Abnt NBR 14941 - 2018
Abnt NBR 14941 - 2018
Abnt NBR 14941 - 2018
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Tintas para Construção
Civil para Edificações não Industriais (CE-164:001.001) do Comitê Brasileiro de Tintas (ABNT/CB-164),
nas reuniões de:
a) é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 14941:2011), quando
aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
Participante Representante
© ABNT 2018
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Paints for construction — Method for assessing the performance of inks for non-industrial
buildings — Determination of resistance of paints, varnishes and complements to the growth
of fungi in Petri dishes without leaching
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras
datas para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 14941 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Tintas (ABNT/CB-164), pela Comissão
de Estudo de Tintas para Construção Civil para Edificações não Industriais (CE-164:001.001).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14941:2011), a qual foi tecnica-
mente revisada.
Scope
This Standard describes the method for determination of the resistance of non-leached films,
of products classified as ABNT NBR 11702, to fungus growth, in Petri dish for 14 days.
1 Escopo
Esta Norma descreve o método para determinação da resistência de películas não lixiviadas de
produtos classificados conforme a ABNT NBR 11702 ao crescimento de fungos, em placas de Petri,
durante 14 dias.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 11702, Tintas para construção civil – Tintas para edificações não industriais – Classificação
ABNT NBR 15313, Tintas para construção civil – Procedimento básico para lavagem, preparo e
esterilização de materiais utilizados em análises microbiológicas
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições da ABNT NBR 12554
e os seguintes.
3.1
corpo de prova
cupom de prova após a aplicação da amostra
3.2
cupom de prova
substrato inerte no qual é aplicada a amostra
3.3
esporos
células provenientes do micélio reprodutivo, que desempenham função de disseminação e reprodução
da espécie
NOTA Os esporos dos fungos adotados nesta Norma formam uma massa pulverulenta e são facilmente
liberados da porção micelial por raspagem.
3.4
hifa
filamento ou parte de um micélio
3.5
inóculo
suspensão de esporos dos micro-organismos-teste, já na sua concentração final
3.6
micélio
Projeto em Consulta Nacional
3.7
micro-organismo-teste
organismo microscópico utilizado no ensaio
3.8
repique
transferência de um determinado micro-organismo para um meio de cultura adequado, para promover
o seu crescimento
3.9
resistência a fungos
capacidade que uma película possui de resistir ao crescimento fúngico
3.10
suspensão-mãe
suspensão concentrada de esporos, preparada a partir de micro-organismos-teste
3.11
biodeterioração
deterioração causada por micro-organismos
b) estufa para esterilização sem circulação de ar, com capacidade de manter a temperatura a
(180 ± 2) °C;
e) autoclave;
i) peagâmetro;
j) refrigerador;
4.2 Materiais
Os materiais a serem utilizados no ensaio são relacionados a seguir:
c) papel-alumínio;
e) pinça;
g) gaze;
k) béquer;
l) tubos de ensaio com tampão de algodão ou tubos de vidro com tampa;
o) tesoura;
q) espátula;
r) molde de aço inoxidável vazado, com medidas externas de 150 mm × 100 mm, espessura de
(1,5 ± 0,05) mm e janela centralizada com medidas de (130 ± 0,5) mm por (60 ± 0,5) mm;
s) funil;
u) termômetro;
Os materiais que entram em contato com a amostra e/ou micro-organismos-teste devem ser esterilizados.
4.3 Reagentes
e) cloranfenicol.
NOTA 2 Quando necessário, acordar entre as partes envolvidas, a utilização de cepas complementares
de micro-organismos de interesse, podendo ser: contaminantes, deteriogênicos, de referência, isolados,
entre outros. Tais microrganismos podem ser ensaiados em suspensão mista e/ou isoladamente, desde que
não sejam misturados aos inóculos-padrão citados acima.
5.1.2 Outras ferramentas que têm contato com a tinta líquida ou com o corpo de prova (espátula,
tesoura, molde etc.) devem ser desinfetadas com etanol 70 % e secas por 1 h, dentro do fluxo laminar,
com exposição à luz UV, ou devem ser autoclavadas.
5.1.3 O pincel de aplicação deve ser esterilizado durante 30 min, a (121± 2) °C, em autoclave.
5.1.4 A bancada de aplicação deve ser desinfetada com etanol 70 % e seca 1 h, ou solução
sanitizante, utilizada conforme as instruções do fabricante.
NOTA Caso o laboratório ache necessário, pode ser utilizado cloranfenicol nesta etapa, de acordo com
as indicações e restrições do fabricante.
Projeto em Consulta Nacional
5.3.1 Pesar (0,90 ± 0,01) g de cloreto de sódio e (0,10 ± 0,01) g de mono-oleato de sorbitan etoxilado
80 EO.
5.5.3 Repicar as cepas dos fungos indicados, separadamente, nas placas de Petri com meio de
cultura.
5.5.4 Incubar as placas por 7 a 14 dias, à temperatura de (28 ± 2) °C, ou até a completa esporulação
do fungo.
5.5.6 Filtrar a suspensão, com o auxílio de funil com gaze e algodão devidamente esterilizados,
e completar com solução salina até 100 mL.
5.5.9 A suspensão-mãe de esporos das cepas puras pode ser mantida por dois meses a (–10 ± 5) °C.
No momento de uso, deixar liquefazer à temperatura ambiente e preparar o inóculo conforme 5.5.7.
Podem ser utilizados outros métodos de estocagem, além do congelamento da suspensão, desde
que a morfologia dos micro-organismos e as suas características de crescimento sejam avaliadas
previamente, checando o seu vigor e a ausência de contaminantes.
Projeto em Consulta Nacional
5.6.1.3 No caso de amostras à base de água, utilizar água desmineralizada. No caso de tintas à
base de solvente, utilizar o diluente recomendado.
NOTA 1 Caso acordado entre o laboratório e o interessado, as amostras podem ser mantidas por 30 dias
em estufa a (55 ± 2) °C, antes do início dos ensaios. Manter a amostra em frasco hermeticamente fechado.
NOTA 2 Caso acordado entre o laboratório e o interessado, a diluição das amostras pode ser feita de modo
específico, diferentemente do descrito neste documento.
5.6.2.1 Aplicar duas demãos da amostra, com um intervalo de secagem entre elas conforme indi-
cação do fabricante, utilizando o pincel de 1 1/2 polegadas sobre um dos lados do papel-cartão
e tomando o cuidado de formar uma película uniforme.
5.6.2.2 Após a aplicação, secar por 7 dias em ambiente com troca de ar a (25 ± 2) °C e umidade
de (60 ± 5) %. Durante a secagem, manter o papel cartão pintado na posição horizontal.
5.6.2.3 Após a aplicação, secar por sete dias em ambiente com troca de ar a (25 ± 2) °C e umidade
de (60 ± 5) %. Durante a secagem, manter o papel-cartão pintado na posição horizontal.
5.6.2.4 Após este período, fracionar o papel-cartão pintado em corpos de prova em quadrados de
(35 ± 2) mm.
5.6.3.1 Sobre o papel-alumínio, aplicar a amostra no molde de 1,5 mm de espessura, com o auxílio
de espátula, formando uma película uniforme.
5.6.3.2 Após 24 h da aplicação, com o auxílio de uma espátula, retirar cuidadosamente o molde sem
remover o corpo de prova do papel-alumínio. Dar continuidade ao processo de secagem por mais seis
dias. Todo o processo de secagem deve ocorrer em ambiente com troca de ar a (25 ± 2) °C e umidade
de (60 ± 5) %.
5.6.3.3 Após concluído o processo de secagem do corpo de prova, retirar cuidadosamente o papel-
alumínio.
5.6.3.4 Após este período, fracionar os corpos de prova em quadrados de (35 ± 2) mm.
Projeto em Consulta Nacional
6 Procedimento
6.1 Fundir o ágar Sabouraud 4 % glicose. Esfriar a (45 ± 2) °C.
6.5 Com o auxílio de uma pinça estéril, colocar o corpo de prova na placa, centralizando-o sobre
o ágar, com a face pintada para cima.
6.6 Incubar sem inverter as placas durante 14 dias, à temperatura de (25 ± 2) °C, efetuando
avaliações após 7 e 14 dias, de acordo com os critérios indicados na Seção 7.
6.7 Paralelamente, efetuar o ensaio de controle de viabilidade, incubando placas sem o corpo
de prova e placas com o corpo de prova sem pintura.
6.9 Todos os materiais utilizados, soluções e aparelhagem devem ser desinfetados ou autoclavados
antes do descarte ou lavagem.
7.2 A avaliação do crescimento de fungos sobre o corpo de prova deve ser feita a olho nu, avaliando o
corpo de prova como “resiste” ou “não resiste”, de acordo com os critérios demonstrados nas Figuras 1 a 3.
a) não há crescimento de micro-organismo acima do corpo de prova, com halo de inibição
(ver Figura 1);
b) não há crescimento de micro-organismo acima do corpo de prova, sem halo de inibição
(ver Figura 2).
7.4 O corpo de prova é avaliado “não resiste”, quando há crescimento de micro-organismo acima
do corpo de prova, igual ou superior ao apresentado nas Figura 3.
7.6 A presença ou tamanho do halo de inibição não está diretamente associada(o) à resistência
do produto avaliado, portanto, nesta Norma, a medição do halo não é utilizada como critério de dife-
renciação no ensaio.
8 Relatório de ensaio
O relatório deve conter as seguintes informações:
b) micro-organismos-teste;
Anexo A
(informativo)
Câmara de Neubauer
Projeto em Consulta Nacional
Neste Anexo são apresentados esquemas ilustrativos da câmara de Neubauer, quando observada
ao microscópio óptico. A Figura A.1 ilustra um panorama geral dos quadrantes existentes na câmara.
As Figuras A.2 e A.3 indicam as formas de utilização da câmera, para a realização do procedimento
de contagem de esporos de fungos.
1,00 mm
1,00 mm
0,05 mm
1,00 mm
0,2 mm
a) Visão geral
1,0 mm × 1,0 mm = 1,0 mm 2 0,2 mm × 0,2 mm = 0,04 mm2 0,05 mm × 0,05 mm = 0,002 5 mm 2
b) Quadrante grande c) Quadrante médio d) Quadrante pequeno
b) Quadrante médio
c) Quadrante pequeno
a) Quadrante grande
Figura A.3 – Preenchimento da câmara de Neubauer com suspensão de esporos para contagem
1,0 mm × 1,0 mm × 0,1 mm = 0,1 mm3 ou 1/10 cm × 1/10 cm × 1/100 cm = 1/10 000 cm3
O cálculo do número de células (C) por mililitro (mL) é realizado pela seguinte equação:
C/mL = L × 25 × 10 000
onde