Semiologia

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Semiologia em TraumatoOrtopedia

Anamnese
 Ao se avaliar o paciente em traumatoortopedia devemos fazer as seguintes perguntas:
- qual atividade estava realizando no momento do acidente?
- que tipo de trauma sofreu? (queda, golpe, torsão)
- qual foi a intensidade da força exercida? (altura que caiu, choque...)
- qual foi o ponto de impacto e a direção das forças? (descartar fraturas distantes)
- existe algum fator associado ao mesmo acidente? (golpe seguida de queda, torção seguida de queda)
- localização e intensidade da dor?
- existe limitação funcional?
- que idade tem o paciente?

Inspeção
 Começar inspecionando a extremidade com cuidado, comparando com a contralateral;
 Buscar assimetrias do contorno, que sugira uma fratura subjacente que está deslocada ou angulada;
 Buscar assimetria postural permanente da extremidade – ex rotação externa permanente da perna é
característica de uma fratura deslocada do fêmur;
 Buscar contusão cutânea local, sugestiva do ponto de impacto que pode dirigir sua atenção de forma local
ou a distância – ex contusão de joelho, atentar para o quadril também;
 Buscar outras lesões cutâneas indicativas – ex. erosão, cortes;
 Observar a presença de:
A – marcas de distensão da pele
B - lesão cutânea em banda
C – contusão
OBS – suspeitar de perda da integridade do osso subjacente;
 Observar tumefações localizada na extremidade, se é difusa - presença de hematoma;
- separação da pele no local da fratura – desfundamento;
 Observar a coloração da pele e o pulso da extremidade lesionada – ex. se há presença de cianose, pode
haver lesão de vasos profundos;

Palpação
 Dor a palpação – localizar a fratura;
1 – sobre o local/osso da suspeita de fratura – sempre será doloroso;
2 – qualquer local que tenha sofrido um trauma;
3 – diferencial fratura/luxação – na fratura haverá dor em qualquer face do osso (anterior, posterior e
laterais);
 Depois de localizado a região dolorosa a palpação, se palpar na mesma altura, mas em outra direção – ex.
luxação de munheca, dor na tabaquera anatômica, mas não na cara dorsal nem palmar dos escafoides;
 Palpar a borda afilada da fratura – observar a presença de edema (para fissuras e nas fraturas por descarga);
 Se a fratura é instável – ao movimentar se produz ao se tocar os extremos ósseos + dor intensa;

Movimentos
 Se deve avaliar se os movimentos ativos, passivos e os contra resistência;

Cintura Pélvica
 Anatomia:

Prova de Trendelemburg (potencia do musc.


Inspeção glúteo médio – estabilizador da marcha)
 Observar a marcha ao entrar na consulta;
 EIAS no mesmo plano/longitude do MMII
 Lordose lombar: retificação sem contratura;
 Pregas glúteas;

Palpação
 EIAS/ cristas ilíacas
 Trocânter maior
 Tuberosidade isquiática, no nível da prega glútea – palpar com
pelve flexionada;
 Articulações sacroilíacas e pelve não são palpáveis;

Movimentos
Mobilidade ativa Mobilidade passiva

Luxações do quadril
 Em geral podemos advertir que as luxações do quadril são mais frequentes em pessoas jovens e as fraturas
mais comunas em pessoas mais idosas;
 Em geral se luxa como resultado de uma força transmitida desde a
diáfise femoral para cima – mais comum em choque do joelho no
painel do carro em acidentes;
Classificação:
 Luxações posteriores – 85 a 90%
- póstero superior ou ILIACA – luxação de quadril mais frequente;
- póstero inferior ou ISQUIÁTICA;
 Luxações anteriores – 10 a 15%
- antero-superior ou PUBIANA;
- antero-inferior ou OBTURATRIZ – luxação anterior mais frequente;
Clínica:
 A posição do membro inferior depois da luxação depende da posição em que se fica a cabeça femoral:
 Na luxação póstero-superior ou ilíaca o membro inferior está semi-flexionado, rotação interna e em
aproximação;
 Na luxação antero-inferior ou obturatriz está em flexão, separação e rotação externa
Complicações
 lesão de nervo ciático e necrose óssea avascular;

Posição do MMII em relação Luxação póstero-superior Luxação antero-inferior


com a fratura
Bursite trocantérica
 Inflamação do trocânter;
 Mais frequente em mulheres obesas e pós-menopáusicas;

Clínica:
 Dor ao se palpar o trocânter maior;
 Irradiação inguinal, glútea e joelho;
 De difícil diferenciação da tendinite dos abdutores;

Tendinite dos adutores - pubalgia


 Dor inguinal;
 Adução resistida e dolorosa;

Joelho
 Anatomia

Inspeção
 Dor:
- Localização (anterior:
rótula e resto: artrítico).
- Ritmo (mecânico o
inflamatório).
- Circunstâncias de aparição.
 Inflamação (inchado)
- Antecedente traumático.
 Bloqueio
- Por lesão do menisco ou
corpo livre intraauricular.
 Ruídos o roces
- Sem significado clínico ou problemas patelofemorales.
 Instabilidade
- Sensação de salto: lesão LCA.
- Ao descer rampas: patologia rotuliana.
- Com joelho flexionado e em rotação: meniscos?
 Diminuição da mobilidade
- Por dor o por tope ósseo.
 Temperatura
 Em bipedestação:
- Atitude.
- Dissimetrias.
- Eixes em planos frontal y sagital.
- Alterações da marcha.
- Aumento de volume do joelho.
- Lesões da pele, varizes…
 Em decúbito supino:
- Pulsos distais.
- Mobilidade do quadril (por dor referido).
- Mobilidade dos joelhos.

Palpação
 Temperatura.
 Estado muscular (atrofia).
 Palpação de relevos e pontos de referência.
 Derrame articular:
- A simples vista (fundos de saco suprarrotulianos em ferradura invertida).
- Sinal do témpano (manobra de peloteou): há rebote, como se a rótula estivesse "flutuando".
- Há um ruído de click.
- Sinal da ola: com o dorso da mão se comprime o fundo de saco de um lado do joelho e se observa
abombamento contralateral;

Exame da rótula
 Valorar estrabismo convergente e divergente da rótula.
 Palpação de facetas articulares e rótula.
 Comparar ambos joelhos e logo palpá-los.
 Manobras:
- Signo do cepillo: (+) dor por condromalacia rotuliana ou artrose
fêmoropatelar.
- Signo da apreensão rotuliana: (+) indicando que a rótula es
laxável o instável.

Exame ligamentoso – colateral, medial e lateral


 Prova do estresse em varo e valgo (bostezos)
- Ligamentos colaterais.
- Em decúbito supino.
- Com extensão completa e a 30º de flexão;

Ligamento cruzado anterior (LCA)


 Prova do Cajón Anterior – usado para detectar instabilidade
anterior e luxação do ligamento cruzado anterior;
 Prova do Cajón Posterior – usado para detectar integridade e
instabilidade do ligamento cruzado posterior e complexo posterior lateral;
 Prova de Lachman – usado para comparar o movimento da do joelho lesionado do não lesionado,
detectando assim algum movimento anômalo;

Cajón anterior Prova de Lachman Cajón posterior


Manobra de MacMurray - identificação das lesões Manobra de Apley – igual a anterior
dos cornos posteriores dos meniscos

Tornozelo/tobillo
Anatomia
 LIGAMENTO LATERAL INTERNO O LIGAMENTO DELTOIDEO
Formado por 5 componentes:
- 1 profundo e mais importante (entre maléolo interno e o
astrágalo).
- 4 fascículos superficiais (2 anteriores e 2 posteriores).
 LIGAMENTO LATERAL EXTERNO
Formado por 3 fascículos:
- Ligamento peroneoastragalino anterior.
- Ligamento peroneocalcáneo.
- Ligamento perneoastragalino posterior.

Inspeção
 Marcha
 Aparência externa do sapato
 Pé e tornozelo
 Simetrias/Deformidades
 Paciente sentado/ ortostatismo
 Aspecto da pele/Cortornos/Arco longitudinal/Calosidades/Sinais flogísticos/Edema unilateral ou bilateral

Palpação
 Face medial/ lateral/ anterior/ posterior
 Sinais flogísticos 1 2
 Dor à palpação/ abaulamentos

Luxações
1 - Exploração do ligamento lateral interno
mediante a pronação do calcâneo;
2 - Exploração da estabilidade lateral do tornozelo;
Ruptura do tendão de Aquiles


Anatomia

Avaliação da mobilidade do pé

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