônicas.
Essa constatação também pode ser percebida no documentário
“Alive Inside”, produzido nos Estados Unidos, que mostra a atividade
sendo capaz de fazer com que o cérebro de pacientes com Alzheimer
ficasse mais ativo depois de terem que lidar com canções conhecidas,
fazendo com que respondessem melhor a estímulos após a terapia.
É cada vez mais comum o uso da música como terapia, ou seja, a
musicoterapia. Através da melodia e ritmo a música é usada para
estimular reações no corpo e recuperar o paciente de determinada
enfermidade.
Quem participa de grupos de musicoterapia faz atividade de postura
vocal, respiração e relaxamento corporal.
Música é arte, é vida. Ela influencia positivamente no sistema
imunológico, sistema endócrino, nos órgãos dos sentidos, na resposta
motora, comportamentos e emoções.
Esses são alguns dos motivos que fazem com que a Agerip (Associação
Geronto Geriátrica de São José do Rio Preto) invista em atividades
musicais que envolvam seus associados.

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CORAL
O coral da Agerip é formado por moradores e associados
frequentadores e foi estrategicamente criado em 2009, com o
objetivo terapêutico e social.
Além do trabalho especializado realizado pela maestrina rio-pretense
Maria Aparecida Abissamra, ele conta também com o suporte técnico
da assistente social Iraídes Rodrigues do Nascimento, que explica:
“atuamos de forma direta no desenvolvimento do coral da Agerip, no
sentido de motivar e inteirar socialmente o grupo”.
Os movimentos são sutis, feitos de seus assentos, com um gingado
tímido, mas sempre encorajados pelos profissionais. “Aqui o objetivo
é estimular o cérebro e os movimentos, ainda que singelos. Temos
participantes com dificuldades causadas por Alzheimer ou AVC
(acidente vascular cerebral) que ficam afásicos com o tempo, mas
quando a música toca, observamos que eles conseguem participar
da atividade de um jeito bem mais natural, colaborando para a
reabilitação”, explica a maestrina Cida Abissamra.
Os ensaios acontecem toda quinta-feira, das 17 às 18 horas. Além
de cantarem todos juntos, acompanhando a maestrina através das
partituras com as letras, alguns também tocam instrumentos. “O
horário dos encontros foi estrategicamente planejado para o final da
tarde, hora do crepúsculo, momento do dia que normalmente causa
tristeza, agitação e medo em determinadas pessoas, principalmente
nos doentes de Alzheimer ou aqueles com potencial depressivo.
Quando o ensaio chega ao fim, eles seguem muito mais alegres para
o jantar”, ressalta Iraídes.

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MÚSICA NOS QUARTOS


O trabalho de terapia com a música na Agerip vai além do coral
formado pelos moradores e associados frequentadores do espaço.
Durante a semana, por algumas horas, a gerontóloga Ana Beatriz
Gomes visita os moradores em seus aposentos e coloca música para
que ouçam juntos. “Buscamos informações com os familiares ou
com eles próprios, sobre qual estilo de música preferida e com base
nessas informações escolhemos o playlist. A influência positiva das
canções sobre o bem-estar deles é nítida. Podemos observar isso
através das emoções, das histórias resgatas da memória esquecida
e da abertura que estes momentos promovem”, explica Ana Beatriz,
que desenvolve este trabalho na Agerip.

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BENEFÍCIOS
Conheça outros benefícios que a música pode proporcionar, inclusive
na maturidade:
- libera endorfinas: substância responsável pela felicidade e prazer.
- diminui a dor: escutar boa música faz a pessoa desviar o foco,
amenizando o estímulo da dor.
- aumenta a socialização: a música une as pessoas e falar sobre ela
pode ser ótimo para iniciar uma conversa.
- protege o cérebro: ao aprender uma nova música ou a tocar um
instrumento musical, o cérebro cria novas ligações neurais. Assim ele
se mantém saudável, prevenindo doenças degenerativas.
- desenvolve a inteligência e estimula funções cognitivas e na
manutenção das capacidades de memória, percepção, atenção,
concentração e linguagem.
- combate a tensão e a fadiga e elimina o estresse: a música é capaz
de ativar no cérebro os mesmos centros de recompensa que uma
comida saborosa, droga ou sexo e reduz as concentrações dos
hormônios do estresse;
- melhorar o humor, sono, motivação, autoconfiança e diminui a
ansiedade.

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SAIBA MAIS
O uso da música como método terapêutico vem desde o início da
história humana. Os Papiros de Lahun contêm o primeiro registro
escrito sobre a utilização terapêutica da música até hoje encontrado,
a musicoterapia era usada nos templos egípcios.
A musicoterapia foi praticada nos tempos bíblicos, quando Davi tocou
harpa para livrar o rei Saul de um mau espírito. Outros registros a
esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos
pré-socráticos. Apolo era o deus grego da música e da medicina.
Acreditava-se que Esculápio curava doenças da mente através de
músicas e canções.
Platão dizia que a música afetava as emoções e poderia influenciar
o caráter de um indivíduo. Aristóteles ensinava que a música afetava
a alma, e descrevia a música como uma força capaz de purificar
as emoções. Por volta de 400 a.C., Hipócrates tocava música para
doentes mentais.
No século IX da Idade de Ouro Islâmica, a música tinha utilização
terapêutica. O cientista, psiquiatra e musicólogo Al-Farabi faz
referência ao efeito terapêutico da música no seu tratado Significados
do Intelecto. Nos hospitais árabes do século XIII, existiam salas de
música para os pacientes.
O aumento da compreensão acerca do sistema nervoso levou a uma
nova onda de musicoterapia no século XVIII. Trabalhos anteriores

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sobre o assunto, como o Musurgia universalis, de Athanasius Kircher,


de 1650, o “Disputa sobre o efeito da música no homem”, de Michael
Ernst Ettmüller, de 1714, e o Veritophili, de Friedrich Erhardt Niedten, de
1717, ainda tendiam a discutir os efeitos médicos da música em termos
de colocar o corpo e a alma em harmonia. Mas, a partir de meados do
século XVIII, trabalhos como “Reflexões de música antiga e moderna”,
de Richard Brocklesby, de 1749, o “Memórias” da Academia Francesa
de Ciências, de 1737”, e o “Conexão da música com a medicina”, de
Ernst Anton Nicolai, de 1745, enfatizavam o poder da música sobre os
nervos.
Depois de 1800, os livros sobre musicoterapia passaram a se basear
no sistema brunoniano de medicina, argumentando que a estimulação
dos nervos pela música poderia ajudar a melhorar a saúde. Por
exemplo, o livro “O doutor musical” (1807), de Peter Lichtenthal, era
explicitamente brunoniano. Lichtenthal, um músico, compositor e
médico com ligações com a família de Mozart, falava de “doses de
música” que poderiam ser determinadas por alguém que conhecesse
a “escala brunoniana”.
O uso da música como método terapêutico só começou a ser
utilizado, na prática, depois da II Guerra Mundial, nos Estados Unidos,
com experiências realizadas com os veteranos, que evidenciaram
melhorias significativas relativamente a traumas físicos e psíquicos.
Porém, com o aparecimento dos medicamentos químicos, a
musicoterapia foi relegada para segundo plano até à década de 70,
altura em que o seu valor terapêutico voltou a ser reconhecido.
Em 1985, é criada a World Federation of Music Therapy, a única

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organização internacional dedicada ao desenvolvimento e promoção


da musicoterapia em todo o mundo.
No Brasil, a primeira graduação de Musicoterapia foi criada em 1972,
no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro.
A musicoterapia utiliza vários métodos. O receptivo se restringe a
pacientes com sérios problemas motores ou quando se pretende
trabalhar tão somente em um aspecto do tratamento, com
determinados objetivos. Geralmente, porém, ela é ativa, e assim o
paciente é quem toca os instrumentos musicais, canta, dança ou
realiza algum trabalho musical com o terapeuta.
O profissional pode recorrer a várias modalidades terapêuticas, tudo
depende de suas metas, bem como dos desejos e das possibilidades
do paciente.
A música atua na mente humana harmonizando os hemisférios
cerebrais, e por consequência equilibrando pensamento e sentimento.
Alguns ritmos não são indicados para a musicoterapia, como o rock,
pulsante demais para provocar relaxamento. Ademais, cada ritmo
tem como efeito um resultado distinto no paciente.
Há músicas que despertam nostalgia, outras provocam alegria, tristeza,
melancolia, entre outros sentimentos. Depende intrinsecamente das
metas de cada um. Enquanto Bach auxilia no conhecimento e na
memória, Rossini, com sua obra Guilherme Tell, e Wagner, com suas
Walkirias, são muito indicadas nos casos de depressão. Por outro
lado, as marchas irradiam uma energia imprescindível para quem se
encontra em recuperação.

Fontes: Info Escola; Wikipédia e Agerip.

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www.agerip.com.br

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