20 Poemas de Manoel Antônio Pina
20 Poemas de Manoel Antônio Pina
20 Poemas de Manoel Antônio Pina
22 POEMAS
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OS TEMPOS NÃO
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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JÁ NÃO É POSSÍVEL
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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PALAVRAS NÃO
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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OUTRAS COISAS
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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PALAVRAS
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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AMOR COMO EM CASA
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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A POESIA VAI
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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[4 DE JULHO DE 1965]
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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CALO-ME
Manuel António Pina in AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE (Assírio & Alvim, 1974)
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Manuel António Pina in AQUELE QUE QUER MORRER (Assírio & Alvim, 1978)
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O CAMINHO DE CASA
Agora que os
olhos se fecharam
fico acordado toda a noite
diante de uma coisa imensa.
Os amigos partiram.
Fomos todos embora.
Quem ficou aqui e onde,
E fala de isto agora?
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O ESPELHO
Eu sou apenas
esta voz de alguém,
esta música que não vem de
nenhum sítio, ouvindo-se a si mesma.
e vê e é visto.
Não estou aqui, sonho
(eu, também um sonho)
fora de mim comigo.
Como me ouvirei?
Como me reconhecerei?
Poderei suportar o meu olhar
quando me vir, confundir-me nele?
O CAMINHO DE CASA
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ESPLANADA
Manuel António Pina in UM SÍTIO ONDE POUSAR A CABEÇA (Assírio & Alvim, 1991)
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CAFÉ ORFEU
Manuel António Pina in UM SÍTIO ONDE POUSAR A CABEÇA (Assírio & Alvim, 1991)
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[LUGARES DA INFÂNCIA]
Onde? Diante
de que mistério
em que, como num espelho hesitante,
o meu rosto, outro rosto, se reflecte?
Manuel António Pina in UM SÍTIO ONDE POUSAR A CABEÇA (Assírio & Alvim, 1991)
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Um bancário calculava
que tínheis curto saldo
de metáforas; e feitas as contas
(porque os tempos iam para contas)
a questão era outra e ainda menos numerosa
(e seguramente, aliás, em prosa).
Manuel António Pina in FAREWELL HAPPY FIELDS (Assírio & Alvim, 1992)
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NENHUMA MÚSICA
«O gato olha-me
ou o meu olhar olhando-o?
E eu o que vejo senão
a mesma Única solidão?
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THEO
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FORMA,
SÓ FORMA
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AS VOZES
A infância vem
pé ante pé
sobe as escadas
e bate à porta
— Quem é?
— É a mãe morta
— São coisas passadas
— Não é ninguém
Manuel António Pina in NENHUMA PALAVRA E NENHUMA LEMBRANÇA (Assírio & Alvim, 1999)
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TODAS AS PALAVRAS