Cartilha - O Cantor Lirico e A COVID-19-1
Cartilha - O Cantor Lirico e A COVID-19-1
Cartilha - O Cantor Lirico e A COVID-19-1
COVID-19
“A Recomendação de 1980 sobre o Status do Artista exorta os
Estados-Membros da ONU a melhorarem o status profissional, social
e econômico dos artistas através da implementação de políticas e
medidas relacionadas com a formação, segurança social, saúde,
emprego, rendimento e condições fiscais, mobilidade e liberdade de
expressão. Também reconhece o direito dos artistas de se
organizarem em sindicatos ou organizações profissionais que possam
representar e defender os interesses de seus membros.”
(1980 Recommendation concerning the Status of the Artist, UNESCO)
2) Prevenção
Durante o convívio social
Durante o canto
Distancia segura e barreiras físicas
Uso de mascaras e face shields (escudos faciais)
Ventilaçao
Testes de sorologia
Rede de apoio
3) Conclusão
Equipe
3
RESUMO DA ÓPERA:
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- COMO A DOENÇA AGE NO CORPO
Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. Proveniente dessa
mesma família, o novo coronavírus, ou Sars-CoV-2, foi descoberto em dezembro de 2019, após
inúmeros casos de pneumonia serem registrados em Wuhan, na China. Esse novo vírus provoca a
doença chamada COVID-19.
O novo coronavírus penetra no corpo humano geralmente através das vias superiores: olhos,
nariz e boca. Sendo assim, a transmissão acontece de uma pessoa infectada para outra através de
contatos simples como: toque ou aperto de mão, gotículas e aerossóis gerados por espirro, tosse,
fala ou respiração, e contato com objetos e superfícies contaminadas, como celulares, mesas,
maçanetas, brinquedos, teclados de computador, etc.
O formato do novo coronavírus facilita sua conexão às células humanas através da ligação
entre a sua proteína S com a proteína ACE2, que atua na regulação da pressão arterial do nosso
corpo. Acredita-se que a presença da proteína ACE2 nos tecidos de órgãos vitais como pulmão,
coração, cerebro, rins e intestinos, é crucial para o ataque agressivo do vírus a esses órgãos.
Quando o vírus penetra na célula, ele utiliza as estruturas da mesma para a replicação infinita
do seu material genético e isso faz com que a célula reproduza o RNA do coronavírus até explodir.
Esses novos milhares de vírus saem então em busca de novas células. Ao se instalar na mucosa nasal
provoca irritação na garganta e tosse seca. Dependendo da resposta imunológica, em poucos dias o
vírus poderá ser eliminado. Quando a carga viral de contaminação é muito alta ou o organismo
demora para encontrar uma defesa eficiente contra o coronavírus, ele consegue chegar ao interior
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dos pulmões e lá encontra a proteína ACE2 em abundância nos alvéolos, o lugar perfeito para sua
multiplicação. Cada célula pulmonar, ao ser destruída pelo vírus, libera água e faz com que haja um
acúmulo de líquidos no pulmão. Essa destruição celular prejudica a troca gasosa, provocando falta
de ar e pneumonia, sintomas presentes nos casos mais graves de COVID-19. Como a ACE2 pode ser
encontrada em diversos sistemas, o vírus poderá atacá-los também, se chegar até eles através da
corrente sanguínea.
Quando o nosso sistema imunológico fica sobrecarregado com o ataque do vírus, ele libera
várias substâncias inflamatórias. Esse quadro conhecido como “tempestade de citocinas” pode levar
a uma inflamação generalizada dos órgãos e tecidos e evoluir para a morte do paciente.
Pesquisas científicas revelaram grupos que podem ser mais suscetíveis às complicações
causadas pelo novo coronavírus. São os chamados “grupos de risco” e incluem: idosos, gestantes,
portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma), enfermidades hematológicas
(doenças no sangue), doença renal crônica, imunodepressão (condição que pode ser provocada pelo
tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer) e obesidade. Embora os grupos de risco
sejam bem delimitados, pesquisas recentes apontam que o vírus ocasionalmente também encontra
vítimas fatais dentre a população jovem e sem comorbidades.
A tabela elaborada pelo CRID – Centro de Pesquisa sobre Doenças Inflamatórias, traz algumas possíveis ações do vírus ao
se espalhar pelo corpo.
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* menos comuns: fadiga, dor de garganta, diarreia, câimbras repentinas, dores e desconfortos,
conjuntivite, erupção cutânea ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés.
* graves: dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito, confusão mental, perda de
fala ou movimento.
Nos casos mais graves, que são cerca de 5%, a COVID-19 pode causar grandes danos ao
sistema respiratório e aos pulmões. Sintomas como falta de ar e dificuldade de respirar geralmente
são indicativos de evolução para um quadro mais grave da doença, e nesse caso, o auxilio médico
deve ser imediatamente requisitado.
O coronavírus (Sars-CoV-2) não afeta igualmente todas as pessoas. E apesar de ser um vírus
relativamente novo, já temos muitos dados comprovados a respeito.
I. Casos Assintomáticos
É muito difícil estimar uma porcentagem dos infectados assintomáticos. Para ter uma
estimativa mais apurada seria necessário testar a população em larga escala, e no momento tal ação
é impossível, já que não existem testes disponíveis para todos.
Assintomáticos podem transmitir o vírus por 14 dias e, pelo fato de não apresentarem
sintomas explícitos (como tosse, ou espirros), a probabilidade de contágio por um assintomático é
50% menor.
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- CASOS GRAVES E A PNEUMONIA
Cerca de 20% dos casos de COVID-19 tem agravamento para síndrome respiratória aguda
grave e/ou complicações de coagulação.
Pacientes dos grupos de risco – idosos, diabéticos, gestantes, obesos, hipertensos, cardíacos
e asmáticos - podem sofrer ainda mais com os efeitos de uma forte pneumonia. Não à toa o nome
oficial do novo coronavírus é Sars-CoV-2. Trata-se da sigla para “síndrome respiratória aguda grave
por coronavírus 2” – da mesma família da Sars (Síndrome respiratória aguda grave), identificada em
2002.
Pneumonia
A pneumonia é uma das complicações mais frequentes nos casos mais graves de COVID-19.
Apesar de guardar semelhanças com a pneumonia clássica, ela apresenta características diferentes
e que demandam mais cuidado.
A pneumonia que conhecemos, considerada comum, é bacteriana (causada por bactérias).
Apesar de também ser perigosa (pois causa inflamação dos pulmões e aparecimento de pus nos sacos
aéreos, dificultando a respiração), seu tratamento é mais simples. Uma ou duas semanas de
antibiótico podem resolver o problema.
Já a pneumonia que acompanha a COVID-19 tem origem viral. Seu principal problema é que
ainda não se sabe qual remédio é capaz de combater o invasor. Por enquanto, os médicos estão
tratando a doença com antivirais e antibióticos usuais, pois pacientes com pneumonia viral podem
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desenvolver infecções secundárias. Para aqueles
que necessitam de internação, a única coisa a se
fazer é oferecer oxigenoterapia e suporte [Título da Barra Lateral]
ventilatório invasivo ou não invasivo em terapia [Barras laterais são excelentes para chamar a
atenção para pontos importantes do seu texto
intensiva, além de anticoagulação plena em casos
ou adicionar mais informações para
graves específicos, até que o pulmão volte a referência rápida, como um cronograma.
A COVID-19
Elas geralmente pode à esquerda,
são posicionadas deixar
funcionar normalmente.
sequelas noou
à direita, acima pulmão?
abaixo da página. Mas
Enquanto a COVID-19, nos exames de você pode arrastá-las facilmente para
qualquer posição que preferir.
imagem, acomete mais a periferia e os terços Quando estiver pronto para adicionar
Ainda
conteúdo, não
basta é possível
clicar afirmar
aqui e começar a com
inferiores dos pulmões, gerando uma imagem certeza a extensão das sequelas. No
digitar.]
semelhante a um vidro embaçado, a pneumonia entanto, médicos de Hong Kong
fizeram um estudo analisando a
bacteriana clássica promove consolidação com o
primeira leva de pacientes curados do
desenho dos brônquios, acometendo um lobo país, e notaram uma redução de 20% a
pulmonar ou mais. O quadro laboratorial também 30% na função pulmonar de alguns.
Dentre esses, um determinado número
tem algumas características diferentes, como também apresentou dano pulmonar
marcadores não específicos de inflamação mesmo não tendo tido manifestações
respiratórias da doença.
chamados PCR , D-dímero e a diminuição de
leucócitos e/ou linfócitos no sangue. Para pacientes em geral essa perda
da capacidade pulmonar pode não
afetar significativamente seu ritmo de
Como age a pneumonia causada pelo novo vida. Para nós, cantores líricos, que
dependemos da nossa capacidade
coronavírus? pulmonar para a emissão vocal, essa
A história começa quando a infecção perda ocasional poderia causar uma
atinge a chamada árvore brônquica, conjunto de piora significativa no desempenho
vocal ou até impossibilitar o próprio
estruturas ramificadas do pulmão que permitem canto, já que utilizamos uma
a respiração. Nesse momento, sintomas leves capacidade pulmonar elevada.
como tosse e febre podem aparecer. Os tecidos
que protegem a região ficam feridos. A resposta
do corpo é causar uma inflamação no local – e isso
causa um efeito dominó. Os nervos que recobrem
vias aéreas acabam comprometidos. O resultado
é aquela sensação incômoda que faz o paciente
tossir a todo momento.
Caso o quadro piore, as unidades de troca
de gás (O2 e CO2) que ficam no final do trato As manchas amarelas representam os
danos causados pelo vírus no tecido
respiratório, também acabam infectadas. Como pulmonar.
resposta, despejam material inflamatório nos
sacos de ar que estão no fundo do pulmão. E aí,
se há inflamação, a situação torna-se muito grave,
pois a passagem ideal de oxigênio para a corrente
sanguínea fica muito prejudicada. Logo, fica mais
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difícil para o corpo se livrar do gás carbônico, e essa situação pode levar à morte.
Pessoas com pneumonia, mas fora dos grupos de risco, demoram de alguns dias a semanas
para se livrar da doença. Já para os grupos de risco, esse tempo pode ser bem maior, com a
possibilidade de se estender a meses.
- A NECESSIDADE DA INTUBAÇÃO
O que é intubação?
Intubação orotraqueal é um procedimento através do qual o médico introduz um tubo na
traqueia do paciente, pela boca ou pelo nariz, para mantê-lo respirando quando alguma condição
impede sua respiração espontânea. Esse procedimento pode ser muito perigoso para cantores.
• 1º Momento (pré-intubação)
Se você foi contaminado com a COVID-19 e seus sintomas são graves, talvez precise de
intubação. Tenha então algum familiar, amigo ou mesmo uma folha escrita para que ao chegar ao
hospital você ou a pessoa próxima possa dizer ao médico responsável pela intubação que sua
profissão é o canto, e que por isso todo cuidado é pouco no momento da realização do procedimento.
Insista em ser assistido por um profissional experiente. Além disso, você pode pedir que a intubação
seja feita com um tubo menor (de 5.5 a 6.0 mm para mulheres e 6.0 a 7.0 para homens). Avise ao
médico responsável se você tem alguma doença ou condição prévia, pois a chance de ocorrer algum
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dano laríngeo é maior no caso de circunstâncias como:
diabetes, doenças cardiovasculares, tabagismo, doenças
Intubação pulmonares crônicas e refluxo gastroesofágico.
Tenha uma rede de apoio (especializada e de
confiança) já preparada caso seja necessário fazer
reabilitação após a extubação (médico
otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta).
• 2º Momento (intubação)
Se possível, que o médico responsável use um
laringoscópio e introduza o tubo na primeira tentativa
(daí a necessidade de um profissional experiente), para
que a possibilidade de dano laríngeo seja reduzida.
Sugerimos que você tente conversar com o médico
sobre a possibilidade do uso de medicação para paralisia
farmacológica das pregas vocais para facilitar a
intubação e prevenir lesões.
• 4 º Momento (extubação)
Solicitar ao médico responsável medicação
preventiva contra náuseas e vômitos e verificar a
possibilidade de tratamentos com protetores gástricos
após a extubação também como forma de evitar que se
tussa ou vomite assim que extubado. Importante
ressaltar que deve-se manter a região hidratada
* Esse último aparelho é um utilizando inalação por via oral como recurso para
videolaringoscópio digital que recuperação das mucosas.
proporciona uma visão clara das
pregas vocais no momento da
intubação. • 5º Momento (pós-intubação)
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Você apresenta sintomas como rouquidão, ar na voz, dor, dificuldade para engolir e ou
sensação de bolo na garganta?
Se a resposta for positiva e o sintoma persistir por mais de uma semana após a extubação,
procure um especialista da sua rede de apoio, pois pode ser necessária reabilitação. É provável e
indicado que o primeiro especialista visitado seja o otorrinolaringologista, pois este médico poderá
realizar um diagnóstico preciso e encaminhá-lo para outros profissionais competentes.
- A REABILITAÇÃO
Ainda é muito cedo para uma estatística que retrate a porcentagem de pessoas a contraírem
COVID-19 que desenvolvem sequelas temporárias ou permanentes após se curarem da doença. No
entanto, diversos pacientes recuperados relatam problemas pulmonares, renais, cardíacos e até
neurológicos. As menções a sequelas aumentam em pacientes que tiveram quadros mais graves da
doença, mas há registro de alterações mesmo em quem teve a doença de forma leve ou praticamente
assintomática.
Algumas dessas sequelas podem ter origem no tratamento em si e não no vírus. Sabe-se há
um bom tempo sobre as sequelas devido a intubações, utilização de ventilação mecânica e/ou tempo
acamado. Como vimos anteriormente, algumas das possíveis alterações causadas pela intubação
orotraqueal são: edema, úlceras, lacerações, paresia ou paralisia das pregas vocais e traumatismos
cartilaginosos. Já o uso de ventilação mecânica diminui a força dos músculos respiratórios,
principalmente do diafragma. Quanto maior o tempo no respirador, maiores serão as sequelas,
podendo inclusive haver dificuldade na volta à respiração espontânea. Alguns estudos encontram
sinais de perda de força diafragmática já após 18h e perda de 32,6% após 6 dias de ventilação
mecânica invasiva. Com relação ao tempo acamado do paciente, as principais consequências são
perda de massa muscular (estima-se uma perda de 20% depois de 1 semana acamado, e de 50% de
3 a 5 semanas), enfraquecimento dos ossos, alterações cardíacas e respiratórias (perda de
condicionamento cardiorrespiratório) e constipação (o intestino não funciona corretamente estando
deitado).
Além das sequelas listadas acima, que podem advir do próprio tratamento, já existem relatos
de algumas sequelas geradas pelo próprio processo inflamatório do vírus tais como: perda
prolongada de olfato e/ou paladar, perdas nas frequências agudas auditivas, alterações neurológicas
diversas, fibroses pulmonares (danos permanentes aos pulmões) e alterações de pele (como crises
de Herpes Zoster).
Os estudos e relatos nos fazem entender a magnitude dessa doença e nos alertam para o fato
de que, após a cura da COVID-19, em muitos casos será necessário um tratamento de reabilitação.
Por isso, esteja atento aos sintomas e sua duração e não espere que tudo se resolva por si só, procure
ajuda. Para um profissional da voz, recomendamos que o tratamento seja feito com um profissional
especializado, eliminando ou minimizando assim as sequelas e promovendo uma volta mais rápida e
eficiente ao canto. Para isso fizemos uma parceria com profissionais especialistas de todo o Brasil,
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que concederão desconto no tratamento de cantores inscritos no Fórum Brasileiro de Ópera, Dança
e Música de Concerto que tiveram COVID-19. Clique aqui apara acessar a lista dos profissionais
parceiros!
Veja na tabela abaixo qual especialista procurar de acordo com o que você estiver sentindo:
Incapacidade de sustentar a
fonação e/ou o volume Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo
adequadamente
Persistência de ausência de
Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo
cheiro e/ou paladar
Alterações neurológicas (perda
de memória, amnésia,
alterações de personalidade, Neurologista Neurologista e Fisioterapeuta
confusão, demência, delirium e
psicose)
Pneumologista ou
Falta de ar Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
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PREVENÇÃO
Como agir
COVID-19 NO CONVÍVIO SOCIAL
Na primeira parte da cartilha • Mantenha a distância de pelo menos 1,5m de outras pessoas. Isso
falamos sobre como acontece a evita que você inale gotículas com virús caso alguém infectado
transmissão do vírus e como ele se esteja perto de você.
comporta no nosso corpo depois
do contágio. • Lave as mãos com água e sabão frequentemente e de forma
minuciosa. Na falta de água e sabão utilize álcool em gel 70%
Falaremos agora sobre a
para a higienização das mãos pois ao tocar em objetos e
prevenção e a proteção, ou seja, superfícies contaminadas você pode carregar o vírus com você.
o que podemos fazer para Sabão ou álcool em gel são substâncias capazes de destruir a
diminuir a transmissão e o membrana de gordura que protege o vírus e eliminá-lo.
contágio, e nos prevenir e
proteger. Isso é muito importante • Evite tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca. Essa região
visto que ainda não há vacina é conhecida como zona T e é a principal porta de entrada para o
para a doença ou medicamentos vírus no corpo humano.
comprovadamente eficazes. Ou
• Utilize máscaras de pano sempre que sair de casa e evite tocá-
seja, neste momento a melhor
las até o momento de retirada definitivo.
estratégia é a prevenção.
Além das formas de contágio • Ao utilizar o vaso sanitário dê descarga com a tampa abaixada.
já citadas, a Organização Lave as mãos cuidadosamente após tocar em maçanetas,
Mundial de Saúde vem corrimãos e válvulas de descargas. Foi observada a presença de
investigando outras formas de vírus e ou seu material genético nas redes de esgoto das áreas
contaminação como a com maior número de infectados.
transmissão através do sangue, de
mãe para filho, fecal-oral, de • Quando tossir ou espirrar cubra o rosto com o cotovelo. Ao utilizar
lenços de papel descarte-os imediatamente após o uso. Isso evita
animais para humanos e não
que você contamine as mãos e, consequentemente, objetos e
descarta a possibilidade de superfícies.
contaminação pelo ar em
ambientes fechados e com • Evite aglomerações de pessoas. Caso seja necessário sair de
ventilação inadequada. casa, cumpra rigorosamente as medidas de prevenção acima.
Agora veremos em detalhe Lembre-se de que poucas pessoas tiveram acesso ao teste e de
como podemos prevenir o que muitas não apresentam sintomas marcantes, o que faz com
contágio em cada área de nossas que estas saiam de casa e possivelmente espalhem o vírus.
vidas, e nos proteger.
• Vale à pena lembrar que ao caminhar pelas ruas você pode
carregar o coronavírus através de roupas e sapatos. Evite circular
#FIQUEEMCASA pela casa com vestimentas que foram expostas ao ambiente
Se não for possível, obedeça as externo.
instruções dos órgãos de saúde
responsáveis e proteja-se! • Observe seu corpo! Caso note algum sintoma suspeito, mesmo
que leve, FIQUE EM CASA e acompanhe o desenvolvimento do
quadro.
14
• Você pode acessar a plataforma https://missaocovid.com.br/
para realizar uma vídeo-consulta gratuita.
Durante a pandemia é • Barreiras físicas como placas de acrílico, plexiglass, filmes de pvc
imprescindível que os cantores e outras podem ser utilizadas para reduzir a exposição dos
sejam meticulosos quanto à sua membros do grupo.
proteção individual pois a
COVID-19 pode deixar sequelas • Evitar o compartilhamento de partituras e objetos durante os
e ameaçar drasticamente o ensaios, isto inclui lápis, garrafas d’água e smartphones.
futuro profissional desses
• Adotar intervalos frequentes para permitir a renovação do ar do
artistas. ambiente, sendo que o uso de ventiladores deve ser evitado.
Não aceite colocar a sua saúde • As estantes devem ser higienizadas antes e após os ensaios.
em risco, proteja-se!
• Aglomerações ao redor de mesas de café devem ser evitadas,
bem como as rodas de conversa.
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FERRAMENTAS DE CONTENÇÃO
DISTÂNCIA SEGURA
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A atual recomendação da OMS é que a população em
geral utilize máscaras de pano ao sair de casa. A entidade indica
que estas possuam 3 camadas de pano para melhor proteção. Já
as máscaras cirúrgicas, N95, PFF2 e PFF3 devem ser reservadas
apenas para profissionais da saúde ou para pessoas em risco,
quando indicado por um profissional da saúde.
17
- VENTILAÇÃO
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principalmente em momento onde o aporte financeiro está cada vez mais difícil. A boa notícia é que
há estratégias mais acessíveis para adaptação desse sistema já existente que minimizam os nossos
problemas: os filtros HEPA e a luz germicida UV. Não somos os responsáveis por toda essa adaptação
em um ambiente como um teatro, mas precisamos entender como funciona o local onde estamos
trabalhando para minimizarmos nosso risco.
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local onde trabalharemos e suas peculiaridades, podemos ajudar a escolher um melhor ambiente
com uma melhor ventilação.
O tempo máximo de ensaio em ambientes fechados que encontramos nos principais estudos
e protocolos, mesmo em boas condições de ventilação, é de 1 hora. Após esse período, um intervalo
de 20 minutos é necessário para que esse aerosol acumulado seja eliminado ou depositado. Cuidado,
é necessário que não haja ninguém na sala. Saia do espaço e, se possível, passe o intervalo ao ar livre.
Além dos cuidados com o tempo de ensaio, o fluxo de pessoas é importante. Muitos protocolos
já mostram e orientam para um fluxo onde os músicos não cruzam caminhos, evitando a inalação do
aerosol em suspensão na área de um colega, ou seja, saída e entrada por portas diferentes é o ideal.
- TESTES DE DIAGNÓSTICO
Os testes de laboratório para a COVID-19 podem ser divididos em dois grupos: os testes que
detectam a presença do vírus (PCR – Polymerase Chain Reaction), mais recomendados para o
diagnóstico da doença na fase aguda, e os testes que detectam a resposta do nosso corpo contra o
vírus, ou seja, a presença de anticorpos (testes de sorologia) e podem determinar se o indivíduo criou
imunidade. É importante lembrar que exames de laboratório são coadjuvantes em um diagnóstico e
a avaliação clínica de médicos e outros profissionais de saúde é essencial.
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• Quanto tempo demora pra ter o meu resultado?
Em geral o teste tem 2 dias para análise. Há uma limitação técnica para a realização de testes
de PCR simultaneamente que depende de muitos fatores como metodologia, número de
profissionais para a realização dos testes, condições do laboratório e condições para armazenamento
das amostras. Por conta da pandemia, tanto os testes quanto os resultados por vezes tem levado
mais tempo, chegando a mais de uma semana em alguns locais.
Se você fez o teste e o resultado foi positivo, mantenha a calma. Um resultado positivo diz
que você tem o vírus na sua secreção respiratória, e para saber se você é um paciente assintomático
ou tem COVID-19, a avaliação clínica do médico é fundamental. Se você fez esse exame,
provavelmente deve ter passado pelo atendimento da unidade de saúde de sua cidade ou do seu
médico de confiança. Mantenha as recomendações dos profissionais para os seus cuidados e seu
isolamento e informe seu médico sobre qualquer sintoma diferente. Cuide-se!
TESTES SOROLÓGICOS
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dos exames rápidos realizados nas farmácias. Resultados falso positivos são possíveis e acontecem
quando o teste detecta imunoglobulinas parecidas, mas são muito raros pois a especificidade dos
testes disponíveis é bastante grande.
• Quanto tempo demora pra ter meu resultado?
Os exames de laboratório costumam ficar prontos em dois dias. Os testes rápidos de farmácia,
em alguns minutos.
Se você fez o teste e o resultado foi positivo, mantenha também a calma. Um
resultado positivo para IgG, IgM ou IgA não garante que você está doente nesse momento, e sempre
precisamos da avaliação do profissional de saúde que está acompanhando. O perfil do resultado
poderá inclusive auxiliar a descobrir em que fase da infecção está o paciente ou se ele já está
recuperado. Preparamos uma tabela para você saber avaliar o resultado:
RESULTADOS
SIGNIFICADO
IgM/IgA IgG CLÍNICO
“Meu PCR e IgM estão negativos e meu IgG positivo - posso ficar tranquilo e sair abraçando todo
mundo?” A resposta é NÃO.
Esse vírus ainda é muito recente e tanto seu perfil epidemiológico como nossa resposta imune
a ele ainda não estão claros. Muitos estudos ainda estão em andamento e esperamos ter uma
resposta mais precisa em breve.
Apesar de um estudo recente que analisa poucos casos mostrar uma resposta imunológica
baixa em pacientes assintomáticos ou sintomáticos leves, trabalhos realizados com outros vírus da
mesma família mostram IgG positivo até dois anos depois do contato com o vírus, ou seja, uma
possibilidade de imunidade mais longa. Isso traz esperança inclusive para a produção de uma vacina.
É importante lembrar que, de qualquer forma, podemos ser veículo de transmissão para outras
pessoas. Portanto, mantenha as regras de distanciamento e de cuidados com a higienização. Proteja-
se e proteja todas as pessoas que estão próximas a você.
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Rede de Apoio
Nunca antes, na história da humanidade, a frase “nenhum homem é uma ilha” fez tanto
sentido como hoje. Vivemos em tempos incertos onde cada dia que se completa é também uma
vitória. A vulnerabilidade imposta pela pandemia parou o mundo e confinou a sociedade ao
ambiente restrito de seus lares. Sem encontros, sem compartilhamentos, sem toques! A
separação se tornou a esperança de uma futura reunião.
Nesse cenário conflituoso e sem precedentes, causado pela pandemia, temos a
comprovação da necessidade de conectividade do ser humano. “As maiores conquistas humanas
só foram possíveis através da cooperação e conexão” (Gatti 2016). O isolamento social tem
afetado drasticamente a sociedade e ainda não há estudos suficientes para conseguir mensurar
as consequências futuras desse período. Se você sente que a sua vida se tornou uma montanha
russa de emoções, fique tranquilo, você não está sozinho!
Essa parte da cartilha está voltada para a saúde mental e tem como objetivo trazer ao
leitor o máximo de informações registradas durante outras experiências de quarentena ao redor
do mundo, oferecendo assim ferramentas que o ajudem a lidar com esse processo.
O Catalizador
A razão inicial para o impacto causado pelo isolamento social está na quebra de rotina e
na mudança radical do seu estilo de vida. Somado a isso, está o stress causado pela impotência
diante dos efeitos assustadores da pandemia, tanto em perdas humanas como em perdas
econômicas. A privação da autonomia e o isolamento geram então, a sensação de ter sido
arrancado do mundo real.
A Associação Americana de Psicologia adverte que o isolamento social traz vários riscos à
saúde. A sensação de isolamento pode provocar ansiedade, insônia, inflamações, apatia, perda
na saúde cardiovascular, baixa imunidade, sintomas de depressão, e deficiência nas funções
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cognitivas. Essa perturbação nas funções cognitivas torna difícil controlar as emoções,
concentrar-se, lembrar de informações e seguir instruções.
Esse fenômeno, que vem sendo observado ao redor do globo, já é considerado por alguns
psicólogos como um trauma coletivo. Esse trauma apresenta fases distintas e pode funcionar
como gatilho para traumas passados.
No início do isolamento, a ansiedade com relação ao desenrolar da pandemia e o medo
de se contaminar ou de contaminar entes queridos são as emoções predominantes. Existe
também uma desorientação com relação às informações conflituosas que bombardeiam as
mídias sociais. Pode se iniciar uma sensação de “luto antecipado” ou sintomas de stress pré-
traumático.
Na fase seguinte, a devastação da pandemia já se instalou, o incômodo da solidão já está
presente, e o excesso de informação pode provocar a sensação de paralisia. A dor do luto pode
surgir sem motivo aparente. É comum sentir raiva e vontade de quebrar o isolamento. É nessa
época também que podem surgir os gatilhos de outros traumas. Segundo estudo desenvolvido
pelo departamento de psiquiatria da Universidade do Arizona, acredita-se que essa situação
extrema que desperta o “modo sobrevivente” é também a responsável por trazer à tona dores
suprimidas e sofrimentos, como os que alimentaram os protestos contra a morte de George Floyd
nos Estados Unidos. O trauma intergeracional proveniente da escravidão e do racismo foi
despertado pelo stress da COVID-19, que, devido ao agravante da desigualdade social, encontrou
na população negra seu maior número de vítimas. Em todo o mundo surgiram manifestações
contra crimes antes silenciados e esse fenômeno só reforça a teoria de que traumas não curados
podem ser perpetuados através de gerações e reativados num momento de extremo stress.
Um pouco depois, durante o isolamento, surge a ansiedade com relação ao futuro.
Quando poderemos sair? Quando a economia se recuperará? O que fazer para pagar as contas?
Como recuperar a minha posição no mercado de trabalho? Esses questionamentos podem
provocar picos de ansiedade e depressão ou influenciar no consumo de álcool ou drogas.
No caso dos artistas esse período pode ser muito nocivo e provocar sintomas da síndrome
do impostor! A falta de apresentações e, portanto, validação do seu trabalho, pode gerar ainda
mais ansiedade. Lacan, em sua teoria l'objet regard, descreve o olhar como “o estado mental
ansioso que surge com a autoconsciência de que você pode ser visto e apreciado”. Durante a
pandemia esse processo diário de validação foi muito prejudicado, e isso explica a enxurrada de
lives nas mídias socias, todos precisam se sentir validados. Preste atenção aos pensamentos
negativos recorrentes, medo, excesso de perfeccionismo, procrastinação, dúvidas e ansiedade
pós-sucesso que podem fazer com que você se sinta uma fraude. O fato de não poder se
apresentar no momento não invalida a pessoa nem o artista que você é!
Finalmente, depois da reabertura, ocorre a euforia da liberdade readquirida, o luto pelo
tempo e pelas vidas roubadas e o estigma carregado por aqueles considerados “contagiantes”.
Essa questão do estigma pode se tornar muito séria! O comportamento de separação e rejeição
pode se estender além dos grupos médico-paciente, atingindo minorias vulneráveis e classes
profissionais. Como será a resposta da sociedade em relação aos músicos e cantores uma vez que
o nosso trabalho foi classificado como “evento super-contaminador”? Que campanhas
educativas precisam ser desenvolvidas para que não haja a estigmatização dos eventos artísticos
ao vivo?
Nessa fase também pode-se observar os primeiros sintomas do stress pós-traumático,
que podem durar vários meses. Os profissionais de saúde são muito suscetíveis a esses efeitos
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pós-quarentena. Há relatos de dependência alcoólica por até 3 anos depois do isolamento
adotado durante a epidemia de SARS em 2007 na China.
Esse é um momento sem precedentes na história e por isso não se pode prever com
precisão que mudanças ocorrerão no comportamento social daqui para frente. Todas essas
informações foram citadas com o objetivo de esclarecimento e fortalecimento da nossa classe!
O que podemos fazer é desenvolver mecanismos para lidar com a frustração acumulada e
diminuir os efeitos psicológicos causados por essa ruptura daquilo que conhecemos como
normal.
Mitigando os Sintomas
A forma como cada pessoa responde ao stress vivido durante o isolamento depende de
vários fatores, dentre eles, resiliência, condição mental prévia, personalidade, se mora sozinho
ou não, se tem filhos ou não, se tem uma vida financeira estável, se tem laços de amizade sólidos
e, também, da duração do isolamento.
As principais estratégias para lidar com os sintomas do isolamento são aquelas que
restabelecem o seu ganho diário de ocitocina e outros hormônios ligados ao prazer e bem-estar.
Saúde Mental
▪ Antes de qualquer coisa, RESPIRE! A simples observação do ato de respirar limpa
a mente e diminui os hormônios do stress.
▪ Lembre-se de que os outros também estão passando por isso, seja amável.
▪ Lembre-se de que a razão para estarmos passando por tudo isso é protegermos
uns aos outros! Busque apoio psicológico se precisar.
26
4) Bibliografia – INFORME-SE MAIS
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31
Conhecendo a Comissão de Trabalho -
Saúde do Cantor Lírico
32
Cláudio de Biaggi
Natural de Bandeirantes no interior do Paraná, farmacêutico e
bioquímico graduado na UFPR, iniciou seus estudos de canto
com o maestro Alvaro Nadolny no coro da UFPR onde atuou
também como preparador e coordenador do Madrigal da
UFPR. Além de barítono na Camerata Antiqua de Curitiba,
tem seu trabalho como cantor lírico solista em concertos e
óperas no Brasil.
Deborah Bulgarelli
Deborah Bulgarelli formou-se em Odontologia em 2007 na
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e especializou-se
em Dor Orofacial e Disfunção das Articulações
Temporomandibulares na mesma Universidade. Após esse período
ingressou no Bacharelado em Música com Habilitação em Canto
Lírico na Universidade do Estado de Minas Gerais.
Flávio Leite
Pós-graduado pelo Conservatorio Superior del Liceu de
Barcelona e Mestre em Música pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, o tenor gaúcho acumula 55
personagens de ópera já em repertório. Atua também
como professor na classe de canto do Festival
Internacional SESC de Música.
Luciana Pansa
Formada em Nutrição na USP em 2001, iniciou seus estudos
musicais com o piano. Integrou o Voz Ativa Madrigal, grupo vocal
dedicado ao repertório brasileiro e especializado na execução a
cappella. Mestre em performance de ópera pelo Conservatorio
Francesco Venezze em Rovigo. Trabalhou em teatros italianos
como Teatro Sociale de Rovigo, Teatro Arena del Sole em Bologna
e Ente Musicale Luglio Trapanese de Trapani.
33
Mere Oliveira
"Uma ativista pela arte operística, Mere Oliveira é também
graduada em comunicação social, licenciada em música e cursa
pós-graduação em regência. Foi premiada em concursos de canto
lírico internacionais e possui um vasto repertório. Além de ter
cantado nos principais teatros do país, é professora e diretora do
Ópera Studio do Vale, tendo dirigido mais de 70 espetáculos do
projeto. É coordenadora e professora do Sistema de Corais do
Município de Taubaté e compõe o elenco do Ópera Atelier Artists."
Thaís Caruso
Soprano, bacharela em canto lírico pela USP, Pós graduada em
Formação Integrada da Voz e Coach Vocal pelo CEV e Pós
graduanda em Canto e Expressão pela Alpha Facec. Integrou o
Coro da Osesp de 2012 a 2014. Participou de diversas óperas no
Theatro São Pedro entre 2011 e 2016. Atualmente trabalha
como solista em recitais e eventos particulares, além de ser
professora de canto e vocal coach.
Thayana Roverso
Natural de São Paulo, bacharel em canto lírico pela
UniFIAM FAAM, Mestre em performance de ópera pelo
Conservatório Francesco Venezze/Itália, atriz formada,
atua em diversos palcos do Brasil, Itália,
China, Jordânia entre outros, atualmente mantém seus
estudos com Dolora Zajick.
34